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Metodologia de Avaliação Ex post dos Impactos Econômicos e                            Socioambientais de  Empreendimentos Hidrelétricos ITAPEBI Grupo Neoenergia Centro Brasileiro de Energia e Mudanças Climáticas 1
OBJETIVOS A proposta metodológica tem como objetivo fornecer os elementos necessários para uma avaliação ex post dos impactos econômicos e socioambientais decorrentes da implantação de uma usina hidrelétrica. Procurou-se verificar como os impactos : ,[object Object]
incidem sobre a população diretamente atingida aqui denominada de grupos focais.  Para verificar a metodologia fez um estudo de caso da Hidrelétrica de Itapebi
Metodologia da Pesquisa Para a elaboração da metodologia que ora se apresenta, o trabalho foi desenvolvido obedecendo às seguintes etapas: 1 – Revisão da Bibliografia e Reconhecimento Local (visitas aos municípios diretamente atingidos pela construção da UHE Itapebi) e aplicação de questionário-teste; 2 – Elaboração, definição da amostra e aplicação dos questionários específicos para os grupos focais e gerais para a amostra representativa da população dos municípios afetados; 3 – Aplicação da técnica de agrupamento e análise dos resultados; 4 – Elaboração do Quadro de Indicadores para monitoramento ex-post dos impactos econômicos e socioambientais de empreendimentos hidrelétricos; 5 – Ajustes e transferência de tecnologia.
Metodologia de avaliação ex post A metodologia proposta baseia-se em algumas etapas.   1º passo: Escolha da equipe de trabalho e processo de nivelamento dos pesquisadores. Recomenda-se que a equipe seja multidisciplinar envolvendo, preferencialmente, economistas, engenheiros eletricistas e ambientais, sociólogos, geógrafos, assistentes sociais e estatísticos.
Metodologia de avaliação ex post 2º passo:  Revisão do arcabouço regulatório relativo à construção, instalação, operação e monitoramento de usinas hidrelétricas no Brasil, com ênfase nas Leis, Decretos, e Resoluções Normativas expedidas pelas instâncias competentes em nível federal, estadual e municipal. Estrutura, funcionamento e articulação das instituições e órgãos encarregados pelo licenciamento ambiental (LP, LI e LO) e fiscalização das usinas hidrelétricas no país;
Metodologia de avaliação ex post 3º passo:  Análise  da avaliação realizada ex-ante da instalação dos empreendimentos com base nos seguintes documentos:             	Estudos de Impactos Ambientais (EIA/RIMA);               Projetos Básicos Ambientais (PBA) 	Termo de Ajuste de Conduta (TAC);               Resultados das pesquisas de campo aplicadas para a               elaboração do EIA/ RIMA;
Metodologia de avaliação ex post 4º passo:  Treinamento da equipe de pesquisadores que aplicarão os questionários em campo. A depender do volume de questionários a serem aplicados será necessário que sejam contratados profissionais que não fazem parte da equipe permanente de pesquisadores e que, por não conhecerem ainda os conteúdos da pesquisa, precisam obter as informações mínimas sobre o trabalho que está sendo implementado, sendo necessário, portanto, um processo de nivelamento dos profissionais eventualmente contratados.
Metodologia de avaliação ex post 5º passo:  Visita aos municípios atingidos pelo empreendimento considerado, para estabelecer contato direto, por meio de entrevistas e/ou aplicação de um questionário preliminar entre os seguintes grupos e organizações envolvidos: ,[object Object]
Grupos focais (grupos de pessoas diretamente atingidos em suas atividades econômicas e sociais pelo empreendimento e reassentados);
Gestores Públicos dos municípios atingidos;
População em geral, por meio de contatos com organizações da sociedade civil (representantes de categorias de trabalhadores urbanos e rurais, comerciantes, organizações religiosas, clubes recreativos, entidades de profissionais, entre outros);,[object Object]
Metodologia de avaliação ex post Propõem-se a elaboração de duas amostras distintas:  ,[object Object]
outra que permita mensurar as mudanças indiretamente relacionadas aos efeitos socioeconômicos e da qualidade dos recursos ambientais, como exemplo: a saúde da população através da qualidade da água e do ar, o potencial turístico em função da beleza cênica, etc. O primeiro caso se aplica aos grupos focais e o segundo aos depoimentos da população geral.
Metodologia de avaliação ex post A importância em definir e avaliar separadamente os grupos focais se justifica por eles representarem as pessoas mais afetadas pelos impactos, por se constituírem, potencialmente, em geradores de conflito na fase de licenciamento e por conhecerem a efetividade das medidas de mitigação e compensação propostas pelo empreendedor.  O tamanho da amostra do grupo focal deve ser definido para cada situação específica em função do número de pessoas afetadas em cada grupo.
