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CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE
    ESPÍRITO SANTO DO PINHAL




     CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO




        INCLUSÃO DIGITAL




   ADRIANA DO COUTO FONSECA




      ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
                2011
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           CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE
                ESPÍRITO SANTO DO PINHAL




                 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO




                     INCLUSÃO DIGITAL




ALUNO: Adriana do Couto Fonseca




                                   Trabalho      apresentado    como
                                   exigência para obtenção do título
                                   de Bacharel em Ciência da
                                   Computação ao Centro Regional
                                   Universitário de Espírito Santo do
                                   Pinhal – UNIPINHAL, na área de
                                   Ciência da Computação, Sob
                                   orientação da Profa. MSc. Patrícia
                                   Aparecida Zibordi Aceti.




                  ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
                            2011
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                             FOLHA DE APROVAÇÃO




Autor: Adriana do Couto Fonseca
Título: Inclusão Digital




                           _____________________________
                      Profª. Msc. Patrícia Aparecida Zibordi Aceti
                                       Orientador




                           ______________________________
                              Prof. Esp. Jasiel Pereira Pinto
                                        Membro




                           ______________________________
                             Profª. Dra. Monica Luri Giboshi
                                        Membro




                  Espírito Santo do Pinhal, 15 de Dezembro de 2011
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Dedicatória




Dedico este trabalho a Deus e aos meus pais Oliveira e Rita, que sempre me
apoiaram.
Porque sem Eles nada disso seria possível.
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                                  Agradecimento


A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram e incentivaram na realização
deste sonho. Principalmente nos momentos de maior dificuldade, que foram meu
suporte para que eu pudesse dar continuidade e finalizar esse trabalho.
6




                                                   SUMARIO


1.      INTRODUÇÃO...............................................................................................8
2.      SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO......................................................................9
2.1    Origens da Sociedade Da Informação.........................................................11
2.2    Sociedade da Informação No Brasil.............................................................12
3.     INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO....................................................................14
3.1    O uso da Tecnologia e Do Computador na Educação ..............................15
3.2    Computador: Vantagens do seu uso na Educação...................................19
3.3     Internet X Educação......................................................................................22
4.     EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS........................................................24
4.1    O professor perante as revoluções tecnológicas.......................................25
4.2    Os professores e a atualização tecnológica................................................27
5.     INCLUSÃO DIGITAL.....................................................................................29
5.1    O que é Inclusão Digital? ............................................................................29
5.2    Entendendo a Inclusão Digital...............................................................................30
6.    EXCLUSÃO DIGITAL .....................................................................................33
6.1    Fatores que contribuem para Exclusão Digital...........................................35
7.    CONCEITO DE TELECENTRO.......................................................................37
7.1    Objetivo dos telecentros...............................................................................37
7.2   Atividades a serem desenvolvidas nos telecentros...................................38
7.3   Funções do conselho gestor ........................................................................38
8.    CONCLUSÃO.................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................41
7




                                    Resumo


Este trabalho teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica para
compreender o processo de Inclusão Digital. Além disso, foi possível observar a
Sociedade da informação, cujo método de ensino é repleto de tecnologias. A partir
deste trabalho também foi possível compreender a importância do uso do
computador e de outras tecnologias na educação, além da influência da Internet.
Cabe ressaltar que a preparação dos professores para essa nova maneira de
ensinar é essencial. Pois ao longo deste trabalho foi possível ver que as pessoas
“incluídas socialmente” estão mais preparadas para o mercado de trabalho.
Palavras-chave: inclusão digital, computador, tecnologia, educação, mercado de
trabalho
8




         1. INTRODUÇÃO


         Inclusão Digital é a evolução da tecnologia da informação, permitindo a
todos a inserção na sociedade da informação, podendo ajudar no seu dia a dia,
maximizando o tempo de cada individuo, melhorando a vida das pessoas.
         Precisa ter um computador, acesso a internet e o domínio dessas
ferramentas, mas isso com o auxilio de um profissional qualificado para que o uso
destas seja correto.
         O público alvo da inclusão digital é composto por: portadores de
necessidades especiais, idosos, população de zonas de difícil acesso e de baixa
renda.
         Há diversas políticas de inclusão digital sendo implantadas para que a
população mais vulnerável possa ter acesso à tecnologia da informação.
         Com a utilização da internet, as informações encontram-se globalizadas e
disponíveis do mundo todo, sendo que a qualquer momento a população pode ter
acesso e informação sobre o que acontece.
9




        2. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO


        A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos
anos desse século, para substituir o conceito de “sociedade pós-industrial” e como
forma de apontar um novo modelo técnico e econômico.
        A expressão “Sociedade de Informação” refere-se a um modo de
desenvolvimento social e econômico em que a aquisição, armazenamento,
processamento,    valorização,     transmissão,     distribuição       e    disseminação       de
informação conducente à criação de conhecimento e à satisfação das necessidades
dos cidadãos e das empresas, desempenham um papel central na atividade
econômica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida dos cidadãos e
das suas práticas culturais. (TAKAHASHI , 2000)
        Esta sociedade pós-industrial ou esse novo modelo de sociedade tem,
segundo CASTELLS (2000, p.78) as seguintes características fundamentais:
        •     A informação é sua matéria-prima: as tecnologias se desenvolvem
para permitir o homem atuar sobre a informação propriamente dita, ao contrário do
passado quando o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as
tecnologias, criando implementos novos ou adaptando-os a novos usos.
        •     Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade porque a
informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e,
portanto todas essas atividades tendem a serem afetadas diretamente pela nova
tecnologia.
        •     Predomínio da lógica de redes. Esta lógica, característica de todo
tipo de relação complexa, pode ser, graças às novas tecnologias, materialmente
implementada em qualquer tipo de processo.
        •     Flexibilidade: a tecnologia favorece processos reversíveis, permite
modificação por reorganização de componentes e tem alta capacidade de
reconfiguração.
        •     Crescente    convergência        de    tecnologias,           principalmente     a
microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica, computadores, mas também e
crescentemente,    a   biologia.   O   ponto   central    aqui     é       que   trajetórias   de
10




desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornam-se interligadas e
transformam-se as categorias segundo as quais pensamos todos os processos.
        Os efeitos da valorização da informação, ao longo das últimas décadas,
provocaram mudanças que refletiram em todos os ambientes sociais e na economia
de maneira geral.
        O progresso tecnológico dos últimos anos tem colaborado de modo positivo
para a globalização, a “tecnologia” está presente em todos os lugares nas
residências, empresas, estabelecimentos, escolas, tornando a sociedade mais
informatizada.
        Analisando as características dos países, cada qual com seus costumes
sociais, políticos, culturais, econômicos e geográficos a “sociedade da informação”
deve se ajustar e atender as diferentes necessidades de cada um.
        De acordo com STEWART (1998, p.37), as fontes fundamentais de riqueza
da nova “Era da Informação” são o conhecimento e a comunicação e não mais os
recursos naturais ou o trabalho físico como na Era Industrial. Tais mudanças,
segundo o autor, devem ser encaradas como conseqüência de um movimento
revolucionário marcado por forças poderosas como a globalização das economias, a
disseminação da tecnologia da informação e o crescimento das redes de
computadores, o desmantelamento da hierarquia empresarial composta por vários
níveis etc.
        É possível observar ao longo da história do homem, desde os primórdios,
quando viviam em cavernas e desenhavam nas paredes, e por todo seu processo
evolutivo, sua necessidade em desenvolver maneiras que permitam registrar suas
informações a respeito da natureza, ajustando conhecimento na busca por
sobrevivência e evolução.
        A informação sempre foi à matéria prima para o desenvolvimento. As novas
tecnologias da comunicação e informação aceleraram o acesso e o intercâmbio de
informações em uma sociedade pautada pela informação e pelo conhecimento.
         A sociedade da informação e do conhecimento é uma realidade.
        Segundo BORGES (2000 p.32) esta é “uma resposta à dinâmica da
evolução, ao crescimento vertiginoso de experiências, invenções, inovações, dentro
de um enfoque sistêmico – onde a interdisciplinaridade é um fator determinante”. As
conseqüências da valorização da informação, ao longo das últimas décadas,
11




implicaram em transformações que repercutiram em todos os meios sociais e na
economia como um todo.
          Designações diversas para caracterizar a sociedade contemporânea e o
surgimento de uma nova economia após essas transformações têm sido
construídas.
          Castells (1999a) aborda a emergência de uma “Sociedade em Rede” e, após
uma passagem panorâmica e universal pelas transformações da economia mundial
contemporânea, afirma que, como tendência histórica, funções e processos
dominantes no atual contexto estão organizados, cada vez mais, em torno das
redes. Defende em sua tese que as redes constituem a nova morfologia social de
nossa sociedade e a difusão da lógica da rede modifica substantivamente a
operação e o resultado dos processos de produção, experiência, poder e cultura.
          Neste capítulo abordaremos a Sociedade da Informação como um todo,
apresentando suas características, procurando compreender a importância deste
tema, entendendo sua origem, ajustando conceitos e explicando informações.
          Estudaremos os elementos fundamentais desta sociedade e como eles
contribuem para seu desenvolvimento.




          2.1 Origem da Sociedade da Informação


          Ao longo do tempo a informação vem se aperfeiçoando desde as primeiras
informações mostradas pelos homens das cavernas em seus desenhos até os dias
atuais.
           Pode-se dizer que desde as primeiras invenções voltadas para
comunicação até os dias de hoje com o aparecimento da grande rede de
comunicação que é a internet, o homem convive com o aumento de informações
disponíveis que esse progresso representa.
          Vivemos na era da informação. A informação sobre previsão do tempo,
esportes, diversões, finanças, informação significa fatos: é o tipo de coisa presente
em livros, que pode se expressar em palavras ou imagens. As informações podem,
portanto vir em várias formas, o simples fato de responder uma pergunta gera uma
informação.
12




        Falar em Sociedade da Informação recomenda pensar em novas
tecnologias, foi surgimento de uma nova sociedade, onde a tecnologia predomina e
facilita relações sociais, culturais e econômicas, caracterizada pela capacidade de
se obter qualquer informação, em qualquer momento, em qualquer lugar, onde o
conhecimento é fundamental e deve ser cada vez mais compartilhado.
        Esta sociedade denominada por muitos de Sociedade da Informação,
embora o termo seja ideológico e impreciso, também recebe outras denominações,
como: Sociedade do Conhecimento, Sociedade do Saber, Nova economia,
Cibercultura, Sociedade Digital, Sociedade Contemporânea, Sociedade em Rede
entre outros.
        Não importa o nome, o importante é entender seu desenvolvimento, para
nossos estudos usaremos a expressão “Sociedade da Informação”.
        A evolução da informação gerou o uso de recursos da informática, onde os
mesmos ainda são pouco controlados, devido entre outros fatores o pequeno grau
de instrução de quem opera sistemas informatizados.
        Nos últimos anos, foi possível perceber uma grande evolução da
computação e da internet, e dessa forma a sociedade assumiu o controle de
transmissão da informação pela primeira vez na história. Ainda que com algumas
limitações e riscos, a sociedade começou a ganhar espaço nos meios de
comunicação, podendo participar de todo o processo, dessa maneira as pessoas
passam a participar da evolução do mundo e concretizar a passagem da sociedade
industrial para a sociedade de informação.




        2.2 A Sociedade da Informação No Brasil


        Nos últimos anos a tecnologia tem avançado de maneira significativa no
mundo todo.
        No decorrer da década de 90, existiram várias ações para dar força ao que
se chama hoje em dia como Sociedade da Informação.
        Visando favorecer a integração global, a tecnologia passou a estar presente
em todas as casas, escolas empresa e deixando as pessoas mais informadas.
        Considerando as particularidades dos países, com todas suas diferenças
como o da sociedade, da política, da cultura, da economia e até mesmo de sua
13




posição geográfica, que acaba por influenciar todos os outros aspectos, a
“sociedade da informação” deve adaptá-las e respeitá-las, atendendo então, as
diferenças de cada um.
       Tendo em vista a criação de políticas para o desenvolvimento econômico, a
criação de novas oportunidades, e concomitante ingresso na Sociedade da
Informação, em 1998 o Governo Federal através do MCT, encomendou um estudo
realizado por grupos de discussão, para apontar os possíveis contornos e diretrizes
de um programa de ações rumo a Sociedade da Informação no Brasil.
       O resultado deste estudo foi concretizado com o lançamento do Programa
Sociedade da Informação (SocInfo), através do Decreto 3.294, em 15 de dezembro
de 1999 (CHAHIN et al., 2004, p.34).
       No Brasil, como em todos os outros países, a “sociedade da informação”
mudou o perfil de profissionais que o mercado necessita, exigindo dessa maneira
uma mudança na maneira de ensinar nas instituições.
14




       3. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO


           Quando se fala no uso da Informática na educação pode-se dizer que os
sistemas    computacionais     não    transmitem      apenas      informações,       mas     se
administrados de maneira correta, podem interpretar a necessidade de informação
do aluno e fornecê-la de maneira adequada.
       O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto por parte da
direção quanto por parte dos educadores como ferramenta de apoio no ensino.
       Seu uso adequado cria a oportunidade de desenvolver e a organizar a
construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos
alunos, que são peças fundamentais para a construção do conhecimento.
       As transformações ocorridas nos meios de comunicação e o interesse
crescente em tecnologia apresentam uma nova forma de aprender e ensinar.
       A utilização dos recursos da informática na educação sempre foi um desafio
para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na
sociedade. Já em meados da década de 50, quando começaram a ser
comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e
armazenamento de informação, apareceram as primeiras experiências do seu uso
na educação (VALENTE, 1997).
       A Informática como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social
vem se tornando cada vez mais importante do ponto de vista educacional.
       Devido às novas tecnologias, a educação e sua antiga metodologia adotada
para ensinar vem passando por mudanças estruturais e funcionais.
       Não podemos negar que a tecnologia provoca mudanças no comportamento
das pessoas, desde a maneira como organizamos conhecimento até no nosso
relacionamento com o mundo.
       De acordo com (FRÓES) :


                     “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a
                     Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto,
                     de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém
                     pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto
15



                         manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma
                         diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora
                         como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.”


       É preciso reconhecer os benefícios que os meios de comunicação oferecem
na aprendizagem dos alunos, e cobrar dos educadores um método de ensino que
utilize diferentes fontes de conhecimento de livros convencionais, filmes a pesquisas
na internet, e que este trabalho tenha como objetivo a qualidade.
       A preocupação com a qualidade educacional é antiga. Mas, atualmente é
uma preocupação generalizada, pois envolve a problemática da igualdade e de
oportunidade.
       Os computadores podem ser usados, por exemplo, como ferramenta no
ensino de música baseado na educação, já que podem fornecer um ambiente para
diversas explorações através de estas possibilitarem a construção do conhecimento.
       Segundo ALMEIDA (2000) os computadores possibilitam representar e
testar idéias ou hipóteses, que levam a criação de um mundo simbólico e a
construção do conhecimento.




