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Planejamento de Capacidade em Ambiente Virtualizado

                                             Bruno Domingues
                                         bruno.domingues@intel.com
                                              Intel Corporation


       O nível de desacoplamento proporcionado pela virtualização trouxe flexibilidade para
       a infraestrutura e proporcionou alto nível de consolidação, assim como nos obriga a
       repensar metodologias e ferramentas comumente usadas no planejamento de cargas,
       estratégias de disponibilidade e governança.

       O advento da virtualização permitiu a concepção da computação na nuvem com
       características intrínsecas de escalabilidade elástica de processamento. Porém, a
       realização deste ideal demanda um desenho elaborado da infraestrutura para evitar
       latências e gargalos, ao mesmo tempo em que evita o dimensionamento demasiado e
       pobre aproveitamento dos recursos computacionais alocados.

       Neste estudo serão abordadas boas práticas de arquitetura e planejamento de
       capacidade em ambiente virtualizado para serviços com distintas características
       computacionais.

Introdução                                               O sucesso de uma infraestrutura na nuvem (IaaS) está
                                                         diretamente relacionada a capacidade de acomodar
A base da computação na nuvem é a virtualização, pois    “picos” e “vales” de demanda de várias aplicações no
em termos simples permite o desacoplamento da            tempo, de forma a evitar baixa utilização em
infraestrutura dos serviços associados à aplicação e a   determinados períodos bem como planejar para o pior
própria aplicação, entregando cada uma destas camadas    caso de uma aplicação isolada e sim do conjunto de
como serviços independentes, conforme apresentado        todas as possíveis cargas a serem atendidas.
na figura 01. Do ponto de vista do planejamento de
capacidade para a infraestrutura, significa que poderá   Os “picos” e “vales” no planejamento de capacidade são
potencialmente haver múltiplas aplicações com            multidimensionais, ou seja, é necessário acomodar não
diferentes padrões de uso, com múltiplos usuários de     só demanda de CPU, mas também consumo de memória,
diferentes aplicações compartilhando a mesma             rede e armazenamento (i.e. IOPs), conforme
infraestrutura.                                          apresentado no exemplo da tabela 01.




                                                         Tabela 01 – demanda hipotética de diversas aplicações

                                                         Com base no perfil do conjunto de aplicações no
  Figura 01 – Inter-relacionamento das camadas de        portfólio, a conta básica a ser seguida é somar todas as
                  serviço na nuvem
demanda no intervalo de tempo (i.e. suponhamos 1h) e         respeite a seguinte distribuição de requisições no
dividir pela capacidade disponível em um servidor.           tempo (tabela 02).




    Figura 02 – Equação geral do planejamento de
                     capacidade


Sendo o numerador a demanda e o denominador a
capacidade presente em um servidor, sendo que o valor           Tabela 02 – distribuição de requisições no tempo.
máximo desta razão predirá a quantidade de servidores
estimados para atender durante o período calculado:          Neste caso, podemos estimar que a demanda de
                                                             usuários no período de 6h00min até às 14h00min é de
                                                             aproximadamente 40.000 hits por hora com média µ =
                                                             4444,444 e desvio padrão σ = 6829,689, o que nos
                                                             leva ao cálculo da normal pela fórmula de Gauss
  Figura 03 – determinação do número de servidores
                                                             apresentado na figura 04 a ser igual a y = 0,98863 e
                      requerido.
                                                             uma média de 12,20526 hits/seg.
Completando o período típico de carga estabelecido,
suponhamos que seja de 24hs, ou seja, realizando este
mesmo procedimento de calculo 24 vezes em intervalos
de 1h, e tomando o pior caso, seria a quantidade de
servidores necessários para atender o planejado.                         Figura 04 – Fórmula de Gauss
Incluindo ai, portanto uma margem de segurança, como
por exemplo, 50% retirando a demanda prevista de             Para o planejamento de capacidade o mais importante é
curto prazo, teríamos então a necessidade simplificada       identificar o pico da aplicação e sua concorrência no
de infraestrutura.                                           pico, com base na distribuição da tabela 02, onde há
                                                             20mil usuários acessando o sistema em um período de
Portanto sabemos que por experiência que obter tais          1h, não significa que o pico seja de 5,5
valores não são fáceis e também neste modelo estamos         requisições/segundos (e.g. 20min/3600 segundos).
desprezando a penalidade imposta pela camada de
virtualização, porém é um principio a ser seguido.           Identificar a pior condição de concorrência é necessária
                                                             a aplicação da distribuição de probabilidade de Poisson,
Entendendo os Usuários                                       conforme apresentado na figura 05.

