SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 31
Serão os valores morais
relativos?
Ou Serão Universais e absolutos?
Argumentos para esclarecer este
problema
A natureza dos valores


Dos vários tipos de valores é
fácil perceber que alguns
dependem do sujeito, das
suas preferências, das suas
necessidades, são valores
subjectivos porque sobre o
mesmo objecto diferentes
sujeitos reconhecem
diferentes valores.
Diversidade subjectiva


Por exemplo: Umas luvas podem ter muito valor
para quem vive na Sibéria ou para quem sofre de
fieiras e nenhum valor para quem está neste
momento no Brasil, ou para quem simplesmente
não gosta de luvas. O valor da utilidade dado às
luvas parece depender da circunstância ou do
gosto de cada um dos sujeitos, dizemos que
esses valores têm um carácter subjectivo.
Será assim tão simples?


Mas em relação aos valores morais parece que
eles são diferentes porque não dependem do
gosto ou das circunstâncias do sujeito. Por
exemplo torturar uma pessoa inocente, parece
ser sempre incorrecto, independentemente de
alguém numa certa circunstância o defender. Os
valores morais parecem ter um carácter
objectivo e não subjectivo.
A diversidade cultural


Podemos ainda pensar que há valores que
dependem do nosso contexto cultural. Por
exemplo: O valor dado à liberdade religiosa,
política e de união dos indivíduos, parece ser
mais valioso para a nossa cultura que para outras
em que é considerado incorrecto não seguir a
religião do seu país.
Diferentes concepções do casamento
O que é a cultura?





A cultura como criação: recebe-se por tradição mas vai-se
renovando com a integração de novos elementos (aculturação).
A cultura como informação: conjunto de conhecimentos
teóricos (ciência) e práticos (boa educação)
A cultura como factor de humanização: o homem só cumpre a
sua natureza essencial no seio da cultura.
A cultura é a adopção e partilha de um conjunto de símbolos e
rituais que possibilitam uma interpretação da realidade e a
sensação de pertença a um grupo. Exemplo: os rituais do
casamento, de funeral, a língua, forma de vestir.
??????






Assim há discussão sobre o carácter dos valores. Serão
subjectivos e dependentes dos gostos de cada um?
Serão objectivos e independentes dos gostos? Serão
culturais?
A questão é mais importante se pensarmos nos valores
morais e nos abusos e crueldades que se podem
cometer sobre certos indivíduos.
Quanto aos valores morais é urgente compreender as
razões que nos podem elucidar sobre a sua natureza.
Terá a natureza um valor absoluto?
Ou a democracia?
Para esta questão há três respostas
possíveis:








A TEORIA SUBJECTIVISTA que afirma que os valores morais dependem
do sujeito e não há portanto nenhuma autoridade moral que possa afirmar
objectivamente que esta acção é correcta ou incorrecta. Não há verdade
moral.
A TEORIA RELATIVISTA MORAL que deriva do relativismo cultural e
da diversidade de culturas e de procedimentos. Afirma que não há verdade
moral universal ou que cada cultura tem a sua verdade moral.
A TEORIA OBJECTIVISTA que afirma que há verdade moral baseada na
razão, e que há portanto o correcto e o incorrecto independentemente das
preferências do sujeito e da cultura.
Argumentos a favor e contra cada uma destas formas de encarar os juízos
morais.
Qual destas três teorias tem melhores
argumentos?
Argumento a favor do relativismo
cultural e moral:


Favorece a tolerância, isto é, aceitação da diversidade. Deste modo preservase a diferenciação e permite o diálogo entre diferentes formas de conceber as
relações humanas. Compreende-se que não há culturas superiores e, assim,
não se pode impor um padrão. Combate o etnocentrismo, isto é, a razão que
alguns grupos culturais evocam para destruir os costumes de outros.
Outro argumento a favor:


A Diversidade de costumes, e de
procedimentos, assim como de formas de
valorar.
Objecção: Relativismo cultural não
significa relativismo moral.



