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Malária e Febre Amarela
Grupo:
Bruna Campos, Hortência Gomes,
Isabela Gontijo, Isabella Brum, Rebeca Furtado
Faculdade de Medicina – UNIBH
Disciplina: Infectologia
Professor: Jader Bernardo Campomizzi
14 de setembro de 2015
Malária
Introdução
Doença infecciosa e não contagiosa;
Doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave;
Ela pode ser causada por quatro protozoários do gênero Plasmodium:
P. vivax: amplamente distribuído;
P. falciparum: maior morbidade e mortalidade;
P. malariae;
P. ovale.
No Brasil:
P. vivax e o P. falciparum são as espécies predominantes.
Malária
Introdução
Transmissão: picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles infectados
com o Plasmodium.
A malária é uma doença de notificação compulsória e, portanto, todos os
casos suspeitos ou confirmados devem ser, obrigatoriamente, notificados às
autoridades de saúde, utilizando-se as fichas de notificação e investigação. A
notificação deverá ser feita tanto na rede pública como na rede privada
conforme estabelecido no decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976.
Malária
Sinonímia
Paludismo
Impaludismo
Febre palustre
Febre intermitente
Além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.
Malária
Reservatório
Mamíferos;
Aves.
Malária
http://rede.novaescolaclube.org.br/sites/default/files/importadas/2013/0
2/07/1357/LfC4j/aves-do-brasil-mosaico.jpeg
http://thumbs.dreamstime.com/z/grupo-de-mam%C3%ADferos-
predat%C3%B3rios-isolado-sobre-o-branco-40251057.jpg
CicloEvolutivo Malária
http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/parasitologia/images/paludismo_ciclo-b.jpg
Transmissão Malária
Transmissão
Picada das fêmeas do mosquito Anopheles, quando infectados pelo Plasmodium
spp.
Horário de atividade do vetor: crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.
Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno.
O horário em que há maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada
espécie, nas diferentes regiões e ao longo do ano.
Malária
Transmissão
Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa;
Outras formas de transmissão, tais como transfusão sanguínea,
compartilhamento de agulhas contaminadas podem ocorrer, mas são
raras;
Impaludismo congênito.
Malária
http://189.80.64.222/inc/v2/imagem.php?oid=2324793
Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoítos originam
formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoítos, que podem
permanecer em estado de latência no fígado.
Estes hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que
ocorrem após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas
após o tratamento para a maioria das cepas de P. vivax, quando falha
o tratamento radical (tratamento das formas sanguíneas e dos
hipnozoítos).
Período de Latência
Malária
Após 8 a 16 dias do repasto sanguíneo com o sangue de uma pessoa com
malária, portando gametócitos do plasmódio, a fêmea do anofelino poderá
passar a transmitir a doença para outras pessoas através de sua picada;
A transmissão da doença pode continuar por toda a vida média do inseto, que é
de cerca de 30 dias.
Período de Transmissibilidade
Malária
Varia de acordo com a espécie do Plasmódio:
P. falciparum, de 8 a 12 dias;
P. vivax, 13 a 17 dias;
P. malariae, 18 a 30 dias.
Incubação
Malária
Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem
atingir um estado de imunidade parcial, com quadro
oligossintomático, subclínico ou assintomático;
Imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje
não foi observada;
Indivíduos não imunes que migram para área de transmissão de
malária necessitam em torno de 7 anos de contato com o plasmódio
para não apresentar manifestações graves da doença.
Suscetibilidade e Imunidade
Malária
Imunidade x Crescimento do Plasmódio
Malária
VERONESI-FOCACCIA, 2010.
Como áreas de transmissão natural de malária, estão classificados
100 países, a grande maioria localizada na faixa tropical do planeta.
Entre eles estão a maioria dos países africanos localizados na África
Subsaariana;
No Brasil, a sua grande área endêmica é formada por todos os
estados da Amazônia Legal.
Situação Epidemiológica
Malária
Situação Epidemiológica
Malária
http://portalsaude.saude.gov.br/images/jpg/2015/junho/24/Mapa-de-risco-2014.jpg
SituaçãoEpidemiológica Malária
• Caso Suspeito
Malária
Região Amazônica :
• Toda pessoa que apresente febre, seja
residente ou tenha se deslocado para
área onde haja possibilidade de
transmissão de malária, no período de 8
a 30 dias anterior à data dos primeiros
sintomas; ou toda pessoa testada para
malária durante investigação
epidemiológica.
Região Extra-amazônica:
• Toda pessoa residente ou que tenha se
deslocado para área onde haja
possibilidade de transmissão de
malária, no período de 8 a 30 dias
anterior à data dos primeiros sintomas,
e que apresente febre acompanhada ou
não dos seguintes sintomas: cefaleia,
calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou
toda pessoa testada para malária
durante investigação epidemiológica.
Definição de Caso
Confirmado
• Critério clínico-
laboratorial
• Toda pessoa cuja
presença de parasito
ou algum de seus
componentes, tenha
sido identificada no
sangue por exame
laboratorial.
Descartado
• Caso suspeito com
diagnóstico laboratorial
negativo para malária.
Quando houver forte
evidência epidemiológica,
repetir o exame em 24 ou
48 horas ou até a
confirmação de outra
doença.
Recaída
• Caso confirmado de
malária por P.
vivax que ocorre entre
3 a 9 semanas após
um diagnóstico por P.
vivax.
Definição de Caso
Malária
Febres Intermitentes:
• Febre terçã benigna:
- P. vivax;
- Febre benigna;
- Acessos febris a cada 48hs calafrios violentos e de curta duração, a febre se
eleva rapidamente e dura de 4 a 8 horas;
- Período de sudorese prolonga por várias horas após os acessos febris.
Manifestações Clínicas
Malária
Febres Intermitentes:
• Febre terçã maligna:
- P. falciparum;
- Febre grave com elevada parasitemia;
- Acessos febris 36h/36h ou 48h/48h;
- Essa espécie de plasmódio não tem especificidade por tipos de hemácias;
- Alta morbidade e mortalidade.
Manifestações Clínicas
Malária
Febres Intermitentes:
• Febre quartã:
- P. malarie;
- No Brasil, as infecções são raras;
- Acessos febris a cada 72h;
- Parasitemia moderada.
Manifestações Clínicas
Malária
• Malária não complicada:
Febre precedida de calafrios, seguida de sudorese profusa, fraqueza e cefaleia, que ocorrem em
padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Em alguns pacientes, aparecem
sintomas prodrômicos, vários dias antes dos paroxismos da doença, a exemplo de náuseas, vômitos,
astenia, fadiga, anorexia.
Período de infecção – a fase sintomática inicial caracteriza-se por mal-estar, cansaço e mialgia. O
ataque paroxístico, que pode demorar dias para se instalar, inicia-se com calafrio, acompanhado de
tremor generalizado, com duração de 15 minutos a 1 hora. Na fase febril, a temperatura pode atingir
41°C. Esta fase pode ser acompanhada de cefaleia, náuseas e vômitos, e é seguida de sudorese
intensa. Baço e fígado podem estar aumentados e dolorosos à palpação.
Remissão – caracteriza-se pelo declínio da temperatura (fase de apirexia). A diminuição dos sintomas
causa sensação de melhora no paciente. Contudo, novos episódios de febre podem acontecer em um
mesmo dia ou com intervalos variáveis, caracterizando um estado de febre intermitente.
Manifestações Clínicas
Malária
• Malária Severa ou Complicada e Grave:
Ocorre em adultos não-imunes, bem como crianças e gestantes que podem apresentar
manifestações mais graves da infecção;
Podem ocorrer dor de cabeça forte, convulsões, vômitos repetidos, icterícia, baço inchado,
isquemia cerebral, fígado inchado, hipoglicemia, e hemoglobinúria com insuficiência renal.
