2. um caminho
a ser trilhado
O amadurecimento do mercado brasileiro e principalmente
paranaense de design, despretenciosamente nos trouxe a idéia
de criar uma revista que revelasse um pouco da história, das
idéias, das tendências e até mesmo das divergências deste
segmento. Além da maturidade, que aponta para a colheita de
promissores frutos, temos agora um grande número de jovens
que estudam design e fizeram dele uma opção profissional, um
caminho a ser trilhado. Por isso mesmo, nesta primeira edição
buscamos formar um mix representativo dos temas que gra-
vitam em torno do design. Criar um canal de divulgação para
aqueles que pensam e fazem o design em seu meio, mesmo
que sejam pioneiros, assim como aqueles que lentamente abri-
ram espaço arduamente para que hoje pudessemos estar aqui
falando sobre design.
Da discussão do papel do designer no mercado de trabalho à
trajetória da revista Gráfica, a mais genial e revolucionária pu-
blicação brasileira deste segmento, que também deu ao design
do Paraná um local de destaque no cenário nacional. Esta pri-
meira edição nos revela que o leque de temas é amplo e que
as discussões em torno do assunto prometem debates apaixo-
nados e apaixonantes. Além de propiciar o debate, tão salutar
para o amadurecimento de idéias e conceitos, esta publicação
também se propõe a dar voz – e espaço – àqueles que fazem
do design um projeto de vida no qual nunca podem faltar ta-
lento, beleza e uma boa dose de ousadia.
O Editor
3. 4 gráfica. uma revista deEricson Straub
design
16 design, ideologia e tecnologia
Robson Oliveira
19 o processo criativo no design
Ronaldo Duschenes/Flexiv
20 design de produto, gestual ouMarcelo Castilho
digital?
26 rendering. passo a passo
o que é e como fazer um rendering. Accademia di Disegno
32 bauhaus. a pedagogia da ação
Antonio M. Fontoura
38 a importância da reciclagem do papel
Ivens Fontoura
40 casos e cases
OpusMúltipla Comunicações
43 design ou webdesign?
João Mouzaco
4. A vIDA, A vIDA... E A vIDA DA MAIS IMpORtAntE REvIStA DE
design do Brasil
Você é capaz de adivinhar porque a mais
inteligente e sofisticada revista brasileira
de design nasceu em Curitiba e conse-
guiu sobreviver a todas as tempestades
do mercado? Como diria o especialista
em marketing, Eloi Zanetti, isto só
aconteceu porque “alguém quis”. Neste
caso, “o alguém” atende pelo nome de
Oswaldo Miranda, mais conhecido como
Miran, o homem que fez nascer uma
das mais geniais publicações brasileiras
de todos os tempos.
4
ABCDesign
6. Se editar uma revista nos dias de
hoje, mesmo com tantos recursos
tecnológicos, já é um grande feito,
imagine fazer isso cerca de 20 anos
atrás, quando não existiam meios
digitais e, mais do que isso, quan-
do o custo para produzir qualquer
material gráfico era inúmeras vezes
mais alto do que hoje em dia. Esta
– exatamente esta - é a história da
revista Gráfica. Tal qual um gato,
a Gráfica revelou-se com muitas
vidas, capaz de muitos saltos, sem Mas o mérito da revista Gráfica não minho inverso: trazer o melhor do
nunca perder a elegância. Tal qual se resume apenas à capacidade de design mundial para o brasileiros,
a chuva, que vira vapor, se acumula transpor dificuldades financeiras e numa época em que as publicações
em nuvens para depois precipitar-se aos métodos de produção. Acima importadas eram raras e as dificul-
novamente levando vida, renovando de tudo, ela inaugurou uma nova dades para conseguí-las também
paisagens, alterando cores e formas, fase para o design no Brasil. Foi a eras enormes. Em pouco tempo, a
a Gráfica viveu muitos ciclos para primeira publicação a divulgar o revista transformou-se numa ponte
voltar sempre melhor, porque, na design brasileiro para o mundo e, aproximando mercados distantes,
essência, permanece a mesma. também, foi pioneira ao fazer o ca- espelhando tendências, revelando
casos de sucesso e exemplos de
genialidade pelo mundo afora.
Dissociar a revista Gráfica do nome
Miran é praticamente impossível.
