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A Cabanagem
1835 - 1840
Antecedentes
O recrudescimento da exploração da forca de
trabalho indígena e da perseguição armada,
dotado através das sucessivas cartas régias,
principalmente com a vinda da família real ao
Brasil, teve implicações ainda mais desastrosas
no que diz respeito a demografia da região.
A situação em toda a província era de
calamidade extrema. A população pobre, fosse
livre ou escrava, era enormemente explorada
pelos fazendeiros, os quais também estavam
insatisfeitos com o governo do Pará face a crise
econômica que se abatia sobre a região.
Os cabanos e a configuração do
movimento
Os cabanos abarcavam o variado conjunto formado
por índios aldeados e destribalizados (tapuios), os
negros e os mestiços submetidos a exploração
absoluta e ao abandono completo. Insatisfeitos, os
cabanos uniram-se para por fim a toda essa situação
imposta pelos brancos que governavam a província.
Os fazendeiros também aderiram ao movimento para
lutarem contra o governo central, pois eram
impedidos de participarem da política local.
O povo de Mundurucu teve uma participação
importante na guerra dos Cabanos entre 1835 e
1840
Os precursores e ideólogos do
movimento
A cabanagem era considerada pelo
historiador Pontes Filho como um movimento
nativista popular de braços e armas, mas
sem cabeça.
Isso é ideologicamente inconsistente. Pois
existiram dois grandes nomes marcados na
história que foram o cônego Batista Campos
e o Jornalista Vicente Ferreira Lavor
A cabanagem: explode a revolta
No ano de 1832, os cabanos
comandados pelo cônego Batista
Campos, conseguiram submeter o
presidente da província, Machado
de Oliveira.
No ano de 1835, já com a morte
de seu líder, Batista Campos, os
cabanos concentrados nos
arredores da cidade,
empreenderam um levante
armado, tomando, na noite de 6
para 7 de janeiro de 1835, a
capital, Belém, no dia da festa de
São Tome.
O primeiro governo dos cabanos:
Felix Malcher
Félix Clemente Malcher estava preso e os cabanos
foram buscá-lo na prisão. Entretanto foi um equivoco
entregar o comando da província, pois o mesmo, já
estava decidido a abandonar o movimento, o que não
o fez porque foi preso.
Insatisfeitos com o governo opressor de Malcher os
cabanos impuseram-lhe um triste e previsível fim: a
deposição e a execução.
O segundo governo dos cabanos:
Francisco Pedro vinagre
Tal como o governo anterior, uma vez no poder,
Francisco Vinagre logo se preocupou em protestar
fidelidade ao imperador acabando também por trair os
cabanos.
O terceiro governo dos cabanos: Eduardo
Angelim
Proclamou o desligamento da província em relação ao
império, realizando uma antiga aspiração cabana, e não
cumprindo outros compromissos diante do povo
cabano, dentre eles, o de libertar os escravos, e tendo
mandado fuzilar lideres negros
A Cabanagem na Comarca do Alto
Amazonas
A comarca do alto Amazonas adere ao movimento cabano.
O governo organizou as Forças Legalistas para combater os
revoltosos.
Ambrosio Pedro Ayres, o “BARARUA”, fazendeiro residente
em Autazes, antiga Bararuá, consegue autorização da
Câmara de Mariuá (atual Barcelos), para comandar forças
legalistas.
Agosto de 1938, parte com 130 soldados para combater os
cabanos nos rios Autazes, Urubus - encontraram 06
cabanos. O capitão iniciava a viagem de retorno a Manaus
com apenas 12 soldados.
A Cabanagem na Comarca do Alto
Amazonas
No decorrer da viagem, no dia 06 de agosto a expedição
é atacada e Ambrosio Ayres é aprisionado e morto pelos
cabanos em 06 de agosto de 1838.
A partir de 04 de setembro de 1839, o governo decreta
anistia para todos os cabanos. Em 25 de março de 1840,
os últimos cabanos dispõem armas em Maués.
A 05 de setembro de 1850 o Amazonas foi levado a
categoria de província tornando-se independente do
Pará.
 A  entrada  da  Comarca  do  Alto  Amazonas 
(hoje  Manaus,  a  qual  foi  o  berço  do 
manifesto  na Amazônia  Ocidental) 
na Cabanagem foi  fundamental  para  o 
nascimento  do  atual  estado  do Amazonas. 
Durante o período da revolução, os cabanos 
da  Comarca  do 
Alto Amazonas desbravaram  todo  o  espaço 
do  estado  onde  houvesse  um  povoado, 
para assim conseguir um número maior de 
adeptos ao movimento, ocorrendo com isso 
uma  integração  das  populações 
circunvizinhas e formando assim o estado.
O fim da cabanagem
Abalados pelas sucessivas
traições de seus lideres,
desgastados pela árdua luta
que se prolongava,
enfraquecidos por
epidemias, que assolavam
as populações indígenas e
ribeirinhas, falta de
recursos, dentre outros, os
cabanos desacreditaram
profundamente da vitória
final.
As consequências da cabanagem
A cabanagem foi a única revolta que efetivamente ocupou o
poder de uma província durante certo tempo, com relativa
estabilidade.
A falta de projeto político consistente, e que tivesse sido
assimilado pela massa pobre, os quais eram o alicerce do
movimento.
Metade da população masculina havia sido morte.
