2. Os adultos implicam-se em interacções
individuais com os bebés. Falam num tom de
voz agradável e securizante e utilizam
linguagem simples e contato visual
frequente.
Pega-se nos bebés ao colo e levam-se de
um lado para o outro com frequência de
forma a proporcionar-lhes uma grande
variedade de experiências. Os adultos falam
com o bebé antes, durante e depois de o
levar de um lado para o outro.
3. Os adultos prestam especial atenção aos
bebés durante as rotinas, como por
exemplo mudar a fralda, dar de comer,
mudar a roupa. O adulto explica o que
aconteceu, o que está a acontecer e o
que vai acontecer a seguir.
Todas as interacções são caracterizadas por
respostas calmas e securizantes. Os adultos
escutam e respondem aos sons que os
bebés emitem enquanto comunicação
principiante.
4. Os adultos respondem rapidamente ao
choro ou chamamento aflito dos bebés,
reconhecendo que o choro e os
movimentos do corpo são a única forma
dos bebés comunicarem. As respostas são
securizantes e meigas.
São realizadas interacções lúdicas com os
bebés de forma sensível ao grau de
tolerância do bebé em relação ao
movimento físico, aos sons mais elevados
ou a outras mudanças.
5. Os interesses lúdicos dos bebés são
respeitados. Os adultos observam a
atividade dos bebés e comentam,
oferecem outras ideias para o jogo e
encorajam a forma como o bebé se
implica na atividade.
O adulto fala frequentemente com o
bebé, canta para ele ou mesmo lê um
livro. A linguagem é uma forma de
comunicação vital e viva com cada um.
6. Cada manhã, os bebés e os pais são
saudados afectuosamente e com entusiasmo.
O adulto responsável pega no bebé à sua
chegada e ajuda-o gradualmente a tornar-se
parte do pequeno grupo.
Os adultos respondem consistentemente às
necessidades dos bebés relativamente à
alimentação e conforto, contribuindo assim
para que os bebés desenvolvam um sentido
de confiança nos adultos que cuidam deles,
de forma a que descubram o mundo como
um lugar seguro para viver.
7. Os adultos adaptam-se aos horários
próprios de cada bebé quanto à
alimentação e ao sono. São respeitadas
as suas preferências quanto ao tipo de
alimentos e formas de comer.
Os bebés são elogiados nas coisas que
conseguem fazer e ajudados a sentirem-
se progressivamente competentes.
8. Os adultos respeitam a curiosidade que
os bebés têm uns para com os outros.
Ao mesmo tempo, os adultos ajudam os
bebés a tratarem-se uns aos outros com
gentileza.
Os adultos servem de modelo para o
tipo de interacções que querem que as
crianças tenham entre si.
9. Os adultos implicam-se frequentemente
em jogos tais como “cu-cu”, “já-já”, ou
“põe põe a pitinha o ovo…” com os
bebés que estiverem interessados e
corresponderem ao jogo.
Mudar as fraldas, dar de comer, assim
como outras rotinas, são vistas como
experiências de aprendizagem vitais
para os bebés.
10. São exprimidas atitudes saudáveis e
permissivas em relação ao corpo das
crianças e suas funções.
11. Os bebés são deixados sozinhos durante
longos períodos de tempo, nos berços
ou nas cadeiras, sem a atenção do
adulto. Estes são ásperos, gritam ou
então falam á bebé.
Os bebés são levados de um lado para
o outro conforme a necessidade do
adulto e sem qualquer interacção
verbal. Nada é explicado aos bebés.
12. As rotinas são feitas rapidamente, sem
envolver o bebé. Durante as rotinas
acontecem muito poucas ou nenhumas
interacções.
Os adultos são duros, ásperos e ignoram
as respostas das crianças.
13. O choro é ignorado ou tem uma
resposta irregular de acordo com a
conveniência do adulto. As respostas do
adulto ignoram as necessidades dos
bebés.
Os adultos atemorizam, irritam ou
aborrecem os bebés com os seus
comportamentos imprevisíveis.
14. Os bebés são interrompidos, os
brinquedos são tirados do seu alcance.
Os adultos impõem as suas próprias
ideias ou mesmo brincam eles próprios
com brinquedos independentemente
dos interesses das crianças.
Espera-se que os bebés se entretenham
por si sós ou que vejam televisão. A
linguagem é utilizada sem consistência e
o vocabulário é limitado.
15. Os bebés são postos no chão ou no
berço sem interacção com o adulto
responsável. Estes recebem a criança
com frieza e sem atenção individual.
Os adultos são imprevisíveis e/ou não
respondem. Agem como se a criança
fosse um impecilho
16. Os horários são rígidos e baseados nos
adultos e não nas necessidades da
criança. A comida é utilizada para
compensações (ou negada como
castigo).
Os bebés são criticados por aquilo que não
conseguem fazer ou pela sua luta
desastrada por conseguir dominar uma
competência. Os adultos fazem-nos sentir
não adequados e incapazes de ter
influência no que os rodeia.
17. Os bebés não são autorizados a tocar
uns nos outros com cuidado e são
forçados a partilhar ou a brincar em
conjunto quando não têm qualquer
interesse em o fazer.
Os adultos são agressivos, gritam ou
mostram uma falta de mecanismos de
adaptação quando estão sob tensão.
18. Os jogos são impostos à criança,
independentemente do seu interesse. O
jogo é visto como um forma de ocupar
o tempo em vez de uma experiência de
aprendizagem.
Os adultos lidam com as rotinas
superficial e indiferentemente.
19. Faz-se sentir aos bebés que o corpo não
é para tocar ou mesmo admirar e que
as funções corporais são nojentas.