Afinal, ela nasceu de um ousado
projeto individual do designer, que
via a necessidade de ter no Brasil
uma revista de design com padrão
internacional. Porém, antes de ana-
lisar a primeira edição da revista,
datada de 1983, é preciso retomar
alguns antecedentes que foram
fundamentais para sua idealização
e realização. Em meados dos anos
70, Curitiba vivia uma saudosa
época de efervescência cultural.
Nos bares da época, entre um
chope e outro, discutia-se política,
arte, cultura, publicidade, poesia,
futebol e design.
Acima e ao lado, Das conversas despretensiosas
exemplos de
algumas páginas
de personalidades como Paulo
premiadas do Leminski, Sérgio Mercer, Solda,
Jornal O Raposa
Paulo Vítola e Ernani Buchmann,
6 entre outros intelectuais da terri-
ABCDesign
7. nha, materializou-se um impresso
em forma de jornal que continha
poesias, opiniões, textos culturais
e de humor, tudo alinhavado por
um refinado trabalho de design
gráfico e ilustração, assinado por
Miran. Percebendo a repercussão
que o material tinha causado,
mesmo sendo apenas fixado pela Fundação Cultural de Curitiba, Desde a edição número 1, a Gráfica
previlegiou os bons trabalhos de calí-
em bares e pontos culturais de prosseguindo com sua trajetória de
grafos e tipógrafos. Acima páginas da
Curitiba, Miran decidiu procurar prêmios nacionais e internacionais. edição número 1.
uma forma mais abrangente para
divulgar as idéias do grupo. A Grafia
Em 1981, em viagem aos Estados
O Raposa Unidos, Miran teve contato com
Foi então que Miran propôs ao Herb Lubalin, que, naquele mesmo
jornal Diário do Paraná (que ano, publicou no “Upper, Lower &
atualmente não circula mais) que Case” - jornal destinado à tipografia
Abaixo trabalho de Miran publicado
fosse encartada semanalmente - uma matéria com o portfólio de na edição de número 22
uma página intitulada “O Rapo-
sa”. Assim, a produção dos textos,
direção de arte e fotolitos seriam
responsabilidade de Miran, fican-
do a impressão e encarte a cargo
do jornal. A proposta foi aceita e,
em 1976, surgiu um dos embriões
fundamentais para o nascimento
da Gráfica. Muitos dos mais de
250 prêmios internacionais recebi-
dos por Miran foram obtidos com
páginas de “O Raposa”.
A publicação de “O Raposa” em
anuários internacionais fez com o
nome de Miran fosse reconhecido
especialmente nos Estados Uni-
dos, facilitando assim o contato
com importantes ilustradores e
designers gráficos do cenário
internacional, o que, mais tarde,
seria de extrema importância para
o conteúdo da revista Gráfica. “O
Raposa” foi editado pelo Diário do
Paraná até 1978 que então, por
motivos financeiros, interrompeu
sua circulação. A partir dali, “O
Raposa” passou a ser editado
7
ABCDesign
8. designers, ilustradores, diretore
Miran. Nesse período, Miran tam-
bém fez importantes contatos com
artistas gráficos por parte do “Type
catálogo primoroso transformou-se,
na verdade, no primeiro número da
revista Gráfica.
Directors Club”, do qual tornara-
se membro ainda em 1978. Esses O começo
contatos renderam uma exposição O contato de Miran com o desig-
internacional de trabalhos especial- ner norte-americano Herb Lubalin
mente tipográficos, realizada em influenciou-o a desenvolver sua
Curitiba em 1982, e contribuíram própria publicação da forma que ele
para o sucesso da revista. imaginara. Lubalin dizia que quando
Os designers norte-americanos e um designer criava a concepção
europeus enviaram materiais para gráfica de uma revista, ele mesmo Ilustração publicada
na revista Gráfica
a exposição. Porém, em contra- deveria empreendê-la. A convicção
partida, exigiam um catálogo de do norte-americano vinha de uma
qualidade, como forma de registro constatação daquilo que costumava
de seus trabalhos. Miran percebeu ocorrer no mercado: interessantes
que as peças enviadas mereciam projetos gráficos concebidos por
um melhor registro, inclusive para designers sofriam constantemente a
que todo o Brasil pudesse ter interferência de clientes, maculando
contato com os trabalhos dos sua proposta original. Por causa disso,
designers do exterior. Então, em o próprio Lubalin editou as revistas
1983, o que originalmente seria um “Avant Garde” e “Fact”.
