SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 9
1 – OBJETIVO

       Apresentar as definições aplicadas ao processo de fabricação de balas duras,
mastigáveis, pirulitos, drops, caramelos, toffe, balas e caramelos recheados,
processos, procedimentos, equipamentos, formulações balanceadas, legislação,
tabela nutricional e outras particularidades relevantes aplicadas ao processo de
fabricação.

2 – ALCANCE

     Aplica-se à diretoria da empresa Balas Itabira, e aos colaboradores que a
mesma julgar necessário o conhecimento destas informações.

3 – DEFINIÇÕES

Bala Dura: Produto preparado à base de açucares fundidos (sacarose e glicose) e
adicionado de substâncias que o caracterizam, como sucos de frutas, óleos essenciais
e adicionados de outras substâncias permitidas; a principal características do produto
e apresentar-se duro e quebradiço, normalmente transparente e translúcido.

Drops: Bala dura, prensada em formato característico, normalmente transparente ou
translúcida.

Pirulito: Bala dura, em formato característico e suportado por uma haste.

Bala Mole Mastigável: Produto que se diferencia da bala dura por apresentar
temperatura de cozimento inferior, maior percentual de umidade no produto final (6,0 a
9,0 %) em relação às balas duras (2,0 a 3,0 %) e por possuir gordura na formulação.
Além disso, estes produtos possuem a característica de serem mastigáveis (gomosos)
e de dissolução lenta.

Caramelo: Produto preparado à base de leite, açucares, manteiga ou gorduras
comestíveis, podendo ser adicionado de amido na quantidade máxima de 3% e de
outras substâncias que o caracterizam (café, coco e ovos) e submetido à cocção até o
grau de consistência adequada.

Toffe: Caramelo submetido à cocção mais prolongada, até obtenção da massa mais
dura.

Bala e Caramelo Recheados: Produtos contendo em seu núcleo recheio diversos
como doces, geléias, licores e mel.




4 – INGREDIENTES

4.1 - Açucares

    Os carboidratos são definidos como hidratos de carbono, isto é, são compostos
    orgânicos caracterizados por possuir uma molécula de carbono unida a uma
    molécula de água, cuja fórmula mínima é ( CH2O)n. A obtenção destes
    compostos ocorre a partir do processo de fotossíntese nos vegetais:
Luz, clorofila

      H2O    +   CO2                              CH2O +    O2




4.2 - Classificação dos carboidratos

       •   Monossacarídeos – Não podem ser hidrolisados em compostos menores,
           exemplo: frutose e dextrose.

       •   Oligossacarídeos - Oligossacarídeos        são carboidratos que, por
           hidrólise, originam até 10 unidades de monossacarídeos.
           Exemplo: sacarose que é um dissacarídeo extraído da beterraba e da
           cana de açúcar; maltose, que é um dissacarídeo extraído da cevada e a
           lactose que é um dissacarídeo extraído do leite.


       •   Polissacarídeos - Os polissacarídeos são macromoléculas formados
           pela união de muitos monossacarídeos. Estes compostos apresentam
           uma massa molecular muito elevada que depende do número de
           unidades de monossacarídeos que se unem. Podem ser hidrolisados em
           polissacarídeos menores, assim como em dissacarídeos ou
           monossacarídeos mediante a ação de determinadas enzimas.

       •   Dissacarídeos - Dissacarídeos são cadeias orgânicas constituídas por
           duas unidades de monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica. A
           variação entre as unidades de monossacarídeos garante a existência de
           um grande sortimento de dissacarídeos sintetizados pelos seres vivos.




            Estrutura da sacarose – cana de açúcar – um dissacarídeo




5   – Sacarose
A sacarose de cana de açúcar ou da beterraba, que é um dissacarídeo
       formado por uma molécula de glicose e frutose, é o maior constituinte das balas,
       sendo responsável pelo sabor doce e corpo destes produtos. Para a obtenção de
       balas duras translúcidas, de aparência cristalina, é necessário a utilização de
       sacarose de alto grau de pureza e baixo teor de cinzas. A presença de alto teores
       de cinzas produz muita espuma durante o cozimento, aumenta a taxa de inversão
       de sacarose durante o processo alterando a coloração do produto e provocando
       até mesmo a sua cristalização .

  5.1 – Qualidade da sacarose

       Alguns requisitos para compra de sacarose:

             •   Cor
             •   Açucares redutores
             •   Turbidez em álcool
             •   Impurezas nitrogenadas
             •   Cinzas
             •   Umidade
             •   Efeito do aquecimento de uma solução 50%
             •   Características microbiológicas




  6 - Requisitos para sacarose tipo padrão
Quadro 1

                   Atributo                                         %
  Pureza                                                         99,80
  Umidade                                                          0,1
  Açucares Redutores                                              0,05
  Cinzas                                                          0,02
  Impurezas                                                      0,005



  6.1 - Especificações Oficiais

         O quadro 2 apresenta as especificações oficiais do Instituto do Açúcar e do
  Álcool – IAA   para o açúcar cristal e os valores típicos obtidos pelas empresas
  processadoras deste produtos.
 Quadro 2

                                                                     Valores Típicos
                                        Especificação IAA              Empresas
             Parâmetros                                              Processadoras

                                      Superior*     Especial**    Superior*   Especial**
  Polarização (ºS)                    Mín. 99,5     Mín. 99,7       99,8        99,8
  Umidade (%)                         Max. 0,10     Max. 0,10       0,04        0,04
  Cor ICUMSA                          Máx. 480      Max. 230        200          150
  Cinza Condutimétrica (%)            Max. 0,10     Max. 0,07       0,05        0,04
  Reflectância (%)                     Mín. 60       Mín. 60         65           67
Pontos Pretos ( nº / 100 g )             Máx. 80        Máx. 80      11      11
Resíduo Insolúvel (escala 1-10 )         Máx. 10        Máx. 10       9      8
* Superior – destinado às indústrias de alimentos
** Especial – destinado ao empacotamento para venda ao consumidor.