Metodologia de avaliação ex post Para a definição do plano amostral para população geral sugere-se a utilização de duas variáveis:  ,[object Object]
a proporção de população atingida pelo reservatório em cada município em relação à população total atingida, que engloba os grupos focais. O tamanho da amostra resultará da dupla ponderação combinada dessas duas variáveis. O segmento da população geral entrevistada em cada município deverá ser estratificado com base nos critérios de idade e renda.  Recomenda-se que pelo critério de idade, apenas as pessoas que na época da construção da barragem já havia completado 18 anos devam fazer parte da amostra.  Quanto ao critério de renda ele deve ser aplicado de forma proporcional ao número de famílias por faixa de renda.
Metodologia de avaliação ex post 7º passo:  Análise preliminar dos resultados encontrados, identificando os principais focos de conflitos resultantes dos descumprimentos dos compromissos assumidos entre as partes envolvidas e das exigências e condicionantes impostos pelos órgãos ambientais;
Metodologiade avaliação ex post 8º passo:  Tabulação e análise dos resultados por meio do emprego da metodologia de análise de agrupamento.  A análise de agrupamento permite tratar os dados estatísticos obtidos na pesquisa de campo, estabelecendo uma hierarquização das respostas, agrupando-as em função das preferências de políticas de compensação e indenização. O agrupamento de respostas homogêneas permitirá ordenar as opiniões de diferentes grupos da população em relação aos impactos previstos e as medidas compensatórias propostas pelo empreendedor;
Metodologia de avaliação ex post 9º passo:  Identificação das principais variáveis que interferem no meio físico e biótico, na socioeconomia, nos serviços públicos, na cultura local e na qualidade de vida dos grupos focais, das pessoas reassentadas e da população em geral que vive nos municípios atingidos pelo empreendimento, a partir dos compromissos estabelecidos nos PBA, TAC, PACUERA e no volume e distribuição da aplicação dos recursos oriundos da compensação financeira;

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Metodologia avaliação ex post impactos hidrelétricas

  • 1. Metodologia de Avaliação Ex post dos Impactos Econômicos e Socioambientais de Empreendimentos Hidrelétricos ITAPEBI Grupo Neoenergia Centro Brasileiro de Energia e Mudanças Climáticas 1
  • 2.
  • 3. incidem sobre a população diretamente atingida aqui denominada de grupos focais. Para verificar a metodologia fez um estudo de caso da Hidrelétrica de Itapebi
  • 4. Metodologia da Pesquisa Para a elaboração da metodologia que ora se apresenta, o trabalho foi desenvolvido obedecendo às seguintes etapas: 1 – Revisão da Bibliografia e Reconhecimento Local (visitas aos municípios diretamente atingidos pela construção da UHE Itapebi) e aplicação de questionário-teste; 2 – Elaboração, definição da amostra e aplicação dos questionários específicos para os grupos focais e gerais para a amostra representativa da população dos municípios afetados; 3 – Aplicação da técnica de agrupamento e análise dos resultados; 4 – Elaboração do Quadro de Indicadores para monitoramento ex-post dos impactos econômicos e socioambientais de empreendimentos hidrelétricos; 5 – Ajustes e transferência de tecnologia.
  • 5. Metodologia de avaliação ex post A metodologia proposta baseia-se em algumas etapas.   1º passo: Escolha da equipe de trabalho e processo de nivelamento dos pesquisadores. Recomenda-se que a equipe seja multidisciplinar envolvendo, preferencialmente, economistas, engenheiros eletricistas e ambientais, sociólogos, geógrafos, assistentes sociais e estatísticos.
  • 6. Metodologia de avaliação ex post 2º passo: Revisão do arcabouço regulatório relativo à construção, instalação, operação e monitoramento de usinas hidrelétricas no Brasil, com ênfase nas Leis, Decretos, e Resoluções Normativas expedidas pelas instâncias competentes em nível federal, estadual e municipal. Estrutura, funcionamento e articulação das instituições e órgãos encarregados pelo licenciamento ambiental (LP, LI e LO) e fiscalização das usinas hidrelétricas no país;
  • 7. Metodologia de avaliação ex post 3º passo: Análise da avaliação realizada ex-ante da instalação dos empreendimentos com base nos seguintes documentos: Estudos de Impactos Ambientais (EIA/RIMA); Projetos Básicos Ambientais (PBA) Termo de Ajuste de Conduta (TAC); Resultados das pesquisas de campo aplicadas para a elaboração do EIA/ RIMA;
  • 8. Metodologia de avaliação ex post 4º passo: Treinamento da equipe de pesquisadores que aplicarão os questionários em campo. A depender do volume de questionários a serem aplicados será necessário que sejam contratados profissionais que não fazem parte da equipe permanente de pesquisadores e que, por não conhecerem ainda os conteúdos da pesquisa, precisam obter as informações mínimas sobre o trabalho que está sendo implementado, sendo necessário, portanto, um processo de nivelamento dos profissionais eventualmente contratados.
