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          •   Direitos que outras pessoas podem ter sobre a obra ou sobre a
              utilização da obra, tais como direitos de imagem ou privacidade.
Fonte: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/

   Ensaio sobre o livro de Empreendedorismo Ágil – Habilidade para executar

Autor: Jordano Gonzatto
Ano de publicação: 2010
Capa: Wesley Klewerton
Classificação Geral: negócios, empreendedorismo, técnicas de gestão,
metodologia ágil, projetos e comportamento.
Colaboração: Rafael Cáceres, Caroline Gonzatto, Cariane Fant e Carla Fant.

              Você pode fazer o download desta obra no endereço
                      www.empreendeorismoagil.com.br
SUMÁRIO



1. Apresentação------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 4

2. Os jogadores ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 5

3. A Partida ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6

4. O primeiro passo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7

5. Impulsão estelar ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9

6. Estude você mesmo! ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 10

7. Visão destrutiva ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 12

8. Erros e acertos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14

9. Planos e negócios -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16

10. Morte ao planejamento estratégico----------------------------------------------------------------------------- 19

11. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27

12. Notas -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28

13. Bazaar ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30

14. Agradecimentos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 31
“Quem a cada manhã, planeja as atividades do
                          dia e segue esse plano usa um fio que vai guiá-lo através
                          do labirinto de uma vida bastante atarefada. A
                          organização disciplinada do tempo é como um raio de luz
                          que se projeta em todos os seus compromissos. Mas onde
                          não há um plano, onde a disposição de tempo fica
                          simplesmente entregue ao acaso dos acontecimentos,
                          logo reinará o caos.”

                                                                       Vitor Hugo



1. Apresentação

A principal característica do empreendedorismo, hoje, é a potencialização das
competências individuais.
Há dois anos escrevo e publico informações sobre práticas empreendedoras
ágeis no blog http://jgonzatto.blogspot.com. Muitos amigos e companheiros
atenciosos foram conquistados nessa jornada. Agora melhor reflito sobre o que
vem me despertando interesse no ambiente do empreendedorismo e da
agilidade. Este ensaio é de práticas, teorias e conceitos de como gerenciar e
não gerenciar suas atividades de criação. Convido você a participar de um
relato sobre a cultura do empreendedorismo e da agilidade.


O passaporte é obrigatório!

A trajetória de um profissional é construída através do caminho que ele
percorre. Tomar as escolhas como certas ou erradas é a única maneira de
encarar a situação e decidir com efetividade. A trajetória deste Ensaio foi
construída na experiência diária de aplicar a cultura ágil sobre as competências
empreendedoras. Definitivamente o passaporte é deixar o que não funciona de
lado para fazer com que idéias e sonhos aconteçam na prática.
2. Os jogadores


Agarre os valores!
Este ensaio é direcionado a três públicos, o empreendedor, o estudante e o
agilista.

Ao empreendedor, iniciante, empresário ou profissional que busca no
conhecimento prático encontrar novas abordagens de inovação em
comportamento;
Ao estudante, que está deixando a faculdade e que tem na luta a única
certeza para o empreendedorismo;
Ao agilista, profissional entusiasta das metodologias ágeis e apaixonado pelas
práticas e valores da agilidade.


O indivíduo empreende a partir de um movimento que desenvolve ou até
mesmo pelo nascimento. Como característica o empreendedor revisa hábitos,
práticas de gestão, competências e valores que funcionem para seu
desenvolvimento. Agarrar os valores é a certeza de estar seguindo no caminho
certo, uma construção é sustentada por pilares fortes.
3. A Partida

Deixe de lado as práticas que travam a sua criação!
Não temos como fugir da atividade de errar e acertar. É desta forma que
formamos nosso caráter empreendedor e profissional para lidar com assuntos
inter-relacionados. Para formar um conjunto de práticas é necessário enxergar
metodologias como oportunidades. Sem um método aplicado e internalizado é
impossível fazer uma boa partida. O erro é gerado pelo medo de fazer, ao
quebrar a barreira do erro, o empreendedor cria. Essa é a partida, não ter
medo de criar para fazer o novo.

Adote um método para executar o seu negócio!
Estudar a linguagem individual viabiliza a adoção de um método. No ambiente
organizacional a aplicação ao estudo da linguagem produtiva individual se dá
por meio dos métodos. Como empreendedor a obrigação sempre é a de
ensinar e propagar práticas e métodos melhores de se pensar e realizar
tarefas. Fazer contato com métodos ágeis aperfeiçoa as práticas de gestão
empreendedora.
Métodos empreendedores tradicionais são monótonos, não permitem que
façamos alinhamentos rápidos e interativos entre estratégia e execução.
Tradicional pode ser entendido como o que é ‘antigo’. Em muitas vezes, o
problema não está no método que é tradicional, está em como o empreendedor
aplica-se ao método. A adoção de métodos requer construir um conjunto de
práticas de gestão, como fazê-lo dá inicio à partida.

Uma premissa interessante para facilitar o pensamento organizacional é definir
que tudo o que fazemos é um negócio, um sistema. Tudo parte de uma única
linha que é ‘fazer o negócio’. Vicente Falconi, guru brasileiro na área de
práticas de gestão destaca o método como “o caminho para o resultado” ou
então como uma “seqüencia de ações necessárias para se atingir certo
resultado desejado”.


Faça do seu negócio um estudo constante!

Para fazer negócios duradouros é preciso quebrar uma contínua linha de
raciocínio. O conhecimento humano é traçado desde o momento do
nascimento. Ninguém consegue nascer duas vezes e para que um novo
pensamento aconteça é preciso destruir o velho, não é preciso nascer de novo.
Empreender é destruir o antigo, fazer o novo, romper a barreira do invisível
com destreza, habilidade e elegância. A partida está no erro ou no acerto
contínuo para tatear a maneira mais fantástica de atingir o resultado. Nem
sempre a maneira mais fantástica é aquela que idealizamos, portanto,
precisamos entrar no jogo, seguir uma visão inicial e inspecioná-lo ao longo da
partida para encontrar a melhor adaptação para atingir o resultado. Esse é um
conceito de melhoria contínua, oriundo da teoria Lean.
4. O primeiro passo


Vá à luta como um leão, ataque no pescoço!

Empreendedorismo ágil é a convergência entre competências empreendedoras
e valores do manifesto ágil. Para entender o empreendedorismo ágil é preciso
praticar, internalizar um comportamento adaptativo. Ao combinar valores e
princípios ágeis a prioridade de ataque e foco passa a ser indivíduos e
interações, serviço e produto funcionando, colaboração com cliente e
resposta às mudanças. A mudança provocada pela convergência está sobre o
que não deve ser priorizado: processos e ferramentas, documentação
abrangente, negociação de contrato e seguir um plano.
Transformar competências empreendedoras em práticas ágeis é uma questão
de abordagem empírica. As práticas ágeis são dinâmicas de como sistematizar
as mudanças e transformá-las de forma rápida e eficiente em qualidade, valor
para o negócio. A contribuição da prática bem feita, com qualidade e
transparência para o empreendedor gera para o ambiente uma ação enxuta,
simples.

As práticas empreendedoras tradicionais são pouco dinâmicas e exigem mais
tempo e custo para a alimentação das informações. Uma cadeia dinâmica de
empreendedorismo exige uma cultura de práticas ágeis, o aprendizado diário
faz valer o conhecimento. Você começa a conhecer a metodologia (conjunto de
práticas) e logo percebe que precisa de métodos para alicerçá-la, é uma
constante.

A luta para aplicar o método deve ser pensada como uma espiral. O método
está no centro e o empreendedor diariamente joga para o método informações.
Ao alimentar o método com idéias um código de produtividade vem à tona para
o empreendedor. Ao convergir competências empreendedoras com métodos
ágeis um conjunto de práticas empreendedoras nasce. O modelo mental
começa a ser modificado pela prática focalizada em um único ponto, e
melhorada continuamente pela inspeção e adaptação, é a ruptura do modelo
tradicional.

Um exemplo: o empreendedor em seu negócio segue orientações práticas de
trabalho e organização de acordo com o planejamento estratégico (PE). O
problema é que o planejamento falha e ele também. Por diversas vezes
falhamos e não entendemos se somos nós ou o que influencia em nossa
produção. Métodos tradicionais orientam à prática do planejamento estratégico
como um caso de vida ou morte. Planejamento estratégico não é vida ou
morte, é morte. Se aplicar o PE sem adaptação entre a estratégia e a
execução, é morte certeira. Não pode existir planejamento estratégico que
desalinhe estratégia de execução. Aplicar o PE a um método mantendo o
pensamento em espiral trará maior capacidade de responder às mudanças e
mais assertividade no alinhamento estratégico executivo.
A interferência está na habilidade!

A experiência do empreendedor com o método é como a de ascender uma
caixa de fogos de artifício e direcionar o tiro para o seu lado. A habilidade em
correr de algo que você sabe que se pegar vai provocar estragos,
queimaduras, fumaça e até incêndios é desesperadora. O que muitos de nós
empreendedores não percebemos é que corremos de fogos de artifícios há
muito tempo. Utilizar o método trará mais segurança e equilíbrio para decidir
qual direção seguir sem que nenhum dos tiros passe perto. O que vai interferir
na adoção do método é a habilidade em praticá-lo.


O negócio precisa de estratégias!

Praticar vai exigir um esforço enorme em transparência, inspeção e adaptação.
De um dia para o outro é possível enxergar problemas e fazer que o
planejamento comece a funcionar mais e com simplicidade. As atividades de
maior complexidade no ambiente empreendedor são gerir oportunidades e
priorizar idéias. Por vezes sabemos o que queremos, mas não sabemos por
onde começar. De repente, uma luz aparece, mas falta sabedoria para encaixar
todo o conhecimento e produzir a habilidade necessária para finalizar a tarefa.
A cultura que está por trás do empreendedor é recheada de conhecimento
empírico e experiência prática. Só com o primeiro trabalho realizado é que
temos certeza de que ele poderia ter sido feito de outra forma. O planejamento
não pode ser deixado de lado em momento algum, ele precisa de uma melhor
estrutura de pensamento para ser executado. Na experiência do dia a dia é que
o método precisa ser pensado. A estratégia certa para o seu negócio pode
estar em adotar métodos empreendedores ágeis. Enxergue os valores ágeis,
eles se manifestam no comportamento do empreendedor, entenda que a
convergência é priorizar o que trás mais vantagem para empreender.
5. Impulsão estelar

Manifeste seus valores!
Empreendedorismo ágil é um estimulo alcançável para dar um basta a tantas
práticas ruins que existem em ambiente empreendedor. Um basta à falta de
método e discernimento dos empresários em gerir seus empreendimentos. Um
basta ao profissional que não replica seu potencial e não acredita em sua
capacidade. Transformar o ambiente de empreendedorismo em agilidade é a
maneira para jogar definitivamente métodos de mais de 100 anos de idade em
segundo plano. Vivemos com um comportamento de práticas da era industrial,
caminhamos no tempo por um século, mas nossas ações empreendedoras
estão absurdamente obsoletas.

Empreendedorismo ágil não vai discutir o que é ser pai, e sim como trocar as
fraldas e fazer a mamadeira. Empreender de maneira ágil é adotar
estratégias iterativas e incrementais, é dar um fim à abordagem linear, na
qual cada passo deve ser executado antes que o próximo passo possa ser
iniciado e fazer tudo dentro de uma espiral, em movimento constante.

Encontramos diversas maneiras de empreender, com técnicas, critérios,
práticas, enfim, o universo empreendedor é rico em abordagens e direções
específicas de como e onde agir. Empreender é recriar caminhos e dinamizá-
los. O indivíduo que tem a necessidade de uma dose diária graúda de energia
e sabedoria para responder a mudanças precisa conscientizar-se de que
práticas tradicionais não suportam a gestão do conhecimento. Pensar pouco
não é o que o empreendedor espera de si, para dar respostas de forma
original, cada dia mais rápido e eficaz é necessário uma ruptura do tradicional
para o ágil, do linear para o espiral.

Conceituar o que é empreendedorismo ágil deixa uma preocupação, a de criar
um rótulo. Não é isso que este ensaio propõe. Empreendedorismo é, em
definição, o estudo do comportamento empreendedor e sua convergência com
os valores do manifesto ágil, é provocação de uma inovação para mudança.
6. Estude você mesmo!


Faça o seu movimento!