6   – Glicose

       O xarope de glicose apresenta algumas propriedades funcionais que são
    responsáveis pelo comportamento do produto (bala). Entre estas se destacam o
    poder edulcorante (sacarose 100, glicose 60), a viscosidade, a higroscopicidade,
    o controle da cristalização, a temperatura de congelamento, a temperatura de
    ebulição, a fermentabilidade e a reação de Maillard.




     A propriedade funcional da glicose que merece mais destaque no caso de
fabricação de balas é o controle da cristalização da sacarose. Os polissacarídeos
presentes no xarope de glicose aumentam a viscosidade do meio, inibindo ou
retardando o movimento dos micro cristais de sacarose e, portanto, impedindo que
estes se unam e formem cristais maiores. Em estágio mais avançado a recristalização
da sacarose leva ao aparecimento de uma camada opaca na superfície das balas,
gerando um produto melado e com aspecto visual desagradável.

7   – Emulsificantes

   Os emulsificantes são substâncias químicas que pertecem ao grupo dos aditivos
conhecidos como “tenso ativos”. Possuem uma porção hidrófila que se liga à água e
aos ingredientes solúveis em água e uma porção lipofílica que possui afinidade com
gorduras e ingredientes insolúveis neste meio.
   As principais funções dos emulsificantes são:
       • Possibilitar uma homogeneização perfeita entre gordura e água;
       • Estabilizar a emulsão evitando que haja separação da gordura do produto;
       • Reduzir o fenômeno da retração;
       • Proporcionar uma sensação de maior quantidade de gordura no produto;
       • Proporcionar plasticidade, suavidade e antiaderência ao produto;
       • Distribuir melhor o aroma.

8   - Lecitina

  A lecitina pode ser empregada na fabricação de balas e confeitos de açúcar, sendo
uma opção barata de emulsificante.

9   – Gorduras

    As principais funções das gorduras nas balas e confeitos de açúcar são:
    • Atribuir suavidade e plasticidade à massa;
    • Evitar que a massa pegue nas máquinas, papel de embalagem e dentes;
    • Dissolver e manter os aromas produzidos durante o processo ou aromas
       adicionados.

10 – Ácidos

   Sete ácidos e seus sais podem ser utilizados na fabricação de balas e confeitos de
açúcar. Quatro deles possuem efeito acidulante:
   • Ácido cítrico
•   Ácido Tartárico
   •   Ácido Láctico
   •   Ácido Málico



     O ácido deve ser adicionado à massa, no final da etapa, na mesa de
resfriamento, visando diminuir a degradação do produto.
     O ácido cítrico é produzido a partir da fermentação do açúcar, usando o
microrganismo Aspergillus Níger. Este microrganismo é considerado seguro para uso
em alimentos, sendo completamente absorvido pelo organismo. O ácido cítrico atribui
sabor suave aos produtos, de forma que as balas e os confeitos de açúcar produzidos
utilizando-se este ácido são, portanto, mais suaves que os que empregam outros
ácidos. Uma solução a 1% deste ácido apresenta um pH igual a 2,2 e uma solução
0,5 % apresenta pH 2,4.


11 – Corantes

      Os corantes são classificados com sendo naturais, idênticos aos naturais,
artificiais e minerais. Devem ser avaliados em função da presença de SO 2 ,
estabilidade em pH ácido, estabilidade à luz e calor.

12 - Aromas
    Os aromas são complexas misturas de substâncias em um meio de dispersão ou
solventes, adicionados às balas com finalidade de atribuir sabor/odor. Os corante
podem ser divididos em três classes:
        • Naturais
        • Idênticos aos Naturais
        • Artificiais

       Os aromas naturais são obtidos de plantas ou podem ser obtido também através
de microrganismos ou processos físicos, um exemplo é a extração de óleo de laranja
por destilação. Os aromas semelhantes aos naturais são obtidos pela síntese ou
isolados através de processos químicos de uma matéria-prima aromática, sendo
quimicamente idênticos à substância presente em produtos naturais. Os aromas
artificiais são quimicamente sintetizados, mas não existem na natureza
Aromas Naturais                      Aromas Artificiais            Idênticos aos Naturais


  Vantagens        Desvantagens        Vantagens        Desvantagens    Vantagens       Desvantagens


                  Maioria possui      Alto impacto                     Alto impacto
                  baixo impacto de    de aroma e ,                     de aroma e ,
Apelo             aroma e.            portanto,                        portanto,
mercadológico     portanto, são       aplicações de                    aplicações de
                  necessárias         dosagens               -         dosagens              -
                  grandes             menores                          menores
                  dosagens para o
                  efeito desejado.




