Este documento discute conceitos fundamentais de mecânica dos solos, incluindo:
1. Fluxo de água em solos, cobrindo a lei de Darcy, permeabilidade, fatores que afetam o fluxo e capilaridade.
2. Compressibilidade dos solos, tratando de ensaios de compressão confinada e teorias de adensamento.
3. Fluxo bidimensional, abordando equações de fluxo estacionário e redes de fluxo.
4. Resistência ao c
Fluxo de água em solos e sua importância para a engenharia geotécnica
1. 1
Universidade Federal da Bahia - Escola Politécnica
Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
(Setor de Geotecnia)
MECÂNICA DOS SOLOS II
Conceitos introdutórios
Autores: Sandro Lemos Machado e Miriam de Fátima C. Machado
2. 2
MECÂNICA DOS SOLOS II
Conceitos introdutórios
SUMÁRIO
1. FLUXO DE ÁGUA EM SOLOS 05
1.1 Introdução 05
1.2 Conservação da energia 06
1.3 Lei de Darcy. 12
1.4 Validade da lei de Darcy 14
1.5 Coeficiente de permeabilidade dos solos 14
1.6 Métodos para determinação da permeabilidade dos solos 15
1.7 Fatores que influem no coeficiente de permeabilidade do solo 20
1.8 Extensão da lei de Darcy para o caso de fluxo tridimensional 21
1.9 Permeabilidade em extratos estratificados 21
1.10 Lei de fluxo generalizada (conservação da massa) 23
1.11 Capilaridade nos solos 27
2. COMPRESSIBILIDADE DOS SOLOS 30
2.1 Introdução 30
2.2 Compressibilidade dos solos 30
2.3 Ensaio de compressão confinada 31
2.4 Interpretação dos resultados de um ensaio de compressão confinada 33
2.5 Cálculo dos recalques totais em campo 39
2.6 Analogia mecânica do processo de adensamento proposta por Terzaghi 42
2.7 Teoria do adensamento unidirecional de Terzaghi 46
2.8 Obtenção dos valores de Cv. 51
2.9 Deformações por fluência no solo 53
2.10 Aceleração dos recalques em campo 54
3. FLUXO BIDIMENSIONAL – REDES DE FLUXO 56
3.1 Introdução 56
3.2 Equação para fluxo estacionário e bidimensional 56
3.3 Métodos para resolução da equação de Laplace 59
3.4 Redes de fluxo 60
3.5 Fluxo de água através de maciços de terra 68
3.6 Fluxo de água através de maciços de terra e fundações permeáveis 74
3.7 Fluxo de água através de maciços anisotrópicos 74
3.8 Fluxo de água em meios heterogêneos 77
4. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO 80
4.1 Introdução 80
4.2 O conceito de tensão em um ponto 82
4.3 Círculo de Mohr 83
4.4 Resistência dos solos 86
4.5 Ensaios para a determinação da resistência ao cisalhamento dos solos 87
4.6 Características genéricas dos solos submetidos à ruptura 93
4.7 Trajetórias de tensões 105
4.8 Aplicação dos resultados de ensaios a casos práticos 108
3. 3
5. EMPUXOS DE TERRA 111
5.1 Introdução 111
5.2 Coeficientes de empuxo 111
5.3 Método de Rankine 115
5.4 Método de Coulomb 118
5.5 Aspectos gerais que influenciam na determinação do empuxo 123
5.6 Estruturas de arrimo 125
6. ESTABILIDADE DE TALUDES 145
6.1 Introdução 145
6.2 Métodos de análise de estabilidade 147
6.3 Considerações gerais 163
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 165
4. 4
NOTA DOS AUTORES
Este trabalho foi desenvolvido apoiando-se na estruturação e ordenação de tópicos
já existentes no Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais (DCTM),
relativos à disciplina Mecânica dos Solos. Desta forma, a ordenação dos capítulos
do trabalho e a sua lógica de apresentação devem muito ao material desenvolvido
pelos professores deste Departamento, antes do ingresso do professor Sandro
Lemos Machado à UFBA, o que se deu em 1997.
Vale ressaltar também que o capítulo de origem e formação dos solos, cujo
conteúdo é apresentado no volume 1 deste trabalho, tem a sua fundamentação no
material elaborado, com uma enorme base de conhecimento regional, pelos
professores do DCTM e pelo aluno Maurício de Jesus Valadão, apresentado em
um volume de notas de aulas , de grande valor didático e certamente referência
bibliográfica obrigatória para os alunos que cursam a disciplina Mecânica dos
Solos.
7. 7
representação da energia total de um fluido em termos de cotas equivalentes é preferível
quando do estudo de problemas envolvendo fluxo de água nos solos.
Para a grande maioria dos problemas envolvendo fluxo de água em solos, a parcela da
energia total da água no solo referente à energia cinética, termo (v2/2g), pode ser desprezada.