Empreendedorismo é o ato de empreender, executar, estudar sobre si, sobre
suas capacidades e competências. O empreendedor tem a responsabilidade de
dominar os principais conceitos e práticas de gestão para conduzir suas
atividades com coerência e inteligência. Tem por obrigação expor sua
linguagem com o objetivo de comunicar suas idéias e pensamentos. O
empreendedorismo tem como essência o fazer e nada mais.
A crítica sobre o empreendedorismo está na ausência de capacidade prática do
empreendedor em executar atividades saudáveis, com objetivos claros e
realizáveis. O comportamento empreendedor é formado por um conjunto de
características que moldam suas competências. O conhecimento, as
habilidades e as atitudes empreendedoras formam o caráter do individuo
empreendedor, o mau uso ou a má formação do caráter conduz o
empreendedorismo à incerteza, por vezes ao fracasso incalculável. O absurdo
que diariamente vemos é a total falta de sincronia do empreendedor com o
mundo que o cerca. A existência de atitudes coniventes com a falta de
organização e alinhamento do trabalho, seja individual ou em grupos, é o maior
erro que o empreendedor comete na prática do empreendedorismo.
Para avançar é importante evidenciar quais são as principais características
que formam o caráter do empreendedor, sua linguagem e seu comportamento.
Como fonte de informação, vamos adotar as características destacadas
pelo Sebrae. São elas: oportunidade e iniciativa; persistência;
comprometimento; qualidade e eficiência; correr riscos calculados;
metas; buscar Informações; planejamento e monitoramento sistemáticos;
persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança.

O empreendedor que gosta e vive do empreendedorismo deve em toda
extensão destas características abusar, ousar, incomodar-se com o estágio de
inércia em que você vive e colocar essas características em prática. Se você
não consegue encontrar a maturidade para validar as características principais
do seu comportamento empreendedor, corra para fazê-lo, ou desista, pois
tenha certeza de que esse negócio não é para você. O empreendedor
precisa ultrapassar a necessidade da auto-ajuda e buscar o que lhe falta,
habilidade para executar.

É incomodo enxergar empresas extraordinárias, com pessoas fantásticas,
porém, mal direcionadas, sem a mínima orientação prática para “fazer
acontecer”. Diante disso, o incômodo precisa se transformar em revolta, e logo
a primeira situação em que o empreendedor deve se colocar é de dizer para si
mesmo, ‘abrace os valores’, ‘enalteça as competências empreendedoras’,
‘modele o caráter para o bem’, ‘aprenda a executar’.

No ambiente de agilidade é fundamental a capacidade de estudo e execução
por meio da ITERATIVIDADE. Nesse requisito é que o agilista melhor impinge
desempenho e, o empreendedor agilista desenvolve o seu movimento. Iteragir
significa executar uma atividade ou um processo diversas vezes até chegar a
um resultado, é um movimento cíclico, no qual o empreendedor começa uma
atividade e segue sempre atualizando e melhorando esta atividade. Esse
conceito quebra o princípio do modelo linear, mais conhecido como modelo
cascata. O empreendedor sempre apreendeu a conduzir atividades tendo em
mente que uma etapa ou parte deve ser executada de cada vez. Ao iteragir, o
empreendedor passa por um mesmo lugar várias vezes, alterando várias vezes
a mesma parte.

Empreendedorismo ágil replica a necessidade constante de aprendizagem por
meio do movimento cíclico iterativo.



Ciclo iterativo




Fonte: http://wiki.sj.cefetsc.edu.br/wiki/index.php/Ciclo_de_Vida_Iterativo_e_Incremental
7. Visão destrutiva


Execute para aprender!

O empreendedor é uma pessoa que convive com um ambiente de inovação,
sempre destruindo os limites para encontrar oportunidades. Uma pessoa que
aprimora suas competências e atitudes de mudança continuamente, que
respira o novo, ataca oportunidades como um leão caça um búfalo.

Ir á caça é o mesmo que fazer com que todos os problemas do empreendedor
sejam vistos de uma hora para outra. O empreendedor trabalhar com ações
iterativas e incrementais significa ter clara a visão de uma estrutura fazedora.
Diversos profissionais vivem numa grande ilusão, pois acham que estão
fazendo um movimento real e produtivo para seu comportamento. Se
respondêssemos a pergunta para qualquer tipo de empresa ou empreendedor,
por que falhamos? O motivo mais comum é que não enxergamos corretamente
nossos problemas. Para entender melhor o trabalho do indivíduo é necessário
unir a iteratividade com os incrementos para destruir, romper o atual
comportamento determinístico e aflorar nossos problemas.

Incrementos são impulsos de progresso necessários para se fazer com que as
coisas sejam efetivamente desenvolvidas, melhoradas. Todos já ouvimos a
expressão ‘vamos dar uma incrementada na coisa’. A proposta de se fazer
incrementos em ambiente de empreendedorismo é para facilitar a visualização
e o progresso das idéias, principalmente, focar problemas com metas certas.


Ciclo Incremental




Fonte: http://wiki.sj.cefetsc.edu.br/wiki/index.php/Ciclo_de_Vida_Iterativo_e_Incremental



Você pode pensar que ser empreendedor é possuir um negócio, uma empresa,
com funcionários e cnpj’s, notas fiscais e simplesmente faturar aquela
suficiente quantia no final do mês. Desculpe, mas empreender é viver dentro de
uma sociedade organizada para produzir vantagens, riquezas, valor
significativo. Se você está acostumado a fazer apenas o suficiente,
acostumado a dar para o seu cliente satisfação, isso mais parece aquele velho
papo sobre sexo, “cliente, foi bom pra você?”. Chega! Satisfação você
consegue na cozinha, preparando um delicioso cardápio para os amigos. A
realidade é que existem muitos hábitos antigos, idéias antigas que continuamos
a aplicar em nosso cotidiano por pura teimosia, para não dizer, mediocridade.
É tão difícil pensar em fazer diferente ou pelo menos aprender a fazer certo da
primeira vez, com calma e responsabilidade? Se a crítica ao
empreendedorismo está na falta de capacidade do indivíduo para empreender
e em colocar as características à flor da pele, a visão empreendedora
está para eliminar os impedimentos que existem ao individuo para
desenvolver as competências do empreendedorismo. Eliminar
impedimentos na forma de incrementos, aos poucos.

O empreendedorismo é um hábito de vida, é como uma missão para o mundo.
E não pode ser diferente, empreender é a mesma coisa que tomar uma
decisão, ou você escolhe o caminho certo ou errado, não existe meio termo, ou
você empreende ou você morre afogado.


Elimine os impedimentos!

A visão ágil do empreendedorismo quebra o impedimento do foco do
empreendedor. Não percebemos o que vem primeiro, se o processo ou a
pessoa – os valores ágeis estabelecem a mudança, “antes indivíduos e
interações”, depois “processos e ferramentas”. O que acontece é que ao
iniciarmos um negócio as diversas atividades pertinentes a ele sejam no
desenvolvimento do produto ou do serviço sufocam a necessidade das
prioridades e da organização do trabalho criativo. O empreendedor é um
inovador, se o seu ambiente não inspirar criatividade com auto-organização sua
produção será sufocada pelas práticas.

A visão ágil abre os problemas da auto-organização e cria uma cultura de
inovação e criatividade sem emperrar o trabalho. Agilidade traz ao
empreendedorismo o complemento necessário para que o fazer seja
realmente feito, é o encontro entre o recurso e a pessoa, suas competências e
necessidades de inovação e criação. Você só saberá que sua idéia dará certo
quando realmente incrementá-la, use o método para isso, estude e aperfeiçoe.
8. Erros e acertos


Abra os seus problemas!

De um lado você comete erros por perder oportunidades, de outro, você tem os
acertos, alvos atingidos na incerteza, GOL! Acertar é primeiro conhecer como
funciona a nossa capacidade de produção. É com erros e acertos que você vai
seguir, inconseqüentemente. Não viver na ‘tentativa e erro’, não é isso. O
momento não é favorável a uma atitude pequena, mesquinha. Você como
empreendedor não pode errar por errar ou simplesmente porque esta tentando.
O que o mundo espera de você e o que você precisa esperar do mundo é
aprendizado, erre, tente, mas aprenda, sem medo.
O empreendedor deixa de lado por vezes os seus absurdos, suas
idiossincrasias, e enxerga apenas o que quer ver. Todos passam por atos
empreendedores equivocados, e o melhor que pode ser feito é não errar na
adoção de métodos, sejam tradicionais ou ágeis. Nossa capacidade de
produzir com métodos orientados por processos e não por pessoas é
limitada. Quando você produz orientado por processo, sua capacidade de
análise está orientada ao processo. Se a sua orientação é para a pessoa, para
o indivíduo, para você, portanto, você consegue prever situações em que a
resposta que precisa ser dada, é diferente do que as respostas que o suposto
processo possibilita. Processo é algo limitado. Você e sua capacidade
empreendedora não têm limites, principalmente se você empreende olhando
para frente, para o futuro. Abrir os seus problemas não significa mexer no
processo, esqueça, isso é bobagem, perda de tempo, pois só mexendo com
gente, com você mesmo é que abrirão os problemas e virão os acertos.


Procure por soluções simples!

Os erros e acertos são fáceis de escrever e apresentar em qualquer texto, o
difícil é como analisarmos a realidade deles. O conhecimento não é nada sem
habilidade para fazê-lo acontecer. Se você consegue errar e acertar,
preferencialmente fazer mais acertos, com melhor planejamento, sem esquecer
de visualizar seus erros de execução, a junção dos erros e dos acertos gera
aprendizado. As pessoas dizem que poderiam ter feito mais se tivessem
planejado melhor. Nada melhor do que uma verdade doméstica para confirmar
esse dado empírico. Vamos ao exemplo: ir ao mercado sem uma lista de
compras. Pergunto: É errado não ir com uma lista de compras ao mercado? É
menos assertivo não tê-la? Não podemos ir ao mercado sem uma lista de
compras, é certo que vamos deixar nossas sensações e desejos ludibriarem a
nossas necessidades, estaremos cometendo um grave pecado, o da gula.
Agora, se temos uma lista e dizemos para nós mesmos que esta lista é
a prioridade para abastecer a geladeira é o que realmente precisamos,
então estaremos no caminho certo. Até porque a economia será muito maior.
Lembre-se dessa dica e encare-a como verdadeira para qualquer situação
empreendedora. Desde lidar com um fornecedor ou com você mesmo sobre o
que precisa ser feito para atingir um resultado, certamente você não precisa de
um mercado inteiro para encantar um cliente ou conquistar um nicho. Ao saber
que o planejamento é importante o empreendedor deixa de cometer um erro
extremamente      significativo,    o   da    inconseqüência.    Empreendedor
inconseqüente é aquele que sabe da necessidade de planejar e enxergar
soluções simples, todavia, ele não pára para analisar e sai cometendo erros e
infortúnios.

Faça mais para menos!

É difícil responder a tantas perguntas sobre nossas atitudes quando
comentemos erros, mas é fundamental destacar que empreender de forma ágil
é um jogo de erros e acertos, e o indicador de resultados é a precisão com que
você acerta seus alvos. Você precisa conhecer como criar e transformar seu
conhecimento em ação, mas quando você cria seu processo partindo do auto-
conhecimento é naturalmente mais fácil enxergar o que fazer. Seu processo
criativo deve ser governado por você mesmo. Erros e acertos formam nossa
experiência para a vida. Erre e acerte, mas cresça com consciência, com os
pés no lugar certo procurando investigar sempre seus limites ao extremo.

O empreendedor existe por uma razão simples, atender as necessidades de
pessoas que compram seus produtos ou serviços. O empreendedor primeiro
existe, depois define sua essência. Seguindo uma linha de pensamento
existencialista o empreendedor tem dois motivos para errar e acertar: suas
idéias e seus clientes. Fazer mais para menos num primeiro momento é
enxergar a si mesmo, em essência. Depois, definir para que rumo seguir, quais
clientes atender, por fim, quais planos por em ação.
9. Planos e negócios


Alinhe a estratégia com a execução
Seguir um plano, estudar, organizar, pensar, modelar, programar, escrever,
projetar, simplificar, processar, engenhar, fazer, etc. Você conhece essa rotina?
Tem um conhecimento avançado no assunto? Ou já está cansado de ler e ouvir
dicas e temas sobre esses assuntos? Já sabemos da importância de ter um
planejamento para enxergar o futuro e aprender e aproveitar as boas idéias,
definir metas, escrever um plano. Essa “verborréia” toda é uma constante na
vida empreendedora.
Todo negócio precisa de um planejamento e você também precisa de um
planejamento. O conceito da palavra negócio não é usado neste ensaio para
caracterizar uma empresa, o uso deste termo neste ensaio estende o conceito
para tudo que você faz na sua vida como um negócio. Encare tudo o que você
faz como um negócio, seriedade ao definir planos e negócios é que trará
confiança para que você gere valor para o que faz. Em uma empresa o
conceito de negócio deve ser caracterizado como um sistema que amarra
todas as atividades do serviço ou do produto. Portanto, para todo e qualquer
negócios o planejamento é imprescindível e deve ser encarado como um
sistema.
Um dos valores ágeis preza a resposta às mudanças antes que seguir um
plano. A interpretação que percebemos e identificada por outros agilistas
sobre este valor é a de que não podemos ignorar a necessidade de um plano,
seja por escrito, ou publicado, apostilado, na forma de cartões, post-its, papéis,
cartolinas, afixados na parede. De diversas formas pode ser o seu plano, desde
que seja um.

