3. EPIDEMIOLOGIA
Rouquayrol, 2003
“Ciência que estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas, analisando a distribuição e os
fatores determinantes das enfermidades, danos à
saúde e eventos associados à saúde coletiva,
propondo medidas específicas de prevenção, controle,
ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores
que sirvam de suporte ao planejamento, administração
e avaliação das ações de saúde”
4. CETRO CONCURSOS - Solução em Concursos
Públicos
Prefeitura Municipal de Cruzeiro – SP 2006
21. A epidemiologia é uma ciência que pode dar suporte às
medidas governamentais relacionadas à saúde. A definição de
epidemiologia é:
(A) Ciência que estuda prioritariamente a mortalidade e suas
conseqüências.
(B) Ciência que fiscaliza e determina as vacinas que devem ser
disponibilizadas no esquema básico.
(C) Ciência que estuda morbidades e mortalidade em destaque em
uma comunidade em determinado período.
*(D) Ciência que estuda a relação saúde-doença em uma
comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes
dos agravos à saúde.
(E) Ciência que estuda a prática da saúde pública e fiscaliza as
condições sociais, econômicas e ambientais de uma população.
5. HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
Denomina-se História Natural da Doença (HND),
um conjunto de processos interativos, compreendendo “as
inter-relações do agente, do suscetível (hospedeiro) e do
meio ambiente que afetam o processo global e seu
desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o
estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro
lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as
alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou
morte” (Leavell & Clark, 1976).
6. ESTRUTURA EPIDEMIOLÓGICA
O AMBIENTE - Deve ser entendido como “o conjunto de
todos os fatores que mantém relações interativas com o
agente etiológico e o hospedeiro, sem se confundir com os
mesmos”. (Ambiente: Físico, Biológico, Social
(econômico, político, cultural e psicossocial).
O AGENTE - Embora, de um modo geral, se considere que
cada doença infecciosa (não infecciosa ou agravos à saúde)
tem seu agente etiológico específico, deve-se ter claro que
não há um agente único da doença.
7. ESTRUTURA EPIDEMIOLÓGICA
O HOSPEDEIRO (SUSCETÍVEL) - É
aquele onde a doença se desenvolverá e
terá oportunidade de se manifestar
clinicamente.
O homem, como espécie, é suscetível a
um grande número de agentes do meio,
de natureza viva ou inorgânica, que com
ele interagem, provocando disfunções.
8. HISTÓRIA NATURAL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE
Inter-relações de diversos fatores
Agente M MORTE
U
L
Suscetível T DEFEITO/INVALIDEZ
I
C
Ambiente:: São todos os fatores que A
mantém relações interativas com U HORIZONTE CLÍNICO
Z SINAIS E SINTOMAS
o agente e o suscetível. A
1. Sócio-econômicos: L
I RECUPERAÇÃO
ALTERAÇÃO FISIOLÓGICAS
2. Sócio-políticos D
A
3. Sócio-culturais
4. Psico-sociais
D
E Interação – suscetível – estímulo - reação
Período de pré-patogênese Período de patogênese
-
Promoção da saúde
INFORMAÇÃO Reabilitação
EDUCAÇÃO Proteção específica
Diagnóstico precoce e
COMUNICAÇÃO IMUNIZAÇÃO REINSERÇÃO SOCIAL
tratamento imediato SUPORTE ESPECIALIZADO
PROMOÇÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL DIAGNÓSTICO E ACOMPANHA- Limitação de incapacidade HUMANIZAÇÃO
DIREITOS HUMANOS MENTO AMBULATORIAL
PROTEÇÃO CONTRA SERVIÇOS DE PREVENÇÃO SE- Evitar futuras complicações.
CUNDÁRIA - Evitar seqüelas.
ACIDENTES LOGÍSTICA DA INSUMOS
Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária
Níveis de aplicação das medidas preventivas
9. http://concursos.acep.org.br/ITAPIPOCA2006.
28. Em relação à história natural e prevenção de
doenças (modelo Leavell & Clark), constituem-
se como medidas de prevenção primária:
A) o diagnóstico precoce e o tratamento
imediato dos casos.