A aceitação de que não há culturas superiores, não
significa que todas as práticas culturais sejam
moralmente aceitáveis.
Argumento contra o relativismo
cultural e moral




A indiferença: O facto de aceitarmos evidentes
crueldades sobre comunidades mais fracas,
como a violência sobre as mulheres, com a
justificação da diversidade, torna-nos cúmplices
e indiferentes do ponto de vista moral.
Indiferença


é um valor negativo, é a ausência de sensibilidade para o
outro
Outro argumento contra:


Conformismo social: Dentro de cada cultura há
indivíduos que discordam e lutam contra certas práticas
e tradições. Não concordam com a forma como as leis
morais punem e não têm em conta os direitos das
minorias. Sendo relativistas estamos a negar a
independência do pensamento de alguns que se
revoltam contra as injustiças das suas culturas. Estamos
a defender o conformismo social, a verdade da maioria.
Negamos também a evolução dos costumes que se vão
alterando pela reivindicação e revolta de alguns
dissidentes.
Outra espécie de relativismo: O
Subjectivismo



ARGUMENTOS A FAVOR: ARGUMENTO DA
DIVERSIDADE OU DO DESACORDO
Este argumento também é válido para o
RELATIVISMO e baseia-se na verificação do facto de
que os juízos de valor variam consoante os indivíduos,
há, portanto, diversas formas de considerar as acções e,
muitas vezes há desacordo sobre o que está correcto ou
incorrecto.
Não podemos pôr um fecho éclair na
história da pluralidade.
Argumento contra:
A CONTRADIÇÃO: Parece implicar uma contradição
considerar que não há qualquer verdade moral e que
todos os juízos e procedimentos morais são
justificáveis. Se assim fosse o diálogo seria impossível,
visto que não haveria forma de mostrar por um
conjunto válido de razões porque certos juízos e
procedimentos são incorrectos, não haveria mesmo o
bem e o mal, mas certas disposições, todas boas ou
nenhuma boa.
Será justificável queimar livros?
Objecção: Argumento contra


O Objectivismo contraria este argumento
dizendo que o facto de haver diversidade de
opiniões e juízos não significa que sejam todos
verdadeiros, alguns podem ser verdadeiros e
outros falsos. Porque as pessoas podem estar
enganadas acerca dos seus valores morais e à
forma como julgam as suas acções e as dos
outros.
A declaração universal dos direitos
do Homem?
Talvez haja valores morais absolutos
e universais.


A TEORIA OBJECTIVISTA afirma que há
verdades morais, e valores morais objectivos, de
acordo com a razão, independentemente das
preferências do sujeito e da cultura. A carta
universal dos direitos humanos poderia ser um
facto que fundamenta esta concepção.
Nesta perspectiva a Natureza tem
valor absoluto. Intrínseco
Argumentos a favor:


ARGUMENTO DAS CONSEQUÊNCIAS
INDESEJÁVEIS:
Se aceitarmos o subjectivismo e o relativismo
teremos de aceitar procedimentos racistas e
práticas de crueldade sobre inocentes.
Outro argumento a favor:



COINCIDÊNCIA DE VALORES
Como o subjectivista salienta a diversidade, o
objectivista pode salientar a comunidade de
certos valores, há consenso sobre certos valores
morais, como a Carta Universal dos Direitos
Humanos.
Parece haver consenso sobre isto.
Objecções:





ARGUMENTO DOS VALORES NÃO SEREM
ENTIDADES
Se os valores não tivessem na nossa mente, teria de
haver algo como a beleza, ou algo como a justiça, como
entidades separadas e isso parece muito estranho.
O OBJECTIVISTA contrapõe dizendo que as
propriedades primárias e objectivas como as cores dos
objectos também precisam de alguém que as avalie e,
no entanto são qualidades dos próprios objectos e não
são dadas pelo sujeito.
Observe a figura e responda à
seguinte questão: O que deve o
guarda fazer? Justifique.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Epistemologia de Popper
Epistemologia de PopperEpistemologia de Popper
Epistemologia de Popper
 