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A Cabanagem 1835-1840 revolta no Pará

  • 2. Antecedentes O recrudescimento da exploração da forca de trabalho indígena e da perseguição armada, dotado através das sucessivas cartas régias, principalmente com a vinda da família real ao Brasil, teve implicações ainda mais desastrosas no que diz respeito a demografia da região. A situação em toda a província era de calamidade extrema. A população pobre, fosse livre ou escrava, era enormemente explorada pelos fazendeiros, os quais também estavam insatisfeitos com o governo do Pará face a crise econômica que se abatia sobre a região.
  • 3. Os cabanos e a configuração do movimento Os cabanos abarcavam o variado conjunto formado por índios aldeados e destribalizados (tapuios), os negros e os mestiços submetidos a exploração absoluta e ao abandono completo. Insatisfeitos, os cabanos uniram-se para por fim a toda essa situação imposta pelos brancos que governavam a província. Os fazendeiros também aderiram ao movimento para lutarem contra o governo central, pois eram impedidos de participarem da política local. O povo de Mundurucu teve uma participação importante na guerra dos Cabanos entre 1835 e 1840
  • 4. Os precursores e ideólogos do movimento A cabanagem era considerada pelo historiador Pontes Filho como um movimento nativista popular de braços e armas, mas sem cabeça. Isso é ideologicamente inconsistente. Pois existiram dois grandes nomes marcados na história que foram o cônego Batista Campos e o Jornalista Vicente Ferreira Lavor
  • 5. A cabanagem: explode a revolta No ano de 1832, os cabanos comandados pelo cônego Batista Campos, conseguiram submeter o presidente da província, Machado de Oliveira. No ano de 1835, já com a morte de seu líder, Batista Campos, os cabanos concentrados nos arredores da cidade, empreenderam um levante armado, tomando, na noite de 6 para 7 de janeiro de 1835, a capital, Belém, no dia da festa de São Tome.
  • 6. O primeiro governo dos cabanos: Felix Malcher Félix Clemente Malcher estava preso e os cabanos foram buscá-lo na prisão. Entretanto foi um equivoco entregar o comando da província, pois o mesmo, já estava decidido a abandonar o movimento, o que não o fez porque foi preso. Insatisfeitos com o governo opressor de Malcher os cabanos impuseram-lhe um triste e previsível fim: a deposição e a execução.
  • 7. O segundo governo dos cabanos: Francisco Pedro vinagre Tal como o governo anterior, uma vez no poder, Francisco Vinagre logo se preocupou em protestar fidelidade ao imperador acabando também por trair os cabanos. O terceiro governo dos cabanos: Eduardo Angelim Proclamou o desligamento da província em relação ao império, realizando uma antiga aspiração cabana, e não cumprindo outros compromissos diante do povo cabano, dentre eles, o de libertar os escravos, e tendo mandado fuzilar lideres negros
  • 8. A Cabanagem na Comarca do Alto Amazonas A comarca do alto Amazonas adere ao movimento cabano. O governo organizou as Forças Legalistas para combater os revoltosos. Ambrosio Pedro Ayres, o “BARARUA”, fazendeiro residente em Autazes, antiga Bararuá, consegue autorização da Câmara de Mariuá (atual Barcelos), para comandar forças legalistas. Agosto de 1938, parte com 130 soldados para combater os cabanos nos rios Autazes, Urubus - encontraram 06 cabanos. O capitão iniciava a viagem de retorno a Manaus com apenas 12 soldados.
  • 9. A Cabanagem na Comarca do Alto Amazonas No decorrer da viagem, no dia 06 de agosto a expedição é atacada e Ambrosio Ayres é aprisionado e morto pelos cabanos em 06 de agosto de 1838. A partir de 04 de setembro de 1839, o governo decreta anistia para todos os cabanos. Em 25 de março de 1840, os últimos cabanos dispõem armas em Maués. A 05 de setembro de 1850 o Amazonas foi levado a categoria de província tornando-se independente do Pará.
  • 10.  A  entrada  da  Comarca  do  Alto  Amazonas  (hoje  Manaus,  a  qual  foi  o  berço  do  manifesto  na Amazônia  Ocidental)  na Cabanagem foi  fundamental  para  o  nascimento  do  atual  estado  do Amazonas.  Durante o período da revolução, os cabanos  da  Comarca  do  Alto Amazonas desbravaram  todo  o  espaço  do  estado  onde  houvesse  um  povoado,  para assim conseguir um número maior de  adeptos ao movimento, ocorrendo com isso  uma  integração  das  populações  circunvizinhas e formando assim o estado.
  • 11. O fim da cabanagem Abalados pelas sucessivas traições de seus lideres, desgastados pela árdua luta que se prolongava, enfraquecidos por epidemias, que assolavam as populações indígenas e ribeirinhas, falta de recursos, dentre outros, os cabanos desacreditaram profundamente da vitória final.
  • 12. As consequências da cabanagem A cabanagem foi a única revolta que efetivamente ocupou o poder de uma província durante certo tempo, com relativa estabilidade. A falta de projeto político consistente, e que tivesse sido assimilado pela massa pobre, os quais eram o alicerce do movimento. Metade da população masculina havia sido morte. Algumas tribos foram extremamente perseguidas e dizimadas. Sua relevância para acelerar o processo de elevação da capitania do São Jose do Rio Negro a condição de província.