O documento apresenta uma análise do mercado de trabalho formal no Pará em setembro de 2011. O estado gerou 5.875 novos empregos, o melhor desempenho na região Norte pelo terceiro mês consecutivo. Os setores de serviços, indústria e construção civil foram os que mais contribuíram para o crescimento. As principais ocupações geradoras de emprego foram servente de obras, motorista de caminhão e operador de processo de moagem.
3. Governador do Estado do Pará
Simão Robison Oliveira Jatene
Vice-Governador do Estado do Pará / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges
Helenilson Cunha Pontes
Presidente do Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará -
IDESP
Maria Adelina Guglioti Braglia
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Sérgio Castro Gomes
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais
Jonas Bastos da Veiga
Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
Elaine Cordeiro Felix
4. Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Coordenadoria Técnica de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes
Núcleo de Análise Conjuntural
Sílvia Ferreira Nunes
Elaboração Técnica:
Cleidianne Novais Sousa
Jorge Eduardo Macedo Simões
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes
Silvia Ferreira Nunes
Colaboração:
Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes
Revisão:
Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim
Normalização:
Adriana Taís G. dos Santos
Boletim Mercado de Trabalho, 2011.
n. 2 (2011 ‐ ). Belém: IDESP, 2011.
Mensal
35 p. (Análise Idesp, 2)
1. Mercado de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto
do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
CDD. 331.12098115
Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP
Rua Municipalidade 1461. Bairro do Umarizal
CEP: 66.050-350 – Belém/Pará
Tel: (91) 3321-0600 / Fax: (91) 3321-0610
E-mail: comunicação@idesp.pa.gov.br
Disponível em: http://www.idesp.pa.gov.br
5. SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
1. ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO 7
1.1 Mercado de Trabalho Formal do Pará em Setembro 2011 8
1.2 Comportamento do Emprego por Setores de Atividade Econômica 9
1.3 Ocupações com Maiores Saldo de Emprego de Setembro e salário médio 11
de admissão
1.4 Admissão e desligamento por tipo de Movimentação 12
1.5 Evolução do Emprego no Pará em 2011 e nos últimos 12 meses 13
1.6 Comportamento do Emprego na RMB e Municípios no mês de setembro 13
2 NOTAS TECNICAS 17
2.1 O Desafio do Primeiro Emprego para a Juventude paraense 2004-2009 17
2.2 Juventude Paraense 20
2.3 Políticas Públicas para a Juventude 20
3 ANEXOS ESTATISTICOS 25
6. APRESENTAÇÃO
A sistematização e análise de dados sobre o mercado de trabalho paraense,
elaborado mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e
Ambiental do Pará – IDESP constitui-se numa das ações da Rede de monitoramento
de Trabalho e Renda, com o objetivo de subsidiar o acompanhamento e avaliação de
políticas públicas para a geração de trabalho e renda, desenvolvida no Estado.
Este Boletim está composto de três partes: a primeira traz uma análise
conjuntural do emprego celetista no estado do Pará, com base nos dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados - CAGED do Ministério de Trabalho e
Emprego – MTE, para o mês de setembro de 2011; a segunda parte apresenta uma
Nota Técnica enfocando o desafio do primeiro emprego; por fim, na terceira parte
estão os anexos estatísticos formados por um grupo de tabelas disponibilizando séries
de dados e indicadores sobre o mercado de trabalho paraense, regional e nacional.
6
8. Pará apresenta o melhor desempenho na
geração de empregos na Região Norte,
pelo terceiro mês consecutivo.
1.1MERCADO DE TRABALHO FORMAL CELETISTA DO PARÁ EM SETEMBRO DE
2011
De acordo com os resultados apresentados no Cadastro Geral dos Empregados e
Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no mês de setembro de
2011 foram criados 209.078 empregos com carteira assinada em todo país, o que elevou o
estoque de postos de trabalho celetistas em 0,56%, acumulando no ano um saldo de 2.079.188
novos postos de trabalho formais.
Acompanhando a tendência de expansão do mercado de trabalho brasileiro, a região Norte e o
estado do Pará registraram a geração de 12.377 e 5.875 ocupações formais, com variações de 0,76%
e 0,88%, respectivamente, conforme demonstrado no gráfico 1.
Gráfico 1. Empregos Formais. Brasil, Região Norte e Pará -
Setembro de 2011
1.800.000
Número de Empregos Formais
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
Brasil Região Norte Pará
Admissões 1.763.026 78.782 32.045
Desligamentos 1.553.948 66.405 26.170
Saldo 209.078 12.377 5.875
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP.
Com esse resultado, o segundo melhor de toda a série histórica do CAGED para o período de
setembro, ficando atrás apenas dos 6.359 postos gerados em 2004, o Pará apresenta, pelo
terceiro mês consecutivo, o melhor desempenho na criação de novos empregos formais na
Região Norte em 2011.
8
9. O gráfico 2 a seguir, traz um demonstrativo do comportamento do emprego nos estados
da Região Norte, no mês de setembro, no acumulado do ano (janeiro a setembro de 2011) e nos
últimos doze meses (outubro de 2010 a setembro de 2011).
Gráfico 2. Saldo de Empregos Formais no Mês, no Ano e nos Últimos
12 Meses.
Tocantins
Amapá
Pará
Roraima
Amazonas
Acre
Rondônia
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000
Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins
Em 12 meses 13.321 3.408 43.928 2.711 47.089 6.552 5.959
No ano 14.636 4.876 44.124 1.644 41.254 5.291 8.400
Setembro/2011 243 86 3.319 748 5.875 952 1.154
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP.
1.2 O COMPORTAMENTO DO EMPREGO POR SETORES DE ATIVIDADE
ECONÔMICA
Analisando os dados do CAGED por setor de atividade econômica, verifica-se que, à exceção da
Agropecuária que eliminou 234 postos e trabalho, todos os demais setores apresentaram saldos
positivos. Contudo, o de Serviços, com a criação de 2.321 novos empregos, o da Indústria de
Transformação e o da Construção Civil que geraram 1.330 e 1.281 postos de trabalham, foram os
que mais influenciaram no resultado registrado em setembro, conforme se verifica no quadro 1.
