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BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E
      DESMATAMENTO




       Número 12 – Junho – 2012
Governo do Estado do Pará
                   Simão Robison Oliveira Jatene
                             Governador

                      Helenilson Cunha Pontes
  Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges




Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
                   Maria Adelina Guglioti Braglia
                              Presidente

                    Cassiano Figueiredo Ribeiro
 Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

                        Sérgio Castro Gomes
       Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

                       Jonas Bastos da Veiga
              Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais

                        Elaine Cordeiro Felix
         Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E
      DESMATAMENTO
Expediente
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais :
Jonas Bastos da Veiga

Coordenação Técnica de Estudos e Pesquisas Ambientais:
Andréa dos Santos Coelho

Elaboração Técnica:
Andréa dos Santos Coelho
Camila da Silva Pires
Maicon Silva Farias

Colaboração:
Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes

Revisão:
Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim

Normalização:
Adriana Taís G. dos Santos




           Boletim de focos de calor e desmatamento, 2012. Belém: Instituto de
       Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012.

           Mensal

           19 p. (Análise Idesp, 6)

            1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará
       (Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do
       Pará. I.Série

                                                          CDD 363.78115
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS



APA - Área de Proteção Ambiental

DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real

ESEC - Estação Ecológica.

FE - Floresta Estadual

FLONA - Floresta Nacional

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis.

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

MODIS - Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer

PARNA - Parque Nacional

PE - Parque Estadual

RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável

REBIO - Reserva Biológica

RESEX - Reserva Extrativista

TI - Terra Indígena

UC - Unidade de Conservação
SUMÁRIO



APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 7

1 - INFORMAÇÕES TÉCNICAS .................................................................................... 8

   1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL -
   DETER............................................................................................................................. 8

   1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS
   ......................................................................................................................................... 9

2 BOLETIM - JUNHO DE 2012 ...................................................................................... 8

   2.1 DESMATAMENTO .................................................................................................. 9

   2.2 FOCOS DE CALOR ................................................................................................ 12

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 16




                                                                                                                                            7
APRESENTAÇÃO



        As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e
científicos visando diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação
antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às
queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas
de vegetação primária quanto secundária.
        Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação,
causando grandes danos sociais às populações local e regional.
        Com o avanço da tecnologia de monitoramento por satélites, hoje é possível obter
informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como o
desmatamento, graças também à popularização do uso da internet.            O Sistema de
Detecção do Desmatamento em Tempo Real - DETER e o Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério da Ciência e
Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia
brasileira.
        Objetivando contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica do
desmatamento e das queimadas no Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento
Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) passa a divulgar mensalmente em seu
site o Boletim de Desmatamento e Focos de Calor utilizando os dados disponibilizados
pelo INPE.




                                                                                        7
1 - INFORMAÇÕES TÉCNICAS


1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL -
DETER1


       O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da
Amazônia. Com o DETER, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE divulga
mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam
áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por
degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas
de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. Esse
sistema utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging
Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro
CBERS-2B do INPE.
       O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização produzindo um
mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma,
permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio
Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de
combate ao desmatamento ilegal.
       Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à
fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia.
Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens,
variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez com que o
DETER é capaz de detectar novos desflorestamentos, possibilitando gerar em um curto
período de tempo, dados para a fiscalização.
       A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns
meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas
cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de
desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de
nuvens.



1
 INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento
em Tempo Real - Metodologia.

                                                                                               8
Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de
cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de
todas as imagens utilizadas para a avaliação.
        Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador
de tendência do desmatamento anual.
        Para     obter      mais     informações        sobre     a     metodologia        consulte:
http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf




1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2


        O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para
detectar focos de queima da vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos
satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA, as imagens
dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very
High Resolution Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17,
NOAA-18 e NOAA-19).
        Dentro do universo de satélites, desde 22 de agosto de 2011, o INPE utiliza o
satélite AQUA (sensor MODIS) como “satélite de referência”. Os dados diários de focos
detectados pelo “satélite de referência” são usados para compor a série temporal ao longo
dos anos, e assim permitir a análise de tendências dos focos de uma região em
determinado período.
        Anterior ao satélite AQUA, eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e
NOAA-12 como “satélite de referência”. De maneira geral, o número de focos nas
imagens AQUA é maior aquele nas imagens NOAA-15.
        Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade
das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena
transmissora, impedindo o monitoramento das regiões norte e noroeste do País.
        Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e
do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas
comparações temporais.


2
 INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas freqüentes e A
mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php.