B) a proteção específica e a limitação da
incapacidade.
C) o diagnóstico precoce e a promoção da
saúde.
*D) a proteção específica e a promoção da
saúde.
10. dados informação
O “raciocínio epidemiológico” implica a
quantificação - construção de medidas
(indicadores) que possam representar
a experiência não de indivíduos mas de muitos
deles
Medidas da ocorrência de doenças, óbitos,
outros agravos à saúde e eventos associados à
saúde
11. Os epidemiologistas estudam a
distribuição de freqüências e
padrões de ocorrência de
enfermidades ou outros eventos de
saúde uma população.
12. Para isto, descreve a caracteriza os eventos de
saúde em termos de tempo, espaço e pessoa.
"quem?
"quem?“ "onde?
"onde?” "quando?
"quando? "
"como?
"como? " "por quê?"
quê?
Na perspectiva de identificar
desigualdades e iniqüidades em saúde
13. O que é análise de dados em
epidemiologia?
Sumarização de dados populacionais
para a obtenção de:
– medidas
– ou imagens (gráficos, mapas, etc.)
que facilitem ou permitam a interpretação
dos dados e desse modo se viabilize a
produção do conhecimento desejado.
14. O Método Epidemiológico - (Etapas)
1. Epidemiologia Descritiva - consiste na descrição
da distribuição, em termos de freqüência, da
ocorrência de doenças ou agravos à saúde, com
relação ao tempo, local e atributos pessoais.
2. Formulação de Hipótese(s) - após os
conhecimentos adquiridos na etapa anterior, o
epidemiologista formula hipóteses referentes aos
fatores ou causas que expliquem os agravos à
saúde.
15. O Método Epidemiológico - (Etapas)
3. Teste de Hipótese(s) - se destina a comprovar
ou não a veracidade da(s) hipótese(s) formulada(s),
através de vários modelos de estudo.
4. Confirmação da(s) Hipótese(s) - se confirmada
passa à condição de tese ou teoria.
17. PESSOA: QUEM?
Características herdadas ou adquiridas
(idade, sexo, cor, escolaridade, renda,
estado nutricional e imunitário, etc.);
etc.
Atividades (trabalho, esportes, práticas
religiosas, costumes, etc.);
etc.
Circunstâncias de vida (condição social,
econômica e do meio ambiente).
ambiente).
18. TEMPO: QUANDO?
A cronologia de uma doença é
fundamental para a sua análise
epidemiológica.
epidemiológica.
A distribuição dos casos de
determinada doença por períodos de
tempo (semanal, mensal, anual)
permite verificar como a doença evolui.
evolui.
20. TENDÊNCIA SECULAR
São as variações na incidência/prevalência
ou mortalidade/letalidade de doenças
observadas por um longo período de
tempo, geralmente dez anos ou mais.
mais.
21. VARIAÇÃO CÍCLICA
São variações com ciclos periódicos e regulares.
regulares.
O comportamento cíclico das doenças resulta de
recorrências nas suas incidências, que podem ser
anuais ou de periodicidade mensal ou semanal.
semanal.
Na variação cíclica, portanto, um dado padrão é
repetido de intervalo em intervalo.
intervalo.
22. VARIAÇÃO SAZONAL
Ocorre quando a incidência das doenças
aumenta sempre, periodicamente, em algumas
épocas ou estações do ano, meses do ano,
dias da semana, ou em horas do dia.
dia.
Por exemplo, dengue (nas épocas quentes do
ano), acidentes de trânsito (horas de muita
movimentação urbana – deslocamento para o
trabalho ou escola).
escola).
23. LUGAR: ONDE?
Utiliza-
Utiliza-se a distribuição geográfica para identificar de que
forma as doenças se distribuem no espaço (urbano/rural,
distrito sanitário, bairro, Município, etc.), associando a sua
etc.
alta ocorrência.
ocorrência.