Ceticismo slidees
Ceticismo slideesCeticismo slidees
Ceticismo slidees
 
A teoria ética utilitarista de Stuart Mill
A teoria ética utilitarista de Stuart MillA teoria ética utilitarista de Stuart Mill
A teoria ética utilitarista de Stuart Mill
 
Ppt o racionalismo de descartes
Ppt o racionalismo de descartesPpt o racionalismo de descartes
Ppt o racionalismo de descartes
 
A filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantA filosofia moral de kant
A filosofia moral de kant
 
A teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de millA teoria ética utilitarista de mill
A teoria ética utilitarista de mill
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Rm vs objetivismo moral
Rm vs objetivismo moralRm vs objetivismo moral
Rm vs objetivismo moral
 
Conhecimento filosófico
Conhecimento filosóficoConhecimento filosófico
Conhecimento filosófico
 
Senso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científicoSenso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científico
 
Teoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de KantTeoria Deontológica de Kant
Teoria Deontológica de Kant
 
Teorias do conhecimento
Teorias do conhecimentoTeorias do conhecimento
Teorias do conhecimento
 
Filosofia da Ciência
Filosofia da CiênciaFilosofia da Ciência
Filosofia da Ciência
 
Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - Popper
 
Crença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofiaCrença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofia
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
 
Popper e a Ciência
Popper e a CiênciaPopper e a Ciência
Popper e a Ciência
 
Popper
PopperPopper
Popper
 
Ceticismo
CeticismoCeticismo
Ceticismo
 

Destacado

Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart Mill
Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart MillOs fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart Mill
Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart MillHelena Serrão
 
Ética deontológia versus ética utilitarista
Ética deontológia versus ética utilitaristaÉtica deontológia versus ética utilitarista
Ética deontológia versus ética utilitaristaHelena Serrão
 
Moral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalMoral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalHelena Serrão
 
Da acção aos valores1
Da acção aos valores1Da acção aos valores1
Da acção aos valores1Helena Serrão
 
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada, Roberta Vicari, Jonatan Piazzetta...
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada,  Roberta Vicari,  Jonatan Piazzetta...Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada,  Roberta Vicari,  Jonatan Piazzetta...
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada, Roberta Vicari, Jonatan Piazzetta...Trezetepe
 
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)Trezetepe
 
Não existe ética coletiva, bem como moral individual
Não existe ética coletiva, bem como moral individualNão existe ética coletiva, bem como moral individual
Não existe ética coletiva, bem como moral individualCarlos Nepomuceno (Nepô)
 
Dimensão Ético-Politica
Dimensão Ético-PoliticaDimensão Ético-Politica
Dimensão Ético-PoliticaJorge Barbosa
 
Relativismo e Subjetivismo Moral
Relativismo e Subjetivismo MoralRelativismo e Subjetivismo Moral
Relativismo e Subjetivismo MoralJorge Lopes
 
Síntese da obra "Ética para um jovem"
Síntese da obra "Ética para um jovem"Síntese da obra "Ética para um jovem"
Síntese da obra "Ética para um jovem"Helena Serrão
 
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...Helena Serrão
 

Destacado (20)

Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart Mill
Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart MillOs fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart Mill
Os fundamentos da moral segundo a doutrina utilitarista de Stuart Mill
 
Ética deontológia versus ética utilitarista
Ética deontológia versus ética utilitaristaÉtica deontológia versus ética utilitarista
Ética deontológia versus ética utilitarista
 
Moral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO FinalMoral Utilitarista VersãO Final
Moral Utilitarista VersãO Final
 
Da acção aos valores1
Da acção aos valores1Da acção aos valores1
Da acção aos valores1
 
Os valores power point
Os valores power pointOs valores power point
Os valores power point
 