9
10. Quadro 1. Comportamento do emprego no Pará por setor de atividade econômica – setembro/2011
Setores de Atividade Econômica Total de Total de Variação do
Saldo
Admissões Desligamentos Emprego (%)
Extrativa Mineral 316 135 181 1,15
Indústria de Transformação 4.421 3.091 1.330 1,47
Serv. Industriais de Utilidade
157 145 12 0,14
Pública
Construção Civil 7.415 6.134 1.281 1,72
Comércio 7.743 6.772 971 0,55
Serviços 8.958 6.637 2.321 1,04
Administração Pública 30 17 13 0,05
Agropecuária 3.005 3.239 -234 -0,46
Total 32.045 26.170 5.875 0,88
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
Serviços: as maiores contribuições originaram-se dos subsetores “Comércio e Administração
de Imóveis e Serviços Técnico-profissionais” (1.059 postos), “Alojamento, alimentação, reparo e
manutenção” (666 postos) e “Ensino (202 postos).
Indústria de Transformação: o setor apresentou saldo positivo de 1.330 postos,
impulsionado pelos subsetores “Indústria de Madeira e Mobiliário” (518 postos), “Indústria de
Produtos Alimentícios e Bebidas” (336 postos), “Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos”
(237 postos) e Indústria Metalúrgica (198 postos).
Construção Civil: devido à ampliação de obras privadas e públicas no Estado, o setor
da Construção Civil segue aquecido, o que explica a manutenção do bom desempenho
registrado neste mês de setembro. Cabe ressaltar a contribuição significativa do município de
Altamira, com um saldo de 1.117 postos neste setor, em função do projeto UHE de Belo Monte.
Comércio: apresentou o quarto maior saldo de postos de trabalho (971 postos), tendo como
destaque o Comércio Varejista com 835 postos de trabalho, contra 136 postos do Comércio
Atacadista.
Extrativa Mineral: o saldo de 181 postos de trabalho decorreu majoritariamente das
atividades ligadas a Extração de minerais metálicos.
Administração Pública: este setor registrou um saldo positivo de 13 novos postos,
decorrente da admissão de 30 pessoas contra o desligamento (espontâneo ou pelo fim de contrato por
prazo determinado) de 17 funcionários.
Serviços Industriais de Utilidade Pública: registrou um saldo de 12 postos de
trabalho, resultado da admissão de 157 pessoas, contra o desligamento de 145 trabalhadores.
Agropecuária: este setor foi o único que apresentou saldo negativo, eliminando um número
significativo de -234 postos de trabalho formal.
10
11. 1.3 OCUPAÇÕES COM MAIORES SALDOS DE EMPREGO E SALÁRIO MÉDIO DE
ADMISSÃO
No quadro 2, a seguir são apresentadas as trinta ocupações que mais contribuíram para o
resultado positivo do emprego registrado em setembro de 2011. Em conjunto, essas ocupações
somaram um total de 4.361 novos empregos, o equivalente a 74,2% dos 5.875 postos gerados no mês
em análise, no mercado de trabalho paraense.
Quadro 2. Ocupações com maiores saldos de emprego em setembro
Salário Médio de
Ocupações Adm. Deslig. Saldo Admissão (R$1,00)
Serventes de obras 3.595 2.593 1.002 617,88
Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais). 838 560 278 1.148,64
Operador de processo de moagem 250 2 248 549,98
Alimentação de linha de produção 601 397 204 615,83
Eletricista de instalações 300 121 179 930,87
Vigilante 357 204 153 794,47
Embalador, a mão 280 149 131 561,83
Classificador de madeira 193 62 131 626,47
Faxineiro 609 479 130 547,25
Ajudante de motorista 329 201 128 613,84
Contínuo 659 537 122 625,61
Escriturário de banco 132 10 122 1.268,13
Trabalhador da pecuária (bovinos de corte) 548 435 113 653,06
Motorista de carro de passeio 304 197 107 1.008,55
Vendedor de comércio varejista 1757 1655 102 614,75
Carpinteiro 375 274 101 960,1
Mecânico de manutenção de Máquinas em geral 190 90 100 954,18
Eletricista de manutenção eletroeletrônica 174 77 97 1.091,67
Auxiliar geral de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 240 152 88 599,68
Porteiro de edifício 262 175 87 651,1
Auxiliar de escritório, em geral 1.140 1.056 84 662,93
Motorista operacional de guincho 144 64 80 1.336,10
Zelador de edifício 201 123 78 587,35
Preparador de estrutura metálica 89 12 77 596,27
Trabalhador de serviços de manutenção 425 352 72 594,96
Atendente de lanchonete 273 201 72 587,79
Carregador de (armazém) 206 134 72 592,83
Assistente administrativo 424 353 71 1.049,93
Assistente de vendas 118 52 66 653,48
Motorista de ônibus urbano 210 146 66 1.219,56
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
Considerando que os maiores saldos de empregos foram gerados pelos setores Serviços,
Indústria de Transformação e Construção Civil, é fácil supor que numa análise a nível de ocupações
essa relação se mostre de forma explícita.
11
12. Assim, das 30 ocupações elencadas, 56,7% relacionam-se com o setor Serviços, 20,0% com a
Construção Civil, 10,0% com a Indústria, 10,0% com o Comércio, e 3,3% com o setor Agropecuário.
Outra informação disponível no quadro 2 faz referência ao salário de admissão dessas
ocupações. Conforme se verifica, no geral são valores muito baixos onde apenas cinco ultrapassam o
valor de dois salários mínimos: motorista operacional de guincho ((R$1.336,10), escriturário de
banco (R$1.268,13), motorista de ônibus urbano (R$1.219,56), motorista de caminhão (R$1.148,64)
e eletricista de manutenção eletroeletrônica ((R$1.091,67). Um terço do total se localizou no
intervalo entre R$600,00 e R$655,00.
1.4 ADMISSÕES E DESLIGAMENTOS POR TIPO DE MOVIMENTAÇÃO
O quadro 3 a seguir, traz informações sobre o tipo de movimentação registrada tanto nas
admissões quanto nos desligamentos no mês de setembro. De acordo com os dados apresentados,
observa-se que o Reemprego com 23.047, seguido do Primeiro Emprego, com 8.251, constituem-se
nos principais destaques entre as admissões as quais, em conjunto, representaram 97,7% do total de
trabalhadores admitidos. Em seguida, enumeram-se as admissões ocorridas por meio de Contrato de
Trabalho por Prazo Determinado (738) e de Reintegração (9). Na contramão, entre os desligamentos,
16.777 trabalhadores foram dispensados sem justa causa, 5.010 se desligaram espontaneamente,
2.792 por término do contrato de trabalho e 1.212 com prazo determinado, 292 por justa causa, 76
por morte e 11 por aposentadoria, resultando no total de 26.170 desligamentos.