Alguns possuem
precursores de    Baixa resistência   Alta                             Alta
aromas que        térmica e baixa     resistência                      resistência
durante o         evolução em         térmica                          térmica
processamento     meio em                                    -                               -
atribuem boas     produtos de baixa
características   umidade
aos produtos




                  Variação do         Não                              Não
                  produto em          dependem de                      dependem de
       -          função da           espécie      de        -         espécie de            -
                  espécie e da        planta e safra                   planta e safra
                  planta.




13 – Tecnologia de Fabricação de Balas Duras

    De acordo com a definição, uma bala dura de boa qualidade deve apresentar-se
no estado vítreo, ser transparente ou translúcida e ter uma aparência brilhante. Para
alcançarmos essas características, três fatores fundamentais devem ser levados em
consideração:
    • O balanceamento correto dos ingredientes na formulação
    • O sistema de cozimento
    • As condições de processamento
    Balas duras podem ser produzidas por dois processos distintos, os quais se
diferem nas etapas de formação da bala após o cozimento, podendo ser estampadas
(tradicional) ou depositada
Açúcar
                        Glicose           Dissolução dos
                        Água              ingredientes




                                             Cozimento

    Estampadas                                                                  Depositadas




                                       Aromas, ácidos e corantes
    Temperagem                                                                             Dosadora



     Moldagem                                                                              Moldagem



   Resfriamento                                                                           Resfriamento



                                                                                          Desmoldagem




                                           Embrulhamento



 Figura 1. Fluxograma geral de processamento de balas duras: (estampadas e depositadas)




13.1– Cozimento

    Etapa do processo que tem como principal finalidade a redução da umidade do
xarope de açucares. Dois pontos importantes devem ser levados em consideração:

        •    Tempo de cozimento
        •    Temperatura de cozimento

       O xarope de açucares deve ser cozido no menor tempo e na maior temperatura
possível!

     Por que?

      Porque desta forma minimiza-se a taxa de inversão da sacarose, retardando
problemas futuros de cristalização e mela dos produtos finais.

          Existem três sistemas de cozimento utilizados na produção de balas:
descontínuos, semicontínuos e contínuos:
13.1.1 – Sistema descontínuos de cozimento


Há dois tipos de cozedores descontínuos:
       • tacho aberto com cozimento à pressão atmosférica .
       • tacho de cozimento a vácuo.


       O tacho aberto apresenta alguns inconvenientes sérios. Em função do
tempo de aquecimento prolongado do xarope ( 30 a 35 minutos ), o cozimento à
pressão atmosférica provoca um percentual elevado de inversão da sacarose
(4% a 8%), resultando num produto de baixa qualidade e com vida-de-prateleira
curta, ocasionando a cristalização e mela da bala no cliente!



     Este tipo de cozedor não é recomendado para produção de balas em
escala industrial!

Tacho de cozimento á vácuo

        No cozimento a vácuo, o tempo de cozimento é inferior ( 12 a 15 minutos ) e o
resfriamento pelo vácuo reduz o percentual de inversão ( 1% a 6% ), aumentando a
estabilidade física da bala. Esses cozedores são constituídos basicamente de um
tacho provido de camisa de vapor acoplado a uma câmara de vácuo. A solução de
açucares é cozida sob agitação até uma temperatura               e teor de sólidos
predeterminados, sendo então a massa transferida para uma câmara de vácuo. A
aplicação do vácuo tem como principal finalidade a de minimizar a taxa de inversão da
sacarose através do resfriamento rápido da massa, além de eliminar bolhas de ar e de
reduzir mais ainda o teor de umidade da massa. Em seguida o produto é
descarregada em recipientes de descarga, o qual permite alimentar a mesa de
resfriamento através de carros transportadores.




     Figura 2 - Modelo ilustrativo de tacho a vácuo para bala dura
13.1.2 - Formulações e parâmetros de processo em cozedores descontínuos,
       semicontínuos e contínuos para balas duras




                                       Sistema de cozimento
 Condições
de Processo
                  Cozedor a          Serpentina          Serpentina          Microfilme
                   Vácuo            Descontínuo           Contínuo


Formulação      65/35 a 80/20      65/35 a70/30        50/50 a 60/40       65/35 a 70/30
Básica (% BS)   açucar/glicose     açucar/glicose      açucar/glicose      açucar/glicose


Xarope de         Brix: 77%           Brix: 85%           Brix: 70%          Brix: 85%
Alimentação       T: 110 ºC        T: 110 a 112ºC      T: 110 a 112ºC        T: 130 ºC


Condições de    T: 130 a 136 ºC    T: 140 a 144 ºC     T: 140 a 144 ºC     T: 148 a 155 ºC
Cozimento       t: 12 a 15 min     t: 1 a 2 min        t: 1 a 2 min        t: 5 a 6 seg.
                P: 75 a 100 psig    P: 85 a 100 psig    P: 75 a 100 psig   P: 120 a 150psig



Sistema de      Gravidade ou        Descarga em          Sistema de          Bomba de
Extração          pressão             sistemas         rosca ou rolos      deslocamento
                                    basculantes                               positivo


Vácuo                28,5”               28”                 27”                 16”


Taxa de             1a6%             0,5 a 2,5 %        0,5 a 205 %            < 0,3 %
Inversão


Umidade               2%                 2%                  2%               2,5 a 3 %
Residual

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aditivos alimentares
Aditivos alimentaresAditivos alimentares
Aditivos alimentares
day ....
 