Filosofia valores
Filosofia   valoresFilosofia   valores
Filosofia valores
 
Democracia - História (Esquadrão VIP 2013)
Democracia - História (Esquadrão VIP 2013)Democracia - História (Esquadrão VIP 2013)
Democracia - História (Esquadrão VIP 2013)
 
Indígenas
IndígenasIndígenas
Indígenas
 
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada, Roberta Vicari, Jonatan Piazzetta...
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada,  Roberta Vicari,  Jonatan Piazzetta...Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada,  Roberta Vicari,  Jonatan Piazzetta...
Ética e Moral - Grupo 03 (Saianne Strada, Roberta Vicari, Jonatan Piazzetta...
 
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)
Ética e Moral - Grupo 04 (Felipe, Shayanne, Luana e Erick)
 
Valores
ValoresValores
Valores
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Não existe ética coletiva, bem como moral individual
Não existe ética coletiva, bem como moral individualNão existe ética coletiva, bem como moral individual
Não existe ética coletiva, bem como moral individual
 
John rawls
John rawlsJohn rawls
John rawls
 
Etica e liberdade
Etica e liberdadeEtica e liberdade
Etica e liberdade
 
Os valores!
Os valores!Os valores!
Os valores!
 
Dimensão Ético-Politica
Dimensão Ético-PoliticaDimensão Ético-Politica
Dimensão Ético-Politica
 
Relativismo e Subjetivismo Moral
Relativismo e Subjetivismo MoralRelativismo e Subjetivismo Moral
Relativismo e Subjetivismo Moral
 
Síntese da obra "Ética para um jovem"
Síntese da obra "Ética para um jovem"Síntese da obra "Ética para um jovem"
Síntese da obra "Ética para um jovem"
 
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...
Trabalho sobre a obra de Fernando Savater "Ética para um jovem". Realizado pe...
 

Similar a Serão os valores morais relativos?

Diversas respostas ao problema da objectividade da ética actividades
Diversas respostas ao problema da objectividade da ética    actividadesDiversas respostas ao problema da objectividade da ética    actividades
Diversas respostas ao problema da objectividade da ética actividadesLuis De Sousa Rodrigues
 
Será a ética relativa algumas actividades (2)
Será a ética relativa   algumas actividades (2)Será a ética relativa   algumas actividades (2)
Será a ética relativa algumas actividades (2)Luis De Sousa Rodrigues
 
Os valores e a acção a questão da objectividade e verdade das normas e do...
Os valores e a acção   a questão da objectividade  e verdade das normas  e do...Os valores e a acção   a questão da objectividade  e verdade das normas  e do...
Os valores e a acção a questão da objectividade e verdade das normas e do...Luis De Sousa Rodrigues
 
Os valores e a acção o relativismo moral cultural (2)
Os valores e a acção   o relativismo moral cultural (2)Os valores e a acção   o relativismo moral cultural (2)
Os valores e a acção o relativismo moral cultural (2)Luis De Sousa Rodrigues
 
Relativismo Cultural
Relativismo CulturalRelativismo Cultural
Relativismo CulturalBruno Pedro
 
O relativismo cultural exposição extensa
O relativismo cultural   exposição extensaO relativismo cultural   exposição extensa
O relativismo cultural exposição extensaLuis De Sousa Rodrigues
 
Somos-Relativistas-Morais.pptx
Somos-Relativistas-Morais.pptxSomos-Relativistas-Morais.pptx
Somos-Relativistas-Morais.pptxKauNovaes1
 
eqt10_ppt_5.pptx
eqt10_ppt_5.pptxeqt10_ppt_5.pptx
eqt10_ppt_5.pptxMartaCruz74
 
Apostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdfApostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdfSibele Silva
 
Os valores e a acção o subjectivismo moral
Os valores e  a acção    o subjectivismo moralOs valores e  a acção    o subjectivismo moral
Os valores e a acção o subjectivismo moralLuis De Sousa Rodrigues
 
