1. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Paganismo na Era Viking
História da Arte e Estética 1
Professora: Vanda Arantes do Vale
Aluno: Igor Dias Domingues de Souza
Juiz de Fora - Novembro de 2014
2. • “ A religiosidade nórdica era de natureza
tolerante, sem fanatismos nem adoração
estremada. Foi fruto de uma sociedade
profundamente rural, realista e pragmática,
que concedia privilégio a uma magia
determinista.” - Johni Langer
3. Sociedade Escandinava durante a Era
Viking
• Segundo a balada Rigsthula, contída no Codex Régius, a sociedade Escandinava de meados do
século IX era composta por 3 classes principais e hereditárias.
Järls: Chefes guerrreiros e aristocratas. Desse nome
se deriva a palavra inglesa para duque (earl).
Deviam lealdade a um Rei.
Karls: Fazendeiros e homens livres (como
ferreiros e músicos)
Thrals: Escravos de guerra.
• Essa ordem não era tão rígida. De forma que um fazendeiro poderia tornar-se um chefe local.
• Na Islândia, a estrutura social não dependia da existência de um Rei, e a base eram os
fazendeiros e homens livres, devido à sua colonização realizada por fazendeiros vindos da
Noruega e seu governo determinado pela Althing (assembleia de todos), na qual os Järls de
cada região se reuniam. Uma espécie de parlamento.
• A criação e a execução de leis bem como as decisões administrativas, se davam na Ting (ou
Thing) uma assembléia onde todos, com exceção dos escravos, tinham direito à queixar-se e
reivindicar seus direitos.
5. Alguns Deuses e Deusas
• Odin: Deus das guerras e dos nobres. Deus da magia e sabedoria.
• Thor: Deus do Trovão, protetor da terra dos homens, Deus dos
trabalhadores, o Carvalho.
• Freyja: Deusa da fertilidade, da magia, da beleza e da
prosperidade.
• Frey: Irmão de Freyja, Deus da fertilidade, da beleza e das
linhagens reais.
• Loki: Deus caótico, mas não necessariamente mau. Causa
desavenças, mas as repara a maior parte das vezes.
7. Espiral
Símbolo da viagem da alma, após a
morte, pelos caminhos desconhecidos
até chegar à morada dos deuses.
Símbolo ligado ao êxtase e
embriagues inerentes ao culto odínico.
Motivos em espiral, estela de Bro I, Gotland, Suécia, período pré-
viking.Fonte: Allan, 2006: 103.
8. Valknut ou Coração de Hrungnir
Valknut, trefot, águia, corvos, sacrifício humano. Detalhe da estela de Hammar I,25 Gotland, Suécia, séc. VIII-IX. Fonte: Langer, 2003.
Símbolo de ligamento ou conexão entre as deidades, o cosmos e o destino
humano. Símbolo atribuído a Odin como Pai dos enforcados e Deus sacrificial, é
como um nó que deve ser atado ou desatado pelo Deus para decidir entre a
morte e a vida do indivíduo.
9. Mjölnir
Mjöllnir de
Odeshog, Suécia,
séc. X. Fonte:
http://www.lokis-
mythologie.de/Mjo
ellnir.html
Mjöllnir de
Bredsätra, Suécia,
séc. X. Fonte:
Haywood, 2000:
131.
Mjöllnir de Skåne, Suécia,
séc. X. Fonte: Haywood,
2000: 131.
É o Martelo de Thor, podemos caracterizar o martelo de Thor em três
significados principais: como instrumento ritual e mágico: o martelo
consagra nascimentos, casamentos, mortes, funerais, juramentos;
assegura propriedades; consagra a terra e a propriedade; propicia a
ressurreição e a fertilidade da vida; símbolo fálico; marca de fronteira;
usado para localizar ladrões; como arma: ele defende o mundo, os deuses
e os homens contra as forças do caos; como instrumento: o martelo
protege contra os elementos naturais.
10. Culto
• Culto descentralizado, não unificado. Apresentando variações de região para região, de cidade
para cidade. Tribalismo.
• Não há construções específicas para o fim religioso. O culto ocorria na casa, nos salões dos
líderes locais ou no ambiente externo.
• Era feito com brindes e sacrifícios em honra aos Deuses, banquetes e danças.
• Atualmente, o paganismo escandinavo é uma religião em reconstrução e este reconstrucionismo
é conhecido como Asatrú (Fé nos Áesir) ou Odinismo. Mantiveram-se os festins e os brindes,
mas acabaram-se, em grande parte, os sacrifícios.
11. Bibliografia
• DAVIDSON, Hilda Roderick Ellis. Deuses e mitos do norte da Europa. Tradução de Marcos Malvezzi Leal. São Paulo: Madras,
2004, 222 p.
• LANGER, J. Revelando a religiosidade viking. Revista Saeculum. João Pessoa: 2005. p. 167-171
• LANGER, J. História e memória dos vikings. Revista Saeculum. João Pessoa: 2010, p. 147-152
• FUNARI, Pedro Paulo. As religiões que o mundo esqueceu. São Paulo: Editora Contexto, 2009, p.130-143
• LANGER, J. Os vikings e o estereótipo dos bárbaros no ensino de história. História & Ensino. Londrina, 2002, p.85-98
• LANGER, J. Pagãos e cristãos na escandinávia da era viking: uma análise do episódio de conversão na njáls saga. Revista
Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano IV, n. 10, Maio 2011 - ISSN 1983-2850 http://www.dhi.uem.br/gtreligiao
/index.html
• AYOUB, Munir Lutfe. Salões de Cultos e Banquetes: A Compreensão dos Espaços Escandinavos. Revista Crítica Histórica.
2013, p.99-113
• LANGER, J. Símbolos religiosos dos vikings: guia iconográfico. História, imagem e narratica. 2010, 28 p.
• http://www.hurstwic.org/history/articles/daily_living/text/clothing.htm
• PAXSON, Diana L. Asatrú: um guia essencial para o paganismo nórdico. São Paulo: Editora Pensamento, 2009, 208 p.
• HOLLANDER, Lee M. The poetic edda. Austin: University os Texas Press, 1962, 343 p.