Exemplo:
Exemplo: à baixas coberturas vacinais, precariedade no
saneamento básico, mananciais contaminados por
microorganismos, existência ou não de uma rede básica de
atenção à saúde, etc.
etc.
24. Em relação ao local de transmissão, os
casos podem ser classificados como:
Caso autóctone
É o caso confirmado que foi detectado no
mesmo local onde ocorreu a transmissão.
Casos alóctone
É o caso confirmado que foi detectado em
um local diferente daquele onde ocorreu a
transmissão.
25. Prefeitura Municipal de Betim -
2007
QUESTÃO 36
Caso alóctone de uma doença é:
a) caso oriundo do mesmo local onde ocorreu a
doença.
*b) caso importado de uma outra localidade onde
ocorreu a doença.
c) caso assintomático oriundo do mesmo local
onde ocorreu a doença.
d) caso de doença grave não importando o local
onde ocorreu a doença.
27. CASO ESPORÁDICO
Quando, em uma comunidade, verifica-se o
verifica-
aparecimento de casos raros e isolados de uma
certa doença, a qual não estava prevista, esses
casos são chamados de casos esporádicos.
esporádicos.
Exemplo:
Exemplo: peste (transmitida pela picada de
pulgas infectadas com a bactéria Yersinia pestis.
pestis.
28. CONGLOMERADO TEMPORAL DE
CASOS
Um grupo de casos para os quais se suspeita
de um fator comum e que ocorre dentro dos
limites de intervalos de tempo,
significativamente, iguais, medidos a partir do
evento que, supostamente, foi a sua origem.
origem.
Exemplo:
Exemplo: leptospirose (doença infecciosa
causa pela bactéria do gênero Leptospira).
Leptospira)
29. ENDEMIA
Quando a ocorrência de determinada doença apresenta
variações na sua incidência de caráter regular, constante,
sistemático.
sistemático.
Assim, endemia é a ocorrência de uma determinada
doença que, durante um longo período de tempo,
acomete, sistematicamente, populações em espaços
delimitados e caracterizados, mantendo incidência
constante ou permitindo variações cíclicas ou sazonais
ou atípicas.
atípicas.
Exemplo:
Exemplo: tuberculose (causada pelo Mycobactrium
tuberculosis) e malária (causada por protozoários do
tuberculosis)
gênero Plasmodium).
Plasmodium)
30. EPIDEMIA
As epidemias caracterizam-se pelo aumento do número de
caracterizam-
casos acima do que se espera, comparado à incidência de
períodos anteriores.
anteriores.
O mais importante, contudo, é o caráter desse aumento
descontrolado, brusco, significante, temporário. Se, em
temporário.
uma dada região, inexiste determinada doença e surgem
dois ou poucos casos, pode-se falar em epidemia, dado o
pode-
seu caráter de surpresa.
surpresa.
Exemplo:
Exemplo: o aparecimento de dois casos de sarampo em
uma região que, há muitos anos, não apresentava um
único caso.
caso.
Exemplo:
Exemplo: epidemia de dengue.
dengue.
31. SURTO EPIDÊMICO
Costuma-
Costuma-se designar surto quando dois ou mais
casos de uma determinada doença ocorrem.
ocorrem.
em locais circunscritos, como instituições, escolas,
domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros ou
comunidades, aliados à hipótese de que tiveram,
como relação entre eles, a mesma fonte de
infecção ou de contaminação ou o mesmo fator d e
risco, o mesmo quadro clínico e ocorrência
simultânea.
simultânea.
32. PANDEMIA
Dá-se o nome de pandemia à
Dá-
ocorrência epidêmica caracterizada
por uma larga distribuição espacial
que atinge várias nações.
nações.
33. Prefeitura Municipal da Serra
Concurso Público para Área de Saúde
16 - O Serviço de Epidemiologia do Centro Municipal de
Saúde de Serra foi solicitado para investigar a
ocorrência de uma doença infecto-contagiosa (sarampo)
infecto-
que vinha há cerca de cinco semanas atingindo várias
crianças de uma mesma escola, localizada em uma
comunidade de baixa renda. Isso caracteriza:
renda. caracteriza:
(A) epidemia;
(B) endemia;
(C) pandemia;
(D) foco endêmico;
*(E) surto epidêmico.
epidêmico.
