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6- Poluição e Remediação de sistemas aquáticos




Fontes de poluição em sistemas aquáticos e seus efeitos
Necessário distinguir poluição provocada por actividades humanas e por fenómenos
naturais:
 Poluição natural (erupções vulcânicas, oxidação natural da pirite)  adequam-se à
evolução natural dos ecossistemas naturais
 poluição antrópica  rápida, persistente, efeitos mais devastadores


Fontes de poluição:
 Fontes naturais
 Fontes difusas  mais difíceis de identificar e eliminar. Medidas de
recuperação mais dispendiosas ; requerem gestão mais prolongada e perfeita
coordenação de medidas a nível da bacia hidrográfica
6.1 – Poluição por metais pesados




1. A presença de metais contaminantes em sedimentos de sistemas lacustres pode
   apresentar especiais problemas;
2. Causas para os seus elevados teores nestes meios  embora ocorram em pequenas
   concentrações na litosfera, a acção do homem pode aumentar perigosamente os
   seus teores nestes sistemas:
 Mobilização e extracção de combustíveis fósseis
 Mineração
 Actividades agrícolas e industriais

3. Os sistemas lacustres  um dos últimos receptáculos para os elementos pesados
   descarregados nos ambientes aquáticos. As características apresentadas pela
   maioria dos sedimentos (elevados teores de argila, de minerais argilosos e de óxidos
   de ferro, alumínio e manganês)  intensas fixações dos elementos tóxicos
   (processos de adsorção, precipitação e co-precipitação)  evitando a sua passagem
   para a fase solúvel;
4. Perigo  dificuldade na avaliação do grau de poluição dos sedimentos:
(1) Fácil diluição na coluna de água  condições químicas do meio
(2) Flutuações biológicas ao longo do tempo e da profundidade
(3) Amostragem e procedimentos laboratoriais  perca por mudanças de
    condições químicas

5. Dificuldade em se estabelecerem valores de referência para a concentração de
    metais na água
 Quase todas as bacias têm intervenção do Homem
 Na maior parte das regiões do Globo o fallout atmosférico é influenciado pela
    actividade humana
6. Sob condições ácidas (climas tropicais)  metais adsorvidos facilmente
libertados  solução  a maioria dos metais pesados têm maior
mobilidade sob condições ácidas;

7. Sedimentos destes sistemas (características redutoras)  o potencial
redox (Eh) pode afectar a mobilidade dos metais, geralmente, associado ao
pH: A) Os elementos classificados como micronutrientes (Fe, Mn) são
geralmente mais solúveis quando em estado reduzido; B) Os elementos
mais tóxicos sendo móveis em condições oxidantes, quando se encontram
em meio redutor, precipitam.

8. Correcta resolução destes problemas  conhecimento sobre os factores
que poderão mobilizar e imobilizar os metais nos sedimentos, de forma a
decidir quais as melhores possibilidades de remediação.
Ciclo aquático do Hg em sistemas aquáticos. Efeitos da interacção da chuva ácida e
chuva com Hg. Chuva ácida estimula o subciclo do MeHg  contaminação
Os sedimentos como indicadores da poluição dos sistemas

                                               Cores de sedimentos  informação
                                               sobre os eventos decorrentes ao
                                               longo do tempo no rio/lago e na
                                               bacia de drenagem, ao longo do
                                               tempo

                                                   História da poluição de
                                                   um sistema

                                                                Distribuição vertical
                                                                dos metais pesados
                                                                em perfis de cores 
                                                                a influência do
                                                                Homem ao longo do
                                                                tempo.
                                                                Valores mais elevados
                                                                no topo
Remediação de sistemas contaminados
                                  Técnicas de remediação:
                                  1. aumento/diminuição do pH,
                                  2. modificação das condições de oxidação e
                                     redução,
                                  3. complexação orgânica e inorgânica
                                  4. mediação microbiológica
                                  5. Dragagem dos sedimentos contaminados
                                  Elemento mais complexo  Hg
                                  Principal fonte nos lagos  deposição
                                  atmosféria proveniente de emissões
                                  antropogénicas

                                  Não existe consenso sobre qual o tempo após
                                  um controle nas emissões gasosas, em que
                                  existe um efeito mensurável no nível de
                                  contaminação
                                   2. Incerteza sobre a responsabilidade dos
1. Incerteza sobre o efeito        lagos a mudanças de deposição  solos +
relativo de fontes regionais e     sedimentos – enormes reservatórios de Hg
globais de Hg sobre uma            desde décadas  remobilização poderá levar
deposição local de Hg              décadas ou séculos
Remediação de sistemas contaminados
                                          A dragagem dos sedimentos para diminuição
                                          dos teores de elementos metálicos é uma
                                          solução a desencorajar  modificações das
                                          condições ambientais que poderão levar ao
                                          aumento da sua mobilidade e
                                          biodisponibilidade.
                                          Condições redutoras  condições oxidantes
                                                       Fe, Mn, Cd, Hg        processos de
                                                                             fixação não
                                                        < solubilidade       irreversíveis
                                                          Zn, Cu, Pb
                                                        > solubilidade
Solução mais prudente: a solução de
dragagem só deverá ser aplicada após se     Minorização do problema: o estado mais
conhecer se os níveis dos elementos         oxidado destes elementos, embora mais
metálicos que aumentam a solubilidade       solúvel, é geralmente um estado menos
em condições oxidantes, se encontra         tóxico.
abaixo dos níveis considerados tóxicos.
6.2 – Poluição por acidificação

1) Fontes da acidificação

  Precipitação

 Chuva natural  fracamente acidificada por carbono atmosférico  ácido carbónico
 Águas naturais  dominadas por carbonatos solúveis (únicos minerais das rochas/
 sedimentos facilmente dissolvidos por água da chuva

Chuva ácida  excesso de SO2, NOx e NH3 na
atmosfera
SO2 e NOx  combustão de carvão e petróleo,
gases de veículos, gases industriais
NO3  Agricultura intensiva

 Entrada de substância ácidas na bacia
(fontes naturais e antrópicas)
 Diminuição do pH e ineficácia do sistema
 tampão dos carbonatos
Acidificação  Diminuição do pH +
 Aumento da concentração de sólidos dissolvidos (sulfatos) nas águas de drenagem
 Mobilização de metais potencialmente tóxicos
 Perda de diversidade biológica