Alterações em alimentos
Alterações em alimentosAlterações em alimentos
Alterações em alimentos
GabsSerra
 
Processos fermentativos
Processos fermentativosProcessos fermentativos
Processos fermentativos
wilso saggiori
 

La actualidad más candente (20)

Aditivos alimentares
Aditivos alimentaresAditivos alimentares
Aditivos alimentares
 
Alcool
AlcoolAlcool
Alcool
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoAula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
 
1 carboidratos
1 carboidratos1 carboidratos
1 carboidratos
 
Cinzas
CinzasCinzas
Cinzas
 
Alterações em alimentos
Alterações em alimentosAlterações em alimentos
Alterações em alimentos
 
Elaboraçao de vinhos
Elaboraçao de vinhosElaboraçao de vinhos
Elaboraçao de vinhos
 
4-Treinamento Fábrica De Açúcar
4-Treinamento Fábrica De Açúcar4-Treinamento Fábrica De Açúcar
4-Treinamento Fábrica De Açúcar
 
Roteiro prática 3 Cinzas
Roteiro prática 3   CinzasRoteiro prática 3   Cinzas
Roteiro prática 3 Cinzas
 
Aula 4 fermentação
Aula 4 fermentaçãoAula 4 fermentação
Aula 4 fermentação
 
Extração e Tratamento de Caldo
Extração e Tratamento de Caldo Extração e Tratamento de Caldo
Extração e Tratamento de Caldo
 
Carboidratos1.2
Carboidratos1.2Carboidratos1.2
Carboidratos1.2
 
Composio centecsimal
Composio centecsimalComposio centecsimal
Composio centecsimal
 
Relatorio analise de leite pratica
Relatorio analise de leite   praticaRelatorio analise de leite   pratica
Relatorio analise de leite pratica
 
Fermentação
FermentaçãoFermentação
Fermentação
 
Apostila açúcar e álcool
Apostila açúcar e álcoolApostila açúcar e álcool
Apostila açúcar e álcool
 
Introdução à bromatologia
Introdução à bromatologiaIntrodução à bromatologia
Introdução à bromatologia
 
Branqueamento
BranqueamentoBranqueamento
Branqueamento
 
Processos fermentativos
Processos fermentativosProcessos fermentativos
Processos fermentativos
 
Cerveja
CervejaCerveja
Cerveja
 

Destacado

Bala ppt
Bala pptBala ppt
Bala ppt
sivigan
 
ProduçãO Chocolate
ProduçãO ChocolateProduçãO Chocolate
ProduçãO Chocolate
guest45831e
 
Who am i presentation
Who am i presentationWho am i presentation
Who am i presentation
zlriches
 
Apresentação Coca-Cola para IGEC
Apresentação Coca-Cola para IGECApresentação Coca-Cola para IGEC
Apresentação Coca-Cola para IGEC
Renata Pacheco
 
Who am i presentation
Who am i presentationWho am i presentation
Who am i presentation
Mollytigers
 
Apresentação coca cola
Apresentação   coca colaApresentação   coca cola
Apresentação coca cola
Neil Azevedo
 
Who am i ppt
Who am i pptWho am i ppt
Who am i ppt
asingh45
 
Processo de produção da coca cola
Processo de produção da coca colaProcesso de produção da coca cola
Processo de produção da coca cola
Angélica Agra
 

Destacado (20)

Bala ppt
Bala pptBala ppt
Bala ppt
 
Barquete de cereais
Barquete de cereaisBarquete de cereais
Barquete de cereais
 
Amidos modificados
Amidos modificados Amidos modificados
Amidos modificados
 
Papel Fotográfico
Papel FotográficoPapel Fotográfico
Papel Fotográfico
 
Cereal Chocote - ITAL
Cereal Chocote - ITALCereal Chocote - ITAL
Cereal Chocote - ITAL
 
Bom
BomBom
Bom
 
Madeira e suas propriedades.
Madeira e suas propriedades.Madeira e suas propriedades.
Madeira e suas propriedades.
 
Composição química do refrigerante
Composição química do refrigeranteComposição química do refrigerante
Composição química do refrigerante
 
Refrigerantes
RefrigerantesRefrigerantes
Refrigerantes
 
Ojas
Ojas Ojas
Ojas
 
ProduçãO Chocolate
ProduçãO ChocolateProduçãO Chocolate
ProduçãO Chocolate
 
Who am i presentation
Who am i presentationWho am i presentation
Who am i presentation
 
Apresentação Coca-Cola para IGEC
Apresentação Coca-Cola para IGECApresentação Coca-Cola para IGEC
Apresentação Coca-Cola para IGEC
 
Copia Bpf Itabira
Copia Bpf ItabiraCopia Bpf Itabira
Copia Bpf Itabira
 
Who am i presentation
Who am i presentationWho am i presentation
Who am i presentation
 
Canal de distribuição Projeto Logístico -coca-cola, Castelo Branco.
Canal de distribuição   Projeto Logístico -coca-cola, Castelo Branco.Canal de distribuição   Projeto Logístico -coca-cola, Castelo Branco.
Canal de distribuição Projeto Logístico -coca-cola, Castelo Branco.
 
