O documento discute a dengue, uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Apresenta os sintomas da dengue clássica e da febre hemorrágica da dengue, assim como o ciclo de vida do vírus, modo de transmissão, tratamento e medidas preventivas como a eliminação de depósitos de água parada para evitar a proliferação do mosquito.
1. IFPE – INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Anielly Cavalcanti
Denes Glawco
Maria Natalia Vasconcelos
Nathália Maciel
Processos Infecciosos e Parasitários
e
Educação Ambiental Sanitária
PESQUEIRA, FEVEREIRO DE 2012
2. IFPE – INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Anielly Cavalcanti
Denes Glawco
Maria Natalia Vasconcelos
Nathália Maciel
Dengue
Trabalho apresentado sob à
coordenação do professor Carlos
Henrique nas disciplinas de Processos
Infecciosos e Parasitários e Educação
Ambiental e Sanitária sobre a Dengue
FEVEREIRO DE 2012
3. Introdução
Dengue é uma doença infecciosa febril aguda, podendo ser de curso benigno
ou grave, classificando-se em dois tipos: o dengue clássico (DC) febre hemorrágica da
dengue (FHD). Sendo um mal que acarreta grandes problemas na saúde publica no
mundo, ocorrendo principalmente nos países de clima tropical, onde as condições do
meio ambiente são favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes
Aegypti. A primeira manifestação é a febre, geralmente alta de 39°C à 40°C associada a
cefaléia, adinamia, mialgia, anorexia, náusea vomito e diarréia, alguns pacientes podem
evoluir para formas graves e passam a apresentar sintomas alarmantes como, vômitos
importantes, dor abdominal intensa, desconforto respiratório e hepatomegalia dolorosa.
4. Dengue Clássico (DC)
Alguns aspectos clínicos dependem da idade do paciente. Deste modo, dor
abdominal generalizada tem sido observada mais frequentemente entre crianças e
manifestações hemorrágica como epistaxe e gengivorragia tem sido relatada geralmente
em adultos. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias. (MINISTÉRIO DA SAÚDE
2005)
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD)
Os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém há um agravamento
do quadro, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapsos circulatórios.
A Organização Mundial da Saúde definiu um critério de classificação das
formas de FHD, em 4 categorias, de acordo com o grau de gravidade:
• Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única
manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;
• Grau II – além das manifestações constantes do Grau I, somam-se
hemorragias espontâneas (sangramentos de pele, epistaxe, gengivorragia e outras);
• Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da
pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;
• Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis
(síndrome do choque da dengue).
O vírus da dengue
É um vírus RNA do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae,
constituído por um nucleocapsídeo envolvido por uma bicamada lipídica, derivada de
membranas da célula hospedeira, a qual é caracterizada pela presença de proteínas não
estruturais que são ativadas somente durante a replicação viral.
Modo de Transmissão
A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo ser
humano - Aedes aegypti - ser humano. Após um repasto de sangue infectado, o
mosquito está apto a transmitir o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca.
5. A transmissão da dengue ao homem geralmente ocorre em zonas urbanas,
durante o dia devido aos hábitos diurnos desses mosquitos, através da picada da fêmea
infectada. Após a pessoa receber a picada infectante, o vírus passa por um período de
incubação intrínseco, o qual pode variar de 3 a 14 dias ate que ocorra o aparecimento
dos sintomas. Posteriormente, esses indivíduos se tornam infectantes para o Ae. aegypti
nos primeiros dias da doença, ou seja, durante o período de viremia, sendo este de até 5
dias.
O Aedes Aegypti faz sua oviposição em depósitos em depósitos artificiais de
água, tais com: pneus, tonéis, latas, tanques, barris, vasos de plantas e entre outros
depósitos que acumulem água parada.
Período de incubação
Durante o período de incubação, ocorre a replicação que acontece nas seguintes
fazes:
01- Adsorção (quando o vírus se adere à membrana da célula);
02- Penetração do nucleocapsídeo com o RNA;
03- Destruição do nucleocapsídeo e liberação do RNA viral;
04- Penetração do RNA viral no núcleo celular;
05- Replicação do RNA viral;
06- Produção de proteínas para a formação dos nucleocapsídeos;
07- Incorporação do RNA no nucleocapsídeo formando vários vírus;
08- Lise celular (rompimento da célula) e o vírus se apropria da membrana da
célula infectada.
Tratamento
Dengue clássico (DC): o tratamento é sintomático (analgésicos) e pode ser
feito no domicílio. Indica-se hidratação oral com o aumento da ingestão de
água, sucos, chás, soros caseiros e etc. Não devem ser usados
medicamentos com ou derivados do acido acetilsalicílico e anti-
inflamatórios não hormonais, por aumentar o risco de hemorragia.
Febre hemorrágica da dengue (FHD): existe uma progressão do DC para o
FHD, quando identificado os sintomas do FHD levar o paciente ao hospital
6. para tratamento adequado e também melhor eficiência em ações contra uma
síndrome do choque da dengue.
Como Evitar
As atividades de rotina têm como principal função reduzir os criadouros do
mosquito, empregando-se preferencialmente métodos mecânicos. Os
reservatórios das larvas devem ser destruídos, descartados, cobertos ou
manipulados de forma que se tornem incapazes de permitir a reprodução do
vetor.
7. Conclusão
Com base nos estudos realizados conclui-se que a dengue é uma doença
infecciosa causada por um vírus RNA e transmitida pelo mosquito Aedes
Aegypti, acontecendo abruptamente, ou seja, em grande velocidade de
desenvolvimento, deixando claro que se não for feito um tratamento poderá
evoluir para uma forma mais grave, conhecida como dengue hemorrágica.
Por isso devesse tomar precauções para que a mesma não se torne uma
epidemia, ou até mesmo para que não haja o contagio da mesma, não
deixando depósitos de água parada, pois é nela que o mosquito transmissor
deposita seus ovos e larvas.