2. O paradigma da disciplinaridade
O desenvolvimento do conhecimento no
mundo ocidental moderno foi
consolidado pelo paradigma da
racionalidade científica e técnica que
ipassou a exercer supremacia nos
territórios de nossa cultura.
3. O que é um Paradigma?
Paradigma é a representação do padrão
de modelos a serem seguidos. É um
pressuposto filosófico matriz, ou seja,
uma teoria, um conhecimento que
origina o estudo de um campo científico;origina o estudo de um campo científico;
uma realização científica com métodos e
valores que são concebidos como
modelo; uma referência inicial como
base de modelo para estudos e
pesquisas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma
4. Disciplinaridade
Também conhecida como
monodisciplinaridade ou disciplinaridade
restrita, para Nicolescu (2005), a
disciplina preocupa-se, no máximo, com
um mesmo e único nível da realidade.
Para Gallo (2000), a organização
curricular das disciplinas termina por
colocá-las como realidades estanques,
sem interconexão, dificultando para os
alunos a compreensão do conhecimentoalunos a compreensão do conhecimento
como um todo integrado.
5. Multidisciplinaridade
Conjunto de disciplinas a serem
trabalhadas simultaneamente, sem
fazer aparecer as relações que possam
existir entre elas, destinando-se a um
sistema de um só nível e de objetivos
únicos, sem nenhuma cooperação.
6. Multidisciplinaridade
Cada matéria contribui com
informações próprias do seu campo de
conhecimento, sem considerar que
existe uma integração entre elas. Essa
forma de relacionamento entre as
disciplinas é considerada pouco eficaz
para a absorção de conhecimentos , já
que impede uma relação entre eles.
7. A proposta Interdisciplinar
A segunda metade do século vinte vai
cobrar de forma mais intensa a
necessidade de comunicação, de
conexão entre as especialidades, o que
significa que os saberes estãosignifica que os saberes estão
envolvidos numa trama mais complexa,
indo além das especificidades.
8. O conhecimento: paradigma
arborescente versus paradigma
rizomático
Paradigma arborescente
A metáfora tradicional da estrutura do
conhecimento é a arbórea: ele é tomado
como uma grande árvore, cujas extensas
raízes devem estar fincadas em solo
firme (as premissas verdadeiras), com
um tronco sólido que se ramifica em
galhos e mais galhos, estendendo-se
assim pelos mais diversos aspectos da
realidaderealidade.
9. Paradigma arborescente
O paradigma arborescente implica numa
hierarquização do saber como forma de
mediatizar e regular o fluxo de
informações pelos caminhos da árvore
do conhecimento.
10. Pergunta
Sobre a proposta interdisciplinar de conhecimento,
podemos afirmar que:
a) Trata-se da decomposição do objeto em diversas
partes para que seja observado e investigado
pelo método analítico.
Éb) É um conjunto de disciplinas a serem trabalhadas
simultaneamente, sem fazer aparecer as relações
que possam existir entre elas.
c) Surge de uma forma mais intensa da necessidade
de comunicação, de conexão entre as
especialidades, o que significa que os saberes
tã l id t i lestão envolvidos numa trama mais complexa.
d) Resulta numa metodologia de estudo sobre o
conhecimento nas especificidades pertinentes às
disciplinas.
11. O Rizoma
Em 1980, na abertura de uma obra
publicada na França, Gilles Deleuze e
Félix Guatari introduzem uma nova
metáfora, ao falarem no rizoma.
A metáfora do rizoma subverte a ordem
da metáfora arbórea, tomando como
paradigma aquele tipo de caule
radiciforme de alguns vegetais, formado
por uma miríade de pequenas raízes
emaranhadas em meio a pequenos
bulbos armazenatíciosbulbos armazenatícios.