Apresentação coca cola
Apresentação   coca colaApresentação   coca cola
Apresentação coca cola
 
Who am i ppt
Who am i pptWho am i ppt
Who am i ppt
 
Processo de produção da coca cola
Processo de produção da coca colaProcesso de produção da coca cola
Processo de produção da coca cola
 
Fabricação de Refrigerantes - Coca Cola
Fabricação de Refrigerantes - Coca ColaFabricação de Refrigerantes - Coca Cola
Fabricação de Refrigerantes - Coca Cola
 

Similar a Aprendendo sobre Balas

Excipientes 29.08
Excipientes 29.08Excipientes 29.08
Excipientes 29.08
ettidavi
 
analises mineral e vegetal
analises mineral e vegetalanalises mineral e vegetal
analises mineral e vegetal
aline silva
 
base-de-glicerina
 base-de-glicerina base-de-glicerina
base-de-glicerina
Paula Tonete
 
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptxMant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
helidaleao
 
QuíM. De Alim. I Carboidratos Ii E Iii
QuíM. De Alim. I   Carboidratos Ii E IiiQuíM. De Alim. I   Carboidratos Ii E Iii
QuíM. De Alim. I Carboidratos Ii E Iii
Ricardo Stefani
 
(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia
Agnaldo silva
 

Similar a Aprendendo sobre Balas (20)

Açúcares e correlatos adolpho lutz
Açúcares e correlatos adolpho lutzAçúcares e correlatos adolpho lutz
Açúcares e correlatos adolpho lutz
 
Cap7
Cap7Cap7
Cap7
 
Excipientes 29.08
Excipientes 29.08Excipientes 29.08
Excipientes 29.08
 
Subsídio mel bromatologia do mel - caracterização do mel
Subsídio mel   bromatologia do mel - caracterização do melSubsídio mel   bromatologia do mel - caracterização do mel
Subsídio mel bromatologia do mel - caracterização do mel
 
Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente
 
Quimisa Household 2016
Quimisa Household 2016Quimisa Household 2016
Quimisa Household 2016
 
Tecnologia de frutas: pectina
Tecnologia de frutas: pectinaTecnologia de frutas: pectina
Tecnologia de frutas: pectina
 
analises mineral e vegetal
analises mineral e vegetalanalises mineral e vegetal
analises mineral e vegetal
 
Sujeiras e manchas
Sujeiras e manchasSujeiras e manchas
Sujeiras e manchas
 
Vantage Limpadores de alta performance Household 2016
Vantage Limpadores de alta performance Household 2016Vantage Limpadores de alta performance Household 2016
Vantage Limpadores de alta performance Household 2016
 
base-de-glicerina
 base-de-glicerina base-de-glicerina
base-de-glicerina
 
Soda Cáustica
Soda CáusticaSoda Cáustica
Soda Cáustica
 
3-Treinamento Tratamento De Caldo
3-Treinamento Tratamento De Caldo3-Treinamento Tratamento De Caldo
3-Treinamento Tratamento De Caldo
 
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptxMant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
Mant, Marg, Req, C. Ricota e queijo 9.pptx
 
QuíM. De Alim. I Carboidratos Ii E Iii
QuíM. De Alim. I   Carboidratos Ii E IiiQuíM. De Alim. I   Carboidratos Ii E Iii
QuíM. De Alim. I Carboidratos Ii E Iii
 
Producao-de-Acucar-materialdeapoio.pdf
Producao-de-Acucar-materialdeapoio.pdfProducao-de-Acucar-materialdeapoio.pdf
Producao-de-Acucar-materialdeapoio.pdf
 
Apostila1 industriaacucareira2013
Apostila1 industriaacucareira2013Apostila1 industriaacucareira2013
Apostila1 industriaacucareira2013
 
curso de açucar e alcool produção de etanol.ppt
curso de açucar e alcool produção de etanol.pptcurso de açucar e alcool produção de etanol.ppt
curso de açucar e alcool produção de etanol.ppt
 
Apresentação lúpulo completa
Apresentação lúpulo completaApresentação lúpulo completa
Apresentação lúpulo completa
 
(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia(Q) tecnologia alimenticia
(Q) tecnologia alimenticia
 

Más de UFU - Universidade Federal de Uberlândia

Más de UFU - Universidade Federal de Uberlândia (11)

Anexo ao comunicado rotulagem preventiva de produtos saneantes
Anexo ao comunicado   rotulagem preventiva de produtos saneantesAnexo ao comunicado   rotulagem preventiva de produtos saneantes
Anexo ao comunicado rotulagem preventiva de produtos saneantes
 
E s t e q u i o m e t r i a relação de massa em solução
E s t e q u i o m e t r i a relação de massa em soluçãoE s t e q u i o m e t r i a relação de massa em solução
E s t e q u i o m e t r i a relação de massa em solução
 
Pró exatcta universidade federal do ceará
Pró exatcta universidade federal do cearáPró exatcta universidade federal do ceará
Pró exatcta universidade federal do ceará
 
Cálculo i george b. thomas
Cálculo i   george b. thomasCálculo i   george b. thomas
Cálculo i george b. thomas
 
Apresentação Stain Blaster
Apresentação Stain BlasterApresentação Stain Blaster
Apresentação Stain Blaster
 
