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Os primeiros registros da civilização egípcia datam de cerca de seis mil anos atrás.
   Eram como um oásis no deserto, dependentes das cheias anuais do Nilo. Essa
  exuberante cultura floresceu até 1100 a.C., quando o Egito se dividiu em regiões
autônomas. Posteriormente os egípcios foram conquistados pelos assírios (662 a.C.),
pelos persas (525 a.C.), pelos gregos (332 a.C.), pelos romanos, árabes, franceses e
                  britânicos, até se tornar independente em 1922.
"O Egito é uma dádiva do Nilo". Frase de autoria do historiador grego Heródoto, que
  explica que o regime de cheias do rio possibilitou um amplo desenvolvimento da
civilização egípcia ao garantir as práticas agrícolas. Fato esse, só possibilitado pelo
  trabalho humano, tendo como exemplo, as grandes obras hidráulicas (canais de
                                  irrigação e diques).
  Entre as primeiras civilizações orientais pertencentes ao modo de produção baseadas
  na servidão coletiva, a egípcia sobressaiu-se como uma das mais grandiosas e a mais
    duradoura. Marcada pelas grandes obras hidraúlicas (canais de irrigação, diques),
fundamentais para a agricultura, a civilização egípcia contava com um Estado despótico
                                     regido por um Faraó.
          Situada no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a
 civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do Nilo, beneficiando-se do seu regime
  de cheias. As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio,
 ao sul do território egípcio (atual Sudão), provocam o transbordamento de suas águas.
    Essas cheias, ao ocuparem as margens do rio, depositam ali o húmus fertilizante.
   Terminada a época chuvosa, o rio volta a seu curso normal e a terra fica pronta para
                                 uma agricultura satisfatória.
Isso favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, formando
  os nomos, comunidades que eram independentes e desenvolviam uma agricultura
   rudimentar e tinham como chefes os nomarcas. O crescimento da população e o
      aprimoramento agrícola possibilitaram o nascimento das primeiras cidades.
Para agregar esforços, na construção de diques e canais de irrigação, foi imposto a
   união dos nomos, formando o Alto Egito (ao sul do Nilo) e o Baixo Egito (ao norte).
   Menés unificou o Baixo e o Alto Egito, tornando-se o primeiro Faraó da civilização
                             Egípcia, subordinando 42 nomos.
      A unificação marcou o início do período pré-dinástico. O Faraó concentrou todos
 os poderes em suas mãos e se apropriou de todas as terras, sua população tinha que
lhe pagar impostos e servi-lo. Para solidificar totalmente seu poder usou a religião como
   uma arma importante, passando a ser considerado um deus vivo e sendo cultuado
     como tal. Daí, classificamos o regime político do Egito antigo como sendo uma
                                 monarquia teocrática.
Os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte. Acreditavam que a alma de uma pessoa
    morta viajava para um mundo subterrâneo chamado Duat. Lá, passava por uma série de
julgamentos e provações para alcançar o proxímo mundo. Para garantir que a alma ganhasse a
  vida eterna no mundo futuro, o corpo do morto era preservado por um processo chamado
    mumificação. Muitas múmias egípcias foram tão bem preservadas que ainda hoje estão
                                          intactas.
Múmia do Faraó Ramsés II




   A civilização egípcia era politeísta, ou seja
      acreditavam em vários deuses, que
  representavam animais, plantas e forças da        Através da mumificação os egípcios
natureza. Acreditavam na imortalidade da alma,      acabaram conhecendo muito sobre o
   e que ela poderia voltar à vida através do       corpo humano, isso porque uma das
mesmo corpo, portanto ele deveria estar intacto      etapas consistia em abrir o corpo e
   para que a alma sobrevivesse, por isso os       retirar os órgãos, daí então acabavam
egípcios cuidavam tanto do corpo mesmo após           também conhecendo a anatomia
        a morte através da mumificação.                           humana.
As maiores pirâmides foram construídas no planalto de Gizé, no Baixo Egipto.
