A civilização da Mesopotâmia foi a primeira a desenvolver a escrita, a agricultura e as cidades-Estado. Surgiu entre os rios Tigre e Eufrates e era governada por uma elite política e religiosa. Os mesopotâmicos acreditavam em vários deuses e construíram os zigurates para adorá-los. Desenvolveram também a matemática, o calendário e o Código de Hamurábi.
2. • Considerada como o “berço da civilização” e
denominada de Mesopotâmia (palavra que
significa “terra entre rios”), pelos gregos na
Antiguidade, a região pertencia ao chamado
Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras
civilizações.
4. A Política:
• O nascimento da civilização na MESOPOTÂMIA
foi marcada não só pela formação do Estado, mas
também pelo início da desigualdade e da
exploração social entre homens, que passaram
de uma sociedade comunitária para uma
sociedade dividida em classes.
• O controle político era exercido por uma elite
que obrigatoriamente também era o chefe
religioso
( patesi) e responsável pelo templo (zigurate).
5. • Diferente do Egito, onde o chefe do Estado era
visto como um deus, na MESOPOTÂMIA ele era
apenas um dos representantes dos deuses na
Terra. Ele mantinha um grupo de sacerdotes para
ajudá-lo a administrar as cidades.
• Estabeleceram assim uma íntima relação, muito
presente e forte nesse período da história entre o
poder político e o religioso; um não existia sem o
outro.
6. • Pode-se perceber que a organização da
sociedade mesopotâmica dividida de forma
geral entre os chefes religiosos e sacerdotes
(no comando) os ricos comerciantes e
proprietários, a população livre e escravos.
7. • As atividades administrativas das cidades
(arrecadação de impostos e obras públicas) o
trabalho coletivo e o intenso comércio foram
importantes para o gradativo
desenvolvimento da escrita, da matemática,
do calendário, das leis, dos padrões
monetários, padrões de pesos e medidas.
8. • Todas essas normas eram registradas por
meio de escrita cuneiforme, os símbolos eram
registrados em pedaços de barro úmido e
mole, que depois secavam e endureciam ao
sol. Esse processo de registro alterou
radicalmente as formas de transmissão de
conhecimento, causando uma verdadeira
"revolução cultural".
9. • Era muito instável o quadro político na
MESOPOTÂMIA, em razão dos confrontos,
disputas entre os povos e as cidades da região.
• Por ser área muito fértil ao meio de um deserto,
atraia invasores nômades a região. Com o passar
dos tempos, alguns povos e cidades destacaram-
se, assumiram um relativo poder durante um
determinado período
10. A VIDA DOS MESOPOTÂMICOS:
• Escravos e homens de condições humildes
levavam o mesmo tipo de vida. A alimentação
era muito simples: pão de cevada, um
punhado de tâmara, um pouco de cerveja
leve. Isso era essencial no cardápio diário. Às
vezes comiam legumes, lentilhas, feijão,
pepinos,peixe pescado nos rios ou nos canais;
a carne era um alimento muito raro.
15. • Na habitação era a mesma simplicidade. Às
vezes a casa era um simples cubo de tijolos
crus revestidos de barro. O telhado era plano
e feito com troncos de palmeiras e argila
comprimida. Esse tipo de telhado tinha a
desvantagem de deixar passar a água nas
chuvas mais torrenciais, mas em tempos secos
eram usados como terraços.
18. • As casas não tinham, janelas e à noite eram
iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.
Os insetos eram abundantes nessas moradias.
• Embora os ricos se alimentassem melhor, e
morassem em casas mais confortáveis que os
pobres, suas condições de higiene não eram
mais adequadas. Quando as epidemias se
abatiam sobre as cidades a mortalidade era a
mesma em todos as classes sociais.
19. A economia da Mesopotâmia:
• Os povos mesopotâmicos dedicavam-se
principalmente ao comércio e agricultura. Atividades
complementares também eram desenvolvidas como,
por exemplo, artesanato, fabricação de tecidos,
metalurgia e confecção de jóias.