Tal qual um gato, a Gráfica revelou-se com muitas vidas, capaz de muitos saltos, sem nunca perder a elegância.
O ponto de partida da revista A nova fase
Gráfica foi a iniciativa individual Em 1987, algumas reportagens publi-
de Miran que – com muita co- cadas a respeito da revista, enfocando
ragem e espírito empreendedor sua excelente qualidade bem como
– bancou os custos de produção. suas dificuldades financeiras, desper-
Entre 1983 e 1987 foram publi- taram o interesse de empreendedores
cados 17 números da Gráfica. E, interessados em alavancar negócios
exatamente por causa dos altos editorias no Brasil. Naquele mesmo ano,
custos, não havia uma periodi- Miran associou-se a Carlos Ferreira e
cidade definida. Apesar disso, Orestes Woestehoff, que tornaram-se
a revista tornou-se conhecida e responsáveis pelas áreas comercial e
respeitada internacionalmente administrativa da editora. Além disso,
por causa da seleção e edição de houve ainda um quarto parceiro que
importantes trabalhos de desig- tornou-se fundamental nessa fase. Esse
ners, diretores de arte, ilustra- investidor garantiu o necessário fôlego
dores, cartunistas, fotógrafos e financeiro para suprir os compromissos
outros profissionais conhecidos e da revista, resolvendo finalmente os
desconhecidos na época, ligados problemas de periodicidade que, por
ao universo das artes gráficas do sua vez, impossibilitavam os difíceis
Brasil e do exterior. contratos de publicidade.
8
Ilustração de Michael Schwab
ABCDesign
para poster, publicada na edição
de número 31 da Gráfica
9. Ilustração de Carter Goodrich
publicada na edição de número
31 da Gráfica
O processo de seleção e escolha dos
trabalhos para publicação continua-
vam com o mesmo rigor. Porém, mais
páginas foram destinadas a cada ar-
tista participante, tornando mais con-
sistente a visualização dos portfólios.
Além disso, a nova parceria possibilitou
que a revista fosse produzida na Gráfi-
ca Burti, melhorando sensivelmente a
qualidade de impressão e acabamen-
to. Naquele período, o prestígio da
revista aumentou mais ainda no meio
dos designers, erguendo a Gráfica à
condição de mais importante publica-
ção nacional sobre o tema.
O grande prestígio, que alcançava
dimensões internacionais, fez com
que novos talentos do design mundial
passassem a enviar seus trabalhos para
publicação. Sem dúvida, uma das mais
importantes contribuições da Gráfica
Tal qual a chuva, que vira vapor, se acumula em nuvens para depois precipitar-se novamente levando vida.
de arte, fotógrafos, arquitetos
para o mundo do design foi estabele- Com a saída dos sócios, a
cer um intercâmbio de informações partir de 1995, Miran voltou
e valores estéticos entre o mercado a editá-la sozinho. Publicou
brasileiro e o mercado internacional, então os números 43/44,
sempre mesclando harmoniosamente 45, 46, 47/48, 50 e 51, to-
os novos talentos com os talentos já dos com tiragens reduzidas.
reconhecidos. A única exceção daquele
Os europeus tiveram o privilégio de po- período – no que se refere
der adquirir a Gráfica no ano de 1990, à alta tiragem - ficou por
quando ela passou a ser distribuída pela conta da edição de número
destacada editora suíça Rotovision. A 49, editada em 1999, que
revista foi impressa na Gráfica Burti trouxe como destaque o
até 1992. A partir daquela data, até trabalho do designer gráfi-
1994, passou a ser impressa na Gráfica co David Carson. E, apesar
Palloti, em Porto Alegre. Naquele ano, de apresentar-se com uma
com a saída de um importante patroci- “cara” mais próxima da
nador, a publicação voltou a enfrentar estética atual do design
dificuldades financeiras, prejudicando gráfico mundial, a Gráfica
fortemente o cumprimento da perio- conseguiu manter-se fiel à
dicidade estabelecida. sua linha editorial original.