    Proibição do uso da água para irrigação, pesca, aquacultura, consumo humano
A) Meteorização da pirite
Ácidos de origem litológica libertados por (1) meteorização natural ou (2) processos
induzidos por mineração ou agricultura
                                          Pirite (FeS2) é estável em ambientes anóxicos
                                                     Mineração
                                        Contacto com o ar  oxidação (acelerada por
                                        bactérias oxidantes de Fe e S)
                                       FeS2 + 7/2O2 + H2O   Fe2+ + 2SO42- + 2H+
                                       Fe2+ + ¼ O2 + H+   Fe3+ + ½ H2O
                                       Fe3+ + 3H2O  Fe(OH)3 + 3H+

                                       FeS2 + 14Fe3+ + 8H2O  15Fe2+ + 2SO42- + 16H+
Drenagem ácida




 B) Drenagem de solos sulfatados ácidos

Depósitos sedimentares com águas ricas em sulfato misturadas com compostos orgânicos
Decomposição de compostos orgânicos  redução do SO42- e Fe3+  Pirite (FeS2)
                                Oxidação (mobilização por agricultura)
                                         (abaixamento das toalhas freáticas)

                                                     Drenagem ácida
2) Química das águas ácidas e mecanismos tampão

 Entrada directa dos ácidos nos sistemas aquáticos  diminuição do pH 
acidificação
 Entrada indirecta dos ácidos nos sistemas aquáticos

                                                Contacto entre a fase sólida do solo e os
     Passagem pelos solos e subsolo             ácidos  mecanismos tampão (reacções
                                                de consumo de protões)
        Dissolução de minerais

1. Mecanismo tampão com carbonatos e ácidos carbónicos -
CaCO3 + 2H+  Ca2+ + CO2 + H2O     Sistema ácido carbónico
CaCO3 + H+  Ca2+ + HCO3-
CO32- + H+ HCO3-
HCO3- + H+  H2CO3
H2CO3  CO2 + H2O

2. Mecanismo tampão com silicatos
Dissolução do Feldspato : KAlSi3O8 + 7H2O + H+  Al(OH)3 + 3H4SiO4 + K+
                           2KAlSi3O8 + 9H2O + 2H+  Al2Si2O5 (OH)4 + 4H4SiO4 + 2K+

Dissolução da argila: Al2Si2O5 (OH)4 + 6H+  2 Al3+ + 2H4SiO4 + H2O
3. Mecanismo tampão com óxidos e hidróxidos pedogénicos
Sistema Alumínio: Al(OH)3 + H+  Al(OH)2+ + H2O
                   Al(OH)2+ + H+  AlOH2+ + H2O
                   AlOH2+ + H+  Al3+ + H2O

Sistema Ferro: Fe(OH)3 + H+  Fe(OH)2+ + H2O
                Fe(OH)2+ + H+  FeOH2+ + H2O
                FeOH2+ + H+  Fe3+ + H2O



4. Mecanismo tampão por troca iónica
         X – K + H+  X – H – K+

5. Mecanismo tampão por protonização de substâncias húmicas
         R – COO- + H+  RCOOH
3- Remediação e Recuperação de sistemas ácidos

1. Controlo da acidificação atmosférica de solos, rios e lagos
 Redução das emissões de gases e fumos (reduções desde as últimas 2 décadas)
 Aumento do pH por adição de calcário em suspensão  remediação química seguida
   de uma resposta biológica
   Resposta das águas superficiais à calagem  rápida
   Resposta dos solos à calagem  lenta




2. Remediação da drenagem ácida
 Medidas preventivas  restrição das actividades mineiras
 Tratamento directo das águas poluídas
 neutralização por adição de químicos alcalinos
Tratamento passivo com uso de reacções naturais geoquímicas e biológicas para
redução da acidez e concentração de iões
 Tratamento in situ dos lagos ácidos
3. Remediação de solos sulfatados ácidos  processo complexo
 Redução e controlo da drenagem artificial, diminuindo o acesso do O2 aos leitos
sulfídricos
 Tratamento das águas de drenagem ácida dos solos sulfatados por adição de
químicos alcalinos e tratamento passivo com uso de reacções naturais geoquímicas e
biológicas para redução da acidez e concentração de iões
6.3 – Poluição por organismos patogénicos e toxinas

                                                     Substâncias biológicas e químicas
                                                     reduzem o uso benéfico das águas
                                                     interiores  ameaça para
                                                     humanos, vida animal
                                                     Fontes: (1) pontuais (descarga
                                                     directa para o sistema, possíveis de
                                                     identificar) e (2) transportadas para
                                                     os sistemas por precipitação,
                                                     escorrências (difíceis de identificar
                                                     e controlar)

Patogénicos e toxinas entram nos sistemas aquáticos  destino determinado pelas
condições do meio e natureza do patogénico/toxina


  Sedimentos

   Barreira protectora da irradiação solar, das temperaturas extremas, das condições
  salinas  possibilitam a estes microrganismos uma maior sobrevivência e
  crescimento  Abundância de populações microbianas > populações na coluna de
  água
 Facilidade de adsorção dos micróbios nas partículas dos sedimentos  transporte
em suspensão pela bacia de drenagem
 Patogénicos acumulados nos sedimentos  resuspensão na coluna de água 
elevado teor de poluição

Remediação e recuperação de ambientes contaminados

1. Medidas preventivas : controlo na
   disposição de desperdícios, drenagens,
   lançamento de efluentes nos sistemas
   aquáticos, monitorização de tanques
   sépticos, minimização do uso de fertilizantes
   e pesticidas, etc.
2. Purificação da água de consumo 
   combinação de tratamentos
 Fervura (não remove matéria particulada e
   contaminantes químicos)
 Filtração (eficiente na remoção de matéria
   particulada, contaminantes biológicos e
   químicos – utilização omediata)
 Tratamentos químicos – cloritização,
   ioditização e agentes oxidantes (eficazes no
   tratamento de vírus e bactérias)
6.4. Poluição por excesso de nutrientes - eutrofização nos lagos

Os lagos são classificados em oligotróficos ou eutróficos consoante a concentração de
nutrientes e a produtividade de matéria orgânica. Trófico  nutrição
                                             Lagos oligotróficos – têm baixa concentração
                                             de nutrientes como P e N. A escassez de
                                             nutrientes significa a existência de poucas
                                             plantas e baixa taxa de produção de MO por
                                             fotossíntese. Os lagos oligotróficos são
                                             geralmente profundos, têm água clara e
                                             pobre em plâncton, bem oxigenada em
                                             profundidade.