           3.1 O uso da Tecnologia e Do Computador na Educação


             O uso do computador na educação tem como papel ultrapassar os limites
do método convencional de ensinar, dando chance às escolas de reconstruir a forma
de se ensinar.
       A informática na educação possibilita ao professor a construção do seu
conhecimento, transformando a sala de aula num espaço real de interação, de troca
de resultados, e adaptando os dados à realidade do aluno.
       Quando falamos em computador usado com fins pedagógicos ele passa a
ser visto apenas como uma tecnologia, mas deve ser visto como uma ferramenta de
ensino usada para criar um ambiente interativo que proporcione ao aluno, buscar,
levantar    hipóteses,    pesquisar,     criar   e   deste     modo     construir    seu    próprio
conhecimento.
       A informática ultrapassou os outros meios de comunicação, principalmente
pela velocidade, com que as coisas se realizam, por isso dizemos que estamos
16




vivendo na era digital. Assim o computador se faz presente na produção e
divulgação de todas as formas de conhecimentos da humanidade.
        Dessa maneira computador pode ser incorporado no processo educativo dos
alunos, podendo se tornar um transformador de alterações, colaborando com uma
nova forma de aprender. Por meio desta máquina, cria-se a possibilidade do aluno
aprender “brincando”, construindo seu próprio conhecimento, e aprendendo com
seus próprios erros.
        Além disso, o professor ao se utilizar do computador, acaba transformando
o método tradicional de ensinar em aprendizagem contínua, fazendo com que os
alunos se comuniquem mais promovendo a troca e a valorização dos conhecimentos
e das habilidades de cada aluno. Professor e aluno tendem a se tornarem parceiros
nesta contínua busca em aprender, e interagem mais.
        O uso do computador na educação é um fenômeno recente, com seu início ,
e com o aparecimento da informática, o computador pode ser usado com maior
eficiência na educação.
                 De acordo com FONSECA (2001, p.2):



                       “É preciso lembrar que os computadores são ferramentas como quaisquer
                       outras. Uma ferramenta, sozinha, não faz o trabalho. É preciso um
                       profissional, um mestre no ofício, que a manuseie, que a faça fazer o que
                       ele acha que é preciso fazer. É preciso, antes da escolha da ferramenta, um
                       desejo, uma intenção, uma opção. Havendo isto, até a mais humilde sucata
                       pode transformar-se em poderosa ferramenta didática. Assim como o mais
                       moderno dos computadores ligado à Internet. Não havendo, é este que vira
                       sucata”.

        As formas de ensinar tendem a evoluir para poder acompanhar as
tecnologias sendo assim a prática de aprendizagem e a utilização de instrumentos
que distinguem a relação aluno-professor, não só o computador como vários outros
recursos multimídias tendem a ser inseridas no processo de educação como
ferramentas de ensino.
        Estas ferramentas, por assim dizer, não serão utilizadas para desqualificar
os instrumentos usados atualmente, (livros,apostilas,quadro,caderno etc..) e sim
serão utilizadas para acrescentar conhecimento e tornar as aulas mais interessantes
e proveitosas.
17




        Estes instrumentos nem sempre tem aceitação entre professores e
pedagogos, porque nenhum deles nasceu de uma necessidade expressa pela
educação, mas incentivam a aprendizagem.
        O computador não foi inventado para atender nenhuma necessidade da
educação, ainda assim, é um instrumento de comunicação e informações capaz de
produzir conhecimentos.
        Visto por determinados educadores como uma importante maneira de
motivar os alunos, sendo ainda capaz de receber e guardar documentos humanos e
realizar operações lógicas.
        Vale ressaltar que só é possível ter acesso às informações disponíveis na
máquina se tiver acesso aos seus documentos, e a informações contidas na rede se
houver conexão com a internet.
        A capacidade do computador é limitada, assim como os livros os
computadores transmitem conhecimentos, interagindo com os alunos em ambos
exemplos o professor tem nestes recursos um assistente e, em relação ao aspecto
interação instrumento-aluno o computador é superior, pois estando conectado com a
internet pode oferecer informações a respeito de qualquer assunto, de qualquer
lugar do planeta não se limitando a apenas uma disciplina ou assunto.
        O uso do computador como máquina para ensinar ainda provoca desacordo
entre alguns educadores, pois cada um tem um método de ensino.
        Sendo que alguns destes educadores acreditam que o computador deve ser
usado como um recurso de aprendizagem onde cada aluno possa administrar seu
próprio aprendizado. Existe um grupo que defende seu uso só como instrumento
didático, e não como um material fundamental para o ensino o computador seria um
suporte, fornecendo aos alunos, programas educativos e estruturados que visam um
determinado objetivo.



                     “Porém não se deve perder de vista que utilizar o computador apenas como
                     recurso de aprendizagem pode representar uma subutilização de um
                     recurso extremamente rico e versátil!”. (MARQUES: 1996, p. 96)



        As vantagens do computador em relação aos outros instrumentos usados
para ensinar estão no fato de que ele é um recurso audiovisual, interativo, que
obedece ao desempenho de cada aluno com prontidão.
18




         Todas essas características fazem do computador um interlocutor1
totalmente diferente daqueles com os quais o aluno se relaciona.
         A informática educativa utiliza-se de programas que mudam em conteúdo e
apresentação, e os mesmos servem de veículo de comunicação entre o homem e a
máquina, considerando também, que na teoria das Inteligência Múltiplas o processo
educacional observa que cada ser humano possui uma forma diferente de aprender

através de diferentes meios.Micotti (1999, p.158) afirma:


                         As atuais propostas pedagógicas, ao invés de transferência de conteúdos
                         prontos, acentuam a interação do aluno com o objeto de estudo, a pesquisa,
                         a construção dos conhecimentos para o acesso ao saber. As aulas são
                         consideradas como situações de aprendizagens, de mediação; nestas são
                         valorizadas o trabalho dos alunos (pessoal e coletivo) na apropriação do
                         conhecimento e a orientação do professor para o acesso ao saber.



         O abandono, a repetência, o desinteresse dos adolescentes com os estudos
e o despreparo para o mercado de trabalho apresenta a necessidade de repensar a
educação e experimentar novas opções , como por exemplo, o uso do computador
como ferramenta no processo institucional, tendo em mente o desenvolvimento de
novas habilidades, porque o aluno ao ter contato e fazer uso de novas ferramentas
precisa também aprender novos métodos para poder desenvolver estas habilidades
ou inteligência.
         O uso de tecnologia e de programas na educação não muda a relação
professor-aluno, apenas oferece novos atrativos, novas possibilidades de ganhos na
relação ensino-aprendizagem, com inovação e poder de comunicação. O grande
desafio para as instituições de ensino em relação à formação de seus professores
está no conhecimento para trabalhar com estas máquinas, (computadores) no
sentido de processar informações, selecionar tecnologias e aplicá-las às tarefas,
incluindo seus sistemas de programação.
          As escolas devem usar a tecnologia para que o professor desenvolva suas
habilidades e obtenha o aprendizado, atualizando-se constantemente.
         Modificar a escola e trocar antigos modelos é uma ação constante para os
educadores. A escola será mais expressiva, quando criar uma prática que a

1
 Interlocutor: Os interlocutores são as pessoas que participam do processo de interação que se dá
por meio da linguagem. É aquele que toma parte da conversação.
19




pronuncie com o ponto de vista do mundo e de sociedade, expressando o
movimento da prática social coletiva, transformando realidades sociais em direção a
liberdade.


                    Os computadores estão propiciando uma verdadeira revolução no processo
                    de ensino aprendizagem. Uma razão mais óbvia advém dos diferentes tipos
                    de abordagens de ensino que podem ser realizados através do computador,
                    devido a inúmeros programas desenvolvidos para auxiliar o processo de
                    ensino aprendizagem. Entretanto, a maior contribuição do computador como
                    meio educacional advém do fato de seu uso ter provocado o
                    questionamento dos métodos e processos do ensino utilizados.
                    (VALENTE,1993, p.47)
        Trabalhar visões diferentes a respeito deste assunto acaba por formar
críticos que estarão preparados para trabalhar com a chamada civilização de
imagens e informações e propor a aproximação desses recursos de comunicação,
utilizando-os de forma sistemática na escola e não tratá-los (computador, vídeo,
televisão e outros) como apenas mais uma solução didático-pedagógica já estudada.
        Vale ressaltar que ao se trabalhar os recursos tecnológicos na educação,
não basta apenas terem acesso a textos, sons, imagens, softwares, mas sim, que se
deixe claro o procedimento de sua aplicação enquanto proposta para utilização
dessas máquinas e seus recursos.
        É preciso mais que apenas compreender as tecnologias, entendendo o
processo de construção do conhecimento e como acontece o movimento do ensinar
e aprender, numa sociedade onde a comunicação permite que as pessoas tenham
acesso a informações que se multiplicam e se atualiza rapidamente, superando
tempo e espaço.
        Dessa maneira, é possível identificar que a relação entre ciência e
tecnologia vai aos poucos alterando o indivíduo e as sociedades; esta modificação
ocorre independente da utilização que se faça da tecnologia



      3.2    Computador: Vantagens do seu uso na Educação


        A entrada do computador, no ambiente escolar, atualmente deve ser vista
como uma necessidade para a inovação na metodologia de ensino, destacada na
capacidade de educadores se prepararem para uma renovada forma de ensino.
        A importância do papel do professor neste processo informatizado está em
se conscientizar de que não é ele quem deve recomendar o que é adequado para
20




cada aluno, mas sim é papel dele estar constantemente atento à capacidade de
cada um. Então, se o professor não se colocar dentro de seu tempo e caminhar em
direção ao desenvolvimento, ficará muito difícil gerar uma atuação docente de
qualidade.
        Modificar a escola e mudar antigos padrões é uma batalha constante para
os professores, que procuram uma educação humanizada, que forme indivíduos
capazes de transformar e se transformar, empenhados com uma sociedade menos
dicotômica, exigindo que o professor transforme seu papel de simples narrador e
privilegie o diálogo como método de aprendizagem.
        A relação de ensino/aprendizagem é uma relação de comunicação, que visa
formar e informar. Instrumentos que possam se encaixar nesta dinâmica são
importantes pela possibilidade de servir ao ensino. Livro, vídeo, fotografia,
computadores e outros são formas de comunicar conhecimentos e, como estes são
de interesse da educação.
        O computador é um instrumento independente do ensino, pois não foi uma
criação com fins pedagógicos.
        Porém, é também instrumento de comunicação, e por tanto, uma nova forma
de transmitir conhecimentos com grande influência.
        Segundo MARQUES et al. (1996), o computador é uma máquina capaz de
fornecer ao professor uma ferramenta potente para motivar seus alunos, fazendo-os
participar ativamente do trabalho escolar.
        Vale lembrar que o computador se diferencia dos outros instrumentos devido
ao fato de que ele não se limita a apenas transmitir informações, mas também pode
receber e trabalhar essas informações. Sendo assim, um computador é capaz de
interpretar a necessidade de informação do aluno e fornecê-la imediatamente.
        Dentre algumas vantagens que o computador apresenta em relação a outros
instrumentos, pode-se citar:
        - é um ótimo recurso audiovisual superior aos demais e ainda é interativo.
Neste sentido, pode solicitar e responder aos questionamentos do aluno, evitando
que este fique indiferente e, dessa maneira acabe por se distrair com outros
assuntos;
        - o computador tem a vantagem de não prejudicar o desempenho, pois tem
o poder de obedecer ao ritmo de aprendizado de cada aluno, repetindo a mesma
explicação o número de vezes que o aluno desejar;
21




        - podemos ver positivamente também a rapidez e eficiência com a qual o
computador resolve as duvidas e questionamentos;
        Desta forma, quando o aluno esta trabalhando com um conteúdo qualquer
ele pode ter uma avaliação imediata sobre o que precisa estudar mais para um
melhor entendimento do assunto.
        Essas características fazem do computador um instrumento totalmente
diferente dos demais que o aluno esta acostumado a utilizar. Dentre outras talvez
sejam essas peculiaridades as responsáveis pelo alto grau de motivação, por parte
dos alunos, em usar o computador sempre que possível.
        Segundo MARQUES et al. (1996):


                     (...) a motivação é extremamente importante para qualquer aprendizagem,
                     pois, sem ela, é pouco provável que a atenção do indivíduo esteja voltada
                     para o que deve aprender. O computador oferece vantagens sobre os
                     recursos tradicionais, pois pode ser programado para, por exemplo,
                     apresentar situações cada vez mais complexas para o aluno, após ter-se
                     certificado do conhecimento necessário por parte deste, através de
                     questões com dificuldades específicas sobre a matéria.


        A criação de um banco de dados com informações científicas, históricas e
outras que o aluno possa consultar quando precisar é outra maneira de utilizar o
computador.
        Dessa forma, o estudante pode ter uma maior autonomia e força de vontade
para realizar seu trabalho de forma independente.
        Do ponto de vista dos educadores que já utilizam o computador em suas
aulas, todos que são ligados à escola (como diretores e responsáveis pela grade
curricular e pelas ferramentas utilizadas) estão começando a aproveitar o poder dos
computadores para fazer melhorias na postura educacional e na eficácia das
escolas, as tornando mais modernas e deixando os alunos mais estimulados com
essa nova forma de pensar e de aprender.
        Educadores que já usam à informática na educação crêem que com os
sistemas dos quais disponibilizamos atualmente podem ser atingidos objetivos
como: a melhoria da alfabetização, a conquista de habilidades computacionais, a
melhoria no ensino de conceitos, o incentivo ao questionamento do aluno, a
instrução diferenciada.
        Os    computadores    também      estão    a   serviço    das   necessidades       do
aprendizado de estudantes portadores de deficiências físicas ou mentais,
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desmotivados, emocionalmente perturbados, com ausências crônicas, com medo
da,   aluno    geograficamente       isolado.     Muitas     famílias     também       utilizam
microcomputadores em casa para complementar a aprendizagem das crianças.
        Atualmente é fundamental ter um microcomputador em casa, dessa forma
as pessoas, estudantes ou não, estão sempre conectadas com tudo que ocorre no
mundo, mantendo-se sempre atualizado.
        No próximo item veremos o uso da internet na educação, e sua importância
nos dias de hoje.


       3.3 Internet x Educação


        Para fazer uma análise profunda e completa deste tema, não foram
estudadas somente as vantagens deste tipo de ferramenta na educação, mas
também como ela está sendo aplicado, o que já mudou e o que ainda tem que
mudar para tornar mais eficiente e eficaz a sua utilização e os possíveis problemas
dessa utilização.
        É possível saber que as escolas vão ter que estar mais bem equipadas e os
professores mais preparados.
        Nos últimos anos os educadores notaram o rápido desenvolvimento das
redes de computadores, o avanço do poder dos computadores pessoais e os
grandes avanços tecnológicos como uma grande possibilidade de gerar e armazenar
informações, a interatividade e capacidade de ultrapassar o tempo e a distância
entre o educador e aprendiz.
        Conforme CORRÊA (2004, p. 3).