O planejamento de capacidade é composto basicamente
por três grandes variáveis, o “tripé”: Usuários, Aplicação
e Infraestrutura, portanto conhecendo ou estimando
duas destas variáveis nos habilita a calcular a terceira.       Figura 05 – distribuição de probabilidade Poisson

Assumindo a situação onde a variável desconhecida do         Aplicando Poisson aos dados da tabela 02, para
“tripé” do planejamento de capacidade seja a                 entender a probabilidade de termos que lidar com
infraestrutura, ou seja, as aplicações são conhecidas e a    requisições simultâneas, de 0 a 26 (i.e. apenas porque
demanda estimada de consumo destas aplicações é              depois de 26 a probabilidade tende a zero), tem-se a
conhecida, então a quantificação em linguem                  seguinte distribuição de probabilidade apresentada a
matemática é necessária para que se possa quantificar        figura 06.
a infraestrutura necessária.

Assumimos uma situação hipotética, apenas para fins
didáticos que a distribuição em um determinado sistema
O relatório da ferramenta de carga também é capaz
                                                           reportar o tempo médio para a realização de uma
                                                           determinada transação, e com base neste tempo
                                                           podemos dimensionar os componentes da solução de
                                                           infraestrutura, principalmente cache para evitar grande
                                                           degradação de desempenho sob alta demanda.

                                                           Assumindo ainda como exemplo, que o tempo             de
                                                           resposta para uma determinada transação foi           de
                                                           aproximadamente 0,08 segundos, e aplicando            as
                                                           formulas das teorias de filas, conforme apresentado   na
                                                           figura 07.
       Figure 06 – Distribuição de probabilidade

Portanto, a maior probabilidade, de 11,5%, é que se
tenha que lidar com 12 requisições simultâneas no
período de pico em um intervalo de 0,5 segundos (i.e.
precisão da medida definida em segundos) e atender
                                                                        Figura 07 – Fórmulas de filas
mais de 20 requisições/segundo a probabilidade cai
para menos de 2%.
                                                           Aplicando o Teorema de Little, onde λ é a taxa de
                                                           requisição de Poisson, µ é a capacidade de
Entendendo a Aplicação
                                                           processamento obtida pelo teste de carga, logo o p
A avaliação da aplicação pode ser realizada de forma       aplicado na fórmula de filas é  , sendo assim temos
independente da caracterização do perfil dos usuários,     o seguinte gráfico da figura 08 que representa o
porém é necessário que se teste a aplicação sob carga,     comportamento no tempo de resposta do sistema com
em ambiente de homologação ou laboratório, desde que       o    aumento     gradativo   de   requisições  (i.e.
seja próximo, em menor escala, do ambiente de              processamento/segundo) e a quantidade de comandos
produção.                                                  em cache.

