Este documento resume a civilização grega antiga, abordando aspectos como:
1) A importância da Grécia para a formação cultural do Ocidente, com destaque para a democracia;
2) A organização política das pólis gregas, notadamente Atenas e Esparta;
3) Aspectos culturais e sociais das civilizações ateniense e espartana.
4. GRÉCIA: a Terra dos Deuses
NOME OFICIAL: República Helênica.
CAPITAL: Atenas.
IDIOMA: Grego.
LOCALIZAÇÃO: sul da Europa.
MOEDA: Euro
CLIMA: Mediterrâneo
ÁREA: 131.957 km²
POPULAÇÃO: 10,96 milhões
DATA NACIONAL: 25 de março
(Independência).
FUSO HORÁRIO: + 5 horas em relação à
Brasília
RELIGIÃO: cristianismo 98,1% (ortodoxos
gregos 97,6%, católicos 0,4%, protestantes
0,1%), islamismo 1,5%, outras 0,4%
ECONOMIA:
O ponto forte da economia grega é o turismo.
Produtos Agrícolas : frutas, legumes e
verduras, cereais, beterraba, tabaco.
Pecuária : caprinos, suínos, ovinos, aves.
Mineração : bauxita, minério de ferro, linhito,
pedra-pome.
Indústria : alimentícia, metalúrgica, têxtil,
vestuário, química.
7. A civilização grega tem
grande importância na
formação cultural e política
do Ocidente.
Os gregos foram os primeiros
a falar em DEMOCRACIA, o
“governo do povo”.
14. O relevo montanhoso e o conseqüente isolamento das localidades
facilitaram a organização de cidades-Estado autônomas,
característica marcante da Grécia Antiga.
18. Migrações indo-européias
ΩCretenses: Vindos da Ilha de Creta formavam uma
civilização comercial que exerceu o domínio sobre a
Grécia Continental. Possuíam uma sociedade
matriarcal governada pelo Rei Minos.
ΩAqueus: Vindos do Norte da Península Balcânica,
invadiram e dominaram os cretenses.
ΩDórios: Originários da mesma região dos aqueus,
expulsaram os Jônios e Eólios da Grécia para as
ilhas do Egeu e o litoral da Ásia menor. (Primeira
Diáspora Grega)
19. Ω Os refugiados da primeira diáspora grega fundaram
pequenas unidades auto-suficientes baseadas no coletivismo
– os genos, ou comunidades gentílicas.
Ω Essas unidades eram compostas de membros de uma mesma
família, sob a chefia do pater.
Ω Por volta do ano 800 a.C., as disputas por terras cultiváveis
e o crescimento populacional acabaram com o sistema
gentílico.
Ω Alguns paters se apropriaram das melhores terras,
originando a propriedade privada, e muitas outras famílias
se dispersaram para o sul da Itália e para outras regiões,
ocasionando a segunda diáspora grega.
20. A partir do século VIII a.C. estabeleceram colônias gregas em diversos pontos da
orla do Mar Mediterrâneo, especialmente no sul da Itália, na região conhecida
como Magna Grécia.
21. PERÍODO HOMÉRICO
Fontes: Ilíada (Guerra de Tróia) e Odisséia (retorno de Ulisses ao
reino de Ítaca). Poemas atribuídos ao poeta Homero.
25. Odisseu e as
Sereias
Segundo a tradição, o canto das sereias, misto de mulheres e de
pássaros, perturbava a mente dos marinheiros e os fazia
naufragar; quando chegavam à praia, eram então devorados por
elas.
Ao passar por sua ilha, Odisseu ordenou à tripulação que tapasse o
ouvido com cera e, atado ao mastro do navio, resistiu ao seu canto.
26. A desintegração dos genos
provocou a formação das pólis e
a colonização da região
correspondente ao sul da Itália
e à ilha da Sicília,área
denominada Magna Grécia. Com
as mudanças foram reforçadas
as diferenças sociais.