Isto faz com que a eq. 1.1 possa ser escrita de uma forma mais simplificada:
u
htotal = z +
γw (1.2)
A carga altimétrica (z) é a diferença de cota entre o ponto considerado e o nível de
referência. A carga piezométrica é a pressão neutra no ponto, expressa em altura de coluna
d`água.
A fig. 1.1 apresenta a variação das parcelas de energia de posição (z) e de pressão do
fluido (u/γw) em um reservatório de água em situação estática (sem a ocorrência de fluxo).
Conforme se pode observar desta figura, as parcelas de energia de posição (ou gravitacional) e
de pressão variam de tal forma a manter constante o valor do potencial total da água no solo.
Z
Nível do lençol freático
u = γw.zw, onde zw é a
Zw distância vertical do ponto
considerado até o nível do
lençol freático.
DATUM (z = 0)
h = u/γw +z
h u
z
Figura 1.1 - Variação das energias de posição, pneumática e total ao longo de um
reservatório de água em condições estáticas.
Conforme será visto no item seguinte deste capítulo, para que haja fluxo de água entre
dois pontos no solo, é necessário que a energia total em cada ponto seja diferente. A água
então fluirá sempre do ponto de maior energia para o ponto de menor energia total.
Costuma-se definir a energia livre da água em um determinado ponto do solo como a
energia capaz de realizar trabalho (no caso, fluxo de água). Considerando-se a condição
necessária para que haja fluxo no solo exposta acima, a energia livre poderia ser representada
pela diferença entre os valores de energia total nos dois pontos considerados da massa de solo.
Desta forma, caso o nível de referência (DATUM) apresentado na fig. 1.1 fosse modificado, o
valor da energia total em cada ponto também o seria, porém, a diferença entre as energias
totais permaneceria constante, ou seja, a energia livre da água entre os dois pontos
permaneceria inalterada, independente do sistema de referência.
No item seguinte deste capítulo, o termo htotal da equação de Bernoulli será
denominado de potencial total da água no solo e será representado pelo símbolo h.
11. 11
adoção conjunta de ambos em um mesmo projeto, que são: redução da vazão de percolação e
adoção de dispositivos de drenagem.
A fig. 1.5 sintetiza as soluções clássicas para uma barragem de terra, que incorporam
os seguintes dispositivos para a redução da vazão de percolação: construção de tapetes
impermeabilizante a montante (1); construção de revestimentos de proteção do talude de
montante (2); zoneamento do maciço, com núcleo constituído de material de baixa
permeabilidade (3); construção de trincheira de vedação (cut off) , escavada na fundação e
preenchida com material de baixa permeabilidade (4); construção de cortina de injeção (5).
Adicionalmente, em termos de dispositivos de drenagem, podem ser adotadas as
seguintes soluções: execução de filtros verticais e inclinados (6); construção de tapetes
filtrantes (filtros horizontais), (7); zoneamento do maciço com material mais permeável na
zona de jusante (8); execução de drenos verticais ou poços de alívio (9); construção de
enrocamento de pé (10).
Figura 1.5 - Elementos para controle de forças de percolação.
Devido à percolação de água de um solo relativamente fino para um solo mais
granular (areias e pedregulhos), existe a possibilidade de carreamento das partículas finas para
o solo granular, com crescente obstrução dos poros e consequente redução da drenagem. Tal
condição ocorre, por exemplo, entre o material do maciço de uma barragem de terra e o
enrocamento executado no pé do talude de jusante (ver fig. 1.5). Há portanto, necessidade de
evitar estes danos mediante a colocação de filtros de proteção entre o solo fino passível de
erosão e o enrocamento de pé, os quais devem satisfazer duas condições básicas:
• Os vazios (poros) do material usado como filtro devem ser suficientemente
pequenos para impedir o carreamento das partículas do solo adjacente a ser
protegido;
• Os vazios (poros) do material usado como filtro devem ser suficientemente
grandes para garantir uma elevada permeabilidade e evitar o desenvolvimento
de altas pressões hidrostáticas.
A escolha do material de filtro, baseada nestes requisitos básicos, é feita a partir da
curva granulométrica do solo a ser protegido. Terzaghi propôs as seguintes relações:
D 15 f
4 a 5 D 85 s
D 15 4 a 5 D 15
¡
f s (1.7)
13. 13
Onde: v é a velocidade de fluxo do fluido, D é o diâmetro do tubo e ν é a viscosidade
cinemática do fluido (expressa nas unidades L2/T).
É difícil se estudar as condições de fluxo para cada poro, de maneira individual dentro
do solo. Somente as condições médias existentes em cada seção transversal de solo podem ser
estudadas. Pode-se dizer, contudo, que para os tamanhos de poros geralmente encontrados nos
solos, o fluxo através dos mesmos é invariavelmente laminar. Somente para o caso de solos
mais grossos, como no caso dos pedregulhos, escoamento turbulento pode ocorrer, ainda
assim requerendo para isto altos valores de gradientes hidráulicos.
