2. Primeiros socorros
Conceito:Atendimento temporário e imediato prestado
a uma pessoa ferida ou que adoece repentinamente.
Não substitui o atendimento médico de urgência.
Primeiros Socorros incluem o reconhecimento das
condições que põem a vida em risco e tomar as
atitudes necessárias para manter a vítima viva e na
melhor condição possível até que se obtenha
atendimento médico.
3. Objetivos dos primeiros socorros:
Reconhecer situações que ponham a vida em risco.
Aplicar circulação e respiração artificiais quando necessário.
Controlar sangramento.
Tratar de outras condições que ponham a vida em risco.
Minimizar o risco de outras lesões e complicações.
Evitar infecções.
Deixar a vítima o mais confortável possível.
Providenciar assistência médica e transporte.
Socorrista : Pessoa habilitada à prática dos primeiros socorros,
utilizando-se dos conhecimentos básicos e treinamentos técnicos que o
capacitaram para esse desempenho.
4. Conduta na prioridade do atendimento
Aproximar-se do local ou da vítima;
Avaliar as condições do ambiente;
Afastar os curiosos;
Tomar medidas para evitar novos acidentes;
Avisar ao serviço público de auxílio: SAMU 192, COBOM 193, PRF 191, PM 190.
Conseguir acesso até a(s) vítima(s) e verifique se há qualquer perigo imediato de
vida.
Avaliar cuidadosamente a situação de cada vítima;
Fornecer suporte básico à vida das pessoas que estiverem em risco; sempre
priorizando o atendimento às vítimas mais graves;
Prestar auxílios, posteriores, segundo a gravidade;
Organizar a remoção da vítima, atendendo a cada situação especificamente.
5. Cinemática do trauma
Na avaliação da cena, a observação das circunstâncias nas quais
ocorreu o evento, como o tipo de colisão automobilística (frontal,lateral,
traseira), o grau de deformidade do veículo, a altura da queda, a
velocidade dos corpos, o tipo e calibre das armas, entre muitas outras,
permite que se estabeleça uma relação entre estes fatos e as possíveis
lesões apresentadas pela vítima. Este estudo denomina-se cinemática do
trauma, biomecânica do trauma ou mecanismo do trauma.A
observação do local na cena do evento faz parte da história do trauma.
6. Cinemática do Trauma
volante deformado sugere
impacto sobre o tórax, uma
“fratura” circular do pára-brisa
indica o local de impacto da
cabeça e sugere uma possível
lesão do crânio e/ou da coluna
cervical.
7. Cinemática do Trauma
Uma deformidade na parte mais baixa do
painel sugere o impacto e uma possível
luxação de joelho, coxo-femural
ou até uma fratura de fêmur.
8. Avaliação Primária e Secundária: Triagem e
Classificação das Vítimas
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA : consiste numa análise de todas as condições que
implique risco iminente de morte, tais como permeabilidade das vias aéreas,
respiração eficaz (anormal ou gasping), estabilidade circulatória, controle de
grandes sangramentos e estabilização da coluna cervical. Avaliação em 60
segundos. A-B-C.
Vias aéreas e estabilização da coluna cervical.
Respiração.
Circulação.
Avaliação neurológica ( A- acordado, V- verbal, D- doloroso, I- irresponsivo.
AVDI)
A prioridade de atendimento é determinada basicamente pela gravidade da vítima,
ou seja, serão socorridas e atendidas primeiramente aquelas que e encontram
sujeitas a maior risco de morte, pois o objetivo principal do primeiro socorro é
preservação da vida.
9. Avaliação Secundária
Consiste na segunda etapa do exame, onde serão observadas todas as leões que
impliquem risco imediato à vida. O socorrista deve buscar realizar anamnese
direcionada, checar a história do acidente ou mal súbito, identificar os ferimentos ,
aferir os sinais vitais e realizar um exame físico padronizado, da cabeça aos pés.
Nome, idade, telefone?. Menor de idade- contatar responsáveis.
O que aconteceu?
Isso já aconteceu antes?
Algum problema de saúde?