A maior delas, que serviu de túmulo ao faraó Quéops foi construída cerca de 2600 
  anos a.C., tendo-se utilizado dois milhões e quinhentos mil metros cúbicos de 
 pedra. Os enormes blocos foram arrastados sobre trenós, através de rampas de 
 terra, à custa do esforço humano. O historiador grego Heródoto, que esteve no 
 Egipto em 450 a.C., diz que na construção da grande pirâmide trabalharam cem 
                          mil homens, durante vinte anos.
No Egito, como em quase toda a Antiguidade, a religião assumia a forma politeísta,
       compreendendo uma enorme variedade de deuses e divindades menores.
  Para os egípcios havia uma sagrada simbiose entre o Nilo e todos os reinos vivos da
  Terra. Nada havia na natureza que dele não dependesse. Tão forte era a crença que
em todas as suas representações sagradas os seus deuses são pintados ou esculpidos
de maneira zooantropomórficos, isto é , têm simultaneamente forma humana e animal:
  Bastet, a deusa da guerra, tem uma cabeça de leoa; Thot, deusa da escrita, uma de
 Íbis; Hátor, a deusa das mulheres e do céu, tem chifres de vaca e mesmo Rá, o deus-
     sol, um dos mais cultuados, ostenta sobre o disco solar , uma cabeça de falcão.




 Imaginavam eles que a vida tivesse emergido dos pântanos e concebiam a existência
como uma harmonia entre o mundo humano, o animal e o vegetal. Bem ao contrário da
  cultura ocidental (que as separa em esferas distintas - reservando a superior para os
humanos e a inferior para as demais), eles não faziam distinções entre os reinos. Tudo
                    dotado de vida era uma manifestação do sagrado.
Amon: Rei dos deuses, ele é o 
senhor dos templos de Luxor e 
            Carnac. 
                    Ré: Ré é um dos nomes do sol 
                   (você pode ouvir também com o 
                   nome de Ré), um dos principais 
                    deuses egípcios. Em Heliópolis 
                    ("a cidade do sol" em grego) é 
                    ele que, depois de ter decidido 
                        existir, cria o mundo e o 
                            mantém vivo. 
                            A mitologia         Osíris é rei, esposo e pai: 
                            egípcia inclui            ele representa a 
                            muitos deuses e     existência das estruturas 
                            deusas                 normais da sociedade 
                                                  humana. Outra versão: 
      Anúbis: Anúbis é o mestre dos              Osíris morto, destruído e 
        cemitérios e o patrono dos                 ressuscitado evoca o 
   embalsamares. É mesmo o primeiro             retorno da cheia todos os 
       entre eles, a quem se deve o                   anos, a morte, o 
    protótipo das múmias: a de Osíris.               renascimento da 
    Todo egípcio espera beneficiar-se              vegetação e dos seres 
   em sua morte do mesmo tratamento             humanos. Por essa razão, 
     e do mesmo renascimento desta              ele é o deus dos mortos e 
            primeira múmia.                          do renascimento.
A herança Cultural do Egito Antigo 
  Muitos edifícios construídos no Egito antigo chegaram até nós em bom estado de
  conservação. Pirâmides, hipogeus, templos e palácios de dimensões gigantescas
                    atestam a importância da arquitetura egípcia.
 Esfinges são criaturas mitológicas com corpo de leão, cabeça de gente e (às vezes)
asas de pássaro. São comuns tanto na cultura egípcia quanto na grega. A Esfinge de
  Gizé, a mais conhecida, é um dos símbolos da realeza egípcia e foi construída por
Quéfren, o quarto faraó da 4ª dinastia (2575-2465 a.C.). Hoje sabemos que a Esfinge
 tem o rosto desse faraó. Ela teria sido construída para ser uma espécie de guardiã.




                                        Hipogeu é uma palavra grega e significa 
                                      "debaixo da terra". Era, portanto um túmulo 
                                       subterrâneo. A maior parte destes túmulos 
                                      foram descobertos e saqueados, sobretudo 
                                       em épocas de invasões estrangeiras ou de 
A decifração da escrita egípcia foi feita por Jean-François Champollion que, observando
  e comparando os diversos tipos de escrita encontrados em um achado arqueológico
   (Pedra de Roseta), estabeleceu um método de leitura graças ao grego arcaico que
também se encontrava no texto. Surgiu assim a ciência conhecida como Egiptologia, a
     qual vem constantemente evoluindo com novas descobertas e restaurações.