                      “A tecnologia empregada funciona como força impulsionadora da
                      criatividade humana, da imaginação, devido à visibilidade de material que
                      circula na rede, permitindo que a comunicação se intensifique, ou seja, as
                      ferramentas promovem o convívio, o contato, enfim. Uma maior
                      aproximação ente as pessoas.”


        O acesso à Internet é um recurso barato que diminui a distancia diversos
recursos educacionais que fisicamente estariam fora do alcance de grande parte dos
alunos, professores, pesquisadores, cientistas e instituições brasileiras.
        No método de ensino convencional, onde se seguem todos os padrões
pedagógicos tradicionais, a Internet obtém grande destaque, quando aplicada como
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fonte de pesquisas, possibilitando consulta a bibliotecas, tirando dúvidas, além de
possuir um grande acervo de conhecimento que enriquece o aprendizado.
        Pelo fato de possuir ampla variedade de recursos multimídia que contribuem
para uma melhor exposição e compreensão do assunto, a Internet é um grande
atrativo para a busca de conhecimento.
        Essa variedade admite um maior poder de escolha se tornando um
diferencial da Internet em relação às demais tecnologias de informação empregadas
no ensino.
        A abundância de conteúdo e um chamado à exploração da informação
originado de sua maior interação entre o aluno e a tecnologia fazem da Internet a
ferramenta que apresenta as vantagens que as demais tecnologias de informação
até então já empregavam, mas com menos limitações.
        É possível perceber que existe um potencial imenso facilmente explorável:
colocar o estudante para ler e escrever com o computador acaba por incentivá-lo na
escrita e leitura convencionais.
        As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, pode ser uma
solução rica em possibilidades que contribuam com a melhora no nível de
aprendizagem, para isso é necessário que haja uma reformulação nos métodos de
ensino, que se criem novos modelos metodológicos, que se repense qual o
significado da aprendizagem.
        È necessário uma aprendizagem onde exista lugar para que se gere a
construção do conhecimento. Conhecimento idealizado como relação, ou produto da
relação entre o sujeito e seu conhecimento.
        Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu
próprio conhecimento, o grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova
realidade para dentro da sala de aula, o que significa mudar, de modo significativo, o
método educacional como um todo.
        Para se tornar viável a inserção de tecnologias como computadores e
internet nas escolas é necessário que os professores estejam preparados para
ensinar fazendo uso destas ferramentas.
        No capítulo a seguir serão apresentadas as mudanças que estão sendo
realizadas a fim de preparar os professores para educar na era digital.
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4 EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS


       Atualmente as instituições de ensino dispõem de vários recursos
audiovisuais para serem introduzidas durante o processo de ensino e aprendizagem.
       As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação
desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação
do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professor e aluno.
       CASTELLS , (1999b, p.50-51) descreve as tecnologias da seguinte forma:


                    ... as tecnologias não são [mais] simples ferramentas a serem aplicadas,
                    mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem
                    tornar-se a mesma coisa. Desta forma, os usuários podem assumir o
                    controle da tecnologia, como no caso da Internet. Segue-se uma relação
                    muito próxima entre os processos sociais de criação e manipulação de
                    símbolos (a cultura da sociedade) e a capacidade de produzir e distribuir
                    bens e serviços (forças produtivas)...
       .
       Contudo, diante deste novo cenário educacional, aparece uma nova questão
para o professor: saber como usar de forma pedagógica as mídias.
       Dessa maneira o professor que antes desenvolvia sua aula, tal como havia
se organizado durante seus estudos preparatórios e durante toda experiência em
sala de aula, se depara com uma situação que implica novas aprendizagens e
mudanças na prática pedagógica.
       Esse fato faz com que a maioria dos professores tema pelo uso da
informática na sala de aula, muitas vezes por medo do novo, ou somente por ver o
computador como algo difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos
conhecem mais o computador do que seus professores.
       Porém, o que se sabe é que o computador não veio para dificultar a vida das
pessoas, mas sim para ajudar e facilitar muitas atividades que seriam difíceis de
serem realizadas sem a informática
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        A revolução trazida pela internet mostra que a informação gerada em
qualquer lugar esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a
rapidez da informação são excelentes ganhos para a humanidade.
        A Internet tem colaborado para mudanças na comunicação e também nas
praticas educacionais.
        È possível perceber neste estudo que a tecnologia influencia a educação de
forma direta, e que de alguma maneira acaba por não só influenciá-la como também
por transformá-la pouco a pouco.




        4.1 O professor perante as revoluções tecnológicas


        Existem alguns fatores que atrapalham a propagação do uso do computador
como ferramenta de ensino: o fato dos professores não receberem uma preparação
adequada é uma delas.
        Nos cursos de Formação de Professores ainda não encontramos a adoção
desta prática. É preciso “ENSINAR” o professor desde o início do seu processo de
formação, fazendo-o entender que o computador tem como princípio, o papel de
propor profundas mudanças pedagógicas e não de automatizar o ensino,
promovendo a alfabetização digital.
        Para SILVA, (1996, p. 100)


                     "[...]o professor passa a ter um novo desafio: modificar a comunicação no
                     sentido da participação – intervenção [...] Não mais da prevalência do falar-
                     ditar, mas a resposta autônoma, criativa e não prevista dos alunos, o
                     rompimento de barreiras entre estes e o professor, e a disponibilidade de
                     redes de conexões no tratamento dos conteúdos de aprendizagem. [...] A
                     ousadia e autoria do professor estão como nunca evocadas..."


        A utilização da informática no ambiente escolar permite uma parceria entre
aluno e professor, que juntos buscam o conhecimento.
        As mudanças estão ocorrendo tanto no relacionamento professor e aluno,
quanto nos objetivos e nos métodos de ensino, e nesse processo de transformação
cabe ao professor buscar saber qual é o seu novo papel de forma crítica, consciente
e participativa.
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        O computador chegou à escola e tem tudo para revolucionar o atual
processo de ensino e aprendizagem.
        Computadores de última geração, internet sem fio, softwares educativos,
são algumas das novidades existentes no sistema de ensino público e particular.
        Os investimentos com informática são crescentes em toda rede de ensino,
no entanto, todo esse avanço não tem sido acompanhado pelos professores.
        Se a figura do professor continuar a ser apenas a de um transmissor de
fatos, como o é atualmente em nosso sistema de ensino, tanto professor quanto
computador podem fazer este papel. E a máquina terá grande vantagem sobre o
professor já que através dela é possível retirar informações ilimitadas, graças à
chegada da Internet.
        Para adaptar a Internet à educação, os professores precisam de preparação.
        Os professores devem ter formação adequada, suporte e oportunidades
para desenvolverem seu potencial.
        Os alunos universitários que escolhessem a Licenciatura, mestrado,
doutorado deveriam ter este tipo de formação. É necessário incentivar desde cedo
os futuros professores a se comunicar com outros professores via internet.
        E isso só é possível se eles tiverem os conhecimentos básicos e tiverem nas
universidades boas condições de ligação à rede.
        A Internet não é apenas uma nova ferramenta, mas também um meio de
comunicação. Esta idéia de adquirir conhecimento através da comunicação tem que
ser bem explorada para também ser transmitida mais tarde aos próprios alunos.
        Mas, todos estes argumentos se reduzem ao seguinte fato: a grande maioria
destes professores não vivenciou em sua época uma relação tão próxima de homem
contra máquina.
        Para grande maioria deles, o computador é uma novidade tão grande quanto
para as crianças que estão tendo contato pela primeira vez com esta nova
tecnologia.
        Segundo VALENTE (1997), o computador pode ser usado na educação
como máquina de ensinar ou como ferramenta para ensinar.
        O uso do computador como máquina de ensinar consiste na informatização
dos métodos de ensino tradicionais.
        Alguma pessoa faz no computador uma série de informações, que devem
ser passadas ao aluno na forma de um tutorial, exercício e prática ou jogo.
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        Entretanto, é muito comum encontrarmos essa abordagem sendo usada
como construtivista, ou seja, para propiciar a construção do conhecimento na
"cabeça" do aluno.
        Como se os conhecimentos fossem tijolos que devem ser justapostos e
sobrepostos na construção de uma parede. Nesse caso, o computador tem a
finalidade de facilitar a construção dessa "parede", fornecendo "tijolos" do tamanho
mais adequado, em pequenas doses e de acordo com a capacidade individual de
cada aluno. (VALENTE, 1997).
        Considerando as mudanças pelas quais a escola vem passando com a
entrada dos computadores no ensino, a formação do profissional adequado para
mediar à interação aluno-computador é fundamental.
        O que se percebe é que as novas tecnologias trouxeram impactos sobre
nosso dia-a-dia, exercendo importante papel nos desenvolvimentos dos serviços
educacionais e proporcionando avanço para a democratização da Educação.
        A seguir estaremos falando um pouco sobre formação dos professores para
o uso de novas tecnologias que estão sendo inseridas na escola.


        4.2 Os professores e a atualização tecnológica


        O aprendizado é conduzido por um conjunto de fatores, dentre eles, é
essencial a compreensão teórico-metodológica do professor.
        Tanto aluno como professores precisam ter claros seus objetivos para que a
aprendizagem seja significativa.
        Para a melhoria no ensino se faz necessário primeiramente uma concepção
definida pelo professor e, depois, uma articulação entre teoria (saber) e metodologia
(como fazer).
        Antigamente as pessoas acreditavam que quando o indivíduo terminava a
graduação, estaria pronto para atuar na profissão escolhida por toda vida; não
havendo necessidade de atualizar constantemente seus conhecimentos.
        Atualmente pode-se dizer que a realidade é diferente, principalmente para o
professor, que deve estar consciente de que sua formação é permanente, para que
possa acompanhar as mudanças significativas no cenário educacional.
        O professor, pesquisando junto com os estudantes acaba por estimular o
intercâmbio de informações entre eles.
28




          Com o passar do tempo, sabemos que se torna cada vez menor a utilização
do quadro negro, do livro-texto e do professor que aplicava muito conteúdo,
enquanto aumenta a aplicação de novas tecnologias.
          Não se pode esquecer que os mais poderosos e autênticos "recursos" da
aprendizagem continuam sendo o professor e o aluno que, juntos e dialogando,
poderão descobrir novos caminhos para ensinar e aprender..
          Estamos vivendo um momento em que a sociedade é denominada
“sociedade da informação” no qual não ter acesso às Tecnologias de Informação e
Comunicação pode ser fator de discriminação.
          O uso de tecnologias como ferramentas de ensino surge como um novo
recurso no processo de ensino-aprendizagem, e são importantes por que dessa
maneira o aluno pode estudar sozinho, diminuindo a distancia entre o aluno e a
escola.
          O professor deve sair de sua formação inicial, com conhecimentos que o
tornem apto não só a dar aulas, mas de fato ser um intermediário do conhecimento e
da aprendizagem de seus alunos.
          O que é, realmente, importante destacar é a interação, a atuação
participativa que é necessária em qualquer tipo de aula com ou sem tecnologia.
          Essa troca de informações é importante para que o estudante vivencie a
negociação de significados que irá iniciá-lo na aprendizagem de uma prática social
que será permanente na vida do cidadão do próximo milênio: a construção da
inteligência coletiva (MELLO, 1999).
          É necessário que os cursos que preparam professores se sensibilizem para
a expectativa transformadora do uso do computador para que o futuro professor
tenha garantido em sua formação a capacidade de assumir o intermédio das
interações entre professor-aluno-computador de modo que o aluno possa construir o
seu conhecimento em um ambiente desafiador, onde o computador seja um auxiliar
no desenvolvimento da autonomia e da criatividade.
          Independente do uso que se faça do computador e do ensinamento que o
ampara, o professor tem um papel importante a desempenhar. Cabe a ele organizar
e orientar todas as situações de aprendizagem, de modo a estimular e enriquecer o
conhecimento, afetivo e social dos alunos, e estes conhecimentos precisam ser
garantidos a ele em sua formação.
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        5     INCLUSÃO DIGITAL


       5.1 O que é Inclusão Digital?


        Inclusão digital é melhorar as condições de vida de algumas pessoas com
ajuda da tecnologia, não significa apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas
também ajudá-la, mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com
ajuda do computador e de toda tecnologia aprendida com a Inclusão.
        Desta maneira, antes de se falar em inclusão digital, é necessário entender
a inclusão social.
        Para BALBONI (2007, p. 30) a inclusão social “não se refere apenas a
partilha adequada de bens materiais e a participação na sociedade, mas a
oportunidade do indivíduo de poder transformar a sua realidade.”
        Atualmente a sociedade, conhecida por sociedade da informação, apresenta
uma grande diferença econômica entre as diversas classes sociais, esta diferença
afeta a inclusão digital.
        A melhor maneira de uma pessoa transformar a sua realidade é por meio da
informação (conhecimento), devido à desigualdade social varias pessoas não tem
acesso à internet, que é o maior veiculador de informação existente hoje.
        Conhecendo o conceito de inclusão social, pode-se falar também de
inclusão digital.
        Tendo em vista que a "[...] inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar
as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da
tecnologia" (RÊBELO, 2005).
        Com a inclusão digital é possível fazer mais do que apenas ensinar
informática, é possível mostrar a essas pessoas uma nova realidade. Expandir seus
horizontes e fazer com que ela perceba que o mundo não se limita apenas a
realidade de sua comunidade.
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        Desenvolvimento sem a Internet seria o mesmo que a industrialização sem
eletricidade na era industrial.
        Do ponto de vista de uma comunidade, a inclusão digital é aplicar as
tecnologias a procedimentos que ajudem no fortalecimento de suas atividades
econômicas, ajudando sua capacidade de organização, do nível educacional e da
auto-estima de seus integrantes, da integração com outros grupos, e serviços locais
e de sua qualidade de vida.


        5.2 Entendendo a Inclusão Digital


        Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um
preço menor não é, decididamente, inclusão digital. É preciso ensiná–las a utilizá–lo
em benefício próprio e coletivo.
        A Sociedade da Informação leva a necessidades sociais,fazendo com que a
inclusão digital ganhe força e estar incluído digitalmente passa a ser um direito do
cidadão e incluí-lo passa a ser um dever governamental.
        A inclusão digital pode ser entendida como uma forma de fazer os indivíduos
a saberem utilizar os recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
para obterem o acesso a esses recursos.
        O processo de inclusão digital deve estimular a capacidade das pessoas
utilizarem os recursos tecnológicos de forma competente e útil, para um uso
adequado das Tecnologias da Informação e Comunicação.
        Segundo NETO (2006, p. 3)


                      No mundo atual, há grande demanda e necessidade de informação e a inclusão
                      digital se faz necessária para possibilitar ao cidadão sua inclusão social, pois
                      praticamente qualquer área de trabalho se utiliza de computadores e
                      “softwares”. Assim, para o cidadão ingressar no mercado de trabalho há
                      necessidade de conhecimentos em informática. O conhecimento de uso e
                      acesso à Internet é uma considerável necessidade e, preponderante, para
                      qualquer programa de inclusão digital.