Está tomando algum remédio?
Está fazendo algum tratamento de saúde?
É alérgico a algum medicamento?
Fez uso de algum tipo de droga?
Qual o horário da última alimentação?
O que você está sentindo? Sente dor em algum lugar?
10. Triagem e Classificação das vítimas
É o procedimento realizado por um profissional habilitado, para detectar com rapidez
situações que ameacem a vida e executar ações que viabilizem a estabilização das
funções vitais ventilatória , circulatória e neurológica, transportando a vítima para uma
unidade de referência.
OBJETIVOS:
Avaliar rapidamente todas as vítimas que se encontram em situação de
emergência;
Determinar a prioridade dos cuidados, de acordo com o estado de saúde da
vítima;
Dar acesso aos cuidados para as vítimas nas quais o estado de saúde requer
intervenção imediata e rápida;
Reduzir os riscos de deterioração do estado clínico, por meio de cuidados
rápidos ou de uma observação apropriada;
Diminuir a ansiedade e melhorar a satisfação das vítimas e de seus familiares,
por meio de informações pertinentes e de fácil compreensão;
Diminuir as frustrações e a inquietude da equipe;
Reduzir os riscos de agressão contra a equipe ou outras pessoas no local de
atendimento;
Melhorar o funcionamento de serviço de emergência.
11. Classificação das vítimas
Prioridade máxima ( COR VERMELHA)
Clientes recuperáveis;
Lesões muito graves;
Risco de morrer nos primeiros 5-15’;
Essa prioridade é aplicável às vítimas que apresentam um problema que acarrete
morte ou perda de um membro ou órgão, se não forem atendidas imediatamente por um
médico. Tempo de triagem: 30 a 60 segundos.
Parada cardíaca e respiratória;
Artéria secionada;
Cianose;
Convulsões;
Dispneia grave;
Ferimentos torácico fechado com aparente perfuração de pulmão;
Ferimento aberto no olho;
Hipotensão grave( choque);
Hipertensão grave;
Hipotermia< 32ºC;
Inconsciência;
12. Classificação das vítimas
Intoxicação medicamentosa severa;
Inalação de substâncias tóxicas;
Perda de um membro;
Politraumatismo;
Queimaduras extensas;
Queimadura química no olho.
Prioridade moderada ( COR AMARELA)
Cliente pode aguardar;
Lesões graves;
Sem risco de morrer nas próximas 24 horas.
Tempo de triagem: 2 minutos
Alteração da consciência;
Anomalias do ritmo cardíaco;
Agressão sexual;
Dificuldade respiratória;
Dor nas costas com ou sem suspeita de lesão da coluna cervical;
13. Classificação das vítimas
Dor abdominal ou dorsal aguda;
Dor testicular súbita;
Dor torácica no indivíduo cardíaco;
Dor torácica no indivíduo com mais de 35 anos, associada a outros sintomas ou fatores de risco;
Comportamento violento;
Confusão súbita;
Dores dorsais associadas a sintomas neurológicos;
Traumatismo no olho;
Tendências iniciadas;
Hematúria grave;
Tramatismo abdominal;
Sangramento vaginal abundante associado à gravidez;
Hemoptise, hematêmese, melena;
Síncope;
Paresia e parestesia.
14. Classificação das vítimas
Prioridade mínima ( COR VERDE)
O cliente pode aguardar;
Lesões leves.
Tempo de triagem: até 2 minutos.
Ansiedade;
Abscesso;
Dispneia leve;
Dor dorsal após traumatismo, sem déficit neurológico;
Fraturas simples;
Hemorragias leves;
Luxações;
Sangramento transvaginal leve;
Pequena laceração dos tecidos moles;
Perda significativa de peso;
Fraqueza crônica;
Cefaleia.
15. Sinais vitais/Terminologias
Temperatura
Bucal: 36,2ºC a 37ºC;
Retal: 36,4ºC a 37,2ºC;
Axilar: 36ºC a 36,8ºC;
Inguinal: 36ºC a 36,8ºC.