Para a realização do teste de carga pode ser utilizado
qualquer ferramenta de mercado que simule acesso de
usuários a interface web e que possa ser automatizado.
A carga é aplicada a partir de um servidor (i.e. gerador
de carga) contra a aplicação hospedada no ambiente de
homologação, onde a porção de infraestrutura é
conhecida. A carga deve ser ajustada de tal sorte que
não haja erros significativos de resposta da aplicação
(e.g. erros HTTP 500, 400, etc.), pois erros podem
significar que a aplicação não dispõe de recursos para
tratar tal carga de requisições (e.g. threads,
concorrência por recursos compartilhados, etc.).
                                                           Figura 08 – Relação entre comandos processados/seg,
                                                                comandos em cache e tempo de espera para
Para o planejamento de capacidade, assumimos que a
                                                                              processamento.
aplicação    está    bem      construída    e   usando
adequadamente os recursos computacionais, portanto o
                                                           O mau dimensionamento dos caches (i.e. subsistema de
relatório do teste de carga irá predizer para porção de
                                                           armazenamento, servidor de aplicação, rede, banco de
infraestrutura alocada para homologação a capacidade
                                                           dados, etc.) pode acarretar degradação severa de
máxima de atendimento, e poderá ser usada uma
                                                           desempenho e limitar a capacidade de acomodar picos
simples regra de três para estimar a infraestrutura
                                                           de demanda.
adequada para uma determinada demanda, bem como o
inverso: para uma determinada infraestrutura, qual é a
capacidade de atendimento.
Planejando a Infraestrutura                                     microarquitetura do processador, o maior desempenho
                                                                é alcançado balanceado de forma uniforme todos os
Atualmente, para o ambiente virtualizado onde há                canais de memória.
grande      concentração     de    processamento, os
componentes que demandam mais atenção no                        Em ambiente virtualizado, assumimos como exemplo
planejamento       são    memória,     subsistema de            que a configuração básica da máquina virtual é de
armazenamento e rede, sendo estes dois últimos                  1vCPU e 4GB de vMemory, temos para cada tipo de
podendo ser unificado de forma a prover maior                   servidor as seguintes possibilidades de população de
flexibilidade de administração e implantação.                   memória, onde destacado em vermelho apresenta a
                                                                configuração ótima para cada servidor (tabela 03).
A quantidade de memória é determinante para
definição do tipo de servidor a ser utilizado (e.g. 1, 2, 4     Os custos dos servidores são estimados a preços de
ou mais processadores), pois nos servidores atuais,             mercado disponíveis na Internet pelo site dos principais
onde a memoria é organizada segundo Non-Uniform                 fabricantes multinacionais (e.g. DELL, HP, IBM e etc.) e a
Memory Architecture – NUMA, tem-se 3 ou 4 canais de             configuração baseada nos custos de memoria destes
memória para cada socket, dependendo da                         fabricantes em diversas configurações.




                                        Tabela 03 – Configuração ótima de memória

Assumindo estes valores, temos o custo estimado de              virtualizado, tem-se alcançado consolidação na ordem
cada máquina virtual básica que está apresentado na             de 15-25 para 1 máquina física. Neste cenário, têm-se
figura 09.                                                      utilizado 2 HBAs para conexão com a rede SAN, e mais
                                                                6-8 interfaces 1GbE para rede Ethernet.

                                                                A distinção de rede SAN com a rede Ethernet fica desta
                                                                forma limitada a capacidade instalada, e com pouca
                                                                flexibilidade para ajustes de acordo com a necessidade
                                                                da aplicação, que no ambiente de nuvem é dinâmico. A
                                                                grande tendência tem sido a adoção de redes de
                                                                armazenamento e Ethernet na mesma interface de
                                                                10GbE, podendo ser o FCoE, iSCSI ou Ethernet ligado
                                                                diretamente ao Network Attached Storage (NAS), onde
                                                                é possível balancear em tempo real a demanda entre
                                                                armazenamento e rede Ethernet.
Figura 09 – Custo por máquinas virtual de acordo com
                     o servidor.                                Para ambientes onde o crescimento de armazenamento
                                                                de dados tem crescimento acentuado, como é caso de
De acordo com essa avaliação, o custo menor por                 nuvem pública, a adoção de arquitetura de
máquina virtual está com os servidores de 4-8 CPUs,             armazenamento que permite escalabilidade horizontal,
para equipamentos com CPU de 3 canais de memória,               usando, por exemplo, padrão de indústria como é o caso
porém para servidores com 4 canais de memória, onde é           do NFS v4.1 e apresentado na figura 10.
possível maior capacidade de memória, os servidores de
2 CPUs se tornam mais atrativos.