Malária severa pode evoluir muito rapidamente e causar morte em horas ou dias;
Consequências da malária severa incluem coma e morte caso não seja tratada.
Manifestações Clínicas
Malária
Prostração
Alteração da consciência
Dispnéia ou hiperventilação
Convulsões
Hipotensão arterial ou choque
Edema pulmonar ao Rx de tórax
Hemorragias
Icterícia
Hemoglobinúria e Oligúria
Hiperpirexia (>41ºC)
Complicações
Malária
• O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de
antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente;
• Exames:
• Teste rápido;
• Esfregaço comuns;
• Gota espessa.
• Exames complementares:
• Hemograma (anemia normocítica e normocrômica);
• Bilirrubinemia: discreta icterícia (Bb não-conjugada)  P. falciparum ou P. vivax;
• Aminotransferases: ALT, AST (aumento moderado, principalmente pela P. falciparum).
Diagnóstico Laboratorial
Malária
Baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais;
Diagnósticos rápidos;
A sensibilidade para P. falciparum é maior que 90%, comparando-se com a gota espessa,
para densidades maiores que 100 parasitos por µl de sangue.
São de fácil execução e interpretação de resultados, dispensam o uso de microscópio e de
treinamento prolongado de pessoal;
(1) não distinguem P. vivax, P. malariae e P. ovale; (2) não medem o nível de parasitemia;
(3) não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum.
Teste Rápido
Malária
Baseia-se no encontro de parasitos no sangue;
Colhida por punção digital;
Padrão-ouro para a detecção e identificação dos parasitos da malária;
O exame da gota espessa permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do
estágio de evolução do parasito circulante, além da densidade da parasitemia em
relação aos campos microscópicos examinados;
A lâmina corada pode ser armazenada por tempo indeterminado, possibilitando o
futuro controle de qualidade do exame;
60 minutos, entre a coleta do sangue e o fornecimento do resultado.
Gota Espessa
Malária
O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, febre amarela, leptospirose,
hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda e outros processos
febris.
Na fase inicial, principalmente na criança, a malária confunde-se com outras doenças
infecciosas dos tratos respiratório, urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana.
No período de febre intermitente, as principais doenças que se confundem com a malária são
as infecções urinárias, tuberculose miliar, salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral,
endocardite bacteriana e as leucoses. Todas apresentam febre e, em geral, esplenomegalia.
Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia.
Diagnóstico Diferencial
Malária
• Em áreas de transmissão é considerado
comportamento de risco frequentar locais
próximos a criadouros naturais de mosquitos,
como beira de rio ou áreas alagadas no final
da tarde até o amanhecer, pois nesses
horários há um maior número de mosquitos
transmissores de malária circulando.
Prevenção
Malária
• É importante também diminuir ao mínimo
possível a extensão das áreas descobertas
do corpo com o uso de calças e camisas de
mangas compridas;
• Além disso, as partes descobertas do corpo
devem estar sempre protegidas por
repelentes que também devem ser
aplicados sobre as roupas.
Prevenção
Malária
• Uso de repelentes, cortinados e
mosquiteiros impregnados com
inseticidas (à base de piretróides) sobre a
cama ou rede, telas em portas e janelas e
inseticida no ambiente onde se dorme;
• Esses cuidados não só protegem contra a
picada dos mosquitos transmissores da
malária, mas também contra a picada de
outros insetos transmissores de outras
doenças.
Prevenção
Malária
• Quimioprofilaxia: uso de medicamentos antimaláricos;
• Pouco indicado pelas dificuldades das pessoas
seguirem corretamente as prescrições;
• Indicado: crianças < 6 anos e gestantes.
• Em situações específicas, médicos especializados no
aconselhamento a viajantes podem prescrever o uso de
quimioprofiaxia, que impede a multiplicação do parasito
no sangue.
• A quimioprofilaxia não evita a infecção malárica (que é a
entrada e desenvolvimento do Plasmodium no organismo)
no indivíduo, não objetiva a cura e pode, até permitir o
aparecimento de sintomas tardiamente.
Prevenção
Malária
O tratamento da malária visa atingir ao parasito em
pontos-chave de seu ciclo evolutivo:
• A interrupção da esquizogonia sanguínea,
responsável pela patogenia e manifestações clínicas
da infecção;
• Destruição de formas latentes do parasito no ciclo
tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale,
evitando assim as recaídas tardias;
• Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de
drogas que impedem o desenvolvimento de formas
sexuadas dos parasitos (gametócitos).
Tratamento
Malária
A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de
informações sobre os seguintes aspectos:
• Espécie de plasmódio infectante;
• Idade do paciente, devido à maior toxicidade ser em crianças e idosos;
• História de exposição anterior à infecção, uma vez que indivíduos
primoinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença;
• Condições associadas, tais como gravidez e algumas comorbidades;
• Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento
com esquemas especiais de antimaláricos.
Tratamento
Malária
Orientação adequada e com uma linguagem compreensível, quanto ao tipo de
medicamento que está sendo oferecido, a forma de ingeri-lo e os respectivos
horários  TRATAMENTO EFICAZ.
Sempre que possível, deve-se optar pela supervisão das doses dos medicamentos
para garantir uma melhor adesão ao tratamento;
O paciente deve completar o tratamento conforme a recomendação, mesmo que
os sintomas desapareçam, pois a interrupção do tratamento pode levar a recidiva
da doença ou agravamento do quadro, além de manter o ciclo de transmissão da
doença permitindo que outras pessoas também adoeçam por malária.
Tratamento
Malária
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf
• Recomenda-se o controle de cura, por meio da lâmina de verificação de
cura (LVC), para todos os casos de malária, especialmente os casos de
malária por P. falciparum.
• Controle de cura tem como objetivo a observação da redução
progressiva da parasitemia e da eficácia do tratamento e a identificação
oportuna de recaídas. Recomenda-se a realização de LVC da seguinte
forma:
P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento.
P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após o início do
tratamento.
Controle de Cura
Malária
Existe uma vacina contra Malária? Por quê?
• Não. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade para a malária
no indivíduo foram desenvolvidas e estudadas, mas os resultados
encontrados ainda não são satisfatórios para a implantação da
vacinação como medida de prevenção da malária.
Vacinação
Malária
Febre Amarela
O vírus da febre amarela pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus
= amarelo);
O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado, do gênero Aedes, o mesmo que
transmite a dengue;
A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de
gravidade variável;
Nas formas graves, a febre amarela cursa com a tríade:
Icterícia;
Hemorragias;
Insuficiência renal aguda.
Introdução
Febre Amarela
O vírus é de origem africana e chegou no continente americano com os navios
negreiros, assim como o vetor no meio urbano;
Doença de notificação compulsória;
No início do século XX, o desenvolvimento de vacinas eficazes e as campanhas de
erradicação do Aedes aegypti em muitas zonas urbanas da América Latina e do
Caribe trouxeram como resultado a eliminação da febre amarela urbana (Manual de
Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela, 1999);
Apesar disso, considera-se crescente o risco de sua reemergência, dada a ampla
dispersão desse mosquito nas Américas.
Introdução
Febre Amarela
Tifo Icteróide;
Tifo Amaril;
Mal de Sião;
Vômito Negro;
Febre das Antilhas.
Sinonímia
Febre Amarela
• Em ambas as formas epidemiológicas, os mosquitos são os reservatórios
do vírus;
• Na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com importância
epidemiológica;
• Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o
homem é um hospedeiro acidental.
Reservatório
Febre Amarela
• Vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae;
• O genes desses vírus codificam três proteínas estruturais e sete
proteínas não estruturais, e é através dessas proteínas que o vírus adere
e penetra nas células mononucleares;
• Tais proteínas são importantes para o reconhecimento antigênico deste
vírus.