RESOLUÇÃO RDC Nº 23, DE 15 DE MARÇO DE 2000.- ANEXO X
 RESOLUÇÃO RDC Nº 23, DE 15 DE MARÇO DE 2000.- ANEXO  X RESOLUÇÃO RDC Nº 23, DE 15 DE MARÇO DE 2000.- ANEXO  X
RESOLUÇÃO RDC Nº 23, DE 15 DE MARÇO DE 2000.- ANEXO X
 
Como fazer POP - PORTAL DA QUALIDADE
Como fazer POP - PORTAL DA QUALIDADEComo fazer POP - PORTAL DA QUALIDADE
Como fazer POP - PORTAL DA QUALIDADE
 
Portal da qualidade uberlândia appcc trilat treinamento
Portal da qualidade uberlândia appcc trilat   treinamentoPortal da qualidade uberlândia appcc trilat   treinamento
Portal da qualidade uberlândia appcc trilat treinamento
 
Manual BPF Mousse Cake
Manual BPF Mousse Cake Manual BPF Mousse Cake
Manual BPF Mousse Cake
 
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
MANUAL DE BOAS PRÁTICASMANUAL DE BOAS PRÁTICAS
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
 
Res 23-anvisa-15-mar-2000-registro alimentos
Res 23-anvisa-15-mar-2000-registro alimentosRes 23-anvisa-15-mar-2000-registro alimentos
Res 23-anvisa-15-mar-2000-registro alimentos
 

Último

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
andrenespoli3
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 