Outro fator importante na infraestrutura é o
subsistema de armazenamento e rede. Atualmente nas
consolidações típicas de servidores web para ambiente
Figura 11 – comparação de desempenho alcançado do
                                                             banco de dados Oracle 11g entre nativo e virtualizado.

                                                             O impacto de desempenho para sistemas OLTP é alto,
                                                             cada uma das tecnologias de virtualização testadas
                                                             tiveram diferentes gargalos (i.e. número máximo de
                                                             vCPUs, tecnologia do disco virtual, etc.) porém em todos
                                                             os casos o gargalo maior foi o aumento no read latches
                                                             e banda de I/O para o redo.

                                                             Conforme apresentado nas tabelas da figura 12, o
                                                             tempo maior apresentado foi na sincronização do log,
 Figura 10 – Arquitetura de armazenamento em rede            que aumentou de 1ms para 6ms.
        que permite escalabilidade horizontal

Fator de Penalidade da Virtualização

Todo o processo de planejamento de capacidade em
ambiente de nuvem é realizado com base em servidores
virtuais, promovidos pela virtualização (i.e. hypervisor),
porém é uma camada que adiciona penalidade de
desempenho e conhecer tal penalidade é importante
para o sucesso do planejamento de capacidade.

Em testes realizados com diversos fabricantes de
hypervisor, especificamente para banco de dados, pois
                                                             Figura 12 – Comparativo de desempenho entre nativo
é o sistema mais sensível a latências de acesso aos
                                                                               e virtualizado.
recursos computacionais do servidor (e.g. memória, rede
e armazenamento), conduzindo em servidores de 2 e 4
                                                             Do ponto de vista do hypervisor, o gargalo está no
CPUs para o banco de dados Oracle 11g usando como
                                                             acesso a memoria e as interfaces de I/O (i.e. rede e
referencia o desempenho alcançado com o banco sendo
                                                             armazenamento).
executado diretamente sobre o sistema operacional
Linux sem virtualização, e depois comparando com o
                                                             Conclusão
desempenho no mesmo equipamento usando os
principais hypervisor do mercado. O resultado do teste
                                                             O impacto da virtualização é grande para sistemas
está apresentado na figura 11.
                                                             OLTP, porém é menor para aplicações tipicamente web,
                                                             portanto a recomendação é evitar no atual estagio de
                                                             maturidade da tecnologia de virtualização, colocar
                                                             banco de dados transacionais em servidores virtuais,
                                                             pois poderá acarretar baixa utilização dos recursos
                                                             computacionais e negação de serviço, pois a latência em
                                                             sistemas OLTP aumenta não só as taxas de lock em
                                                             banco de dados altamente normalizados como também
                                                             segura threads no servidor web aguardando a resposta
                                                             do banco por mais tempo exaurindo a capacidade do
                                                             servidor de atender novas requisições.

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Planejamento de Capacidade Virtualizada