Quadro 3. Admissões e Desligamentos por tipo de movimentação – setembro 2011
Número de Participação
Admissões e Desligamentos
trabalhadores Relativa (%)
ADMISSÕES
Primeiro Emprego 8.251 25,75
Reemprego 23.047 71,92
Reintegração 9 0,03
Contrato de Trabalho por Prazo determinado 738 2,30
Total de Admissões 32.045 100,00
DESLIGAMENTOS
Dispensados Sem Justa Causa 16.777 64,11
Dispensados por Justa Causa 292 1,12
Desligados à pedido 5.010 19,14
Desligados por aposentadoria 11 0,04
Desligados por morte 76 0,29
(1)
Desligados por término de Contrato de Trabalho 4.004 15,30
Total de Desligamentos 26.170 100,00
SALDO (Admissões – Desligamentos) 5.875 -
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP.
Nota: (1) Contratos com prazos determinados e indeterminados.
12
13. 1.5 EVOLUÇÃO DO EMPREGO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2011 E NOS ÚLTIMOS
DOZE MESES.
No acumulado do ano, a variação percentual do emprego no mercado de trabalho paraense foi
de 6,44% em relação ao estoque de empregos existente em primeiro de janeiro de 2011, acima da
variação nacional que foi de 5,78%. Em termos absolutos, equivale à criação de 41.254 postos de
trabalho, o maior já registrado desde o ano 2000, colocando o Pará em segundo lugar, após o
estado do Amazonas, que no mesmo período somou um total de 44.124 novos empregos, embora no
acumulado dos últimos 12 meses o Pará volte a ocupar a primeira posição, apresentando um saldo
de 47.089 empregos contra 43.928 do Amazonas.
Gráfico 3. Saldo de Empregos Formais por Setores Econômicos
Serviços 17.770
14.952
Comércio 12.704
7.386
9.492
Construção Civil 11.119
2.911
Extrativa Mineral 2.298
2.382
Agropecuária 2.844
1.689
Indústria de Transformação 2.405
614
Administração Pública 673
Serv Indust de Util Publica ‐473
‐423
‐5.000 0 5.000 10.000 15.000 20.000
Em 12 meses No Ano
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
1.6 COMPORTAMENTO DO EMPREGO NA RMB E DEMAIS MUNICÍPIOS
A Região Metropolitana de Belém alcançou, no mês de setembro, a geração de 1.986 novos
empregos celetistas, o equivalente a 34% do total gerado em todo o Estado. Este é o melhor resultado
de toda a série histórica do CAGED para o período, menor apenas do que os 2.008 empregos formais
assinalados em setembro de 2008. Os setores de atividade com maior destaque foram Serviços e
Indústria de Transformação, responsáveis pela geração de 1.577 e 541 postos de trabalho,
respectivamente.
13
14. Quadro 4. Saldo do emprego na RMB e demais municípios setembro de 2011.
Setores de Atividade Econômica RMB Demais Municípios Estado do Pará
Extrativa Mineral -8 189 181
Indústria de Transformação 541 789 1.330
Serv. Industriais de Utilidade Pública 5 7 12
Construção Civil 47 1234 1.281
Comércio 16 955 971
Serviços 1.577 744 2.321
Administração Pública -5 18 13
Agropecuária -187 -47 -234
Total 1.986 3.889 5.875
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
Quando se analisa o comportamento do emprego em nível municipal, verifica-se que no
ranking dos dez municípios paraenses com maior saldo de emprego no mês de setembro, Belém
registra a primeira posição, ao gerar 1.594 postos de trabalho, majoritariamente no setor Serviços
(1.359 postos), seguido pela Indústria de Transformação com 346 postos de trabalho.
O município de Altamira ocupa a segunda posição com 1.220 postos, impulsionada pelo setor
da Construção Civil, com 1.117 postos, em grande medida relacionados às obras de implantação da
Usina de Belo Monte.
Parauapebas, que ocupou o terceiro lugar no ranking, também se destacou no saldo de
empregos com um total de 478 postos, no qual também a Construção Civil foi o setor de atividade
que mais contribuiu (240 postos), acompanhado por Serviços (169 postos) e Extrativa Mineral (128
postos).
O município de Barcarena, com 468 novos postos, apresenta-se como o quarto município no
ranking, com destaque para o setor Indústria de Transformação, responsável pela geração de 168
postos de trabalho e o da Construção Civil, que gerou 137 postos.
Castanhal vem a seguir, destacando-se pela geração de 389 novos postos de trabalho, cujo
resultado tem grande influência do setor Comércio (155 postos), seguido por Serviços (90 postos) e
Indústria de Transformação (68 postos).
O município de Paragominas, por sua vez, ocupa o sexto lugar com 331 postos, tendo o setor
da Construção Civil como carro chefe na criação de empregos formais (196 postos), no mês em
análise.
Canaã dos Carajás vem em seguida, registrando um saldo de 320 empregos, majoritariamente
gerados no setor da Construção Civil.
Em Ourilândia do Norte, o saldo de 241 empregos formais é explicado, essencialmente, pela
variação positiva no setor Comércio, que neste mês foi responsável pela geração de 217 postos de
trabalho.
Na seqüência, o município de Ananindeua apresentou saldo de 230 empregos, sendo que o
setor Serviços foi o que mais contribuiu para este resultado, com a geração de 200 postos de
trabalho.
14
15. Finalmente, na décima posição no ranking, o município de Moju gerou saldo de 221 postos
de trabalho neste mês, puxado pelos setores de atividade da Agropecuária (99 postos) e da
Construção Civil (92 postos).
