1) A primeira lente escura foi usada pelo imperador Nero no século I e o primeiro par de óculos surgiu na Alemanha no século XIII; 2) As lentes coloridas tornaram-se moda nos anos 1970 e hoje as mais usadas são verdes, marrons, cinzas e pretas; 3) O violino evoluiu de instrumentos como a rebec e a vielle na Itália entre os séculos XVI-XVII, sendo criado por Gasparo de Salò.
1. História dos óculos de sol
A primeira lente escura conhecida foi uma lâmina verde usada pelo imperador Nero, no
século Segundo Miguel Giannini, do Museu dos Óculos Gioconda Giannini, a lente de Nero
era provavelmente de vidro.
O primeiro par de óculos com lentes escuras e armação surgiu na Alemanha, no século XIII,
ainda pesado e desconfortável. Foram os franceses, no século seguinte, que introduziram
um novo design e o nome de pince-nez (pinça de nariz), porque ficava preso na ponta do
nariz. O modelo com duas hastes laterais, como os atuais, surgiu apenas no século XVII e, até
o século XX, era feito sempre com lentes verdes. Na década de 60, esse cristal, pesado, foi
substituído pelo acrílico e pelo policarbonato. As lentes coloridas tornaram-se moda na
década de 70. Hoje, as mais usadas são verdes, marrons, cinzas e pretas, que absorvem mais
de 80% da luz solar.
História da tesoura
Não se sabe exatamente, mas os primeiros objetos semelhantes às tesouras surgiram no
Antigo Egito, em 1500 a.C. Contudo, o formato com duas lâminas assimétricas, como
conhecemos as tesouras hoje em dia, surgiu no Império Romano. Os romanos usavam tais
lâminas para cortar o cabelo, tecidos e tosquiar animais.
Até então as tesouras eram feitas de ferro e bronze e apresentavam um corte bastante
imperfeito. Um grande avanço nesse sentido foi dado por Robert Hinchliffe, o qual produziu
o primeiro par moderno de tesouras em aço polido, permitiu o aperfeiçoamento do corte e
a massificação do uso do objeto. A partir de 1967, novos métodos de fabricação da tesoura
foram feitos pela empresa Fiskars Corporation, da Finlândia.
História do violino
A palavra violino vem do latim médio, vitula, que significa instrumento de cordas. A sua
origem vem de instrumentos trazidos do leste da Europa do Império Bizantino. Os primeiros
violinos foram feitos na Itália entre os meados do fim do século XVI e o início do século XVII,
evoluindo de antecessores como a rebec , a vielle e a lyra da braccio. A sua criação é atribuída
ao italiano Gasparo de Salò.
Os antigos instrumentos como o Nefer egípcio, o Ravanastron da India, o Rebab árabe, o
R’Jenn Sien dos chineses e até mesmo da antiga Lira dos gregos, foram a base para a criação
de inúmeros outros, conforme as necessidades acústicas e os gostos musicais foram
evoluindo.
O primeiro violino como o conhecemos hoje, foi criado por volta de 1500, por Gasparo
Duiffopruggar, da Bavária, considerado o pioneiro na fabricação do instrumento.
Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três
famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi
conduzida pelas raízes do instrumento milenar chinês erhu: as raízes deste instrumento
foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.
O violino propriamente dito manteve-se inalterado por duzentos anos. A partir do século
XIX modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço
mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época.
Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que
2. lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante
de arcos François Tourte, a pedido do virtuoso Giovanni Battista Viotti, em 1782.
O violino tem uma longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os
seus antecessores (como a vielle). A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da
segunda metade do século XV.
História do espartilho
O Espartilho ou Corset surgiu por volta do século XVI, e tinha como objetivo manter a
postura e dar suporte aos seios. Somente por volta do século XIX, graças à invenção dos
ilhoses e ao uso de barbatanas de baleia, que a atenção foi voltada para a cintura e teve início
a era das cinturas minúsculas, conhecida como era Vitoriana. A peça caiu em desuso no
início do século XX, quando foi inventado o sutiã. Nos anos 40 ela foi usada pelas Pin-ups e
inspirou Christian Dior, que criou o New Look. Nos anos 60 o espartilho se tornou um
acessório do fetiche. No início dos anos 80 alguns estilistas trouxeram de volta à moda peças
que antes tinham sido relegadas ao fetiche e dentre elas estava o Espartilho. Esse reviva não
durou muito, em 1990 apenas poucos espartilhos apareciam em coleções de estilistas
famosos. Em 2010, o espartilho voltou à moda.