27. PERÍODO ARCAICO
Com o surgimento da propriedade
privada,iniciaram os conflitos entre os
grupos, e, para lidar com as constantes
crises, os proprietários de terra
passaram a formar associações, as
fatrias, que formaram as tribos, que, por
sua vez, se organizaram em demos.
Os demos deram origem às cidades-
Estados, ou pólis – a principal
transformação do período Arcaico .
28. Comunidade gentílica
PATER
pai clãnico TRIBOS
Chefe político e
religioso
FRÁTRIAS
PÓLIS GREGA
GENOS
•propriedade
comunitária
•igualdade social
•laços
consanguíneos
29. Transformação Econômica
CRISE PROPRIEDADE DIVISÃO
PRIVADA SOCIAL(classes)
Crescimento Aristocracia rural
O pater divide as
demográfico e x
falta de terras terras para os
Despossuídos
férteis familiares mais
próximos
TRANSIÇÃO PARA O
ESCRAVISMO
Modo de Produção da Escravidão:
Antiguidade Clássica •POR DÍVIDAS
•POR CONQUISTAS
30. Cidades-Estados ou PÓLIS
Cada cidade-Estado grega era um centro político, social
e religioso autônomo, com uma classe dominante, deuses
e um sistema de vida próprios.
31. ATENAS
Conhecida como a cidade exemplar da
Grécia Antiga, por sua cultura e
prosperidade econômica, Atenas, se
desenvolveu na Ática, região cercada de
montanhas.
Por causa da falta de terras férteis, os
atenienses voltaram-se para a pesca, a
navegação e o comércio marítimo.
32. ATENAS
Origem: vários povos, principalmente os
jônios
Condição geográfica privilegiada:
montanhas protegendo a cidade da
invasão dos dórios
Proximidade com o mar Egeu facilitou seu
desenvolvimento comercial e a navegação
34. História política de Atenas
Passou por uma evolução política ( monarquia
democracia)
Período Arcaico
MONARQUIA
ou REALEZA Luta pelo Eupátridas
poder Nobreza
Autoridade
político Latifundiária
política era o
Basileu (rei)
35. Regime oligárquico-aristocrático
Poder Executivo
ARCONTADO
9 arcontes
AREÓPAGO
Poder Legislativo ECLÉSIA
Conselho de
Assembléia
Nobres
formada pelos
(Aristocracia) cidadãos para
para elaboração aprovar as leis
de leis
36. Sociedade Ateniense
Eupátridas (bem nascidos)
Latifundiários nobres proprietários das terras
mais férteis
Georgóis – pequenos agricultores
proprietários das terras menos férteis
(região montanhosa)
$$$
$$ Demiurgos – artesãos e
comerciantes
Metecos – estrangeiros
(artesanato e comércio) e
37. Legisladores
DRÁCON - código de leis igualando juridicamente os cidadãos
- retirou os eupátridas do poder jurídico
SÓLON - aristocrata de nascimento e comerciante de profissão
- aboliu a escravidão por dívida
- limitou as grande propriedades
- Incentivou a indústria e o comércio
- Adotou o critério da riqueza para ascensão social
CLÍSTENES- pai da democracia
- ampliação da participação política
- todos os cidadãos tinham os mesmos direitos políticos
- ostracismo
38. Quando os atenienses consideravam que determinado
cidadão era uma ameaça para a democracia, ele era
submetido a uma votação. Os eleitores escreviam o nome da
pessoa num pedaço de cerâmica chamado de óstraco, do
grego óstrakon. O sujeito que tinha o nome mais votado era
então condenado ao ostracismo. Isso significava que ele
deveria se afastar de Atenas por dez anos. Depois desse
período poderia retornar com plenos direitos políticos.
Hoje em dia, utilizamos a expressão “cair no ostracismo”
quando uma pessoa fica esquecida por todos.
39. Democracia Ateniense
demo = povo + kratos = poder
DIRETA NÃO PARTICIPATIVA ESCRAVISTA
Clístenes reorganizou a Todos os cidadãos
população, dividindo-a em atenienses participavam
dez tribos. Cada tribo enviava da assembléia popular, a
50 representantes para a eclésia.
