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MEMORIAL PROFISSIONAL
Quando é solicitado à descrição dessas etapas da vida, a princípio parece que será
rapidamente relatado em poucas linhas, mas, ao pensar nos detalhes, começa-se a revê-los passo a
passo. Como num filme retornam à mente e nos possibilitam reviver essas experiências com riqueza
de detalhes que livro algum conteria cada uma delas. Até parece que acabaram de acontecer.
A minha trajetória em sala de aula como professor começou bem antes de iniciar um Curso
Superior. No ano de 1998, aos 22 anos de idade, recém formado no 2° Grau do Ensino Médio pela
Fundação Bradesco Escola de Canuanã, no município de Formoso do Araguaia, comecei a trabalhar
com a disciplina de Química na Escola Estadual Anita Cassimiro Moreno.
Era um professor que além da Química, lecionava outras disciplinas como, por exemplo:
Matemática, Ciências, Educação Física e até Ensino Religioso, tudo para completar a carga horária
de 40 horas-aulas. Durante o ano de 1998 muitas dificuldades enfrentadas, tudo era novo e difícil
para mim, pois, na Fundação Bradesco não tive nos 4 anos de estudos a disciplina Química. E
começar desta forma. Pense no que foi barra!
Os alunos não queriam me aceitar como professor, porque eu era muito novo e para eles eu
não sabia de quase nada, outra, porque nós éramos muitos colegas de brincar de bola na rua e
quadras, antes de ir estudar na Fundação Bradesco.
Estudava muito o livro didático, queria decorar o que iria passar no dia seguinte, para mostrar
que eu sabia dos conteúdos e estava preparado para tais perguntas dos alunos. Quando chegava a
hora da aula, fazia aquelas saudações de bom dia, boa tarde e boa noite e começava a fazer
chamadas, uma confusão terrível de indisciplina acontecia.
Depois começava a copiar no quadro a giz os conteúdos, copiava, copiava, depois explicava
fragmentos dos conteúdos copiados. Vocês acreditam que os alunos participavam fazendo
perguntas, imagine eu do outro lado respondendo todas, chegava às vezes responder sem ter
certeza dos fatos.
Os alunos não estavam muitos satisfeitos com as minhas aulas e faziam provocações.
Estouravam bombinhas, levavam pó de mico e tudo isso acontecia na minha sala de aula. Chamava
a equipe da coordenação e direção para conversar com os alunos e o caso aos poucos
momentaneamente paravam só que eles insistiam o tempo todo, era uma confusão daquelas!
Com toda essa situação caótica, eu ainda enfrentava os alunos dando o troco pelo o que eles
faziam, como por exemplo: fazendo bombinhas e levando o pó de mico e colocando nas carteiras
dos mesmos antes que eles chegassem a Escola. Difícil!
No ano de 1999, comecei refletindo toda a prática pedagógica do ano anterior e planejei
várias estratégias de ensino, para aos poucos conquistar o meu aluno. Já conhecia mais afundo os
conteúdos, até porque vivia querendo decorar o livro de química.
Nessa época eu ainda não era formado e a experiência foi muito frustrante, pois eu não
conseguia passar os conteúdos de uma forma que os alunos pudessem entender e assimilar. Hoje
sei que o principal motivo de meu fracasso deveu-se à inexperiência em trabalhar com adolescentes.
A partir desse fracasso, toda vez que preparo uma nova aula, procuro utilizar uma metodologia que
leve em conta o público que quero atingir.
No ano de 2000 ingressei na UNITINS (Universidade do Tocantins), que fica na cidade de
Gurupi, onde tive a oportunidade de fazer Licenciatura Plena em Ciências Químicas, com habilitação
para o ensino da Química. Este curso era feito nos períodos de férias para não atrapalhar os alunos
em sala de aula. Oportunidade dada pelo Governo do Estado para Professores em Regime Especial
para conclusão no nível superior.
Trabalhava e morava em Aliança e ainda enfrentava um percurso de 50 km todos os dias nos
períodos de férias e alguns feriados, juntamente com os amigos da cidade que também faziam
outros cursos (Física e Normal Superior). Pouca ajuda por parte dos líderes políticos de nossa
cidade, tudo isso foi alcançado graças a nossa força de vontade de vencer, como foi vencido.
Poucas vezes a prefeitura de Aliança nos ajudava com o carro (Kombi) e petróleo, a maioria
dessa jornada era por conta própria de cada um e de sua família que sempre fez presente nestes
momentos.