O engenheiro Francês H. Darcy realizou um experimento, o qual era constituído de um
arranjo similar àquele apresentado na fig. 1.7, para estudar as propriedades de fluxo de água
através de uma camada de filtro de areia. Este experimento, realizado em 1856, se tornou
clássico para as áreas de hidráulica e geotecnia e deu origem a uma lei que correlaciona a taxa
de perda de energia da água (gradiente hidráulico) no solo com a sua velocidade de
escoamento (lei de Darcy).
z h
h1
∆h
h1
L i = -dh/dz
h2 h2
Figura 1.7 - Esquema ilustrativo do experimento realizado por Darcy.
No experimento apresentado na fig. 1.7, os níveis de água h1 e h2 são mantidos
constantes e o fluxo de água ocorre no sentido descendente através do corpo de prova.
Medindo o valor da taxa de fluxo que passa através da amostra (vazão de água), representada
pelo símbolo q, para vários valores de comprimento da amostra (L) e de diferença de
potencial total (∆h), Darcy descobriu que a vazão “q” era proporcional a razão ∆h/L (ou
gradiente hidráulico da água através da amostra, i). Isto é ilustrado na eq. 1.9 apresentada
adiante.
∆h
q = −k ⋅ ⋅ A = k ⋅i⋅ A
L (1.9)
Na eq. 1.9, k é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente de
permeabilidade do solo. Quanto maior o valor de k, maior vai ser a facilidade encontrada pela
água para fluir através dos vazios do solo. O coeficiente de permeabilidade, k, tem dimensão
de velocidade (L/T), e pode ser definido como a velocidade de percolação da água no solo
para um gradiente hidráulico unitário. A é o valor da seção transversal da amostra de solo
perpendicular à direção do fluxo.
No lado direito da fig. 1.7 está representada a variação do potencial total da água em
função da cota (z) da água no experimento. Conforme apresentado nesta figura, o valor do
18. 18
Carga variável (solos finos)
a
h = f(t)
L
A
Figura 1.10 - Esquema montado para a realização do ensaio de permeabilidade a
carga variável.
dh
q = −a
dt (1.18)
A lei de Darcy pode ser expressa em termos de vazão pela eq. 1.19, apresentada a
seguir.
h
q=k⋅ ⋅A
L (1.19)
Igualando-se as expressões 1.18 e 1.19 chega-se a eq. 1.20, apresentada abaixo.
h1 t1
¢
dh kA ¢
(1.20) onde, integrando-se obtém-se:
a ¡ ¡
dt
ho h L to
ho k.A explicitando-se o valor de k, obtém-se:
a. ln t
h1 £
L ¤
a.L ho ou a.L ho (1.21)
k ln k 2,3. log
h1 h1
¥ ¥
A. t ¦ § A. t
¦ §
24. 24
Na fig. 1.15 está representada a parcela de fluxo através do elemento de solo
considerado, correspondente a componente da velocidade de fluxo da água na direção y, vy.
Deve-se notar da análise da fig. 1.15 que a componente vy da velocidade da água não provoca
nenhum fluxo através das outras quatro faces do elemento de solo (vy está contida nos outros
dois planos ortogonais do paralelepípedo). Desta forma, a quantidade de fluxo que passa pela
face cujo centro tem coordenadas (x,y,z) pode ser dada pela eq. 1.30, apresentada adiante. Na
eq. 1.30, vy é a componente do fluxo na direção y e o produto dx⋅dz corresponde ao valor da
área pela qual o fluxo está ocorrendo. Deve-se notar ainda que o símbolo qy tem unidade de
vazão, isto é, é expresso em termos de L3/T.
qy (y ) = Vy (y ) ⋅ dz ⋅ dx
(1.30)
Para a outra face do elemento de solo a qual sofre a influência do fluxo de água
provocado por vy, o centro da área de fluxo tem coordenadas (x,y+dy,z). A velocidade de
fluxo na direção y não é mais necessariamente vy, devendo ser melhor representada por
vy+dvy. dvy representa a variação da velocidade de fluxo na direção y, devido a variação
espacial da coordenada do centro da face de fluxo, dy. A eq. 1.31 representa a quantidade de
fluxo passando pela outra face do elemento de solo
q y ( y+ dy ) = V y (y +dy ) ⋅ dz ⋅ dx = ( y + dVy )⋅ dz ⋅ dx
V
(1.31)
A taxa de armazenamento de água no solo devida a componente da velocidade de
fluxo na direção y será dada pela diferença entre as quantidades de fluxo que passam pelas
duas faces aqui consideradas (diferença entre os termos dados pelas eqs. 1.31 e 1.30). A eq.
