O documento discute a inspiração das Escrituras Sagradas. Afirma que a inspiração é a influência do Espírito Santo nas mentes dos escritores bíblicos para registrar a revelação divina de forma progressiva e suficiente para conduzir as pessoas a Cristo. Discute também teorias sobre a inspiração como intuição, iluminação e ditado, concluindo que a inspiração é dinâmica, sobrenatural e plena.
1. As Escrituras Sagradas Michael Lima
Revelação
Revelação Geral
Natureza
Consciência
História
Revelação Especial
Escrituras
o Revelação da Verdadeira Religião
o Revelação Graduada
o Unidade
o Papel Iluminador
Jesus Cristo
Os Milagres
o Santidade
o Bondade
o Significado Religioso
o Harmonia com a Revelação Escrita
o O Poder de D’us
Contexto e Significado Teológico
o Subordinação entre Criação e Criador
o Demonstração da Natureza Viva, Pessoal e
Compassiva de D’us
o Autenticidade de Seus Enviados e de Suas
Palavras
o Mistérios da Graça
Profecias
1
2. As Escrituras Sagradas Michael Lima
Inspiração
Inspiração é a influência do Espírito de D’us sobre as
mentes dos escritores da Bíblia que fizeram dos escritos
o registro de uma revelação divina progressiva,
suficiente, quando tomada no seu conjunto e interpretada
pelo mesmo Espírito que os inspirou a dirigir cada
inquiridor a Cristo e à salvação.
Observe o sentido de cada parte da definição:
1. Inspiração é uma influência do Espírito de D’us. Não é
simplesmente um fenômeno da natureza, ou um capricho
psicológico, mas o efeito da operação interior do
Espírito divino pessoal.
2. Contudo, a inspiração não é uma influência sobre o
corpo, mas sobre a mente. D’us garante o seu fim, não
através da comunicação exterior ou mecânica, mas
despertando os poderes racionais do homem.
3. Os escritos dos homens inspirados são o registro de
uma revelação. Eles não são, por si mesmos, a revelação.
4. Tanto a revelação como o registro são progressivos.
Nenhum deles é completo no seu início.
5. Os escritos bíblicos devem ser considerados em
Contexto e Significado Teológico
conjunto. Deve-se ver cada uma das partes em conexão com
a que precede e com a que se segue.
6. Para conhecermos a verdade, o mesmo Espírito Santo,
que fez as revelações originais deve interpretar o seu
registro.
7. Assim empregados e interpretados, estes escritos são
suficientes, tanto em qualidade como em quantidade, para
o seu propósito religioso. Não tem por fim fornecer-nos
um modelo de história ou fatos da ciência, mas conduzir-
nos a Cristo e à salvação.
2
3. As Escrituras Sagradas Michael Lima
Teorias
Intuição – Ponto de Vista Pelagiano e Racionalista
Sustenta que a inspiração é apenas um desenvolvimento do
insight (discernimento) da verdade que todos homens
possuem em certo grau; um modo de inteligência em matéria
de moral e religião que dá surgimento aos livros
sagrados, como um modo correspondente de inteligência em
matéria de verdade secular dá surgimento a grandes obras
de filosofia ou arte. Tal modo de inteligência é
considerado como produto das próprias forças do homem,
quer sem influência divina especial, quer só através da
operação de um Deus impessoal.
Iluminação – Fundamentação nos Escritos Arminianos
Considera a inspiração simplesmente como uma
intensificação e elevação das percepções religiosas do
cristão, o mesmo em gênero, apesar de que maior em grau,
com a iluminação de cada crente pelo Espírito Santo.
Sustenta não que a Bíblia é, mas contém a palavra de Deus
e que não os escritos, mas os escritores são inspirados.
A iluminação dada pelo Espírito Santo, contudo, põe o
Contexto e Significado Teológico
escritor inspirado só em plena posse dos seus poderes
normais, mas não comunica a verdade objetiva além da sua
capacidade de descobrir ou entender.
Ditado – Corrente Helenística e Parte Alemã
Esta teoria sustenta que a inspiração consistiu em o
Espírito Santo possuir as mentes e corpos dos escritores
da Bíblia, para que eles se tornem instrumentos passivos
ou amanuenses - a pena e não o calígrafo de Deus.
3
4. As Escrituras Sagradas Michael Lima
Dinâmica
Este ponto de vista verdadeiro, em oposição à primeira
destas teorias, sustenta que a inspiração não é
simplesmente um fato natural, mas também sobrenatural e
que é obra imediata de um Deus pessoal na alma do homem.
Em oposição à segunda, sustenta que a inspiração pertence
não só ao homem que escreveu a Bíblia, mas à Bíblia que
ele escreveu, de modo que, tomada em seu conjunto,
constitui um registro da revelação divina confiável e
suficiente.
Em oposição à terceira teoria, sustenta que as Escrituras
contém um elemento humano assim como um divino, de modo
que, enquanto apresentam um conjunto de verdades
reveladas, estas são formadas em moldes humanos e
adaptadas à inteligência humana comum.
Em resumo, a inspiração nem é caracteristicamente
natural, parcial, nem mecânica, mas sobrenatural, plena e
dinâmica.
Inspiração e Iluminação
Línguas Contexto e Significado Teológico
Hebraico
Aramaico
Grego
4