Este documento resume as principais ideias apresentadas em uma reunião entre pais e educadores sobre alfabetização no 1o ano. Em 3 frases ou menos:
1) A alfabetização é entendida como um processo contínuo de construção de hipóteses pelas crianças, não como uma aquisição de habilidades prévias.
2) As práticas de alfabetização no colégio envolvem a criação de um ambiente alfabetizador, o desenvolvimento do repertório e comportamento leitor e escritor das crianças.
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10. Na minha época, a alfabetização era tão diferente!
Como o CIMAN trabalha a alfabetização?
Quando meu(minha) filho(a) vai começar a ler e a
escrever?
Por que meu(minha) filho(a) traz tarefas para casa que
envolvem a escrita se ele ainda não está totalmente
alfabetizado?
Eu vi, no mural da sala do meu filho, algumas produções
de crianças com palavras escritas “errado”. Por que isso
não é corrigido?
Meu filho, quando vai escrever do “seu jeito”, deixa de
colocar algumas letras na palavra. Por que isso
acontece?
Como devo orientar as tarefas de casa?
11.
12. OBJETIVOS DA REUNIÃO
1- APRESENTAR
COMO ENTENDEMOS
A ALFABETIZAÇÃO
NO COLÉGIO CIMAN
13. OBJETIVOS DA REUNIÃO
2- COMPARTILHAR
ALGUMAS PRÁTICAS
DE ALFABETIZAÇÃO
UTILIZADAS NO
CIMAN
14. OBJETIVOS DA REUNIÃO
3- SUGERIR AÇÕES E
POSTURAS
(PARA A FAMÍLIA) QUE
PODEM COLABORAR
COM O PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO
15. Paradigma
VER
OBTER FAZER
Resultado
Comportamento
Fundamentos Franklimcovey.comr
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18. DURANTE ALGUM TEMPO, ERA
IMPOSSÍVEL FALAR DE
ALFABETIZAÇÃO SEM FALAR EM
PERÍODO PREPARATÓRIO E EM
TORNAR A CRIANÇA PRONTA PARA A
APRENDIZAGEM (“PRÉ-ESCOLA”)
19.
PARADIGMA ANTERIOR
ACREDITAVA-SE QUE
O TREINO DE HABILIDADES,
AS “APRENDIZAGENS PRÉVIAS”,
E OS PRÉ-REQUISITOS
DARIAM LUGAR ÀS “VERDADEIRAS”
APRENDIZAGENS (POSTERIORES).
21. QUEBRA DE PARADIGMA
CONSTRUTIVISMO
APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS
(NORMATIVAS)
x
APRENDIZAGENS
NÃO CONVENCIONAIS
( NÃO NORMATIVAS)
22. “SENDO CAPAZES DE ACEITAR COMO
APRENDIZAGENS AS RESPOSTAS
NÃO NORMATIVAS DAS CRIANÇAS,
ENTÃO, PODÍAMOS VER QUAIS OS
ANTECEDENTES QUE FAZIAM PARTE DA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.”
Ana Teberosky
23. O TRABALHO PEDAGÓGICO DO
CIMAN, INCLUSIVE DO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO,
TEM O FOCO NA
APRENDIZAGEM DA CRIANÇA.
24. A APRENDIZAGEM É
ENTENDIDA COM UM
PROCESSO CONTÍNUO DE
DESENVOLVIMENTO.
25. “...POR TRÁS DA MÃO
QUE PEGA O LÁPIS,
DOS OLHOS QUE OLHAM,
DOS OUVIDOS QUE ESCUTAM,
HÁ UMA CRIANÇA QUE PENSA"
(EMÍLIA FERREIRO)
26. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
1- DESVENDAR O SISTEMA
ALFABÉTICO DE ESCRITA, OU SEJA,
DESCOBRIR COMO É POSSÍVEL, COM
UM NÚMERO LIMITADO DE LETRAS
(O ALFABETO), REPRESENTAR UM
NÚMERO INFINITO DE PALAVRAS.
27. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
2- COMPREENDER A
TRANSFORMAÇÃO DE MARCAS
GRÁFICAS EM LINGUAGEM
(O ATO DE LER ENVOLVE A
DECOFICAÇÃO E A ATRIBUIÇÃO DE
SIGNIFICADO).
28. ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
APODERAR-SE DE
UM SISTEMA DE GRAFIA
QUE ENVOLVE RECONHECER
E, PROGRESSIVAMENTE,
ESTABELECER RELAÇÕES
GRÁFICAS, SONORAS E
ORTOGRÁFICAS.
29. AS CRIANÇAS
Têm muitos conhecimentos adquiridos ao
longo da vida.
Têm histórias de vida (e de aprendizagens)
diferentes.
30. AS CRIANÇAS
Pensam e, portanto, são capazes de pensar
sobre o que precisa ser feito, sobre o que
fazem ou sobre o que queriam fazer.
Aprendem quando são convidadas a
pensar/repensar sobre suas ações e
produções.
35. A criança constrói HIPÓTESES,
resolve problemas e elabora
conceituações sobre o escrito – um
processo que permite construções
não convencionais (não
normativas).
37. Hipótese pré-silábica
Ausência de correspondência entre
letras e sons.
Sem fazer nenhum tipo de análise,
elas escrevem uma série de marcas
gráficas (letras ou não) e depois “leem-
nas”.
38.
39.
40.
41. Hipótese silábica
A criança descobre que as partes do escrito
(suas letras) podem ser controladas por
meio das sílabas da palavra.
As letras que utiliza podem ou não ser
pertinentes sob o ponto de vista do valor
sonoro; no entanto, sempre há uma
correspondência entre quantidade de
sílabas e quantidade de letras.
42. Uma letra para representar
cada sílaba...
GRALHA
MACHUCADA
48. Hipótese Silábico-alfabético
A criança começa a superar a
hipótese silábica e avança para a
hipótese alfabética, podendo
“misturar” as duas hipóteses na
mesma palavra ou produção.
A criança pode escolher as letras de
forma ortográfica ou fonética.
49. Oscilando entre usar uma letra para representar cada
sílaba e a representação da sílaba completa...
CARINHOSO
51. O QUE QUER DIZER?
PENTEAR A JUBA
CABELO ARREPIADO PRECISAVA PENTEAR
52. O QUE QUER DIZER?
ACORDA PREGUIÇA!
PRECISA ACORDAR SAIR
DA CAMA
53. O QUE QUER DIZER?
BAFO DE ONÇA
FEDOR NA BOCA
ESCOVE O DENTE
54. Oscilando entre usar uma letra para representar cada
sílaba e a representação da sílaba completa...
O ESMALTE SERVE PARA PINTAR A UNHA
ELE TAMBÉM SERVE PARA
FICAR CHIQUE PARA
IR PARA UM BAILE
56. Hipótese alfabética
Caracteriza-se pela correspondência
sistemática entre letras e fonemas,
mesmo que, muitas vezes, a ortografia
não seja convencional.
63. AO APROPRIAR-SE DA HIPÓTESE ALFABÉTICA, A
CRIANÇA VAI INSERINDO, PROGRESSIVAMENTE,
ASPECTOS ORTOGRÁFICOS EM SUA ESCRITA.
64. Podemos entender o processo de
aquisição da escrita pelas crianças
sob diferentes pontos de vista.
65. Oponto de vista mais comum é o de
que a escrita é imutável e deve seguir o
modelo "correto" do adulto.
APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS
(NORMATIVAS)
66. O ponto de vista da psicogênese da
língua escrita
é o de que ela é um objeto de
conhecimento, que leva em conta as
tentativas individuais infantis .
O “erro” é construtivo – demonstra um
processo de construção.