A dimensão pessoal e social da Ética.pdf
A dimensão pessoal e social da Ética.pdfA dimensão pessoal e social da Ética.pdf
A dimensão pessoal e social da Ética.pdfjmapinho
 
Gênero, sexualidade e educação
Gênero, sexualidade e educaçãoGênero, sexualidade e educação
Gênero, sexualidade e educaçãosanalm
 
Os valores e a acção o subjectivismo moral (2)
Os valores e  a acção    o subjectivismo moral (2)Os valores e  a acção    o subjectivismo moral (2)
Os valores e a acção o subjectivismo moral (2)Luis De Sousa Rodrigues
 
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo cultural
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo culturalA diversidade cultural etnocentrismo e relativismo cultural
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo culturalMarcos Barros de Miranda
 

Similar a Serão os valores morais relativos? (20)

Relativiso Moral
Relativiso MoralRelativiso Moral
Relativiso Moral
 
Diversas respostas ao problema da objectividade da ética actividades
Diversas respostas ao problema da objectividade da ética    actividadesDiversas respostas ao problema da objectividade da ética    actividades
Diversas respostas ao problema da objectividade da ética actividades
 
Será a ética relativa algumas actividades (2)
Será a ética relativa   algumas actividades (2)Será a ética relativa   algumas actividades (2)
Será a ética relativa algumas actividades (2)
 
Os valores e a acção a questão da objectividade e verdade das normas e do...
Os valores e a acção   a questão da objectividade  e verdade das normas  e do...Os valores e a acção   a questão da objectividade  e verdade das normas  e do...
Os valores e a acção a questão da objectividade e verdade das normas e do...
 
Os valores e a acção o relativismo moral cultural (2)
Os valores e a acção   o relativismo moral cultural (2)Os valores e a acção   o relativismo moral cultural (2)
Os valores e a acção o relativismo moral cultural (2)
 
Relativismo Cultural
Relativismo CulturalRelativismo Cultural
Relativismo Cultural
 
A ética será relativa
A ética será relativaA ética será relativa
A ética será relativa
 
O relativismo cultural exposição extensa
O relativismo cultural   exposição extensaO relativismo cultural   exposição extensa
O relativismo cultural exposição extensa
 
Somos-Relativistas-Morais.pptx
Somos-Relativistas-Morais.pptxSomos-Relativistas-Morais.pptx
Somos-Relativistas-Morais.pptx
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Valor
ValorValor
Valor
 
eqt10_ppt_5.pptx
eqt10_ppt_5.pptxeqt10_ppt_5.pptx
eqt10_ppt_5.pptx
 
éTica DeontolóGica
éTica DeontolóGicaéTica DeontolóGica
éTica DeontolóGica
 
Apostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdfApostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdf
 
Os valores e a acção o subjectivismo moral
Os valores e  a acção    o subjectivismo moralOs valores e  a acção    o subjectivismo moral
Os valores e a acção o subjectivismo moral
 
A dimensão pessoal e social da Ética.pdf
A dimensão pessoal e social da Ética.pdfA dimensão pessoal e social da Ética.pdf
A dimensão pessoal e social da Ética.pdf
 
Gênero, sexualidade e educação
Gênero, sexualidade e educaçãoGênero, sexualidade e educação
Gênero, sexualidade e educação
 
Ética e Cidadania
Ética e Cidadania Ética e Cidadania
Ética e Cidadania
 
Os valores e a acção o subjectivismo moral (2)
Os valores e  a acção    o subjectivismo moral (2)Os valores e  a acção    o subjectivismo moral (2)
Os valores e a acção o subjectivismo moral (2)
 
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo cultural
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo culturalA diversidade cultural etnocentrismo e relativismo cultural
A diversidade cultural etnocentrismo e relativismo cultural
 