• O comércio, uma das principais atividades econômicas,
era praticado através das caravanas (expedições de
comércio em grandes grupos). Os comerciantes
nômades percorriam extensas áreas para vender suas
mercadorias ou comprar matérias-primas que não
eram encontradas na Mesopotâmia. Os contatos
comerciais eram feitos, principalmente, com
sociedades do Oriente Médio e Índia.
21. • A agricultura era o principal interesse
econômico da maior parte da população,
sendo os sumerianos excelentes lavradores.
Devido ao seu conhecimento de irrigação,
conseguiram farta colheita de frutas, legumes
e cereais.
22. • O controle comercial era feito através de
registros em placas de argila, utilizando
caracteres cuneiformes.
• Na Mesopotâmia não havia moeda, porém as
atividades comerciais eram estabelecidas
utilizando barras de ouro e prata.
23. • A terra era dividida em grandes latifúndios que
achavam nas mãos dos governadores, dos
sacerdotes e dos oficiais do exército; o cidadão
comum ou arrendava a terra ou era servo. No
comércio estava a segunda parte da riqueza
mesopotâmica. Em todas as transações
comerciais maiores, serviam como dinheiro,
barras ou lingote de ouro e de prata, sendo a
unidade-padrão de trocas um círculo de prata de
valor de aproximadamente de dois dólares ao
câmbio moderno.
25. A religião da Mesopotâmia:
• Os povos da Mesopotâmia Antiga eram
politeístas, ou seja, acreditavam na existência
de vários deuses. Na concepção destes povos,
os deuses poderiam praticar coisas boas ou
ruins com os seres humanos.
• Os deuses da religião mesopotâmica
representavam os elementos da natureza
(água, ar, Sol, terra, etc).
26. • Diversas cidades possuíam seus próprios
deuses. Marduk, por exemplo, era o deus
protetor da cidade da Babilônia, na época do
reinado de Hamurábi. Em função do domínio
desta cidade sobre a Mesopotâmia, este deus
também passou a ser o mais importante em
toda região.
28. • Uma deusa que ganhou muita importância na
Mesopotâmia foi Ishtar. Era representada nua e
simbolizava o poder da natureza e da fertilidade.
• Os mesopotâmicos também acreditavam na
existência de heróis, demônios e gênios.
Praticavam adivinhações e magias.
• Os mesopotâmicos construíam zigurates,
espécies de templos em formato de pirâmides, e
acreditavam que os deuses habitavam estas
construções.
30. • Somente os sacerdotes podiam entrar nos
templos. Estes sacerdotes eram considerados
espécies de intermediários entre os deuses e a
pessoas. Eles não precisavam trabalhar no
campo, pois tinham a função de conduzir a
construção de diques e canais de irrigação.
31. • Os zigurates possuíam de 3 a 6 andares. Eram
construídos de pedra ou de tijolos cozidos ao
Sol. A entrada era feita através do topo do
templo, sendo que o acesso ocorria através de
uma rampa espiralada, construída nas
paredes externas do zigurate.
32. • Sua função religiosa era muito importante,
pois os antigos mesopotâmicos acreditavam
que os zigurates serviam de morada para os
deuses. Através destas construções,
acreditavam que os deuses estariam mais
perto da sociedade. Logo, somente os
sacerdotes poderiam acessar as partes
internas do zigurate.
33. • A "Torre de Babel" era, na verdade, um
zigurate vertical de aproximadamente 90
metros de altura. Foi construído durante o
reinado do imperador babilônico
Nabucodonosor II.
• - Os zigurates foram criados pelos sumérios.
38. Principais deuses da religião
mesopotâmica:
• - Enlil - deus do vento e das chuvas
• - Shamash - deus do Sol
• - Ishtar - deusa da chuva, da primavera e da
fertilidade
• - Marduk - deus protetor da cidade da
Babilônia
• - Anu - deus do Céu
43. • A grandiosidade da Babilônia apareceu durante o
reinado de Hamurábi. Este rei, utilizando sua
habilidade guerreira, conquistou várias cidades e
regiões ao redor. Governou criando leis severas.
A principal realização cultural dos amoritas foi o
Código de Hamurabi, o primeiro código escrito
que a história registra era baseado no Direito
Sumeriano, tendo por finalidade consolidar o
poder do Estado e adequar-se ao
desenvolvimento da economia mercantil.
