O documento discute a virtude e como conquistá-la através do esforço contínuo de superar os vícios e imperfeições. A virtude trás qualidades como bondade, caridade e modéstia. É necessário autoconhecimento para identificar as imperfeições como o orgulho e melhorá-las, sem ostentação, buscando a perfeição com a ajuda dos Bons Espíritos.
A conquista da virtude através do autoconhecimento
1.
2. A conquista da virtude é uma das condições para que possamos chegar à
perfeição, para a qual fomos criados, e que Jesus recomendou-nos
perseguir. Mas em que consiste esta virtude? Em O Evangelho segundo
o Espiritismo, um Instrutor espiritual explica que a virtude é o conjunto
de todas as qualidades que constituem o homem de bem. E enumera
algumas dessas qualidades: ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio e
modesto. A virtude, contudo, não é uma concessão de Deus. Temos de
conquistá-la através de um esforço que venhamos realizar neste sentido.
Quando conquistada, a virtude se torna uma aquisição definitiva do
espírito, incorporando-se para sempre ao seu patrimônio moral e
constituindo-se naquele tesouro que Jesus disse que os ladrões não
roubam nem as traças e a ferrugem consomem.
3. É claro que esse processo não será vencido com facilidade. Ainda
trazemos conosco inúmeros vícios e paixões inferiores que nos
acompanham ao longo da nossa trajetória evolutiva. Estas imperfeições
formam o que o Instrutor espiritual chama de “enfermidades morais” e
embaçam as qualidades que já tenhamos conquistado, atrasando a nossa
chegada à condição de virtuosos. É indispensável, desse modo, que nos
conscientizemos dessas imperfeições e identifiquemo-las, para que
possamos corrigi-las. Santo Agostinho, na questão 919 de O Livro dos
Espíritos, aponta-nos o meio para alcançarmos esse objetivo,
recomendando-nos o “conhece-te a ti mesmo”, de Sócrates. É através
desse autoconhecimento que nos habilitaremos a nos melhorar. Uma
dessas imperfeições que obscurecem as qualidades características da
virtude e da qual precisamos nos despojar é o sentimento de orgulho.
4. Aquele que, por orgulho, ostenta suas qualidades não pode ser
considerado virtuoso, ensina o Instrutor, pois a ostentação da virtude
demonstra a falta de uma qualidade que lhe é essencial: a humildade.
Os que já são virtuosos deixam que sua virtude seja notada apenas por
Deus e não pelos homens. Quando fazem o bem, o fazem pela
satisfação de fazer e não como meio de chamar a atenção e serem
admirados. Fazem o bem por um impulso espontâneo, sem que tenham
de lutar contra qualquer sentimento inferior. Não são espíritos criados
melhores. São espíritos que lutaram anteriormente contra suas más
tendências e realizaram um progresso, vencendo-as. Os bons
sentimentos não mais lhes custam qualquer esforço e suas ações no bem
são fáceis de praticar, pois para eles se tornaram um hábito.
5. Busquemos a virtude que nos levará à perfeição adquirindo passo a
passo as qualidades necessárias para tanto, sem ostentação e com
humildade. Somente assim estaremos recebendo a assistência dos Bons
Espíritos, que não nos carregarão no colo, mas certamente nos ajudarão
a vencer nossas dificuldades.
Muita Paz!
Agora, vamos elevar o nosso pensamento a Jesus, rogando a luz e o
amparo que precisamos, nós que aqui estamos, ligados ao pesado fardo
da matéria.
6. Refrigera-nos, Senhor, o nosso Espírito; ameniza as dores e sofrimentos
de todos nós. Que possa haver mais esperança em nossos corações; que
possa haver mais fé em nossos espíritos; que possa haver mais
entendimento e caridade em nossas ações, tudo conforme a vontade de
Deus, nosso Pai. E, que, nessa semana que hoje se inicia, possamos
vivificar e aprender, levando a todos com quem vamos nos encontrar, a
mensagem do trabalho contínuo, da melhoria, da paz, do amor e da
caridade.
Que assim seja, graças a Deus!
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