Gráfico 4. Municípios com maiores e menores saldos de emprego em
setembro de 2011
Belém 1594
Altamira 1220
Parauapebas 478
Barcarena 468
Castanhal 389
Paragominas 331
Canaã dos Carajás 320
Ourilândia do Norte 241
Ananindeua 230
Mojú 221
Sao Caetano de Odivelas -33
Acará -42
Vígia -46
Tucuma -56
Redenção -71
Santo Antônio do Tauá -87
Tailândia -111
Santa Maria das Barreiras -145
Dom Eliseu -194
Marabá -743
-1000 -500 0 500 1000 1500 2000
Fonte: MTE - CAGED.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
No outro extremo, entre os municípios que registraram os piores saldos no mês, Marabá
encabeça a relação, pelo segundo mês consecutivo, com saldo negativo de -743 empregos em
decorrência, principalmente, da eliminação de 954 postos de trabalho pela Construção Civil, face a
conclusão de uma etapa do programa “Minha casa, minha vida”, bem como da desaceleração de
obras vinculadas ao projeto Aços Laminados do Pará - ALPA.
O município de Dom Eliseu registrou o segundo maior saldo negativo, com o encerramento
de 194 postos de trabalho, majoritariamente no setor da Agropecuária, seguido pelo município de
Santa Maria das Barreiras com um saldo negativo de 145 postos de trabalho, também com
predominância do setor Agropecuário.
Quanto ao município de Tailândia, o saldo negativo de 111 empregos formais se deu,
especialmente, pela eliminação de postos registrada nos setores da Construção Civil e de Serviços.
Santo Antônio do Tauá também figura, neste mês, entre os dez municípios com os piores
saldos, assinalando encerramento de 87 postos, em função do comportamento do emprego formal no
setor da Agropecuária.
15
16. Quanto à Redenção, o fechamento de 71 postos de trabalho registrado nesse município
decorreu, principalmente, por saldos negativos registrados na Construção Civil e na Indústria de
Transformação.
Em seguida, o município de Tucumã fechou o mês com -56 postos, em função de um maior
número de desligamentos frente às admissões em três setores: Construção Civil, Serviços e
Comércio.
Em Vigia, o saldo negativo de 46 postos de trabalhado é explicado pelo desempenho dos
setores da Agropecuária e Comércio.
O município de Acará, por sua vez, teve encerramento de 42 postos de trabalho devido,
fundamentalmente, ao saldo negativo no setor Serviços.
Por fim, São Caetano de Odivelas aparece como último entre os dez municípios com os
piores saldos no mês, apresentando saldo de -33 postos de trabalho, a maioria destes, no setor da
Agropecuária.
16
17. 2 NOTA TÉCNICA
2.1 O DESAFIO DO PRIMEIRO EMPREGO PARA A JUVENTUDE PARAENSE – 2004 A 20091
O trabalho figura entre os principais temas que mobilizam os interesses da juventude no
Brasil, especialmente, em virtude das enormes dificuldades dos jovens em conseguir uma ocupação
no mercado de trabalho. Em virtude das intensas transformações produtivas e sociais verificadas nas
últimas décadas, o aumento da concorrência pela conquista de uma vaga de emprego e da demanda
por trabalhadores experientes e mais qualificados passaram a ser grandes questões relacionadas ao
acesso dos jovens ao emprego e à renda.
No mundo do trabalho, os jovens se encontram em larga desvantagem em relação aos adultos,
pois, de modo geral, estes possuem escolaridade mais elevada, experiência profissional e maior
qualificação. Nesse sentido, as barreiras ao ingresso no mercado de trabalho é um dos principais
desafios da juventude no país, e no Pará essa realidade não é diferente.
De acordo com a PNAD, em 2009, a população economicamente ativa de 15 a 29 anos foi
estimada em 1,3 milhão de jovens paraenses, dos quais mais de 194 mil estavam desocupados e 1,1
milhão exercia alguma forma de ocupação, sendo que, deste contingente de ocupados, 360.790
trabalhavam sem carteira de trabalho assinada, 215.893 trabalhavam por conta própria e 114.043 não
eram remunerados, o que equivale a 61% dos jovens ocupados neste período.
Neste aspecto, a escolaridade apresenta-se como elemento chave: a partir da onda de
reestruturação produtiva experimentada pela economia mundial, o mercado de trabalho, como um
todo, tornou-se mais competitivo, exigindo um maior nível de qualificação da mão-de-obra
disponível. Desta forma, os jovens têm de ter uma atenção especial quanto à sua formação escolar,
dado que é isso o que vai lhe permitir capacidade de domínio de conhecimentos básicos necessários
ao desenvolvimento de atividades laborais.
2.2 JUVENTUDE PARAENSE
No que tange a juventude paraense, os dados revelam uma situação delicada. Mais da metade
destes jovens não vivencia o conflito trabalho e escola, seja pela falta de oportunidades educacionais,
seja pela ausência simultânea de oportunidades educacionais e de trabalho. Dos mais de 2 milhões de
1
Estudo realizado pelo Núcleo de Análise Conjuntural do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental
do Pará (IDESP).
17
18. jovens entre 15 e 29 anos, em 2009, 39,6% apenas trabalhava, enquanto 23,6% não tinha acesso nem
à escolarização, nem ao trabalho.
A situação é ainda mais dramática quando analisamos apenas os dados referentes ao
segmento de 18 a 24 anos, visto que 68,1% destes jovens estão fora das escolas e das universidades,
dos quais 39,4% estavam só trabalhando e 28,7% encontravam-se completamente excluídos, sem
acesso à formação escolar e acadêmica e ao mercado de trabalho.
Tabela 1. Condição de atividade e freqüência escolar por faixa etária em 2009.
(Em %)
Estuda e Não trabalha
Faixa etária Só estuda Só trabalha
Trabalha nem estuda
15 a 29 anos 23,3 13,5 39,6 23,6
15 a 17 anos 65,0 18,3 6,7 10,1
18 a 24 anos 17,3 14,6 39,4 28,7
25 a 29 anos 4,2 8,6 61,7 25,5
TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: PNAD/IBGE
Elaboração: Núcle de Análise Conjuntural - IDESP
Por outro lado, percebe-se, nos últimos anos, um processo de adiamento do ingresso dos
jovens adolescentes no mercado de trabalho paraense. Se, em 2004, 48,9% do segmento jovem
adolescente constituía a parcela daqueles que só estudavam, em 2009 este percentual subiu para
64,9%. Apesar deste aspecto positivo, 50% dos mais de 400 mil jovens na faixa etária de 15 a 17
anos não chegou nem a concluir o ensino fundamental completo e somente 1,3% concluiu o ensino
médio, refletindo uma enorme distorção idade-série.