Agente etiológico
Febre Amarela
• O mosquito Aedes aegypti faz oviposição em depósitos artificiais de
água, tais como:
• Pneus;
• Latas;
• Tanques;
• Barris;
• Os ovos se fixam a parede do recipiente, resistindo a dessecação,
podendo permanecer viáveis por mais de um ano;
• Os ovos iniciam o ciclo quando entram em contato com a água.
Vetor
Febre Amarela
• Ciclo urbano:
A transmissão pelo Aedes aegypti (fêmeas) é feita diretamente ao homem;
O próprio homem infectado e em fase virêmica atua como amplificador e
disseminador do vírus na população;
Em geral, também é o homem que introduz o vírus numa área urbana. Uma vez
introduzido o vírus no ambiente urbano, o paciente infectado desenvolverá
viremia, e pode expressar a doença e servir de fonte de infecção a novos
mosquitos (Aedes aegypti);
O Aedes aegypti torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias
após ter picado uma pessoa infectada;
Existe transmissão pelos próprios mosquitos pela via transovariana, mesmo com a
viremia baixa.
Transmissão
Febre Amarela
• Ciclos silvestres:
Varia de acordo com a região onde ocorre;
Os mosquitos além de serem transmissores são os reservatórios do vírus pois,
uma vez infectados, permanecem por toda vida, ao contrário dos macacos
que, como os homens, ao se infectarem morrem ou curam-se, ficando imunes
para sempre;
Portanto, os macacos atuam tão somente como hospedeiros amplificadores
da virose;
A febre amarela silvestre é endêmica na região amazônica e no planalto
central.
Transmissão
Febre Amarela
O principal transmissor, na América do Sul, é o
mosquito Haemagogus janthinomys;
Ele possui hábitos estritamente silvestres e pica o
indivíduo que se expõe na mata (floresta), ou seja,
quando penetra em seu nicho ecológico;
Esta espécie apresenta as melhores condições
para transmitir o vírus, pois mostra-se
extremamente suscetível ao mesmo.
Transmissão
Febre Amarela
Transmissão
Febre Amarela
http://images.slideplayer.com.br/8/1871647/slides/slide_4.jpg
• Em áreas de fronteiras de desenvolvimento agrícola, pode haver uma adaptação do
transmissor silvestre ao novo habitat e ocorre a consequente possibilidade de
transmissão da febre amarela em áreas rurais;
• O Aedes aegypti (principalmente) e o Aedes albopictus proliferam-se dentro ou nas
proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), em recipientes que
acumulam água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.);
• Ambos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que tem
atividade noturna.
Transmissão
Febre Amarela
• A doença ocorre com maior
frequência no final da
temporada de chuvas,
quando a densidade da
população vetorial é elevada
e as pessoas se dedicam a
atividades relacionadas a
ambiente de matas;
• A distribuição sazonal dos
casos difere de um país para
outro, segundo a latitude e
outros fatores que afetam o
começo da temporada de
chuvas.
Transmissão
Febre Amarela
• Inicia-se de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas e vai
até 3 a 5 dias após o início dos sintomas, período em que o homem
pode infectar os mosquitos transmissores;
• Esse período corresponde ao período de viremia;
• O mosquito, após ter sido infectado, é capaz de transmitir a doença
por toda sua vida.
Período de Transmissibilidade
Febre Amarela
Universal;
Imunidade ativa: a doença confere imunidade ativa natural,
permanente, não se conhecendo recidivas. A vacina confere imunidade
ativa artificial por um período de 10 anos e deve ser administrada aos 9
meses de vida;
Imunidade passiva natural: lactentes filhos de mães imunes podem
apresentar imunidade passiva até o 6º mês de vida.
Suscetibilidade e Imunidade
Febre Amarela
Quando o vírus entra no organismo, ele se replica em linfonodos locais,
bem como em células dendríticas, musculares estriadas e lisas, e em
fibroblastos;
A ativação de células dendríticas induz a liberação de grande
quantidade de citocinas;
O parênquima hepático é o principal alvo da infecção pelo vírus da
febre amarela.
Suscetibilidade e Imunidade
Febre Amarela
• A África responsabiliza-se por mais de 90% dos casos de febre amarela
anualmente notificados à OMS;
• Na América do Sul estima-se a ocorrência de 300 casos anuais. Em alguns
países da África há transmissão urbana da doença;
• Regiões afetadas: os riscos de adquirir a doença variam, sendo maior para os
que se expõem sistematicamente e, praticamente, nulo aos que evitam as
incursões em matas ou que vivem em áreas indenes da virose.
Epidemiologia
Febre Amarela
• No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, aliada disponibilização da vacina,
interrompeu a transmissão da febre amarela em áreas urbanas, e fez desaparecer também
a dengue;
• O último caso de transmissão da febre amarela em área urbana ocorreu no Acre em 1942;
• Desde a reintrodução do Aedes aegypti no Brasil, na década de oitenta, passou a existir
um evidente risco do retorno da transmissão da febre amarela em áreas urbanas;
• O Aedes aegypti, atualmente, está presente em cerca de 3600 municípios brasileiros. As
localidades infestadas pelo mosquito têm risco potencial de reintrodução da febre
amarela (transmissão em área urbana).
Epidemiologia
Febre Amarela
Epidemiologia
Febre Amarela
Epidemiologia
Febre Amarela
• Os fatores que influem na gravidade da febre amarela não estão
claramente identificados, entretanto devem ser considerados:
• A diferença entre as cepas do vírus;
• A quantidade dos vírus infectantes;
• A exposição anterior a outros Flavivirus;
• Possíveis determinantes genéticos individuais que regulam a relação vírus X
hospedeiro;
• Liberação de citocinas.
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
• Pode apresentar desde infecções assintomáticas e oligossintomaticas
até quadros exuberantes com evolução para morte, nos quais está
presente a tríade clássica da falência hepática:
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
Icterícia
AlbuminuriaHemorragias
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
Quadros
assintomáticos
Formas leves
ou moderadas
Formas
ictéricas graves
Formas
malignas
Definição de caso
Febre Amarela
Caso suspeito 1
Indivíduo com quadro febril
agudo (até 7 dias),
acompanhado de icterícia
e/ou manifestações
hemorrágicas, não vacinado
contra febre amarela ou
com estado vacinal
ignorado;
Caso suspeito 2
Indivíduo com quadro febril
agudo (até 7 dias), residente
ou que esteve em área com
transmissão viral (ocorrência
de casos humanos,
epizootias ou de isolamento
viral em mosquitos) nos
últimos 15 dias, não
vacinado contra febre
amarela ou com estado
vacinal ignorado;
Caso confirmado
Todo caso suspeito que apresente
pelo menos uma das seguintes
condições: isolamento do vírus,
MAC-ELISA positivo, laudo
histopatológico compatível e com
vínculo epidemiológico, elevação
em quatro vezes ou mais nos títulos
de anticorpos IgG através da técnica
de IH (Inibição da Hemaglutinação),
ou detecção de genoma viral; ou,
todo indivíduo assintomático ou
oligossintomático originado de
busca ativa que não tenha sido
vacinado e que apresente sorologia
(MAC-ELISA) positiva para febre
amarela.
Definição de caso
Caso confirmado por critério
clínico epidemiológico
Todo caso suspeito de febre
amarela que evolui para óbito
em menos de 10 dias, sem
confirmação laboratorial, no
início ou curso de surto ou
epidemia, em que outros
casos já tenham sido
comprovados
laboratorialmente;
Descartado
Caso suspeito com diagnóstico
laboratorial negativo, desde
que se comprove que as
amostras foram coletadas e
transportadas
adequadamente; ou, caso
suspeito com diagnóstico
confirmado de outra doença.