        Hoje em dia a sociedade tem mudado o seu perfil, o indivíduo precisa de
mais informação e conhecimento para conseguir utilizar as novas tecnologias, quer
sejam de tecnologias de comunicação ou até mesmo as tecnologias de informações.
        Isto tem ocorrido com grande freqüência, já que as principais atividades
econômicas e governamentais estão informatizadas.
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        A informatização das atividades tem exigido mais conhecimento dos
profissionais, assim sendo a inclusão digital torna-se cada vez mais importante, visto
que à medida que “tudo” vai sendo informatizado somente dominando o mundo
digital será possível se enquadrar neste perfil de profissional.
        Proenza    (2002)    definiu   um   guia     para   definição   de   políticas   de
desenvolvimento com base nas tecnologias de informação e comunicação. Segundo
o autor, os elementos apresentados para a definição de políticas públicas de
inclusão digital incluem:


           •   Acesso amplo à internet no que diz respeito à oportunidade e
               segurança;
           •   aprendizado democrático e em rede o qual está relacionado à
               questão da incorporação das TICs na educação e a preparação de
               pessoas competentes para promover o uso e o aperfeiçoamento
               permanente;
           •   Avaliação de Habilidades de Inclusão Digital: uma Proposta de
               Instrumento de Medida Universidade de Brasília Daniela Barbosa
               Santos
           •   Desenvolvimento competitivo e inclusivo de oportunidades de
               trabalho e mercado;
           •   Desenvolvimento social em rede que inclui ações de desenvolvimento
               para comunidades carentes e excluídas;
           •   Inserção da relação TIC e Pobreza na política de desenvolvimento
               nacional.


        O Comitê Gestor da Internet (CGI.Br2) inclui outras ações como:


           •   Garantir a existência de um ponto de fibra óptica em cada município
               para assegurar conectividade de qualidade;
           •   apoiar iniciativas de inclusão digital de cada município;
           •   garantir pelo menos o acesso coletivo nos municípios através das
               iniciativas locais dos telecentros;
32




           •   garantir que no menor prazo possível todas as escolas estejam bem
               conectadas à internet;
           •   garantir conectividade a todos os serviços de saúde pública,
               segurança e administração municipal;
           •   assegurar a utilização de sistemas e padrões abertos, para reduzir a
               um mínimo a dependência de sistemas e softwares proprietários ou
               com problemas de interoperabilidade;
           •   montar uma estratégia nacional de capacitação para que, em todos
               os níveis, pessoas e instituições, tendo o acesso aos meios e
               instrumentos, possam utilizá-los com eficácia;


       Para que a inclusão digital seja eficiente, não basta fornecer apenas
elementos para a obtenção de equipamentos e programas.
       É preciso investir na capacitação dos usuários para que eles saibam utilizar
beneficamente os recursos digitais, aprendendo, assimilando e propagando
conhecimento, compartilhando informações.
       Somente entrar em contato com a informação pode não gerar conhecimento.
       Para    adquirir   conhecimento   é   preciso   uma      boa   orientação,   este
conhecimento tem sido gerado pela Inclusão digital, ela também tem contribuído no
aumento de dos cidadãos na gestão pública e no controle do governo.
       O Livro Verde concorda que para conseguir a inclusão digital da maioria da
população é necessário fazer com que toda ela tenha acesso à Internet. Dessa
forma, multiplicam iniciativas que tem como objetivo a alfabetização digital e acesso
às TIC, particularmente ao computador e à Internet.
       A inclusão digital que vem sendo praticada tem atingido apenas a
necessidade de preparar as pessoas, conforme o interesse da sociedade Digital
para dessa maneira inseri-lo no mercado, fazer com que o cidadão aprenda a usar
as tecnologias com o objetivo de inseri-lo no mercado de trabalho, e não garantem a
construção do conhecimento com apropriação crítica da tecnologia que atente
mudança comportamental no indivíduo e em seu grupo social.
33




       6. EXCLUSÃO DIGITAL


            A informática facilitou a vida dos cidadãos, ao mesmo tempo em que
intensificou as diferenças entre as classes sociais, pois quem não utiliza suas
tecnologias encontra dificuldades de conseguir boas oportunidades de emprego,
estudo e lazer.
            No auge da informática foi impossível evitar o surgimento de um grupo de
pessoas que ainda sofrem a falta de domínio digital. Eles são chamados excluídos
digitais.
            Pessoas que por um motivo ou outro não ingressaram no aprendizado da
informática.
            A exclusão digital tem características bem semelhantes ao analfabetismo
clássico.
            Vale lembrar que assim como a escrita foi iniciada como um instrumento de
comunicação altamente necessário para sociedades antigas, o digital exclui e
seleciona indivíduos da mesma forma.
            As pessoas que sabiam escrever e ler eram muito valorizadas na
antiguidade, o mesmo acontecendo com indivíduos que dominam a informática hoje
em dia.
            Este processo de seleção é natural, se tratando de conhecimento, já que
aqueles com mais conhecimento e habilidades se destacam no mercado de
trabalho.
            A exclusão existe desde que o mundo é mundo. E com um mundo
extremamente capitalista podemos dizer que muitos são os excluídos.
            O termo exclusão digital geralmente é usado para indicar o não acesso as
Tecnologias de Informação e Comunicação pelos indivíduos.
            Porém, achamos que este termo designa muito mais, pois hoje exclusão
digital caminha lado a lado com a exclusão social.
34




        Sendo assim, se um cidadão não estiver incluído digitalmente ele perde
espaço neste mundo competitivo, ou seja, estar excluído socialmente é excluído
digitalmente.
        A exclusão digital no Brasil é a imagem da exclusão social, pois a maioria
dos excluídos digitalmente estão excluídos socialmente.
        Lemos (2001) diz:

                      “O antídoto para a exclusão digital estaria disponível nas próprias
                     tecnologias que se estabelecem como uma das principais fontes da
                     desigualdade social contemporânea. “A inclusão social viria por meio da
                     inclusão digital e da utilização de novas mídias e tecnologias, mobilizando
                     um novo arsenal de políticas públicas, sobretudo nos países em
                     desenvolvimento”.


        A inclusão digital deveria ser produto de uma política pública cujo orçamento
teria como destino a inclusão e oportunidades a todos os cidadãos.
        Neste contexto, é preciso levar em conta indivíduos com baixa escolaridade,
baixa renda, com limitações físicas e idosos.
        Uma ação prioritária deveria ser voltada às crianças e jovens, pois
constituem a próxima geração.Políticas públicas podem aproveitar as novas
tecnologias para melhorar as condições de vida do conjunto da população e dos
mais pobres, mas a luta contra a exclusão digital é, principalmente, uma luta para
encontrar caminhos para diminuir o impacto negativo das novas tecnologias sobre a
distribuição de riqueza e oportunidades de vida.
        Para LUCAS (2000, p.161)


                     (...) a exclusão digital é mais uma barreira socioeconômica entre indivíduos,
                     famílias, empresas e regiões geográficas, a qual decorre da desigualdade
                     quanto ao acesso e uso das tecnologias da informação e comunicação, hoje
                     simbolizadas na Internet. Apontam-se como benefícios da extensão da
                     cidadania para os digitalmente excluídos, a possível melhoria das condições
                     de educação, saúde, oportunidades econômicas e participação democrática
                     na administração pública(...)


        Pode-se dizer que a exclusão digital é um dos grandes desafios deste início
de século, com importantes conseqüências nos diversos aspectos da vida humana
na contemporaneidade.
        As desigualdades existentes, já populares entre pobres e ricos entram na
era digital e a tendência é que elas aumentem com a mesma velocidade com que
surgem as novas tecnologias.
35




        A Internet “de todos para todos” como pautado no Livro Verde só será
possível se forem criadas condições para o acesso público dos cidadãos às redes
digitais de forma ampla.
        SILVEIRA (2003, p. 29) sugere que para melhorarmos o quadro da exclusão
digital é importante tratá-la como uma questão de cidadania sendo necessárias
políticas públicas que visem diminuir as desigualdades.
        Vale ressaltar que atualmente o profissional buscado pelo mercado de deve
ser alguém com capacidade de aprendizagem constante, que se adapte a mudanças
com facilidade, com capacidade para trabalhar em grupo e que domine a linguagem
das novas tecnologias de comunicação e informação. Sendo assim, o profissional
solicitado hoje em dia deve ser alfabetizado não apenas nas letras, mas também do
ponto de vista digital.
        Por fim, semelhantes à luta pela democratização econômica e social visando
garantir a todos os direitos de cidadania deverão ser estabelecidas soluções para se
ter uma popularização do acesso às redes digitais, sendo assim, a melhor maneira
para combater a exclusão digital em longo prazo é investir na educação, nas
escolas, de modo que a população tenha acesso desde a infância às novas
tecnologias.




       6.1 Fatores que contribuem para Exclusão Digital


        A Exclusão Digital é resultado das diferenças sociais, econômicas e políticas
e tem se intensificando a cada ano devido à falta de incentivo e iniciativa do
governo.
        Pode-se dizer que a Exclusão digital é a condição na qual um indivíduo ou
grupo de pessoas não tem a possibilidade de utilizar os meios modernos da
tecnologia digitai.
        Esta situação compromete a mobilidade social e a empregabilidade de uma
pessoa destacando o problema da exclusão social que reflete diretamente na
exclusão digital.
        Muitos são os fatores contribuem, para a exclusão digital, os segundo
segundo Afonso (2000, p.10) são:
36




a) Infra-estrutura Precária em Telecomunicações:
   É necessária uma infra-estrutura razoável em telecomunicações. Se não
   existe tal infra-estrutura, é necessário construí-la e isso demanda tempo e
   dinheiro. Esse problema atinge principalmente os países subdesenvolvidos,
   justamente os que apresentam menores condições de resolvê-los.
   É   extremamente       necessário    o    aperfeiçoamento      das   redes   de
   telecomunicações para que as mesmas suportem a transmissão de
   informações com a introdução de novas tecnologias, tanto do lado dos
   equipamentos da rede (elementos de rede), quanto dos meios de transmissão
   (redes de transporte) e dos sistemas de operação para gerenciamento e que
   exista uma rede de formação à distância e presencial para os monitores que
   trabalham no atendimento direto às comunidades.


b) Custo de Acesso:
    O custo de acesso é mensurado basicamente por três indicadores: preço
    dos computadores, custo das tarifas telefônicas e despesas com provedor
    de acesso à Internet.


c) Conteúdo:
    É a obtenção de informação que motiva as pessoas a utilizarem a Internet.
    Portanto, a ausência de informação relevante também deve ser considerada
    uma barreira. Prover informação sob demanda a um público tão
    heterogêneo tem se mostrado uma árdua tarefa.


d) Censura:
    Mecanismos de censura também atrapalham a disseminação da Internet.
    Casos recentes incluem o governo chinês, que controla o acesso dos
    internautas de seu país ao conteúdo de sites ocidentais sob a justificativa de
    proteger o regime ditatorial comunista e o Talibã que proibiu o uso da
    Internet no Afeganistão sob justificativas fanático-religiosas.
37




      7. CONCEITO DE TELECENTRO


        A inclusão digital visa a melhoraria das condições de vida de uma
determinada comunidade e incluí-la digitalmente, oferecendo melhores condições
sociais com o uso dos computadores e não apenas “alfabetizar” as pessoas em
informática.
        Segundo Rebelo (2005) é importante mostrar como as pessoas podem
ganhar dinheiro e melhorar de vida com essa tecnologia. Muitos compreendem que
incluir digitalmente nada mais é do que colocar computadores na frente das pessoas
e ensiná-las a usar um editor de texto e pacotes de escritório.
        Colocar o computador ao alcance das mãos das pessoas ou apenas vendê-
los mais baratos definitivamente não é inclusão digital. É preciso ensiná-las e ajudá-
las a usar em beneficio próprio e coletivo.
        Telecentros Comunitários são espaços públicos equipados de computadores
conectados à Internet em banda larga, onde são realizadas atividades, por meio do
uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação).
        A questão do acesso pela perspectiva tecnológica ou financeira não é o
principal ou o único fator da inclusão.
        Entende-se que incluir digitalmente não é somente equipar a população com
tecnologias, mas sim proporcionar meios de comunicação e aprendizado a toda à
sociedade.




       7.1 Objetivo dos telecentros:


             •   Promover o desenvolvimento social e econômico da comunidade
                 atendida, reduzido a exclusão social, criando oportunidades aos
                 cidadãos, membros desta sociedade;
38




           •   Implantação de um espaço público que permita ao cidadão interagir
               com outros que já tenham acesso aos recursos das TICs, bem como
               com o Poder Público, por meio dos Portais de Governo Eletrônico;
           •   Uso de ferramentas (computadores, impressoras, conectividade e
               outros equipamentos audiovisuais e/ou multimídia), para uso em
               capacitações e atividades diversas ligadas à Inclusão Digital para
               todo o público alvo.




        7.2 Atividades a serem desenvolvidas nos telecentros


        O conselho poderá ter de 9 a 13 membros. Pode participar qualquer cidadão
da comunidade a partir de 18 anos e que tenha interesse de colaborar para as ações
e atividades do projeto telecentro.
        Entre as diversas atividades que podem ser desenvolvidas no âmbito da
inclusão digital pela comunidade local, no Telecentro, destacamos as seguintes:
           •   Uso livre dos equipamentos;
           •   Acesso à internet;
           •   Cursos de informática básica;
           •   Curso de navegação na Internet;
           •   Uso preferencial de softwares de plataforma aberta e não proprietária,
               conforme as diretrizes do Governo Federal;
           •   Realização de oficinas de capacitação e oficinas diversas que
               possam utilizar as TICs disponíveis no Telecentro;
           •   Produção e compartilhamento de conhecimento coletivo (conteúdos
               produzidos a partir das capacitações);
           •   Realização de atividades sócio-culturais para mobilização social e/ou
               divulgação do conhecimento;
           •   Oficinas de alfabetização digital.