9
Ilustração de Bill Mayer publi-
ABCDesign
cada na edição de número 29
da Gráfica
10. A Trajetória da Gráfica
você poderá acompanhar nestas e nas páginas seguintes alguns detalhes de cada exemplar publicado
da revista Gráfica. Imagem da capa, ano de publicação, criador e ilustrador da capa, artistas participantes
de cada edição e uma breve análise de cada exemplar.
1 2 3 4 5
ANO: 1983 Set/ Out/ Nov ANO: 1983 ANO: 1983 ANO: 1984 ANO: 1984
CAPA: José Zaragoza CAPA: Gary Kelley CAPA: Rubem Grilo (BRA) CAPA: Robert Cunningham CAPA: Robert Cunningham
ARTISAS PARTICIPANTES: ARTISAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES:
José zaragoza (Brasil) Hector Tortolano (Brasil) Gary Kelley (Estados Unidos) Mazé Mendes (Brasil) Robert Cunningham
Michael David Brown (Estados Unidos) Jim Lienhart (Estados Unidos) Chico Caruso (Brasil) Takenobu Igarashi (Japão) (Estados Unidos)
Francesco Guitart (Espanha) Fernando Medina (Espanha) Rubem Grillo (Brasil) João Galhardo (Brasil) Jesus Emío Franco (Venezuela)
Buarne Norking ( Brasil) Rodolfo Vani (Brasil) Elvo Damo (Brasil) Caligrafia (Internacional) Cláudio Morato (Brasil)
Adeir Rampazzo (Brasil) Michael Mancogian (Estados Unidos) Peter Grundy (Inglaterra) Strandel Baker (Estados Unidos) Helmut Brade (Alemanha)
Michael Manwaring(Estados Unidos) Herb Lubalin ( Estados Unidos ) Eugene Mihaesco (Bucareste) Herb Lubalin (Estados Unidos) Marcas Brasil (Brasil)
Caligrafia (Estados Unidos) Thiago de Mello (Brasil) Marcas Brasil (Brasil) Caligrafia (Internacional)
Tim Girvin (Estados Unidos) Jack Escaloni (Brasil) A característica desta edição é a força dos tra- Christof Gassner (Alemanha) Tony Foster (Inglaterra)
Herb Lubalin/ Carnese (Estados Unidos) Antonio Frasconi (Brasil) balhos em preto e branco de diversos artistas Lisete Laguetto(Brasil) Herb Lubalin (Inglaterra)
Eduardo Bacigalupo (Brasil) J. Grashow (Estados Unidos) brasileiros e estrangerios. Traz os trabalhos Ramon G. Teja(Estados Unidos) Marcas Italianas (Itália)
Francis Giacobetti (Estados Unidos) Seymour Chwast (Alemanha) de Gary Kelley, Ziraldo, Jaca, Coredano, Burke, Jaguar(Brasil) Canção Quatro (Brasil)
J. R. Duran (Brasil) José Costa Leite (Uruguai) Chico Caruso e Rubem Grillo também dando Luis Solda (Brasil)
Herbert Wenn (Alemanha) Bea Corrêa (Brasil) destaque para seção Arte Anual, também em A edição traz o trabalho de vários artistas Blow up (Brasil)
CR Stúdio (Estados Unidos) preto e branco. nacionais e internacionais, chamando a atenção
Jack Ronc (Brasil) Dedica parte da revista a um importante para o japonês, Tarebobu Igarashi. Também Grande parte da revista é dedicada
Helga Miethke (Alemanha) evento da história do Design Gráfico do publica a seção Caligrafia que dentre outros ao portfólio de Robert Cunningham.
tem trabalho de Herb Lubalin. Ainda é publicada Trabalhos de designers brasileiros e es-
Paraná, a Grafia 3, exposição com mais
nesta edição a seção de marcas criadas por trangeiros são publicados nas seções
Trabalhos de artistas gráficos de peso de 1950 peças inscritas de todo o mundo.
designers brasileiros. Marcas Brasil e Marcas Italianas.
foram publicados desde o primeiro Trabalhos de artistas como Hiroshi Suzuki,
número. Zaragoza (o Z da DPZ) inau- Herb Lubalin, Fernando Medina, Tim Clark,
gura com suas ilustrações uma das Michael Mancogian além de muitos outros
características da revista, a publicação são publicados nesta edição, alguns dentro
de portfólios de ilustradores. A edição da Seção Caligrafia e Tipografia, espaço
também marca o gosto pela publicação destinado a trabalhos destas áreas.
de trabalhos tipográficos na seção Ca-
ligrafia e Tipografia. Além de Zaragoza
também são publicados trabalhos de
Francesc Petit, Guitart, J. R. Duran, Herb
Lubalin e Carnase.