Más de Helena Serrão

Descartes provas da existência de Deus.pptx
Descartes provas da existência de Deus.pptxDescartes provas da existência de Deus.pptx
Descartes provas da existência de Deus.pptxHelena Serrão
 
O discurso filosófico.pptx
O discurso filosófico.pptxO discurso filosófico.pptx
O discurso filosófico.pptxHelena Serrão
 
A estrutura lógica do discurso.pptx
A estrutura lógica do discurso.pptxA estrutura lógica do discurso.pptx
A estrutura lógica do discurso.pptxHelena Serrão
 
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptx
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptxCríticas à Ética deontológica de Kant.pptx
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptxHelena Serrão
 
Representações da pieta
Representações da pietaRepresentações da pieta
Representações da pietaHelena Serrão
 
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Helena Serrão
 
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)Helena Serrão
 
Revisoes hume e_descartes
Revisoes hume e_descartesRevisoes hume e_descartes
Revisoes hume e_descartesHelena Serrão
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaHelena Serrão
 
Inteligencia artificial
Inteligencia artificialInteligencia artificial
Inteligencia artificialHelena Serrão
 
Falcias 121204140007-phpapp01
Falcias 121204140007-phpapp01Falcias 121204140007-phpapp01
Falcias 121204140007-phpapp01Helena Serrão
 
Como vai o teu discernimento intelectual acerca da
Como vai o teu discernimento intelectual acerca daComo vai o teu discernimento intelectual acerca da
Como vai o teu discernimento intelectual acerca daHelena Serrão
 

Más de Helena Serrão (20)

Descartes provas da existência de Deus.pptx
Descartes provas da existência de Deus.pptxDescartes provas da existência de Deus.pptx
Descartes provas da existência de Deus.pptx
 
Ceticismo.pptx
Ceticismo.pptxCeticismo.pptx
Ceticismo.pptx
 
O discurso filosófico.pptx
O discurso filosófico.pptxO discurso filosófico.pptx
O discurso filosófico.pptx
 
A estrutura lógica do discurso.pptx
A estrutura lógica do discurso.pptxA estrutura lógica do discurso.pptx
A estrutura lógica do discurso.pptx
 
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptx
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptxCríticas à Ética deontológica de Kant.pptx
Críticas à Ética deontológica de Kant.pptx
 
Representações da pieta
Representações da pietaRepresentações da pieta
Representações da pieta
 
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
 
Descartes críticas
Descartes críticasDescartes críticas
Descartes críticas
 
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)
Sensocomumeconhecimentocientfico 130405110837-phpapp02(1)
 
David hume2
David hume2David hume2
David hume2
 
Revisoes hume e_descartes
Revisoes hume e_descartesRevisoes hume e_descartes
Revisoes hume e_descartes
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
 
David hume2
David hume2David hume2
David hume2
 
Pp4
Pp4Pp4
Pp4
 
Inteligencia artificial
Inteligencia artificialInteligencia artificial
Inteligencia artificial
 
Falcias 121204140007-phpapp01
Falcias 121204140007-phpapp01Falcias 121204140007-phpapp01
Falcias 121204140007-phpapp01
 
O que é a arte
O que é a arteO que é a arte
O que é a arte
 
Como vai o teu discernimento intelectual acerca da
Como vai o teu discernimento intelectual acerca daComo vai o teu discernimento intelectual acerca da
Como vai o teu discernimento intelectual acerca da
 
Falácias2
Falácias2Falácias2
Falácias2
 
Logica informal
Logica informalLogica informal
Logica informal
 

Último

Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxCelso Napoleon
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfRobertoLopes438472
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxIgreja Jesus é o Verbo
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroNilson Almeida
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxodairmarques5
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioComando Resgatai
 
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).pptAUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).pptVilmaDias11
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALMiltonCesarAquino1
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaSammis Reachers
 
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfTHIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfthandreola
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyothandreola
 

Último (13)

Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
 
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).pptAUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
 
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfTHIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
 

Serão os valores morais relativos?