Esse quadro se repete quando a discussão do primeiro emprego passa a ser o foco da análise.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), de 2004 a 2009, dos 67.503 trabalhadores registrados em 2009 nas
admissões de primeiro vínculo empregatício formal no Pará, 51.890 estavam na faixa de 15 a 29
anos, o que equivale a 76,9% do total. Nesse mesmo ano, dentre todos os jovens admitidos em seu
primeiro emprego, 41,4% possuíam ensino médio completo e 24,9% não havia concluído o ensino
fundamental, ao passo que, em 2004, somente 27,5% havia terminado o ensino médio e 40,1% não
tinha o ensino fundamental.
Com base no Gráfico 2.1, nota-se um movimento de inversão na proporção de estudantes, na
faixa etária de 15 a 29 anos, entre estes dois graus de escolaridade, efeito positivo do maior rigor de
qualificação da mão-de-obra neste período.
18
19. Gráfico 1. Proporção de jovens de 15 a 29 nos níveis de escolaridade no Pará.
(Em %)
45,0 41,4
40,1
40,0 37,2 37,4
35,0
35,0 33,1 32,9
30,4 31,7
30,0 27,5 28,6
24,9
25,0 Ensino Fundamental
Incompleto
20,0
Ensino Médio Completo
15,0
10,0
5,0
0,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: CAGED/MTE
Elaboração: Núcle de Análise Conjuntural - IDESP
No entanto, quando se leva em consideração o ranking das 20 ocupações2 mais freqüentes no
primeiro emprego de jovens no Estado do Pará agregadas por famílias ocupacionais3, os dados
confirmam a tendência de inserção dos jovens em subocupações e ocupações mal remuneradas e/ou
precárias verificada em todo país. Em 2009, a ocupação operadores do comércio em lojas e
mercados ficou na primeira posição do ranking, empregando 7.912 trabalhadores. Com 4.445
trabalhadores, o conjunto ajudante de obras civis ficou na segunda posição, seguida por agentes,
assistentes e auxiliares administrativos (3.824), contínuos (1.891), caixas4 e bilheteiros (1.565),
trabalhadores agropecuários em geral (1.528), trabalhadores de embalagem e de etiquetagem
(1.523), trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações (1.423), garçons, barmen,
copeiros e sommeliers (1.414) e alimentadores de linhas de produção (1.391), que ficou na décima
posição.
Desde 2004, estas ocupações figuram entre as 20 principais que empregam força de trabalho
neste grupo de idade, tendo os setores Comércio, Construção Civil, Agropecuária, Serviços e
Indústria de Transformação como os principais responsáveis pela alocação dos jovens em postos de
trabalho no Pará.
2
É a agregação de situações similares de emprego/ou trabalho, que, por sua vez, constituem um conjunto de atividades
desempenhadas por uma pessoa, com ou sem vínculo empregatício.
3
O grupo famílias ocupacionais é a unidade do sistema de Classificação Brasileira de Ocupações (CBO2002), elaborada
pelo Ministério do Trabalho e do Emprego. Define-se ocupação como o conjunto de postos de trabalho substancialmente
iguais quanto a sua natureza e as qualificações exigidas (o posto de trabalho corresponde a cada unidade de trabalho
disponível ou satisfeita).
4
À exceção dos caixas de bancos.
19
20. No intervalo de 2004 a 2009, o número de admissões em condições de primeiro emprego, no
Pará, sofreu recuo de 458 postos de trabalho, puxado pelos setores indústria de transformação e
agropecuária, que juntos somaram queda de mais de 11 mil empregos ao longo de cinco anos. Em
sentido contrário, a Região Metropolitana de Belém (RMB) apresentou incremento de mais de 4 mil
admissões, onde se destacou o setor de Serviços, com acréscimo de mais de 2 mil empregos, seguido
pelo Comércio (mais de 1,8 mil) e pela Construção Civil (mais de 1,3 mil).
Quanto à participação dos setores da economia do Estado nas admissões de primeiro
emprego, entre 2004 e 2009, percebe-se a predominância do comércio, que passou de 27,8% para
35,3% em admissões. Na seqüência, o setor de Serviços, que respondia por 20,2% em 2004, é o
segundo setor que mais admitiu em 2009, com 23,4%, ao passo que a Indústria de Transformação
ocupa o terceiro lugar, caindo de 26,9% em 2004 para 15,7% em 2009.
A RMB apresentou comportamento similar, visto que, no mesmo período, o comércio teve
destaque, passando de 37,2% para 37,5%, o setor de Serviços elevou sua participação de 33,3% para
37,5% e a Construção Civil passou de 10,2% para 13,2%. Perante este quadro, não restam dúvidas de
que a conquista do primeiro emprego é um grande desafio para a juventude paraense.
Tabela 2. Taxa de participação dos setores econômicos na admissão – Pará, 2004 e
2009.
2004 2009
SETOR
Absoluto % Absoluto %
Extrativa Mineral 260 0,4 218 0,3
Indústria de Transformação 18.294 26,9 10.619 15,7
Serviços Industriais de Utilidade Pública 333 0,5 681 1,0
Construção Civil 3.653 5,4 7364 10,9
Comércio 18.878 27,8 23.848 35,3
Serviços 13.754 20,2 15.824 23,4
Administração Pública 25 0,0 18 0,0
Agropecuária e Extrativa Vegetal 12.764 18,8 8.931 13,2
Outros 0 0,0 0 0,0
Fonte: CAGED/MTE
Elaboração: Núcle de Análise Conjuntural - IDESP
2.3 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE
Em resposta às dificuldades enfrentadas pelos jovens no mercado de trabalho, o Brasil vem
desenvolvendo ações e programas direcionados à elevação de escolaridade, à capacitação
profissional, à inclusão destes jovens no mundo do trabalho, como também, ao estímulo ao
20
21. cooperativismo, associativismo e empreendedorismo, no sentido de permitir que os infortúnios
relacionados ao primeiro emprego e à manutenção deste segmento da população nos postos de
trabalho sejam atenuados e, até mesmo, dirimidos.
Contudo, a adoção de um conjunto de políticas públicas que se ocupam da problemática
juventude e trabalho é um aspecto recente na experiência brasileira, seja porque as medidas
governamentais voltadas para a geração de trabalho e renda, para o combate ao desemprego e para a
proteção dos desempregos só surgem no final da década de 19805, seja porque, a partir da publicação
do Estatuto da Criança e do Adolescente (lei nº 8.069, de 13/07/1990), o Estado e a sociedade civil
concentravam esforços com o intuito de impugnar o trabalho infantil e de adolescentes, deixando de
lado a situação de jovens que alcançavam a idade legal para trabalhar.