12. O paradigma rizomático é regido por
seis princípios básicos:
1) PRINCÍPIO DE HETEROGENEIDADE -
Dado que qualquer conexão é possível,
o rizoma rege-se pela heterogeneidade;
2) PRINCÍPIO DE CONEXÃO - Qualquer
ponto de um rizoma pode ser/estarponto de um rizoma pode ser/estar
conectado a qualquer outro;
3) PRINCÍPIO DE MULTIPLICIDADE - O
rizoma é sempre multiplicidade que não
pode ser reduzida à unidade;pode ser reduzida à unidade;
13. O paradigma rizomático é regido por
seis princípios básicos:
Í4) PRINCÍPIO DE RUPTURA A-SIGNIFICANTE
- O rizoma não pressupõe qualquer
processo de significação, de
hierarquização;
5) PRINCÍPIO DE CARTOGRAFIA - O rizoma5) PRINCÍPIO DE CARTOGRAFIA O rizoma
pode ser mapeado, cartografado e tal
cartografia nos mostra que ele possui
entradas múltiplas;
6) PRINCÍPIO DE DECALCOMANIA - Os
mapas podem no entanto ser copiadosmapas podem, no entanto, ser copiados,
reproduzidos.
14. A transdisciplinaridade
A transdisciplinaridade visa articular
uma nova compreensão da realidade
entre e para além das disciplinas
especializadas.
A transdisciplinaridade é uma
abordagem que passa entre, além e
através das disciplinas, numa busca de
compreensão da complexidade.
15. Transdisciplinaridade
“ A transdisciplinaridade se preocupa,
portanto, com o que está entre as
disciplinas através de diferentes
disciplinas e além de todas as
disciplinas. Sua meta é o entendimento
do mundo presente, no qual um dos
imperativos é a unidade do
conhecimento”. (SCHMITT et all., 2006)
16. Piaget
Compreende o mundo físico como uma
rede de relações. O homem não se
separa do meio e vice-versa. É um
indivíduo contextualizado, cujas
estruturas mentais incorporam o que foi
alcançado no estágio anterior e
enriquecem as estruturas posteriores em
um processo de construção e
reconstrução contínuo.
17. Paulo Freire
Considera que o contexto e suas
influências deve ser compreendido e
apropriado pelo indivíduo em uma
construção única, pessoal e ao mesmo
tempo coletiva, pois afinal, como sujeito
histórico também faz cultura e colabora
com a evolução da humanidade.
18. Da “carta de transdisciplinaridade”:
A transdisciplinaridade é complementar
à aproximação disciplinar: faz emergir da
confrontação das disciplinas dados
novos que as articulam entre si; oferece-
nos uma nova visão da natureza e da
realidade. A transdisciplinaridade não
procura o domínio sobre as várias outras
disciplinas, mas a abertura de todas elas
àquilo que as atravessa e as ultrapassa.
19. Práticas pedagógicas
Devemos considerar, contudo, que das
abordagens atuais, a
interdisciplinaridade é a mais
considerada nas práticas pedagógicas,
por apresentar-se como uma
possibilidade de q ebra de rigide dospossibilidade de quebra de rigidez dos
compartimentos em que se encontram
isoladas as disciplinas dos currículos
escolares, como coloca Pires (1998).
20. Edgar MORIN, em seu livro A cabeça
bem feita: repensar a reforma, reformar
o pensamento (2001) , enfatiza:
M i l b b f it bMais vale uma cabeça bem- feita que bem
cheia.
O significado de uma cabeça bem cheia é
óbvio: é uma cabeça onde o saber é
acumulado, empilhado, e não dispõe de
um princípio de seleção e organização queum princípio de seleção e organização que
lhe dê sentido. Uma cabeça bem-feita
significa que, em vez de acumular o saber,
é mais importante dispor ao mesmo
tempo de:
Uma aptidão geral para colocar e tratar osp g p
problemas;
Princípios organizadores que permitam
ligar os saberes e lhes
dar sentido.
21. Pergunta
Sobre a transdisciplinaridade, podemos
destacar:
a) Seu caráter de unicidade, ou seja, de
problematização única em cada uma das
disciplinas.
b) Sua forma de abordar o conhecimento que
passa entre, além e através das
disciplinas, numa busca de compreensão
da complexidade.
c) Sua busca do domínio sobre as várias
outras disciplinas.
d) Sua meta é o entendimento do mundo no
passado através dos conhecimentos que
não se conectam entre si.