Do século XVI para cá os espartilhos mudaram bastante. No início eram feitos com tecidos
pesadamente engomados, hoje usados em tapeçaria e reforçados com junco e cordas
engomadas. Atualmente temos peças muito mais leves, feitas com barbatanas ortopédicas.
Existem vários tipos de espartilhos para todos os gostos, seja para usar debaixo de alguma
roupa, seja para usá-lo sozinho. Também pode ser usado como um apelo sexual.
História da caneta
A descoberta da escrita revelou ter uma importância enorme no avanço da civilização
humana. Mas a escrita esteve sempre dependente de uma coisa: um instrumento para a
realizar.
Os sumérios, cerca do ano 3500 a.C., usavam a escrita coniforme através da utilização de
objetos de madeira ou de osso em forma de cunha.
Já os egípcios, criadores das folhas de papiro no ano 2500 a.C., usavam ossos molhados em
tinta vegetal.
Durante a maior parte da Idade Média, o instrumento mais usado para escrever era feito de
simples penas de aves talhadas, (normalmente de ganso). Como é natural, algo tão orgânico
deteriorava-se rapidamente, pelo que se tornou necessário descobrir alternativas mais
duráveis.
Existem referências a tentativas de se criarem “penas” de metal por volta do século XV, mas
até ao século XVIII não foi possível massificar o seu uso, devido ao seu peso e à dificuldade
de fabrico em quantidades suficientes. Foi só com a invenção do aço, cerca do século XIX,
que se conseguiu criar algo para a generalidade da população: os aparos metálicos. Mesmo
assim, a sua ponta sofria um desgaste relativamente rápido e o facto de se ter de usar um
tinteiro não era prático para a mobilidade dos homens de negócios.
Foi assim que, ainda durante o século XIX, tentou-se desenvolver um instrumento de escrita
que guardasse a tinta no seu interior. Foi Lewis Edson Waterman que conseguiu patentear
3. essa invenção no ano de 1884. Tinha nascido a primeira caneta, a que ainda hoje chamamos
de caneta-tinteiro, ou caneta de tinta permanente.
Curiosamente, Lewis Waterman fundou a sua própria companhia e começou a vender as
suas canetas numa loja de charutos, dando cinco anos de garantia a cada uma.
No entanto as canetas-tinteiro tinham um problema que as impedia de serem levadas nos
aviões da altura. Como o sistema inventado por Lewis Waterman consistia na utilização da
pressão atmosférica para manter a tinta dentro da caneta numa pressão constante e como
no início os aviões não eram pressurizados, a tinta começava a sair do depósito conforme a
pressão atmosférica ia baixando.
A evolução que se seguiu, vinda da Hungria, resolveu esse problema. László József Bíró era
um jornalista húngaro e foi o inventor da caneta esferográfica, utilizando um conceito
patenteado por John J. Loud em 1888, mas nunca utilizado comercialmente.
Como jornalista, cedo se apercebeu que a tinta utilizada na impressão dos jornais secava
imediatamente e não borratava, contrariamente ao sistema usado nas canetas-tinteiro.
A sua ideia foi então a de criar uma caneta que desse o mesmo resultado, ou seja, que
escrevesse sem aplicar tinta a mais no papel. Assim, decidiu utilizar uma pequena esfera
metálica na extremidade da caneta que, ao girar, recebia a tinta do depósito e passava-a para
o papel. Complementou a sua criação tapando o depósito de tinta, o que impedia que a tinta
secasse ou vertesse para fora. A sua criação foi patenteada em 1938, na cidade de Paris, em
França.
Infelizmente László Bíró não tinha condições financeiras para produzir a sua caneta em
quantidade suficiente para comercialização, pelo que, em 1944, decidiu vender a sua
patente em dois países: nos Estados Unidos, à empresa Eversharp-Faber e em França ao
francês Marcel Bich.
Nos Estados Unidos a caneta esferográfica não teve grande sucesso, muito devido ao enorme
custo da mesma para a altura, cerca de 10 dólares, vendendo apenas 10.000 unidades no
seu lançamento.
Na Europa as primeiras canetas esferográficas foram lançadas no mercado em 1949, com a
designação de “caneta Bic”, que era uma abreviação do sobrenome de Marcel Bich. Devido
a um preço acessível, a sua aceitação junto dos consumidores europeus foi boa, tornando-a
num sucesso quase imediato.
Em 1959 as canetas Bic foram lançadas no mercado americano e em pouco tempo
conquistaram os consumidores.
Atualmente, a empresa fabrica milhões de canetas esferográficas por dia, fornecendo
praticamente todo o planeta.