                                                                                                  9
Mesmo indicando uma fração do número real de focos (e de queimadas e
incêndios florestais), por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao
longo dos anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências
espaciais e temporais dos focos.
       O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o
tamanho da área queimada ou o tipo de vegetação afetada.
       Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da
internet, cerca de três horas após sua geração.
       Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de
focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”.
       Para     obter    mais      informações    sobre     a    metodologia      consulte:
http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/




                                                                                        10
2 BOLETIM - JUNHO DE 2012

       No Estado do Pará, em junho de 2012, foi detectado que o desmatamento3
alcançou uma área equivalente a 37,73 km². Em relação aos focos de calor foram
detectados 183 focos4.

             Figura 1 - Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em junho de 2012.




Fonte: Queimadas/DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.

3
    Fonte: DETER/INPE.
4
    Fonte: Queimada/INPE - satélite de referência AQUA-UMD.
                                                                                                 8
2.1 DESMATAMENTO

      Em junho de 2012, houve um total de 37,73 km² de desmatamento, com maior
concentração no município de Altamira (23,31 km2) (Tabela 1). Destaca-se o município
de Paragominas como o que menos desmatou no período, desmatamento inferior a 1 km2.


              Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município do Estado do Pará
        Município                                               Desmatamento (km2)
        Altamira                                                             23,31
        Dom Eliseu                                                             1,36
        Itaituba                                                               1,75
        Novo Progresso                                                         3,07
        Paragominas                                                            0,95
        São Félix do Xingu                                                     5,68
        Ulianópolis                                                            1,60
        Total                                                                37,73
           Fonte: DETER/INPE.
           Elaboração: Idesp.



      Nas Unidades de Conservação foi identificado desmatamento em 4,87 km² na
Terra Indígena Kayabi (Tabela 2). No entanto, não foi detectado desmatamento em
unidades de conservação, bem como em áreas especiais.

         Tabela 2 - Distribuição do desmatamento em UC por município do Estado do Pará.
        Município                       UC                        Desmatamento (Km²)
       Jacareacanga            Terra Indígena Kayabi                             4,87

      Total                                                                             4,87
           Fonte: DETER/INPE.
           Elaboração: IDESP.




                                                                                               9
Desde o ano de 2008, o desmatamento nos meses de junho vem reduzindo-se até
atingir menor intensidade em 2012. Correspondendo a apenas 7,56% do total observado
em 2008 (499,04 km²). O somatório dessas áreas corresponde a 1.147,38 km2, em todo o
período (2008-2012).

             Gráfico 1 - Comparativo5 da área total desmatada no mês de junho, de 2008 a 2012.

                                     Desmatamento Junho


          500,00
          450,00
          400,00
          350,00
          300,00
          250,00
          200,00
          150,00
          100,00
           50,00
            0,00
                                                   Total

                                   2008     2009     2010   2011     2012

Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.




5
    Informação não diponível no banco de dados do DETER. Idesp.
                                                                                                 10
Figura 2 - Mapa de localização do desmatamento no Estado do Pará em junho de 2012




Fonte: Desmatamento DETER/INPE
Elaboração: IDESP




                                                                                            11
2.2 FOCOS DE CALOR



       Em junho ocorreram 183 focos de calor. Registrou-se o maior número nos
municípios de Santa Maria das Barreiras (27), Dom Eliseu (14), Santana do Araguaia
(11) e Ulianópolis (10), conforme mostra a Tabela 3. O restante dos municípios
apresentaram focos de calor entre 1 e 9 ocorrências.

            Tabela 3 - Distribuição dos focos de calor nos municípios do Estado do Pará.
           Município                                                         Focos (nº)
           Alenquer                                                                   1
           Almeirim                                                                   7
           Augusto Corrêa                                                             2
           Aveiro                                                                     1
           Bujaru                                                                     1
           Cachoeira do Arari                                                         1
           Cametá                                                                     5
           Canaã dos Carajás                                                          3
           Capitão Poço                                                               1
           Conceição do Araguaia                                                      4
           Concórdia do Pará                                                          1
           Cumaru do Norte                                                            4
           Curionópolis                                                               2
           Curralinho                                                                 1
           Dom Eliseu                                                               14
           Eldorado dos Carajás                                                       4
           Floresta do Araguaia                                                       8
           Garrafão do Norte                                                          1
           Ipixuna do Pará                                                            4
           Itaituba                                                                   2
           Marabá                                                                     2
           Moju                                                                       4
           Novo Progresso                                                             1
           Óbidos                                                                     8
           Oriximiná                                                                  9
           Paragominas                                                                8
           Parauapebas                                                                7
           Portel                                                                     4
           Prainha                                                                    1
           Rio Maria                                                                  1
           Rondon do Pará                                                             4
           Santa Luzia do Pará                                                        1

                                                                                           12
Santa Maria das Barreiras                                                   27
             Santana do Araguaia                                                         11
             Santarém                                                                     2
             São Félix do Xingu                                                           4
             São Geraldo do Araguaia                                                      2
             Sapucaia                                                                     2
             Terra Alta                                                                   1
             Terra Santa                                                                  2
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             Tracuateua                                                                   1
             Ulianópolis                                                                 10
             Uruará                                                                       1
             Viseu                                                                        1
             Total geral                                                                183
            Fonte: Queimadas/INPE.
            Elaboração: IDESP.