        6.3 Funções do conselho gestor
39




As principais funções do conselho gestor são:
   •   Acompanhar e fiscalizar o atendimento e as atividades gerais do
       telecentro.
   •   Apresentar propostas de melhoria e ampliação das atividades do
       projeto.
   •   Apoiar o trabalho dos monitores e coordenadores para o bom
       desempenho do Projeto.
   •   Discutir, aprovar, ou alterar o regimento interno e estatuto do
       telecentro.
   •   Fazer, divulgação na comunidade local para que todos participem dos
       cursos/atividades.
   •   Buscar Parcerias locais para manutenção do espaço e criação de
       novas atividades de capacitação.
40




      8. CONCLUSÃO


       Qualquer estudo que pretende se aprofundar sobre o uso de novas
tecnologias na educação deve ir além da observação do modelo padrão do uso do
computador como mera peça de adorno ou referência de status.
       Deve refletir que a questão da informática na educação vai mais além de
discutir este ou aquele programa, e se dedicar a entender como ele pode ser usado
para auxiliar nas propostas de mudanças; das próprias mudanças operadas por ele
na prática pedagógica.
       O crescimento da informática exerce grande impacto na vida da sociedade
da informação. Vários setores como o produtivo, o industrial, o financeiro, da
pesquisa científica, das comunicações, etc., já estão informatizados, sendo assim
fica fácil perceber que o profissional que será mais procurado para este mercado
será aquele que está adaptado a toda esta tecnologia.
       Portanto, são necessárias políticas públicas que criem programas de
Inclusão Digital e incentivem os jovens a procurá-lo, mantendo boas máquinas e
acesso a internet, e bons professores capacitados e aptos a ensinar utilizando a
tecnologia e os computadores como ferramenta.
       Assim sendo, justifica-se um estudo acerca do tema sobre a inclusão de
alunos excluídos digital e socialmente, pois estes jovens precisam desta inclusão
para terem condições de concorrer no mercado de trabalho com os outros jovens
que convivem com a tecnologia e com os computadores diariamente.
41




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


AFONSO, Carlos Alberto. Internet no Brasil: o acesso para todos é possível?
Disponível em: <http://www.fes.org.br/publicacoes.htm> Acesso EM 29/10/11


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consumo e a produção de informação em centros públicos de acesso à internet no
Brasil. 2007. 242f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Escola de
Comunicações e Artes, Departamento de Jornalismo e Editoração, São Paulo.


BORGES, Maria Alice Guimarães. A compreensão da sociedade da informação.
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FONSECA,       Lúcio.   Tecnologia      na     Escola.   2001.      Endereço   Eletrônico:
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LEMOS, A. L. M. (2001). As estruturas antropológicas do ciberespaço. Disponível
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Inclusão Digital: Telecentros e educação