ANO: 1984
CAPA: Kélio Rodrigues
ARTISAS PARTICIPANTES:
Luís Trimano (Brasil)
Jonh Casado (Estados Unidos)
Cláudio Paciullo (Brasil)
6 ANO:1984/1985
CAPA: Robert Giusti (EUA)
ARTISAS PARTICIPANTES:
Robert Giusti (Estados Unidos)
Marcas Califórnia (Estados Unidos)
Ricardo Vansteen (Brasil)
7 ANO: 1985
CAPA: Chris Coppeland (USA)
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Chris Coppeland (USA)
Saul Bass (USA)
Type Directors Club (USA)
8 ANO: 1985
CAPA: Marshall Arisman
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Marshall Arisman (Estados Unidos)
Caligrafia (Internacional)
Portfólio/ Brasil (Brasil)
9 ANO: 1985
CAPA: Chichoni
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Design/ Marcas parte II
( Internacional)
Miran (Brasil)
10
Jeffrey Jones (Estados Unidos) Ucho Carvalho (Brasil) Victor Burton (Brasil)
Caligrafia (Estados Unidos) Ilustração P/B ( Internacional) Grande número de páginas é dedicada ao Manuel Peres (Brasil) Na edição Nº10, Miran publica pela
Ray Barber (Estados Unidos) Desenho (Internacional) Type Directors Club. O TDC 1984 foi uma Rico Lins (Brasil) primeira vez uma seção inteira com seu
Herb Lubalin (Estados Unidos) Claudio Ferlauto (Brasil) exposição trazida ao Brasil com patrocínio Toninho (Brasil) portfólio, ao qual dedica a maior parte
Jaca (Brasil) Cristina Burger (Brasil) da JWT/Brasil e exposta no MASP. Comple- Estúdio A3 (Brasil) da revista. Também é mantida a seção
Montxo Algora (Espanha) David Quay (Inglaterra) ta a edição com a primeira publicação do Design/ Marcas parte I (Internacional) de marcas nacionais e internacionais.
portfólio de Saul Bass. além do trabalho
Dedica parte da edição às ilustrações Além das ilustrações em P/B de diversos artistas, do jovem americano Chris Coppeland. Uma Esta edição tem um espaço dedicado aos
de Luís Trimano e Jeffrey Jones e a edição traz a seção Marcas da Califórnia, seção curiosidade é que a capa desta edição trabalhos dos designers brasileiros Manuel
10
John Casado. A edição continua a
publicação do suplemento Caligrafia
com portfólios dos designers brasileiros Ucho
Carvalho, Ricardo Van Steen, Cristina Burger,
foi pela primeira e única vez feita por um
estudante.
Peres, Toninho Gonçalves, Rico Lins, A3, Victor
Burton e Miran. Além disso traz também a seção
ABCDesign
com trabalhos de Herb lubalin e Claudio Ferlauto e também a seção com o Marcas Design parte 1, com diversas marcas de
Ray Barber. Calígrafo David Quay. designers internacionais e nacionais
11. ANO: 1985/86
CAPA: Miran
Ilustração/Pojucan 11/12
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Capa interna 13/14 ANO: 1986
CAPA: Carlos Nine
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Carlos Nine
13/14 ANO: 1986
CAPA: Saul Bass/Miran
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Saul Bass
15/16 Capa interna 15/16
Diversos Artistas participando das Andrés Cacioli
diversas categorias em trabalhos P/B, Alberto Breccia Esta edição da Gráfica é dedicada
portfólios de Rogério Dias (Brasil) Henrique Breccia exclusivamente ao portfólio do
Don Weller (USA) Jorge Sazol designer americano Saul Bass. O
Design e Ronald material apresentado na revista
Número duplo especial em Shakespear foi motivo de exposição itine-
Preto&Branco, abrangendo os rante no Brasil. A edição publica
trabalhos de artistas com ilustraçôes Esta edição da Gráfica é dedicada também um story-board completo
comercias, grafismo, quadrinhos, totalmente aos trabalhos de do filme de ficção “Quest” de
desenhos de humor inéditos, além de importantes e talentosos ilustra- Saul Bass.
dois portfólios de Rogério Dias (Brasil) dores e designers argentinos.
e Don Weller.