TERMINOLOGIA
o Hipotermia: < 35ºC, caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose e tremores.
o Hipertermia: > 37,5ºC, caracteriza-se por pele quente e seca , sede, secura na boca,
calafrios, dores musculares, sensação de fraqueza, taquicardia, taquipneia, delírios e
convulsões.
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA NOS CASOS DE HIPERTERMIA
o Subfebril: 36,9ºC a 37,4ºC;
o Febril: 37,5ºC a 38ºC;
o Pirexia: 39,1ºC a 40ºC;
o Hiperpirexia: de 40ºC.
16. Sinais vitais/ Terminologias
Pulso
Pulso carotídeo;
Pulso radial;
Pulso femoral;
Pulso apical;
Pulso braquial
A tomada do pulso determina a frequência, o ritmo, volume.
TERMINOLOGIA
o Normocardia
o Bradicardia
oTaquicardia
o Taquisfigmia
o Bradisfigmia
Homem 60-70 bpm
Mulher 65-80 bpm
Criança 120-135 bpm
Lactente 125-135 bpm
Recém-nascido 130-140 bpm
17. Sinais vitais/ Terminologias
Respiração
Ritmo;
Profundidade.
TERMINOLOGIA
o Eupneia
o Bradipneia
o Taquipneia
o Apneia
o Dispneia
oOrtopneia
o Estertorosa
Homem 15-20 mrpm
Mulher 18-20 mrpm
Criança 20-25 mrpm
Lactente 30-40 mrpm
Recém-nascido 30-40 mrpm
18. Avaliação da capacidade
neurológica
O nível de consciência do paciente pode ser avaliado com exatidão,
aplicando-se um estímulo ao doente. Esse estímulo pode ser doloroso
ou emitido apenas por som, chamando-o. podemos utilizar o acrônimo
AVDN para essa avaliação rápida:
A: alerta
V: responde a estímulo verbal
D: responde a estímulo de dor
N: não responde
19. Avaliação da capacidade
neurológica
Pacientes com diminuição do nível de consciência podem estar com:
Oxigenação cerebral diminuída ( devido à hipóxia e/ou hipoperfusão);
Lesão do Sistema Nervoso Central;
Intoxicação por drogas ou álcool;
Distúrbio metabólico ( diabetes, convulsão, parada cardíaca).
Todo paciente que não cooperar, que se apresentar agressivo, confuso,
deve ser considerado hipoxêmico, até que se prove ao contrário.
20.
21. • TCE grave: 03 a 08;
•TCE moderado: 09 a 12;
•TCE leve : 13 a 15.
22. Exposição
• A retirada das roupas, expondo o paciente, é passo fundamental para
uma avaliação mais detalhada de forma a possibilitar a busca por
lesões que possam estar ocultas. Uma estimativa da quantidade de
sangue concentrada pode auxiliar no diagnóstico do paciente.
Perfurações na roupa, provocadas por projéteis de arma de fogo ou
arma branca, auxiliam na detecção de ferimentos no paciente. Nesse
momento de exposição e inspeção podemos encontrar os ferimentos
de fraturas. Logo que avaliação terminar, o paciente deve ser coberto e
protegido contra hipotermia, assim como sua privacidade preservada.
23. Exposição
• A- Exposição e prevenção de hipotermia na criança:
Presença de equimoses demonstra a quantidade de energia dissipada,
aumentando o interesse pela investigação de lesões graves. Na prevenção
da hipotermia na criança, utilizar estratégias que contemplem o
aquecimento do corpo e da cabeça.
• B- Exposição e proteção da hipotermia no idoso
O envelhecimento promove alterações significativas nos mecanismos
fisiológicos de controle e regulação da temperatura, predispondo o idoso à
hipotermia, a qual pode piorar quando associada a perdas volêmicas
expressivas ou ainda a lesões cerebrais que comprometam o
funcionamento do hipotálamo.