  Lagos eutróficos – têm elevada
  concentração de nutrientes e de
  plâncton (devido à elevada
  produtividade orgânica). As suas
  águas são pouco límpidas, com
  abundante plâncton em
  suspensão e com carência de
  oxigénio em profundidade –
  anóxia.
Eutrofização – elevada produtividade
                                                  biológica resultante do aumento da entrada
                                                  de nutrientes ou de matéria orgânica,
                                                  acompanhado pela diminuição de volume do
                                                  lago. Existem 2 tipos de eutrofização:

                                                    1- Eutrofização Natural: ocorre quando os lagos
                                                    gradualmente vão sendo assoreados por
                                                    sedimentos ricos em compostos orgânicos
                                                    durante um largo período de tempo, tendo
                                                    tendência a transformarem-se em pântanos e a
                                                    desaparecerem
Lago formado após a regressão do período
glaciar 10.000-15.00 anos. O lago originalmente
era claro, com pequena população de
fitoplâncton, zooplâncton, peixes. Com a morte
dos organismos, os seus resíduos, juntamente
com os provenientes das margens vão-se
acumulando no hipolímnio. A elevada erosão dos
depósitos glaciares enterra a matéria orgânica
então produzida e transporta para a água
elevada quantidade de nutrientes. A
produtividade biológica interna vai aumentando.
O lago vai ficando estratificado no verão e o
plâncton morto e os restos orgânicos
acumulam-se e decompõem-se no fundo
consumindo o oxigénio e libertando nutrientes
2- Eutrofização Cultural: Os homens têm acelerado este processo de eutrofização natural
enriquecendo os lagos com muitos nutrientes ou matéria orgânica provenientes de efluentes,
agricultura e indústria. Podem ainda contribuir para um aumento da eutrofização “natural” através da
desflorestação e cultivo de terra que produz maior fluxo de entrada de sedimentos enriquecidos em
MO e nutrientes para os lagos
                                                               Os lagos constituem receptáculo das
                                                               águas de escorrência provenientes
                                                               de todas as actividades existentes
                                                               nas respectivas áreas de drenagem .




Agricultura ou actividade que
perturba a superfície do solo 
aceleração dos processos erosivos
naturais. A destruição massiva do
coberto vegetal provocado pela
agricultura é um dos principais
problemas que muito tem
contribuído para a erosão
acelerada dos solos
Entrada de N e P nos lagos
                                               A eutrofização pode ter efeitos
                                               temporários ou irreversíveis nos lagos,
                                               contribuindo sempre para uma
                                               deterioração da qualidade da água




Estado trófico das massas de água 
Fósforo (elemento-chave limitante na
eutrofização)

Fósforo  fixado/adsorvido nos constituintes
do solo  transportado sob forma particulada
 Lagos
Aumento da concentração destes elementos (Nitrogénio, fósforo)  aumento da
produtividade através da produção de matéria orgânica pelos organismos aquáticos
(desenvolvimento em excesso)  escassez do oxigénio dissolvido.
                                 “eutrofização”

 ” "blooms" de algas cianofíceas, crescimento de plantas planctónicas e fixas, odores
 ofensivos e turbidez  morte de peixes, impossibilidade de utilização da água para
 abastecimento público e como zona de recreio
Evolução de um lago para um estado eutrófico por entrada de Nitrogénio e fósforo
                   com origem em fontes pontuais e difusas
Eutrofização dos sistemas aquáticos  eutrofização marinha
A eutrofização iniciada nos lagos
(artificiais) alcança por vezes o oceano

                                              Golfo do
                                              México
                                             1999 – zona de hipoxia:
                                             20.000Km2
Problemas mais graves: Mar Adriático,
Mar Negro, Mar Báltico, Golfo do                    O Nitrogénio tem maior controlo na
México                                              produtividade aquática das águas
                                                    costeiras


Excesso de nutrientes (N,P) carreados + estratificação da coluna de água (interacção
com águas fluviais)                                 • fitoplancton à superfície
                                                  •“blooms” de algas tóxicas
                                                  • rápido consumo de oxigénio
N,P consumidos por org. unicelulares              • menor penetração da luz
                                                   solar
Remediação e recuperação de sistemas eutrofizados
                                                    O estado trófico de um lago 
                                                    forte/ influenciado pela
                                                    modificação das cargas externas de
                                                    nutrientes


                                                      Lago eutrófico  lago
                                                      oligotrófico após medidas de
                                                      controlo de cargas externas de
                                                      nutrientes

                                                    Os ecossistemas não retornam exacta/ às
                                                    mesmas condições físicas, químicas e
                                                    ecológicas existentes antes do
                                                    enriquecimento em nutrientes
Eutrofização é reversível mas não
à escala de vida humana 
excepto se houver modificações          Nas últimas 3 décadas  tentativa de
                                        restauração de lagos eutróficos por redução
substanciais na gestão da bacia e
                                        da carga de nutrientes
lago
                                                    Sucesso
                              Sistemas cuja eutrofização se deve a fontes
                              pontuais bem identificadas (ex: efluentes)
Causas do insucesso destas medidas de restauração:

1. Existência de fontes difusas que continuam a contribuir com cargas de N e P
2. Existência de “memória química” de cargas de nutrientes passadas em
   sistemas pouco profundos. Elevados teores de nutrientes fortemente retidos
   nos sedimentos.
3. Lagos existentes em regiões naturalmente eutrofizadas  restauração não
   economicamente e fisicamente possível
Métodos usados na restauração de lagos eutrofizados resistentes à regulação
                             externa de nutrientes

A – Métodos de prevenção
1. Tratamentos secundários e terciários no tratamento de águas residuais  redução da
libertação de material com carência bioquímica de oxigénio

B- Métodos in situ  aumento do O2 na água

1. Arejamento e destratificação artificial
2. Aumento do fluxo de água
3. Subida do hipolímnio (remoção da água do
   hipolímnio por bombagem até à superfície 
   contacto com O2 atmosférico  bombagem de
   novo para o hipolímnio)
4. Inactivação dos nutrientes e oxigenação dos
   sedimentos (instalação de compressores,
   misturadores, cones para supersaturar a água
   ou injecção de O2 molecular)
5. Remoção dos sedimentos – dragagem
6. Manipulação da estrutura da cadeia alimentar –
   Biomanipulação
   7. Extracção das macrófitas
   8. Adição de tóxicos
   9. Adição de agentes de controlo biológico


       Todos os métodos têm limitações

 Métodos de oxigenação da água  ineficácia do
equipamento, ineficácia na quantificação e
quantificação da carência bioquímica de oxigénio,
não utilização de equipamento com dimensão
adequada
 Métodos de destratificação  aquecimento geral
da coluna de água  aumento da taxa metabólica
dos microrganismos  aumento do consumo de O2
Controlo da entrada de nutrientes +
biomanipulação em lagos pouco profundos  varia
com dimensão do lago e clima  sem taxa de
sucesso
 Adição de tóxicos e agentes de controlo biológico
 riscos
6.4 – A dragagem como técnica de recuperação de sistemas aquáticos