Bulé, cujo número foi
aumentando para 500
membros.
Esses representantes
exerciam o governo de
Atenas por um mês, em forma
de rodízio ( o ano ateniense
era de 10 meses ).
40. “Participação
Popular”
Escravos,
estrangeiros e
mulheres
41. O Apogeu – Século de Péricles
A crise social se
equilibrou com a
política de Clístenes
Péricles pôde
governar uma Atenas
forte politicamente.
42. Cultura Ateniense
Enquanto os homens viviam para a vida
política, econômica e militar, as mulheres
viviam para seus maridos e filhos
Os escravos e as mulheres não dispunham
de quaisquer direitos de cidadania
Educação baseada na filosofia e arte
Cultura aberta aos avanços
43. A Acrópole era murada e o acesso era feito por
uma escadaria que conduzia a uma porta
monumental, Propileos. O Partenón, o maior dos
templos, estava dedicado a Palas Atena, deusa
da sabedoria e protetora da cidade.
47. Música: Mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, se arrumam suas melenas
Quando fustigadas não choram,
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas, Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Guardam-se pros maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados, mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho de outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
48. Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas, Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas
49. SOCIEDADE ESPARTANA
Origem –dórios
Povo extremamente militarista,
conservador e oligárquico:
aristocrático
Economia essencialmente
agrária
O Estado tinha a posse legal da
propriedade e o cidadão, apenas
seu usufruto.
50. Sociedade Espartana
Espartanos ou Esparcíatas –
descendentes dos dórios, formando a
aristocracia guerreira dos cidadãos-
soldados
Periecos – homens livres
descendentes dos povos nativos que
não resistiram a invasão dória. Sem
direitos políticos, se dedicavam ao
comércio e ao artesanato
Hiliotas – a esmagadora
maioria de escravos, descentes
dos povos nativos que
resistiram a invasão dória
51. Política Espartana
O EFORATO OU CONSELHO DOS CINCO ÉFOROS
(“VIGILANTES”)
órgão executivo do governo espartano
fiscalização da obediência as leis e da vida econômica dos
cidadãos
DIARQUIA GERÚSIA ÁPELA
dois reis assembléia de assembléia por
exerciam anciões cidadãos
funções elaboração das leis eleger os
religiosas, membros da
militares e Gerúsia e ratificar
judiciárias suas decisões
52. Cena do filme 300 na qual membros da Gerúsia tentam
impedir Leônidas de marchar contra o Império Persa.
53. Cultura Espartana
Conservadora –laconismo e a xenofobia
Educação – priorizava a formação física
e militar
Mulheres participavam de reuniões
públicas, administrando a vida cotidiana
e o patrimônio familiar.
Estado Totalitário
Não existe a separação entre o espaço
do privado e do público
54. Esparta
A militarização e o
caráter coletivo
estatal de Esparta
fizeram com que essa
cidade-Estado não
conhecesse qualquer
mudança estrutural
significativa:
ela nasceu oligárquica
e assim permaneceu
até sua decadência.
55. ESPARTA
Representou os valores
de austeridade, espírito
cívico, submissão total
do indivíduo ao Estado.
Sociedade conservadora,
patriarcal, aristocrática,
guerreira e eugênica (não
se admite defeitos
físicos nos cidadãos).
56. POLÍTICA EM Esparta
Sistema Oligárquico.
O governo era Diarquia (dois
Reis).
A Assembléia (Ápela) era
formada por espartanos com
mais de 30 anos.
A Ápela era responsável pela
eleição da Gerúsia e do
eforato.
58. PERÍODO CLÁSSICO
• Esse período foi marcado por violentas lutas
dos gregos contra os povos invasores
(persas) e entre si.
• Foi considerado o apogeu da antiga
civilização grega, concentrando suas maiores
realizações culturais.
• A primeira das grandes guerras de gregos
contra persas ficou conhecida como Guerras
Médicas.(por causa dos Medos que
habitavam o Império Persa).