Você não precisa de um plano B, construa o B no A!

Você tem um plano? Seguir este plano de forma fixada é uma grande furada.
Planejamentos com estratégias fixadas que norteiam a execução é o princípio
do fim. Consultores, empresas e empreendedores vão até a morte com planos
fixados. Outra premissa que encontramos muito é a velha história do plano A e
do plano B. Imagine, sua estratégia é fazer um mergulho de 100 metros de
profundidade (plano A). O seu plano B seria qual? Fazer um mergulho de 50
metros se você percebesse que o oxigênio não fosse o suficiente? Mantenha-
se concentrado no plano A e dentro dele insira as variáveis e os caminhos, isso
é minimizar risco, é estar preparado para responder a mudanças antes que
seguir um plano. Ter um plano B é simplesmente dizer que o A é falseável
antes mesmo de colocá-lo em prática. No momento em que nos deparamos
com o oposto, ou seja, ‘eu não preciso de um plano, eu preciso responder às
mudanças’, obtemos uma compreensão melhor do que realmente dificulta a
realidade de um plano empresarial de ser executado.

Vamos dividir nosso pensamento em planos complexos e planos sintéticos.
O plano complexo tem o objetivo de orientar o desenvolvimento de uma
empresa, o sintético tem o objetivo de orientar a criação de um jardim. Um
plano sintético, não significa simplório, construir um jardim é uma atividade
saborosa, inclusive o cultivo minhocas, são elas as responsáveis por consumir
os alimentos crus e preparados. Mas o que tem a ver as minhocas com toda
essa história de plano e negócios? Logo vem a explicação. Seguir um plano
nos leva a uma conclusão árdua, muito trabalho, muito suor para atingir um
resultado que você definiu como alcançável, ao testá-lo, colocá-lo em prática,
você percebe que precisa estar preparado para mudar rapidamente, responder
com agilidade ás mudanças necessárias. Imagine você recebendo o material
da consultoria que contratou para ajudar a construir seu planejamento
estratégico. Ao construir o planejamento estratégico tudo é uma maravilha,
muita imaginação, sonhos, uma dinâmica perfeita e toda seqüenciada, mas ao
final, depois de cinco dias de dinâmicas e reuniões cansativas, muita coisa já
mudou e o ‘plano’ que você elaborou com a ajuda de especialistas não está de
acordo com a realidade prática que você precisa para o dia de amanhã. É
nesse ponto que as minhocas desempenham papel fundamental, enterre o
planejamento estratégico para elas, elas vão adorar e devorar o seu plano
como ninguém.


Teste a eficácia de seu plano como num jogo!

No plano complexo a vida corre a mil por hora e a capacidade que o individuo
tem de raciocinar em ambiente de velocidade e tomada de decisões urgentes,
para ontem, é pequena, ínfima. O erro não está em planejar e pensar sobre as
coisas que precisam ser feitas. O erro está em não encontrar uma maneira de
disciplinar o caos em que o plano está inserido. Como empreendedor você
recebe uma carga diária de problemas que precisam ser resolvidos, esses
problemas ou geram ruído para o seu plano ou são informações importantes
que precisam ser levadas a sério, por vezes são sinais importantíssimos que
precisam ser analisados. No momento exato em que é preciso enxergar o
plano, as respostas que você precisa dar impendem que você o acompanhe.
Entregue para as minhocas todas as orientações práticas de ‘como
obter sucesso com o planejamento estratégico empresarial’. Passe a priorizar
as respostas que precisam ser dadas para então seguir construindo o seu
plano.
No plano sintético a decisão é sua se ele será complexo ou não. Construir um
jardim      parece    tarefa   fácil,    principalmente     se     você   tem
um minhocário produzindo terra fértil para dar vida às plantas. O complexo e o
sintético fazem parte de como você enxerga o tamanho do seu problema. A
prática do empreendedorismo é rodeada de métodos que não ajudam
corretamente o empreendedor a resolver seus problemas. O maior problema
ao começar a empreender é o de perceber que existem diversos problemas
pequenos, quando priorizados e focados de maneira correta, seriam
solucionados. Entretanto, nossa mente tem a visão do plano complexo, e não
do sintético. Sempre que você procura responder a uma situação caótica, como
atender a uma necessidade de um cliente, geralmente, ocorre o abandono de
ouvir o que o cliente quer e daquele momento em diante parece que
esquecemos de todo o resto para apenas resolver aquele problema. Na
construção do jardim duas necessidades são básicas, terra boa e água na
medida certa e isso deve ser constante, não pode falhar. Da mesma forma,
abandonar tudo para atender o que o cliente precisa pode ser uma ação
incoerente ou extremamente certeira, o que precisa estar claro é que respostas
precisam ser dadas.


O sintético e o complexo necessitam um do outro!
O que você vai fazer com o seu plano é problema seu, o propósito aqui é
mostrar que um plano pelo simples fato de ser um papel, sem
desenvolvimento, deixa de ser assertivo. Prepare o plano diante da
necessidade de resposta à mudança ou, para o que precisa ser resolvido hoje
e que não pode esperar para amanhã. O seu plano nunca estará pronto para
dar respostas ao seu problema. É nesse momento que ele abandona você, ele
não tem a resposta para suas dúvidas. Ele já era, expirou! Os negócios
começaram a mudar quando você parar de criar planos e passar a administrar
idéias orientadas pela visão maior das necessidades e sonhos. Você desenha
o plano e busca segui-lo, afinal, é a orientação que sempre encontramos em
livros e sites especializados sobre empreendedorismo. O que dá errado? Não
ter um plano realmente adaptável, mutável, pronto para rupturas. Os planos e
os negócios não são perfeitos, mas o que deve ser perfeito é a capacidade de
executá-los.
10. Morte ao Planejamento estratégico


Não pare para responder seu plano, pratique-o!

“Responder às mudanças” é premissa de maior importância para se executar
um negócio e deixá-lo atualizável. O empreendedorismo por si só não caminha
sozinho, ele precisa de um plano de negócios. De forma tradicional, esse plano
é executado pelo “Planejamento Estratégico”, um processo que orienta a
necessidade de alimentar as estratégias de ataque ao mercado e de alinhar a
equipe para a execução das atividades. O planejamento estratégico tradicional
é estruturado de forma geral pelos seguintes artefatos: definição do negócio,
missão, visão, valores, análise de ambiente interno e externo, formulação
das estratégias, objetivos, metas, projetos e plano de ação. De um lado
você tem o plano, de outro você tem o negócio, o que gera valor mais rápido
ao projeto, o plano ou o negócio? Se a resposta é ‘o plano’, concentre-se em
deixar o seu plano em movimento. Se a resposta é ‘o negócio’, significa que
você já tem algumas respostas para testar junto ao seu cliente, seu alvo ou seu
mercado econômico de atuação, isso é muito melhor que pensar que o plano
gerará mais valor que o negócio. O assunto planejamento estratégico é muito
abordado sobre sua responsabilidade e formas de desenvolvimento. O ponto
chave quebrado pelos métodos ágeis está no modo de planejar. Para o
“empreendedor tradicional” o planejamento estratégico é o centro de tudo.
Tradicionalmente encaramos o planejamento estratégico como um processo a
ser executado e ele vem de cima (dos donos do negócio) para baixo (os
funcionários do negócio). Mesmo que não exista na sua realidade essa
hierarquia, o planejamento estratégico vem de fora (mercado) para dentro (sua
realidade).
A partir do momento em que tiramos do quadrado todas as idéias e motivações
pertinentes ao planejamento estratégico e jogamos para um ambiente de
práticas ágeis, a transformação dentro da empresa começa a fazer sentido,
pelo simples fato de que você definitivamente consegue ver a estratégia
alinhada com a execução. O planejamento estratégico morreu, manter o seu
negócio sobre a filosofia por trás desta ferramenta tradicional, medonha, não é
mais coerente. Em janeiro deste ano, participei de uma oficina de construção
de planejamento estratégico ministrada por consultores com visão tradicional. A
dinâmica começou com a definição da missão da empresa, depois de concluir
a missão, partimos para os valores. Ao término, abrimos discussão para a visão
de futuro da empresa, definida para os próximos cinco anos. Para que tudo
isso acontecesse, 4 dias e discussões de mais de quatro horas foram
necessárias. Concluída a visão, o assunto foi a definição do negócio. Uma
parada para a análise SWOT, destacando o ambiente externo e o interno e, por
fim, o mais importante de tudo, os objetivos e metas, que compreende
a estratégia. O mais legal da dinâmica foi perceber como um processo linear é
lento e improdutivo, pois no dia seguinte, quando precisávamos preencher
o plano de ação, emperramos na identificação das tarefas, visto a quantidade
de objetivos e metas destacados no planejamento estratégico. Ou seja, foram
lançadas tantas idéias pertinentes e impertinentes que identificar por onde
começar era o mesmo que procurar a velha agulha enferrujada no palheiro que
já apodreceu. Vou explicar melhor. O planejamento estratégico linear, que aqui
estou chamando de ‘tradicional’, melhor dizendo, ‘cascatão’, segue
uma seqüência em que uma etapa só pode ser iniciada após o término da outra
(linear). Essa seqüência dificulta o raciocínio e a aplicação prática das
estratégias. Como o planejamento é pensado em longo prazo e ele tem por
princípio afunilar os prazos, quando tudo o que foi planejado precisa ser
executado, colocado em prática, a implantação não acontece, porque fica
quase impossível executar algo pensado separado da prática.



Vá para a ação o mais rápido que puder!
Diante do impasse de ver tantos empreendedores sofrendo com o modelo
linear, decidi elaborar minha própria teoria sobre esse assunto e criei o AEX –
Alinhamento Estratégico Executivo. O AEX propõe que você modele seu
planejamento em quatro níveis de estratégias: 1. intencionais, 2. emergentes,
3. incrementais e 4.iterativas. O segredo por trás de jogar fora o antigo
modelo de planejamento estratégico está em conseguir fazer a estratégia e a
execução da estratégia andarem de mãos dadas, entrelaçadas. O modelo que
substituí o ‘cascatão’ é o em espiral. Imagine o movimento da hélice de um
liquidificador, jogue tudo o que pode contribuir para seu negócio dentro e ligue
na máxima potencia. Viva dentro deste ambiente e entenderá o que é um
planejamento estratégico em espiral. Detalhe: deixe a tampa aberta para que o
mundo corra pela mistura.




                          Gráfico ilustrativo do AEX!
Não separe o pensamento da prática!

Para exemplificar bem como o manifesto ágil interfere na adequação das
estratégias, vamos à metáfora do Bolo Xadrez. Um jogo que sempre me deixa
intrigado é o Xadrez, é uma mistura de estratégia, tática e operação muito
sinérgica. O jogo de Xadrez é composto por vários personagens com diversas
responsabilidades e funções. Alguns são especializados e com estratégias
específicas para cada jogada. Outra coisa de me deixa inquieto é
qualquer receita de doces, tortas e bolos com muito açúcar. Meu problema
não é quanto a comer o doce, mas em fazê-lo.

Eu sei cozinhar molhos salgados, as combinações são simples e naturais, fazer
bolos ou pratos doces foge da minha competência. Certa vez misturei essas
duas situações que me geram ansiedade e joguei num liquidificador, o bolo
doce e o jogo de xadrez. Cheguei a um lugar complexo que não deve ser o
melhor exemplo comparativo sobre a ansiedade, mas acho que dá para ter
uma noção. O Bolo é um composto de misturas que gera um resultado final
muito delicioso após passar por um processo de aquecimento. Cada
ingrediente tem seu papel, responsabilidades e funções específicas,
combinados geram uma força incomparável e competitiva na ótica da
culinária. Vamos fazer um esforço imaginativo e comparar você empreendedor
a um bolo doce qualquer. E vamos imaginar o empreendedor jogando Xadrez,
enfim, o que é mais fácil para você: fazer um bolo ou jogar Xadrez? E que tal
jogar os dois dentro de um liquidificador?


Combine os ingredientes, cultive o longo prazo e ganhe constância!