  • 1. 1 CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO INCLUSÃO DIGITAL ADRIANA DO COUTO FONSECA ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 2011
  • 2. 2 CENTRO REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE ESPÍRITO SANTO DO PINHAL CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO INCLUSÃO DIGITAL ALUNO: Adriana do Couto Fonseca Trabalho apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação ao Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL, na área de Ciência da Computação, Sob orientação da Profa. MSc. Patrícia Aparecida Zibordi Aceti. ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 2011
  • 3. 3 FOLHA DE APROVAÇÃO Autor: Adriana do Couto Fonseca Título: Inclusão Digital _____________________________ Profª. Msc. Patrícia Aparecida Zibordi Aceti Orientador ______________________________ Prof. Esp. Jasiel Pereira Pinto Membro ______________________________ Profª. Dra. Monica Luri Giboshi Membro Espírito Santo do Pinhal, 15 de Dezembro de 2011
  • 4. 4 Dedicatória Dedico este trabalho a Deus e aos meus pais Oliveira e Rita, que sempre me apoiaram. Porque sem Eles nada disso seria possível.
  • 5. 5 Agradecimento A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram e incentivaram na realização deste sonho. Principalmente nos momentos de maior dificuldade, que foram meu suporte para que eu pudesse dar continuidade e finalizar esse trabalho.
  • 6. 6 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO...............................................................................................8 2. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO......................................................................9 2.1 Origens da Sociedade Da Informação.........................................................11 2.2 Sociedade da Informação No Brasil.............................................................12 3. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO....................................................................14 3.1 O uso da Tecnologia e Do Computador na Educação ..............................15 3.2 Computador: Vantagens do seu uso na Educação...................................19 3.3 Internet X Educação......................................................................................22 4. EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS........................................................24 4.1 O professor perante as revoluções tecnológicas.......................................25 4.2 Os professores e a atualização tecnológica................................................27 5. INCLUSÃO DIGITAL.....................................................................................29 5.1 O que é Inclusão Digital? ............................................................................29 5.2 Entendendo a Inclusão Digital...............................................................................30 6. EXCLUSÃO DIGITAL .....................................................................................33 6.1 Fatores que contribuem para Exclusão Digital...........................................35 7. CONCEITO DE TELECENTRO.......................................................................37 7.1 Objetivo dos telecentros...............................................................................37 7.2 Atividades a serem desenvolvidas nos telecentros...................................38 7.3 Funções do conselho gestor ........................................................................38 8. CONCLUSÃO.................................................................................................40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................41
  • 7. 7 Resumo Este trabalho teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica para compreender o processo de Inclusão Digital. Além disso, foi possível observar a Sociedade da informação, cujo método de ensino é repleto de tecnologias. A partir deste trabalho também foi possível compreender a importância do uso do computador e de outras tecnologias na educação, além da influência da Internet. Cabe ressaltar que a preparação dos professores para essa nova maneira de ensinar é essencial. Pois ao longo deste trabalho foi possível ver que as pessoas “incluídas socialmente” estão mais preparadas para o mercado de trabalho. Palavras-chave: inclusão digital, computador, tecnologia, educação, mercado de trabalho
  • 8. 8 1. INTRODUÇÃO Inclusão Digital é a evolução da tecnologia da informação, permitindo a todos a inserção na sociedade da informação, podendo ajudar no seu dia a dia, maximizando o tempo de cada individuo, melhorando a vida das pessoas. Precisa ter um computador, acesso a internet e o domínio dessas ferramentas, mas isso com o auxilio de um profissional qualificado para que o uso destas seja correto. O público alvo da inclusão digital é composto por: portadores de necessidades especiais, idosos, população de zonas de difícil acesso e de baixa renda. Há diversas políticas de inclusão digital sendo implantadas para que a população mais vulnerável possa ter acesso à tecnologia da informação. Com a utilização da internet, as informações encontram-se globalizadas e disponíveis do mundo todo, sendo que a qualquer momento a população pode ter acesso e informação sobre o que acontece.
  • 9. 9 2. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século, para substituir o conceito de “sociedade pós-industrial” e como forma de apontar um novo modelo técnico e econômico. A expressão “Sociedade de Informação” refere-se a um modo de desenvolvimento social e econômico em que a aquisição, armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição e disseminação de informação conducente à criação de conhecimento e à satisfação das necessidades dos cidadãos e das empresas, desempenham um papel central na atividade econômica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida dos cidadãos e das suas práticas culturais. (TAKAHASHI , 2000) Esta sociedade pós-industrial ou esse novo modelo de sociedade tem, segundo CASTELLS (2000, p.78) as seguintes características fundamentais: • A informação é sua matéria-prima: as tecnologias se desenvolvem para permitir o homem atuar sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado quando o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando implementos novos ou adaptando-os a novos usos. • Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade porque a informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto todas essas atividades tendem a serem afetadas diretamente pela nova tecnologia. • Predomínio da lógica de redes. Esta lógica, característica de todo tipo de relação complexa, pode ser, graças às novas tecnologias, materialmente implementada em qualquer tipo de processo. • Flexibilidade: a tecnologia favorece processos reversíveis, permite modificação por reorganização de componentes e tem alta capacidade de reconfiguração. • Crescente convergência de tecnologias, principalmente a microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica, computadores, mas também e crescentemente, a biologia. O ponto central aqui é que trajetórias de
  • 10. 10 desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornam-se interligadas e transformam-se as categorias segundo as quais pensamos todos os processos. Os efeitos da valorização da informação, ao longo das últimas décadas, provocaram mudanças que refletiram em todos os ambientes sociais e na economia de maneira geral. O progresso tecnológico dos últimos anos tem colaborado de modo positivo para a globalização, a “tecnologia” está presente em todos os lugares nas residências, empresas, estabelecimentos, escolas, tornando a sociedade mais informatizada. Analisando as características dos países, cada qual com seus costumes sociais, políticos, culturais, econômicos e geográficos a “sociedade da informação” deve se ajustar e atender as diferentes necessidades de cada um. De acordo com STEWART (1998, p.37), as fontes fundamentais de riqueza da nova “Era da Informação” são o conhecimento e a comunicação e não mais os recursos naturais ou o trabalho físico como na Era Industrial. Tais mudanças, segundo o autor, devem ser encaradas como conseqüência de um movimento revolucionário marcado por forças poderosas como a globalização das economias, a disseminação da tecnologia da informação e o crescimento das redes de computadores, o desmantelamento da hierarquia empresarial composta por vários níveis etc. É possível observar ao longo da história do homem, desde os primórdios, quando viviam em cavernas e desenhavam nas paredes, e por todo seu processo evolutivo, sua necessidade em desenvolver maneiras que permitam registrar suas informações a respeito da natureza, ajustando conhecimento na busca por sobrevivência e evolução. A informação sempre foi à matéria prima para o desenvolvimento. As novas tecnologias da comunicação e informação aceleraram o acesso e o intercâmbio de informações em uma sociedade pautada pela informação e pelo conhecimento. A sociedade da informação e do conhecimento é uma realidade. Segundo BORGES (2000 p.32) esta é “uma resposta à dinâmica da evolução, ao crescimento vertiginoso de experiências, invenções, inovações, dentro de um enfoque sistêmico – onde a interdisciplinaridade é um fator determinante”. As conseqüências da valorização da informação, ao longo das últimas décadas,
  • 11. 11 implicaram em transformações que repercutiram em todos os meios sociais e na economia como um todo. Designações diversas para caracterizar a sociedade contemporânea e o surgimento de uma nova economia após essas transformações têm sido construídas. Castells (1999a) aborda a emergência de uma “Sociedade em Rede” e, após uma passagem panorâmica e universal pelas transformações da economia mundial contemporânea, afirma que, como tendência histórica, funções e processos dominantes no atual contexto estão organizados, cada vez mais, em torno das redes. Defende em sua tese que as redes constituem a nova morfologia social de nossa sociedade e a difusão da lógica da rede modifica substantivamente a operação e o resultado dos processos de produção, experiência, poder e cultura. Neste capítulo abordaremos a Sociedade da Informação como um todo, apresentando suas características, procurando compreender a importância deste tema, entendendo sua origem, ajustando conceitos e explicando informações. Estudaremos os elementos fundamentais desta sociedade e como eles contribuem para seu desenvolvimento. 2.1 Origem da Sociedade da Informação Ao longo do tempo a informação vem se aperfeiçoando desde as primeiras informações mostradas pelos homens das cavernas em seus desenhos até os dias atuais. Pode-se dizer que desde as primeiras invenções voltadas para comunicação até os dias de hoje com o aparecimento da grande rede de comunicação que é a internet, o homem convive com o aumento de informações disponíveis que esse progresso representa. Vivemos na era da informação. A informação sobre previsão do tempo, esportes, diversões, finanças, informação significa fatos: é o tipo de coisa presente em livros, que pode se expressar em palavras ou imagens. As informações podem, portanto vir em várias formas, o simples fato de responder uma pergunta gera uma informação.
  • 12. 12 Falar em Sociedade da Informação recomenda pensar em novas tecnologias, foi surgimento de uma nova sociedade, onde a tecnologia predomina e facilita relações sociais, culturais e econômicas, caracterizada pela capacidade de se obter qualquer informação, em qualquer momento, em qualquer lugar, onde o conhecimento é fundamental e deve ser cada vez mais compartilhado. Esta sociedade denominada por muitos de Sociedade da Informação, embora o termo seja ideológico e impreciso, também recebe outras denominações, como: Sociedade do Conhecimento, Sociedade do Saber, Nova economia, Cibercultura, Sociedade Digital, Sociedade Contemporânea, Sociedade em Rede entre outros. Não importa o nome, o importante é entender seu desenvolvimento, para nossos estudos usaremos a expressão “Sociedade da Informação”. A evolução da informação gerou o uso de recursos da informática, onde os mesmos ainda são pouco controlados, devido entre outros fatores o pequeno grau de instrução de quem opera sistemas informatizados. Nos últimos anos, foi possível perceber uma grande evolução da computação e da internet, e dessa forma a sociedade assumiu o controle de transmissão da informação pela primeira vez na história. Ainda que com algumas limitações e riscos, a sociedade começou a ganhar espaço nos meios de comunicação, podendo participar de todo o processo, dessa maneira as pessoas passam a participar da evolução do mundo e concretizar a passagem da sociedade industrial para a sociedade de informação. 2.2 A Sociedade da Informação No Brasil Nos últimos anos a tecnologia tem avançado de maneira significativa no mundo todo. No decorrer da década de 90, existiram várias ações para dar força ao que se chama hoje em dia como Sociedade da Informação. Visando favorecer a integração global, a tecnologia passou a estar presente em todas as casas, escolas empresa e deixando as pessoas mais informadas. Considerando as particularidades dos países, com todas suas diferenças como o da sociedade, da política, da cultura, da economia e até mesmo de sua
  • 13. 13 posição geográfica, que acaba por influenciar todos os outros aspectos, a “sociedade da informação” deve adaptá-las e respeitá-las, atendendo então, as diferenças de cada um. Tendo em vista a criação de políticas para o desenvolvimento econômico, a criação de novas oportunidades, e concomitante ingresso na Sociedade da Informação, em 1998 o Governo Federal através do MCT, encomendou um estudo realizado por grupos de discussão, para apontar os possíveis contornos e diretrizes de um programa de ações rumo a Sociedade da Informação no Brasil. O resultado deste estudo foi concretizado com o lançamento do Programa Sociedade da Informação (SocInfo), através do Decreto 3.294, em 15 de dezembro de 1999 (CHAHIN et al., 2004, p.34). No Brasil, como em todos os outros países, a “sociedade da informação” mudou o perfil de profissionais que o mercado necessita, exigindo dessa maneira uma mudança na maneira de ensinar nas instituições.
  • 14. 14 3. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO Quando se fala no uso da Informática na educação pode-se dizer que os sistemas computacionais não transmitem apenas informações, mas se administrados de maneira correta, podem interpretar a necessidade de informação do aluno e fornecê-la de maneira adequada. O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto por parte da direção quanto por parte dos educadores como ferramenta de apoio no ensino. Seu uso adequado cria a oportunidade de desenvolver e a organizar a construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, que são peças fundamentais para a construção do conhecimento. As transformações ocorridas nos meios de comunicação e o interesse crescente em tecnologia apresentam uma nova forma de aprender e ensinar. A utilização dos recursos da informática na educação sempre foi um desafio para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na sociedade. Já em meados da década de 50, quando começaram a ser comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e armazenamento de informação, apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação (VALENTE, 1997). A Informática como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem se tornando cada vez mais importante do ponto de vista educacional. Devido às novas tecnologias, a educação e sua antiga metodologia adotada para ensinar vem passando por mudanças estruturais e funcionais. Não podemos negar que a tecnologia provoca mudanças no comportamento das pessoas, desde a maneira como organizamos conhecimento até no nosso relacionamento com o mundo. De acordo com (FRÓES) : “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto
  • 15. 15 manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.” É preciso reconhecer os benefícios que os meios de comunicação oferecem na aprendizagem dos alunos, e cobrar dos educadores um método de ensino que utilize diferentes fontes de conhecimento de livros convencionais, filmes a pesquisas na internet, e que este trabalho tenha como objetivo a qualidade. A preocupação com a qualidade educacional é antiga. Mas, atualmente é uma preocupação generalizada, pois envolve a problemática da igualdade e de oportunidade. Os computadores podem ser usados, por exemplo, como ferramenta no ensino de música baseado na educação, já que podem fornecer um ambiente para diversas explorações através de estas possibilitarem a construção do conhecimento. Segundo ALMEIDA (2000) os computadores possibilitam representar e testar idéias ou hipóteses, que levam a criação de um mundo simbólico e a construção do conhecimento. 3.1 O uso da Tecnologia e Do Computador na Educação O uso do computador na educação tem como papel ultrapassar os limites do método convencional de ensinar, dando chance às escolas de reconstruir a forma de se ensinar. A informática na educação possibilita ao professor a construção do seu conhecimento, transformando a sala de aula num espaço real de interação, de troca de resultados, e adaptando os dados à realidade do aluno. Quando falamos em computador usado com fins pedagógicos ele passa a ser visto apenas como uma tecnologia, mas deve ser visto como uma ferramenta de ensino usada para criar um ambiente interativo que proporcione ao aluno, buscar, levantar hipóteses, pesquisar, criar e deste modo construir seu próprio conhecimento. A informática ultrapassou os outros meios de comunicação, principalmente pela velocidade, com que as coisas se realizam, por isso dizemos que estamos
  • 16. 16 vivendo na era digital. Assim o computador se faz presente na produção e divulgação de todas as formas de conhecimentos da humanidade. Dessa maneira computador pode ser incorporado no processo educativo dos alunos, podendo se tornar um transformador de alterações, colaborando com uma nova forma de aprender. Por meio desta máquina, cria-se a possibilidade do aluno aprender “brincando”, construindo seu próprio conhecimento, e aprendendo com seus próprios erros. Além disso, o professor ao se utilizar do computador, acaba transformando o método tradicional de ensinar em aprendizagem contínua, fazendo com que os alunos se comuniquem mais promovendo a troca e a valorização dos conhecimentos e das habilidades de cada aluno. Professor e aluno tendem a se tornarem parceiros nesta contínua busca em aprender, e interagem mais. O uso do computador na educação é um fenômeno recente, com seu início , e com o aparecimento da informática, o computador pode ser usado com maior eficiência na educação. De acordo com FONSECA (2001, p.2): “É preciso lembrar que os computadores são ferramentas como quaisquer outras. Uma ferramenta, sozinha, não faz o trabalho. É preciso um profissional, um mestre no ofício, que a manuseie, que a faça fazer o que ele acha que é preciso fazer. É preciso, antes da escolha da ferramenta, um desejo, uma intenção, uma opção. Havendo isto, até a mais humilde sucata pode transformar-se em poderosa ferramenta didática. Assim como o mais moderno dos computadores ligado à Internet. Não havendo, é este que vira sucata”. As formas de ensinar tendem a evoluir para poder acompanhar as tecnologias sendo assim a prática de aprendizagem e a utilização de instrumentos que distinguem a relação aluno-professor, não só o computador como vários outros recursos multimídias tendem a ser inseridas no processo de educação como ferramentas de ensino. Estas ferramentas, por assim dizer, não serão utilizadas para desqualificar os instrumentos usados atualmente, (livros,apostilas,quadro,caderno etc..) e sim serão utilizadas para acrescentar conhecimento e tornar as aulas mais interessantes e proveitosas.
  • 17. 17 Estes instrumentos nem sempre tem aceitação entre professores e pedagogos, porque nenhum deles nasceu de uma necessidade expressa pela educação, mas incentivam a aprendizagem. O computador não foi inventado para atender nenhuma necessidade da educação, ainda assim, é um instrumento de comunicação e informações capaz de produzir conhecimentos. Visto por determinados educadores como uma importante maneira de motivar os alunos, sendo ainda capaz de receber e guardar documentos humanos e realizar operações lógicas. Vale ressaltar que só é possível ter acesso às informações disponíveis na máquina se tiver acesso aos seus documentos, e a informações contidas na rede se houver conexão com a internet. A capacidade do computador é limitada, assim como os livros os computadores transmitem conhecimentos, interagindo com os alunos em ambos exemplos o professor tem nestes recursos um assistente e, em relação ao aspecto interação instrumento-aluno o computador é superior, pois estando conectado com a internet pode oferecer informações a respeito de qualquer assunto, de qualquer lugar do planeta não se limitando a apenas uma disciplina ou assunto. O uso do computador como máquina para ensinar ainda provoca desacordo entre alguns educadores, pois cada um tem um método de ensino. Sendo que alguns destes educadores acreditam que o computador deve ser usado como um recurso de aprendizagem onde cada aluno possa administrar seu próprio aprendizado. Existe um grupo que defende seu uso só como instrumento didático, e não como um material fundamental para o ensino o computador seria um suporte, fornecendo aos alunos, programas educativos e estruturados que visam um determinado objetivo. “Porém não se deve perder de vista que utilizar o computador apenas como recurso de aprendizagem pode representar uma subutilização de um recurso extremamente rico e versátil!”. (MARQUES: 1996, p. 96) As vantagens do computador em relação aos outros instrumentos usados para ensinar estão no fato de que ele é um recurso audiovisual, interativo, que obedece ao desempenho de cada aluno com prontidão.
