O documento discute a importância econômica e produção da mandioca no Brasil. Apresenta informações sobre os principais estados produtores, cultivares recomendadas, processos de cultivo como preparo do solo, plantio, colheita e processamento. Também aborda pragas e doenças comuns e métodos de controle.
3. A farinha, constitui-se alimento essencial e de forte tradição na dieta alimentar das
populações locais, principalmente na zona rural e nas classes de baixa renda dos
centros urbanos;
Centro aglutinador e de consolidação de muitas comunidades rurais que nasceram e
se desenvolvem sob forte influência das casas-de-farinha;
Características de exploração de subsistência;
Limitações na posse da terra, a falta de recursos financeiros e traços culturais
tradicionais dos produtores;
Farinha é o principal produto comercial;
Nova classe média brasileira;
Preconceito com a farinha.
4. Brasil - Mandioca – Principais estados – Área produção e produtividade 2011/12
5. Brasil - Fécula de mandioca – Produção em estados selecionados, 2011.
Brasil - Fécula de mandioca- principais compradores (2006-2011).
6. OS DADOS MOSTRAM UM POTENCIAL MERCADO DE FÉCULA
AINDA NÃO EXPLORADO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE
INCENTIVOS A PRODUÇÃO;
INCENTIVOS A INDÚSTRIA;
INCENTIVO AO COOPERATIVISMO.
UM EXEMPLO QUE VEM DANDO CERTO:
A COOPAMIDO FUNDADA EM 2009 COM 25 COOPERADOS,
HOJE TEM MAIS DE 400 COOPERADOS, FORMADA POR UMA
ALIANÇA COOPERATIVA DO AMIDO DE MANDIOCA;
LOCALIZADA EM LAJE, BA.
9. Terrenos bem drenados:
• Evitam o encharcamento e
posterior apodrecimento de raízes;
Solo arenoso ou misto (Areia +
Argila ou barro):
• Melhor crescimento de raízes;
• Facilidade na colheita;
Solos argilosos apesar de
dificultarem o desenvolvimento
das raízes podem ser usados
também.
12. • Se desenvolve em solos com pH variando entre 5,5 e 7,5;
• Fazer análise de solo;
• Se necessário realizar calagem, evitando o excesso de
calcário para que não ocorra o amarelão (Deficiência de
manganês);
• Extrai elevadas quantidades de nutrientes, com destaque
para potássio e nitrogênio (HOWELER, 1981);
• Considerada como cultura esgotante do solo, todo material
colhido (raiz e parte aérea) é retirado do campo;
• Sempre aplicar materia orgânica e fosforo (Dependendo da
análise de solo);
• O fosforo é um dos principais nutrientes, atua diretamente no
aumento da produção de raízes e teor de amido.
13. CUIDADO NA ADUBAÇÃO
Deve-se tomar cuidado ao adubar as plantas, o excesso de adubo, principalmente
nitrogenados, provoca crescimento exagerado da parte área, ocasionando um
desbalanço entre raíz-parte áerea.
PLANTAS COM EXCESSO
DE NITROGENIO
RAÍZES PEQUENAS E FINAS
DEVIDO A EXCESSO DE
PARTE AÉREA
15. NA ESCOLHA DA CULTIVAR DEVEM-SE CONSIDERAR A
FINALIDADE DA EXPLORAÇÃO, O CICLO E O LOCAL ONDE SERÁ
CULTIVADA
INDÚSTRIA DE AMIDO
INDÚSTRIA DE FARINHA
CONSUMO IN NATURA
ALIMENTAÇÃO ANIMAL
16. PRINCIPAIS CULTIVARES RECOMENDADAS PARA A
REGIÃO NORDESTE:
BRS FORMOSA (Brava)
BRS MANI BRANCA (Brava)
BRS ARARI (Brava)
BRS DOURADA (Mansa)
BRS GUAÍRA (Brava)
RECIFE (Mansa)
BRS MULATINHA (Brava)
BRS GEMA DE OVO (Mansa)
CRIOULA (Brava)
AMANSA BURRO (Brava)
ROSA (Mansa)
17. CULTIVARES DE
MANDIOCA MANSA DE
POLPA AMARELA, RICAS
EM VITAMINA “A“:
• Dourada;
• Abóbora;
• Jari;
• Híbrido 03-15;
• Híbrido 14-11;
• Amarelo II;
• Gema de Ovo.
18. TESTE COM 12 CULTIVARES DE MANDIOCA MANSA
EM RUSSAS-CE:
Cacau Manteiga;
Manteiga;
Cacauzinho;
Gema de Ovo (P. Amarela);
Amarelinha (P. Amarela);
Paraná;
Dourada (P. Amarela);
Eucalipto;
Santo Antônio;
Kiriris;
Mujui dos Campos;
Recife.
19. As variedades melhoradas de mandioca
são consideradas um dos principais
componentes do sistema de produção,
porque contribui com incrementos
significativos na produtividade, sem
implicar em custos adicionais, o que facilita
sua adoção, principalmente por produtores
de baixa renda.
Ferreira Filho, J. R. (2006).
21. • A seleção do material de plantio permitirá boa
brotação, emissão de brotos vigorosos,
uniformidade, reduz e evita a introdução de pragas e
doenças;
• Escolher manivas recém colhidas de lavouras
sadias e plantas vigorosas;
• Utilizar manivas de até 10cm em plantios irrigados, e
de 15 a 20cm em plantio de sequeiro;
• Tem-se a micropropagação como alternativa;
• Com a micropropagação se consegue uma maior
multiplicação de material e sanidade;
• Sementes são usadas no melhoramento.