A NOVA FASE
17 18 19 20/21 22
ANO: 1987 ANO: 1988 ANO: 1988 ANO: junho/1988 ANO: 1988
CAPA: Marshall Arisman CAPA: John Alcorn CAPA: Sandra Filipucci CAPA: João Machado CAPA: Melanie Parks
ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES:
Ubirajara Menezes (Brasil) Ferenc Pinter (Itália) Sandra Filipucci (Estados Unidos) João Machado (Portugal) Felipe Taborda (Brasil)
Nego Miranda (Brasil) Bernardoni Lair Leoni (Brasil) Cavalcante & Lula (Brasil) Vasco de Castro (Portugal) Ricardo Pousselot (ESP)
Marcas e Logos (Internacional) Antonio Nássara (Brasil) Mark Summers (Canadá) Manuel Peres ( Portugal) Daniel Pelavin (USA)
Joseph Ciardiello ( Estados Unidos) Marcas Francesc Petit (Brasil) António Antunes (Internacional) 4 Imigrantes (Internaciona)
Milton Glaser ( Estados Unidos ) Brian Grimiwood (Inglaterra) Caricatura/Design (Portugal) Tree (Internaciona)
Dedica grande parte da revista para a seção Foto/ Ilustração (Portugal) Thales Pereira (Brasil)
Nesta edição destaca-se o portfólio do artista Quadrinhos DPZ Campanhas (Brasil)
Dedica partes iguais aos portfólios dos Marcas com vários trabalhos desenvolvidos por
artistas convidados. A edição publica Miran. Também dedica grande parte às ilustra- gráfico Francesc Petit, a seção Marcas Brasil
Esta edição é totalmente dedicada aos trabalhos
também ilustrações de Milton Glaser ções de Ferénc Pinter. Uma das características e os trabalhos de Miran. Além disso traz as A edição destaca o portfólio
de importantes designers, ilustradores, diretores
um dos mais importantes designers desta fase da revista é a mudança de produtor, ilustrações de Sandra Filipucci, Cavalcante & do designer Felipe Taborda, do calígrafo
de arte e fotógrafos portugueses, com destque
do mundo. possibiltando um melhor padrão de acabamen- Lula e Brian Grimwood. espanhol Ricardo Rousselot, do ilustrador
para o portfólio do designer Joâo Machado.
to para a Gráfica. Daniel Pelavin, do designer Thales Pereira,
além do portfólio da agência DPZ. Tam-
bém traz as seções 4 Imigrantes e Tree.
ANO: 1988
CAPA: Caulos
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Zacharon Christopher
(Polônia)
Dads Jerry (Estados Unidos)
23 ANO: 1989
CAPA: M. Zacharow
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Bea Feitler (Brasil)
Frances Jetter (Estados Unidos)
Eliane Stephan (Brasil)
24 ANO: 1989
CAPA: Miran/Carlos Coutinho
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Vilma Slomp (Brasil)
Lisa Beek (Alemanha)
Mariza Dias (Brasil)
25 ANO: 1989
CAPA: Rob Day
ARTISTAS
PARTICIPANTES:
Rob Day (Estados Unidos)
26
ANO: 1989/90
CAPA: Cárcamo
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Gonzalo Cárcamo
(Chile/Brasil)
27
Marcas Califória (Estados Unidos)
Tim Girvin(Estados Unidos)
Caulos (Brasil) Melanie M. Parks (Estados Unidos) Design & direção de Arte (Brasil) Tom Cyrry (Estados Unidos) Carlos Clémen (Argentina/Brasil)
Mediavilla C. (França) Category Fotography Helga Miethke (Brasil) Davis Shannon (Estados Unidos) Mark Penberthy (Estados Unidos)
Márcia “Z” Braga (Brasil) Category Design & A. D. Cristina Ganen (Brasil) Escena (Argentina) Globe Graphic (Internacional)
Cambé Cláudio ( Brasil) Category Typography Marina Willer ( Brasil) The Globe (Internacional)
Leon Kaplan (Brasil) Beatriz Faria Santos (Brasil) Marshall Arisman A edição tem grande parte dedicada
Álvaro Barata (Brasil) Esta edição traz a primeira publicação espe- Jacqueline Leutwiller (Brasil) ao trabalho de Carlos Clémen, mas
Globe Graphic (Internacional) cial dedicada exclusivamente ao trabalho de Cristina Burger (Brasil) A edição é dedicada com partes relativa- também valoriza a seção de marcas e
McCann Erickson (Brasil) diretoras de arte, fotógrafas, ilustradoras e mente iguais a todos os artistas, desta vez o trabalho de Gonzalo Cárcamo, além
designers femininas. Mostra os portfólios de Segunda edição da gráfica destinada somente predominando a ilustração, já que agrega da seção Globe Graphic que traz o
A edição número 23 abre espaço para
uma agência de propaganda, a McCann
Bea Feitler, Frances Jetter, Eliane Stephan e
Melanie Parks, além de grande miscelânea
ao trabalho das designers, fotógrafas, diretoras três excelentes ilustradores. Também traz o
trabalho tipográfico de Tim Girvin e o portfó-
11
trabalho de Mark Penberthy.
