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MIÍASES
(mye: Moscas; ases: Doenças)

Izabella Soares
INTRODUÇÃO
É considerada uma zoodermatose caracterizada
pelo acometimento da pele ou orifícios por larvas
de moscas. Classificam-se em:
• Obrigatórias (primárias ou biontófagas)
• Facultativas (secundárias ou necrobiontófogas)
• Pseudomiíase (acidental)
ETIOLOGIA
• Agente Etiológico:
Entre as principais moscas cujas larvas produzem
Miíase, estão as dos gêneros: Dermatobia,
Cordylobia, Calitroga, Lucilia, Sarcophaga,
Chrysomya, Phormya, Gasterophilus, Wohlfahrtia e
Cochliomya.
As moscas responsáveis por esta condição
preferem um ambiente quente e úmido.
• Miíase Primária:
Causada pela larva de Dermatobia hominis (mosca
berneira) ou raramente pela Callitroga americana.

• Miíase Secundária:
Causada por larvas de Callitroga macelária e
espécies do gênero Lucília.

• Pseudomiíase (acidental):
Ocorre por ingestão de ovo e/ou larvas de dípteros
presentes em alimentos contaminados.
PATOGÊNESE

A mosca (seja qual for a espécie) cresce pelo
processo que chamamos de “metamorfose
completa”, ou seja, ovo – larvas – pupa e adulto.
As moscas preferem um ambiente quente e úmido.
Na Miíase primaria a mosca deposita os
ovos na pele normal junto às lesões
tegumentares, como arranhões, picadas de
insetos, escoriações, abrasões, lesões
ulcerosas, feridas de pé diabético.

Mosca com os ovos da
Dermatobia hominis

Pele com lesão

Lesão furunculóide
Na Miíase secundária, os ovos são depositados em
ulcerações expostas de pele e orifícios ou
cavidades naturais, previamente infectados.
Na Pseudomiíase (acidental), os ovos são
depositados em alimento, sendo esse alimento
contaminado consumido e portanto esses ovos
eclodem no intestino, e as larvas liberadas podem
migrar e alimentar-se de tecidos internos (intestino
ou trato urinário) ou expulsos através das fezes.
FISIOPATOLOGIA
Configura desde quadros benignos leves e
assintomáticos
(BHATT;
JAYAKRISHNAN,
2000), até formas graves com sérias complicações,
até mesmo a morte (MELO et al., 2000).
• Obrigatórias (primárias ou biontófagas):
A lesão é dolorosa e o paciente sente a sensação de
“ferroada”. Como complicações podem surgir
abscessos, linfangite e raramente tétano, como são
raras no ser humano, sendo ás vezes mortais por
hemorragias e comprometimento do sistema
nervoso.
• Facultativas ou Secundária:
Os locais mais atingidos são as fossas e os seios
nasais, os condutos auditivos e os globos oculares.
Estas podem permanecer localizadas ou ser
disseminadas a vários órgãos internos, inclusive o
cérebro, incapacitando e ameaçando a vida.
No caso de Oftalmomiíase pode ocorrer:
conjuntivite, lacrimejamento, hiperemia da
conjuntiva, conjuntivite catarral.
• Pseudomiíase (acidental):
As larvas que passam pelo tubo digestivo sem se
desenvolverem, podem ocasionar distúrbios mais
ou menos graves.
Manifesta um quadro de enterocolite aguda com
dor abdominal, diarreia e sangramento anal.
O acometimento do trato urinário determina o
surgimento de proteinúria, disúria, hematúria e
piúria, pode também determinar o priapismo.
Resumindo a Miíase pode ocasionar complicações
como: infecção secundária, destruição tecidual,
fístulas, destruição óssea.
CONCLUSÃO
As péssimas condições locais de higiene, com
ferimentos ou presença de secreções, são fatores
favoráveis para que as moscas ou outros insetos
que atuem como vetores mecânicos, depositem
seus ovos e as moscas se desenvolvam, portanto o
paciente seja orientado quanto à adoção de medidas
adequadas de higiene pessoal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Manfrim A. M., Cury A., Demeneghi P., Jotz G.,
Roithmann R. Miíase Nasal: Relato de Caso e Revisão da
Literatura. Rio Grande do Sul, 2006.
• Ministério da Saúde. Dermatologia na Atenção Básica
Secretaria de Políticas de Saúde. Ed.1ª . Brasília, 2002.
• Fares N. H., Melo D. V., Stucchi N., Carvalhosa A. A.,
Castro P. H. S., Siqueira C. R. B. Miíase em Paciente com
10 Anos de Idade: Relato de Caso Clínico e Revisão de
Literatura. Cuiabá, MT, 2005.
• Cavalcanti A. L. Miíase Oral: etiologia, diagnóstico e
Tratamento. Porto Alegre, 2008.
• Cencil J., Zardo M., Takahashi A., Sá A. C. D., Martins L.
D., Gonçalves R. C. G. Miíase Bucal: Revisão da
Literatura. Ponta Grossa, 2006.

