Uma mulher grávida bate à porta de uma rica casa oferecendo o bebê que espera, pois não queria criá-lo. A dona da casa a acolhe, escuta sua história e fala sobre a importância da maternidade e da reencarnação. No final, a gestante decide ficar com o bebê, com o apoio da mulher.
2. A mulher bateu à porta da rica casa. Estava grávida e já se avizinhavam os dias de dar à luz.
3. A dona da casa veio atender, portando no olhar a serenidade dos dias vencidos e das dores suportadas.
4. Dona , lhe falou a gestante, quer ficar com o meu bebê?
5. E antes que a outra se recobrasse do susto da inesperada oferta, prosseguiu:
6. Não o quero. Não tenho lugar para ele em minha vida. Engravidei sem querer e não posso sustentar outra boca.
7. Pesa-me a barriga e anseio por liberar-me da carga. Se a senhora não o quiser, não sei o que farei. Já o ofereci a mais de duas dezenas de pessoas. Ninguém o quer.
8. A mulher bondade convidou a ofertante a entrar. Fê-la sentar-se. Serviu-lhe um café reconfortante.
9. Instigada, aquela lhe narrou sua história de desacertos, desde a juventude mais tenra. A síntese é de que via no filho em gestação um estorvo, um problema a mais.
10. A mulher carinho falou-lhe da bênção da maternidade e da reencarnação. Maternidade é uma das mais nobres missões conferidas ao ser humano.
11. O Pai e Criador confia uma das estrelas do Seu Universo à guarda de um outro ser.
12. Pela lei da reencarnação, o Espírito imortal tem a possibilidade de resgatar erros, crescer, ascender.
13. A mulher ternura lhe falou de como o Espírito, preso ao corpinho em formação, tudo percebe, tudo sente, tudo sofre.
14. Ele suspira oportunidade, tempo e atenção. Precisa de carícias, de ouvir a voz de quem o gera a lhe murmurar acalantos, aguarda a mão da ternura a lhe rociar a pele frágil.