1.32 representa a taxa de armazenamento da água no solo devido a componente de fluxo na
direção y. O sinal negativo na eq. 1.32 significa que para haver o acúmulo de água no solo a
componente da velocidade na direção y, na face de saída, deve ser menor do que na face de
entrada.
dq y ¡
dv y dx dz
¢ ¢
(1.32)
dvy pode ser calculado fazendo uso do conceito de diferencial total (eq. 1.33). Deve-se
notar que os centros das faces consideradas possuem as mesmas coordenadas z e x, de modo
que dz = dx = 0. Deste modo, o termo dvy pode ser representado pela eq. 1.34. Substituindo-se
a eq. 1.34 na eq. 1.32 chega-se a eq. 1.35, apresentada adiante.
∂V y ∂Vy ∂Vy
dV y = dx + dy + dz
∂x ∂y ∂z
(1.33)
0 0
∂Vy
dVy = dy
∂y (1.34)
¥
¤
V y (1.35)
dq y £
¥
¦
dx dy dz
¦ ¦
y
A taxa de armazenamento total da água no solo será dada pelas contribuições do fluxo
nas três direções: x, y e z (eq. 1.36). Seguindo-se o mesmo procedimento apresentado para o
caso da direção y, pode-se mostrar que a taxa de armazenamento total da água no solo é dada
pela eq. 1.37, apresentada adiante (lei de conservação da massa).
28. 28
Figura 1.18 - Forças intermoleculares, modificado de Libardi (1993).
Além disto, pela ação destas forças, a superfície do líquido se contrai minimizando sua
área, e adquire uma energia potencial extra que se opõe a qualquer tentativa de distendê-la, ou
seja, ocorrendo uma distensão, a tendência da superfície é sempre voltar a sua posição
original. Baseando-se nestas observações, a superfície ativa do líquido é também chamada de
membrana contrátil.
Quando a membrana contrátil de um líquido se apresenta curva, pelo fato da mesma
possuir moléculas tracionadas, uma força resultante surge, sendo responsável por fenômenos
tais como a ascensão capilar. A curvatura do menisco por sua vez é função da intensidade da
força com que as moléculas do líquido são atraídas por outras moléculas do mesmo líquido,
pelo ar e pelas moléculas da superfície sólida eventualmente em contato com o líquido. A
formação de meniscos capilares é ilustrada na fig. 1.19, mostrada adiante.
Conforme podemos observar nesta figura, F1 representa a força resultante de atração
das partículas sólidas (em sua parte superior e inferior) sobre as moléculas de água que se
encontram no ponto P e F2 representa a resultante das forças de atração entre as próprias
moléculas do fluido. Desprezando-se a atração entre as moléculas de líquido e ar, caso F2 =
2F1, o menisco não apresentará curvatura, ou θ será de 90º. Caso F2 2F1, o menisco será
côncavo, ou seja, θ será menor que 90º (como no caso dos meniscos formados pela água e a
maioria das superfícies de contato). Caso F2 2F1, o menisco será convexo, ou seja, θ será
maior do que 90º (como nos casos dos meniscos formados pelo mercúrio e a maioria das
superfícies de contato).
F1 resultante
sólido
P
θ
F1 resultante
sólido
F2 resultante líquido
Figura 1.19 - Formação de meniscos capilares. modificado de Libardi (1993).
Imergindo-se a ponta de um tubo fino de vidro num recipiente com água, essa subirá
no tubo capilar até uma determinada altura, a qual será maior quanto mais fino for o tubo.
30. 30
entretanto, que quando nessas areias existe um teor de umidade entre zero e a umidade de
saturação, surge um menisco entre os contatos dos grãos, que tende a aproximar as partículas
de solo. Essas forças de atração surgem em decorrência do fenômeno da capilaridade e são
responsáveis pela coesão aparente das areias
Nas argilas, quando secas, há uma diminuição considerável do raio de curvatura dos
meniscos, levando a um aumento das pressões de contato e a uma aproximação das partículas,
provocando o fenômeno da retração por secagem no solo. Durante o processo de secagem das
argilas, as tensões provocadas em decorrência da capilaridade podem se elevar a ponto de
provocar trincas de tração no solo. A fig. 1.21 ilustra o contato entre duas partículas esféricas
em um solo não saturado. Conforme se pode observar, a tensão superficial da água promove
uma tensão normal entre as partículas, que por atrito irá gerar uma certa resistência ao
cisalhamento, denominada freqüentemente de coesão aparente (o termo aparente se refere ao
fato de que o solo em seu estado saturado ou totalmente seco irá perder esta parcela de
resistência).
Figura 1.21 – Ação do menisco capilar no contato entre duas partículas esféricas
em um solo não saturado.