Febre Amarela
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
• Período de Infecção:
• Duração: ~ 3 dias;
• Quando o vírus está presente na circulação;
• Sintomas: febre, calafrios, celafeia intensa, dor lombossacral, mialgia
generalizada, anorexia, náuseas e vômitos.
• Período de Remissão:
• Melhora dos sintomas;
• Duração: ~ 24 horas;
• Seguida da completa resolução dos sintomas.
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
• Período de Intoxicação:
• Os vômitos tornam-se mais frequentes;
• Dor epigástrica;
• Prostração;
• Icterícia;
• A viremia não está mais presente, e os anticorpos aparecem;
• Complicações: vômito negro, melena, disfunção renal;
• Diátese hemorrágica: melena, vômito negro, petéquias, metrorragia.
• Desidratação por causa dos vômitos;
• Óbito: 20 a 50% dos casos graves.
• A convalescença costuma ser rápida e a recuperação completa, mas
ocasionalmente pode ser prolongada acompanhada de severa astenia
por uma ou duas semanas.
• A recuperação costuma ser completa, exceto em casos com
complicações hemorrágicas.
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
Manifestações Clínicas
Febre Amarela
• Na fase inicial da doença observa-se discreta leucocitose com neutrofilia e
eosinopenia (à partir doº 4 dia o quadro hematológico altera-se para leucopenia
com linfocitose);
• Aumento das transaminases (acima de 1.000 UI), níveis de AST excendem os da ALT
– diagnóstico diferencial das hepatites. As enzimas começam a aumentar a partir
do 2º dia e alcançam seu ponto máximo no 8º dia;
• Aumento da bilirrubina;
• Aumento do colesterol e fosfatase alcalina.
Diagnóstico
Febre Amarela
• Ureia e creatinina muito elevados (5 ou 6x mais alto que o normal);
• Proteinúria, hematúria e cilindrúria. Casos graves: oliguria;
• Aumento do tempo de protrombina (casos graves), tempo de tromboplastina
parcial e de coagulação;
• Diminuição dos fatores de coagulação sintetizados pelo fígado (II, V, VII, IX e X).
Diagnóstico
Febre Amarela
• Exames específicos: o diagnóstico definitivo da febre amarela pode ser feito
utilizando-se métodos virológicos (isolamento do vírus em cultura de tecidos),
identificação de antígenos virais e do RNA viral e métodos sorológicos -
dosagem de anticorpos específicos pelo método de IgM-ELISA que captura
anticorpos IgM em ensaio enzimático 24 ou conversão sorológica em testes de
inibição da Hemaglutinação;
• Os métodos sorológicos que identificam IgM específica, como é o caso do IgM-
ELISA, podem fornecer o diagnóstico presuntivo rápido em uma amostra
sorológica, se a mesma for obtida a partir do 5° dia de doença;
• A presença de IgM decorre de infecção recente (2-3 meses) ou corrente (atual),
daí porque cumpre-se obter a história clínica completa para a boa interpretação
do resultado laboratorial.
Diagnóstico
Febre Amarela
• Durante os surtos epidêmicos – fácil diagnóstico  existência prévia de casos aumenta a
suspeita clínica;
• Fora das epidemias  abordagem sindrômica;
• As enfermidades infecciosas que devem ser incluídas no diagnóstico diferencial são: a
malária, as hepatites virais, a febre tifóide, a dengue hemorrágica e as septicemias;
• Entre as não infecciosas, deve-se lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática e
algumas formas de envenenamento inclusive a picada de cobras com peçonhas que
produzem hemorragias.
• A história clínica, os antecedentes epidemiológicos e a realização precoce de alguns
exames laboratoriais diminui as dúvidas na maioria dos casos.
Diagnóstico Diferencial
Febre Amarela
• A vacinação é a mais importante medida de controle. É administrada em dose
única e confere proteção próxima a 100%.
• Redução da população do Aedes aegypti, para diminuir o risco de
reurbanização;
• Notificação imediata de casos humanos, epizootias e de achado do vírus em
vetor silvestre;
• Vigilância de síndromes febris íctero-hemorrágicas;
• Desenvolver ações de educação em saúde e informar as populações das áreas
de risco de transmissão.
Prevenção
Febre Amarela
• Vacina:
• Vírus atenuados;
• Altamente imunogênica, segura e efetiva;
• Está indicada em indivíduos com mais de 6 meses de idade, preferencialmente
após os 9 meses;
• Administrada em dose única por via parenteral, e reforço a cada 10 anos;
• É rotina do programa nacional de imunização nas zonas recomendadas do país ou
para todas as pessoas que se deslocam para essas zonas;
• As pessoas que se deslocam para essas zonas devem receber vacina 10 dias
antes.
Prevenção
Febre Amarela
• Não há medicamento específico para o tratamento da doença;
• Recomenda-se o internamento do paciente com as formas graves em hospitais
com boa infraestrutura e, de preferência, possuidores de unidade de
tratamento intensivo (UTI), pois há necessidade de uma série de
procedimentos que só se dispõe nessas unidades;
• O tratamento medicamentoso deve se voltar para o combate aos sintomas e
os sinais manifestos da doença. Portanto, a medicação a ser prescrita depende
das manifestações clínicas, mas é comum o uso de analgésicos e antitérmicos
nas doses usualmente indicadas para o peso e a idade;
• Se contraindica, entretanto, o uso de medicamentos que contenham em sua
fórmula o ácido acetil-salicílico ou seus derivados pois eles podem agravar os
fenômenos hemorrágicos.
Tratamento
Febre Amarela
• Deve ser prescrito antiemético para controlar os vômitos, em particular a
metoclopramida e também medicamentos para proteger a mucosa
gástrica (bloqueadores H2), tais como a cimetidina e a ranitidina ou o
omeprazol, pois essas drogas mostram-se úteis para prevenir os
sangramentos gástricos, uma das complicações da febre amarela;
• No primeiro sinal de insuficiência renal evidenciada por oligúria, é
importante prescrever diuréticos;
• A furosemida pode ser usada ou manitol nas doses usuais.
Tratamento
Febre Amarela
• A avaliação do paciente deve ser contínua e inclui a verificação dos
sinais vitais, da diurese e o acompanhamento diário de pelo menos os
seguintes exames:
• hemograma, plaquetas, fatores de coagulação, sumário de urina e verificação
das funções hepática (dosagem das aminotransferases, bilirrubina e gama GT)
e renal (dosagem de ureia e creatinina, e monitoramento do balanço hídrico).
Controle da Cura
Febre Amarela
• Abaixo de 6 meses há elevados riscos de desenvolvimento de
encefalite pós-vacinal;
• Como a vacina é produzida com vírus vivo atenuado, não é
recomendada a vacinação de pessoas com imunodeficiência face aos
riscos de reversão da virulência num hospedeiro com depressão do
sistema imune.
Vacinação
Febre Amarela
• Pessoas com antecedentes de alergia à proteína do ovo também não
devem ser vacinadas pelo risco acentuado de desenvolverem reação
alérgica do tipo I (choque anafilático);
• Gestantes não devem ser vacinadas, considerando o risco de
transmissão para o feto. De modo semelhante aos pacientes com
imunodepressão, os poucos casos de gestantes vacinadas não
desenvolveram infecção grave tampouco seus conceptos. No entanto,
sempre que possível, deve-se evitar a vacinação desses grupos.
Vacinação
Febre Amarela
Faltando dois meses para vencer a vacina, a pessoa deve tomá-la
novamente? A imunização é 100% garantida no período de 10 anos ou
a eficácia da vacina diminui na medida em que o tempo vai passando?
A vacina tem cobertura total de 10 anos. Mas não há problema em
repetir a vacina caso faltem dois meses para vencer os 10 anos.
A vacina provoca reações adversas?
Sim, qualquer medicamento pode provocar reações adversas. A vacina
pode provocar dor de cabeça, febre e mal estar em algumas pessoas.
