O documento descreve o período do Primeiro Reinado no Brasil (1822-1831) sob o domínio de D. Pedro I. Aborda a consolidação do projeto de independência e manutenção da estrutura socioeconômica colonial, as lutas pela independência contra Portugal e o reconhecimento internacional do Brasil como nação independente sob tutela da Inglaterra. Também discute a organização política do Estado brasileiro através da Constituição de 1824 e a crise política durante o reinado, incluindo a Confederação do Equador, a
3. CONSOLIDAÇÃO DE UM PROJETO
DE PAÍS
- 7 de setembro de 1822: Grito
do Ipiranga.
- Diferenças com a América espanhola: uma monarquia
entre tantas repúblicas; manutenção da unidade territorial.
-Manutenção da estrutura socioeconômica do período
colonial: escravidão, latifúndio, domínio da oligarquia rural e
agroexportação de produtos primários.
4. LUTAS PELA INDEPENDÊNCIA
- Resistência interna no norte e no nordeste (Grão-Pará,
Maranhão e Bahia)
- D. Pedro I tem o apoio das elites locais (altos
funcionários públicos e membros da aristocracia rural)
- Expulsão de tropas portuguesas
que se opunham à separação entre
Brasil e Portugal.
- Maria Quitéria: lutou contra os
portugueses nas lutas de
independência na Bahia.
5. RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
- Estado Unidos (1824): Doutrina Monroe
“América para os americanos”
- Países da América Latina: resistência
devido ao sistema de governo adotado
no Brasil.
- Países europeus: aguardam o
reconhecimento de Portugal.
6. - Reconhecimento português em 1825 por
meio de um acordo mediado pela
Inglaterra, no qual o Brasil teve que
pagar 2 milhões de libras esterlinas como
exigência de Portugal (empréstimo feito
da Inglaterra).
- Governo britânico reafirma os tratados de
1810 em 1827: produtos ingleses
continuam com tarifas reduzidas (Tratado
de Amizade e Aliança)
RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
7. RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
- Inglaterra como tuteladora da nova monarquia:
interesse em explorar o mercado brasileiro e acabar
com a escravidão.
- Redução das taxas
alfandegárias inviabiliza o
desenvolvimento da
manufatura brasileira.
- Endividamento do Estado
brasileiro.
9. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO
BRASILEIRO
- Projeto de 1823: a Constituição da
Mandioca, voto censitário; divisão
dos poderes em Executivo
(imperador) e Legislativo
(deputados e senadores), sendo o
Legislativo soberano e limitando os
poderes do imperador.
10. A CONSTITUIÇÃO DE 1824 E A CIDADANIA
- D. Pedro dissolve a Assembleia e acaba
com o projeto.
- Projeto Monárquico: a Constituição de
1824 - voto censitário; monarquia vitalícia
e hereditária; catolicismo como religião do
Estado; separação do poder em Executivo
(imperador e ministros de Estado),
Legislativo (Câmara dos Deputados e
Senado), Judiciário (juízes e tribunais)e
MODERADOR (exclusivo do imperador);
11. CRISE POLÍTICA DO PRIMEIRO REINADO
- Confederação do Equador (1824)
- Guerra Cisplatina (1825-1828)
- Sucessão do trono português (1826)
- Noite das Garrafadas (1831)
12. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
- Ocorreu em Pernambuco.
- Crise econômica local leva à reação à Constituição.
- Defesa do republicanismo.
- Líderes: Frei Caneca, Cipriano Barata.
- Governo independente e temporário.
13. GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828)
- Província Cisplatina (atual
Uruguai).
- Importância: acesso ao Rio da
Prata.
- Separatismo com apoio
argentino.
- Campanha militar
fracassada.
- Aumento da impopularidade
do Imperador.
14. O DESGASTE DO IMPERADOR
- Questão sucessória em Portugal: morte do D. João
VI em 1826, o sucessor seria D. Pedro I (IV de
Portugal), que renuncia em favor de sua filha Maria
da Glória, mas tem o trono usurpado pelo irmão D.
Miguel.
- Recursos do Brasil são gastos com assuntos
portugueses.
- Balança comercial deficitária.
- Jornalista Libero Badaró (crítico do Imperador)
assassinado em 1830.
- Noite das Garrafadas (1831): portugueses x
brasileiros nas ruas.
15. A ABDICAÇÃO
- D. Pedro I renuncia em favor de
Pedro de Alcântara e embarca para
Portugal.
- O governo passa a ser exercido por
uma Regência, tendo em vista que
Pedro de Alcântara tinha 5 anos.
- Período de transição política no qual
se concretiza a hegemonia da elite
agrária, comercial e burocrática.