As aulas que tínhamos na Faculdade começaram ajudar o meu trabalho em sala de aula na
Escola que trabalhava, começava uma maior postura minha nas aulas e nos conteúdos que eu
planejava, criava novas metodologias de ensino e aos poucos os alunos começaram a me aceitar e
procurar uma zona de proximidade comigo, depositando mais confiança no meu trabalho.
Dentro do período de 4 anos de Faculdade, fui convidado pelo professor do Curso e diretor
do Colégio Ômega, Antônio Demori Neto para lecionar Química nas turmas do Ensino Médio, isso já
no ano de 2002. Percebia que as portas estavam se abrindo para a minha carreira e para o meu
sucesso profissional. Inesquecível!
Continuei morando em Aliança e vinha para Gurupi lecionar aulas de Química no Colégio
Ômega, inclusive cursinho pré-vestibular, mostrei coragem e acima de tudo força de vontade para
conseguir confiança pelos alunos, uma vez que o diretor já me conhecia na Faculdade. Terminei o
Curso, agradeci a Diretora do Anita Cassimiro Moreno pela oportunidade e mudei para a cidade de
Gurupi para ficar de vez no colégio ômega e em outras escolas que aparecessem.
Dada essa oportunidade pelo diretor do colégio ômega o meu trabalho começou a dar uma
boa repercussão na cidade, preparei vários currículos e deixei pelas Empresas e Instituições
Escolares. Logo estava trabalhando no SESI e SESC além do Colégio Ômega. Começava a
realização do meu sonho, tornar um Profissional da Educação reconhecido pelo que fazia que era
frustrante no início e hoje é considerado uma honra ao mérito de prestígio pelo empenho e
determinação.
No colégio ômega estou até aos dias de hoje (2010) trabalhando como professor de Química
e já se passaram 7 anos de carreira. No total são 12 anos de experiências profissionais em sala de
aula.
Passei por várias Escolas Estaduais de Gurupi, como por exemplo: CEM de Gurupi, Escola
Estadual Presidente Costa e Silva, Castelinho, Global Centro de Estudos (cursinho pré-vestibular)
Colégio Objetivo, Colégio Moderno, Escola Municipal Antônio Lino de Sousa, Escola Municipal José
Pereira da Cruz, Escola Estadual Tarso Dutra (na cidade de Cariri do Tocantins a 22 km de Gurupi).
Hoje estou como Assessor de Currículo de Química na DRE (Diretoria Regional de Gurupi),
onde tenho 30 escolas no qual faço acompanhamento dos professores da disciplina de Química,
sugerindo novas propostas de metodologias de ensino.
“Ser professor é fazer por merecer; façamos sempre o bem para poder merecer sempre”.
Em agosto de 2010, comecei a minha Especialização em Metodologia do Ensino da Química,
pela Faculdade Integrada de Jacarepaguá no Rio de Janeiro (FIJ-RJ) e que no mês de março de
2011 estarei com mais um sonho realizado.
Sou casado com uma educadora graduada e pós-graduada em Letras e Literatura,
Claudilene dos Santos Almeida, que atualmente está também ocupando uma cadeira de Assessor
de Currículo de Língua Portuguesa na DRE (Diretoria Regional de Ensino de Gurupi), e tenho duas
filhas, uma acadêmica do 6° período de Farmácia na UNIRG, Thaynnara Almeida de Carvalho e a
outra concluinte do 2° grau, Lorrayne Almeida de Carvalho.
O Curso ofereceu um conjunto de componentes curriculares que foi significativo para a
elaboração de uma visão complexa sobre o fenômeno educativo na contemporaneidade. O passeio
pelos fundamentos da educação através de disciplinas relacionadas com a Filosofia, a História, a
Sociologia e a Psicologia foi fundamental para a ampliação da perspectiva multidimensional como
base para compreensão dos nexos da educação, provocada pelo acesso e interpretação do
conhecimento sistematizado nessa área.
Para onde a minha vida caminhar, sei que haverá lugar para a jornada da alma, para a
memória-sonho e para a construção de utopias. Vejo o término desse memorial, a realização do
concurso de titular como uma transição para um momento de renovação pessoal.
Tenho certeza que a vida ainda me reserva tempo para a perseguição dos meus ideais:
conhecimento e sabedoria.
