2. O SURGIMENTO DA CIÊNCIA CARTOGRÁFICA
• A cartografia (do grego chartis, “mapa” e graphein, “escrita”) é a
ciência que trata da utilização e estudo dos mapas.
• A cartografia é resultado do desenvolvimento das atividades
humanas e precede a escrita. O mapa mais antigo que se tem
conhecimento é o da Ga-Sur: um pequeno pedaço de argila
encontrado em Haran, no Nordeste do atual Iraque, por volta de
2,500 a.C.
• Os gregos são considerados os primeiros a darem um grande
impulso na cartografia. Dentre as principais contribuições podemos
citar a forma arredondada da terra (séc V a.C). Erastóstenes (276-
175 a.C) conseguiu determinar a circunferência da terra medindo o
seu raio.
3. • Na época Erastóstenes calculou o raio médio da terra em
6,247km. Com a tecnologia atual podemos concluir que o raio da
terra é de 6,371km (erro de 124km).
• Os gregos foram os primeiros a representarem o globo terrestre, a
determinar a linha do equador e as linhas dos trópicos e dos
polos da terra; desenvolveram ainda o sistema de latitudes e
longitudes.
• Apesar de ter surgido no ano de 2000 a.C a bússola só alcançou
reconhecimento durante as grandes navegações (séc XV e XVI).
• Atualmente são utilizados satélites artificiais equipados com
sensores para diversas finalidades, entre elas, as imagens via
satélite que são muito utilizadas pelas cartografia.
5. A FORMA DA TERRA
• Hoje é fácil para os homens definirem a forma da terra,
contudo, muitos estudiosos percorreram muitos caminhos até
entenderem a sua real forma.
• Colombo e Fernão de Magalhães (séc XV) apostaram em
uma superfície arredondada da terra.
• Jean Picard (1669-1670), utilizando o método de Erastóstenes,
calculou o raio da terra a partir do arco de circunferência da
terra entre Paris e Amiens, chegando ao valor de 6372km.
• Giovanni Cassini (1625-1712), concluiu ao medir o arco de
meridiano entre Dunquerque e Collioure, que a terra tinha a
forma ovoide, ou seja seria alongada na direção dos polos e
achatada na linha do equador.
6. A FORMA DA TERRA
• Isaac Newton (1643-1727) discordando de Cassini, com base
em observações pendulares e também na gravitação
universal, afirma, em 1672, que a terra tem polos achatados e
uma dilatação no equador, e que a tornaria um elipsoide.
• Em meados do século XIX, Listing concluiu que, se a
gravidade exerce força diferente para cada ponto da
superfície da terra, deveria então ter uma superfície irregular,
como um bloco rochoso todo amassado. Que ele denominou
de geóide.
• Definitivamente a terra não tem uma forma geométrica
perfeita.
7. LOCALIZAÇÃO E COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Localizar-se em uma cidade pode não ser uma tarefa fácil
de se realizar, principalmente se for uma cidade grande;
contudo, podemos utilizar pontos de referência para
localização.
12. COORDENADAS GEOGRÁFICA
Conjunto de linhas imaginárias (paralelos e
meridianos) que se cruzam e auxiliam na localização de
pontos ou acidentes geográficos no planeta.
Paralelos – linhas imaginárias
que cortam o planeta no sentido
leste – oeste, acompanhando a
trajetória da linha do Equador
13. CARACTERÍSTICAS DOS PARALELOS E
MERIDIANOS
• Tem o Equador como o referencial;
É o maior dos paralelos e um circulo imaginário
eqüidistante dos pólos, ou seja, apresenta a mesma
distância entre os extremos dos Pólos Norte e Sul,
formando os Hemisférios.
O Equador é o único paralelo que
divide a Terra em Hemisférios.
O Meridiano de Greenwich e o único
meridiano que divide a Terra em dois
Hemisférios
Metade da Esfera
15. • Os paralelos que não
recebem denominações são
indicados por graus, que
variam de 0º a 90º, a partir da
linha do Equador, tanto para
o Norte como para o Sul.
Além do Equador, quatro outros
paralelos recebem
nomenclaturas, por serem
considerados importantes, pois
delimitam as chamadas zonas
climáticas.
Os trópicos de câncer e capricórnio e os círculos polares ártico
e antártico, sendo a distância dos trópicos em 23º27`30” e dos
círculos polares em 66º33`22”
Hemisfério
Norte
Hemisfério
Sul
16. Meridianos – são linhas
imaginárias que cortam a Terra
no sentido Norte – Sul,
acompanhando a trajetória o
Meridiano de Greenwich.