24. SANGRAMENTOS
Para estancamento de hemorragias externas, a aplicação de
pressão direta é a primeira indicação, conseguindo controlar a
maioria ou mesmo todas grandes hemorragias até que o
paciente possa ser removido para tratamento definitivo. As
bandagens com pressão também são excelentes meios de
controle da hemorragia. O controle rápido da perda de sangue
é um dos objetivos mais importantes.
25.
26. SANGRAMENTOS
OBJETIVOS NO ATENDIMENTO INICIAL
Todo atendimento inicial deve ser feito seguindo a avaliação A, B, C,D;
mesmo apresentando um grande sangramento, esse somente deverá ser
abordado após se assegurar que o paciente esteja coma s vias aéreas
livres e com boa ventilação. Quando há mais de um socorrista disponível,
enquanto o primeiro aborda o paciente realizando a avaliação A, B, C, D o
segundo pode iniciar procedimentos para estancar os sangramentos
externos.
CUIDADOS COM OS FERIMENTOS
O objetivo no cuidado com ferimentos é, primeiramente, o controle da
hemorragia por meio do curativo compressivo e, posteriormente, a proteção
da lesão contra riscos de infecção.
27. SANGRAMENTOS
• COMPRESSÃO DIRETA
O controle da hemorragia deve ocorrer como prioridade à compressão direta
sobre o local de sangramento, porém, a capacidade de controlar o
sangramento vai depender do tipo de laceração do vaso, de sua
capacidade de entrar em espasmo, da extensão, além de sua pressão e
capacidade de coagulação. Frequentemente, as artérias acabam se
retraindo e entrando em espasmo. Quando se faz uma pressão direta
sobre o vaso lesionado, automaticamente se reduz o tamanho da
abertura, reduzindo ainda mais o fluxo sanguíneo; mesmo que não haja
uma interrupção, o fluxo pode diminuir até que o sistema de coagulação
do sangue possa estancar a hemorragia.
28. SANGRAMENTOS
• PONTOS DE PRESSÃO
Atualmente, o uso de pontos de pressão para controle da hemorragia é
pouco estudado, pois essas intervenções não são mais recomendadas
para situações nas quais a compressão direta ou o curativo de pressão
não conseguiram controlar a hemorragia.
ELEVAÇÃO DO SEGMENTO FERIDO
Não há evidência suficiente que comprove a eficácia da compressão
indireta e da elevação do segmento ferido na contensão de
hemorragias e, por essa razão, o uso desses recursos não é mais
incentivado no APH.
29. SANGRAMENTOS
PRINCÍPIOS DO CURATIVO:
• EXPOR A FERIDA;
• COBRIR A FERIDA COM GAZE OU COMPRESSA ESTÉRIL;
• FAZER UMA COMPRESSÃO LOCAL PARA CONTROLAR O
SANGRAMENTO;
• UTILIZAR AS BANDAGENS PARA FIXAR O CURATIVO;
• AVALIAR A PERFUSÃO DA EXTREMIDADE LESIONADA APÓS A
FIXAÇÃO DO CURATIVO ; CASO A PERFUSÃO ESTEJA DIMINUÍDA,
CONSIDERE AFROUXAR O CURATIVO;
• CASO O CURATIVO FIQUE ENCHARCADO COM SANGUE,
COLOQUE OUTRO POR CIMA; NÃO REMOVER O CURATIVO DE
30.
31. Trauma Raquimedular
Diante dos pacientes vítimas de traumas, deve-se suspeitar de uma possível lesão
traumática de coluna vertebral, mesmo que não apresentem nenhum déficit
neurológico inicial; somente deverá ser descartada potencial lesão de coluna após a
realização de exame físico pela equipe médica e exames de imagem como
radiografias.
As causas mais comuns de trauma raquimedular são acidentes automobilísticos,
quedas, ferimentos penetrantes, lesões por esportes, entre outras. O atendimento
inicial, sem um correto conhecimento da gravidade do trauma e a mobilização da
vítima, pode resultar em lesão irreparável como paraplegias e tetraplegias, um vez
que alguns pacientes podem apresenta lesão de coluna na cena e outros, após uma
leve movimentação da coluna.