Em adição a métodos para a diminuição da entrada de nutrientes e metais através das
bacias de drenagem  a dragagem dos sedimentos contaminados é uma técnica “in
lake” de remediação, que contraria a eutrofização cultural e que aumenta a capacidade
de assimilação do corpo de água

Dragagem  remoção de sedimentos fonte de elevados níveis de nutrientes e MO que
estimula crescimento de algas e macrófitas, e/ou metais  diminuição da reciclagem
interna de nutrientes/metais a partir da camada sedimentar (66% da carga interna de P
provém dos sedimentos)  restauração da qualidade de água
Dragagem – objectivos
1- quebra do ciclo interno de nutrientes, controlo da libertação de nutrientes e metais
para a coluna de água  melhoria da qualidade da coluna de água
2- aprofundamento das áreas de navegação e recreio
3- restauração do fluxo hídrico
4- restauração dos habitat piscícolas
5- restauração da capacidade de geração eléctrica
6- controlo de cheias no reservatório
Aspectos de que dependem as respostas às técnicas de dragagem
• Morfologia, hidrologia e história do uso da bacia  influenciam o impacto da
dragagem sobre a qualidade da água
                                               influenciam
     Taxa de sedimentação, tempo de residência hidráulico,
     distribuição do sedimento, taxa de libertação de P e metais

• Volume do sedimento, granulometria e geometria do depósito, local de deposição disponível
e opções de reutilização, nível da água e critérios ambientais.

Estudos a fazer ante-dragagem  compreensão do comportamento e características do lago
 Previsão dos efeitos da dragagem sobre a qualidade da água
Selecção da tecnologia de dragagem mais adequada

  1. Influência do controlo das fontes
  externas  factor mais importante para
  o sucesso da redução do ciclo interno de
  nutrientes por dragagem dos
  sedimentos. Se não forem controladas,
  qualquer benefício do processo de
  dragagem será curto e o custo-benefício
  será alto
2. Influência do tempo de residência hidráulico  influenciam o impacto da libertação
de nutrientes/metais na coluna de água.
Lagos com longo tempo de residência hidráulico  aumento do tempo de ressuspensão
dos sedimentos na coluna de água após dragagem


3. Influência das características e distribuição dos sedimentos  determinam a
profundidade da dragagem, equipamento a usar, custo e direcção da dragagem
Maior eficiência  dragar em 1º lugar os sedimentos com maiores teores de nutrientes
e/ou metais

4. Influência do comportamento dos
elementos em profundidade  taxas
de libertação de elementos diminui
com profundidade. Conhecimento das
taxas de libertação  conhecimento
da espessura de sedimentos a dragar
Problemas da dragagem de sedimentos               Temporários em alguns casos


  1. Ressuspensão dos sedimentos 
  durante a dragagem qq ressuspensão dos
  sedimentos enriquecidos em nutrientes ou
  metais  aumentar disponibilidade
  desses elementos na coluna de água

    Solução
   1. Escolha de um método de
   dragagem adequado às características
   dos sedimentos (textura) e à
   profundidade do lago e espessura a
   remover
   2. Uso de “silt curtains” para selar área de
   dragagem
2. Pouco conhecimento sobre análise comparativa da qualidade da água ante- e pós-
dragagem

3. Remoção dos sedimentos por dragagem não é uma solução permanente.

4. Difícil antever o grau de sucesso dos projectos de restauração. Definição da
quantidade e volume do sedimento a remover + valores para a qualidade da água 
geralmente mal definidos

5. Aumento da produtividade fitoplânctonica e blooms de algas causados pelo
movimento do sedimento na zona eufótica  vento e acção da draga
6. A dragagem dos sedimentos para diminuição
                                          dos teores de elementos metálicos é uma
                                          solução a desencorajar  modificações das
                                          condições ambientais que poderão levar ao
                                          aumento da sua mobilidade e
                                          biodisponibilidade.
                                          Condições redutoras  condições oxidantes
                                                       Fe, Mn, Cd, Hg        processos de
                                                                             fixação não
                                                        < solubilidade       irreversíveis
                                                          Zn, Cu, Pb
                                                        > solubilidade
Solução mais prudente: a solução de
dragagem só deverá ser aplicada após se     Minorização do problema: o estado mais
conhecer se os níveis dos elementos         oxidado destes elementos, embora mais
metálicos que aumentam a solubilidade       solúvel, é geralmente um estado menos
em condições oxidantes, se encontra         tóxico.
abaixo dos níveis considerados tóxicos.
Estudos a fazer nos sedimentos antes da dragagem


 Mais importante aspecto num projecto de dragagem

Caracterização dos sedimentos e da química da água antes e depois da dragagem 
necessário para documentar modificações a curto e longo prazo devido à remoção
1. Análise de cores de sedimentos  comportamento dos sedimentos e história do
   lago; avaliação do balanço de massa dos elementos químicos nutrientes/metais
2. Granulometria  determina a concentração de nutrientes e a capacidade das
   partículas de ressuspenderem durante a dragagem
3. Características químicas e físicas  determina a libertação de contaminantes para
   a coluna de água pré- e pós-dragagem
4. Avaliação da profundidade e distribuição dos sedimentos
5. Mineralogia
6. Tendência do sedimento a depositar
7. Densidade
8. Teores de compostos orgânicos
9. Teor de elementos contaminantes e formas químicas em que ocorrem  avaliação
   do seu grau de solubilidade e libertação para a coluna de água
10. Alto custo da dragagem  teor e forma dos contaminantes versus profundidade 
dragar até profundidades em que o sedimento contém teores mais baixos de
contaminantes ou formas menos disponíveis




11. Tendo em conta o aumento da solubilidade de certos elementos com o aumento
da oxidação  ensaio piloto para saber durante quanto tempo os metais ficam em
solução ou voltam a precipitar  tempo em que o local de dragagem terá que ficar
selado
Dragagem e Equipamento

Características do lago e dos sedimentos  escolha do equipamento  remoção
dos sedimentos sem ressuspensão e libertação de contaminantes

                                                A draga hidráulica com uma cabeça
                                                rotativa de sucção é a mais
                                                amplamente usada neste tipo de
                                                dragagem.
                                                Vantagens: Baixo custo de remoção,
                                                elevada taxa de produção e
                                                possibilidade de trabalhar sem
                                                interrupção do normal funcionamento
                                                da barragem.