Perguntas - Vacinação
Febre Amarela
Se a pessoa perdeu o cartão de vacinação, ela pode ir ao posto se vacinar?
Sim.
Pessoas que farão viagens internacionais e não tomaram vacina
antecipadamente podem ser impedidas de viajar por não estar em dia com a
vacina?
Sim. Se o país para o qual ele se dirige exige a vacinação. Nem todos exigem
essa vacinação. A publicação é feita anualmente na pagina da OMS e
também na Anvisa. Nem todos os países exigem, mas se você não está com a
vacina em dia, você corre o risco de voltar sim.
Perguntas - Vacinação
Febre Amarela
• http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela, acesso em setembro, 2015.
• http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf, acesso em setembro, 2015.
• http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_febre_amarela.pdf, acesso em
setembro, 2015.
• http://www.cives.ufrj.br/informacao/fam/fam-iv.html, acesso em setembro, 2015.
• http://www.cedipi.com.br/blog/vacina-febre-amarela, acesso em setembro, 2015.
• http://www.fiocruz.br/ioc/media/malaria%20folder.pdf, acesso em setembro, 2015.
• http://www.portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10933&Itemid=646, acesso em
setembro, 2015.
• http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=381, acesso em setembro, 2015.
• http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2.pdf, acesso em setembro, 2015.
• http://www2.fm.usp.br/pfh/mostrahp.php?origem=pfh&xcod=Malaria, acesso em setembro, 2015.
• VERONESI, Ricardo; Focaccia, Roberto - Tratado de Doenças Infecciosas - 2 Volumes - 4 Edição Editora Atheneu de 2010.
Referências
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Malária e Febre Amarela

  • 1. Malária e Febre Amarela Grupo: Bruna Campos, Hortência Gomes, Isabela Gontijo, Isabella Brum, Rebeca Furtado Faculdade de Medicina – UNIBH Disciplina: Infectologia Professor: Jader Bernardo Campomizzi 14 de setembro de 2015
  • 3. Introdução Doença infecciosa e não contagiosa; Doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave; Ela pode ser causada por quatro protozoários do gênero Plasmodium: P. vivax: amplamente distribuído; P. falciparum: maior morbidade e mortalidade; P. malariae; P. ovale. No Brasil: P. vivax e o P. falciparum são as espécies predominantes. Malária
  • 4. Introdução Transmissão: picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles infectados com o Plasmodium. A malária é uma doença de notificação compulsória e, portanto, todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser, obrigatoriamente, notificados às autoridades de saúde, utilizando-se as fichas de notificação e investigação. A notificação deverá ser feita tanto na rede pública como na rede privada conforme estabelecido no decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976. Malária
  • 5. Sinonímia Paludismo Impaludismo Febre palustre Febre intermitente Além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre. Malária
  • 9. Transmissão Picada das fêmeas do mosquito Anopheles, quando infectados pelo Plasmodium spp. Horário de atividade do vetor: crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. O horário em que há maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes regiões e ao longo do ano. Malária
  • 10. Transmissão Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa; Outras formas de transmissão, tais como transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas podem ocorrer, mas são raras; Impaludismo congênito. Malária http://189.80.64.222/inc/v2/imagem.php?oid=2324793
  • 11. Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoítos originam formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoítos, que podem permanecer em estado de latência no fígado. Estes hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento para a maioria das cepas de P. vivax, quando falha o tratamento radical (tratamento das formas sanguíneas e dos hipnozoítos). Período de Latência Malária
  • 12. Após 8 a 16 dias do repasto sanguíneo com o sangue de uma pessoa com malária, portando gametócitos do plasmódio, a fêmea do anofelino poderá passar a transmitir a doença para outras pessoas através de sua picada; A transmissão da doença pode continuar por toda a vida média do inseto, que é de cerca de 30 dias. Período de Transmissibilidade Malária
  • 13. Varia de acordo com a espécie do Plasmódio: P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17 dias; P. malariae, 18 a 30 dias. Incubação Malária
  • 14. Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou assintomático; Imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada; Indivíduos não imunes que migram para área de transmissão de malária necessitam em torno de 7 anos de contato com o plasmódio para não apresentar manifestações graves da doença. Suscetibilidade e Imunidade Malária
  • 15. Imunidade x Crescimento do Plasmódio Malária VERONESI-FOCACCIA, 2010.
  • 16. Como áreas de transmissão natural de malária, estão classificados 100 países, a grande maioria localizada na faixa tropical do planeta. Entre eles estão a maioria dos países africanos localizados na África Subsaariana; No Brasil, a sua grande área endêmica é formada por todos os estados da Amazônia Legal. Situação Epidemiológica Malária
  • 19. • Caso Suspeito Malária Região Amazônica : • Toda pessoa que apresente febre, seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja possibilidade de transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas; ou toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica. Região Extra-amazônica: • Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área onde haja possibilidade de transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda pessoa testada para malária durante investigação epidemiológica. Definição de Caso
  • 20. Confirmado • Critério clínico- laboratorial • Toda pessoa cuja presença de parasito ou algum de seus componentes, tenha sido identificada no sangue por exame laboratorial. Descartado • Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo para malária. Quando houver forte evidência epidemiológica, repetir o exame em 24 ou 48 horas ou até a confirmação de outra doença. Recaída • Caso confirmado de malária por P. vivax que ocorre entre 3 a 9 semanas após um diagnóstico por P. vivax. Definição de Caso Malária
  • 21. Febres Intermitentes: • Febre terçã benigna: - P. vivax; - Febre benigna; - Acessos febris a cada 48hs calafrios violentos e de curta duração, a febre se eleva rapidamente e dura de 4 a 8 horas; - Período de sudorese prolonga por várias horas após os acessos febris. Manifestações Clínicas Malária
  • 22. Febres Intermitentes: • Febre terçã maligna: - P. falciparum; - Febre grave com elevada parasitemia; - Acessos febris 36h/36h ou 48h/48h; - Essa espécie de plasmódio não tem especificidade por tipos de hemácias; - Alta morbidade e mortalidade. Manifestações Clínicas Malária
  • 23. Febres Intermitentes: • Febre quartã: - P. malarie; - No Brasil, as infecções são raras; - Acessos febris a cada 72h; - Parasitemia moderada. Manifestações Clínicas Malária
  • 24. • Malária não complicada: Febre precedida de calafrios, seguida de sudorese profusa, fraqueza e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Em alguns pacientes, aparecem sintomas prodrômicos, vários dias antes dos paroxismos da doença, a exemplo de náuseas, vômitos, astenia, fadiga, anorexia. Período de infecção – a fase sintomática inicial caracteriza-se por mal-estar, cansaço e mialgia. O ataque paroxístico, que pode demorar dias para se instalar, inicia-se com calafrio, acompanhado de tremor generalizado, com duração de 15 minutos a 1 hora. Na fase febril, a temperatura pode atingir 41°C. Esta fase pode ser acompanhada de cefaleia, náuseas e vômitos, e é seguida de sudorese intensa. Baço e fígado podem estar aumentados e dolorosos à palpação. Remissão – caracteriza-se pelo declínio da temperatura (fase de apirexia). A diminuição dos sintomas causa sensação de melhora no paciente. Contudo, novos episódios de febre podem acontecer em um mesmo dia ou com intervalos variáveis, caracterizando um estado de febre intermitente. Manifestações Clínicas Malária
  • 25. • Malária Severa ou Complicada e Grave: Ocorre em adultos não-imunes, bem como crianças e gestantes que podem apresentar manifestações mais graves da infecção; Podem ocorrer dor de cabeça forte, convulsões, vômitos repetidos, icterícia, baço inchado, isquemia cerebral, fígado inchado, hipoglicemia, e hemoglobinúria com insuficiência renal. Malária severa pode evoluir muito rapidamente e causar morte em horas ou dias; Consequências da malária severa incluem coma e morte caso não seja tratada. Manifestações Clínicas Malária
  • 26. Prostração Alteração da consciência Dispnéia ou hiperventilação Convulsões Hipotensão arterial ou choque Edema pulmonar ao Rx de tórax Hemorragias Icterícia Hemoglobinúria e Oligúria Hiperpirexia (>41ºC) Complicações Malária
  • 27. • O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente; • Exames: • Teste rápido; • Esfregaço comuns; • Gota espessa. • Exames complementares: • Hemograma (anemia normocítica e normocrômica); • Bilirrubinemia: discreta icterícia (Bb não-conjugada)  P. falciparum ou P. vivax; • Aminotransferases: ALT, AST (aumento moderado, principalmente pela P. falciparum). Diagnóstico Laboratorial Malária
  • 28. Baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais; Diagnósticos rápidos; A sensibilidade para P. falciparum é maior que 90%, comparando-se com a gota espessa, para densidades maiores que 100 parasitos por µl de sangue. São de fácil execução e interpretação de resultados, dispensam o uso de microscópio e de treinamento prolongado de pessoal; (1) não distinguem P. vivax, P. malariae e P. ovale; (2) não medem o nível de parasitemia; (3) não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum. Teste Rápido Malária
  • 29.