  • 9.
  • 10. Grupos focais (grupos de pessoas diretamente atingidos em suas atividades econômicas e sociais pelo empreendimento e reassentados);
  • 11. Gestores Públicos dos municípios atingidos;
  • 12.
  • 13.
  • 14. outra que permita mensurar as mudanças indiretamente relacionadas aos efeitos socioeconômicos e da qualidade dos recursos ambientais, como exemplo: a saúde da população através da qualidade da água e do ar, o potencial turístico em função da beleza cênica, etc. O primeiro caso se aplica aos grupos focais e o segundo aos depoimentos da população geral.
  • 15. Metodologia de avaliação ex post A importância em definir e avaliar separadamente os grupos focais se justifica por eles representarem as pessoas mais afetadas pelos impactos, por se constituírem, potencialmente, em geradores de conflito na fase de licenciamento e por conhecerem a efetividade das medidas de mitigação e compensação propostas pelo empreendedor. O tamanho da amostra do grupo focal deve ser definido para cada situação específica em função do número de pessoas afetadas em cada grupo.
  • 16.
  • 17. a proporção de população atingida pelo reservatório em cada município em relação à população total atingida, que engloba os grupos focais. O tamanho da amostra resultará da dupla ponderação combinada dessas duas variáveis. O segmento da população geral entrevistada em cada município deverá ser estratificado com base nos critérios de idade e renda. Recomenda-se que pelo critério de idade, apenas as pessoas que na época da construção da barragem já havia completado 18 anos devam fazer parte da amostra. Quanto ao critério de renda ele deve ser aplicado de forma proporcional ao número de famílias por faixa de renda.
  • 18. Metodologia de avaliação ex post 7º passo: Análise preliminar dos resultados encontrados, identificando os principais focos de conflitos resultantes dos descumprimentos dos compromissos assumidos entre as partes envolvidas e das exigências e condicionantes impostos pelos órgãos ambientais;
  • 19. Metodologiade avaliação ex post 8º passo: Tabulação e análise dos resultados por meio do emprego da metodologia de análise de agrupamento. A análise de agrupamento permite tratar os dados estatísticos obtidos na pesquisa de campo, estabelecendo uma hierarquização das respostas, agrupando-as em função das preferências de políticas de compensação e indenização. O agrupamento de respostas homogêneas permitirá ordenar as opiniões de diferentes grupos da população em relação aos impactos previstos e as medidas compensatórias propostas pelo empreendedor;
  • 20. Metodologia de avaliação ex post 9º passo: Identificação das principais variáveis que interferem no meio físico e biótico, na socioeconomia, nos serviços públicos, na cultura local e na qualidade de vida dos grupos focais, das pessoas reassentadas e da população em geral que vive nos municípios atingidos pelo empreendimento, a partir dos compromissos estabelecidos nos PBA, TAC, PACUERA e no volume e distribuição da aplicação dos recursos oriundos da compensação financeira;
  • 21. Metodologia de avaliação ex post 10º passo: Elaboração da Tabela de Indicadores que medem o impacto do empreendimento sobre o meio físico e biótico, a socioeconomia, os serviços públicos e a adequação às exigências e condicionantes. A aplicação de parte ou da totalidade desses indicadores dependerá das condições específicas de cada empreendimento a ser monitorado, sendo que novos indicadores poderão ser elaborados em função dessas especificidades.  
  • 22. Metodologia de avaliação ex post 11º passo: Estimativa dos impactos socioambientais previstos através dos métodos de valoração ambiental (produção sacrificada; despesas defensivas; valoração contingente; preços hedônicos; custo de viagem). A mensuração das perdas para os grupos focais, reassentados e população em geral, decorrentes da implantação do empreendimento, deverá corresponder ao valor das indenizações e das compensações financeira e ambiental.
  • 23.
  • 24. A segunda refere-se ao fato que a análise concebida ex ante desconsidera que os efeitos ex post podem ser muito diferenciados entre os diferentes grupos.Os principais impactos a serem compensados podem não ser observados pela população como um todo, mas apenas por diferentes grupos com percepções diferentes.
  • 25.
  • 26. Classificação dos diferentes grupos focais com atividades produtivas interrompidas;
  • 27. Coleta de dados ex ante para estimativa dos impactos previstos através das metodologias de valoração;
  • 28. A criação de indicadores para os impactos socioeconômicos e ambientais previstos incluindo indicadores sobre a variação da qualidade de vida dos grupos focais;
  • 29. Análise de agrupamento para destacar a percepção da população e dos grupos focais acerca dos impactos e das medidas compensatórias propostas;
  • 30. Escolha de medidas compensatórias que maximizem o bem-estar da população;
  • 31.