        Detectou-se 28 focos de calor em Unidades de Conservação (UC), Terras
Indígenas (TI) e Áreas Especiais, com maior concentração na Terra Indígena
Tumucumaque, município de Oriximiná, onde registrou-se 7. A grande maioria das
unidades apresentou entre 1 e 3 focos de calor no período, conforme mostra a Tabela 4.

 Tabela 4 - Distribuição dos focos de calor em UC, TI e áreas especiais nos municípios do Estado do Pará.
         Município                    UC's T.I e ÁREAS ESPECIAIS                        Focos (nº)
      Cachoeira do Arari                 APA Arquipélago do Marajó                          1
                                            AEM ERM Brasil Ltda                             3
       Canaã dos Carajás
                                        Buffer interno Flona de Carajás                     1
       Cumaru do Norte                             T.I Kayapó                               3
         Curionópolis                       AEM ERM Brasil Ltda                             2
          Curralinho                     APA Arquipélago do Marajó                          1
     Eldorado dos Carajás                   AEM ERM Brasil Ltda                             1
           Marabá                           AEM ERM Brasil Ltda                             2
                                    Buffer externo Flona de Saracá-Taquera                  1
           Oriximiná
                                               T.I Tumucumaque                              7
           Prainha                              Resex Renascer                              1
     Santa Luzia do Pará                      T.I Alto Rio Guamá                            1
  São Geraldo do Araguaia            PE Serra dos Martírios/Andorinhas                      2
         Tracuateua                      Resex Marinha de Tracuateua                        1
            Viseu                       Resex Marinha de Gurupi-Piriá                       1
  Total                                                                                    28
Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: Idesp.




                                                                                                       13
Ao comparar o número de focos, em junho, com o mesmo período de 2011, houve
aumento de 174,29%, visto que no último registrou-se um total de 105 focos de calor no
Estado do Pará. Destaca-se que o número de focos, registrados atualmente, foi o maior já
detectado entre os anos analisados (Gráfico 2). A Figura 3 ilustra os pontos de localização
dos desmatamentos, bem como dos focos de calor, identificados no Estado do Pará.

Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de junho, de 2009 a 2012, no Estado do Pará.

                                           Focos Junho



      200
      180
      160
      140
      120
      100
       80
       60
       40
       20
        0
                                             Total

                                      2009    2010     2011    2012

Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: Idesp.




                                                                                                      14
Figura 3 - Mapa de localização dos focos de calor no Estado do Pará em junho de 2012.




Fonte: Queimadas/INPE
Elaboração: IDESP




                                                                                                15
REFERÊNCIAS



BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente.
Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em
<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 09 de abril. 2012.

_______. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2011. Disponível em
<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 09 de abril. 2012.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento
em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de
abril 2012.

_______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2011.
Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de abril 2012.




                                                                                 16

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Boletim focos calor e desmatamento Pará 2012