44. • O Código de Hamurábi que influenciou muitas
civilizações era composto por centenas de leis,
dentre elas destacava-se a Lei de Talião (olho
por olho, dente por dente), estabelecia que as
punições fossem idênticas ao delito cometido.
45. Algumas leis do Código de Hamurabi:
• Se um filho bater com as mãos em seu pai, terá
suas mãos cortadas.
• Se um homem toma uma mulher e não
estabeleceu um contrato, então essa mulher não
é esposa.
• Se um homem cegou o olho de um homem livre,
terá o seu olho também furado. Furou-se o olho
de um escravo, pagará metade do seu valor.
• Se um médico tratou, com faca de metal a ferida
de um escravo e lhe causou a morte, ele dará
escravo por escravo.
46. Aspectos culturais:
• A cultura na Mesopotâmia era muito rica em
razão dos diversos povos que habitavam a
região. Mas, quase toda a cultura
mesopotâmica descendia dos sumérios,
incluindo a religião, politeísta e
antropomórfica. Os sumérios explicavam a
origem do mundo através do mito de Marduk
e da lenda do Dilúvio, muito semelhante à
história bíblica da Arca de Noé.
47. • Segundo suas crenças, o deus Marduk criara o
céu e a terra, os astros e o homem. Contudo,
um dilúvio ameaçara a existência humana na
terra e Marduk ajudou Gilgamesh a
sobreviver, advertindo-o do perigo e
aconselhando-o a construir uma arca na qual
deveria colocar vários animais e os membros
de sua família. No governo de Hamurábi, o
deus Marduk da Babilônia foi adorado por
todo o império.
48. • Os povos mesopotâmicos viam a religião
como meio de obter recompensas terrenas,
imediatas, não acreditando na vida após a
morte. Os rituais religiosos, comandados pelos
sacerdotes, faziam do templo (zigurate) o
centro de toda a religiosidade.
50. • Esses templos, às vezes, abrigavam também o
celeiro e as oficinas. Neles se conhecia o estoque
e se definia o critério de distribuição dos
excedentes agrícolas tomados aos camponeses.
Os caldeus não acreditavam em vida após a
morte, porém acreditavam em demônios,
espíritos, magia, adivinhação e na influência dos
astros sobre a vida humana, criaram a astrologia.
Os astrólogos faziam horóscopos para interpretar
a influência dos astros na vida humana.
51. • Na arquitetura mesopotâmica destacava-se a
construção de templos e palácios, como os
zigurates. Pintavam e esculpiam sobre temas
religiosos, esportivos e militares. Inventados
pelos sumérios, os zigurates tornaram-se sua
marca arquitetônica registrada: eram imensos
templos com várias torres retangulares,
58. • Foi, porém, no campo científico que os
mesopotâmicos alcançaram maior destaque.
Através da observação do céu, visando
decifrar a vontade dos deuses, os sacerdotes
acumularam informações a partir das quais foi
elaborado, pouco a pouco, um conhecimento
exato dos fenômenos celestes.
59. Legado Cultural da Mesopotâmia:
• Divisão do ano de 12 meses e a semana de 7
dias;
• A divisão do dia em 24 horas;
• A crença nos horóscopos e os doze signos do
zodíaco;
• O hábito de fazer plantio de acordo com as
fases da Lua;
• O círculo de 360 graus;
60. • O processo aritmético da multiplicação;
• O cálculo das quatro operações aritméticas;
• A extração de raiz quadrada;
• A álgebra;
• O sistema de numeração sexagesimal, que
dividiu a circunferência em 360º e à hora em
60 minutos;
61. • A distinção entre planetas e estrelas;
• A arte de prever eclipses;
• O primeiro conjunto de leis escritas, o Código
de Hamurábi, feito pelos babilônios no século
XVIII a. C.
62. • No campo literário, o destaque fica para duas
obras sumerianas: o Mito da Criação, que
resgata a origem do mundo através do mito
de Marduk, e a Epopéia de Gilgamesh, que
conta a lenda do Dilúvio. Destaca-se também,
como grande marco da história do Direito, o
Código de Hamurábi. A descoberta suméria da
escrita foi enriquecida com a produção de
textos religiosos, históricos e lendas.