33. Traumatismo Raquimedular
Os principais Tipos de Lesões de Coluna:
Fraturas por compressão de uma vértebra, podendo produzir achatamento total
do corpo ou compressão;
Fraturas que produzem pequenos fragmentos dde ossos, que podem alojar-se
no canal espinhal, próximo à medula;
Subluxação, que é o deslocamento parcial de uma vértebra do seu alinhamento
normal na coluna espinhal;
Superestiramento ou laceração dos ligamentos e músculos, produzindo uma
relação instável entre as vértebras.
As vértebras mais frequentemente envolvidas na lesão raquimedular são a 5ª, 6ª
e 7ª vértebras cervicais, a 12ª vértebra torácica e a 1ª vértebra lombar.
34. Trauma raquimedular
Principais Causas de Lesão da Coluna em Adultos
Colisões de veículos;
Acidentes durante mergulhos em águas rasas;
Colisões de motocicletas;
Todas as outras lesões e quedas;
Lesões esportivas
Principais Causas de Lesão da Coluna em Pediátria
Quedas de Lugares altos;
Quedas de triciclo ou bicicleta;
Atropelamento por veículo automotor.
35. Trauma Raquimedular
Técnicas de Imobilização
Imobilização da coluna;
Imobilização de extremidade: manter imobilizadas da
maneira que foram encontradas, sem alinhar as fraturas,
deixando que isso seja realizado por profissional
capacitado.
A imobilização da coluna cervical é realizada manualmente, ao
mesmo tempo em que se avalia a permeabilidade da via
aérea.
36.
37.
38.
39. Ferimentos no Tórax
Em lesões torácicas abertas, a pele é perfurada pela perfurada pela
penetração de algum objeto ou pela ponta de uma costela quebrada. Podem
ocorrer lesões internas graves, principalmente se o paciente foi atingido por
um projétil que se fragmenta e se espalha, ou por um objeto penetrante
lacerante que danifica os tecidos e os órgãos ao longo do trajeto da
penetração.
Os principais tipos de lesões torácicas incluem:
Trauma fechado;
Lesão penetrante;
Lesão por compressão.
45. RCP em adulto com uso do DEA.mp4
CardiAid Desfibrilador Externo Automatico (DEA).mp4
46.
47.
48. APH TURMA D 2011 Técnica rolamento 90º parte 1.mp4
49.
50.
51.
52. Queimaduras
• Lesões decorrentes de queimaduras atingem pessoas de todas as idades
e constituem importante causa de morbidade e mortalidade. Dados
mostram que são a 4º causa de morte, precedidas apenas por acidentes
de trânsito, traumas penetrantes e quedas.
• As queimaduras podem ser causadas por diferentes agentes etiológicos
(térmicos, elétricos, radioativos, químicos e biológicos), em diferentes
ambientes (domésticos e profissional), acidentalmente ou em situações
como suicídio e violência
53. Queimaduras
• Além das lesões causadas na pele e adjacentes, as lesões pulmonares
inalatórias são maior causa de morte.
• Para realizar o atendimento inicial e socorrer o paciente no melhor local
para seu tratamento definitivo, necessitamos classificá-la de acordo com
sua profundidade e características.
55. Queimaduras
Segundo grau: divididas em parcial superficial e profundas:
• Parcial superficial: destruição da epiderme e parte da derme. Há
presença de edema com extravasamento de líquido, formando bolhas
sobre a pele, a qual pode estar avermelhada, manchada ou com
coloração variável. Há dor moderada ou intensa e aspecto úmido.
• Parcial profunda: há destruição da epiderme e maior parte da derme
com presença de tecido necrosado; geralmente não há bolhas . A dor é
menos intensa, pois há destruição de grande parte das terminações
ervosas.
56. Queimaduras
Terceiro grau: atinge todas as camadas da pele, incluindo músculos e
vasos sanguíneos. A coloração da pele é esbranquiçada ou
avermelhada, carbonizada ou acastanhada. Há ausência de dor, pois
as terminações nervosas foram completamente destruídas. Além da
epiderme e derme , o tecido subcutâneo também é destruído;
57. Queimaduras
Quarto grau: são lesões que atingem as camadas da pele, tecido
adiposo , músculo, ossos ou órgãos internos.