Apesar de todos os meridianos
dividirem igualmente a Terra,
convencionou-se utilizar o de
Greenwich (cidade inglesa), como
ponto divisório entre Oriente e
Ocidente. Logo existem os
Hemisférios Oriental e Hemisfério
Ocidental
Os meridianos são indicados por graus, que variam de 0º a 180º, a
partir da linha de Greenwich, tanto para o Leste como para o Oeste
Hemisfério
Ocidental
Hemisfério
Oriental
19. LATITUDES E LONGITUDES
Latitude distância em
graus de qualquer ponto da
superfície terrestre até a
linha do Equador, portanto
apresenta uma variação de
0º a 90º. Pode ser norte ou
sul a depender do
hemisfério que estiver
localizado
Longitude distância em graus
de qualquer ponto da
superfície terrestre até a linha
do Meridiano de Greenwich,
portanto apresenta uma
variação de 0º a 180º. Pode
ser Ocidental ou Oriental a
depender do hemisfério que
estiver localizado
21. PLANTA, CARTA OU MAPA
Professor: Herbert Galeno
Blog: herbertgaleno.blogspot.com.br
22. • Plantas tem maior escala. Conseguindo maior riqueza de detalhes porém
retratando menor área.
• Cartas tem uma escala média que consegue retratar bairros, linhas de
ônibus ou metrô.
• Mapas são os que utilizam menor escala, conseguindo retratar, com a
menor detalhamento, até mesmo o mundo.
• Para a elaboração de um mapa é necessário:
• O conhecimento do espaço geográfico
• Uso de técnicas e tecnologias. Como fotografias aéreas ou imagens de
satélite
• Definir os objetivos da representação e selecionar as informações que
conterá o mapa.
• Durante a leitura e interpretação deve-se atentar aos elementos básicos de
um mapa. São eles: título, legenda, escala, e orientação geográfica. É
necessário também ter crítica às informações apresentadas. Pois toda e
qualquer informação pode ser apresentada de modo a defender diferentes
ideias.
24. Mapas Históricos: são
mapas antigos,
geralmente com uma
aparência mais rústica,
envelhecida. A maioria
deles foi elaborada
quando não existiam as
tecnologias que temos
hoje em dia, por isso
alguns são muito
imprecisos. Mesmo assim,
foram muito importantes
em suas respectivas
épocas. São muito
utilizados, atualmente,
para descobrir como as
pessoas em outros tempos
concebiam o seu espaço.
25. Mapas Físicos: são
mapas utilizados para
representar o espaço
físico de um
determinado ambiente,
apresentando
informações como os
rios, o relevo, a
vegetação, a altitude,
entre outros elementos.
26. Mapas econômicos: são
aqueles mapas que
representam as
atividades produtivas e
financeiras, bem como
trazem informações e
dados socioeconômicos,
como a pobreza, a fome,
entre outros fatores.
Assim, temos mapas da
distribuição das indústrias,
da localização de
matérias-primas, de
determinados tipos de
serviços, entre outros
temas.
27. Mapas políticos: são os
mapas que representam
a distribuição dos
territórios nacionais, com
as fronteiras que
delimitam os países e as
divisas entre os estados,
cidades ou províncias.
28. Mapas
demográficos: são
aqueles utilizados para
representar temas
referentes às
populações, como
número de habitantes,
concentração de
moradias, divisão de
agrupamentos étnicos
e densidade
demográfica.
30. 2 . Projeções cartográficas
2.1. Como representar figuras tridimensionais em um plano sem que
ocorra deformidades?
Projeções Cartográficas – “A arte na
construção de mapas”
31. É POSSÍVEL ELIMINAR AS DEFORMIDADES EM UM
MAPA AO REPRESENTAR ÁREAS DA TERRA?
2.2 O que são e para que foram desenvolvidos
os sistemas de projeções cartográficas ?
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula
matemática que transforma as coordenadas geográficas,
a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em
coordenadas planas, mantendo correspondência entre
elas. O uso deste artifício geométrico das projeções
consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
Os sistemas de projeções cartográficas foram
desenvolvidos para dar uma solução ao problema da
transferência de uma imagem da superfície curva da
esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai
acarretar deformações.
32. QUAL É A MELHOR PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA
PARA REPRESENTAR A TERRA?