Atualmente, o Governo Federal oferece uma estratégia consolidada com o objetivo de
qualificar os jovens para o ingresso no mercado de trabalho, integrá-los aos canais de geração de
emprego e renda, garantir recursos para a qualificação técnica destes jovens, criar um sistema de
monitoramento e avaliação das ações de capacitação, além de permitir o acesso a linhas de crédito
específicas para jovens, inclusive da zona rural (ver Quadro 1).
O Estado do Pará, igualmente, apresenta iniciativas que visam o preparo dos jovens para os
postos de trabalho ou para ocupações capazes de gerar renda, como também possibilita o acesso do
jovem ao primeiro emprego, dentre os quais os programas ProJovem Trabalhador e Bolsa Trabalho,
ambos implementados pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (SETER).
Quadro 1. Programas para a juventude voltados ao mercado de trabalho e para à qualificação
profissional.
PROGRAMA ÓRGÃO PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PÚBLICO-ALVO
FEDERAL
Profissionalização de jovens, além de
Jovens com idade entre 18 e
MTE e oferecer a elevação da escolaridade e
29 anos, membros de
ProJovem Trabalhador Secretarias experiências em ações comunitárias,
famílias com renda per
Estaduais com auxílio financeiro de R$600,00,
capita de até ½ SM.
distribuído em 6 parcelas de R$100,00.
MTE e
Jovens de 16 a 24 anos,
Programa Nacional de Superintendências Promover a qualificação profissional e
desempregados, com renda
Estímulo ao Primeiro Regionais do a inserção do jovem no mercado de
mensal per capita de até ½
Emprego - PNPE Trabalho e trabalho.
SM.
Emprego
(Continua)
5
A promulgação da Constituição em 1988 é um marco importante para a política pública brasileira, uma vez que inclui
uma agenda universalista de direitos e proteção social dado o contexto de dificuldades econômicas, o processo de
redemocratização do país e a diversificação e extensão dos movimentos sociais na época. Deste modo, a carta magna
contempla não apenas os assalariados formais, mas também incorpora problemas relacionados à marginalização de um
contingente significativo da força de trabalho brasileira.
21
22. (Continuação)
PROGRAMA ÓRGÃO PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PÚBLICO-ALVO
Contratação de jovens aprendizes por
empresas de médio e grande porte, com
Jovens de 14 a 24 anos, que
garantia de salário mínimo/hora, além
Programa Jovem tenham concluído ou
MTE de acesso a cursos de aprendizagem,
Aprendiz estejam cursando o ensino
em instituições qualificadoras
fundamental.
reconhecidas responsáveis pela
certificação.
Oferta de cursos profissionalizantes Jovens que prestam o
que proporcionem capacitação técnico- serviço militar nas forças
Ministério da profissional básica, formação cívica e singulares e que apresentam
Projeto Soldado Cidadão
Defesa - MD ingresso no mercado de trabalho em perfil socioeconômico mais
melhores condições a jovens egressos carente ou em situação de
do serviço militar. risco.
Assegura formação inicial e
Programa Nacional de continuada/ensino fundamental,
Integração da Educação educação profissional técnica de nível
Ministério da Jovens com, no mínimo, 18
Profissional com a médio/ensino médio, além de garantir
Educação - MEC anos na data de matrícula.
educação básica na educação profissional e tecnológica
(Continuação)de Proeja
modalidade incorporada à educação escolar
indígena.
Jovens agricultores e
agricultoras, maiores de 16
Concessão de financiamento de até R$ e com até 25 anos, que
6 mil para filhos de agricultores pertençam a famílias
Ministério do familiares, tendo prazo de pagamento enquadradas no Pronaf.
Programa PRONAF
Desenvolvimento de 10 anos com juros de 1% a.a. A Devem ter concluído ou
Jovem
Agrário - MDA depender da necessidade técnica do estar cursando em centros
projeto, a carência pode se estender até de alternância, ou escolas
5 anos. técnicas agrícolas, ou curso
ou estágio de formação
profissional.
Concessão de linha de financiamento
Programa Nossa Primeira do Programa de Crédito Fundiário
Jovens do meio rural com
Terra MDA (PNCF) para aquisição de imóveis e
idade entre 18 a 28 anos.
investimentos em infra-estrutura
básica.
ESTADUAL
Secretaria Profissionalização de jovens, elevação Jovens desempregados de
Estadual do da escolaridade e experiências em 18 a 29 anos, membros de
ProJovem Trabalhador Trabalho, ações comunitárias, com auxílio famílias com renda per
Emprego e Renda financeiro de R$600,00, distribuído em capita de até meio salário
- SETER 6 parcelas de R$100,00. mínimo.
Jovens de 18 a 29 anos
desempregados a, no
Combate à pobreza através da geração mínimo, 6 meses,
de oportunidades de trabalho, com concluintes de ensino médio
Programa Bolsa Trabalho SETER
concessão de bolsa mensal no valor ou que tenham concluído a
fixo de R$ 70,00. pelo menos 3 anos, cujas
famílias estejam inscritas no
Programa Bolsa Família.
(Continua)
22
23. (Continuação)
PROGRAMA ÓRGÃO PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PÚBLICO-ALVO
Oferece a oportunidade do jovem
empreender o seu próprio negócio, Jovens de 18 a 29 anos que
Programa de
SETER podendo vir a ser um empreendedor participem do Bolsa
Microcrédito
individual com base familiar ou Trabalho.
integrar um grupo de produção.
Capacitação para formar fornecedores
SETER e Instituto de sementes e mudas de espécies
de florestais nativas a partir da produção
Jovens de 18 a 29 anos que
Desenvolvimento familiar, com auxílio no valor de R$
Programa Bolsa Semente participem do Bolsa
Florestal do 100,00, bolsa mensal de R$ 70,00 e no
Trabalho.
Estado do Pará final do programa, após um ano,
(IDEFLOR) recebimento de uma única parcela de
R$ 360,00.