  • 30. Baseia-se no encontro de parasitos no sangue; Colhida por punção digital; Padrão-ouro para a detecção e identificação dos parasitos da malária; O exame da gota espessa permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do parasito circulante, além da densidade da parasitemia em relação aos campos microscópicos examinados; A lâmina corada pode ser armazenada por tempo indeterminado, possibilitando o futuro controle de qualidade do exame; 60 minutos, entre a coleta do sangue e o fornecimento do resultado. Gota Espessa Malária
  • 31.
  • 32. O diagnóstico diferencial da malária é feito com a febre tifoide, febre amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda e outros processos febris. Na fase inicial, principalmente na criança, a malária confunde-se com outras doenças infecciosas dos tratos respiratório, urinário e digestivo, quer de etiologia viral ou bacteriana. No período de febre intermitente, as principais doenças que se confundem com a malária são as infecções urinárias, tuberculose miliar, salmoneloses septicêmicas, leishmaniose visceral, endocardite bacteriana e as leucoses. Todas apresentam febre e, em geral, esplenomegalia. Algumas delas apresentam anemia e hepatomegalia. Diagnóstico Diferencial Malária
  • 33. • Em áreas de transmissão é considerado comportamento de risco frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas no final da tarde até o amanhecer, pois nesses horários há um maior número de mosquitos transmissores de malária circulando. Prevenção Malária
  • 34. • É importante também diminuir ao mínimo possível a extensão das áreas descobertas do corpo com o uso de calças e camisas de mangas compridas; • Além disso, as partes descobertas do corpo devem estar sempre protegidas por repelentes que também devem ser aplicados sobre as roupas. Prevenção Malária
  • 35. • Uso de repelentes, cortinados e mosquiteiros impregnados com inseticidas (à base de piretróides) sobre a cama ou rede, telas em portas e janelas e inseticida no ambiente onde se dorme; • Esses cuidados não só protegem contra a picada dos mosquitos transmissores da malária, mas também contra a picada de outros insetos transmissores de outras doenças. Prevenção Malária
  • 36. • Quimioprofilaxia: uso de medicamentos antimaláricos; • Pouco indicado pelas dificuldades das pessoas seguirem corretamente as prescrições; • Indicado: crianças < 6 anos e gestantes. • Em situações específicas, médicos especializados no aconselhamento a viajantes podem prescrever o uso de quimioprofiaxia, que impede a multiplicação do parasito no sangue. • A quimioprofilaxia não evita a infecção malárica (que é a entrada e desenvolvimento do Plasmodium no organismo) no indivíduo, não objetiva a cura e pode, até permitir o aparecimento de sintomas tardiamente. Prevenção Malária
  • 37. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo: • A interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção; • Destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias; • Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos). Tratamento Malária
  • 38. A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos: • Espécie de plasmódio infectante; • Idade do paciente, devido à maior toxicidade ser em crianças e idosos; • História de exposição anterior à infecção, uma vez que indivíduos primoinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença; • Condições associadas, tais como gravidez e algumas comorbidades; • Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos. Tratamento Malária
  • 39. Orientação adequada e com uma linguagem compreensível, quanto ao tipo de medicamento que está sendo oferecido, a forma de ingeri-lo e os respectivos horários  TRATAMENTO EFICAZ. Sempre que possível, deve-se optar pela supervisão das doses dos medicamentos para garantir uma melhor adesão ao tratamento; O paciente deve completar o tratamento conforme a recomendação, mesmo que os sintomas desapareçam, pois a interrupção do tratamento pode levar a recidiva da doença ou agravamento do quadro, além de manter o ciclo de transmissão da doença permitindo que outras pessoas também adoeçam por malária. Tratamento Malária
  • 41. • Recomenda-se o controle de cura, por meio da lâmina de verificação de cura (LVC), para todos os casos de malária, especialmente os casos de malária por P. falciparum. • Controle de cura tem como objetivo a observação da redução progressiva da parasitemia e da eficácia do tratamento e a identificação oportuna de recaídas. Recomenda-se a realização de LVC da seguinte forma: P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento. P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após o início do tratamento. Controle de Cura Malária
  • 42. Existe uma vacina contra Malária? Por quê? • Não. Algumas substâncias capazes de gerar imunidade para a malária no indivíduo foram desenvolvidas e estudadas, mas os resultados encontrados ainda não são satisfatórios para a implantação da vacinação como medida de prevenção da malária. Vacinação Malária
  • 44. O vírus da febre amarela pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae (do latim flavus = amarelo); O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado, do gênero Aedes, o mesmo que transmite a dengue; A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável; Nas formas graves, a febre amarela cursa com a tríade: Icterícia; Hemorragias; Insuficiência renal aguda. Introdução Febre Amarela
  • 45. O vírus é de origem africana e chegou no continente americano com os navios negreiros, assim como o vetor no meio urbano; Doença de notificação compulsória; No início do século XX, o desenvolvimento de vacinas eficazes e as campanhas de erradicação do Aedes aegypti em muitas zonas urbanas da América Latina e do Caribe trouxeram como resultado a eliminação da febre amarela urbana (Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela, 1999); Apesar disso, considera-se crescente o risco de sua reemergência, dada a ampla dispersão desse mosquito nas Américas. Introdução Febre Amarela
  • 46. Tifo Icteróide; Tifo Amaril; Mal de Sião; Vômito Negro; Febre das Antilhas. Sinonímia Febre Amarela
  • 47. • Em ambas as formas epidemiológicas, os mosquitos são os reservatórios do vírus; • Na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica; • Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o homem é um hospedeiro acidental. Reservatório Febre Amarela
  • 48. • Vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae; • O genes desses vírus codificam três proteínas estruturais e sete proteínas não estruturais, e é através dessas proteínas que o vírus adere e penetra nas células mononucleares; • Tais proteínas são importantes para o reconhecimento antigênico deste vírus. Agente etiológico Febre Amarela
  • 49. • O mosquito Aedes aegypti faz oviposição em depósitos artificiais de água, tais como: • Pneus; • Latas; • Tanques; • Barris; • Os ovos se fixam a parede do recipiente, resistindo a dessecação, podendo permanecer viáveis por mais de um ano; • Os ovos iniciam o ciclo quando entram em contato com a água. Vetor Febre Amarela