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MIÍASE

  • 1. MIÍASES (mye: Moscas; ases: Doenças) Izabella Soares
  • 2. INTRODUÇÃO É considerada uma zoodermatose caracterizada pelo acometimento da pele ou orifícios por larvas de moscas. Classificam-se em: • Obrigatórias (primárias ou biontófagas) • Facultativas (secundárias ou necrobiontófogas) • Pseudomiíase (acidental)
  • 3. ETIOLOGIA • Agente Etiológico: Entre as principais moscas cujas larvas produzem Miíase, estão as dos gêneros: Dermatobia, Cordylobia, Calitroga, Lucilia, Sarcophaga, Chrysomya, Phormya, Gasterophilus, Wohlfahrtia e Cochliomya. As moscas responsáveis por esta condição preferem um ambiente quente e úmido.
  • 4. • Miíase Primária: Causada pela larva de Dermatobia hominis (mosca berneira) ou raramente pela Callitroga americana. • Miíase Secundária: Causada por larvas de Callitroga macelária e espécies do gênero Lucília. • Pseudomiíase (acidental): Ocorre por ingestão de ovo e/ou larvas de dípteros presentes em alimentos contaminados.
  • 5. PATOGÊNESE A mosca (seja qual for a espécie) cresce pelo processo que chamamos de “metamorfose completa”, ou seja, ovo – larvas – pupa e adulto. As moscas preferem um ambiente quente e úmido.
  • 6. Na Miíase primaria a mosca deposita os ovos na pele normal junto às lesões tegumentares, como arranhões, picadas de insetos, escoriações, abrasões, lesões ulcerosas, feridas de pé diabético. Mosca com os ovos da Dermatobia hominis Pele com lesão Lesão furunculóide
  • 7. Na Miíase secundária, os ovos são depositados em ulcerações expostas de pele e orifícios ou cavidades naturais, previamente infectados. Na Pseudomiíase (acidental), os ovos são depositados em alimento, sendo esse alimento contaminado consumido e portanto esses ovos eclodem no intestino, e as larvas liberadas podem migrar e alimentar-se de tecidos internos (intestino ou trato urinário) ou expulsos através das fezes.
  • 8. FISIOPATOLOGIA Configura desde quadros benignos leves e assintomáticos (BHATT; JAYAKRISHNAN, 2000), até formas graves com sérias complicações, até mesmo a morte (MELO et al., 2000). • Obrigatórias (primárias ou biontófagas): A lesão é dolorosa e o paciente sente a sensação de “ferroada”. Como complicações podem surgir abscessos, linfangite e raramente tétano, como são raras no ser humano, sendo ás vezes mortais por hemorragias e comprometimento do sistema nervoso.
  • 9. • Facultativas ou Secundária: Os locais mais atingidos são as fossas e os seios nasais, os condutos auditivos e os globos oculares. Estas podem permanecer localizadas ou ser disseminadas a vários órgãos internos, inclusive o cérebro, incapacitando e ameaçando a vida. No caso de Oftalmomiíase pode ocorrer: conjuntivite, lacrimejamento, hiperemia da conjuntiva, conjuntivite catarral.
  • 10. • Pseudomiíase (acidental): As larvas que passam pelo tubo digestivo sem se desenvolverem, podem ocasionar distúrbios mais ou menos graves. Manifesta um quadro de enterocolite aguda com dor abdominal, diarreia e sangramento anal. O acometimento do trato urinário determina o surgimento de proteinúria, disúria, hematúria e piúria, pode também determinar o priapismo. Resumindo a Miíase pode ocasionar complicações como: infecção secundária, destruição tecidual, fístulas, destruição óssea.
  • 11. CONCLUSÃO As péssimas condições locais de higiene, com ferimentos ou presença de secreções, são fatores favoráveis para que as moscas ou outros insetos que atuem como vetores mecânicos, depositem seus ovos e as moscas se desenvolvam, portanto o paciente seja orientado quanto à adoção de medidas adequadas de higiene pessoal.
  • 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Manfrim A. M., Cury A., Demeneghi P., Jotz G., Roithmann R. Miíase Nasal: Relato de Caso e Revisão da Literatura. Rio Grande do Sul, 2006. • Ministério da Saúde. Dermatologia na Atenção Básica Secretaria de Políticas de Saúde. Ed.1ª . Brasília, 2002. • Fares N. H., Melo D. V., Stucchi N., Carvalhosa A. A., Castro P. H. S., Siqueira C. R. B. Miíase em Paciente com 10 Anos de Idade: Relato de Caso Clínico e Revisão de Literatura. Cuiabá, MT, 2005. • Cavalcanti A. L. Miíase Oral: etiologia, diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre, 2008. • Cencil J., Zardo M., Takahashi A., Sá A. C. D., Martins L. D., Gonçalves R. C. G. Miíase Bucal: Revisão da Literatura. Ponta Grossa, 2006.