2.3 TIPOS DE PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS:
1. PLANA
2. CILINDRICA
3. CÔNICA
A melhor maneira de representar a
superfície da Terra é por meio de
globos, nos quais se conservam
exatamente as posições relativas de
todos os pontos e as dimensões são
apresentadas em uma escala única.
33. 1 - PROJEÇÃO PLANA, POLAR OU AZIMUTAL
2.4 PROJEÇÃO PLANA
• As projeções azimutais (planas ou polares) são
executadas a partir de um plano tangente sobre a esfera
terrestre; o ponto de tangência se torna o centro dessa
representação cartográfica.
• As áreas próximas a esse ponto de tangência apresentam
pequenas deformações; entretanto, as mais distantes são
muito distorcidas.
• As projeções azimutais são as mais usadas
geopoliticamente, pois podem realçar o "status" de um
país em relação aos demais da Terra.
• Os agentes da globalização, como os bancos
internacionais e as transnacionais, dão preferência à
projeção azimutal, colocando evidentemente o ponto de
tangência em suas sedes, nos países centrais.
VOLTA
34. 2 - PROJEÇÃO CILINDRICA
2.5 PROJEÇÃO CILINDRICA
• As projeções cilíndricas são denominadas assim porque
são feitas pelo envolvimento da esfera terrestre por um
cilindro tangente à ela.
• Elas apresentam o inconveniente de deformar as
superfícies nas altas latitudes, mantendo as baixas
latitudes em forma e dimensão mais próximas do real.
• A única coordenada que se apresenta em seu tamanho
original é a do Equador, nessas projeções cilíndricas, que
se caracterizam por apresentarem os paralelos e os
meridianos retos e perpendiculares entre si. Elas são as
projeções mais utilizadas e conhecidas.
• As duas projeções cilíndricas mais conhecidas são as de
Mercator e a de Peters. Entre elas vamos traçar um
quadro de diferenciações, embora sejam do mesmo tipo
de projeção.
VOLTA
35. PROJEÇÃO DE MERCATOR
2.6 PROJEÇÃO DE MERCATOR
A projeção de Mercator é a mais antiga. Foi criada
no século XVI, quando se iniciou o processo de
expansão da burguesia mercantil européia sobre o
mundo.
Reflete, pois, uma ideologia eurocentrista – para a
Europa convergiam os espaços da produção e
circulação desde o século XVI até a II Guerra
Mundial.
Mercator fez uma projeção cilíndrica conforme, isto
é, não deformou os ângulos de latitude e longitude,
portanto as distâncias angulares e lineares (estas no
Equador) são precisas.
VOLTA
36. 2.7 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA PROJEÇÃO DE
MERCATOR
VANTAGENS DA PROJEÇÃO DE MERCATOR
1. Os meridianos são representados por linhas retas, os paralelos e o equador são representados por um segundo
sistema de linhas retas, perpendicular à família de linhas que representam os meridianos.
2. É fácil identificar os pontos cardeais numa Carta de Mercator.
3. É fácil determinar as coordenadas de qualquer ponto representado numa Carta de Mercator.
4. Os ângulos medidos na superfície da Terra são representados por ângulos idênticos na carta; assim, direções
podem ser medidas diretamente na carta. Na prática, distâncias também podem ser medidas diretamente na
carta.
5. Facilidade de construção (construção por meio de elementos retilíneos).
6. Existência de tábuas para o traçado do reticulado.
LIMITAÇÕES DA PROJEÇÃO DE MERCATOR
1. Deformação excessiva nas altas latitudes.
2. Impossibilidade de representação dos pólos.
3. Círculos máximos, exceto o Equador e os meridianos, não são representados por linhas retas (limitação notável
nas Cartas de Mercator de pequena escala, representando uma grande área).
37. 2.8 PROJEÇÃO DE PETERS
PROJEÇÃO DE PETERS
A projeção de Arno Peters surgiu apenas em 1973,
durante a Guerra Fria e as crises petrolíferas que abalaram
o mundo.
Ideologicamente é uma projeção geopolítica de países
subdesenvolvidos, ou seja, os países e continentes são
representados relativamente com seu tamanho real,
expondo uma idéia de igualdade internacional.
Na projeção de Peters, as distâncias e as formas das
superfícies foram relegadas a segundo plano, a fim de
enfatizar os tamanhos das áreas representadas
cartograficamente.
Os países e continentes situados em baixas latitudes ficam
alongados no sentido N-S, enquanto os situados em altas
latitudes ficam como que esgarçados no sentido L-O
porque as distâncias angulares entre os paralelos são
diminuídas gradativamente do Equador para os pólos.