As dragas hidráulicas são amplamente
disponíveis e versáteis, conseguem bombear
material por longas distâncias com auxílio de
estações de bombagem e podem dragar
desde material fino até grosseiro
Extracção
Tecnologias de Extracção
Tecnologias de Extracção
Tecnologias de Extracção




         Dredging Sluiceway Sand Separator
Tecnologias de Transporte
                          Pipe Line
                                                           Barcos




                                         Calculo da distância função
Um pipeline é o método mais
limpo e conveniente para
transporte do material do local       • Extracção
de dragagem até ao local de
deposição                             • Secagem
                                      • Transporte
Onde depositar o sedimento dragado

 Desvantagem da dragagem: grande quantidade de material fino e necessidade de um
 local para permitir a libertação do excesso de água por parte do sedimento.



A deposição em bacias nas margens é geralmente utilizado quando se pretende utilizar o
sedimentos dragado, por exemplo para a agricultura, após 1 ano ou mais de libertação de
água.
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Poluição aquática por metais pesados e acidificação

  • 1. 6- Poluição e Remediação de sistemas aquáticos Fontes de poluição em sistemas aquáticos e seus efeitos
  • 2. Necessário distinguir poluição provocada por actividades humanas e por fenómenos naturais:  Poluição natural (erupções vulcânicas, oxidação natural da pirite)  adequam-se à evolução natural dos ecossistemas naturais  poluição antrópica  rápida, persistente, efeitos mais devastadores Fontes de poluição:  Fontes naturais  Fontes difusas  mais difíceis de identificar e eliminar. Medidas de recuperação mais dispendiosas ; requerem gestão mais prolongada e perfeita coordenação de medidas a nível da bacia hidrográfica
  • 3. 6.1 – Poluição por metais pesados 1. A presença de metais contaminantes em sedimentos de sistemas lacustres pode apresentar especiais problemas; 2. Causas para os seus elevados teores nestes meios  embora ocorram em pequenas concentrações na litosfera, a acção do homem pode aumentar perigosamente os seus teores nestes sistemas:  Mobilização e extracção de combustíveis fósseis  Mineração  Actividades agrícolas e industriais 3. Os sistemas lacustres  um dos últimos receptáculos para os elementos pesados descarregados nos ambientes aquáticos. As características apresentadas pela maioria dos sedimentos (elevados teores de argila, de minerais argilosos e de óxidos de ferro, alumínio e manganês)  intensas fixações dos elementos tóxicos (processos de adsorção, precipitação e co-precipitação)  evitando a sua passagem para a fase solúvel;
  • 4. 4. Perigo  dificuldade na avaliação do grau de poluição dos sedimentos: (1) Fácil diluição na coluna de água  condições químicas do meio (2) Flutuações biológicas ao longo do tempo e da profundidade (3) Amostragem e procedimentos laboratoriais  perca por mudanças de condições químicas 5. Dificuldade em se estabelecerem valores de referência para a concentração de metais na água  Quase todas as bacias têm intervenção do Homem  Na maior parte das regiões do Globo o fallout atmosférico é influenciado pela actividade humana
  • 5. 6. Sob condições ácidas (climas tropicais)  metais adsorvidos facilmente libertados  solução  a maioria dos metais pesados têm maior mobilidade sob condições ácidas; 7. Sedimentos destes sistemas (características redutoras)  o potencial redox (Eh) pode afectar a mobilidade dos metais, geralmente, associado ao pH: A) Os elementos classificados como micronutrientes (Fe, Mn) são geralmente mais solúveis quando em estado reduzido; B) Os elementos mais tóxicos sendo móveis em condições oxidantes, quando se encontram em meio redutor, precipitam. 8. Correcta resolução destes problemas  conhecimento sobre os factores que poderão mobilizar e imobilizar os metais nos sedimentos, de forma a decidir quais as melhores possibilidades de remediação.
  • 6. Ciclo aquático do Hg em sistemas aquáticos. Efeitos da interacção da chuva ácida e chuva com Hg. Chuva ácida estimula o subciclo do MeHg  contaminação
  • 7. Os sedimentos como indicadores da poluição dos sistemas Cores de sedimentos  informação sobre os eventos decorrentes ao longo do tempo no rio/lago e na bacia de drenagem, ao longo do tempo História da poluição de um sistema Distribuição vertical dos metais pesados em perfis de cores  a influência do Homem ao longo do tempo. Valores mais elevados no topo
  • 8. Remediação de sistemas contaminados Técnicas de remediação: 1. aumento/diminuição do pH, 2. modificação das condições de oxidação e redução, 3. complexação orgânica e inorgânica 4. mediação microbiológica 5. Dragagem dos sedimentos contaminados Elemento mais complexo  Hg Principal fonte nos lagos  deposição atmosféria proveniente de emissões antropogénicas Não existe consenso sobre qual o tempo após um controle nas emissões gasosas, em que existe um efeito mensurável no nível de contaminação 2. Incerteza sobre a responsabilidade dos 1. Incerteza sobre o efeito lagos a mudanças de deposição  solos + relativo de fontes regionais e sedimentos – enormes reservatórios de Hg globais de Hg sobre uma desde décadas  remobilização poderá levar deposição local de Hg décadas ou séculos
  • 9. Remediação de sistemas contaminados A dragagem dos sedimentos para diminuição dos teores de elementos metálicos é uma solução a desencorajar  modificações das condições ambientais que poderão levar ao aumento da sua mobilidade e biodisponibilidade. Condições redutoras  condições oxidantes Fe, Mn, Cd, Hg processos de fixação não < solubilidade irreversíveis Zn, Cu, Pb > solubilidade Solução mais prudente: a solução de dragagem só deverá ser aplicada após se Minorização do problema: o estado mais conhecer se os níveis dos elementos oxidado destes elementos, embora mais metálicos que aumentam a solubilidade solúvel, é geralmente um estado menos em condições oxidantes, se encontra tóxico. abaixo dos níveis considerados tóxicos.