59. Guerras Médicas
Causa – EXPANSIONISMO PERSA
Conseqüências das Guerras Médicas:
• decadência do Império Persa
• desenvolvimento político, econômico, político e cultural da
Grécia clássica (principalmente de Atenas ao comandar a Liga
de Delos)
• Democracia x imperialismo em Atenas
60. LIGA DE DELOS
Durante as guerras contra os persas, as cidades gregas,
lideradas por Atenas, criaram uma confederação denominada
Liga de Delos. Cada cidade-membro deveria contribuir com
homens, navios e dinheiro para um fundo comum, com o
objetivo de combater os persas e preparar-se para futuras
invasões.
Com a derrota do inimigo, Péricles passou a transferir os
recursos para a realização de obras públicas em Atenas,
possibilitando o desenvolvimento da arquitetura, da
escultura, do teatro e das artes em geral.
O fortalecimento de Atenas gerou a insatisfação das demais
cidades gregas, que a acusavam de estar se apoderando de
todas as riquezas da Liga. A crescente rivalidade entre
Atenas e as demais cidades-Estado helênicas deu origem à
Guerra do Peloponeso, que marcou o início da decadência do
mundo grego.
61. GUERRA DO PELOPONESO
A hegemonia ateniense, com a expansão de sua
influência política, foi combatida por Esparta,
que não desejava que o império de Atenas
colocasse em risco as alianças de Esparta com
outras cidades. A formação da Liga do
Peloponeso inseriu-se nesse contexto.
Foram 28 anos de lutas, que terminaram com a
derrota ateniense. A supremacia espartana teve
curta duração, sendo seguida pelo predomínio de
Tebas e por um período de perturbações
generalizadas. As principais cidades gregas
estavam esgotadas por décadas de guerra. Eram
alvos fáceis para um inimigo exterior: a
Macedônia.
62. Guerra do Peloponeso
Causas - RIVALIDADE
• Econômica – imperialismo ateniense
• Política - Atenas democrática x Esparta
aristocrática-oligárquica
• Militar (Atenas comandava Liga de
Delos e Esparta a Liga do Peloponeso)
Conseqüências
• Esparta venceu, acabou com o avançado
sistema político de Atenas
• Enfraquecimento interno da civilização
grega, abrindo espaço ao Império
Macedônico.
63. PERÍODO HELENÍSTICO
• Período caracterizado pela invasão da
Grécia pelos macedônios comandados por
Filipe II (Batalha de Queronéia).
• A política expansionista iniciada por Filipe
II teve continuidade com seu filho e
sucessor Alexandre Magno, que consolidou
a dominação da Grécia e conquistou a
Pérsia, o Egito e a Mesopotâmia.
64. • Alexandre respeitou as
instituições políticas e
religiosas dos povos vencidos
e promoveu casamentos entre
seus oficiais e jovens das
populações locais; ele próprio
desposou uma princesa persa.
• A fusão dos valores gregos
com as tradições das várias
regiões asiáticas
conquistadas deu origem a
uma nova manifestação
cultural, o helenismo.
65.
66. HELENISMO
• Fusão dos elementos gregos com
as culturas locais.
• Recebeu este nome pois os
gregos chamavam a si mesmos de
helenos.
69. Os gregos apreciavam a higiene do corpo e procuravam
mantê-la com cuidados especiais, entre os quais
figuravam os banhos e os exercícios físicos. Sócrates,
mesmo em idade avançada , não descurava a ginástica
“para reduzir seu ventre que havia ultrapassado a justa
medida.”
70. A primeira peça do vestuário grego é o quíton. Este foi usad
pelos atenienses até a época das guerras pérsicas.
Depois, sob um regime de igualdade que nivelava as classes,
vestuário do homem tornava-se fatalmente de uma
simplicidade democrática. Os trabalhadores livres não se
distinguiam mais dos escravos e a diferença de fortuna só
era reconhecível para um sinal: as pessoas ricas usavam
vestes brancas; as demais , em razão de economia , vestes
71.