Fonte: Ministérios Setoriais (MTE, MEC e MD) e SETER.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural - IDESP
O fundamental é que a elaboração de uma agenda pública de ações governamentais que se
dedicam ao desafio juventude e trabalho preze pela integração entre as iniciativas setoriais
(educação, segurança, saúde, etc.) e, além disso, leve em consideração o cenário econômico no qual
estes jovens estão inseridos, pois todas as atividades desenvolvidas no âmbito da inclusão do jovem
no mercado de trabalho têm de ter um viés socioeconômico.
23
24. 3. PAINEL DE INDICADORES ESTATÍSTICOS
I. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Tabela I.1 - Admissões por setor de atividade econômica - Brasil.
Ext. Adm. Outros/
Período
Mineral Ind. Trans. SIUP Const. Civil Comércio Serviços Públ. Agropecuária Ignorados Total
2005 45.115 2.551.984 63.288 1.091.798 2.912.498 4.218.210 97.546 1.198.355 207 12.179.001
2006 46.759 2.692.463 66.406 1.257.480 2.940.198 4.717.250 85.068 1.025.525 0 12.831.149
2007 48.370 3.126.985 61.347 1.428.582 3.298.542 4.969.393 97.321 1.310.749 0 14.341.289
2008 54.161 3.525.765 70.994 1.866.537 3.774.888 5.856.365 105.502 1.405.119 0 16.659.331
2009 42.915 3.147.085 77.608 1.950.078 3.783.528 5.802.755 112.804 1.270.867 0 16.187.640
2010 57.054 3.910.066 91.743 2.463.997 4.442.260 6.875.128 103.161 1.261.438 0 19.204.847
2011 Janeiro 4.721 333.593 9.359 219.794 368.364 610.189 8.054 96.298 0 1.650.372
Fevereiro 5.334 368.374 7.988 218.223 385.475 688.288 22.153 101.382 0 1.797.217
Março 5.801 368.191 8.237 210.524 393.497 665.264 10.523 103.885 0 1.765.922
Abril 5.417 374.276 8.934 215.448 392.182 653.913 8.538 115.670 0 1.774.378
Maio 5.534 374.662 8.429 243.169 414.415 684.338 8.076 174.042 0 1.912.665
Junho 5.678 329.424 7.861 236.879 398.707 629.409 6.603 167.256 0 1.781.817
Julho 5.903 323.348 7.820 234.458 386.778 616.276 6.270 116.010 0 1.696.863
Agosto 5.865 357.499 7.940 243.935 414.407 690.506 8.414 101.755 0 1.830.321
Setembro 5.520 359.578 7.555 231.602 407.122 650.996 7.401 93.252 0 1.763.026
1
Jan-set./2011 52.244 3.294.879 78.430 2.215.028 3.743.377 6.203.042 96.432 1.127.838 0 16.811.270
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP.
Nota: 1Soma dos meses de janeiro a setembro.
24
32. II. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA
Tabela II.1 – Salário médio mensal por faixa de remuneração - Brasil.
Salário Médio Mensal
Período até 0,5
0,51 a 1,0 SM 1,01 a 1,5 SM 1,51 a 2,0 SM 2,01 a 3,0 SM 3,01 a 5,0 SM 5,01 a 10,0 SM 10,01 a 15,0 SM 15,01 a 20,0 SM > 20 SM Total
SM
2005 131,72 279,18 358,53 499,75 679,84 1.074,78 1.950,42 3.455,31 4.920,08 9.945,27 579,04
2006 154,34 327,55 412,38 581,91 799,57 1.259,01 2.293,12 4.064,43 5.792,54 11.821,15 628,53
2007 170,20 355,49 450,56 639,47 884,79 1.392,44 2.529,64 4.493,97 6.399,86 13.127,87 673,10
2008 187,82 389,32 496,31 704,31 972,93 1.536,10 2.790,78 4.937,46 7.032,39 14.479,85 734,89
2009 213,03 438,55 556,65 794,55 1.098,40 1.718,01 3.123,31 5.526,91 7.851,10 16.528,21 798,64
2010 236,69 486,64 618,59 878,94 1.230,81 1.919,09 3.491,50 6.172,46 8.766,12 17.472,26 860,63
2011 Janeiro 246,52 516,91 658,87 928,68 1.301,32 2.028,79 3.696,80 6.532,61 9.311,93 18.585,55 913,95
Fevereiro 251,82 516,80 666,01 936,00 1.309,83 2.042,97 3.717,87 6.573,58 9.326,25 18.170,26 910,23
Março 251,55 516,95 664,71 935,96 1.309,47 2.043,85 3.711,64 6.570,48 9.335,44 18.182,00 912,97
Abril 252,78 517,10 663,47 935,31 1.308,65 2.044,89 3.712,29 6.554,98 9.353,57 17.819,69 921,87
Maio 248,89 515,76 664,84 939,54 1.305,54 2.042,29 3.695,06 6.567,21 9.346,40 18.169,70 929,47
Junho 250,43 514,82 665,88 940,99 1.304,87 2.041,13 3.693,12 6.563,50 9.336,89 17.796,52 945,74
Julho 253,66 512,19 668,10 940,58 1.302,34 2.043,84 3.712,89 6.551,76 9.346,71 18.248,37 956,37
Agosto 251,69 508,59 668,42 940,07 1.300,54 2.046,19 3.707,38 6.566,07 9.337,79 18.169,60 961,75
Setembro 250,45 507,45 668,69 939,38 1.302,34 2.044,16 3.699,96 6.561,38 9.343,51 18.008,54 958,28
Jan-set./20111 251,05 514,60 665,49 937,58 1.304,85 2.042,22 3.705,18 6.560,38 9.337,92 18.125,67 934,62
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP.
Nota: 1Soma dos meses de janeiro a setembro.