  • 10. 6.2 – Poluição por acidificação 1) Fontes da acidificação  Precipitação Chuva natural  fracamente acidificada por carbono atmosférico  ácido carbónico Águas naturais  dominadas por carbonatos solúveis (únicos minerais das rochas/ sedimentos facilmente dissolvidos por água da chuva Chuva ácida  excesso de SO2, NOx e NH3 na atmosfera SO2 e NOx  combustão de carvão e petróleo, gases de veículos, gases industriais NO3  Agricultura intensiva  Entrada de substância ácidas na bacia (fontes naturais e antrópicas) Diminuição do pH e ineficácia do sistema tampão dos carbonatos
  • 11. Acidificação  Diminuição do pH +  Aumento da concentração de sólidos dissolvidos (sulfatos) nas águas de drenagem  Mobilização de metais potencialmente tóxicos  Perda de diversidade biológica Proibição do uso da água para irrigação, pesca, aquacultura, consumo humano A) Meteorização da pirite Ácidos de origem litológica libertados por (1) meteorização natural ou (2) processos induzidos por mineração ou agricultura Pirite (FeS2) é estável em ambientes anóxicos Mineração Contacto com o ar  oxidação (acelerada por bactérias oxidantes de Fe e S) FeS2 + 7/2O2 + H2O   Fe2+ + 2SO42- + 2H+ Fe2+ + ¼ O2 + H+   Fe3+ + ½ H2O Fe3+ + 3H2O  Fe(OH)3 + 3H+ FeS2 + 14Fe3+ + 8H2O  15Fe2+ + 2SO42- + 16H+
  • 12. Drenagem ácida B) Drenagem de solos sulfatados ácidos Depósitos sedimentares com águas ricas em sulfato misturadas com compostos orgânicos Decomposição de compostos orgânicos  redução do SO42- e Fe3+  Pirite (FeS2) Oxidação (mobilização por agricultura) (abaixamento das toalhas freáticas) Drenagem ácida
  • 13. 2) Química das águas ácidas e mecanismos tampão  Entrada directa dos ácidos nos sistemas aquáticos  diminuição do pH  acidificação  Entrada indirecta dos ácidos nos sistemas aquáticos Contacto entre a fase sólida do solo e os Passagem pelos solos e subsolo ácidos  mecanismos tampão (reacções de consumo de protões) Dissolução de minerais 1. Mecanismo tampão com carbonatos e ácidos carbónicos - CaCO3 + 2H+  Ca2+ + CO2 + H2O Sistema ácido carbónico CaCO3 + H+  Ca2+ + HCO3- CO32- + H+ HCO3- HCO3- + H+  H2CO3 H2CO3  CO2 + H2O 2. Mecanismo tampão com silicatos Dissolução do Feldspato : KAlSi3O8 + 7H2O + H+  Al(OH)3 + 3H4SiO4 + K+ 2KAlSi3O8 + 9H2O + 2H+  Al2Si2O5 (OH)4 + 4H4SiO4 + 2K+ Dissolução da argila: Al2Si2O5 (OH)4 + 6H+  2 Al3+ + 2H4SiO4 + H2O
  • 14. 3. Mecanismo tampão com óxidos e hidróxidos pedogénicos Sistema Alumínio: Al(OH)3 + H+  Al(OH)2+ + H2O Al(OH)2+ + H+  AlOH2+ + H2O AlOH2+ + H+  Al3+ + H2O Sistema Ferro: Fe(OH)3 + H+  Fe(OH)2+ + H2O Fe(OH)2+ + H+  FeOH2+ + H2O FeOH2+ + H+  Fe3+ + H2O 4. Mecanismo tampão por troca iónica X – K + H+  X – H – K+ 5. Mecanismo tampão por protonização de substâncias húmicas R – COO- + H+  RCOOH
  • 15. 3- Remediação e Recuperação de sistemas ácidos 1. Controlo da acidificação atmosférica de solos, rios e lagos  Redução das emissões de gases e fumos (reduções desde as últimas 2 décadas)  Aumento do pH por adição de calcário em suspensão  remediação química seguida de uma resposta biológica Resposta das águas superficiais à calagem  rápida Resposta dos solos à calagem  lenta 2. Remediação da drenagem ácida  Medidas preventivas  restrição das actividades mineiras  Tratamento directo das águas poluídas  neutralização por adição de químicos alcalinos Tratamento passivo com uso de reacções naturais geoquímicas e biológicas para redução da acidez e concentração de iões  Tratamento in situ dos lagos ácidos
  • 16. 3. Remediação de solos sulfatados ácidos  processo complexo  Redução e controlo da drenagem artificial, diminuindo o acesso do O2 aos leitos sulfídricos  Tratamento das águas de drenagem ácida dos solos sulfatados por adição de químicos alcalinos e tratamento passivo com uso de reacções naturais geoquímicas e biológicas para redução da acidez e concentração de iões
  • 17. 6.3 – Poluição por organismos patogénicos e toxinas Substâncias biológicas e químicas reduzem o uso benéfico das águas interiores  ameaça para humanos, vida animal Fontes: (1) pontuais (descarga directa para o sistema, possíveis de identificar) e (2) transportadas para os sistemas por precipitação, escorrências (difíceis de identificar e controlar) Patogénicos e toxinas entram nos sistemas aquáticos  destino determinado pelas condições do meio e natureza do patogénico/toxina Sedimentos  Barreira protectora da irradiação solar, das temperaturas extremas, das condições salinas  possibilitam a estes microrganismos uma maior sobrevivência e crescimento  Abundância de populações microbianas > populações na coluna de água
  • 18.  Facilidade de adsorção dos micróbios nas partículas dos sedimentos  transporte em suspensão pela bacia de drenagem  Patogénicos acumulados nos sedimentos  resuspensão na coluna de água  elevado teor de poluição Remediação e recuperação de ambientes contaminados 1. Medidas preventivas : controlo na disposição de desperdícios, drenagens, lançamento de efluentes nos sistemas aquáticos, monitorização de tanques sépticos, minimização do uso de fertilizantes e pesticidas, etc. 2. Purificação da água de consumo  combinação de tratamentos  Fervura (não remove matéria particulada e contaminantes químicos)  Filtração (eficiente na remoção de matéria particulada, contaminantes biológicos e químicos – utilização omediata)  Tratamentos químicos – cloritização, ioditização e agentes oxidantes (eficazes no tratamento de vírus e bactérias)
  • 19. 6.4. Poluição por excesso de nutrientes - eutrofização nos lagos Os lagos são classificados em oligotróficos ou eutróficos consoante a concentração de nutrientes e a produtividade de matéria orgânica. Trófico  nutrição Lagos oligotróficos – têm baixa concentração de nutrientes como P e N. A escassez de nutrientes significa a existência de poucas plantas e baixa taxa de produção de MO por fotossíntese. Os lagos oligotróficos são geralmente profundos, têm água clara e pobre em plâncton, bem oxigenada em profundidade. Lagos eutróficos – têm elevada concentração de nutrientes e de plâncton (devido à elevada produtividade orgânica). As suas águas são pouco límpidas, com abundante plâncton em suspensão e com carência de oxigénio em profundidade – anóxia.