Se você buscar entender como seu processo de criação funciona, fizer
uma análise planejada, buscar auto-gestão, você terá os fundamentos para
auxiliar na estruturação do seu movimento ágil de produção. Idéias e
motivações devem ser cultivadas no longo prazo, é como fazer uma receita
de bolo ou pensar em uma estratégia de Xadrez. Você concentra suas idéias
em um mapa mental, separa as tarefas em uma receita inicial, faz a primeira
tentativa de combinar ingredientes com estratégia de defesa e você terá o
resultado. Fazer um bolo requer sabedoria para priorizar e combinar
ingredientes. Jogar Xadrez exige conhecimento profundo de estratégia em
ataque e defesa, caso contrário você morre. Para fazer um bolo e se tornar um
grande chefe de cozinha comece a criar seu método de ‘como elaborar minhas
receitas’. Você será um grande enxadrista se estabelecer seu método de
estudo e aperfeiçoamento. Nossas idéias estão na receita de bolo que você
vai por em prática. Nossa motivação é o cheque mate que você precisa dar
para renovar a esperança. O liquidificador é o tabuleiro ou a máquina de bater
bolos e sobremesas que faz do movimento uma mistura perfeita para criar e
produzir ações alinhadas com sonhos. Você é o liquidificador. O efeito
liquidificador é o segredo que seu método empreendedor precisa para
conquistar resultados fora da casinha.
11. A moeda da guerra


E agora, o que eu faço?
O seu negócio e a sua organização são as mesmas coisas, essa condição é
necessária para começar a fazer alguma coisa. Sua família, sua história, sua
vida, tudo, se é que existe tudo, deve contemplar um negócio apenas e fazer
parte do mesmo plano, da mesma estratégia. É assim que funciona. O negócio
é você, o plano é você, e tudo isso é um grande somatório que vamos chamar
de estratégia. No dicionário encontramos a definição de estratégia como a
‘ciência de organizar e planejar as operações de guerra’.

A moeda da guerra é a sua estratégia e você precisa fazer da vida uma guerra
prática contra a inoperância de modelos que não motivam você a prosseguir.
Como empreendedor aceitar tudo o que dizem, não criticar, não guerrear é pior
que dar um tiro no pé, levante e comece a praticar.

O que tem gerado resultado para iniciar projetos empreendedores
ágeis?

Iniciar um projeto é como ir ao supermercado fazer compras ou como executar
a receita de um bolo. É como preparar um gigante jardim. É necessário
enxergar o que se procura para atingir o resultado final.

Em projetos empreendedores ágeis o primeiro passo é amar a execução mais
que o plano. Planejar detalhadamente é essencial, modelar o processo e
executar são a prioridade.

Você adquire habilidade para executar com a prática contínua sem deixar de
lado o plano. Alinhar a habilidade para executar ao plano é o segundo passo.

Para atingir o resultado inicial com seu novo projeto empreendedor chegamos
ao terceiro passo, o da agilidade visual. Paixão e habilidade para executar
dependem dos ângulos de como você vai fazer a execução se comunicar com
plano.

O quarto passo é ter certo o que precisa ser visto por você para que seu
projeto empreendedor venha a funcionar. A etapa da agilidade visual é a de
maior importância, pois o objetivo dela é modelar através de quadros brancos,
post-its, cartões e diversos outros recursos o processo de execução das
estratégias.

No quinto passo, após a montagem do quadro, do processo desenhado e
estruturado, o empreendedor começa o esvaziamento da mente. A identificação
do empreendedor com as suas idéias, sonhos e devaneios passa nesse
momento por uma transformação e tudo o que for explícito, ou seja, colocado
para fora da mente passa a ser tratado como estratégia de negócio. O
conhecimento pessoal do empreendedor é transformado em conhecimento
organizacional para o negócio como um todo.

O sexto passo é o mais crítico. Após esvaziar a mente e enxergar todas as
estratégias de forma geral chega o momento de definir o processo estratégico,
é a hora de começar a executar. Nesse momento vamos dividir a estratégia em
intencional e emergente. Estratégia intencional é aquela com intenção
organizacional que tem um prazo maior para acontecer de um a três anos. A
estratégia emergente é a estratégia com critérios urgentes, necessariamente
não possuem uma intenção organizacional, emerge da base, do dia-a-dia.

No quadro abaixo você tem um modelo para começar e colocar os seis passos
até aqui apresentados em prática. Comece com as estratégias intencionais.
Chame o seu sócio ou a sua equipe de gerência e jogue as idéias
organizacionais da sua empresa por meio de post-its dentro do quadro
sugerido. Em seguida, para as estratégias emergentes, a dica é que você
chame todas as pessoas da empresa para uma dinâmica de planejamento e
comece perguntando para todos quais são as necessidades operacionais que
precisam ser organizadas dentro do prazo de 90 dias. Ao cruzar as duas ações
intencionais (6 meses a 1 ano), com as emergentes (90 dias), você terá uma
síntese do planejamento estratégico empresarial. Evidentemente que é uma
maneira rápida, simples e funcional de elaborar um planejamento estratégico.
Ao executar os passos e contemplar a criação do quadro das estratégias
                                                  o
intencionais e emergentes, você pode avançar para o segundo estágio. Nes
                                                                       Neste
momento você vai olhar para os dois quadros e perguntar, certo, mas e daí? É
a hora de iniciar o sétimo passo a operacionalização das estratégias. Para
                           passo,
isso vamos criar mais dois quadros de estratégias, as incrementais e as
                                                          ncrementais
iterativas.




Você está diante das estratégias emergentes e precisa colocá     colocá-las em
execução. O oitavo passo é movimentar as ações que derivam das
emergentes e priorizar as iniciativas para as estratégias incrementais 30 dias.
                                                          incrementais,
No oitavo passo vamos puxar as ações que serão executadas nos 30 primeiros
dias. Ao definir quais são as emergências, afunilamos as ações
                                                          ações.

O nono passo é afunilar mais ainda. Das iincrementais de 30 dias, vamos para
as iterações e definir o que precisa ser feito para que o incrementos
                                                              os
aconteçam com efetividade. O alinhamento definitivo será com as iterações a
serem feitas para as semanas, dividindo as estratégias incrementais em ações
            s                                           ncrementais
iterativas com períodos menores. Ao puxar os incrementos e direcioná
                                                            direcioná-los para
a execução em períodos de 1 a 4 semanas, fica fácil perceber quanto tempo
será necessário para que as estratégias sejam executadas. Para as ganharem
força e promoverem maior valor ao negócio elas precisam ser quebradas em
tarefas menores.


Em linhas gerais, suas idéias estarão organizadas como sugerido na figura
abaixo.
Agora, chegamos ao décimo passo é hora de colocar as tarefas derivadas
                               passo,
das ações estratégicas para funcionar, fechar o ciclo completo das estratégias,
é hora do quadro de movimento das tarefas O décimo passo é opcional, pois
                                      tarefas.
não precisamos necessariamente gerir as tarefas com um processo visual, mas
para garantir maior eficiência, abaixo segue o modelo de gestão visual para
execução das tarefas.




É importante ter sempre em mente o movimento que existe por trás de todas as
ações estratégicas, a figura abaixo ajuda a visualizar o ciclo para que todas as
iniciativas derivadas do modelo sugerido sigam um fluxo contínuo de melhorias,
adaptações e inspeção.
11. Conclusão

Para finalizar este ensaio, e como conclusão geral, destaco algumas questões.

Quando é que você empreendedor vai cair na real e entender que plano é uma
coisa só? Até que ponto as características atuais da sua organização
contribuem com a introdução de novos métodos produtivos, inovadores?

O empreendedor tem em essência a inovação. Inovação é destruição do antigo
para o novo. Vamos continuar aceitando que métodos tradicionais invadam
nossas empresas e criem barreiras inoperantes sem observar novos estilos?
O pensamento linear é contraproducente, já está claro para muitos, todavia,
algumas empresas e empreendedores mantêm a visão de que o ‘cascatão’
funciona melhor que qualquer outra coisa. Em qual momento essa
característica vai prevalecer? Até quando você manterá o planejamento
estratégico como imortal?

A potencialização de competências empreendedoras ágeis pode contribuir com
o aumento do capital social e influenciar no desenvolvimento socioeconômico?
Estamos diante de um novo tipo de ‘fazer empreendedorismo’, com estratégias
incrementais, iterativas e de ruptura? Inúmeros profissionais já internalizaram a
agilidade e valores do manifesto e estão aplicando em seu dia-a-dia, serão
esses os indicadores de uma tendência histórica de mudança no
comportamento empreendedor, com a incorporação de novas práticas de
gestão?

O estímulo prático interativo, originado pelo manifesto ágil promoveu o
aumento da colaboração entre profissionais praticantes dos métodos ágeis, os
agilistas? Empresas ágeis estão nascendo, com equipes democráticas que em
essência, transformam o simples e o enxuto em habilidades naturais, essa é
uma perspectiva de mudança decisiva e sem retorno para uma nova classe
trabalhadora criativa?

A sociedade organizada está mudando sua postura tradicional diante das
inúmeras técnicas de gestão que nascem em ambientes ágeis e inovadores?
Num primeiro momento, a governança, ou a classe politicamente dominante,
evitará incorporar métodos ágeis por não acreditar, não testar e não confiar na
mudança. Num segundo momento, o comportamento ágil impactará
diretamente na melhoria social dos indivíduos sendo impossível a não
incorporação das práticas ágeis. Num terceiro momento, diante do método
internalizado, o direcionamento para um ambiente democrático será inevitável.

A conclusão deste ensaio está por vir. Neste momento o foco principal é
levantar estes questionamentos e mostrar uma quebra real que já foi simulada,
testada e aplicada em ambiente empreendedor. Não temos outro caminho a
não ser manter a busca contínua por melhorias e novas práticas de sucesso.
“... a questão crucial é: “O que vem em
                                          primeiro lugar?”, e não: “O que deve ser
                                          feito?” Geralmente há um acordo
                                          substancial quanto ao que deve ser feito,
                                          mas sempre há desacordo quanto ao que
                                          deve ser feito em primeiro lugar.”

                                                                    Peter Drucker


12. Notas


- Estratégias Adaptativas


Na HSM nº 70, ano 12, volume 5, Setembro e Outubro de 2008, foi publicado o
artigo Aprendendo com os programadores, escrito por Keith Mcfarland, autor
do livro Uma Empresa Extraordinária. O artigo foi publicado inicialmente no MIT
Sloan Management Review, com o título Should You Build Strategy Like
You Build Software? Na tradução para a publicação brasileira o título ficou
“Aprender com os programadores”.

Mcfarland destaca o “paradigma adaptativo”, referenciando o grupo de
veteranos do setor de software que se reuniram para “examinar os pontos em
comum das abordagens emergentes para os desafios da área.” Dos pontos em
comum Mcfarland destacou dois “igualmente aplicáveis à estratégia”. Mcfarland
observa que “a estratégia é o código-fonte da empresa, de que tudo o mais
depende”.

A partir do momento em que este artigo é publicado, solidifica-se um referencial
científico para atestar “três assuntos principais que emergiam”

              “A importância de um modelo em Espiral, em oposição à
              abordagem linear. A relevância de organizar o planejamento
              estratégico em torno de pessoas e não de processo. O
              reconhecimento de que, em uma estratégia, não há fórmula
              mágica.”

Links para ler o artigo: Português aqui - Inglês aqui
- Estrutura Científica do Empreendedorismo ágil

Ao longo de 2 anos estudando e praticando o pensamento ágil criei esta
estrutura para melhor identificar o assunto.
13. Bazaar


Um ensaio de muita inspiração é A Catedral e o Bazar, do livro The Cathedral
and the Bazaar, do autor Eric S. Raymond, que você pode ler no link aqui. O
livro orienta profissionais de software para que façam a entrega de seus
produtos aos poucos, como um bazar e, que não fiquem imaginando construir
uma catedral maravilhosa para então entregar o produto para o mercado. Este
ensaio segue o modelo Bazaar, com entregas pequenas, mas contínuas, até
que o livro ganhe corpo a ponto de promover uma estrutura científica.

Para que este ensaio cresça e se desenvolva a sua participação é
fundamental. Envie suas sugestões, críticas e, principalmente, sua contribuição
com o empreendedorismo ágil. Seu relato empreendedor e suas práticas ágeis
serão inseridos na estrutura do texto. Contato através do e-mail
jgonzatto@gmail.com Twitter @Jgonzatto e @empreendagil ou pelo site
http://empreendedorismoagil.com.br.
14. Agradecimentos

Não tenho ao certo a quantas pessoas devo agradecer. Positivamente ou
negativamente muitas pessoas participam do universo de um empreendedor,
se você sabe o que leva sua imaginação em frente, certamente manterá o foco.
Às pessoas que me ajudaram a manter o foco e as tantas que mostram o
caminho errado, eu agradeço.

De forma geral agradeço as pessoas que apoiaram a construção deste
ensaio, especialmente a Comunidade Ágil do Brasil com suas contribuições
através das listas de discussão, e-mails e bate-papos.