VOLTA
38. 3 – PROJEÇÃO CÔNICA
2.9 - PROJEÇÃO CÔNICA
• Nesta projeção os meridianos
convergem para os pólos e os
paralelos são arcos concêntricos
situados a igual distância uns dos
outros.
• São utilizados para mapas de
países de latitudes médias.
VOLTA
SEGUE
39. 3.0 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS QUE
CARACTERIZAM AS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções
cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que
o mapa, são:
a) Conformes
b) Equivalentes
c) Afiláticas
40. 3.1 PROJEÇÕES CONFORMES
• Os ângulos são mantidos
idênticos (na esfera e no
plano) e as áreas são
deformadas.
• Um exemplo é a projeção
de Mercator.
RETORNA
41. 3.2 PROJEÇÕES EQUIVALENTES
• Nas projeções equivalentes as áreas
apresentam-se idênticas e os ângulos
deformados.
• Um exemplo é a projeção de Peters.
RETORNA
42. 3.3 PROJEÇÕES AFILÁTICAS
• Nas projeções afiláticas as
áreas e os ângulos
apresentam-se deformados.
• Um exemplo é a projeção
gnomônica, bastante utilizada
na navegação náutica.
RETORNA
SEGUE
43. 3.4 A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE DOMINAÇÃO CULTURAL
•Durante muito tempo, a cartografia restringiu-se
a uma ciência de elaboração de mapas.
•Cada civilização desenvolveu as suas próprias
ciências cartográficas.
•Logo, os mapas deixados por essas civilizações
constituem um reflexo de sua cultura e mostram
as visões que elas possuíam do mundo.
•As representações cartográficas não traduzem
apenas o nosso olhar sobre o mundo. Nelas
podemos identificar também os nossos
interesses em relação ao nosso espaço imediato,
ou em relação ao espaço que desejamos, de
alguma forma, dominar.
44. 3.5 VOCÊ CONHECE OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR O
MUNDO?
Diferentes olhares sobre o mundo no tempo
•O desenvolvimento da cartografia pode ser associado tanto ao desenvolvimento tecnológico
quanto ao conhecimento do espaço.
•As influências religiosas, culturais, econômicas, sociais, etc, podem ser claramente analisadas
nos mapas e cartas geográficas que foram desenvolvidos ao longo dos anos.
45. 3.6 DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NA
CARTOGRAFIA
Principais recursos tecnológicos utilizados na cartografia e no gerenciamento de
informações:
GPS
Aerofotogrametria (Fotografia aérea)
Imagens de satélites
Radar
46. 3.7 GPS
Sistema de Posicionamento Global, que utiliza
sinais emitidos por satélites, cujas aplicações são
amplamente utilizadas nos transportes marítimos,
terrestres e aéreos.
Tecnologia utilizada por operadoras de celulares
e firmas de seguros de cargas.
RETORNA
47. 3.8 AEROFOTOGRAMETRIA (FOTOGRAFIA
AÉREA)
Fotografia obtida através de
sensores acoplados nas aeronaves.
Constitui-se como um instrumento
de representação da realidade
acessível ao público com menos
qualificações técnicas.
SCANNER E SENSOR FOTOGRÁFICO
RETORNA
48. 3.9 IMAGENS DE SATÉLITES
Imagens captadas por sensores
acoplados aos satélites artificiais
que orbitam em torno do planeta,
codificada e transmitida para uma
estação rastreadora na terra.
Atualmente trabalham com
precisão milimétrica.
RETORNA
49. 4.0 RADAR
O desenvolvimento do radar
permitiu superar o problema
relativo à necessidade de se ter um
tempo claro, sem nuvens, ou sobre
áreas de florestas densas.
Muito utilizado no monitoramento
de espaço aéreo e áreas florestais.
RETORNA
53. • O movimento de translação é aquele que o planeta Terra realiza ao redor do Sol junto com
os outros planetas.
• O tempo necessário para completar uma volta ao redor do Sol é de 365 dias, 5 horas e
cerca de 48 minutos e ocorre numa velocidade média de 107.000 km por hora.
O tempo que a planeta leva para dar uma volta completa ao redor do Sol é chamado
"ano". O ano civil, aceito por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo
concreto do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos
um ano de 366 dias, dia este que é acrescido ao nosso calendário no mês de fevereiro e
que recebe o nome de ano bissexto.
• O movimento de translação é o responsável pelas quatro estações do ano: verão, outono,
inverno e primavera, que ocorrem em razão das diferentes localizações da Terra no espaço.