72. A sociedade na antiga Grécia era patriarcal. Para as
mulheres estava apenas reservado um papel de esposas e
mães. As raparigas eram educadas em casa dos pais até
atingirem a idade casadoira, que se situava mais ou menos
quatro anos depois da primeira menstruação.
O homem casava-se por volta
dos 30 anos, sendo para ele o
casamento um "mal necessário"
(estava previsto um imposto
para homens solteiros com mais
de 40 anos).
O casamento era acordado sem
que a rapariga exprimisse a sua
opinião, conhecendo o seu
futuro marido, na maioria das
vezes, no dia do casamento.
75. Depois da boda, a rapariga só era
considerada da família do noivo
quando tivesse o primeiro filho
varão. Assim, a sexualidade no
matrimônio tinha por objetivo a
procriação, apesar de não ser
frequente ter mais de dois ou três
filhos.
Depois de atingido esse número de
filhos,os infanticídios eram
frequentes, principalmente nas
raparigas. A partir daí, as relações
sexuais entre o casal eram
esporádicas, recorrendo muitas das
vezes os homens a prostitutas.
Ou, procurava-se evitar a gravidez através do coito anal, que era muito
generalizado. De fato, eram as "nádegas", e não os peitos, a parte da
anatomia feminina mais atrativa para os homens.
Nas mulheres era frequente a masturbação, havendo mesmo testemunhos
acerca do apreço que se tinha a certos curtidores, por fabricarem
"consoladores" de um couro bastante duro.
76.
77. O homem grego enfatizava repetidamente a astúcia, malícia, artimanhas, poder
racional e linguagem femininos; diziam que a mente da mulher era corrompida por
paixões e desejos.
Um famoso poeta grego, Menendro, desencorajava a educação da mulher, pois isso
equivaleria a tornar uma cobra mais venenosa.
Demócrito considerava uma coisa terrível uma mulher argumentar, porque sua mente
émais aguçada que a do homem em pensamentos malignos.
Para Platão e Aristóteles, os homens foram
feitos para dominar as mulheres,assim como
os homens livres deveriam dominar os
escravos e a razão deveria dominar o
irracional. Esse último dizia que “as mulheres
são movidas a lágrimas, ciúmes, lamúria,
repreensão, violência, melancolia, menos
esperança, eram seres vazios de vergonha,
discursos inexatos e enganosos”.
Mas nem todos tinham esse ponto de vista:
cortesãs da alta sociedade grega, as betera
eram mulheres poderosas,admiradas por
suas qualidades intelectuais,seus atrativos e
habilidades sexuais, sendo muitas vezes
amigas de grandes homens (soldados,
filósofos, artistas).
78. Sócrates, que costumava começar o dia com uma prece agradecendo aos
deuses por ter nascido homem, mandou embora suas mulheres na hora da
sua morte para que seus últimos minutos na terra “não fossem preenchidos
com suas incômodas demonstrações emocionais”.
79. No período clássico da
Grécia Antiga a
pederastia era prática
comum, tinha função
pedagógica e a
finalidade de
transmissão de
conhecimento de
homens mais
experientes aos jovens.
80. O homem mais
velho admirava o
mais jovem por
suas qualidades
masculinas e o
mais jovem
respeitava o
mais velho por
sua experiência,
sabedoria e
comando.
81.
82.
83. Os gregos apreciavam muito o banquete , e o realizavam com
freqüência sempre que se desse um acontecimento digno.
A refeição abrangia a primeira e a segunda mesa.
Na primeira serviam carne de boi, de peixe, de carneiro, de
aves, e legumes.
Na segunda trazem-se doces e frutas: figos secos,amêndoas,
nozes, maçãs, pêras, melancias, uvas e, em seguida, queijo,
pastéis com papoula e mel.
84. Na mitologia grega, Tirésias foi
sucessivamente homem e mulher.
Segundo a mitologia grega,
Tirésias era um profeta de Tebas
que ficou cego ao ver a nudez de
Atena.
O Mito conta que ao ir orar
sobre um monte cinturão, encontrou
um casal de cobras venenosas.
