Este documento discute os elementos da comunicação e as funções da linguagem. Ele define o emissor, receptor, mensagem, referente, código e canal. Em seguida, explica as seis funções da linguagem: emotiva, referencial, apelativa, fática, poética e metalinguística, fornecendo exemplos para cada uma. Por fim, observa que as funções da linguagem geralmente se entrecruzam nos textos.
2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Emissor - emite, codifica a mensagem
Receptor - recebe, decodifica a mensagem
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor
Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
assunto
Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção
da mensagem
Canal - meio pelo qual circula a mensagem
3. QUAL O OBJETIVO DE UM TEXTO?
Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, mas elas se
apresentam hierarquizadas, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque
que o destinador quer dar ou do efeito que quer causar no recebedor.
As funções da linguagem são as seguintes:
4. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Função emotiva (ou expressiva)
Centralizada no emissor, revela sua opinião, sua emoção.
Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e
exclamações.
É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas
de amor.
Ex.: “Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco de
medo. A que me levará minha liberdade? O que é isto que estou
te escrevendo? Isto me deixa solitária”.
6. FUNÇÃO EMOTIVA
Observe que este texto está centrado na expressão dos sentimentos,
emoções e opiniões de um eu-lírico. É um texto subjetivo, pessoal. Perceba
que o destaque dado ao emissor é reforçado pela presença de verbos e
pronomes na primeira pessoa: “Às vezes me pinto nuvem”. Os textos líricos
que expressam o estado de alma do emissor exemplificam a função
emotiva da linguagem.
7. Função referencial (ou denotativa)
Centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer
informações da realidade.
Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular.
Usada nas notícias de jornal e livros científicos, descrições de
fatos.
Ex.: Em 1665¸ Londres foi assolada pela peste negra (peste
bubônica) que dizimou grande parte de sua população,
provocando a quase total paralisação da cidade e acarretando o
fechamento de repartições públicas.
FUNÇÃO REFERENCIAL
9. FUNÇÃO REFERENCIAL
Observe que o objetivo do texto é simplesmente o de informar ao leitor, com o
máximo de clareza, o que é o cravo da pele e como ele se constitui. A ênfase,
portanto, é dada ao conteúdo, às informações. Os textos cuja linguagem têm
função referencial são dotados de objetividade, uma vez que visam informar,
traduzir ou explicar fatos da realidade.
10. Função apelativa (ou conativa)
Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do
receptor.
Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de “tu” e “você”, além
de verbos no imperativo.
Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao
consumidor.
Ex.: Meu estimado povo. Que as bênçãos de Deus, senhor todo-onipotente,
desçam sobre vocês.
FUNÇÃO APELATIVA
13. Função fática
Centralizada no canal da comunicação.
Testa a sua eficiência, a fim de observar se o receptor entendeu o
emissor.
Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Ex.: Alô, Pedro! Tô passando aí pra te pegar, ok? Tá me ouvindo? Alô!!
FUNÇÃO FÁTICA
15. FUNÇÃO FÁTICA
Observe que a preocupação do emissor é manter contato com o destinatário,
testando o canal de comunicação. As falas do professor têm uma função fática,
para saber se Beto está atento. O mesmo ocorre com o famoso “plim! plim!” da
Rede Globo, que tem a função de chamar a atenção do espectador (que se
“distraiu” durante o intervalo comercial) para o canal, no caso, a televisão.
16. Função poética
Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos
criados pelo emissor.
Valorizam-se as palavras e suas combinações.
É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de
música e em algumas propagandas.
Ex.: Moça do corpo dourado/ Do sol de lpanema/ O seu
balançado é mais que um poema/ É a coisa mais linda que eu já
vi passar...
FUNÇÃO POÉTICA
20. Função metalingüística
Centralizada no código, usa a linguagem para falar dela mesma.
A poesia que fala da poesia, um texto que comenta outro texto,
palavras que explicam o significado de outra palavra, escrever
sobre o ato de escrever, falar sobre o ato de falar.
Ex.: protuberância s.f do Lat. *protuberantia, de protuberare, fazer
bojo; saliência; parte saliente; elevação. excrescência, bossa;
apófise.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
22. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
As funções da linguagem não existem isoladas em
cada texto. Embora uma delas acabe
predominando, elas convivem, mesclam-se,
entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas
combinações os mais diferentes efeitos. O
importante é saber qual a função predominante no
texto, para então defini-lo.