  • 1. Planejamento de Capacidade em Ambiente Virtualizado Bruno Domingues bruno.domingues@intel.com Intel Corporation O nível de desacoplamento proporcionado pela virtualização trouxe flexibilidade para a infraestrutura e proporcionou alto nível de consolidação, assim como nos obriga a repensar metodologias e ferramentas comumente usadas no planejamento de cargas, estratégias de disponibilidade e governança. O advento da virtualização permitiu a concepção da computação na nuvem com características intrínsecas de escalabilidade elástica de processamento. Porém, a realização deste ideal demanda um desenho elaborado da infraestrutura para evitar latências e gargalos, ao mesmo tempo em que evita o dimensionamento demasiado e pobre aproveitamento dos recursos computacionais alocados. Neste estudo serão abordadas boas práticas de arquitetura e planejamento de capacidade em ambiente virtualizado para serviços com distintas características computacionais. Introdução O sucesso de uma infraestrutura na nuvem (IaaS) está diretamente relacionada a capacidade de acomodar A base da computação na nuvem é a virtualização, pois “picos” e “vales” de demanda de várias aplicações no em termos simples permite o desacoplamento da tempo, de forma a evitar baixa utilização em infraestrutura dos serviços associados à aplicação e a determinados períodos bem como planejar para o pior própria aplicação, entregando cada uma destas camadas caso de uma aplicação isolada e sim do conjunto de como serviços independentes, conforme apresentado todas as possíveis cargas a serem atendidas. na figura 01. Do ponto de vista do planejamento de capacidade para a infraestrutura, significa que poderá Os “picos” e “vales” no planejamento de capacidade são potencialmente haver múltiplas aplicações com multidimensionais, ou seja, é necessário acomodar não diferentes padrões de uso, com múltiplos usuários de só demanda de CPU, mas também consumo de memória, diferentes aplicações compartilhando a mesma rede e armazenamento (i.e. IOPs), conforme infraestrutura. apresentado no exemplo da tabela 01. Tabela 01 – demanda hipotética de diversas aplicações Com base no perfil do conjunto de aplicações no Figura 01 – Inter-relacionamento das camadas de portfólio, a conta básica a ser seguida é somar todas as serviço na nuvem
  • 2. demanda no intervalo de tempo (i.e. suponhamos 1h) e respeite a seguinte distribuição de requisições no dividir pela capacidade disponível em um servidor. tempo (tabela 02). Figura 02 – Equação geral do planejamento de capacidade Sendo o numerador a demanda e o denominador a capacidade presente em um servidor, sendo que o valor Tabela 02 – distribuição de requisições no tempo. máximo desta razão predirá a quantidade de servidores estimados para atender durante o período calculado: Neste caso, podemos estimar que a demanda de usuários no período de 6h00min até às 14h00min é de aproximadamente 40.000 hits por hora com média µ = 4444,444 e desvio padrão σ = 6829,689, o que nos leva ao cálculo da normal pela fórmula de Gauss Figura 03 – determinação do número de servidores apresentado na figura 04 a ser igual a y = 0,98863 e requerido. uma média de 12,20526 hits/seg. Completando o período típico de carga estabelecido, suponhamos que seja de 24hs, ou seja, realizando este mesmo procedimento de calculo 24 vezes em intervalos de 1h, e tomando o pior caso, seria a quantidade de servidores necessários para atender o planejado. Figura 04 – Fórmula de Gauss Incluindo ai, portanto uma margem de segurança, como por exemplo, 50% retirando a demanda prevista de Para o planejamento de capacidade o mais importante é curto prazo, teríamos então a necessidade simplificada identificar o pico da aplicação e sua concorrência no de infraestrutura. pico, com base na distribuição da tabela 02, onde há 20mil usuários acessando o sistema em um período de Portanto sabemos que por experiência que obter tais 1h, não significa que o pico seja de 5,5 valores não são fáceis e também neste modelo estamos requisições/segundos (e.g. 20min/3600 segundos). desprezando a penalidade imposta pela camada de virtualização, porém é um principio a ser seguido. Identificar a pior condição de concorrência é necessária a aplicação da distribuição de probabilidade de Poisson, Entendendo os Usuários conforme apresentado na figura 05. O planejamento de capacidade é composto basicamente por três grandes variáveis, o “tripé”: Usuários, Aplicação e Infraestrutura, portanto conhecendo ou estimando duas destas variáveis nos habilita a calcular