  • 18. 18 Todas essas características fazem do computador um interlocutor1 totalmente diferente daqueles com os quais o aluno se relaciona. A informática educativa utiliza-se de programas que mudam em conteúdo e apresentação, e os mesmos servem de veículo de comunicação entre o homem e a máquina, considerando também, que na teoria das Inteligência Múltiplas o processo educacional observa que cada ser humano possui uma forma diferente de aprender através de diferentes meios.Micotti (1999, p.158) afirma: As atuais propostas pedagógicas, ao invés de transferência de conteúdos prontos, acentuam a interação do aluno com o objeto de estudo, a pesquisa, a construção dos conhecimentos para o acesso ao saber. As aulas são consideradas como situações de aprendizagens, de mediação; nestas são valorizadas o trabalho dos alunos (pessoal e coletivo) na apropriação do conhecimento e a orientação do professor para o acesso ao saber. O abandono, a repetência, o desinteresse dos adolescentes com os estudos e o despreparo para o mercado de trabalho apresenta a necessidade de repensar a educação e experimentar novas opções , como por exemplo, o uso do computador como ferramenta no processo institucional, tendo em mente o desenvolvimento de novas habilidades, porque o aluno ao ter contato e fazer uso de novas ferramentas precisa também aprender novos métodos para poder desenvolver estas habilidades ou inteligência. O uso de tecnologia e de programas na educação não muda a relação professor-aluno, apenas oferece novos atrativos, novas possibilidades de ganhos na relação ensino-aprendizagem, com inovação e poder de comunicação. O grande desafio para as instituições de ensino em relação à formação de seus professores está no conhecimento para trabalhar com estas máquinas, (computadores) no sentido de processar informações, selecionar tecnologias e aplicá-las às tarefas, incluindo seus sistemas de programação. As escolas devem usar a tecnologia para que o professor desenvolva suas habilidades e obtenha o aprendizado, atualizando-se constantemente. Modificar a escola e trocar antigos modelos é uma ação constante para os educadores. A escola será mais expressiva, quando criar uma prática que a 1 Interlocutor: Os interlocutores são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por meio da linguagem. É aquele que toma parte da conversação.
  • 19. 19 pronuncie com o ponto de vista do mundo e de sociedade, expressando o movimento da prática social coletiva, transformando realidades sociais em direção a liberdade. Os computadores estão propiciando uma verdadeira revolução no processo de ensino aprendizagem. Uma razão mais óbvia advém dos diferentes tipos de abordagens de ensino que podem ser realizados através do computador, devido a inúmeros programas desenvolvidos para auxiliar o processo de ensino aprendizagem. Entretanto, a maior contribuição do computador como meio educacional advém do fato de seu uso ter provocado o questionamento dos métodos e processos do ensino utilizados. (VALENTE,1993, p.47) Trabalhar visões diferentes a respeito deste assunto acaba por formar críticos que estarão preparados para trabalhar com a chamada civilização de imagens e informações e propor a aproximação desses recursos de comunicação, utilizando-os de forma sistemática na escola e não tratá-los (computador, vídeo, televisão e outros) como apenas mais uma solução didático-pedagógica já estudada. Vale ressaltar que ao se trabalhar os recursos tecnológicos na educação, não basta apenas terem acesso a textos, sons, imagens, softwares, mas sim, que se deixe claro o procedimento de sua aplicação enquanto proposta para utilização dessas máquinas e seus recursos. É preciso mais que apenas compreender as tecnologias, entendendo o processo de construção do conhecimento e como acontece o movimento do ensinar e aprender, numa sociedade onde a comunicação permite que as pessoas tenham acesso a informações que se multiplicam e se atualiza rapidamente, superando tempo e espaço. Dessa maneira, é possível identificar que a relação entre ciência e tecnologia vai aos poucos alterando o indivíduo e as sociedades; esta modificação ocorre independente da utilização que se faça da tecnologia 3.2 Computador: Vantagens do seu uso na Educação A entrada do computador, no ambiente escolar, atualmente deve ser vista como uma necessidade para a inovação na metodologia de ensino, destacada na capacidade de educadores se prepararem para uma renovada forma de ensino. A importância do papel do professor neste processo informatizado está em se conscientizar de que não é ele quem deve recomendar o que é adequado para
  • 20. 20 cada aluno, mas sim é papel dele estar constantemente atento à capacidade de cada um. Então, se o professor não se colocar dentro de seu tempo e caminhar em direção ao desenvolvimento, ficará muito difícil gerar uma atuação docente de qualidade. Modificar a escola e mudar antigos padrões é uma batalha constante para os professores, que procuram uma educação humanizada, que forme indivíduos capazes de transformar e se transformar, empenhados com uma sociedade menos dicotômica, exigindo que o professor transforme seu papel de simples narrador e privilegie o diálogo como método de aprendizagem. A relação de ensino/aprendizagem é uma relação de comunicação, que visa formar e informar. Instrumentos que possam se encaixar nesta dinâmica são importantes pela possibilidade de servir ao ensino. Livro, vídeo, fotografia, computadores e outros são formas de comunicar conhecimentos e, como estes são de interesse da educação. O computador é um instrumento independente do ensino, pois não foi uma criação com fins pedagógicos. Porém, é também instrumento de comunicação, e por tanto, uma nova forma de transmitir conhecimentos com grande influência. Segundo MARQUES et al. (1996), o computador é uma máquina capaz de fornecer ao professor uma ferramenta potente para motivar seus alunos, fazendo-os participar ativamente do trabalho escolar. Vale lembrar que o computador se diferencia dos outros instrumentos devido ao fato de que ele não se limita a apenas transmitir informações, mas também pode receber e trabalhar essas informações. Sendo assim, um computador é capaz de interpretar a necessidade de informação do aluno e fornecê-la imediatamente. Dentre algumas vantagens que o computador apresenta em relação a outros instrumentos, pode-se citar: - é um ótimo recurso audiovisual superior aos demais e ainda é interativo. Neste sentido, pode solicitar e responder aos questionamentos do aluno, evitando que este fique indiferente e, dessa maneira acabe por se distrair com outros assuntos; - o computador tem a vantagem de não prejudicar o desempenho, pois tem o poder de obedecer ao ritmo de aprendizado de cada aluno, repetindo a mesma explicação o número de vezes que o aluno desejar;
  • 21. 21 - podemos ver positivamente também a rapidez e eficiência com a qual o computador resolve as duvidas e questionamentos; Desta forma, quando o aluno esta trabalhando com um conteúdo qualquer ele pode ter uma avaliação imediata sobre o que precisa estudar mais para um melhor entendimento do assunto. Essas características fazem do computador um instrumento totalmente diferente dos demais que o aluno esta acostumado a utilizar. Dentre outras talvez sejam essas peculiaridades as responsáveis pelo alto grau de motivação, por parte dos alunos, em usar o computador sempre que possível. Segundo MARQUES et al. (1996): (...) a motivação é extremamente importante para qualquer aprendizagem, pois, sem ela, é pouco provável que a atenção do indivíduo esteja voltada para o que deve aprender. O computador oferece vantagens sobre os recursos tradicionais, pois pode ser programado para, por exemplo, apresentar situações cada vez mais complexas para o aluno, após ter-se certificado do conhecimento necessário por parte deste, através de questões com dificuldades específicas sobre a matéria. A criação de um banco de dados com informações científicas, históricas e outras que o aluno possa consultar quando precisar é outra maneira de utilizar o computador. Dessa forma, o estudante pode ter uma maior autonomia e força de vontade para realizar seu trabalho de forma independente. Do ponto de vista dos educadores que já utilizam o computador em suas aulas, todos que são ligados à escola (como diretores e responsáveis pela grade curricular e pelas ferramentas utilizadas) estão começando a aproveitar o poder dos computadores para fazer melhorias na postura educacional e na eficácia das escolas, as tornando mais modernas e deixando os alunos mais estimulados com essa nova forma de pensar e de aprender. Educadores que já usam à informática na educação crêem que com os sistemas dos quais disponibilizamos atualmente podem ser atingidos objetivos como: a melhoria da alfabetização, a conquista de habilidades computacionais, a melhoria no ensino de conceitos, o incentivo ao questionamento do aluno, a instrução diferenciada. Os computadores também estão a serviço das necessidades do aprendizado de estudantes portadores de deficiências físicas ou mentais,
  • 22. 22 desmotivados, emocionalmente perturbados, com ausências crônicas, com medo da, aluno geograficamente isolado. Muitas famílias também utilizam microcomputadores em casa para complementar a aprendizagem das crianças. Atualmente é fundamental ter um microcomputador em casa, dessa forma as pessoas, estudantes ou não, estão sempre conectadas com tudo que ocorre no mundo, mantendo-se sempre atualizado. No próximo item veremos o uso da internet na educação, e sua importância nos dias de hoje. 3.3 Internet x Educação Para fazer uma análise profunda e completa deste tema, não foram estudadas somente as vantagens deste tipo de ferramenta na educação, mas também como ela está sendo aplicado, o que já mudou e o que ainda tem que mudar para tornar mais eficiente e eficaz a sua utilização e os possíveis problemas dessa utilização. É possível saber que as escolas vão ter que estar mais bem equipadas e os professores mais preparados. Nos últimos anos os educadores notaram o rápido desenvolvimento das redes de computadores, o avanço do poder dos computadores pessoais e os grandes avanços tecnológicos como uma grande possibilidade de gerar e armazenar informações, a interatividade e capacidade de ultrapassar o tempo e a distância entre o educador e aprendiz. Conforme CORRÊA (2004, p. 3). “A tecnologia empregada funciona como força impulsionadora da criatividade humana, da imaginação, devido à visibilidade de material que circula na rede, permitindo que a comunicação se intensifique, ou seja, as ferramentas promovem o convívio, o contato, enfim. Uma maior aproximação ente as pessoas.” O acesso à Internet é um recurso barato que diminui a distancia diversos recursos educacionais que fisicamente estariam fora do alcance de grande parte dos alunos, professores, pesquisadores, cientistas e instituições brasileiras. No método de ensino convencional, onde se seguem todos os padrões pedagógicos tradicionais, a Internet obtém grande destaque, quando aplicada como
  • 23. 23 fonte de pesquisas, possibilitando consulta a bibliotecas, tirando dúvidas, além de possuir um grande acervo de conhecimento que enriquece o aprendizado. Pelo fato de possuir ampla variedade de recursos multimídia que contribuem para uma melhor exposição e compreensão do assunto, a Internet é um grande atrativo para a busca de conhecimento. Essa variedade admite um maior poder de escolha se tornando um diferencial da Internet em relação às demais tecnologias de informação empregadas no ensino. A abundância de conteúdo e um chamado à exploração da informação originado de sua maior interação entre o aluno e a tecnologia fazem da Internet a ferramenta que apresenta as vantagens que as demais tecnologias de informação até então já empregavam, mas com menos limitações. É possível perceber que existe um potencial imenso facilmente explorável: colocar o estudante para ler e escrever com o computador acaba por incentivá-lo na escrita e leitura convencionais. As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, pode ser uma solução rica em possibilidades que contribuam com a melhora no nível de aprendizagem, para isso é necessário que haja uma reformulação nos métodos de ensino, que se criem novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. È necessário uma aprendizagem onde exista lugar para que se gere a construção do conhecimento. Conhecimento idealizado como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento, o grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que significa mudar, de modo significativo, o método educacional como um todo. Para se tornar viável a inserção de tecnologias como computadores e internet nas escolas é necessário que os professores estejam preparados para ensinar fazendo uso destas ferramentas. No capítulo a seguir serão apresentadas as mudanças que estão sendo realizadas a fim de preparar os professores para educar na era digital.
  • 24. 24 4 EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS Atualmente as instituições de ensino dispõem de vários recursos audiovisuais para serem introduzidas durante o processo de ensino e aprendizagem. As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professor e aluno. CASTELLS , (1999b, p.50-51) descreve as tecnologias da seguinte forma: ... as tecnologias não são [mais] simples ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Desta forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia, como no caso da Internet. Segue-se uma relação muito próxima entre os processos sociais de criação e manipulação de símbolos (a cultura da sociedade) e a capacidade de produzir e distribuir bens e serviços (forças produtivas)... . Contudo, diante deste novo cenário educacional, aparece uma nova questão para o professor: saber como usar de forma pedagógica as mídias. Dessa maneira o professor que antes desenvolvia sua aula, tal como havia se organizado durante seus estudos preparatórios e durante toda experiência em sala de aula, se depara com uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica. Esse fato faz com que a maioria dos professores tema pelo uso da informática na sala de aula, muitas vezes por medo do novo, ou somente por ver o computador como algo difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos conhecem mais o computador do que seus professores. Porém, o que se sabe é que o computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para ajudar e facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem realizadas sem a informática
  • 25. 25 A revolução trazida pela internet mostra que a informação gerada em qualquer lugar esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a rapidez da informação são excelentes ganhos para a humanidade. A Internet tem colaborado para mudanças na comunicação e também nas praticas educacionais. È possível perceber neste estudo que a tecnologia influencia a educação de forma direta, e que de alguma maneira acaba por não só influenciá-la como também por transformá-la pouco a pouco. 4.1 O professor perante as revoluções tecnológicas Existem alguns fatores que atrapalham a propagação do uso do computador como ferramenta de ensino: o fato dos professores não receberem uma preparação adequada é uma delas. Nos cursos de Formação de Professores ainda não encontramos a adoção desta prática. É preciso “ENSINAR” o professor desde o início do seu processo de formação, fazendo-o entender que o computador tem como princípio, o papel de propor profundas mudanças pedagógicas e não de automatizar o ensino, promovendo a alfabetização digital. Para SILVA, (1996, p. 100) "[...]o professor passa a ter um novo desafio: modificar a comunicação no sentido da participação – intervenção [...] Não mais da prevalência do falar- ditar, mas a resposta autônoma, criativa e não prevista dos alunos, o rompimento de barreiras entre estes e o professor, e a disponibilidade de redes de conexões no tratamento dos conteúdos de aprendizagem. [...] A ousadia e autoria do professor estão como nunca evocadas..." A utilização da informática no ambiente escolar permite uma parceria entre aluno e professor, que juntos buscam o conhecimento. As mudanças estão ocorrendo tanto no relacionamento professor e aluno, quanto nos objetivos e nos métodos de ensino, e nesse processo de transformação cabe ao professor buscar saber qual é o seu novo papel de forma crítica, consciente e participativa.
  • 26. 26 O computador chegou à escola e tem tudo para revolucionar o atual processo de ensino e aprendizagem. Computadores de última geração, internet sem fio, softwares educativos, são algumas das novidades existentes no sistema de ensino público e particular. Os investimentos com informática são crescentes em toda rede de ensino, no entanto, todo esse avanço não tem sido acompanhado pelos professores. Se a figura do professor continuar a ser apenas a de um transmissor de fatos, como o é atualmente em nosso sistema de ensino, tanto professor quanto computador podem fazer este papel. E a máquina terá grande vantagem sobre o professor já que através dela é possível retirar informações ilimitadas, graças à chegada da Internet. Para adaptar a Internet à educação, os professores precisam de preparação. Os professores devem ter formação adequada, suporte e oportunidades para desenvolverem seu potencial. Os alunos universitários que escolhessem a Licenciatura, mestrado, doutorado deveriam ter este tipo de formação. É necessário incentivar desde cedo os futuros professores a se comunicar com outros professores via internet. E isso só é possível se eles tiverem os conhecimentos básicos e tiverem nas universidades boas condições de ligação à rede. A Internet não é apenas uma nova ferramenta, mas também um meio de comunicação. Esta idéia de adquirir conhecimento através da comunicação tem que ser bem explorada para também ser transmitida mais tarde aos próprios alunos. Mas, todos estes argumentos se reduzem ao seguinte fato: a grande maioria destes professores não vivenciou em sua época uma relação tão próxima de homem contra máquina. Para grande maioria deles, o computador é uma novidade tão grande quanto para as crianças que estão tendo contato pela primeira vez com esta nova tecnologia. Segundo VALENTE (1997), o computador pode ser usado na educação como máquina de ensinar ou como ferramenta para ensinar. O uso do computador como máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicionais. Alguma pessoa faz no computador uma série de informações, que devem ser passadas ao aluno na forma de um tutorial, exercício e prática ou jogo.
  • 27. 27 Entretanto, é muito comum encontrarmos essa abordagem sendo usada como construtivista, ou seja, para propiciar a construção do conhecimento na "cabeça" do aluno. Como se os conhecimentos fossem tijolos que devem ser justapostos e sobrepostos na construção de uma parede. Nesse caso, o computador tem a finalidade de facilitar a construção dessa "parede", fornecendo "tijolos" do tamanho mais adequado, em pequenas doses e de acordo com a capacidade individual de cada aluno. (VALENTE, 1997). Considerando as mudanças pelas quais a escola vem passando com a entrada dos computadores no ensino, a formação do profissional adequado para mediar à interação aluno-computador é fundamental. O que se percebe é que as novas tecnologias trouxeram impactos sobre nosso dia-a-dia, exercendo importante papel nos desenvolvimentos dos serviços educacionais e proporcionando avanço para a democratização da Educação. A seguir estaremos falando um pouco sobre formação dos professores para o uso de novas tecnologias que estão sendo inseridas na escola. 4.2 Os professores e a atualização tecnológica O aprendizado é conduzido por um conjunto de fatores, dentre eles, é essencial a compreensão teórico-metodológica do professor. Tanto aluno como professores precisam ter claros seus objetivos para que a aprendizagem seja significativa. Para a melhoria no ensino se faz necessário primeiramente uma concepção definida pelo professor e, depois, uma articulação entre teoria (saber) e metodologia (como fazer). Antigamente as pessoas acreditavam que quando o indivíduo terminava a graduação, estaria pronto para atuar na profissão escolhida por toda vida; não havendo necessidade de atualizar constantemente seus conhecimentos. Atualmente pode-se dizer que a realidade é diferente, principalmente para o professor, que deve estar consciente de que sua formação é permanente, para que possa acompanhar as mudanças significativas no cenário educacional. O professor, pesquisando junto com os estudantes acaba por estimular o intercâmbio de informações entre eles.