Aos inúmeros amigos, estudantes, parceiros, colegas de trabalho, consultores,
empresários, empreendedores que acreditaram em minhas idéias e
possibilitaram a publicação deste ensaio.

A minha esposa Cariane e a minha filha Julia, agradeço pelo amor, alegria e
entusiasmo com que me estimulam a pensar e a escrever, obrigado!
Fonte: http://www.castelobranco.br

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Ensaio sobre empreendedorismo ágil beta

  • 2. Você tem a liberdade de: • Compartilhar — copiar, distribuir e transmitir a obra. Licença Criative Commons Esta obra é licenciada por uma licença CREATIVE COMMONS Sob as seguintes condições: • Atribuição — Você deve creditar a obra da forma especificada pelo autor ou licenciante (mas não de maneira que sugira que estes concedem qualquer aval a você ou ao seu uso da obra). • Uso não-comercial — Você não pode usar esta obra para fins comerciais. • Vedada a criação de obras derivadas — Você não pode alterar, transformar ou criar em cima desta obra. Ficando claro que: • Renúncia — Qualquer das condições acima pode ser renunciada se você obtiver permissão do titular dos direitos autorais. • Domínio Público — Onde a obra ou qualquer de seus elementos estiver em domínio público sob o direito aplicável, esta condição não é, de maneira alguma, afetada pela licença. • Outros Direitos — Os seguintes direitos não são, de maneira alguma, afetados pela licença: • Limitações e exceções aos direitos autorais ou quaisquer usos livres aplicáveis; • Os direitos morais do autor; • Direitos que outras pessoas podem ter sobre a obra ou sobre a utilização da obra, tais como direitos de imagem ou privacidade. Fonte: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Ensaio sobre o livro de Empreendedorismo Ágil – Habilidade para executar Autor: Jordano Gonzatto Ano de publicação: 2010 Capa: Wesley Klewerton Classificação Geral: negócios, empreendedorismo, técnicas de gestão, metodologia ágil, projetos e comportamento. Colaboração: Rafael Cáceres, Caroline Gonzatto, Cariane Fant e Carla Fant. Você pode fazer o download desta obra no endereço www.empreendeorismoagil.com.br
  • 3. SUMÁRIO 1. Apresentação------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 4 2. Os jogadores ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 5 3. A Partida ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6 4. O primeiro passo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7 5. Impulsão estelar ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9 6. Estude você mesmo! ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 7. Visão destrutiva ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 12 8. Erros e acertos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 9. Planos e negócios -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 10. Morte ao planejamento estratégico----------------------------------------------------------------------------- 19 11. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27 12. Notas -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 13. Bazaar ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 14. Agradecimentos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 31
  • 4. “Quem a cada manhã, planeja as atividades do dia e segue esse plano usa um fio que vai guiá-lo através do labirinto de uma vida bastante atarefada. A organização disciplinada do tempo é como um raio de luz que se projeta em todos os seus compromissos. Mas onde não há um plano, onde a disposição de tempo fica simplesmente entregue ao acaso dos acontecimentos, logo reinará o caos.” Vitor Hugo 1. Apresentação A principal característica do empreendedorismo, hoje, é a potencialização das competências individuais. Há dois anos escrevo e publico informações sobre práticas empreendedoras ágeis no blog http://jgonzatto.blogspot.com. Muitos amigos e companheiros atenciosos foram conquistados nessa jornada. Agora melhor reflito sobre o que vem me despertando interesse no ambiente do empreendedorismo e da agilidade. Este ensaio é de práticas, teorias e conceitos de como gerenciar e não gerenciar suas atividades de criação. Convido você a participar de um relato sobre a cultura do empreendedorismo e da agilidade. O passaporte é obrigatório! A trajetória de um profissional é construída através do caminho que ele percorre. Tomar as escolhas como certas ou erradas é a única maneira de encarar a situação e decidir com efetividade. A trajetória deste Ensaio foi construída na experiência diária de aplicar a cultura ágil sobre as competências empreendedoras. Definitivamente o passaporte é deixar o que não funciona de lado para fazer com que idéias e sonhos aconteçam na prática.
  • 5. 2. Os jogadores Agarre os valores! Este ensaio é direcionado a três públicos, o empreendedor, o estudante e o agilista. Ao empreendedor, iniciante, empresário ou profissional que busca no conhecimento prático encontrar novas abordagens de inovação em comportamento; Ao estudante, que está deixando a faculdade e que tem na luta a única certeza para o empreendedorismo; Ao agilista, profissional entusiasta das metodologias ágeis e apaixonado pelas práticas e valores da agilidade. O indivíduo empreende a partir de um movimento que desenvolve ou até mesmo pelo nascimento. Como característica o empreendedor revisa hábitos, práticas de gestão, competências e valores que funcionem para seu desenvolvimento. Agarrar os valores é a certeza de estar seguindo no caminho certo, uma construção é sustentada por pilares fortes.
  • 6. 3. A Partida Deixe de lado as práticas que travam a sua criação! Não temos como fugir da atividade de errar e acertar. É desta forma que formamos nosso caráter empreendedor e profissional para lidar com assuntos inter-relacionados. Para formar um conjunto de práticas é necessário enxergar metodologias como oportunidades. Sem um método aplicado e internalizado é impossível fazer uma boa partida. O erro é gerado pelo medo de fazer, ao quebrar a barreira do erro, o empreendedor cria. Essa é a partida, não ter medo de criar para fazer o novo. Adote um método para executar o seu negócio! Estudar a linguagem individual viabiliza a adoção de um método. No ambiente organizacional a aplicação ao estudo da linguagem produtiva individual se dá por meio dos métodos. Como empreendedor a obrigação sempre é a de ensinar e propagar práticas e métodos melhores de se pensar e realizar tarefas. Fazer contato com métodos ágeis aperfeiçoa as práticas de gestão empreendedora. Métodos empreendedores tradicionais são monótonos, não permitem que façamos alinhamentos rápidos e interativos entre estratégia e execução. Tradicional pode ser entendido como o que é ‘antigo’. Em muitas vezes, o problema não está no método que é tradicional, está em como o empreendedor aplica-se ao método. A adoção de métodos requer construir um conjunto de práticas de gestão, como fazê-lo dá inicio à partida. Uma premissa interessante para facilitar o pensamento organizacional é definir que tudo o que fazemos é um negócio, um sistema. Tudo parte de uma única linha que é ‘fazer o negócio’. Vicente Falconi, guru brasileiro na área de práticas de gestão destaca o método como “o caminho para o resultado” ou então como uma “seqüencia de ações necessárias para se atingir certo resultado desejado”. Faça do seu negócio um estudo constante! Para fazer negócios duradouros é preciso quebrar uma contínua linha de raciocínio. O conhecimento humano é traçado desde o momento do nascimento. Ninguém consegue nascer duas vezes e para que um novo pensamento aconteça é preciso destruir o velho, não é preciso nascer de novo. Empreender é destruir o antigo, fazer o novo, romper a barreira do invisível com destreza, habilidade e elegância. A partida está no erro ou no acerto contínuo para tatear a maneira mais fantástica de atingir o resultado. Nem sempre a maneira mais fantástica é aquela que idealizamos, portanto, precisamos entrar no jogo, seguir uma visão inicial e inspecioná-lo ao longo da partida para encontrar a melhor adaptação para atingir o resultado. Esse é um conceito de melhoria contínua, oriundo da teoria Lean.
  • 7. 4. O primeiro passo Vá à luta como um leão, ataque no pescoço! Empreendedorismo ágil é a convergência entre competências empreendedoras e valores do manifesto ágil. Para entender o empreendedorismo ágil é preciso praticar, internalizar um comportamento adaptativo. Ao combinar valores e princípios ágeis a prioridade de ataque e foco passa a ser indivíduos e interações, serviço e produto funcionando, colaboração com cliente e resposta às mudanças. A mudança provocada pela convergência está sobre o que não deve ser priorizado: processos e ferramentas, documentação abrangente, negociação de contrato e seguir um plano. Transformar competências empreendedoras em práticas ágeis é uma questão de abordagem empírica. As práticas ágeis são dinâmicas de como sistematizar as mudanças e transformá-las de forma rápida e eficiente em qualidade, valor para o negócio. A contribuição da prática bem feita, com qualidade e transparência para o empreendedor gera para o ambiente uma ação enxuta, simples. As práticas empreendedoras tradicionais são pouco dinâmicas e exigem mais tempo e custo para a alimentação das informações. Uma cadeia dinâmica de empreendedorismo exige uma cultura de práticas ágeis, o aprendizado diário faz valer o conhecimento. Você começa a conhecer a metodologia (conjunto de práticas) e logo percebe que precisa de métodos para alicerçá-la, é uma constante. A luta para aplicar o método deve ser pensada como uma espiral. O método está no centro e o empreendedor diariamente joga para o método informações. Ao alimentar o método com idéias um código de produtividade vem à tona para o empreendedor. Ao convergir competências empreendedoras com métodos ágeis um conjunto de práticas empreendedoras nasce. O modelo mental começa a ser modificado pela prática focalizada em um único ponto, e melhorada continuamente pela inspeção e adaptação, é a ruptura do modelo tradicional. Um exemplo: o empreendedor em seu negócio segue orientações práticas de trabalho e organização de acordo com o planejamento estratégico (PE). O problema é que o planejamento falha e ele também. Por diversas vezes falhamos e não entendemos se somos nós ou o que influencia em nossa produção. Métodos tradicionais orientam à prática do planejamento estratégico como um caso de vida ou morte. Planejamento estratégico não é vida ou morte, é morte. Se aplicar o PE sem adaptação entre a estratégia e a execução, é morte certeira. Não pode existir planejamento estratégico que desalinhe estratégia de execução. Aplicar o PE a um método mantendo o pensamento em espiral trará maior capacidade de responder às mudanças e mais assertividade no alinhamento estratégico executivo.
  • 8. A interferência está na habilidade! A experiência do empreendedor com o método é como a de ascender uma caixa de fogos de artifício e direcionar o tiro para o seu lado. A habilidade em correr de algo que você sabe que se pegar vai provocar estragos, queimaduras, fumaça e até incêndios é desesperadora. O que muitos de nós empreendedores não percebemos é que corremos de fogos de artifícios há muito tempo. Utilizar o método trará mais segurança e equilíbrio para decidir qual direção seguir sem que nenhum dos tiros passe perto. O que vai interferir na adoção do método é a habilidade em praticá-lo. O negócio precisa de estratégias! Praticar vai exigir um esforço enorme em transparência, inspeção e adaptação. De um dia para o outro é possível enxergar problemas e fazer que o planejamento comece a funcionar mais e com simplicidade. As atividades de maior complexidade no ambiente empreendedor são gerir oportunidades e priorizar idéias. Por vezes sabemos o que queremos, mas não sabemos por onde começar. De repente, uma luz aparece, mas falta sabedoria para encaixar todo o conhecimento e produzir a habilidade necessária para finalizar a tarefa. A cultura que está por trás do empreendedor é recheada de conhecimento empírico e experiência prática. Só com o primeiro trabalho realizado é que temos certeza de que ele poderia ter sido feito de outra forma. O planejamento não pode ser deixado de lado em momento algum, ele precisa de uma melhor estrutura de pensamento para ser executado. Na experiência do dia a dia é que o método precisa ser pensado. A estratégia certa para o seu negócio pode estar em adotar métodos empreendedores ágeis. Enxergue os valores ágeis, eles se manifestam no comportamento do empreendedor, entenda que a convergência é priorizar o que trás mais vantagem para empreender.