APRENDIZAGENS NÃO CONVENCIONAIS (NÃO NORMATIVAS)
67. Então, vamos deixar a criança fazer
do seu jeito, escrever do seu jeito,
não se preocupar com os erros,
deixar que ela vá aprendendo
sozinha, no seu ritmo?
68. NÃO!
Não é porque a criança participa de
forma direta da construção do seu
conhecimento que não é preciso
ensiná-la.
69. Nessa perspectiva, ENSINAR é
organizar atividades e intervenções
que favoreçam a reflexão da criança
sobre a escrita, porque é pensando
que ela aprende.
AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
70. Aspectos em que a
criança precisa
pensar/refletir
quando é convidada
a escrever
71. O que quero escrever?
Como se escreve?
Quantas letras usar?
Quais letras usar?
Como se fazem essas letras?
Na segmentação dos espaços em branco.
Na relação fonema-grafema.
Para que/quem estou escrevendo?
Quem ler o que escrevi vai entender?
72. 2
PRÁTICAS DE
ALFABETIZAÇÃO UTILIZADAS
NO CIMAN
(FAZER)
74. Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
INVESTIR NA FORMAÇÃO DE REPERTÓRIO
(identificação das letras, registro das
letras, relação entre letras, palavras
estáveis, vocabulários significativos,
histórias preferidas, poesias, músicas,
etc..)
75. Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
PROMOVER ATIVIDADES QUE
FAVOREÇAM O DESENVOLVIMENTO DE
UM “COMPORTAMENTO LEITOR”
(escuta de textos mais elaborados – leitura em
capítulos feita pela professora, leitura
compartilhada, manuseio constante de material
de literatura, visita à biblioteca, leitura de
textos memorizados, consulta às listas da sala
etc..)
76. Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
PROMOVER ATIVIDADES QUE
FAVOREÇAM O DESENVOLVIMENTO DE
UM “COMPORTAMENTO ESCRITOR”
(uso da escrita como ferramenta de
comunicação, registros de diversas
situações vivenciadas pela turma,
produção de textos coletivos, etc..)
78. O DA CRIANÇA É PENSAR E ENCONTRAR
SOLUÇÕES QUE A AJUDEM A RESOLVER O
PROBLEMA. ESSE PROCESSO PERMITE A
AMPLIAÇÃO DA SUA HIPÓTESE.
79. Exemplo de uma possibilidade de
mediação pelo professor para intervir
na hipótese da criança.
Escrita inicial da criança para a palavra
BORBOLETA. Hipótese silábico-alfabética.
Desafio proposto pela professora —
B_R__ _L_TA Cada tracinho que você está vendo é uma letra
que você terá que descobrir (pensando) qual é,
pois faz parte dessa palavra.
Escrita final da criança. .
80. PARA NÍVEIS DIFERENTES, OBJETIVOS
DIFERENTES.
PARA OBJETIVOS DIFERENTES,
INTERVENÇÕES DIFERENTES E
DIVERSIFICADAS.
90. REVER O TRATAMENTO DADO
E A FORMA DE REAGIR
DIANTE DO “ERRO”
DA CRIANÇA.
91. Quando a criança “erra”, NÃO é interessante:
criticá-la ou demonstrar aborrecimento por ela ter
“errado” (ter em mente que ela está aprendendo);
compará-la com outras pessoas que “erram menos”
(irmãos, colegas, primos, com a mãe ou com o pai
quando eram crianças);
“desautorizar” a criança e toda a sua produção por
causa dos “erros” – sua produção se baseia em uma
hipótese sobre a escrita (aprendizagens não
normativas / convencionais).
92. Quando a criança “erra” é interessante:
perceber e verbalizar o que ela “acertou”
(ter em mente que ela está aprendendo);
desafiá-la, por meio de questionamentos, a
refletir sobre o que fez e o que pretendia fazer;
fornecer informações complementares;
problematizar e/ou desafiá-la a revisar sua
produção e a tentar novamente;
93. INVISTIR NA FORMAÇÃO
DE
POSTURAS DE ESTUDANTE
Aspectos que precisam
ser valorizados:
horários, presença, compromissos
e deveres (tarefas, leitura, etc..)
regras da escola, etc..