Que a espontaneidade, a emoção e a vontade de viver não se dispersem em um mundo
subterrâneo nessa nova caminhada.

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  • 1. MEMORIAL PROFISSIONAL Quando é solicitado à descrição dessas etapas da vida, a princípio parece que será rapidamente relatado em poucas linhas, mas, ao pensar nos detalhes, começa-se a revê-los passo a passo. Como num filme retornam à mente e nos possibilitam reviver essas experiências com riqueza de detalhes que livro algum conteria cada uma delas. Até parece que acabaram de acontecer. A minha trajetória em sala de aula como professor começou bem antes de iniciar um Curso Superior. No ano de 1998, aos 22 anos de idade, recém formado no 2° Grau do Ensino Médio pela Fundação Bradesco Escola de Canuanã, no município de Formoso do Araguaia, comecei a trabalhar com a disciplina de Química na Escola Estadual Anita Cassimiro Moreno. Era um professor que além da Química, lecionava outras disciplinas como, por exemplo: Matemática, Ciências, Educação Física e até Ensino Religioso, tudo para completar a carga horária de 40 horas-aulas. Durante o ano de 1998 muitas dificuldades enfrentadas, tudo era novo e difícil para mim, pois, na Fundação Bradesco não tive nos 4 anos de estudos a disciplina Química. E começar desta forma. Pense no que foi barra! Os alunos não queriam me aceitar como professor, porque eu era muito novo e para eles eu não sabia de quase nada, outra, porque nós éramos muitos colegas de brincar de bola na rua e quadras, antes de ir estudar na Fundação Bradesco. Estudava muito o livro didático, queria decorar o que iria passar no dia seguinte, para mostrar que eu sabia dos conteúdos e estava preparado para tais perguntas dos alunos. Quando chegava a hora da aula, fazia aquelas saudações de bom dia, boa tarde e boa noite e começava a fazer chamadas, uma confusão terrível de indisciplina acontecia. Depois começava a copiar no quadro a giz os conteúdos, copiava, copiava, depois explicava fragmentos dos conteúdos copiados. Vocês acreditam que os alunos participavam fazendo perguntas, imagine eu do outro lado respondendo todas, chegava às vezes responder sem ter certeza dos fatos. Os alunos não estavam muitos satisfeitos com as minhas aulas e faziam provocações. Estouravam bombinhas, levavam pó de mico e tudo isso acontecia na minha sala de aula. Chamava a equipe da coordenação e direção para conversar com os alunos e o caso aos poucos momentaneamente paravam só que eles insistiam o tempo todo, era uma confusão daquelas! Com toda essa situação caótica, eu ainda enfrentava os alunos dando o troco pelo o que eles faziam, como por exemplo: fazendo bombinhas e levando o pó de mico e colocando nas carteiras dos mesmos antes que eles chegassem a Escola. Difícil! No ano de 1999, comecei refletindo toda a prática pedagógica do ano anterior e planejei várias estratégias de ensino, para aos poucos conquistar o meu aluno. Já conhecia mais afundo os conteúdos, até porque vivia querendo decorar o livro de química.
  • 2. Nessa época eu ainda não era formado e a experiência foi muito frustrante, pois eu não conseguia passar os conteúdos de uma forma que os alunos pudessem entender e assimilar. Hoje sei que o principal motivo de meu fracasso deveu-se à inexperiência em trabalhar com adolescentes. A partir desse fracasso, toda vez que preparo uma nova aula, procuro utilizar uma metodologia que leve em conta o público que quero atingir. No ano de 2000 ingressei na UNITINS (Universidade do Tocantins), que fica na cidade de Gurupi, onde tive a oportunidade de fazer Licenciatura Plena em Ciências Químicas, com habilitação para o ensino da Química. Este curso era feito nos períodos de férias para não atrapalhar os alunos em sala de aula. Oportunidade dada pelo Governo do Estado para Professores em Regime Especial para conclusão no nível superior. Trabalhava e morava em Aliança e ainda enfrentava um percurso de 50 km todos os dias nos períodos de férias e alguns feriados, juntamente com os amigos da cidade que também faziam outros cursos (Física e Normal Superior). Pouca ajuda por parte dos líderes políticos de nossa cidade, tudo isso foi alcançado graças a nossa força de vontade de vencer, como foi vencido. Poucas vezes a prefeitura