  • 9. 5. Impulsão estelar Manifeste seus valores! Empreendedorismo ágil é um estimulo alcançável para dar um basta a tantas práticas ruins que existem em ambiente empreendedor. Um basta à falta de método e discernimento dos empresários em gerir seus empreendimentos. Um basta ao profissional que não replica seu potencial e não acredita em sua capacidade. Transformar o ambiente de empreendedorismo em agilidade é a maneira para jogar definitivamente métodos de mais de 100 anos de idade em segundo plano. Vivemos com um comportamento de práticas da era industrial, caminhamos no tempo por um século, mas nossas ações empreendedoras estão absurdamente obsoletas. Empreendedorismo ágil não vai discutir o que é ser pai, e sim como trocar as fraldas e fazer a mamadeira. Empreender de maneira ágil é adotar estratégias iterativas e incrementais, é dar um fim à abordagem linear, na qual cada passo deve ser executado antes que o próximo passo possa ser iniciado e fazer tudo dentro de uma espiral, em movimento constante. Encontramos diversas maneiras de empreender, com técnicas, critérios, práticas, enfim, o universo empreendedor é rico em abordagens e direções específicas de como e onde agir. Empreender é recriar caminhos e dinamizá- los. O indivíduo que tem a necessidade de uma dose diária graúda de energia e sabedoria para responder a mudanças precisa conscientizar-se de que práticas tradicionais não suportam a gestão do conhecimento. Pensar pouco não é o que o empreendedor espera de si, para dar respostas de forma original, cada dia mais rápido e eficaz é necessário uma ruptura do tradicional para o ágil, do linear para o espiral. Conceituar o que é empreendedorismo ágil deixa uma preocupação, a de criar um rótulo. Não é isso que este ensaio propõe. Empreendedorismo é, em definição, o estudo do comportamento empreendedor e sua convergência com os valores do manifesto ágil, é provocação de uma inovação para mudança.
  • 10. 6. Estude você mesmo! Faça o seu movimento! Empreendedorismo é o ato de empreender, executar, estudar sobre si, sobre suas capacidades e competências. O empreendedor tem a responsabilidade de dominar os principais conceitos e práticas de gestão para conduzir suas atividades com coerência e inteligência. Tem por obrigação expor sua linguagem com o objetivo de comunicar suas idéias e pensamentos. O empreendedorismo tem como essência o fazer e nada mais. A crítica sobre o empreendedorismo está na ausência de capacidade prática do empreendedor em executar atividades saudáveis, com objetivos claros e realizáveis. O comportamento empreendedor é formado por um conjunto de características que moldam suas competências. O conhecimento, as habilidades e as atitudes empreendedoras formam o caráter do individuo empreendedor, o mau uso ou a má formação do caráter conduz o empreendedorismo à incerteza, por vezes ao fracasso incalculável. O absurdo que diariamente vemos é a total falta de sincronia do empreendedor com o mundo que o cerca. A existência de atitudes coniventes com a falta de organização e alinhamento do trabalho, seja individual ou em grupos, é o maior erro que o empreendedor comete na prática do empreendedorismo. Para avançar é importante evidenciar quais são as principais características que formam o caráter do empreendedor, sua linguagem e seu comportamento. Como fonte de informação, vamos adotar as características destacadas pelo Sebrae. São elas: oportunidade e iniciativa; persistência; comprometimento; qualidade e eficiência; correr riscos calculados; metas; buscar Informações; planejamento e monitoramento sistemáticos; persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança. O empreendedor que gosta e vive do empreendedorismo deve em toda extensão destas características abusar, ousar, incomodar-se com o estágio de inércia em que você vive e colocar essas características em prática. Se você não consegue encontrar a maturidade para validar as características principais do seu comportamento empreendedor, corra para fazê-lo, ou desista, pois tenha certeza de que esse negócio não é para você. O empreendedor precisa ultrapassar a necessidade da auto-ajuda e buscar o que lhe falta, habilidade para executar. É incomodo enxergar empresas extraordinárias, com pessoas fantásticas, porém, mal direcionadas, sem a mínima orientação prática para “fazer acontecer”. Diante disso, o incômodo precisa se transformar em revolta, e logo a primeira situação em que o empreendedor deve se colocar é de dizer para si mesmo, ‘abrace os valores’, ‘enalteça as competências empreendedoras’, ‘modele o caráter para o bem’, ‘aprenda a executar’. No ambiente de agilidade é fundamental a capacidade de estudo e execução por meio da ITERATIVIDADE. Nesse requisito é que o agilista melhor impinge desempenho e, o empreendedor agilista desenvolve o seu movimento. Iteragir
  • 11. significa executar uma atividade ou um processo diversas vezes até chegar a um resultado, é um movimento cíclico, no qual o empreendedor começa uma atividade e segue sempre atualizando e melhorando esta atividade. Esse conceito quebra o princípio do modelo linear, mais conhecido como modelo cascata. O empreendedor sempre apreendeu a conduzir atividades tendo em mente que uma etapa ou parte deve ser executada de cada vez. Ao iteragir, o empreendedor passa por um mesmo lugar várias vezes, alterando várias vezes a mesma parte. Empreendedorismo ágil replica a necessidade constante de aprendizagem por meio do movimento cíclico iterativo. Ciclo iterativo Fonte: http://wiki.sj.cefetsc.edu.br/wiki/index.php/Ciclo_de_Vida_Iterativo_e_Incremental
  • 12. 7. Visão destrutiva Execute para aprender! O empreendedor é uma pessoa que convive com um ambiente de inovação, sempre destruindo os limites para encontrar oportunidades. Uma pessoa que aprimora suas competências e atitudes de mudança continuamente, que respira o novo, ataca oportunidades como um leão caça um búfalo. Ir á caça é o mesmo que fazer com que todos os problemas do empreendedor sejam vistos de uma hora para outra. O empreendedor trabalhar com ações iterativas e incrementais significa ter clara a visão de uma estrutura fazedora. Diversos profissionais vivem numa grande ilusão, pois acham que estão fazendo um movimento real e produtivo para seu comportamento. Se respondêssemos a pergunta para qualquer tipo de empresa ou empreendedor, por que falhamos? O motivo mais comum é que não enxergamos corretamente nossos problemas. Para entender melhor o trabalho do indivíduo é necessário unir a iteratividade com os incrementos para destruir, romper o atual comportamento determinístico e aflorar nossos problemas. Incrementos são impulsos de progresso necessários para se fazer com que as coisas sejam efetivamente desenvolvidas, melhoradas. Todos já ouvimos a expressão ‘vamos dar uma incrementada na coisa’. A proposta de se fazer incrementos em ambiente de empreendedorismo é para facilitar a visualização e o progresso das idéias, principalmente, focar problemas com metas certas. Ciclo Incremental Fonte: http://wiki.sj.cefetsc.edu.br/wiki/index.php/Ciclo_de_Vida_Iterativo_e_Incremental Você pode pensar que ser empreendedor é possuir um negócio, uma empresa, com funcionários e cnpj’s, notas fiscais e simplesmente faturar aquela suficiente quantia no final do mês. Desculpe, mas empreender é viver dentro de uma sociedade organizada para produzir vantagens, riquezas, valor significativo. Se você está acostumado a fazer apenas o suficiente, acostumado a dar para o seu cliente satisfação, isso mais parece aquele velho papo sobre sexo, “cliente, foi bom pra você?”. Chega! Satisfação você consegue na cozinha, preparando um delicioso cardápio para os amigos. A
  • 13. realidade é que existem muitos hábitos antigos, idéias antigas que continuamos a aplicar em nosso cotidiano por pura teimosia, para não dizer, mediocridade. É tão difícil pensar em fazer diferente ou pelo menos aprender a fazer certo da primeira vez, com calma e responsabilidade? Se a crítica ao empreendedorismo está na falta de capacidade do indivíduo para empreender e em colocar as características à flor da pele, a visão empreendedora está para eliminar os impedimentos que existem ao individuo para desenvolver as competências do empreendedorismo. Eliminar impedimentos na forma de incrementos, aos poucos. O empreendedorismo é um hábito de vida, é como uma missão para o mundo. E não pode ser diferente, empreender é a mesma coisa que tomar uma decisão, ou você escolhe o caminho certo ou errado, não existe meio termo, ou você empreende ou você morre afogado. Elimine os impedimentos! A visão ágil do empreendedorismo quebra o impedimento do foco do empreendedor. Não percebemos o que vem primeiro, se o processo ou a pessoa – os valores ágeis estabelecem a mudança, “antes indivíduos e interações”, depois “processos e ferramentas”. O que acontece é que ao iniciarmos um negócio as diversas atividades pertinentes a ele sejam no desenvolvimento do produto ou do serviço sufocam a necessidade das prioridades e da organização do trabalho criativo. O empreendedor é um inovador, se o seu ambiente não inspirar criatividade com auto-organização sua produção será sufocada pelas práticas. A visão ágil abre os problemas da auto-organização e cria uma cultura de inovação e criatividade sem emperrar o trabalho. Agilidade traz ao empreendedorismo o complemento necessário para que o fazer seja realmente feito, é o encontro entre o recurso e a pessoa, suas competências e necessidades de inovação e criação. Você só saberá que sua idéia dará certo quando realmente incrementá-la, use o método para isso, estude e aperfeiçoe.
  • 14. 8. Erros e acertos Abra os seus problemas! De um lado você comete erros por perder oportunidades, de outro, você tem os acertos, alvos atingidos na incerteza, GOL! Acertar é primeiro conhecer como funciona a nossa capacidade de produção. É com erros e acertos que você vai seguir, inconseqüentemente. Não viver na ‘tentativa e erro’, não é isso. O momento não é favorável a uma atitude pequena, mesquinha. Você como empreendedor não pode errar por errar ou simplesmente porque esta tentando. O que o mundo espera de você e o que você precisa esperar do mundo é aprendizado, erre, tente, mas aprenda, sem medo. O empreendedor deixa de lado por vezes os seus absurdos, suas idiossincrasias, e enxerga apenas o que quer ver. Todos passam por atos empreendedores equivocados, e o melhor que pode ser feito é não errar na adoção de métodos, sejam tradicionais ou ágeis. Nossa capacidade de produzir com métodos orientados por processos e não por pessoas é limitada. Quando você produz orientado por processo, sua capacidade de análise está orientada ao processo. Se a sua orientação é para a pessoa, para o indivíduo, para você, portanto, você consegue prever situações em que a resposta que precisa ser dada, é diferente do que as respostas que o suposto processo possibilita. Processo é algo limitado. Você e sua capacidade empreendedora não têm limites, principalmente se você empreende olhando para frente, para o futuro. Abrir os seus problemas não significa mexer no processo, esqueça, isso é bobagem, perda de tempo, pois só mexendo com gente, com você mesmo é que abrirão os problemas e virão os acertos. Procure por soluções simples! Os erros e acertos são fáceis de escrever e apresentar em qualquer texto, o difícil é como analisarmos a realidade deles. O conhecimento não é nada sem habilidade para fazê-lo acontecer. Se você consegue errar e acertar, preferencialmente fazer mais acertos, com melhor planejamento, sem esquecer de visualizar seus erros de execução, a junção dos erros e dos acertos gera aprendizado. As pessoas dizem que poderiam ter feito mais se tivessem planejado melhor. Nada melhor do que uma verdade doméstica para confirmar esse dado empírico. Vamos ao exemplo: ir ao mercado sem uma lista de compras. Pergunto: É errado não ir com uma lista de compras ao mercado? É menos assertivo não tê-la? Não podemos ir ao mercado sem uma lista de compras, é certo que vamos deixar nossas sensações e desejos ludibriarem a nossas necessidades, estaremos cometendo um grave pecado, o da gula. Agora, se temos uma lista e dizemos para nós mesmos que esta lista é a prioridade para abastecer a geladeira é o que realmente precisamos, então estaremos no caminho certo. Até porque a economia será muito maior. Lembre-se dessa dica e encare-a como verdadeira para qualquer situação empreendedora. Desde lidar com um fornecedor ou com você mesmo sobre o
  • 15. que precisa ser feito para atingir um resultado, certamente você não precisa de um mercado inteiro para encantar um cliente ou conquistar um nicho. Ao saber que o planejamento é importante o empreendedor deixa de cometer um erro extremamente significativo, o da inconseqüência. Empreendedor inconseqüente é aquele que sabe da necessidade de planejar e enxergar soluções simples, todavia, ele não pára para analisar e sai cometendo erros e infortúnios. Faça mais para menos! É difícil responder a tantas perguntas sobre nossas atitudes quando comentemos erros, mas é fundamental destacar que empreender de forma ágil é um jogo de erros e acertos, e o indicador de resultados é a precisão com que você acerta seus alvos. Você precisa conhecer como criar e transformar seu conhecimento em ação, mas quando você cria seu processo partindo do auto- conhecimento é naturalmente mais fácil enxergar o que fazer. Seu processo criativo deve ser governado por você mesmo. Erros e acertos formam nossa experiência para a vida. Erre e acerte, mas cresça com consciência, com os pés no lugar certo procurando investigar sempre seus limites ao extremo. O empreendedor existe por uma razão simples, atender as necessidades de pessoas que compram seus produtos ou serviços. O empreendedor primeiro existe, depois define sua essência. Seguindo uma linha de pensamento existencialista o empreendedor tem dois motivos para errar e acertar: suas idéias e seus clientes. Fazer mais para menos num primeiro momento é enxergar a si mesmo, em essência. Depois, definir para que rumo seguir, quais clientes atender, por fim, quais planos por em ação.