  • 1. BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E DESMATAMENTO Número 12 – Junho – 2012
  • 2. Governo do Estado do Pará Simão Robison Oliveira Jatene Governador Helenilson Cunha Pontes Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Maria Adelina Guglioti Braglia Presidente Cassiano Figueiredo Ribeiro Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Sérgio Castro Gomes Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Jonas Bastos da Veiga Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Elaine Cordeiro Felix Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
  • 3. BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E DESMATAMENTO
  • 4. Expediente Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais : Jonas Bastos da Veiga Coordenação Técnica de Estudos e Pesquisas Ambientais: Andréa dos Santos Coelho Elaboração Técnica: Andréa dos Santos Coelho Camila da Silva Pires Maicon Silva Farias Colaboração: Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes Revisão: Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim Normalização: Adriana Taís G. dos Santos Boletim de focos de calor e desmatamento, 2012. Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012. Mensal 19 p. (Análise Idesp, 6) 1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará (Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará. I.Série CDD 363.78115
  • 5. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS APA - Área de Proteção Ambiental DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real ESEC - Estação Ecológica. FE - Floresta Estadual FLONA - Floresta Nacional IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis. INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais MODIS - Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer PARNA - Parque Nacional PE - Parque Estadual RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável REBIO - Reserva Biológica RESEX - Reserva Extrativista TI - Terra Indígena UC - Unidade de Conservação
  • 6. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 7 1 - INFORMAÇÕES TÉCNICAS .................................................................................... 8 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER............................................................................................................................. 8 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS ......................................................................................................................................... 9 2 BOLETIM - JUNHO DE 2012 ...................................................................................... 8 2.1 DESMATAMENTO .................................................................................................. 9 2.2 FOCOS DE CALOR ................................................................................................ 12 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 16 7
  • 7. APRESENTAÇÃO As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e científicos visando diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas de vegetação primária quanto secundária. Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação, causando grandes danos sociais às populações local e regional. Com o avanço da tecnologia de monitoramento por satélites, hoje é possível obter informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como o desmatamento, graças também à popularização do uso da internet. O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real - DETER e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia brasileira. Objetivando contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica do desmatamento e das queimadas no Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) passa a divulgar mensalmente em seu site o Boletim de Desmatamento e Focos de Calor utilizando os dados disponibilizados pelo INPE. 7
  • 8. 1 - INFORMAÇÕES TÉCNICAS 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER1 O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da Amazônia. Com o DETER, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE divulga mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. Esse sistema utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro CBERS-2B do INPE. O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização produzindo um mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma, permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de combate ao desmatamento ilegal. Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens, variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez com que o DETER é capaz de detectar novos desflorestamentos, possibilitando gerar em um curto período de tempo, dados para a fiscalização. A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de nuvens. 1 INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento em Tempo Real - Metodologia. 8
  • 9. Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de todas as imagens utilizadas para a avaliação. Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador de tendência do desmatamento anual. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2 O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para detectar focos de queima da vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA, as imagens dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very High Resolution Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18 e NOAA-19). Dentro do universo de satélites, desde 22 de agosto de 2011, o INPE utiliza o satélite AQUA (sensor MODIS) como “satélite de referência”. Os dados diários de focos detectados pelo “satélite de referência” são usados para compor a série temporal ao longo dos anos, e assim permitir a análise de tendências dos focos de uma região em determinado período. Anterior ao satélite AQUA, eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e NOAA-12 como “satélite de referência”. De maneira geral, o número de focos nas imagens AQUA é maior aquele nas imagens NOAA-15. Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena transmissora, impedindo o monitoramento das regiões norte e noroeste do País. Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas comparações temporais. 2 INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas freqüentes e A mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php. 9