35. 5ª Conferência Nacional de Saúde
1975
Instituído o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica SNVE (Lei 6.259 – Dec.Dec.
78.231/76)
78.231/76)
36. Segundo a Lei n° 8.080/90
vigilância epidemiológica
“um conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou
agravos”.
38. Governo do Paraná - 2004
A vigilância epidemiológica tem como propósito
fornecer orientação técnica permanente para os que
têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de
ações de controle de doenças e agravos. Considerando
agravos.
essa afirmação, assinale a alternativa correta.
correta.
a) A informação limita o desencadear de ações por meio do
planejamento.
planejamento.
b) Informação é o dado não analisado.
analisado.
*c) O eixo central da vigilância epidemiológica é o processo
de informação-decisão-ação.
informação-decisão-ação.
d) Informação não implica interpretação por parte do usuário.
usuário.
e) O planejamento em saúde independe das informações e da
epidemiologia.
epidemiologia.
39. São funções da vigilância epidemiológica:
coleta de dados;
dados;
processamento dos dados coletados;
coletados;
análise e interpretação dos dados
processados;
processados;
recomendação das medidas de controle
apropriadas;
apropriadas;
40. São funções da vigilância epidemiológica:
promoção das ações de controle
indicadas;
indicadas;
avaliação da eficácia e efetividade das
medidas adotadas;
adotadas;
divulgação de informações pertinentes.
pertinentes.
41. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - GOIÁS UEG
2004
Questão 1
A vigilância epidemiológica é um serviço que reúne um conjunto de ações que
permite acompanhar a evolução das doenças na população. Pode-se dizer que
população. Pode-
é um termômetro, funcionando como um indicador de quais ações devem ter
prioridade no planejamento da assistência à saúde. Entretanto, para que a
saúde.
vigilância epidemiológica possa propor ações de prevenção e controle.
controle.
Marque a alternativa que relaciona, na seqüência CORRETA, essas etapas:
etapas:
a) Coleta de dados, notificação, processamento dos dados, análise dos dados,
recomendação de medidas de controle e prevenção, promoção de ações de
controle e prevenção, avaliação e implantação do programa do Ministério da
Saúde.
Saúde.
b) Notificação, processamento dos dados, análise dos dados, ações de
controle de prevenção e promoção, avaliação e divulgação das informações.
informações.
*c) Coleta de dados, processamento dos dados, análise dos dados,
recomendação de medidas de controle e prevenção, promoção das ações
de controle e prevenção, avaliação da eficácia das medidas e divulgação
das informações.
informações.
d) Coleta de dados, notificação, análise dos dados e implementação de ações
de promoção e prevenção.
prevenção.
42. Prefeitura de Betim - 2007
São propósitos e funções da vigilância
epidemiológica, EXCETO:
a) tornar disponíveis informações atualizadas sobre
a ocorrência de doenças e agravos.
b) coleta, processamento, análise e interpretação
de dados sobre doenças e agravos.
c) recomendação e promoção de medidas de
controle para doenças e agravos.
*d) fabricação de insumos alopáticos usados para
controle de doenças e agravos.
43. UNIFAP/DEPSEC
Concurso Público GEA/2004
11. A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer
11.
orientação técnica permanente para os profissionais de saúde que
têm a responsabilidade de decisão referente à execução de ações de
controle de doenças e agravos, por isso a vigilância epidemiológica é
um importante instrumento de:
de:
(A) alta produção de bens, educação e habitação adequada.
adequada.
*(B) planejamento, organização, operacionalização dos serviços de
saúde.
saúde.
(C) consumo, sistema de necessidade e fiscalização sanitária.
sanitária.
(D) monitorização, coeficientes de cesarianas, efeitos adversos para
a saúde.
saúde.
(E) preocupações da comunidade, provisão de bens públicos,
tecnologia do conhecimento.
conhecimento.