Aprendendo sobre Balas

  • 1. 1 – OBJETIVO Apresentar as definições aplicadas ao processo de fabricação de balas duras, mastigáveis, pirulitos, drops, caramelos, toffe, balas e caramelos recheados, processos, procedimentos, equipamentos, formulações balanceadas, legislação, tabela nutricional e outras particularidades relevantes aplicadas ao processo de fabricação. 2 – ALCANCE Aplica-se à diretoria da empresa Balas Itabira, e aos colaboradores que a mesma julgar necessário o conhecimento destas informações. 3 – DEFINIÇÕES Bala Dura: Produto preparado à base de açucares fundidos (sacarose e glicose) e adicionado de substâncias que o caracterizam, como sucos de frutas, óleos essenciais e adicionados de outras substâncias permitidas; a principal características do produto e apresentar-se duro e quebradiço, normalmente transparente e translúcido. Drops: Bala dura, prensada em formato característico, normalmente transparente ou translúcida. Pirulito: Bala dura, em formato característico e suportado por uma haste. Bala Mole Mastigável: Produto que se diferencia da bala dura por apresentar temperatura de cozimento inferior, maior percentual de umidade no produto final (6,0 a 9,0 %) em relação às balas duras (2,0 a 3,0 %) e por possuir gordura na formulação. Além disso, estes produtos possuem a característica de serem mastigáveis (gomosos) e de dissolução lenta. Caramelo: Produto preparado à base de leite, açucares, manteiga ou gorduras comestíveis, podendo ser adicionado de amido na quantidade máxima de 3% e de outras substâncias que o caracterizam (café, coco e ovos) e submetido à cocção até o grau de consistência adequada. Toffe: Caramelo submetido à cocção mais prolongada, até obtenção da massa mais dura. Bala e Caramelo Recheados: Produtos contendo em seu núcleo recheio diversos como doces, geléias, licores e mel. 4 – INGREDIENTES 4.1 - Açucares Os carboidratos são definidos como hidratos de carbono, isto é, são compostos orgânicos caracterizados por possuir uma molécula de carbono unida a uma molécula de água, cuja fórmula mínima é ( CH2O)n. A obtenção destes compostos ocorre a partir do processo de fotossíntese nos vegetais:
  • 2. Luz, clorofila H2O + CO2 CH2O + O2 4.2 - Classificação dos carboidratos • Monossacarídeos – Não podem ser hidrolisados em compostos menores, exemplo: frutose e dextrose. • Oligossacarídeos - Oligossacarídeos são carboidratos que, por hidrólise, originam até 10 unidades de monossacarídeos. Exemplo: sacarose que é um dissacarídeo extraído da beterraba e da cana de açúcar; maltose, que é um dissacarídeo extraído da cevada e a lactose que é um dissacarídeo extraído do leite. • Polissacarídeos - Os polissacarídeos são macromoléculas formados pela união de muitos monossacarídeos. Estes compostos apresentam uma massa molecular muito elevada que depende do número de unidades de monossacarídeos que se unem. Podem ser hidrolisados em polissacarídeos menores, assim como em dissacarídeos ou monossacarídeos mediante a ação de determinadas enzimas. • Dissacarídeos - Dissacarídeos são cadeias orgânicas constituídas por duas unidades de monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica. A variação entre as unidades de monossacarídeos garante a existência de um grande sortimento de dissacarídeos sintetizados pelos seres vivos. Estrutura da sacarose – cana de açúcar – um dissacarídeo 5 – Sacarose
  • 3. A sacarose de cana de açúcar ou da beterraba, que é um dissacarídeo formado por uma molécula de glicose e frutose, é o maior constituinte das balas, sendo responsável pelo sabor doce e corpo destes produtos. Para a obtenção de balas duras translúcidas, de aparência cristalina, é necessário a utilização de sacarose de alto grau de pureza e baixo teor de cinzas. A presença de alto teores de cinzas produz muita espuma durante o cozimento, aumenta a taxa de inversão de sacarose durante o processo alterando a coloração do produto e provocando até mesmo a sua cristalização . 5.1 – Qualidade da sacarose Alguns requisitos para compra de sacarose: • Cor • Açucares redutores • Turbidez em álcool • Impurezas nitrogenadas • Cinzas • Umidade • Efeito do aquecimento de uma solução 50% • Características microbiológicas 6 - Requisitos para sacarose tipo padrão Quadro 1 Atributo % Pureza 99,80 Umidade 0,1 Açucares Redutores 0,05 Cinzas 0,02 Impurezas 0,005 6.1 - Especificações Oficiais O quadro 2 apresenta as especificações oficiais do Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA para o açúcar cristal e os valores típicos obtidos pelas empresas processadoras deste produtos. Quadro 2 Valores Típicos Especificação IAA Empresas Parâmetros Processadoras Superior* Especial** Superior* Especial** Polarização (ºS) Mín. 99,5 Mín. 99,7 99,8 99,8 Umidade (%) Max. 0,10 Max. 0,10 0,04 0,04 Cor ICUMSA Máx. 480 Max. 230 200 150 Cinza Condutimétrica (%) Max. 0,10 Max. 0,07 0,05 0,04 Reflectância (%) Mín. 60 Mín. 60 65 67
  • 4. Pontos Pretos ( nº / 100 g ) Máx. 80 Máx. 80 11 11 Resíduo Insolúvel (escala 1-10 ) Máx. 10 Máx. 10 9 8 * Superior – destinado às indústrias de alimentos ** Especial – destinado ao empacotamento para venda ao consumidor. 6 – Glicose O xarope de glicose apresenta algumas propriedades funcionais que são responsáveis pelo comportamento do produto (bala). Entre estas se destacam o poder edulcorante (sacarose 100, glicose 60), a viscosidade, a higroscopicidade, o controle da cristalização, a temperatura de congelamento, a temperatura de ebulição, a fermentabilidade e a reação de Maillard. A propriedade funcional da glicose que merece mais destaque no caso de fabricação de balas é o controle da cristalização da sacarose. Os polissacarídeos presentes no xarope de glicose aumentam a viscosidade do meio, inibindo ou retardando o movimento dos micro cristais de sacarose e, portanto, impedindo que estes se unam e formem cristais maiores. Em estágio mais avançado a recristalização da sacarose leva ao aparecimento de uma camada opaca na superfície das balas, gerando um produto melado e com aspecto visual desagradável. 7 – Emulsificantes Os emulsificantes são substâncias químicas que pertecem ao grupo dos aditivos conhecidos como “tenso ativos”. Possuem uma porção hidrófila que se liga à água e aos ingredientes solúveis em água e uma porção lipofílica que possui afinidade com gorduras e ingredientes insolúveis neste meio. As principais funções dos emulsificantes são: • Possibilitar uma homogeneização perfeita entre gordura e água; • Estabilizar a emulsão evitando que haja separação da gordura do produto; • Reduzir o fenômeno da retração; • Proporcionar uma sensação de maior quantidade de gordura no produto; • Proporcionar plasticidade, suavidade e antiaderência ao produto; • Distribuir melhor o aroma. 8 - Lecitina A lecitina pode ser empregada na fabricação de balas e confeitos de açúcar, sendo uma opção barata de emulsificante. 9 – Gorduras As principais funções das gorduras nas balas e confeitos de açúcar são: • Atribuir suavidade e plasticidade à massa; • Evitar que a massa pegue nas máquinas, papel de embalagem e dentes; • Dissolver e manter os aromas produzidos durante o processo ou aromas adicionados. 10 – Ácidos Sete ácidos e seus sais podem ser utilizados na fabricação de balas e confeitos de açúcar. Quatro deles possuem efeito acidulante: • Ácido cítrico