  • 20. Eutrofização – elevada produtividade biológica resultante do aumento da entrada de nutrientes ou de matéria orgânica, acompanhado pela diminuição de volume do lago. Existem 2 tipos de eutrofização: 1- Eutrofização Natural: ocorre quando os lagos gradualmente vão sendo assoreados por sedimentos ricos em compostos orgânicos durante um largo período de tempo, tendo tendência a transformarem-se em pântanos e a desaparecerem Lago formado após a regressão do período glaciar 10.000-15.00 anos. O lago originalmente era claro, com pequena população de fitoplâncton, zooplâncton, peixes. Com a morte dos organismos, os seus resíduos, juntamente com os provenientes das margens vão-se acumulando no hipolímnio. A elevada erosão dos depósitos glaciares enterra a matéria orgânica então produzida e transporta para a água elevada quantidade de nutrientes. A produtividade biológica interna vai aumentando. O lago vai ficando estratificado no verão e o plâncton morto e os restos orgânicos acumulam-se e decompõem-se no fundo consumindo o oxigénio e libertando nutrientes
  • 21. 2- Eutrofização Cultural: Os homens têm acelerado este processo de eutrofização natural enriquecendo os lagos com muitos nutrientes ou matéria orgânica provenientes de efluentes, agricultura e indústria. Podem ainda contribuir para um aumento da eutrofização “natural” através da desflorestação e cultivo de terra que produz maior fluxo de entrada de sedimentos enriquecidos em MO e nutrientes para os lagos Os lagos constituem receptáculo das águas de escorrência provenientes de todas as actividades existentes nas respectivas áreas de drenagem . Agricultura ou actividade que perturba a superfície do solo  aceleração dos processos erosivos naturais. A destruição massiva do coberto vegetal provocado pela agricultura é um dos principais problemas que muito tem contribuído para a erosão acelerada dos solos
  • 22. Entrada de N e P nos lagos A eutrofização pode ter efeitos temporários ou irreversíveis nos lagos, contribuindo sempre para uma deterioração da qualidade da água Estado trófico das massas de água  Fósforo (elemento-chave limitante na eutrofização) Fósforo  fixado/adsorvido nos constituintes do solo  transportado sob forma particulada  Lagos
  • 23. Aumento da concentração destes elementos (Nitrogénio, fósforo)  aumento da produtividade através da produção de matéria orgânica pelos organismos aquáticos (desenvolvimento em excesso)  escassez do oxigénio dissolvido. “eutrofização” ” "blooms" de algas cianofíceas, crescimento de plantas planctónicas e fixas, odores ofensivos e turbidez  morte de peixes, impossibilidade de utilização da água para abastecimento público e como zona de recreio
  • 24. Evolução de um lago para um estado eutrófico por entrada de Nitrogénio e fósforo com origem em fontes pontuais e difusas
  • 25. Eutrofização dos sistemas aquáticos  eutrofização marinha
  • 26. A eutrofização iniciada nos lagos (artificiais) alcança por vezes o oceano Golfo do México 1999 – zona de hipoxia: 20.000Km2 Problemas mais graves: Mar Adriático, Mar Negro, Mar Báltico, Golfo do O Nitrogénio tem maior controlo na México produtividade aquática das águas costeiras Excesso de nutrientes (N,P) carreados + estratificação da coluna de água (interacção com águas fluviais) • fitoplancton à superfície •“blooms” de algas tóxicas • rápido consumo de oxigénio N,P consumidos por org. unicelulares • menor penetração da luz solar
  • 27. Remediação e recuperação de sistemas eutrofizados O estado trófico de um lago  forte/ influenciado pela modificação das cargas externas de nutrientes Lago eutrófico  lago oligotrófico após medidas de controlo de cargas externas de nutrientes Os ecossistemas não retornam exacta/ às mesmas condições físicas, químicas e ecológicas existentes antes do enriquecimento em nutrientes Eutrofização é reversível mas não à escala de vida humana  excepto se houver modificações Nas últimas 3 décadas  tentativa de restauração de lagos eutróficos por redução substanciais na gestão da bacia e da carga de nutrientes lago Sucesso Sistemas cuja eutrofização se deve a fontes pontuais bem identificadas (ex: efluentes)
  • 28. Causas do insucesso destas medidas de restauração: 1. Existência de fontes difusas que continuam a contribuir com cargas de N e P 2. Existência de “memória química” de cargas de nutrientes passadas em sistemas pouco profundos. Elevados teores de nutrientes fortemente retidos nos sedimentos. 3. Lagos existentes em regiões naturalmente eutrofizadas  restauração não economicamente e fisicamente possível
  • 29. Métodos usados na restauração de lagos eutrofizados resistentes à regulação externa de nutrientes A – Métodos de prevenção 1. Tratamentos secundários e terciários no tratamento de águas residuais  redução da libertação de material com carência bioquímica de oxigénio B- Métodos in situ  aumento do O2 na água 1. Arejamento e destratificação artificial 2. Aumento do fluxo de água 3. Subida do hipolímnio (remoção da água do hipolímnio por bombagem até à superfície  contacto com O2 atmosférico  bombagem de novo para o hipolímnio) 4. Inactivação dos nutrientes e oxigenação dos sedimentos (instalação de compressores, misturadores, cones para supersaturar a água ou injecção de O2 molecular) 5. Remoção dos sedimentos – dragagem
  • 30. 6. Manipulação da estrutura da cadeia alimentar – Biomanipulação 7. Extracção das macrófitas 8. Adição de tóxicos 9. Adição de agentes de controlo biológico Todos os métodos têm limitações  Métodos de oxigenação da água  ineficácia do equipamento, ineficácia na quantificação e quantificação da carência bioquímica de oxigénio, não utilização de equipamento com dimensão adequada  Métodos de destratificação  aquecimento geral da coluna de água  aumento da taxa metabólica dos microrganismos  aumento do consumo de O2 Controlo da entrada de nutrientes + biomanipulação em lagos pouco profundos  varia com dimensão do lago e clima  sem taxa de sucesso  Adição de tóxicos e agentes de controlo biológico  riscos
  • 31. 6.4 – A dragagem como técnica de recuperação de sistemas aquáticos Em adição a métodos para a diminuição da entrada de nutrientes e metais através das bacias de drenagem  a dragagem dos sedimentos contaminados é uma técnica “in lake” de remediação, que contraria a eutrofização cultural e que aumenta a capacidade de assimilação do corpo de água Dragagem  remoção de sedimentos fonte de elevados níveis de nutrientes e MO que estimula crescimento de algas e macrófitas, e/ou metais  diminuição da reciclagem interna de nutrientes/metais a partir da camada sedimentar (66% da carga interna de P provém dos sedimentos)  restauração da qualidade de água