  • 1. Serão os valores morais relativos? Ou Serão Universais e absolutos? Argumentos para esclarecer este problema
  • 2. A natureza dos valores  Dos vários tipos de valores é fácil perceber que alguns dependem do sujeito, das suas preferências, das suas necessidades, são valores subjectivos porque sobre o mesmo objecto diferentes sujeitos reconhecem diferentes valores.
  • 3. Diversidade subjectiva  Por exemplo: Umas luvas podem ter muito valor para quem vive na Sibéria ou para quem sofre de fieiras e nenhum valor para quem está neste momento no Brasil, ou para quem simplesmente não gosta de luvas. O valor da utilidade dado às luvas parece depender da circunstância ou do gosto de cada um dos sujeitos, dizemos que esses valores têm um carácter subjectivo.
  • 4. Será assim tão simples?  Mas em relação aos valores morais parece que eles são diferentes porque não dependem do gosto ou das circunstâncias do sujeito. Por exemplo torturar uma pessoa inocente, parece ser sempre incorrecto, independentemente de alguém numa certa circunstância o defender. Os valores morais parecem ter um carácter objectivo e não subjectivo.
  • 5.
  • 6. A diversidade cultural  Podemos ainda pensar que há valores que dependem do nosso contexto cultural. Por exemplo: O valor dado à liberdade religiosa, política e de união dos indivíduos, parece ser mais valioso para a nossa cultura que para outras em que é considerado incorrecto não seguir a religião do seu país.
  • 8. O que é a cultura?     A cultura como criação: recebe-se por tradição mas vai-se renovando com a integração de novos elementos (aculturação). A cultura como informação: conjunto de conhecimentos teóricos (ciência) e práticos (boa educação) A cultura como factor de humanização: o homem só cumpre a sua natureza essencial no seio da cultura. A cultura é a adopção e partilha de um conjunto de símbolos e rituais que possibilitam uma interpretação da realidade e a sensação de pertença a um grupo. Exemplo: os rituais do casamento, de funeral, a língua, forma de vestir.
  • 9. ??????    Assim há discussão sobre o carácter dos valores. Serão subjectivos e dependentes dos gostos de cada um? Serão objectivos e independentes dos gostos? Serão culturais? A questão é mais importante se pensarmos nos valores morais e nos abusos e crueldades que se podem cometer sobre certos indivíduos. Quanto aos valores morais é urgente compreender as razões que nos podem elucidar sobre a sua natureza.
  • 10. Terá a natureza um valor absoluto? Ou a democracia?
  • 11. Para esta questão há três respostas possíveis:     A TEORIA SUBJECTIVISTA que afirma que os valores morais dependem do sujeito e não há portanto nenhuma autoridade moral que possa afirmar objectivamente que esta acção é correcta ou incorrecta. Não há verdade moral. A TEORIA RELATIVISTA MORAL que deriva do relativismo cultural e da diversidade de culturas e de procedimentos. Afirma que não há verdade moral universal ou que cada cultura tem a sua verdade moral. A TEORIA OBJECTIVISTA que afirma que há verdade moral baseada na razão, e que há portanto o correcto e o incorrecto independentemente das preferências do sujeito e da cultura. Argumentos a favor e contra cada uma destas formas de encarar os juízos morais.
  • 12. Qual destas três teorias tem melhores argumentos?
  • 13. Argumento a favor do relativismo cultural e moral:  Favorece a tolerância, isto é, aceitação da diversidade. Deste modo preservase a diferenciação e permite o diálogo entre diferentes formas de conceber as relações humanas. Compreende-se que não há culturas superiores e, assim, não se pode impor um padrão. Combate o etnocentrismo, isto é, a razão que alguns grupos culturais evocam para destruir os costumes de outros.
  • 14. Outro argumento a favor:  A Diversidade de costumes, e de procedimentos, assim como de formas de valorar.