  • 28. 28 Com o passar do tempo, sabemos que se torna cada vez menor a utilização do quadro negro, do livro-texto e do professor que aplicava muito conteúdo, enquanto aumenta a aplicação de novas tecnologias. Não se pode esquecer que os mais poderosos e autênticos "recursos" da aprendizagem continuam sendo o professor e o aluno que, juntos e dialogando, poderão descobrir novos caminhos para ensinar e aprender.. Estamos vivendo um momento em que a sociedade é denominada “sociedade da informação” no qual não ter acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação pode ser fator de discriminação. O uso de tecnologias como ferramentas de ensino surge como um novo recurso no processo de ensino-aprendizagem, e são importantes por que dessa maneira o aluno pode estudar sozinho, diminuindo a distancia entre o aluno e a escola. O professor deve sair de sua formação inicial, com conhecimentos que o tornem apto não só a dar aulas, mas de fato ser um intermediário do conhecimento e da aprendizagem de seus alunos. O que é, realmente, importante destacar é a interação, a atuação participativa que é necessária em qualquer tipo de aula com ou sem tecnologia. Essa troca de informações é importante para que o estudante vivencie a negociação de significados que irá iniciá-lo na aprendizagem de uma prática social que será permanente na vida do cidadão do próximo milênio: a construção da inteligência coletiva (MELLO, 1999). É necessário que os cursos que preparam professores se sensibilizem para a expectativa transformadora do uso do computador para que o futuro professor tenha garantido em sua formação a capacidade de assumir o intermédio das interações entre professor-aluno-computador de modo que o aluno possa construir o seu conhecimento em um ambiente desafiador, onde o computador seja um auxiliar no desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Independente do uso que se faça do computador e do ensinamento que o ampara, o professor tem um papel importante a desempenhar. Cabe a ele organizar e orientar todas as situações de aprendizagem, de modo a estimular e enriquecer o conhecimento, afetivo e social dos alunos, e estes conhecimentos precisam ser garantidos a ele em sua formação.
  • 29. 29 5 INCLUSÃO DIGITAL 5.1 O que é Inclusão Digital? Inclusão digital é melhorar as condições de vida de algumas pessoas com ajuda da tecnologia, não significa apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também ajudá-la, mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda do computador e de toda tecnologia aprendida com a Inclusão. Desta maneira, antes de se falar em inclusão digital, é necessário entender a inclusão social. Para BALBONI (2007, p. 30) a inclusão social “não se refere apenas a partilha adequada de bens materiais e a participação na sociedade, mas a oportunidade do indivíduo de poder transformar a sua realidade.” Atualmente a sociedade, conhecida por sociedade da informação, apresenta uma grande diferença econômica entre as diversas classes sociais, esta diferença afeta a inclusão digital. A melhor maneira de uma pessoa transformar a sua realidade é por meio da informação (conhecimento), devido à desigualdade social varias pessoas não tem acesso à internet, que é o maior veiculador de informação existente hoje. Conhecendo o conceito de inclusão social, pode-se falar também de inclusão digital. Tendo em vista que a "[...] inclusão digital significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia" (RÊBELO, 2005). Com a inclusão digital é possível fazer mais do que apenas ensinar informática, é possível mostrar a essas pessoas uma nova realidade. Expandir seus horizontes e fazer com que ela perceba que o mundo não se limita apenas a realidade de sua comunidade.
  • 30. 30 Desenvolvimento sem a Internet seria o mesmo que a industrialização sem eletricidade na era industrial. Do ponto de vista de uma comunidade, a inclusão digital é aplicar as tecnologias a procedimentos que ajudem no fortalecimento de suas atividades econômicas, ajudando sua capacidade de organização, do nível educacional e da auto-estima de seus integrantes, da integração com outros grupos, e serviços locais e de sua qualidade de vida. 5.2 Entendendo a Inclusão Digital Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, decididamente, inclusão digital. É preciso ensiná–las a utilizá–lo em benefício próprio e coletivo. A Sociedade da Informação leva a necessidades sociais,fazendo com que a inclusão digital ganhe força e estar incluído digitalmente passa a ser um direito do cidadão e incluí-lo passa a ser um dever governamental. A inclusão digital pode ser entendida como uma forma de fazer os indivíduos a saberem utilizar os recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para obterem o acesso a esses recursos. O processo de inclusão digital deve estimular a capacidade das pessoas utilizarem os recursos tecnológicos de forma competente e útil, para um uso adequado das Tecnologias da Informação e Comunicação. Segundo NETO (2006, p. 3) No mundo atual, há grande demanda e necessidade de informação e a inclusão digital se faz necessária para possibilitar ao cidadão sua inclusão social, pois praticamente qualquer área de trabalho se utiliza de computadores e “softwares”. Assim, para o cidadão ingressar no mercado de trabalho há necessidade de conhecimentos em informática. O conhecimento de uso e acesso à Internet é uma considerável necessidade e, preponderante, para qualquer programa de inclusão digital. Hoje em dia a sociedade tem mudado o seu perfil, o indivíduo precisa de mais informação e conhecimento para conseguir utilizar as novas tecnologias, quer sejam de tecnologias de comunicação ou até mesmo as tecnologias de informações. Isto tem ocorrido com grande freqüência, já que as principais atividades econômicas e governamentais estão informatizadas.
  • 31. 31 A informatização das atividades tem exigido mais conhecimento dos profissionais, assim sendo a inclusão digital torna-se cada vez mais importante, visto que à medida que “tudo” vai sendo informatizado somente dominando o mundo digital será possível se enquadrar neste perfil de profissional. Proenza (2002) definiu um guia para definição de políticas de desenvolvimento com base nas tecnologias de informação e comunicação. Segundo o autor, os elementos apresentados para a definição de políticas públicas de inclusão digital incluem: • Acesso amplo à internet no que diz respeito à oportunidade e segurança; • aprendizado democrático e em rede o qual está relacionado à questão da incorporação das TICs na educação e a preparação de pessoas competentes para promover o uso e o aperfeiçoamento permanente; • Avaliação de Habilidades de Inclusão Digital: uma Proposta de Instrumento de Medida Universidade de Brasília Daniela Barbosa Santos • Desenvolvimento competitivo e inclusivo de oportunidades de trabalho e mercado; • Desenvolvimento social em rede que inclui ações de desenvolvimento para comunidades carentes e excluídas; • Inserção da relação TIC e Pobreza na política de desenvolvimento nacional. O Comitê Gestor da Internet (CGI.Br2) inclui outras ações como: • Garantir a existência de um ponto de fibra óptica em cada município para assegurar conectividade de qualidade; • apoiar iniciativas de inclusão digital de cada município; • garantir pelo menos o acesso coletivo nos municípios através das iniciativas locais dos telecentros;
  • 32. 32 • garantir que no menor prazo possível todas as escolas estejam bem conectadas à internet; • garantir conectividade a todos os serviços de saúde pública, segurança e administração municipal; • assegurar a utilização de sistemas e padrões abertos, para reduzir a um mínimo a dependência de sistemas e softwares proprietários ou com problemas de interoperabilidade; • montar uma estratégia nacional de capacitação para que, em todos os níveis, pessoas e instituições, tendo o acesso aos meios e instrumentos, possam utilizá-los com eficácia; Para que a inclusão digital seja eficiente, não basta fornecer apenas elementos para a obtenção de equipamentos e programas. É preciso investir na capacitação dos usuários para que eles saibam utilizar beneficamente os recursos digitais, aprendendo, assimilando e propagando conhecimento, compartilhando informações. Somente entrar em contato com a informação pode não gerar conhecimento. Para adquirir conhecimento é preciso uma boa orientação, este conhecimento tem sido gerado pela Inclusão digital, ela também tem contribuído no aumento de dos cidadãos na gestão pública e no controle do governo. O Livro Verde concorda que para conseguir a inclusão digital da maioria da população é necessário fazer com que toda ela tenha acesso à Internet. Dessa forma, multiplicam iniciativas que tem como objetivo a alfabetização digital e acesso às TIC, particularmente ao computador e à Internet. A inclusão digital que vem sendo praticada tem atingido apenas a necessidade de preparar as pessoas, conforme o interesse da sociedade Digital para dessa maneira inseri-lo no mercado, fazer com que o cidadão aprenda a usar as tecnologias com o objetivo de inseri-lo no mercado de trabalho, e não garantem a construção do conhecimento com apropriação crítica da tecnologia que atente mudança comportamental no indivíduo e em seu grupo social.
  • 33. 33 6. EXCLUSÃO DIGITAL A informática facilitou a vida dos cidadãos, ao mesmo tempo em que intensificou as diferenças entre as classes sociais, pois quem não utiliza suas tecnologias encontra dificuldades de conseguir boas oportunidades de emprego, estudo e lazer. No auge da informática foi impossível evitar o surgimento de um grupo de pessoas que ainda sofrem a falta de domínio digital. Eles são chamados excluídos digitais. Pessoas que por um motivo ou outro não ingressaram no aprendizado da informática. A exclusão digital tem características bem semelhantes ao analfabetismo clássico. Vale lembrar que assim como a escrita foi iniciada como um instrumento de comunicação altamente necessário para sociedades antigas, o digital exclui e seleciona indivíduos da mesma forma. As pessoas que sabiam escrever e ler eram muito valorizadas na antiguidade, o mesmo acontecendo com indivíduos que dominam a informática hoje em dia. Este processo de seleção é natural, se tratando de conhecimento, já que aqueles com mais conhecimento e habilidades se destacam no mercado de trabalho. A exclusão existe desde que o mundo é mundo. E com um mundo extremamente capitalista podemos dizer que muitos são os excluídos. O termo exclusão digital geralmente é usado para indicar o não acesso as Tecnologias de Informação e Comunicação pelos indivíduos. Porém, achamos que este termo designa muito mais, pois hoje exclusão digital caminha lado a lado com a exclusão social.
  • 34. 34 Sendo assim, se um cidadão não estiver incluído digitalmente ele perde espaço neste mundo competitivo, ou seja, estar excluído socialmente é excluído digitalmente. A exclusão digital no Brasil é a imagem da exclusão social, pois a maioria dos excluídos digitalmente estão excluídos socialmente. Lemos (2001) diz: “O antídoto para a exclusão digital estaria disponível nas próprias tecnologias que se estabelecem como uma das principais fontes da desigualdade social contemporânea. “A inclusão social viria por meio da inclusão digital e da utilização de novas mídias e tecnologias, mobilizando um novo arsenal de políticas públicas, sobretudo nos países em desenvolvimento”. A inclusão digital deveria ser produto de uma política pública cujo orçamento teria como destino a inclusão e oportunidades a todos os cidadãos. Neste contexto, é preciso levar em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosos. Uma ação prioritária deveria ser voltada às crianças e jovens, pois constituem a próxima geração.Políticas públicas podem aproveitar as novas tecnologias para melhorar as condições de vida do conjunto da população e dos mais pobres, mas a luta contra a exclusão digital é, principalmente, uma luta para encontrar caminhos para diminuir o impacto negativo das novas tecnologias sobre a distribuição de riqueza e oportunidades de vida. Para LUCAS (2000, p.161) (...) a exclusão digital é mais uma barreira socioeconômica entre indivíduos, famílias, empresas e regiões geográficas, a qual decorre da desigualdade quanto ao acesso e uso das tecnologias da informação e comunicação, hoje simbolizadas na Internet. Apontam-se como benefícios da extensão da cidadania para os digitalmente excluídos, a possível melhoria das condições de educação, saúde, oportunidades econômicas e participação democrática na administração pública(...) Pode-se dizer que a exclusão digital é um dos grandes desafios deste início de século, com importantes conseqüências nos diversos aspectos da vida humana na contemporaneidade. As desigualdades existentes, já populares entre pobres e ricos entram na era digital e a tendência é que elas aumentem com a mesma velocidade com que surgem as novas tecnologias.
  • 35. 35 A Internet “de todos para todos” como pautado no Livro Verde só será possível se forem criadas condições para o acesso público dos cidadãos às redes digitais de forma ampla. SILVEIRA (2003, p. 29) sugere que para melhorarmos o quadro da exclusão digital é importante tratá-la como uma questão de cidadania sendo necessárias políticas públicas que visem diminuir as desigualdades. Vale ressaltar que atualmente o profissional buscado pelo mercado de deve ser alguém com capacidade de aprendizagem constante, que se adapte a mudanças com facilidade, com capacidade para trabalhar em grupo e que domine a linguagem das novas tecnologias de comunicação e informação. Sendo assim, o profissional solicitado hoje em dia deve ser alfabetizado não apenas nas letras, mas também do ponto de vista digital. Por fim, semelhantes à luta pela democratização econômica e social visando garantir a todos os direitos de cidadania deverão ser estabelecidas soluções para se ter uma popularização do acesso às redes digitais, sendo assim, a melhor maneira para combater a exclusão digital em longo prazo é investir na educação, nas escolas, de modo que a população tenha acesso desde a infância às novas tecnologias. 6.1 Fatores que contribuem para Exclusão Digital A Exclusão Digital é resultado das diferenças sociais, econômicas e políticas e tem se intensificando a cada ano devido à falta de incentivo e iniciativa do governo. Pode-se dizer que a Exclusão digital é a condição na qual um indivíduo ou grupo de pessoas não tem a possibilidade de utilizar os meios modernos da tecnologia digitai. Esta situação compromete a mobilidade social e a empregabilidade de uma pessoa destacando o problema da exclusão social que reflete diretamente na exclusão digital. Muitos são os fatores contribuem, para a exclusão digital, os segundo segundo Afonso (2000, p.10) são:
  • 36. 36 a) Infra-estrutura Precária em Telecomunicações: É necessária uma infra-estrutura razoável em telecomunicações. Se não existe tal infra-estrutura, é necessário construí-la e isso demanda tempo e dinheiro. Esse problema atinge principalmente os países subdesenvolvidos, justamente os que apresentam menores condições de resolvê-los. É extremamente necessário o aperfeiçoamento das redes de telecomunicações para que as mesmas suportem a transmissão de informações com a introdução de novas tecnologias, tanto do lado dos equipamentos da rede (elementos de rede), quanto dos meios de transmissão (redes de transporte) e dos sistemas de operação para gerenciamento e que exista uma rede de formação à distância e presencial para os monitores que trabalham no atendimento direto às comunidades. b) Custo de Acesso: O custo de acesso é mensurado basicamente por três indicadores: preço dos computadores, custo das tarifas telefônicas e despesas com provedor de acesso à Internet. c) Conteúdo: É a obtenção de informação que motiva as pessoas a utilizarem a Internet. Portanto, a ausência de informação relevante também deve ser considerada uma barreira. Prover informação sob demanda a um público tão heterogêneo tem se mostrado uma árdua tarefa. d) Censura: Mecanismos de censura também atrapalham a disseminação da Internet. Casos recentes incluem o governo chinês, que controla o acesso dos internautas de seu país ao conteúdo de sites ocidentais sob a justificativa de proteger o regime ditatorial comunista e o Talibã que proibiu o uso da Internet no Afeganistão sob justificativas fanático-religiosas.
  • 37. 37 7. CONCEITO DE TELECENTRO A inclusão digital visa a melhoraria das condições de vida de uma determinada comunidade e incluí-la digitalmente, oferecendo melhores condições sociais com o uso dos computadores e não apenas “alfabetizar” as pessoas em informática. Segundo Rebelo (2005) é importante mostrar como as pessoas podem ganhar dinheiro e melhorar de vida com essa tecnologia. Muitos compreendem que incluir digitalmente nada mais é do que colocar computadores na frente das pessoas e ensiná-las a usar um editor de texto e pacotes de escritório. Colocar o computador ao alcance das mãos das pessoas ou apenas vendê- los mais baratos definitivamente não é inclusão digital. É preciso ensiná-las e ajudá- las a usar em beneficio próprio e coletivo. Telecentros Comunitários são espaços públicos equipados de computadores conectados à Internet em banda larga, onde são realizadas atividades, por meio do uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). A questão do acesso pela perspectiva tecnológica ou financeira não é o principal ou o único fator da inclusão. Entende-se que incluir digitalmente não é somente equipar a população com tecnologias, mas sim proporcionar meios de comunicação e aprendizado a toda à sociedade. 7.1 Objetivo dos telecentros: • Promover o desenvolvimento social e econômico da comunidade atendida, reduzido a exclusão social, criando oportunidades aos cidadãos, membros desta sociedade;
  • 38. 38 • Implantação de um espaço público que permita ao cidadão interagir com outros que já tenham acesso aos recursos das TICs, bem como com o Poder Público, por meio dos Portais de Governo Eletrônico; • Uso de ferramentas (computadores, impressoras, conectividade e outros equipamentos audiovisuais e/ou multimídia), para uso em capacitações e atividades diversas ligadas à Inclusão Digital para todo o público alvo. 7.2 Atividades a serem desenvolvidas nos telecentros O conselho poderá ter de 9 a 13 membros. Pode participar qualquer cidadão da comunidade a partir de 18 anos e que tenha interesse de colaborar para as ações e atividades do projeto telecentro. Entre as diversas atividades que podem ser desenvolvidas no âmbito da inclusão digital pela comunidade local, no Telecentro, destacamos as seguintes: • Uso livre dos equipamentos; • Acesso à internet; • Cursos de informática básica; • Curso de navegação na Internet; • Uso preferencial de softwares de plataforma aberta e não proprietária, conforme as diretrizes do Governo Federal; • Realização de oficinas de capacitação e oficinas diversas que possam utilizar as TICs disponíveis no Telecentro; • Produção e compartilhamento de conhecimento coletivo (conteúdos produzidos a partir das capacitações); • Realização de atividades sócio-culturais para mobilização social e/ou divulgação do conhecimento; • Oficinas de alfabetização digital. 6.3 Funções do conselho gestor
  • 39. 39 As principais funções do conselho gestor são: • Acompanhar e fiscalizar o atendimento e as atividades gerais do telecentro. • Apresentar propostas de melhoria e ampliação das atividades do projeto. • Apoiar o trabalho dos monitores e coordenadores para o bom desempenho do Projeto. • Discutir, aprovar, ou alterar o regimento interno e estatuto do telecentro. • Fazer, divulgação na comunidade local para que todos participem dos cursos/atividades. • Buscar Parcerias locais para manutenção do espaço e criação de novas atividades de capacitação.
  • 40. 40 8. CONCLUSÃO Qualquer estudo que pretende se aprofundar sobre o uso de novas tecnologias na educação deve ir além da observação do modelo padrão do uso do computador como mera peça de adorno ou referência de status. Deve refletir que a questão da informática na educação vai mais além de discutir este ou aquele programa, e se dedicar a entender como ele pode ser usado para auxiliar nas propostas de mudanças; das próprias mudanças operadas por ele na prática pedagógica. O crescimento da informática exerce grande impacto na vida da sociedade da informação. Vários setores como o produtivo, o industrial, o financeiro, da pesquisa científica, das comunicações, etc., já estão informatizados, sendo assim fica fácil perceber que o profissional que será mais procurado para este mercado será aquele que está adaptado a toda esta tecnologia. Portanto, são necessárias políticas públicas que criem programas de Inclusão Digital e incentivem os jovens a procurá-lo, mantendo boas máquinas e acesso a internet, e bons professores capacitados e aptos a ensinar utilizando a tecnologia e os computadores como ferramenta. Assim sendo, justifica-se um estudo acerca do tema sobre a inclusão de alunos excluídos digital e socialmente, pois estes jovens precisam desta inclusão para terem condições de concorrer no mercado de trabalho com os outros jovens que convivem com a tecnologia e com os computadores diariamente.
  • 41. 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, Carlos Alberto. Internet no Brasil: o acesso para todos é possível? Disponível em: <http://www.fes.org.br/publicacoes.htm> Acesso EM 29/10/11 ALMEIDA, M. E. Proinfo: informática e formação de professores. Brasilia: Ministério da Educacao, Seed, 2000. BALBONI, Mariana Reis. Por detrás da inclusão digital: uma reflexão sobre o consumo e a produção de informação em centros públicos de acesso à internet no Brasil. 2007. 242f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, Departamento de Jornalismo e Editoração, São Paulo. BORGES, Maria Alice Guimarães. A compreensão da sociedade da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 3, p. 25-32, set./dez. 2000. BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção tendências em Educação Matemática - Autêntica Belo Horizonte - 2001 Carlos Alberto. Internet no Brasil: o acesso para todos é possível? Disponível em: <http://www.fes.org.br/publicacoes.htm> Acesso em: 19/09/11. CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: A sociedade em rede. São Paulo : Paz e Terra, 2000. v. 1.p.78.
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