  • 32. Dragagem – objectivos 1- quebra do ciclo interno de nutrientes, controlo da libertação de nutrientes e metais para a coluna de água  melhoria da qualidade da coluna de água 2- aprofundamento das áreas de navegação e recreio 3- restauração do fluxo hídrico 4- restauração dos habitat piscícolas 5- restauração da capacidade de geração eléctrica 6- controlo de cheias no reservatório
  • 33. Aspectos de que dependem as respostas às técnicas de dragagem • Morfologia, hidrologia e história do uso da bacia  influenciam o impacto da dragagem sobre a qualidade da água influenciam Taxa de sedimentação, tempo de residência hidráulico, distribuição do sedimento, taxa de libertação de P e metais • Volume do sedimento, granulometria e geometria do depósito, local de deposição disponível e opções de reutilização, nível da água e critérios ambientais. Estudos a fazer ante-dragagem  compreensão do comportamento e características do lago  Previsão dos efeitos da dragagem sobre a qualidade da água Selecção da tecnologia de dragagem mais adequada 1. Influência do controlo das fontes externas  factor mais importante para o sucesso da redução do ciclo interno de nutrientes por dragagem dos sedimentos. Se não forem controladas, qualquer benefício do processo de dragagem será curto e o custo-benefício será alto
  • 34. 2. Influência do tempo de residência hidráulico  influenciam o impacto da libertação de nutrientes/metais na coluna de água. Lagos com longo tempo de residência hidráulico  aumento do tempo de ressuspensão dos sedimentos na coluna de água após dragagem 3. Influência das características e distribuição dos sedimentos  determinam a profundidade da dragagem, equipamento a usar, custo e direcção da dragagem Maior eficiência  dragar em 1º lugar os sedimentos com maiores teores de nutrientes e/ou metais 4. Influência do comportamento dos elementos em profundidade  taxas de libertação de elementos diminui com profundidade. Conhecimento das taxas de libertação  conhecimento da espessura de sedimentos a dragar
  • 35. Problemas da dragagem de sedimentos Temporários em alguns casos 1. Ressuspensão dos sedimentos  durante a dragagem qq ressuspensão dos sedimentos enriquecidos em nutrientes ou metais  aumentar disponibilidade desses elementos na coluna de água Solução 1. Escolha de um método de dragagem adequado às características dos sedimentos (textura) e à profundidade do lago e espessura a remover 2. Uso de “silt curtains” para selar área de dragagem
  • 36. 2. Pouco conhecimento sobre análise comparativa da qualidade da água ante- e pós- dragagem 3. Remoção dos sedimentos por dragagem não é uma solução permanente. 4. Difícil antever o grau de sucesso dos projectos de restauração. Definição da quantidade e volume do sedimento a remover + valores para a qualidade da água  geralmente mal definidos 5. Aumento da produtividade fitoplânctonica e blooms de algas causados pelo movimento do sedimento na zona eufótica  vento e acção da draga
  • 37. 6. A dragagem dos sedimentos para diminuição dos teores de elementos metálicos é uma solução a desencorajar  modificações das condições ambientais que poderão levar ao aumento da sua mobilidade e biodisponibilidade. Condições redutoras  condições oxidantes Fe, Mn, Cd, Hg processos de fixação não < solubilidade irreversíveis Zn, Cu, Pb > solubilidade Solução mais prudente: a solução de dragagem só deverá ser aplicada após se Minorização do problema: o estado mais conhecer se os níveis dos elementos oxidado destes elementos, embora mais metálicos que aumentam a solubilidade solúvel, é geralmente um estado menos em condições oxidantes, se encontra tóxico. abaixo dos níveis considerados tóxicos.
  • 38. Estudos a fazer nos sedimentos antes da dragagem Mais importante aspecto num projecto de dragagem Caracterização dos sedimentos e da química da água antes e depois da dragagem  necessário para documentar modificações a curto e longo prazo devido à remoção 1. Análise de cores de sedimentos  comportamento dos sedimentos e história do lago; avaliação do balanço de massa dos elementos químicos nutrientes/metais 2. Granulometria  determina a concentração de nutrientes e a capacidade das partículas de ressuspenderem durante a dragagem 3. Características químicas e físicas  determina a libertação de contaminantes para a coluna de água pré- e pós-dragagem 4. Avaliação da profundidade e distribuição dos sedimentos 5. Mineralogia 6. Tendência do sedimento a depositar 7. Densidade 8. Teores de compostos orgânicos 9. Teor de elementos contaminantes e formas químicas em que ocorrem  avaliação do seu grau de solubilidade e libertação para a coluna de água
  • 39. 10. Alto custo da dragagem  teor e forma dos contaminantes versus profundidade  dragar até profundidades em que o sedimento contém teores mais baixos de contaminantes ou formas menos disponíveis 11. Tendo em conta o aumento da solubilidade de certos elementos com o aumento da oxidação  ensaio piloto para saber durante quanto tempo os metais ficam em solução ou voltam a precipitar  tempo em que o local de dragagem terá que ficar selado
  • 40. Dragagem e Equipamento Características do lago e dos sedimentos  escolha do equipamento  remoção dos sedimentos sem ressuspensão e libertação de contaminantes A draga hidráulica com uma cabeça rotativa de sucção é a mais amplamente usada neste tipo de dragagem. Vantagens: Baixo custo de remoção, elevada taxa de produção e possibilidade de trabalhar sem interrupção do normal funcionamento da barragem. As dragas hidráulicas são amplamente disponíveis e versáteis, conseguem bombear material por longas distâncias com auxílio de estações de bombagem e podem dragar desde material fino até grosseiro
  • 44. Tecnologias de Extracção Dredging Sluiceway Sand Separator
  • 45. Tecnologias de Transporte Pipe Line Barcos Calculo da distância função Um pipeline é o método mais limpo e conveniente para transporte do material do local • Extracção de dragagem até ao local de deposição • Secagem • Transporte
  • 46. Onde depositar o sedimento dragado Desvantagem da dragagem: grande quantidade de material fino e necessidade de um local para permitir a libertação do excesso de água por parte do sedimento. A deposição em bacias nas margens é geralmente utilizado quando se pretende utilizar o sedimentos dragado, por exemplo para a agricultura, após 1 ano ou mais de libertação de água.