  • 15. Objecção: Relativismo cultural não significa relativismo moral.  A aceitação de que não há culturas superiores, não significa que todas as práticas culturais sejam moralmente aceitáveis.
  • 16. Argumento contra o relativismo cultural e moral   A indiferença: O facto de aceitarmos evidentes crueldades sobre comunidades mais fracas, como a violência sobre as mulheres, com a justificação da diversidade, torna-nos cúmplices e indiferentes do ponto de vista moral.
  • 17. Indiferença  é um valor negativo, é a ausência de sensibilidade para o outro
  • 18. Outro argumento contra:  Conformismo social: Dentro de cada cultura há indivíduos que discordam e lutam contra certas práticas e tradições. Não concordam com a forma como as leis morais punem e não têm em conta os direitos das minorias. Sendo relativistas estamos a negar a independência do pensamento de alguns que se revoltam contra as injustiças das suas culturas. Estamos a defender o conformismo social, a verdade da maioria. Negamos também a evolução dos costumes que se vão alterando pela reivindicação e revolta de alguns dissidentes.
  • 19. Outra espécie de relativismo: O Subjectivismo   ARGUMENTOS A FAVOR: ARGUMENTO DA DIVERSIDADE OU DO DESACORDO Este argumento também é válido para o RELATIVISMO e baseia-se na verificação do facto de que os juízos de valor variam consoante os indivíduos, há, portanto, diversas formas de considerar as acções e, muitas vezes há desacordo sobre o que está correcto ou incorrecto.
  • 20. Não podemos pôr um fecho éclair na história da pluralidade.
  • 21. Argumento contra: A CONTRADIÇÃO: Parece implicar uma contradição considerar que não há qualquer verdade moral e que todos os juízos e procedimentos morais são justificáveis. Se assim fosse o diálogo seria impossível, visto que não haveria forma de mostrar por um conjunto válido de razões porque certos juízos e procedimentos são incorrectos, não haveria mesmo o bem e o mal, mas certas disposições, todas boas ou nenhuma boa.
  • 23. Objecção: Argumento contra  O Objectivismo contraria este argumento dizendo que o facto de haver diversidade de opiniões e juízos não significa que sejam todos verdadeiros, alguns podem ser verdadeiros e outros falsos. Porque as pessoas podem estar enganadas acerca dos seus valores morais e à forma como julgam as suas acções e as dos outros.
  • 24. A declaração universal dos direitos do Homem?
  • 25. Talvez haja valores morais absolutos e universais.  A TEORIA OBJECTIVISTA afirma que há verdades morais, e valores morais objectivos, de acordo com a razão, independentemente das preferências do sujeito e da cultura. A carta universal dos direitos humanos poderia ser um facto que fundamenta esta concepção.
  • 26. Nesta perspectiva a Natureza tem valor absoluto. Intrínseco
  • 27. Argumentos a favor:  ARGUMENTO DAS CONSEQUÊNCIAS INDESEJÁVEIS: Se aceitarmos o subjectivismo e o relativismo teremos de aceitar procedimentos racistas e práticas de crueldade sobre inocentes.
  • 28. Outro argumento a favor:   COINCIDÊNCIA DE VALORES Como o subjectivista salienta a diversidade, o objectivista pode salientar a comunidade de certos valores, há consenso sobre certos valores morais, como a Carta Universal dos Direitos Humanos.
  • 29. Parece haver consenso sobre isto.
  • 30. Objecções:    ARGUMENTO DOS VALORES NÃO SEREM ENTIDADES Se os valores não tivessem na nossa mente, teria de haver algo como a beleza, ou algo como a justiça, como entidades separadas e isso parece muito estranho. O OBJECTIVISTA contrapõe dizendo que as propriedades primárias e objectivas como as cores dos objectos também precisam de alguém que as avalie e, no entanto são qualidades dos próprios objectos e não são dadas pelo sujeito.
  • 31. Observe a figura e responda à seguinte questão: O que deve o guarda fazer? Justifique.