24. ESPAÇAMENTO
Não se pode se prender apenas a um espaçamento, vai depender
das condições encontradas, como espaçamento dos gotejadores da
mangueira, plantio solteiro ou consorciado, porte da cultivar, área
mecanizada ou não, ou seja, das condições encontradas no local.
1,50m
25. SEMEADURA
• A semeadura pode ser feita em:
Plantio de chão;
Sulcos;
Covas;
Camalhões.
• Pode ser plantada nas posições:
Horizontal;
Vertical;
Inclinada.
26. Plantio de chão com maniva na
horizontal
Plantio de chão com maniva
na vertical
Plantio em
sulco
31. MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
Competição por espaço, água, luz e
nutrientes.
Pode-se manejar através de capina
manula ou mecânica, herbicida,
roçagem e controle cultural.
Manter a mandioca livre da
competição durante os 30 primeiros
dias após a brotação das manivas.
32. • Herbicidas registrados;
• Uso em pré-emergência;
• Não existem herbicidas seletivos
para a cultura;
• Usar chapéu de napoleão nas
aplicações;
• Depois de sombreado, a incidência
de plantas infestantes é reduzida,
não sendo necessário o controle.
Planta com danos causados por herbicida
33. Área já sombreada, sem presença
significativa de plantas infestantes
Plantas daninhas controladas através
de herbicida
34. PODA E CONSERVAÇÃO
PODA
• Retirada total ou parcial da parte aérea;
• Alimentação animal;
• Propagação;
• Armazenamento;
• Mais efeitos negativos do que positivos:
• Redução na produtividade e teor de amido;
• Aumento do teor de fibra na raíz.
CONSERVAÇÃO
• Menor período possível, por volta de até 60 dias;
• Armazenar embaixo de árvores, céu aberto, leiras;
• Mantê-las na posição vertical;
• Eliminar brotações.
36. MANDAROVÁ (Erinnyis ello)
• Uma das principais pragas da cultura;
• Alta capacidade de consumo foliar;
• Pode desfolhar totalmente a planta.
CONTROLE:
• Aração do terreno após a colheita para expor as pulpas ao sol ou
aprofunda-las no solo;
• Rotação de culturas;
• Catação manual (Pequenas areas);
• Aplicação de Baculovirus erinnyis ou Bacillus thuringiensis (Grandes
areas).
38. ÁCAROS
• Ácaro-Verde da Mandioca (Mononychellus tanajoa) e Ácaro-Rajado
(Tetranychus urticae)
• Praga mais severa da mandioca;
• Perda no rendimento de raíz e material de propagação.
CONTROLE:
• Destruição de plantas hospedeiras;
• Inspenção períodica nas plantas para localizar focos;
• Destruição de restos de cultura;
• Seleção do material de plantio;
• Rotação de culturas;
• Quebra-Vento
• Não existem produtos quimicos registrados.
39. Sintomas do ataque do ácaro na
planta
Sintomas do ataque do ácaro na
folha
40. MOSCA-BRANCA (Várias Espécies)
• Provoca queda no rendimento da raíz;
• Causa amargor na raíz, ocasionando uma farinha de qualidade
inferior;
• Perda no rendimento e qualidade do material de propagação.
CONTROLE:
• Seleção do material de plantio;
• Uso de cultivares tolerantes
• Rotação de culturas;
• Quebra-Vento
• Uso de produtos quimicos registrados.
45. • Fazer plantio escalonado, ou com cultivares de diferentes ciclos,
para que sempre se tenha o fornecimento de raíz, atendendo o
mercado consumidor;
• Operação que demanda maior volume mão de obra;
• Representa cerca de 10% do custo total;
• Colher com solo umido, para facilitar o arranquio e se evitar perdas;
• Covas ou camalhões facilitam a colheita;
• Faz-se a poda manual da parte aérea, acerca de 20 cm do solo.
COLHEITA MECANIZADA?
51. REAGENTES:
Ácido pícrico (C6 H3 N3O7);
Carbonato de sódio (N2 C3);
Tolueno.
PROCRDIMENTOS
1-Preparar uma solução de pricato alcalino (Solução de carbonato de sódio a 2,5%);
2-Dissolver 2,5g de Na2CO3 em 100ml de água destilada (Solução de ácido pícrico dissolver 0.5g de
C6H3N3O7 em 100ml de água destilada);
3-Cortar tiras de papel de filtro (1 X 6 cm);
4-Colocar as tiras de papel na solução de pricato alcalino (placa de Petri) até ficarem impregnada. Retirar e
escorrer o excesso da solução;
5-Cortar uma rodela e retirar 1 grama de raiz e colocar em um tubo de ensaio previamente identificado;
6-Adicionar 5 gotas de tolueno sobre o pedaço de raiz contido no tubo;
Imediatamente, colocar a tira de papel de filtro, saturada com a solução, prendendo-a na tampa do tubo;
7-Fazer um tubo controle, ou seja, sem amostra;
8-Deixar os tubos a temperatura ambiente por 24 horas;
9-Fazer leitura, de acordo com a intensidade de cor adquirida pela fita, seguindo a escala de 1 a 9 da tabela de
cor (quanto maior a intensidade de cor, maior será a conteúdo de HCN da raiz).
AVALIAÇÃO RÁPIDA DE TEOR DE CIANETO EM
RAÍZES DE MANDIOCA
Método de Williams e Eduards (1980), modificado pelo CIAT 1981)