Tirésias matou a fêmea, e logo se
transformou em mulher. Anos mais
tarde, no mesmo sítio, encontrou
outro casal de cobras venenosas
mas desta vez Tirésias matou o
macho e de seguida se transformou
em homem.
O Mito também conta que
Tirésias era cego, o motivo foi o
facto de ele ter ousado olhar
Minerva enquanto esta se banhava
numa fonte.
85.
86. Eros e Psiquê são entidades mitológicas que personificam o
Amor e a Alma.
Éros em grego significa “desejar ardentemente”, “inflamado de
amor” e a alma forma-se a partir de Psýkhein, cujo sentido é o
sopro da vida, representada por uma figura feminina, mais
menina do que mulher, com asas de borboleta.
As crenças gregas populares concebiam a alma como uma
borboleta, sendo o significado simbólico o indício de
A lenda de Eros e Psiquê é,
transformação.
na realidade, a história da
evolução e do
amadurecimento dos
sentimentos, e da
capacidade do indivíduo se
relacionar com outra pessoa.
É na aventura do
amadurecimento que a
pessoa consegue se realizar.
87. A arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas
seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo.
A arte grega volta-se para o gozo da vida presente.
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da
arte, exprimir suas manifestações.
Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de
elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia
ideal. CARACTERISTICAS:
.... Liberdade
.... Interesse pelo homem,
que “é a medida de todas as coisas”
Na Grécia, a beleza e a .... Racionalismo
.... Amor pela beleza
racionalidade do .... Equilíbrio
universo eram as .... Naturalismo
.... Democracia
manifestações mais .... Alegria
elevadas do Bem. .... Originalidade
.... Beleza
.... Harmonia
.... Companheirismo
88. Os arquitetos gregos demonstravam grande habilidade em
seus projetos de tempos e edifícios públicos. Eles
assentavam com perfeição os blocos de mármores ou de
pedra calcária, sem usar argamassa e empregavam graciosas
colunas para sustentar o trabalho dos tempos.
Apesar do arrojo da Arquitetura Moderna que dispõe de
meios materiais desconhecidos na Antigüidade , o leve e o
funcional se aliam harmonicamente nas linhas arquitetônicas
da Grécia Clássica com suas colunatas de sóbria majestade
e com seus capitéis característicos .
91. Pouco utilizado pelos
arquitetos gregos,
caracterizava-se pelo
excesso de detalhes. Os
capitéis das colunas eram,
geralmente, decorados com
folhas.
92.
93.
94. A pintura grega também foi muito
importante nas artes da Grécia Antiga. Os
pintores gregos representavam cenas
cotidianas, batalhas, religião, mitologias e
outros aspectos da cultura grega. Os vasos,
geralmente de cor preta, eram muito
utilizados neste tipo de representação
artística. Estes artistas também pintavam
em paredes, principalmente de templos e
palácios.
104. As esculturas gregas transmitem uma forte noção
de realismo, pois os escultores gregos buscavam
aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando
recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias,
expressões e sentimentos são observados nas
esculturas. A temática mais usada foi a religiosa,
principalmente, representações de deuses e deusas.
Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas
(principalmente relacionadas às Olimpíadas)
também foram abordadas pelos escultores gregos.
105.
106. ATENA: Deusa da inteligência e da sabedoria;
APOLO: Deus do Sol, das artes e da razão
111. O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias
gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio
(deus do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e
cantavam dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com
o tempo, esta festa começou a ganhar uma certa organização,
sendo representada para diversas pessoas.
Durante o período clássico
da história da Grécia
(século V AC) foram
estabelecidos os estilos
mais conhecidos de teatro:
a tragédia e a comédia.
Ésquilo e Sófocles são os
dramaturgos de maior
importância desta época. A
ação, diversos personagens
e temas cotidianos foram
representados nos teatros
gregos desta época.