a terceira. Figura 05 – distribuição de probabilidade Poisson Assumindo a situação onde a variável desconhecida do Aplicando Poisson aos dados da tabela 02, para “tripé” do planejamento de capacidade seja a entender a probabilidade de termos que lidar com infraestrutura, ou seja, as aplicações são conhecidas e a requisições simultâneas, de 0 a 26 (i.e. apenas porque demanda estimada de consumo destas aplicações é depois de 26 a probabilidade tende a zero), tem-se a conhecida, então a quantificação em linguem seguinte distribuição de probabilidade apresentada a matemática é necessária para que se possa quantificar figura 06. a infraestrutura necessária. Assumimos uma situação hipotética, apenas para fins didáticos que a distribuição em um determinado sistema
  • 3. O relatório da ferramenta de carga também é capaz reportar o tempo médio para a realização de uma determinada transação, e com base neste tempo podemos dimensionar os componentes da solução de infraestrutura, principalmente cache para evitar grande degradação de desempenho sob alta demanda. Assumindo ainda como exemplo, que o tempo de resposta para uma determinada transação foi de aproximadamente 0,08 segundos, e aplicando as formulas das teorias de filas, conforme apresentado na figura 07. Figure 06 – Distribuição de probabilidade Portanto, a maior probabilidade, de 11,5%, é que se tenha que lidar com 12 requisições simultâneas no período de pico em um intervalo de 0,5 segundos (i.e. precisão da medida definida em segundos) e atender Figura 07 – Fórmulas de filas mais de 20 requisições/segundo a probabilidade cai para menos de 2%. Aplicando o Teorema de Little, onde λ é a taxa de requisição de Poisson, µ é a capacidade de Entendendo a Aplicação processamento obtida pelo teste de carga, logo o p A avaliação da aplicação pode ser realizada de forma aplicado na fórmula de filas é , sendo assim temos independente da caracterização do perfil dos usuários, o seguinte gráfico da figura 08 que representa o porém é necessário que se teste a aplicação sob carga, comportamento no tempo de resposta do sistema com em ambiente de homologação ou laboratório, desde que o aumento gradativo de requisições (i.e. seja próximo, em menor escala, do ambiente de processamento/segundo) e a quantidade de comandos produção. em cache. Para a realização do teste de carga pode ser utilizado qualquer ferramenta de mercado que simule acesso de usuários a interface web e que possa ser automatizado. A carga é aplicada a partir de um servidor (i.e. gerador de carga) contra a aplicação hospedada no ambiente de homologação, onde a porção de infraestrutura é conhecida. A carga deve ser ajustada de tal sorte que não haja erros significativos de resposta da aplicação (e.g. erros HTTP 500, 400, etc.), pois erros podem significar que a aplicação não dispõe de recursos para tratar tal carga de requisições (e.g. threads, concorrência por recursos compartilhados, etc.). Figura 08 – Relação entre comandos processados/seg, comandos em cache e tempo de espera para Para o planejamento de capacidade, assumimos que a processamento. aplicação está bem construída e usando adequadamente os recursos computacionais, portanto o O mau dimensionamento dos caches (i.e. subsistema de relatório do teste de carga irá predizer para porção de armazenamento, servidor de aplicação, rede, banco de infraestrutura alocada para homologação a capacidade dados, etc.) pode acarretar degradação severa de máxima de atendimento, e poderá ser usada uma desempenho e limitar a capacidade de acomodar picos simples regra de três para estimar a infraestrutura de demanda. adequada para uma determinada demanda, bem como o inverso: para uma determinada infraestrutura, qual é a capacidade de atendimento.
  • 4. Planejando a Infraestrutura microarquitetura do processador, o maior desempenho é alcançado balanceado de forma uniforme todos os Atualmente, para o ambiente virtualizado onde há canais de memória. grande concentração de processamento, os componentes que demandam mais atenção no Em ambiente virtualizado, assumimos como exemplo planejamento são memória, subsistema de que a configuração básica da máquina virtual é de armazenamento e rede, sendo estes dois últimos 1vCPU e 4GB de vMemory, temos para cada tipo de podendo ser unificado de forma a prover maior servidor as seguintes possibilidades de população de flexibilidade de administração e implantação. memória, onde destacado em vermelho apresenta a configuração ótima para cada servidor (tabela 03). A quantidade de memória