de arte e ilustradoras. A edição traz o portfólio
Erickson, mostrar seu portfólios
ABCDesign
com inúmeras outras. das artistas Lisa Beek e Marina Dias. Dedica a lio do estúdio argentino Escena que trabalha
contendo peças gráficas e de televisão. maior parte à seção Design e Direção de Arte, com projetos visuais e de produto.
A seção The Globe Graphic mostra trazendo trabalhos de designers e diretores de
designers locais como o paranaense arte do Brasil.
Àlvaro Gusso.
12. ANO:1990
CAPA: Pojucan
ARTISTAS
PARTICIPANTES:
Pouucan (Brasil)
28
Duffi Design (Estados Unidos)
ANO: 1990
CAPA: Bill Mayer
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Bill Mayer (Estados Unidos)
John Howard (Inglaterra)
Design Brasil (Brasil)
29 ANO:1990
CAPA: Brad holland
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Brad Holland (Estados Unidos)
Bob Wolfenson(Brasil)
Design (Internacional)
30 ANO: 1990
CAPA: Michael Schwab
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Carter Goodrich
( Estados Unidos )
Arnaldo Pappalardo ( Brasil )
31 ANO: 1991
CAPA: Laura Smith
ARTISTAS
PARTICIPANTES: 32
Laura Smith (Estados Unidos)
Seymour Schwast ((Estados Unidos)
Greg Spalenk (Estados Unidos) Globe grafic (Internacional) Globe Graphic (Internacioanal) American Marks ( Int) Type (Japão)
Al Hirschfeld (Estados Unidos) Marzena Kawalerowic (Polônia) Tom Foty (Estados Unidos) Michael Schwab ( Estados Unidos ) David Brier (Estados Unidos)
Ignácio Iturria (Uruguai) Rogélis ( Brasil ) Plauto (Brasil)
Globe Graphics Grande parte destinada às ilustrações do ame- Boa parte da edição é dedicada as Globe Graphics ( Int )
ricano Bill Mayer, além de ilustrações de Jonh ilustrações de Brad Holland, traz também Nigel Buchanan ( Austrália ) Grande parte da edição é dedicada ao
Dedica parte da edição aos Howard e Marzena Kawalerowicz. A edição traz o belo portfólio de Bob Wolfenson, e Tom trabalho do importante ilustrador norte-
trabalhos de Pojucan . A grande também embalagens e marcas desenvolvidas Foty. Nesta edição também são publicadas O número 31 da Gráfica traz os americano Seymour Schwast. Além disso
atração desta edição é a publica- por designers do Brasil e anúncios desenvolvi- as seções Globe Graphic e Marcas Design portfólios dos ilustradores Michael são publicados trabalhos de designers
ção dos trabalhos de um dos mais dos por agências de propaganda brasileiras. internacional com trabalhos de design de Schwab e Carter Goodrich, Rogélis do japoneses. A edição também dedica
importantes designers norte- diversos artistas. Brasil e Nigel Buchanan da Austrália, grande parte ao trabalho do designer
americanos, Joey Duffy. também traz o portfólio do fotógrafo David Brier.
brasileiro A. Pappalardo.