94. TAREFAS DE CASA – 3 GRANDES OBJETIVOS
1 REVISITAR CONTEÚDOS QUE JÁ FORAM VISTOS NA
ESCOLA (ACOMPANHAMENTO PELA FAMÍLIA).
2 ATUAR COM AUTONOMIA. ( FORTALECER A
AUTOESTIMA. INCENTIVAR A PREOCUPAÇÃO COM A
QUALIDADE DA PRODUÇÃO).
3 ASSUMIR RESPONSABILIDADES COMO ESTUDANTE
(PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO).
95. E NAS TAREFAS DE CASA, COMO AJUDAR?
DEFINA E PREPARE UM LOCAL ADEQUADO.
ORGANIZE ROTINA (CRITÉRIOS) E HORÁRIOS.
A TAREFA É DA CRIANÇA – ENSINE-A A
RESPONSABILIZAR-SE POR ELA.
A TAREFA É REFERENTE A ALGO QUE ELA JÁ
VIVENCIOU/APRENDEU NA ESCOLA.
96. E NAS TAREFAS DE CASA, COMO AJUDAR?
DIFERENCIE “AJUDAR” DE “FAZER POR”.
OUÇA COM ATENÇÃO E, SEMPRE QUE
POSSÍVEL, “DEVOLVA” AS PERGUNTAS DA
CRIANÇA SOBRE A TAREFA AO INVÉS DE DAR
RESPOSTAS PRONTAS.
VALORIZE AS PRODUÇÕES DA CRIANÇA.
SEJA CUIDADOSO AO FAZER COMENTÁRIOS.
98. É IMPORTANTE QUE A CRIANÇA
TENHA, EM DIFERENTES MOMENTOS,
CONTATO COM DIVERSOS MODELOS
DE LEITOR.
LEIA PARA ELA.
LEIA COM ELA.
LEIA PERTO DELA.
LEVE-A À LIVRARIA.
103. DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA NO DECORRER DO 1o ANO
Refletir sobre o código escrito, avançar em
suas hipóteses.
Reconhecer e empregar letras e fonemas
adequados ao que quer escrever.
Transformar, progresivamente, a escrita
“hipotética” em escrita “alfabética”.
104. DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA, NO DECORRER DO 1o ANO
Ter habilidade para se comunicar por escrito.
Ter habilidade para decodificar e interpretar
textos escritos.
Ler e atribuir sentido ao que foi lido.
Associar, progressivamente, algumas
características ortográficas à escrita das palavras.
105. Produzir textos de autoria, com uma
função social definida e com “leitores de
verdade” (projetos).
Conhecer e utilizar alguns elementos
básicos de organização textual e pontuação.
Desenvolver habilidades para revisar o que
escreveu.
Conhecer, identificar, traçar corretamente
e utilizar a letra cursiva.
109. O que é necessário para
construir uma história de
sucesso na alfabetização?
110. O(A) protagonista – um(a)
pequeno(a) aprendiz inteligente,
que realiza inferências, que
estabelece relações, que procura
explicações, que pensa sobre o que
faz.
111. Cenários (casa/escola)–
ambientes (alfabetizadores)
ricos, estimulantes e organizados
intencionalmente para que a
aprendizagem se estabeleça da
melhor maneira possível.
112. Os (As) coprotagonistas –
pais e professores que se interessam pelo(a)
pequeno(a), a quem ensinam, que dele(a)
se ocupam e o(a) ajudam a crescer.
Pessoas solícitas, atentas, intuitivas,
instigantes, questionadoras, exigentes (não
intransigentes) e apaixonadamente
interessadas pelo que a criança faz, diz e
pensa.