  • 10. Mesmo indicando uma fração do número real de focos (e de queimadas e incêndios florestais), por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências espaciais e temporais dos focos. O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o tamanho da área queimada ou o tipo de vegetação afetada. Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da internet, cerca de três horas após sua geração. Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/ 10
  • 11. 2 BOLETIM - JUNHO DE 2012 No Estado do Pará, em junho de 2012, foi detectado que o desmatamento3 alcançou uma área equivalente a 37,73 km². Em relação aos focos de calor foram detectados 183 focos4. Figura 1 - Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em junho de 2012. Fonte: Queimadas/DETER/INPE. Elaboração: IDESP. 3 Fonte: DETER/INPE. 4 Fonte: Queimada/INPE - satélite de referência AQUA-UMD. 8
  • 12. 2.1 DESMATAMENTO Em junho de 2012, houve um total de 37,73 km² de desmatamento, com maior concentração no município de Altamira (23,31 km2) (Tabela 1). Destaca-se o município de Paragominas como o que menos desmatou no período, desmatamento inferior a 1 km2. Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município do Estado do Pará Município Desmatamento (km2) Altamira 23,31 Dom Eliseu 1,36 Itaituba 1,75 Novo Progresso 3,07 Paragominas 0,95 São Félix do Xingu 5,68 Ulianópolis 1,60 Total 37,73 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: Idesp. Nas Unidades de Conservação foi identificado desmatamento em 4,87 km² na Terra Indígena Kayabi (Tabela 2). No entanto, não foi detectado desmatamento em unidades de conservação, bem como em áreas especiais. Tabela 2 - Distribuição do desmatamento em UC por município do Estado do Pará. Município UC Desmatamento (Km²) Jacareacanga Terra Indígena Kayabi 4,87 Total 4,87 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. 9
  • 13. Desde o ano de 2008, o desmatamento nos meses de junho vem reduzindo-se até atingir menor intensidade em 2012. Correspondendo a apenas 7,56% do total observado em 2008 (499,04 km²). O somatório dessas áreas corresponde a 1.147,38 km2, em todo o período (2008-2012). Gráfico 1 - Comparativo5 da área total desmatada no mês de junho, de 2008 a 2012. Desmatamento Junho 500,00 450,00 400,00 350,00 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 Total 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. 5 Informação não diponível no banco de dados do DETER. Idesp. 10
  • 14. Figura 2 - Mapa de localização do desmatamento no Estado do Pará em junho de 2012 Fonte: Desmatamento DETER/INPE Elaboração: IDESP 11
  • 15. 2.2 FOCOS DE CALOR Em junho ocorreram 183 focos de calor. Registrou-se o maior número nos municípios de Santa Maria das Barreiras (27), Dom Eliseu (14), Santana do Araguaia (11) e Ulianópolis (10), conforme mostra a Tabela 3. O restante dos municípios apresentaram focos de calor entre 1 e 9 ocorrências. Tabela 3 - Distribuição dos focos de calor nos municípios do Estado do Pará. Município Focos (nº) Alenquer 1 Almeirim 7 Augusto Corrêa 2 Aveiro 1 Bujaru 1 Cachoeira do Arari 1 Cametá 5 Canaã dos Carajás 3 Capitão Poço 1 Conceição do Araguaia 4 Concórdia do Pará 1 Cumaru do Norte 4 Curionópolis 2 Curralinho 1 Dom Eliseu 14 Eldorado dos Carajás 4 Floresta do Araguaia 8 Garrafão do Norte 1 Ipixuna do Pará 4 Itaituba 2 Marabá 2 Moju 4 Novo Progresso 1 Óbidos 8 Oriximiná 9 Paragominas 8 Parauapebas 7 Portel 4 Prainha 1 Rio Maria 1 Rondon do Pará 4 Santa Luzia do Pará 1 12
  • 16. Santa Maria das Barreiras 27 Santana do Araguaia 11 Santarém 2 São Félix do Xingu 4 São Geraldo do Araguaia 2 Sapucaia 2 Terra Alta 1 Terra Santa 2 Tomé-Açu 2 Tracuateua 1 Ulianópolis 10 Uruará 1 Viseu 1 Total geral 183 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: IDESP. Detectou-se 28 focos de calor em Unidades de Conservação (UC), Terras Indígenas (TI) e Áreas Especiais, com maior concentração na Terra Indígena Tumucumaque, município de Oriximiná, onde registrou-se 7. A grande maioria das unidades apresentou entre 1 e 3 focos de calor no período, conforme mostra a Tabela 4. Tabela 4 - Distribuição dos focos de calor em UC, TI e áreas especiais nos municípios do Estado do Pará. Município UC's T.I e ÁREAS ESPECIAIS Focos (nº) Cachoeira do Arari APA Arquipélago do Marajó 1 AEM ERM Brasil Ltda 3 Canaã dos Carajás Buffer interno Flona de Carajás 1 Cumaru do Norte T.I Kayapó 3 Curionópolis AEM ERM Brasil Ltda 2 Curralinho APA Arquipélago do Marajó 1 Eldorado dos Carajás AEM ERM Brasil Ltda 1 Marabá AEM ERM Brasil Ltda 2 Buffer externo Flona de Saracá-Taquera 1 Oriximiná T.I Tumucumaque 7 Prainha Resex Renascer 1 Santa Luzia do Pará T.I Alto Rio Guamá 1 São Geraldo do Araguaia PE Serra dos Martírios/Andorinhas 2 Tracuateua Resex Marinha de Tracuateua 1 Viseu Resex Marinha de Gurupi-Piriá 1 Total 28 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: Idesp. 13
  • 17. Ao comparar o número de focos, em junho, com o mesmo período de 2011, houve aumento de 174,29%, visto que no último registrou-se um total de 105 focos de calor no Estado do Pará. Destaca-se que o número de focos, registrados atualmente, foi o maior já detectado entre os anos analisados (Gráfico 2). A Figura 3 ilustra os pontos de localização dos desmatamentos, bem como dos focos de calor, identificados no Estado do Pará. Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de junho, de 2009 a 2012, no Estado do Pará. Focos Junho 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Total 2009 2010 2011 2012 Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: Idesp. 14
  • 18. Figura 3 - Mapa de localização dos focos de calor no Estado do Pará em junho de 2012. Fonte: Queimadas/INPE Elaboração: IDESP 15
  • 19. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 09 de abril. 2012. _______. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2011. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 09 de abril. 2012. BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de abril 2012. _______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2011. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de abril 2012. 16