  • 50. • Ciclo urbano: A transmissão pelo Aedes aegypti (fêmeas) é feita diretamente ao homem; O próprio homem infectado e em fase virêmica atua como amplificador e disseminador do vírus na população; Em geral, também é o homem que introduz o vírus numa área urbana. Uma vez introduzido o vírus no ambiente urbano, o paciente infectado desenvolverá viremia, e pode expressar a doença e servir de fonte de infecção a novos mosquitos (Aedes aegypti); O Aedes aegypti torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada; Existe transmissão pelos próprios mosquitos pela via transovariana, mesmo com a viremia baixa. Transmissão Febre Amarela
  • 51. • Ciclos silvestres: Varia de acordo com a região onde ocorre; Os mosquitos além de serem transmissores são os reservatórios do vírus pois, uma vez infectados, permanecem por toda vida, ao contrário dos macacos que, como os homens, ao se infectarem morrem ou curam-se, ficando imunes para sempre; Portanto, os macacos atuam tão somente como hospedeiros amplificadores da virose; A febre amarela silvestre é endêmica na região amazônica e no planalto central. Transmissão Febre Amarela
  • 52. O principal transmissor, na América do Sul, é o mosquito Haemagogus janthinomys; Ele possui hábitos estritamente silvestres e pica o indivíduo que se expõe na mata (floresta), ou seja, quando penetra em seu nicho ecológico; Esta espécie apresenta as melhores condições para transmitir o vírus, pois mostra-se extremamente suscetível ao mesmo. Transmissão Febre Amarela
  • 54. • Em áreas de fronteiras de desenvolvimento agrícola, pode haver uma adaptação do transmissor silvestre ao novo habitat e ocorre a consequente possibilidade de transmissão da febre amarela em áreas rurais; • O Aedes aegypti (principalmente) e o Aedes albopictus proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), em recipientes que acumulam água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.); • Ambos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que tem atividade noturna. Transmissão Febre Amarela
  • 55. • A doença ocorre com maior frequência no final da temporada de chuvas, quando a densidade da população vetorial é elevada e as pessoas se dedicam a atividades relacionadas a ambiente de matas; • A distribuição sazonal dos casos difere de um país para outro, segundo a latitude e outros fatores que afetam o começo da temporada de chuvas. Transmissão Febre Amarela
  • 56. • Inicia-se de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas e vai até 3 a 5 dias após o início dos sintomas, período em que o homem pode infectar os mosquitos transmissores; • Esse período corresponde ao período de viremia; • O mosquito, após ter sido infectado, é capaz de transmitir a doença por toda sua vida. Período de Transmissibilidade Febre Amarela
  • 57. Universal; Imunidade ativa: a doença confere imunidade ativa natural, permanente, não se conhecendo recidivas. A vacina confere imunidade ativa artificial por um período de 10 anos e deve ser administrada aos 9 meses de vida; Imunidade passiva natural: lactentes filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva até o 6º mês de vida. Suscetibilidade e Imunidade Febre Amarela
  • 58. Quando o vírus entra no organismo, ele se replica em linfonodos locais, bem como em células dendríticas, musculares estriadas e lisas, e em fibroblastos; A ativação de células dendríticas induz a liberação de grande quantidade de citocinas; O parênquima hepático é o principal alvo da infecção pelo vírus da febre amarela. Suscetibilidade e Imunidade Febre Amarela
  • 59. • A África responsabiliza-se por mais de 90% dos casos de febre amarela anualmente notificados à OMS; • Na América do Sul estima-se a ocorrência de 300 casos anuais. Em alguns países da África há transmissão urbana da doença; • Regiões afetadas: os riscos de adquirir a doença variam, sendo maior para os que se expõem sistematicamente e, praticamente, nulo aos que evitam as incursões em matas ou que vivem em áreas indenes da virose. Epidemiologia Febre Amarela
  • 60. • No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, aliada disponibilização da vacina, interrompeu a transmissão da febre amarela em áreas urbanas, e fez desaparecer também a dengue; • O último caso de transmissão da febre amarela em área urbana ocorreu no Acre em 1942; • Desde a reintrodução do Aedes aegypti no Brasil, na década de oitenta, passou a existir um evidente risco do retorno da transmissão da febre amarela em áreas urbanas; • O Aedes aegypti, atualmente, está presente em cerca de 3600 municípios brasileiros. As localidades infestadas pelo mosquito têm risco potencial de reintrodução da febre amarela (transmissão em área urbana). Epidemiologia Febre Amarela
  • 63. • Os fatores que influem na gravidade da febre amarela não estão claramente identificados, entretanto devem ser considerados: • A diferença entre as cepas do vírus; • A quantidade dos vírus infectantes; • A exposição anterior a outros Flavivirus; • Possíveis determinantes genéticos individuais que regulam a relação vírus X hospedeiro; • Liberação de citocinas. Manifestações Clínicas Febre Amarela
  • 64. • Pode apresentar desde infecções assintomáticas e oligossintomaticas até quadros exuberantes com evolução para morte, nos quais está presente a tríade clássica da falência hepática: Manifestações Clínicas Febre Amarela Icterícia AlbuminuriaHemorragias
  • 65. Manifestações Clínicas Febre Amarela Quadros assintomáticos Formas leves ou moderadas Formas ictéricas graves Formas malignas
  • 66. Definição de caso Febre Amarela Caso suspeito 1 Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado; Caso suspeito 2 Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), residente ou que esteve em área com transmissão viral (ocorrência de casos humanos, epizootias ou de isolamento viral em mosquitos) nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado; Caso confirmado Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições: isolamento do vírus, MAC-ELISA positivo, laudo histopatológico compatível e com vínculo epidemiológico, elevação em quatro vezes ou mais nos títulos de anticorpos IgG através da técnica de IH (Inibição da Hemaglutinação), ou detecção de genoma viral; ou, todo indivíduo assintomático ou oligossintomático originado de busca ativa que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva para febre amarela.
  • 67. Definição de caso Caso confirmado por critério clínico epidemiológico Todo caso suspeito de febre amarela que evolui para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, no início ou curso de surto ou epidemia, em que outros casos já tenham sido comprovados laboratorialmente; Descartado Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que se comprove que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente; ou, caso suspeito com diagnóstico confirmado de outra doença. Febre Amarela
  • 68. Manifestações Clínicas Febre Amarela • Período de Infecção: • Duração: ~ 3 dias; • Quando o vírus está presente na circulação; • Sintomas: febre, calafrios, celafeia intensa, dor lombossacral, mialgia generalizada, anorexia, náuseas e vômitos. • Período de Remissão: • Melhora dos sintomas; • Duração: ~ 24 horas; • Seguida da completa resolução dos sintomas.
  • 69. Manifestações Clínicas Febre Amarela • Período de Intoxicação: • Os vômitos tornam-se mais frequentes; • Dor epigástrica; • Prostração; • Icterícia; • A viremia não está mais presente, e os anticorpos aparecem; • Complicações: vômito negro, melena, disfunção renal; • Diátese hemorrágica: melena, vômito negro, petéquias, metrorragia. • Desidratação por causa dos vômitos; • Óbito: 20 a 50% dos casos graves.