32
33. Tabela II.2 – Salário médio mensal por faixa de remuneração - Pará.
Salário Médio Mensal
Período até 0,5 10,01 a 15,0
0,51 a 1,0 SM 1,01 a 1,5 SM 1,51 a 2,0 SM 2,01 a 3,0 SM 3,01 a 5,0 SM 5,01 a 10,0 SM 15,01 a 20,0 SM > 20 SM Total
SM SM
2005 131,20 286,94 343,80 504,47 684,95 1.045,29 1.931,88 3.474,37 4.913,76 9.998,34 467,38
2006 151,94 337,56 397,13 584,81 828,41 1.233,74 2.264,77 4.056,72 5.796,32 11.447,32 518,05
2007 167,64 370,29 436,59 639,20 905,88 1.369,88 2.536,20 4.502,21 6.366,47 12.887,89 569,09
2008 182,12 406,84 482,00 702,91 996,78 1.513,28 2.796,94 4.930,81 7.039,15 15.223,55 647,23
2009 212,06 456,75 543,21 783,63 1.110,47 1.698,83 3.085,57 5.493,42 7.846,41 20.074,98 701,56
2010 237,81 504,23 603,80 877,49 1.235,83 1.903,58 3.473,89 6.136,38 8.720,68 17.523,79 758,79
2011 Janeiro 251,99 530,54 642,80 927,29 1.299,95 2.000,25 3.583,25 6.437,51 9.420,77 16.871,26 807,74
Fevereiro 247,19 531,75 648,90 945,00 1.311,89 2.027,11 3.736,00 6.624,15 9.081,17 17.604,84 799,60
Março 246,99 538,50 646,46 941,99 1.322,76 2.022,64 3.731,90 6.610,05 9.313,48 15.076,30 805,23
Abril 253,45 540,82 649,46 936,92 1.305,42 2.036,68 3.667,84 6.608,69 9.235,22 15.743,36 804,65
Maio 252,27 539,85 646,33 938,55 1.314,91 2.037,68 3.684,66 6.517,94 9.501,70 14.414,04 808,21
Junho 252,91 537,88 647,47 939,76 1.311,75 2.045,01 3.782,30 6.692,91 9.357,09 17.474,71 824,81
Julho 253,96 536,06 646,48 935,98 1.312,69 2.034,75 3.745,18 6.604,49 9.439,46 16.238,98 829,99
Agosto 250,60 537,86 648,31 936,86 1.318,10 2.043,69 3.778,54 6.632,24 9.445,53 19.045,01 863,84
Setembro 261,50 538,82 648,09 935,90 1.308,77 2.052,27 3.740,32 6.543,36 9.369,47 16.841,27 867,94
Jan-set./20111 251,84 536,74 647,18 937,47 1.311,95 2.034,41 3.721,06 6.585,69 9.372,21 17.010,31 825,13
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP.
Nota: 1Soma dos meses de janeiro a setembro.
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34. Tabela II.3 – Salário médio mensal por região de integração - Pará.
Salário Médio Mensal
Período Região
Região Região Rio Região Região Região Região Baixo Região Lago Região Rio Região Região Região
Metropolitana
Guamá Caeté Araguaia Carajás Tocantins Amazonas de Tucuruí Capim Xingu Marajó Tapajós
de Belém
2005 481,52 366,73 379,55 390,38 554,63 561,10 496,90 488,78 382,15 430,63 395,14 443,25
2006 525,16 415,11 423,05 453,63 622,55 602,32 550,29 529,69 438,88 468,10 396,64 517,31
2007 571,28 458,21 454,65 530,14 648,81 697,80 594,55 586,56 466,86 544,62 520,51 550,16
2008 619,66 491,31 513,47 619,62 735,13 886,19 645,15 708,15 540,06 557,88 586,04 640,87
2009 692,82 547,70 591,37 663,47 820,40 778,02 716,47 766,91 591,44 632,68 645,37 651,12
2010 736,46 611,62 630,65 717,28 947,02 796,97 757,06 740,50 662,85 720,50 683,78 755,87
2011 Janeiro 771,77 657,67 755,45 732,96 1.045,81 860,57 798,42 764,61 699,19 783,04 791,29 827,58
Fevereiro 777,13 684,27 586,72 774,18 991,33 812,96 789,09 773,45 693,55 736,50 645,16 849,29
Março 770,56 654,67 679,00 781,80 1.000,50 869,22 825,61 800,22 715,31 741,86 715,99 849,11
Abril 764,72 683,53 685,65 785,10 984,23 856,44 790,27 807,35 724,17 770,92 702,42 854,43
Maio 766,85 676,80 687,77 762,87 974,01 859,93 858,44 767,19 728,68 867,12 694,47 979,97
Junho 771,13 699,81 651,87 797,70 975,94 837,56 831,24 744,21 717,85 1499,55 757,11 843,24
Julho 773,87 690,14 675,84 756,68 1.028,56 851,83 857,29 764,42 742,44 1040,68 763,78 879,17
Agosto 822,44 671,11 691,27 770,18 1.037,99 834,38 849,40 768,88 726,23 1394,83 706,02 949,21
Setembro 809,56 674,08 684,85 789,19 1.113,93 828,49 912,01 765,34 717,09 1105,23 672,32 840,08
Jan-set./20111 781,52 676,46 676,44 773,25 1.019,69 845,56 836,64 773,02 718,59 1074,68 712,74 879,46
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP.
Nota: 1Soma dos meses de janeiro a setembro.
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35. REFERÊNCIAS
ANDRADE, C. C. Juventude e Trabalho: alguns aspectos do cenário brasileiro contemporâneo. In:
Mercado de Trabalho. (Nota Técnica), n. 37, nov. 2008. Disponível em:<www.ipea.gov.br>
Acesso em 14 ago. 2011.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS –
DIEESE. Política de Valorização do Salário Mínimo: considerações sobre o valor a vigorar a partir
de 1º de janeiro de 2010. (Nota Técnica), n. 86, rev. e atualiz., jan. 2010. Disponível em:
<www.dieese.org.br>. Acesso em 27 out. 2011.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa Nacional por
amostra de domicílios: síntese de indicadores 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. Disponível em:
<www.ibge.gov.br>. Acesso em: 26 out. 2011.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA. Política Social e
Desenvolvimento – a Juventude em Foco. In: Políticas Sociais – Acompanhamento e Análise. n.
15, mar. 2008. Disponível em:<www.ipea.gov.br>. Acesso em: 11 ago. 2011.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. Características do Emprego Formal –
RAIS, 2010. Disponível em:<www.mte.gov.br>. Acesso em: 14 set. 2011.
______. Evolução do emprego por nível setorial, 2011. Disponível em:<www.mte.gov.br >.
Acesso em: 19 out. 2011.
SILVA, E. R. A.; ANDRADE, C. C. A Política Nacional de Juventude: avanços e dificuldades. In:
CASTRO, J. A; AQUINO, L. M. C.; ANDRADE, C. C. Juventude e Políticas Sociais no Brasil.
pp. 41-69. – Brasília: Ipea, 2009.
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