  • 16. 9. Planos e negócios Alinhe a estratégia com a execução Seguir um plano, estudar, organizar, pensar, modelar, programar, escrever, projetar, simplificar, processar, engenhar, fazer, etc. Você conhece essa rotina? Tem um conhecimento avançado no assunto? Ou já está cansado de ler e ouvir dicas e temas sobre esses assuntos? Já sabemos da importância de ter um planejamento para enxergar o futuro e aprender e aproveitar as boas idéias, definir metas, escrever um plano. Essa “verborréia” toda é uma constante na vida empreendedora. Todo negócio precisa de um planejamento e você também precisa de um planejamento. O conceito da palavra negócio não é usado neste ensaio para caracterizar uma empresa, o uso deste termo neste ensaio estende o conceito para tudo que você faz na sua vida como um negócio. Encare tudo o que você faz como um negócio, seriedade ao definir planos e negócios é que trará confiança para que você gere valor para o que faz. Em uma empresa o conceito de negócio deve ser caracterizado como um sistema que amarra todas as atividades do serviço ou do produto. Portanto, para todo e qualquer negócios o planejamento é imprescindível e deve ser encarado como um sistema. Um dos valores ágeis preza a resposta às mudanças antes que seguir um plano. A interpretação que percebemos e identificada por outros agilistas sobre este valor é a de que não podemos ignorar a necessidade de um plano, seja por escrito, ou publicado, apostilado, na forma de cartões, post-its, papéis, cartolinas, afixados na parede. De diversas formas pode ser o seu plano, desde que seja um. Você não precisa de um plano B, construa o B no A! Você tem um plano? Seguir este plano de forma fixada é uma grande furada. Planejamentos com estratégias fixadas que norteiam a execução é o princípio do fim. Consultores, empresas e empreendedores vão até a morte com planos fixados. Outra premissa que encontramos muito é a velha história do plano A e do plano B. Imagine, sua estratégia é fazer um mergulho de 100 metros de profundidade (plano A). O seu plano B seria qual? Fazer um mergulho de 50 metros se você percebesse que o oxigênio não fosse o suficiente? Mantenha- se concentrado no plano A e dentro dele insira as variáveis e os caminhos, isso é minimizar risco, é estar preparado para responder a mudanças antes que seguir um plano. Ter um plano B é simplesmente dizer que o A é falseável antes mesmo de colocá-lo em prática. No momento em que nos deparamos com o oposto, ou seja, ‘eu não preciso de um plano, eu preciso responder às mudanças’, obtemos uma compreensão melhor do que realmente dificulta a realidade de um plano empresarial de ser executado. Vamos dividir nosso pensamento em planos complexos e planos sintéticos. O plano complexo tem o objetivo de orientar o desenvolvimento de uma empresa, o sintético tem o objetivo de orientar a criação de um jardim. Um
  • 17. plano sintético, não significa simplório, construir um jardim é uma atividade saborosa, inclusive o cultivo minhocas, são elas as responsáveis por consumir os alimentos crus e preparados. Mas o que tem a ver as minhocas com toda essa história de plano e negócios? Logo vem a explicação. Seguir um plano nos leva a uma conclusão árdua, muito trabalho, muito suor para atingir um resultado que você definiu como alcançável, ao testá-lo, colocá-lo em prática, você percebe que precisa estar preparado para mudar rapidamente, responder com agilidade ás mudanças necessárias. Imagine você recebendo o material da consultoria que contratou para ajudar a construir seu planejamento estratégico. Ao construir o planejamento estratégico tudo é uma maravilha, muita imaginação, sonhos, uma dinâmica perfeita e toda seqüenciada, mas ao final, depois de cinco dias de dinâmicas e reuniões cansativas, muita coisa já mudou e o ‘plano’ que você elaborou com a ajuda de especialistas não está de acordo com a realidade prática que você precisa para o dia de amanhã. É nesse ponto que as minhocas desempenham papel fundamental, enterre o planejamento estratégico para elas, elas vão adorar e devorar o seu plano como ninguém. Teste a eficácia de seu plano como num jogo! No plano complexo a vida corre a mil por hora e a capacidade que o individuo tem de raciocinar em ambiente de velocidade e tomada de decisões urgentes, para ontem, é pequena, ínfima. O erro não está em planejar e pensar sobre as coisas que precisam ser feitas. O erro está em não encontrar uma maneira de disciplinar o caos em que o plano está inserido. Como empreendedor você recebe uma carga diária de problemas que precisam ser resolvidos, esses problemas ou geram ruído para o seu plano ou são informações importantes que precisam ser levadas a sério, por vezes são sinais importantíssimos que precisam ser analisados. No momento exato em que é preciso enxergar o plano, as respostas que você precisa dar impendem que você o acompanhe. Entregue para as minhocas todas as orientações práticas de ‘como obter sucesso com o planejamento estratégico empresarial’. Passe a priorizar as respostas que precisam ser dadas para então seguir construindo o seu plano. No plano sintético a decisão é sua se ele será complexo ou não. Construir um jardim parece tarefa fácil, principalmente se você tem um minhocário produzindo terra fértil para dar vida às plantas. O complexo e o sintético fazem parte de como você enxerga o tamanho do seu problema. A prática do empreendedorismo é rodeada de métodos que não ajudam corretamente o empreendedor a resolver seus problemas. O maior problema ao começar a empreender é o de perceber que existem diversos problemas pequenos, quando priorizados e focados de maneira correta, seriam solucionados. Entretanto, nossa mente tem a visão do plano complexo, e não do sintético. Sempre que você procura responder a uma situação caótica, como atender a uma necessidade de um cliente, geralmente, ocorre o abandono de ouvir o que o cliente quer e daquele momento em diante parece que esquecemos de todo o resto para apenas resolver aquele problema. Na construção do jardim duas necessidades são básicas, terra boa e água na
  • 18. medida certa e isso deve ser constante, não pode falhar. Da mesma forma, abandonar tudo para atender o que o cliente precisa pode ser uma ação incoerente ou extremamente certeira, o que precisa estar claro é que respostas precisam ser dadas. O sintético e o complexo necessitam um do outro! O que você vai fazer com o seu plano é problema seu, o propósito aqui é mostrar que um plano pelo simples fato de ser um papel, sem desenvolvimento, deixa de ser assertivo. Prepare o plano diante da necessidade de resposta à mudança ou, para o que precisa ser resolvido hoje e que não pode esperar para amanhã. O seu plano nunca estará pronto para dar respostas ao seu problema. É nesse momento que ele abandona você, ele não tem a resposta para suas dúvidas. Ele já era, expirou! Os negócios começaram a mudar quando você parar de criar planos e passar a administrar idéias orientadas pela visão maior das necessidades e sonhos. Você desenha o plano e busca segui-lo, afinal, é a orientação que sempre encontramos em livros e sites especializados sobre empreendedorismo. O que dá errado? Não ter um plano realmente adaptável, mutável, pronto para rupturas. Os planos e os negócios não são perfeitos, mas o que deve ser perfeito é a capacidade de executá-los.
  • 19. 10. Morte ao Planejamento estratégico Não pare para responder seu plano, pratique-o! “Responder às mudanças” é premissa de maior importância para se executar um negócio e deixá-lo atualizável. O empreendedorismo por si só não caminha sozinho, ele precisa de um plano de negócios. De forma tradicional, esse plano é executado pelo “Planejamento Estratégico”, um processo que orienta a necessidade de alimentar as estratégias de ataque ao mercado e de alinhar a equipe para a execução das atividades. O planejamento estratégico tradicional é estruturado de forma geral pelos seguintes artefatos: definição do negócio, missão, visão, valores, análise de ambiente interno e externo, formulação das estratégias, objetivos, metas, projetos e plano de ação. De um lado você tem o plano, de outro você tem o negócio, o que gera valor mais rápido ao projeto, o plano ou o negócio? Se a resposta é ‘o plano’, concentre-se em deixar o seu plano em movimento. Se a resposta é ‘o negócio’, significa que você já tem algumas respostas para testar junto ao seu cliente, seu alvo ou seu mercado econômico de atuação, isso é muito melhor que pensar que o plano gerará mais valor que o negócio. O assunto planejamento estratégico é muito abordado sobre sua responsabilidade e formas de desenvolvimento. O ponto chave quebrado pelos métodos ágeis está no modo de planejar. Para o “empreendedor tradicional” o planejamento estratégico é o centro de tudo. Tradicionalmente encaramos o planejamento estratégico como um processo a ser executado e ele vem de cima (dos donos do negócio) para baixo (os funcionários do negócio). Mesmo que não exista na sua realidade essa hierarquia, o planejamento estratégico vem de fora (mercado) para dentro (sua realidade). A partir do momento em que tiramos do quadrado todas as idéias e motivações pertinentes ao planejamento estratégico e jogamos para um ambiente de práticas ágeis, a transformação dentro da empresa começa a fazer sentido, pelo simples fato de que você definitivamente consegue ver a estratégia alinhada com a execução. O planejamento estratégico morreu, manter o seu negócio sobre a filosofia por trás desta ferramenta tradicional, medonha, não é mais coerente. Em janeiro deste ano, participei de uma oficina de construção de planejamento estratégico ministrada por consultores com visão tradicional. A dinâmica começou com a definição da missão da empresa, depois de concluir a missão, partimos para os valores. Ao término, abrimos discussão para a visão de futuro da empresa, definida para os próximos cinco anos. Para que tudo isso acontecesse, 4 dias e discussões de mais de quatro horas foram necessárias. Concluída a visão, o assunto foi a definição do negócio. Uma parada para a análise SWOT, destacando o ambiente externo e o interno e, por fim, o mais importante de tudo, os objetivos e metas, que compreende a estratégia. O mais legal da dinâmica foi perceber como um processo linear é lento e improdutivo, pois no dia seguinte, quando precisávamos preencher o plano de ação, emperramos na identificação das tarefas, visto a quantidade de objetivos e metas destacados no planejamento estratégico. Ou seja, foram lançadas tantas idéias pertinentes e impertinentes que identificar por onde começar era o mesmo que procurar a velha agulha enferrujada no palheiro que
  • 20. já apodreceu. Vou explicar melhor. O planejamento estratégico linear, que aqui estou chamando de ‘tradicional’, melhor dizendo, ‘cascatão’, segue uma seqüência em que uma etapa só pode ser iniciada após o término da outra (linear). Essa seqüência dificulta o raciocínio e a aplicação prática das estratégias. Como o planejamento é pensado em longo prazo e ele tem por princípio afunilar os prazos, quando tudo o que foi planejado precisa ser executado, colocado em prática, a implantação não acontece, porque fica quase impossível executar algo pensado separado da prática. Vá para a ação o mais rápido que puder! Diante do impasse de ver tantos empreendedores sofrendo com o modelo linear, decidi elaborar minha própria teoria sobre esse assunto e criei o AEX – Alinhamento Estratégico Executivo. O AEX propõe que você modele seu planejamento em quatro níveis de estratégias: 1. intencionais, 2. emergentes, 3. incrementais e 4.iterativas. O segredo por trás de jogar fora o antigo modelo de planejamento estratégico está em conseguir fazer a estratégia e a execução da estratégia andarem de mãos dadas, entrelaçadas. O modelo que substituí o ‘cascatão’ é o em espiral. Imagine o movimento da hélice de um liquidificador, jogue tudo o que pode contribuir para seu negócio dentro e ligue na máxima potencia. Viva dentro deste ambiente e entenderá o que é um planejamento estratégico em espiral. Detalhe: deixe a tampa aberta para que o mundo corra pela mistura. Gráfico ilustrativo do AEX!
  • 21. Não separe o pensamento da prática! Para exemplificar bem como o manifesto ágil interfere na adequação das estratégias, vamos à metáfora do Bolo Xadrez. Um jogo que sempre me deixa intrigado é o Xadrez, é uma mistura de estratégia, tática e operação muito sinérgica. O jogo de Xadrez é composto por vários personagens com diversas responsabilidades e funções. Alguns são especializados e com estratégias específicas para cada jogada. Outra coisa de me deixa inquieto é qualquer receita de doces, tortas e bolos com muito açúcar. Meu problema não é quanto a comer o doce, mas em fazê-lo. Eu sei cozinhar molhos salgados, as combinações são simples e naturais, fazer bolos ou pratos doces foge da minha competência. Certa vez misturei essas duas situações que me geram ansiedade e joguei num liquidificador, o bolo doce e o jogo de xadrez. Cheguei a um lugar complexo que não deve ser o melhor exemplo comparativo sobre a ansiedade, mas acho que dá para ter uma noção. O Bolo é um composto de misturas que gera um resultado final muito delicioso após passar por um processo de aquecimento. Cada ingrediente tem seu papel, responsabilidades e funções específicas, combinados geram uma força incomparável e competitiva na ótica da culinária. Vamos fazer um esforço imaginativo e comparar você empreendedor a um bolo doce qualquer. E vamos imaginar o empreendedor jogando Xadrez, enfim, o que é mais fácil para você: fazer um bolo ou jogar Xadrez? E que tal jogar os dois dentro de um liquidificador? Combine os ingredientes, cultive o longo prazo e ganhe constância! Se você buscar entender como seu processo de criação funciona, fizer uma análise planejada, buscar auto-gestão, você terá os fundamentos para auxiliar na estruturação do seu movimento ágil de produção. Idéias e motivações devem ser cultivadas no longo prazo, é como fazer uma receita de bolo ou pensar em uma estratégia de Xadrez. Você concentra suas idéias em um mapa mental, separa as tarefas em uma receita inicial, faz a primeira tentativa de combinar ingredientes com estratégia de defesa e você terá o resultado. Fazer um bolo requer sabedoria para priorizar e combinar ingredientes. Jogar Xadrez exige conhecimento profundo de estratégia em ataque e defesa, caso contrário você morre. Para fazer um bolo e se tornar um grande chefe de cozinha comece a criar seu método de ‘como elaborar minhas receitas’. Você será um grande enxadrista se estabelecer seu método de estudo e aperfeiçoamento. Nossas idéias estão na receita de bolo que você vai por em prática. Nossa motivação é o cheque mate que você precisa dar para renovar a esperança. O liquidificador é o tabuleiro ou a máquina de bater bolos e sobremesas que faz do movimento uma mistura perfeita para criar e produzir ações alinhadas com sonhos. Você é o liquidificador. O efeito liquidificador é o segredo que seu método empreendedor precisa para conquistar resultados fora da casinha.