O Egito lançou uma
     campanha para
  recuperar os objetos
 arqueológicos tomados
do país por estrangeiros,
     incluindo peças
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  • 1.
  • 2.
  • 3. Os primeiros registros da civilização egípcia datam de cerca de seis mil anos atrás. Eram como um oásis no deserto, dependentes das cheias anuais do Nilo. Essa exuberante cultura floresceu até 1100 a.C., quando o Egito se dividiu em regiões autônomas. Posteriormente os egípcios foram conquistados pelos assírios (662 a.C.), pelos persas (525 a.C.), pelos gregos (332 a.C.), pelos romanos, árabes, franceses e britânicos, até se tornar independente em 1922.
  • 4. "O Egito é uma dádiva do Nilo". Frase de autoria do historiador grego Heródoto, que explica que o regime de cheias do rio possibilitou um amplo desenvolvimento da civilização egípcia ao garantir as práticas agrícolas. Fato esse, só possibilitado pelo trabalho humano, tendo como exemplo, as grandes obras hidráulicas (canais de irrigação e diques).
  • 5.   Entre as primeiras civilizações orientais pertencentes ao modo de produção baseadas na servidão coletiva, a egípcia sobressaiu-se como uma das mais grandiosas e a mais duradoura. Marcada pelas grandes obras hidraúlicas (canais de irrigação, diques), fundamentais para a agricultura, a civilização egípcia contava com um Estado despótico regido por um Faraó. Situada no nordeste da África, numa região predominantemente desértica, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do Nilo, beneficiando-se do seu regime de cheias. As abundantes chuvas que caem durante certos meses na nascente do rio, ao sul do território egípcio (atual Sudão), provocam o transbordamento de suas águas. Essas cheias, ao ocuparem as margens do rio, depositam ali o húmus fertilizante. Terminada a época chuvosa, o rio volta a seu curso normal e a terra fica pronta para uma agricultura satisfatória.
  • 6. Isso favoreceu o surgimento das primeiras aldeias neolíticas no vale do Nilo, formando os nomos, comunidades que eram independentes e desenvolviam uma agricultura rudimentar e tinham como chefes os nomarcas. O crescimento da população e o aprimoramento agrícola possibilitaram o nascimento das primeiras cidades.
  • 7. Para agregar esforços, na construção de diques e canais de irrigação, foi imposto a união dos nomos, formando o Alto Egito (ao sul do Nilo) e o Baixo Egito (ao norte). Menés unificou o Baixo e o Alto Egito, tornando-se o primeiro Faraó da civilização Egípcia, subordinando 42 nomos. A unificação marcou o início do período pré-dinástico. O Faraó concentrou todos os poderes em suas mãos e se apropriou de todas as terras, sua população tinha que lhe pagar impostos e servi-lo. Para solidificar totalmente seu poder usou a religião como uma arma importante, passando a ser considerado um deus vivo e sendo cultuado como tal. Daí, classificamos o regime político do Egito antigo como sendo uma monarquia teocrática.
  • 8. Os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte. Acreditavam que a alma de uma pessoa morta viajava para um mundo subterrâneo chamado Duat. Lá, passava por uma série de julgamentos e provações para alcançar o proxímo mundo. Para garantir que a alma ganhasse a vida eterna no mundo futuro, o corpo do morto era preservado por um processo chamado mumificação. Muitas múmias egípcias foram tão bem preservadas que ainda hoje estão intactas.
  • 9. Múmia do Faraó Ramsés II A civilização egípcia era politeísta, ou seja acreditavam em vários deuses, que representavam animais, plantas e forças da Através da mumificação os egípcios natureza. Acreditavam na imortalidade da alma, acabaram conhecendo muito sobre o e que ela poderia voltar à vida através do corpo humano, isso porque uma das mesmo corpo, portanto ele deveria estar intacto etapas consistia em abrir o corpo e para que a alma sobrevivesse, por isso os retirar os órgãos, daí então acabavam egípcios cuidavam tanto do corpo mesmo após também conhecendo a anatomia a morte através da mumificação. humana.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. As maiores pirâmides foram construídas no planalto de Gizé, no Baixo Egipto. A maior delas, que serviu de túmulo ao faraó Quéops foi construída cerca de 2600  anos a.C., tendo-se utilizado dois milhões e quinhentos mil metros cúbicos de  pedra. Os enormes blocos foram arrastados sobre trenós, através de rampas de  terra, à custa do esforço humano. O historiador grego Heródoto, que esteve no  Egipto em 450 a.C., diz que na construção da grande pirâmide trabalharam cem  mil homens, durante vinte anos.