60. Queimaduras
Primeiros socorros para o leigo
O atendimento adequado, imediatamente após uma queimadura,
pode aumentar o sucesso de todo o tratamento. Segundo Smeltzer
et al .(2011), o primeiro cuidado em queimaduras é extinguir a fonte
de calor e, após, proceder de acordo com agente causador.
61. Queimaduras
Primeiros socorros para o leigo
Queimadura térmica leve de pequena extensão:
Lavar com água corrente em temperatura ambiente por aproximadamente
10 minutos. Pode ser utilizada uma compressa úmida e levemente fria,
secar a região com cuidado e cobrir com curativo oclusivo (gaze
esterilizada ou tecido limpo e seco).
Queimadura térmica de grande extensão:
Deitar a vítima e elevar suas pernas para evitar o estado de choque, caso
não haja suspeita de lesão na coluna. Remover brincos, anéis, cintos,
piercings, próteses ou qualquer outro metal que conduza calor. Utilizar uma
tesoura para cortar a roupa; porém, o tecido que estiver aderido à pele não
deve ser retirado. Oferecer bastante líquido para a pessoa ingerir e um
analgésico para dor. Manter a lesão coberta com um pano limpo e úmido e
seguir p/ o hospital.
62. Queimaduras
Primeiros Socorros para leigo
Queimadura química:
Lavar a área da lesão com água corrente limpa durante 15 minutos.
Retirar a roupa e os sapatos que foram atingidos pela substâncias e
evitar que esta entre em contato com as partes do corpo que não foram
atingidas. Deitar a vítima e elevar suas pernas para evitar estado de
choque, caso não haja suspeita de lesão na coluna. Em seguida, secar a
região com cuidado e realizar curativo oclusivo com gaze esterilizada ou
tecido limpo e úmido, e encaminhar a vítima ao hospital com urgência.
63. Queimaduras Queimaduras elétricas
A passagem da corrente elétrica pelo corpo provoca lesões teciduais
profundas. O grau de lesão tecidual em uma queimadura elétrica relaciona-
se à quantidade de energia envolvia e à duração da exposição.
Não se deve entrar em contato com a vítima se não houver certeza de que
não exista energia sendo transmitida pela vítima. Queimaduras elétricas,
além de lesões na pele e adjacentes, também podem provocar arritmias,
parada cardiorrespiratória ou parada respiratória.
A passagem da corrente elétrica pelo tecido pode provocar extensas áreas
de necrose. A coloração da pele geralmente é avermelhada. Levamos em
consideração sempre que pode haver lesões de nervos, ossos, músculos,
vasos sanguíneos e outros órgãos que estiverem no caminho da passagem
64.
65. Queimaduras
• Sinais Sugestivos de Lesão em Vias Aéreas:
Queimaduras em face;
Sinais de fuligem na saliva;
Pelos nasais queimados, chamuscados;
Respiração com odor de fumaça;
Dificuldade para respirar;
Rouquidão;
Tosse intensa;
Pele azulada;
Respiração ruidosa;
Boca e nariz queimados.
66. Queimaduras
Queimaduras por produtos químicos
Determinadas substâncias podem provocar queimaduras, e a
gravidade das lesões esta associada a alguns fatores:
Natureza do material;
Concentração;
Duração do contato;
Mecanismo de ação.
67. Queimaduras graves incluem:
Todas as lesões por inalação;
Queimaduras elétricas;
Queimaduras profundas com ácidos;
Queimaduras em pacientes de primeiro grau cobrindo mais de 75%
da SCQ;
Queimaduras de segundo grau cobrindo, em adultos, mais de 30%
da SCQ e , em crianças, 20% ou mais;
Queimaduras de terceiro grau cobrindo, em adultos, mais de 10%
SCQ em crianças, 2% a 3%;
Queimaduras de terceiro grau afetando a face, olhos, mãos, pés ou
genitália.