  • 5. Ácido Tartárico • Ácido Láctico • Ácido Málico O ácido deve ser adicionado à massa, no final da etapa, na mesa de resfriamento, visando diminuir a degradação do produto. O ácido cítrico é produzido a partir da fermentação do açúcar, usando o microrganismo Aspergillus Níger. Este microrganismo é considerado seguro para uso em alimentos, sendo completamente absorvido pelo organismo. O ácido cítrico atribui sabor suave aos produtos, de forma que as balas e os confeitos de açúcar produzidos utilizando-se este ácido são, portanto, mais suaves que os que empregam outros ácidos. Uma solução a 1% deste ácido apresenta um pH igual a 2,2 e uma solução 0,5 % apresenta pH 2,4. 11 – Corantes Os corantes são classificados com sendo naturais, idênticos aos naturais, artificiais e minerais. Devem ser avaliados em função da presença de SO 2 , estabilidade em pH ácido, estabilidade à luz e calor. 12 - Aromas Os aromas são complexas misturas de substâncias em um meio de dispersão ou solventes, adicionados às balas com finalidade de atribuir sabor/odor. Os corante podem ser divididos em três classes: • Naturais • Idênticos aos Naturais • Artificiais Os aromas naturais são obtidos de plantas ou podem ser obtido também através de microrganismos ou processos físicos, um exemplo é a extração de óleo de laranja por destilação. Os aromas semelhantes aos naturais são obtidos pela síntese ou isolados através de processos químicos de uma matéria-prima aromática, sendo quimicamente idênticos à substância presente em produtos naturais. Os aromas artificiais são quimicamente sintetizados, mas não existem na natureza
  • 6. Aromas Naturais Aromas Artificiais Idênticos aos Naturais Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens Maioria possui Alto impacto Alto impacto baixo impacto de de aroma e , de aroma e , Apelo aroma e. portanto, portanto, mercadológico portanto, são aplicações de aplicações de necessárias dosagens - dosagens - grandes menores menores dosagens para o efeito desejado. Alguns possuem precursores de Baixa resistência Alta Alta aromas que térmica e baixa resistência resistência durante o evolução em térmica térmica processamento meio em - - atribuem boas produtos de baixa características umidade aos produtos Variação do Não Não produto em dependem de dependem de - função da espécie de - espécie de - espécie e da planta e safra planta e safra planta. 13 – Tecnologia de Fabricação de Balas Duras De acordo com a definição, uma bala dura de boa qualidade deve apresentar-se no estado vítreo, ser transparente ou translúcida e ter uma aparência brilhante. Para alcançarmos essas características, três fatores fundamentais devem ser levados em consideração: • O balanceamento correto dos ingredientes na formulação • O sistema de cozimento • As condições de processamento Balas duras podem ser produzidas por dois processos distintos, os quais se diferem nas etapas de formação da bala após o cozimento, podendo ser estampadas (tradicional) ou depositada
  • 7. Açúcar Glicose Dissolução dos Água ingredientes Cozimento Estampadas Depositadas Aromas, ácidos e corantes Temperagem Dosadora Moldagem Moldagem Resfriamento Resfriamento Desmoldagem Embrulhamento Figura 1. Fluxograma geral de processamento de balas duras: (estampadas e depositadas) 13.1– Cozimento Etapa do processo que tem como principal finalidade a redução da umidade do xarope de açucares. Dois pontos importantes devem ser levados em consideração: • Tempo de cozimento • Temperatura de cozimento O xarope de açucares deve ser cozido no menor tempo e na maior temperatura possível! Por que? Porque desta forma minimiza-se a taxa de inversão da sacarose, retardando problemas futuros de cristalização e mela dos produtos finais. Existem três sistemas de cozimento utilizados na produção de balas: descontínuos, semicontínuos e contínuos:
  • 8. 13.1.1 – Sistema descontínuos de cozimento Há dois tipos de cozedores descontínuos: • tacho aberto com cozimento à pressão atmosférica . • tacho de cozimento a vácuo. O tacho aberto apresenta alguns inconvenientes sérios. Em função do tempo de aquecimento prolongado do xarope ( 30 a 35 minutos ), o cozimento à pressão atmosférica provoca um percentual elevado de inversão da sacarose (4% a 8%), resultando num produto de baixa qualidade e com vida-de-prateleira curta, ocasionando a cristalização e mela da bala no cliente! Este tipo de cozedor não é recomendado para produção de balas em escala industrial! Tacho de cozimento á vácuo No cozimento a vácuo, o tempo de cozimento é inferior ( 12 a 15 minutos ) e o resfriamento pelo vácuo reduz o percentual de inversão ( 1% a 6% ), aumentando a estabilidade física da bala. Esses cozedores são constituídos basicamente de um tacho provido de camisa de vapor acoplado a uma câmara de vácuo. A solução de açucares é cozida sob agitação até uma temperatura e teor de sólidos predeterminados, sendo então a massa transferida para uma câmara de vácuo. A aplicação do vácuo tem como principal finalidade a de minimizar a taxa de inversão da sacarose através do resfriamento rápido da massa, além de eliminar bolhas de ar e de reduzir mais ainda o teor de umidade da massa. Em seguida o produto é descarregada em recipientes de descarga, o qual permite alimentar a mesa de resfriamento através de carros transportadores. Figura 2 - Modelo ilustrativo de tacho a vácuo para bala dura
  • 9. 13.1.2 - Formulações e parâmetros de processo em cozedores descontínuos, semicontínuos e contínuos para balas duras Sistema de cozimento Condições de Processo Cozedor a Serpentina Serpentina Microfilme Vácuo Descontínuo Contínuo Formulação 65/35 a 80/20 65/35 a70/30 50/50 a 60/40 65/35 a 70/30 Básica (% BS) açucar/glicose açucar/glicose açucar/glicose açucar/glicose Xarope de Brix: 77% Brix: 85% Brix: 70% Brix: 85% Alimentação T: 110 ºC T: 110 a 112ºC T: 110 a 112ºC T: 130 ºC Condições de T: 130 a 136 ºC T: 140 a 144 ºC T: 140 a 144 ºC T: 148 a 155 ºC Cozimento t: 12 a 15 min t: 1 a 2 min t: 1 a 2 min t: 5 a 6 seg. P: 75 a 100 psig P: 85 a 100 psig P: 75 a 100 psig P: 120 a 150psig Sistema de Gravidade ou Descarga em Sistema de Bomba de Extração pressão sistemas rosca ou rolos deslocamento basculantes positivo Vácuo 28,5” 28” 27” 16” Taxa de 1a6% 0,5 a 2,5 % 0,5 a 205 % < 0,3 % Inversão Umidade 2% 2% 2% 2,5 a 3 % Residual