  • 15. No Egito, como em quase toda a Antiguidade, a religião assumia a forma politeísta, compreendendo uma enorme variedade de deuses e divindades menores. Para os egípcios havia uma sagrada simbiose entre o Nilo e todos os reinos vivos da Terra. Nada havia na natureza que dele não dependesse. Tão forte era a crença que em todas as suas representações sagradas os seus deuses são pintados ou esculpidos de maneira zooantropomórficos, isto é , têm simultaneamente forma humana e animal: Bastet, a deusa da guerra, tem uma cabeça de leoa; Thot, deusa da escrita, uma de Íbis; Hátor, a deusa das mulheres e do céu, tem chifres de vaca e mesmo Rá, o deus- sol, um dos mais cultuados, ostenta sobre o disco solar , uma cabeça de falcão. Imaginavam eles que a vida tivesse emergido dos pântanos e concebiam a existência como uma harmonia entre o mundo humano, o animal e o vegetal. Bem ao contrário da cultura ocidental (que as separa em esferas distintas - reservando a superior para os humanos e a inferior para as demais), eles não faziam distinções entre os reinos. Tudo dotado de vida era uma manifestação do sagrado.
  • 16. Amon: Rei dos deuses, ele é o  senhor dos templos de Luxor e  Carnac.  Ré: Ré é um dos nomes do sol  (você pode ouvir também com o  nome de Ré), um dos principais  deuses egípcios. Em Heliópolis  ("a cidade do sol" em grego) é  ele que, depois de ter decidido  existir, cria o mundo e o  mantém vivo.  A mitologia Osíris é rei, esposo e pai:  egípcia inclui ele representa a  muitos deuses e existência das estruturas  deusas normais da sociedade  humana. Outra versão:  Anúbis: Anúbis é o mestre dos  Osíris morto, destruído e  cemitérios e o patrono dos  ressuscitado evoca o  embalsamares. É mesmo o primeiro  retorno da cheia todos os  entre eles, a quem se deve o  anos, a morte, o  protótipo das múmias: a de Osíris.  renascimento da  Todo egípcio espera beneficiar-se  vegetação e dos seres  em sua morte do mesmo tratamento  humanos. Por essa razão,  e do mesmo renascimento desta  ele é o deus dos mortos e  primeira múmia.  do renascimento.
  • 17.
  • 18. A herança Cultural do Egito Antigo  Muitos edifícios construídos no Egito antigo chegaram até nós em bom estado de conservação. Pirâmides, hipogeus, templos e palácios de dimensões gigantescas atestam a importância da arquitetura egípcia. Esfinges são criaturas mitológicas com corpo de leão, cabeça de gente e (às vezes) asas de pássaro. São comuns tanto na cultura egípcia quanto na grega. A Esfinge de Gizé, a mais conhecida, é um dos símbolos da realeza egípcia e foi construída por Quéfren, o quarto faraó da 4ª dinastia (2575-2465 a.C.). Hoje sabemos que a Esfinge tem o rosto desse faraó. Ela teria sido construída para ser uma espécie de guardiã. Hipogeu é uma palavra grega e significa  "debaixo da terra". Era, portanto um túmulo  subterrâneo. A maior parte destes túmulos  foram descobertos e saqueados, sobretudo  em épocas de invasões estrangeiras ou de 
  • 19. A decifração da escrita egípcia foi feita por Jean-François Champollion que, observando e comparando os diversos tipos de escrita encontrados em um achado arqueológico (Pedra de Roseta), estabeleceu um método de leitura graças ao grego arcaico que também se encontrava no texto. Surgiu assim a ciência conhecida como Egiptologia, a qual vem constantemente evoluindo com novas descobertas e restaurações.
  • 20. O Egito lançou uma campanha para recuperar os objetos arqueológicos tomados do país por estrangeiros, incluindo peças expostas em grandes museus pelo mundo