  • 22. 11. A moeda da guerra E agora, o que eu faço? O seu negócio e a sua organização são as mesmas coisas, essa condição é necessária para começar a fazer alguma coisa. Sua família, sua história, sua vida, tudo, se é que existe tudo, deve contemplar um negócio apenas e fazer parte do mesmo plano, da mesma estratégia. É assim que funciona. O negócio é você, o plano é você, e tudo isso é um grande somatório que vamos chamar de estratégia. No dicionário encontramos a definição de estratégia como a ‘ciência de organizar e planejar as operações de guerra’. A moeda da guerra é a sua estratégia e você precisa fazer da vida uma guerra prática contra a inoperância de modelos que não motivam você a prosseguir. Como empreendedor aceitar tudo o que dizem, não criticar, não guerrear é pior que dar um tiro no pé, levante e comece a praticar. O que tem gerado resultado para iniciar projetos empreendedores ágeis? Iniciar um projeto é como ir ao supermercado fazer compras ou como executar a receita de um bolo. É como preparar um gigante jardim. É necessário enxergar o que se procura para atingir o resultado final. Em projetos empreendedores ágeis o primeiro passo é amar a execução mais que o plano. Planejar detalhadamente é essencial, modelar o processo e executar são a prioridade. Você adquire habilidade para executar com a prática contínua sem deixar de lado o plano. Alinhar a habilidade para executar ao plano é o segundo passo. Para atingir o resultado inicial com seu novo projeto empreendedor chegamos ao terceiro passo, o da agilidade visual. Paixão e habilidade para executar dependem dos ângulos de como você vai fazer a execução se comunicar com plano. O quarto passo é ter certo o que precisa ser visto por você para que seu projeto empreendedor venha a funcionar. A etapa da agilidade visual é a de maior importância, pois o objetivo dela é modelar através de quadros brancos, post-its, cartões e diversos outros recursos o processo de execução das estratégias. No quinto passo, após a montagem do quadro, do processo desenhado e estruturado, o empreendedor começa o esvaziamento da mente. A identificação do empreendedor com as suas idéias, sonhos e devaneios passa nesse momento por uma transformação e tudo o que for explícito, ou seja, colocado para fora da mente passa a ser tratado como estratégia de negócio. O
  • 23. conhecimento pessoal do empreendedor é transformado em conhecimento organizacional para o negócio como um todo. O sexto passo é o mais crítico. Após esvaziar a mente e enxergar todas as estratégias de forma geral chega o momento de definir o processo estratégico, é a hora de começar a executar. Nesse momento vamos dividir a estratégia em intencional e emergente. Estratégia intencional é aquela com intenção organizacional que tem um prazo maior para acontecer de um a três anos. A estratégia emergente é a estratégia com critérios urgentes, necessariamente não possuem uma intenção organizacional, emerge da base, do dia-a-dia. No quadro abaixo você tem um modelo para começar e colocar os seis passos até aqui apresentados em prática. Comece com as estratégias intencionais. Chame o seu sócio ou a sua equipe de gerência e jogue as idéias organizacionais da sua empresa por meio de post-its dentro do quadro sugerido. Em seguida, para as estratégias emergentes, a dica é que você chame todas as pessoas da empresa para uma dinâmica de planejamento e comece perguntando para todos quais são as necessidades operacionais que precisam ser organizadas dentro do prazo de 90 dias. Ao cruzar as duas ações intencionais (6 meses a 1 ano), com as emergentes (90 dias), você terá uma síntese do planejamento estratégico empresarial. Evidentemente que é uma maneira rápida, simples e funcional de elaborar um planejamento estratégico.
  • 24. Ao executar os passos e contemplar a criação do quadro das estratégias o intencionais e emergentes, você pode avançar para o segundo estágio. Nes Neste momento você vai olhar para os dois quadros e perguntar, certo, mas e daí? É a hora de iniciar o sétimo passo a operacionalização das estratégias. Para passo, isso vamos criar mais dois quadros de estratégias, as incrementais e as ncrementais iterativas. Você está diante das estratégias emergentes e precisa colocá colocá-las em execução. O oitavo passo é movimentar as ações que derivam das emergentes e priorizar as iniciativas para as estratégias incrementais 30 dias. incrementais, No oitavo passo vamos puxar as ações que serão executadas nos 30 primeiros dias. Ao definir quais são as emergências, afunilamos as ações ações. O nono passo é afunilar mais ainda. Das iincrementais de 30 dias, vamos para as iterações e definir o que precisa ser feito para que o incrementos os aconteçam com efetividade. O alinhamento definitivo será com as iterações a serem feitas para as semanas, dividindo as estratégias incrementais em ações s ncrementais iterativas com períodos menores. Ao puxar os incrementos e direcioná direcioná-los para a execução em períodos de 1 a 4 semanas, fica fácil perceber quanto tempo será necessário para que as estratégias sejam executadas. Para as ganharem força e promoverem maior valor ao negócio elas precisam ser quebradas em tarefas menores. Em linhas gerais, suas idéias estarão organizadas como sugerido na figura abaixo.
  • 25.
  • 26. Agora, chegamos ao décimo passo é hora de colocar as tarefas derivadas passo, das ações estratégicas para funcionar, fechar o ciclo completo das estratégias, é hora do quadro de movimento das tarefas O décimo passo é opcional, pois tarefas. não precisamos necessariamente gerir as tarefas com um processo visual, mas para garantir maior eficiência, abaixo segue o modelo de gestão visual para execução das tarefas. É importante ter sempre em mente o movimento que existe por trás de todas as ações estratégicas, a figura abaixo ajuda a visualizar o ciclo para que todas as iniciativas derivadas do modelo sugerido sigam um fluxo contínuo de melhorias, adaptações e inspeção.
  • 27. 11. Conclusão Para finalizar este ensaio, e como conclusão geral, destaco algumas questões. Quando é que você empreendedor vai cair na real e entender que plano é uma coisa só? Até que ponto as características atuais da sua organização contribuem com a introdução de novos métodos produtivos, inovadores? O empreendedor tem em essência a inovação. Inovação é destruição do antigo para o novo. Vamos continuar aceitando que métodos tradicionais invadam nossas empresas e criem barreiras inoperantes sem observar novos estilos? O pensamento linear é contraproducente, já está claro para muitos, todavia, algumas empresas e empreendedores mantêm a visão de que o ‘cascatão’ funciona melhor que qualquer outra coisa. Em qual momento essa característica vai prevalecer? Até quando você manterá o planejamento estratégico como imortal? A potencialização de competências empreendedoras ágeis pode contribuir com o aumento do capital social e influenciar no desenvolvimento socioeconômico? Estamos diante de um novo tipo de ‘fazer empreendedorismo’, com estratégias incrementais, iterativas e de ruptura? Inúmeros profissionais já internalizaram a agilidade e valores do manifesto e estão aplicando em seu dia-a-dia, serão esses os indicadores de uma tendência histórica de mudança no comportamento empreendedor, com a incorporação de novas práticas de gestão? O estímulo prático interativo, originado pelo manifesto ágil promoveu o aumento da colaboração entre profissionais praticantes dos métodos ágeis, os agilistas? Empresas ágeis estão nascendo, com equipes democráticas que em essência, transformam o simples e o enxuto em habilidades naturais, essa é uma perspectiva de mudança decisiva e sem retorno para uma nova classe trabalhadora criativa? A sociedade organizada está mudando sua postura tradicional diante das inúmeras técnicas de gestão que nascem em ambientes ágeis e inovadores? Num primeiro momento, a governança, ou a classe politicamente dominante, evitará incorporar métodos ágeis por não acreditar, não testar e não confiar na mudança. Num segundo momento, o comportamento ágil impactará diretamente na melhoria social dos indivíduos sendo impossível a não incorporação das práticas ágeis. Num terceiro momento, diante do método internalizado, o direcionamento para um ambiente democrático será inevitável. A conclusão deste ensaio está por vir. Neste momento o foco principal é levantar estes questionamentos e mostrar uma quebra real que já foi simulada, testada e aplicada em ambiente empreendedor. Não temos outro caminho a não ser manter a busca contínua por melhorias e novas práticas de sucesso.
  • 28. “... a questão crucial é: “O que vem em primeiro lugar?”, e não: “O que deve ser feito?” Geralmente há um acordo substancial quanto ao que deve ser feito, mas sempre há desacordo quanto ao que deve ser feito em primeiro lugar.” Peter Drucker 12. Notas - Estratégias Adaptativas Na HSM nº 70, ano 12, volume 5, Setembro e Outubro de 2008, foi publicado o artigo Aprendendo com os programadores, escrito por Keith Mcfarland, autor do livro Uma Empresa Extraordinária. O artigo foi publicado inicialmente no MIT Sloan Management Review, com o título Should You Build Strategy Like You Build Software? Na tradução para a publicação brasileira o título ficou “Aprender com os programadores”. Mcfarland destaca o “paradigma adaptativo”, referenciando o grupo de veteranos do setor de software que se reuniram para “examinar os pontos em comum das abordagens emergentes para os desafios da área.” Dos pontos em comum Mcfarland destacou dois “igualmente aplicáveis à estratégia”. Mcfarland observa que “a estratégia é o código-fonte da empresa, de que tudo o mais depende”. A partir do momento em que este artigo é publicado, solidifica-se um referencial científico para atestar “três assuntos principais que emergiam” “A importância de um modelo em Espiral, em oposição à abordagem linear. A relevância de organizar o planejamento estratégico em torno de pessoas e não de processo. O reconhecimento de que, em uma estratégia, não há fórmula mágica.” Links para ler o artigo: Português aqui - Inglês aqui
  • 29. - Estrutura Científica do Empreendedorismo ágil Ao longo de 2 anos estudando e praticando o pensamento ágil criei esta estrutura para melhor identificar o assunto.
  • 30. 13. Bazaar Um ensaio de muita inspiração é A Catedral e o Bazar, do livro The Cathedral and the Bazaar, do autor Eric S. Raymond, que você pode ler no link aqui. O livro orienta profissionais de software para que façam a entrega de seus produtos aos poucos, como um bazar e, que não fiquem imaginando construir uma catedral maravilhosa para então entregar o produto para o mercado. Este ensaio segue o modelo Bazaar, com entregas pequenas, mas contínuas, até que o livro ganhe corpo a ponto de promover uma estrutura científica. Para que este ensaio cresça e se desenvolva a sua participação é fundamental. Envie suas sugestões, críticas e, principalmente, sua contribuição com o empreendedorismo ágil. Seu relato empreendedor e suas práticas ágeis serão inseridos na estrutura do texto. Contato através do e-mail jgonzatto@gmail.com Twitter @Jgonzatto e @empreendagil ou pelo site http://empreendedorismoagil.com.br.
  • 31. 14. Agradecimentos Não tenho ao certo a quantas pessoas devo agradecer. Positivamente ou negativamente muitas pessoas participam do universo de um empreendedor, se você sabe o que leva sua imaginação em frente, certamente manterá o foco. Às pessoas que me ajudaram a manter o foco e as tantas que mostram o caminho errado, eu agradeço. De forma geral agradeço as pessoas que apoiaram a construção deste ensaio, especialmente a Comunidade Ágil do Brasil com suas contribuições através das listas de discussão, e-mails e bate-papos. Aos inúmeros amigos, estudantes, parceiros, colegas de trabalho, consultores, empresários, empreendedores que acreditaram em minhas idéias e possibilitaram a publicação deste ensaio. A minha esposa Cariane e a minha filha Julia, agradeço pelo amor, alegria e entusiasmo com que me estimulam a pensar e a escrever, obrigado!