114. As Divindades podem se
dividir em dois
grupos: os Olímpicos e
outras menos
importantes, como por
exemplo os centauros,
as moiras, sereias,
ciclopes e também
heróis.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as
pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de
seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande
parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos
e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem
imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura
oral. A essas narrativas damos o nome de MITOLOGIA.
115. Diz a lenda que os deuses escolheram o Monte Olimpo como seu lar.
Era o ponto mais alto da Grécia, localizado em uma região conhecida por
Tessália. No Olimpo, cada deus possuía o seu palácio. O mais belo e
brilhante era o de Zeus. Todas as manhãs, quando a Aurora de dedos
róseos abria o Céu para libertar os cavalos do Sol, todas as divindades
olímpicas reuniam-se na habitação de seu chefe: "Zeus o rei dos deuses".
116. Os deuses individuais eram
associados a três domínios
principais: o céu (ou paraíso), o
mar e a terra. Os doze deuses
chefes (chamados de olimpianos)
eram Zeus, Hera, Poseidon,
Deméter, Apolo, Atena,
Hefestos, Hermes, Afrodite,
Ares, Artemis e Dionísio. No
Olimpo os deuses alimentavam-
se de uma planta de sabor
agradável, a ambrósia.
117. Os deuses gregos tinham
características antropomórficas,
isto é, eram representados por
ídolos com formas humanas.
Eram considerados semelhantes
aos homens, possuindo também
sentimentos bons ou maus, com a
única diferença de serem
imortais. Os deuses ficavam
irritados, se fossem esquecidos,
e satisfeitos quando eram
lembrados. Eles empregavam
castigos severos a mortais que
mostravam comportamento
inaceitável, tal como orgulho,
ambição extrema, blasfêmia ou
desafiar os deuses, e
prosperidade excessiva.
118. Nome Atributos
Zeus Rei do Olimpo e dos Deuses
Poseidon Deus dos mares e da navegação
Hades Deus dos infernos (tártaro)
Ares Deus da guerra
Afrodite Deusa da beleza
Cronos Deus do tempo
Hermes Deus do comércio e do roubo
Ouranos Deus do Universo
Hera Deusa-rainha do Olimpo
Atena Deusa do saber
119. Deusa-rainha do Hades (tártaro ou
Perséfone
inferno)
Apolo Deus da luz e do Sol
Ártemis Deusa da caça
Deméter Deusa da agricultura
Íris Deusa do arco-íris
Hebe Deusa da juventude
Hefaístos Ferreiro dos Deuses
Dioniso Deus da luxúria e do vinho
Eros Deus do amor
Héstia Deusa do fogo e do lar
Réia Deusa da Terra, esposa de Saturno
120. Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos.
Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques,
levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra
de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os
marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de
serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
121. Pégaso (em grego, Πήγασος) -
cavalo alado que nasceu da
mistura do sangue da Górgona
Medusa (quando esta teve a
cabeça cortada por Perseu)
com a espuma do mar; por isso
sendo filho de Poseidon, deus
do mar, e de Medusa. Pégaso
voou para o Olimpo e foi
transformado por Zeus numa
constelação (a constelação de
Pégaso).
Sendo assim, ele seria símbolo
da imaginação e da
imortalidade.
122. Na saga de Hades, Kurumada aborda os mitos
gregos a respeito da morte e do destino das
almas que passavam para o "outro mundo".
Segundo a mitologia, Inferno era o lugar para
onde iam e permaneciam as almas dos mortos.
Situava-se no interior da Terra e era banhado
por 5 rios sagrados, Aqueronte, Cocito,
Flegetonte, Letes e Estige. Para atingir o
Inferno, as almas tinham que atravessar o rio
Aqueronte, na barca de Caronte. O Portão do
Inferno era guardado por Cérbero, um cão de
três cabeças. Após o Julgamento feito por Hades
e seus 3 juízes – Éaco (ou Aiacos), Minos e
Radamento (ou Radamanthys) – as almas malignas
eram lançadas no Tártaro; as almas virtuosas iam
para os Campos Elísios: lugar de delícias,
semelhante ao Paraíso, para onde iam os heróis e
homens bondosos após a morte.