de Aliança nos ajudava com o carro (Kombi) e petróleo, a maioria dessa jornada era por conta própria de cada um e de sua família que sempre fez presente nestes momentos. As aulas que tínhamos na Faculdade começaram ajudar o meu trabalho em sala de aula na Escola que trabalhava, começava uma maior postura minha nas aulas e nos conteúdos que eu planejava, criava novas metodologias de ensino e aos poucos os alunos começaram a me aceitar e procurar uma zona de proximidade comigo, depositando mais confiança no meu trabalho. Dentro do período de 4 anos de Faculdade, fui convidado pelo professor do Curso e diretor do Colégio Ômega, Antônio Demori Neto para lecionar Química nas turmas do Ensino Médio, isso já no ano de 2002. Percebia que as portas estavam se abrindo para a minha carreira e para o meu sucesso profissional. Inesquecível! Continuei morando em Aliança e vinha para Gurupi lecionar aulas de Química no Colégio Ômega, inclusive cursinho pré-vestibular, mostrei coragem e acima de tudo força de vontade para conseguir confiança pelos alunos, uma vez que o diretor já me conhecia na Faculdade. Terminei o Curso, agradeci a Diretora do Anita Cassimiro Moreno pela oportunidade e mudei para a cidade de Gurupi para ficar de vez no colégio ômega e em outras escolas que aparecessem. Dada essa oportunidade pelo diretor do colégio ômega o meu trabalho começou a dar uma boa repercussão na cidade, preparei vários currículos e deixei pelas Empresas e Instituições Escolares. Logo estava trabalhando no SESI e SESC além do Colégio Ômega. Começava a realização do meu sonho, tornar um Profissional da Educação reconhecido pelo que fazia que era frustrante no início e hoje é considerado uma honra ao mérito de prestígio pelo empenho e determinação.
  • 3. No colégio ômega estou até aos dias de hoje (2010) trabalhando como professor de Química e já se passaram 7 anos de carreira. No total são 12 anos de experiências profissionais em sala de aula. Passei por várias Escolas Estaduais de Gurupi, como por exemplo: CEM de Gurupi, Escola Estadual Presidente Costa e Silva, Castelinho, Global Centro de Estudos (cursinho pré-vestibular) Colégio Objetivo, Colégio Moderno, Escola Municipal Antônio Lino de Sousa, Escola Municipal José Pereira da Cruz, Escola Estadual Tarso Dutra (na cidade de Cariri do Tocantins a 22 km de Gurupi). Hoje estou como Assessor de Currículo de Química na DRE (Diretoria Regional de Gurupi), onde tenho 30 escolas no qual faço acompanhamento dos professores da disciplina de Química, sugerindo novas propostas de metodologias de ensino. “Ser professor é fazer por merecer; façamos sempre o bem para poder merecer sempre”. Em agosto de 2010, comecei a minha Especialização em Metodologia do Ensino da Química, pela Faculdade Integrada de Jacarepaguá no Rio de Janeiro (FIJ-RJ) e que no mês de março de 2011 estarei com mais um sonho realizado. Sou casado com uma educadora graduada e pós-graduada em Letras e Literatura, Claudilene dos Santos Almeida, que atualmente está também ocupando uma cadeira de Assessor de Currículo de Língua Portuguesa na DRE (Diretoria Regional de Ensino de Gurupi), e tenho duas filhas, uma acadêmica do 6° período de Farmácia na UNIRG, Thaynnara Almeida de Carvalho e a outra concluinte do 2° grau, Lorrayne Almeida de Carvalho. O Curso ofereceu um conjunto de componentes curriculares que foi significativo para a elaboração de uma visão complexa sobre o fenômeno educativo na contemporaneidade. O passeio pelos fundamentos da educação através de disciplinas relacionadas com a Filosofia, a História, a Sociologia e a Psicologia foi fundamental para a ampliação da perspectiva multidimensional como base para compreensão dos nexos da educação, provocada pelo acesso e interpretação do conhecimento sistematizado nessa área. Para onde a minha vida caminhar, sei que haverá lugar para a jornada da alma, para a memória-sonho e para a construção de utopias. Vejo o término desse memorial, a realização do concurso de titular como uma transição para um momento de renovação pessoal. Tenho certeza que a vida ainda me reserva tempo para a perseguição dos meus ideais: conhecimento e sabedoria. Que a espontaneidade, a emoção e a vontade de viver não se dispersem em um mundo subterrâneo nessa nova caminhada.