é determinante para definição do tipo de servidor a ser utilizado (e.g. 1, 2, 4 Os custos dos servidores são estimados a preços de ou mais processadores), pois nos servidores atuais, mercado disponíveis na Internet pelo site dos principais onde a memoria é organizada segundo Non-Uniform fabricantes multinacionais (e.g. DELL, HP, IBM e etc.) e a Memory Architecture – NUMA, tem-se 3 ou 4 canais de configuração baseada nos custos de memoria destes memória para cada socket, dependendo da fabricantes em diversas configurações. Tabela 03 – Configuração ótima de memória Assumindo estes valores, temos o custo estimado de virtualizado, tem-se alcançado consolidação na ordem cada máquina virtual básica que está apresentado na de 15-25 para 1 máquina física. Neste cenário, têm-se figura 09. utilizado 2 HBAs para conexão com a rede SAN, e mais 6-8 interfaces 1GbE para rede Ethernet. A distinção de rede SAN com a rede Ethernet fica desta forma limitada a capacidade instalada, e com pouca flexibilidade para ajustes de acordo com a necessidade da aplicação, que no ambiente de nuvem é dinâmico. A grande tendência tem sido a adoção de redes de armazenamento e Ethernet na mesma interface de 10GbE, podendo ser o FCoE, iSCSI ou Ethernet ligado diretamente ao Network Attached Storage (NAS), onde é possível balancear em tempo real a demanda entre armazenamento e rede Ethernet. Figura 09 – Custo por máquinas virtual de acordo com o servidor. Para ambientes onde o crescimento de armazenamento de dados tem crescimento acentuado, como é caso de De acordo com essa avaliação, o custo menor por nuvem pública, a adoção de arquitetura de máquina virtual está com os servidores de 4-8 CPUs, armazenamento que permite escalabilidade horizontal, para equipamentos com CPU de 3 canais de memória, usando, por exemplo, padrão de indústria como é o caso porém para servidores com 4 canais de memória, onde é do NFS v4.1 e apresentado na figura 10. possível maior capacidade de memória, os servidores de 2 CPUs se tornam mais atrativos. Outro fator importante na infraestrutura é o subsistema de armazenamento e rede. Atualmente nas consolidações típicas de servidores web para ambiente
  • 5. Figura 11 – comparação de desempenho alcançado do banco de dados Oracle 11g entre nativo e virtualizado. O impacto de desempenho para sistemas OLTP é alto, cada uma das tecnologias de virtualização testadas tiveram diferentes gargalos (i.e. número máximo de vCPUs, tecnologia do disco virtual, etc.) porém em todos os casos o gargalo maior foi o aumento no read latches e banda de I/O para o redo. Conforme apresentado nas tabelas da figura 12, o tempo maior apresentado foi na sincronização do log, Figura 10 – Arquitetura de armazenamento em rede que aumentou de 1ms para 6ms. que permite escalabilidade horizontal Fator de Penalidade da Virtualização Todo o processo de planejamento de capacidade em ambiente de nuvem é realizado com base em servidores virtuais, promovidos pela virtualização (i.e. hypervisor), porém é uma camada que adiciona penalidade de desempenho e conhecer tal penalidade é importante para o sucesso do planejamento de capacidade. Em testes realizados com diversos fabricantes de hypervisor, especificamente para banco de dados, pois Figura 12 – Comparativo de desempenho entre nativo é o sistema mais sensível a latências de acesso aos e virtualizado. recursos computacionais do servidor (e.g. memória, rede e armazenamento), conduzindo em servidores de 2 e 4 Do ponto de vista do hypervisor, o gargalo está no CPUs para o banco de dados Oracle 11g usando como acesso a memoria e as interfaces de I/O (i.e. rede e referencia o desempenho alcançado com o banco sendo armazenamento). executado diretamente sobre o sistema operacional Linux sem virtualização, e depois comparando com o Conclusão desempenho no mesmo equipamento usando os principais hypervisor do mercado. O resultado do teste O impacto da virtualização é grande para sistemas está apresentado na figura 11. OLTP, porém é menor para aplicações tipicamente web, portanto a recomendação é evitar no atual estagio de maturidade da tecnologia de virtualização, colocar banco de dados transacionais em servidores virtuais, pois poderá acarretar baixa utilização dos recursos computacionais e negação de serviço, pois a latência em sistemas OLTP aumenta não só as taxas de lock em banco de dados altamente normalizados como também segura threads no servidor web aguardando a resposta do banco por mais tempo exaurindo a capacidade do servidor de atender novas requisições.