  • 70. • A convalescença costuma ser rápida e a recuperação completa, mas ocasionalmente pode ser prolongada acompanhada de severa astenia por uma ou duas semanas. • A recuperação costuma ser completa, exceto em casos com complicações hemorrágicas. Manifestações Clínicas Febre Amarela
  • 72. • Na fase inicial da doença observa-se discreta leucocitose com neutrofilia e eosinopenia (à partir doº 4 dia o quadro hematológico altera-se para leucopenia com linfocitose); • Aumento das transaminases (acima de 1.000 UI), níveis de AST excendem os da ALT – diagnóstico diferencial das hepatites. As enzimas começam a aumentar a partir do 2º dia e alcançam seu ponto máximo no 8º dia; • Aumento da bilirrubina; • Aumento do colesterol e fosfatase alcalina. Diagnóstico Febre Amarela
  • 73. • Ureia e creatinina muito elevados (5 ou 6x mais alto que o normal); • Proteinúria, hematúria e cilindrúria. Casos graves: oliguria; • Aumento do tempo de protrombina (casos graves), tempo de tromboplastina parcial e de coagulação; • Diminuição dos fatores de coagulação sintetizados pelo fígado (II, V, VII, IX e X). Diagnóstico Febre Amarela
  • 74. • Exames específicos: o diagnóstico definitivo da febre amarela pode ser feito utilizando-se métodos virológicos (isolamento do vírus em cultura de tecidos), identificação de antígenos virais e do RNA viral e métodos sorológicos - dosagem de anticorpos específicos pelo método de IgM-ELISA que captura anticorpos IgM em ensaio enzimático 24 ou conversão sorológica em testes de inibição da Hemaglutinação; • Os métodos sorológicos que identificam IgM específica, como é o caso do IgM- ELISA, podem fornecer o diagnóstico presuntivo rápido em uma amostra sorológica, se a mesma for obtida a partir do 5° dia de doença; • A presença de IgM decorre de infecção recente (2-3 meses) ou corrente (atual), daí porque cumpre-se obter a história clínica completa para a boa interpretação do resultado laboratorial. Diagnóstico Febre Amarela
  • 75. • Durante os surtos epidêmicos – fácil diagnóstico  existência prévia de casos aumenta a suspeita clínica; • Fora das epidemias  abordagem sindrômica; • As enfermidades infecciosas que devem ser incluídas no diagnóstico diferencial são: a malária, as hepatites virais, a febre tifóide, a dengue hemorrágica e as septicemias; • Entre as não infecciosas, deve-se lembrar da púrpura trombocitopênica idiopática e algumas formas de envenenamento inclusive a picada de cobras com peçonhas que produzem hemorragias. • A história clínica, os antecedentes epidemiológicos e a realização precoce de alguns exames laboratoriais diminui as dúvidas na maioria dos casos. Diagnóstico Diferencial Febre Amarela
  • 76. • A vacinação é a mais importante medida de controle. É administrada em dose única e confere proteção próxima a 100%. • Redução da população do Aedes aegypti, para diminuir o risco de reurbanização; • Notificação imediata de casos humanos, epizootias e de achado do vírus em vetor silvestre; • Vigilância de síndromes febris íctero-hemorrágicas; • Desenvolver ações de educação em saúde e informar as populações das áreas de risco de transmissão. Prevenção Febre Amarela
  • 77. • Vacina: • Vírus atenuados; • Altamente imunogênica, segura e efetiva; • Está indicada em indivíduos com mais de 6 meses de idade, preferencialmente após os 9 meses; • Administrada em dose única por via parenteral, e reforço a cada 10 anos; • É rotina do programa nacional de imunização nas zonas recomendadas do país ou para todas as pessoas que se deslocam para essas zonas; • As pessoas que se deslocam para essas zonas devem receber vacina 10 dias antes. Prevenção Febre Amarela
  • 78. • Não há medicamento específico para o tratamento da doença; • Recomenda-se o internamento do paciente com as formas graves em hospitais com boa infraestrutura e, de preferência, possuidores de unidade de tratamento intensivo (UTI), pois há necessidade de uma série de procedimentos que só se dispõe nessas unidades; • O tratamento medicamentoso deve se voltar para o combate aos sintomas e os sinais manifestos da doença. Portanto, a medicação a ser prescrita depende das manifestações clínicas, mas é comum o uso de analgésicos e antitérmicos nas doses usualmente indicadas para o peso e a idade; • Se contraindica, entretanto, o uso de medicamentos que contenham em sua fórmula o ácido acetil-salicílico ou seus derivados pois eles podem agravar os fenômenos hemorrágicos. Tratamento Febre Amarela
  • 79. • Deve ser prescrito antiemético para controlar os vômitos, em particular a metoclopramida e também medicamentos para proteger a mucosa gástrica (bloqueadores H2), tais como a cimetidina e a ranitidina ou o omeprazol, pois essas drogas mostram-se úteis para prevenir os sangramentos gástricos, uma das complicações da febre amarela; • No primeiro sinal de insuficiência renal evidenciada por oligúria, é importante prescrever diuréticos; • A furosemida pode ser usada ou manitol nas doses usuais. Tratamento Febre Amarela
  • 80. • A avaliação do paciente deve ser contínua e inclui a verificação dos sinais vitais, da diurese e o acompanhamento diário de pelo menos os seguintes exames: • hemograma, plaquetas, fatores de coagulação, sumário de urina e verificação das funções hepática (dosagem das aminotransferases, bilirrubina e gama GT) e renal (dosagem de ureia e creatinina, e monitoramento do balanço hídrico). Controle da Cura Febre Amarela
  • 81. • Abaixo de 6 meses há elevados riscos de desenvolvimento de encefalite pós-vacinal; • Como a vacina é produzida com vírus vivo atenuado, não é recomendada a vacinação de pessoas com imunodeficiência face aos riscos de reversão da virulência num hospedeiro com depressão do sistema imune. Vacinação Febre Amarela
  • 82. • Pessoas com antecedentes de alergia à proteína do ovo também não devem ser vacinadas pelo risco acentuado de desenvolverem reação alérgica do tipo I (choque anafilático); • Gestantes não devem ser vacinadas, considerando o risco de transmissão para o feto. De modo semelhante aos pacientes com imunodepressão, os poucos casos de gestantes vacinadas não desenvolveram infecção grave tampouco seus conceptos. No entanto, sempre que possível, deve-se evitar a vacinação desses grupos. Vacinação Febre Amarela
  • 83. Faltando dois meses para vencer a vacina, a pessoa deve tomá-la novamente? A imunização é 100% garantida no período de 10 anos ou a eficácia da vacina diminui na medida em que o tempo vai passando? A vacina tem cobertura total de 10 anos. Mas não há problema em repetir a vacina caso faltem dois meses para vencer os 10 anos. A vacina provoca reações adversas? Sim, qualquer medicamento pode provocar reações adversas. A vacina pode provocar dor de cabeça, febre e mal estar em algumas pessoas. Perguntas - Vacinação Febre Amarela
  • 84. Se a pessoa perdeu o cartão de vacinação, ela pode ir ao posto se vacinar? Sim. Pessoas que farão viagens internacionais e não tomaram vacina antecipadamente podem ser impedidas de viajar por não estar em dia com a vacina? Sim. Se o país para o qual ele se dirige exige a vacinação. Nem todos exigem essa vacinação. A publicação é feita anualmente na pagina da OMS e também na Anvisa. Nem todos os países exigem, mas se você não está com a vacina em dia, você corre o risco de voltar sim. Perguntas - Vacinação Febre Amarela
  • 85. • http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela, acesso em setembro, 2015. • http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf, acesso em setembro, 2015. • http://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_febre_amarela.pdf, acesso em setembro, 2015. • http://www.cives.ufrj.br/informacao/fam/fam-iv.html, acesso em setembro, 2015. • http://www.cedipi.com.br/blog/vacina-febre-amarela, acesso em setembro, 2015. • http://www.fiocruz.br/ioc/media/malaria%20folder.pdf, acesso em setembro, 2015. • http://www.portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10933&Itemid=646, acesso em setembro, 2015. • http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=381, acesso em setembro, 2015. • http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2.pdf, acesso em setembro, 2015. • http://www2.fm.usp.br/pfh/mostrahp.php?origem=pfh&xcod=Malaria, acesso em setembro, 2015. • VERONESI, Ricardo; Focaccia, Roberto - Tratado de Doenças Infecciosas - 2 Volumes - 4 Edição Editora Atheneu de 2010. Referências