33 34 35 36 37
ANO: 1991 ANO: 1992 ANO: 1993
ANO: 1992 ANO: 1992 CAPA: Kent Williams
CAPA: Klaus Mitteldorf CAPA: Jean- Paul Goude
CAPA: Daniel Zakroczemski CAPA: Kazumi Kurigami (Estados Unidos)
ARTISTAS (França)
ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES:
PARTICIPANTES: ARTISTAS
Makoto Saito ( Japão ) Takao Matsuda ( Japão ) Kent Williams
Klaus Mitteldorf (Brasil) PARTICIPANTES:
Daniel Zakroczemski ( Estados Unidos) Type in Japan (Estados Unidos)
Jay Vigon (Estados Unidos) Tommy Steele (Estados Unidos)
Print Magazine Vittorio Torchetti ( Brasil ) Carrieri (Brasil)
Carlos Alonso (Argentina) Vicente Martin (Uruguai)
Mario Botta ( Suiça ) Saggese Antônio ( Brasil ) Neville Brody (Inglaterra)
Michael Doret (Estados Unidos) Design in California (Estados Unidos)
Miran ( Brasil ) Steadman Ralph (Inglaterra)
Guilherme Zamoner (Brasil) Paul Rogers (Estados Unidos)
Este número traz os portfólios de Makoto Identidade (Internacional)
Arthur M. Casas (Brasil)
Saito e de Daniel Zakrozcemski, mas a O destaque para este número é o portfó-
A edição 33 traz com destaque o Miran( Brasil)
grande novidade fica por conta da publica- lio de Miran, que mostra a força de seu A grande atenção desta edição é para
trabalho do fotógrafo brasileiro Klaus
ção de um maravilhoso portfólio do arquite- trabalho nas diversas áreas do design a publicação do portfólio do britãnico
Mitteldorf. Também são publicados A edição traz várias capas do designer Tommy
to suiço Mario Botta. Além disso a edição gráfico. Também traz os portfólios de Takao Neville Brody, um dos mais importantes
os portfólios de Michael Doret, Jay Steele. Publica também os portfólios dos
também traz as seções Print Magazine e Matsuda, do designer de produto brasileiro designers gráficos do mundo. Além disso
Vigon, Carlos Alonso e Guilherme Ilustradores Vicente Martins e Paul Rogers e
Marcas americanas. Vittorio Torchetti e do fotógrafo Saggese a edição traz também o trabalho dos
Zamoner do Brasil. também de Miran. Ainda abre espaço para a
Antônio, além da seção Type in Japan com ilustradores Kent Williams, Steadman
seção Design Made in California com marcas
vários trabalhos de tipografia do Japão. Ralph e a seção Identidade.
e peças gráficas.
38 39 40 41 42
ANO: 1993 ANO: 1993 ANO:1994 ANO:1994 ANO:1994
CAPA: Eric Dinyer CAPA: Allain le Foll CAPA: Bruno Monguzzi CAPA: Fred Otnes CAPA: Louis Faurer
ARTISTAS ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES:
PARTICIPANTES: Allain le Foll (França) Bruno Monguzzi (Suiça) Fred Otnes (Estados Unidos) Appearances (Estados Unidos)
Eric Dinyer Louise Lilli (Estados Unidos) Ricardo Elkind (Brasil) Silvia Ribeiro (Brasil) Torreni Peret (Espanha)
(Estados Unidos) Saul Steinberg (Romênia) George Stavrinos (Estados Unidos) Design Interface (Brasil) Wieslan Rosocha (Polônia)
Posters (Internacional) Iury Bueno (Brasil) Design Product Design Igarashi (Japão) Hans Hillman (Alemanha)
Design World (Internacional) Design (Brasil) Architecture Exhibit (Internacional) Tipographicka (Internacional)
Claudio Avarez (Argentina) Typography (Internacional)
Sem dúvida a grande atenção para esta O designer Bruno Monguzzi é a grande Typographycka Eiko (Japão) Edição especial totalmente em P/B. A edição
Esta edição traz o trabalho do ilustra- edição é o portfólio da designer norte- atração desta edição. Além dele também traz a Seção Appearances com trabalhos de
dor Eric Dinyer, porém grande parte da americana Louise Filli. Mas a edição não o trabalho de George Stavinos e as seções Esta edição dedica grande parte aos fabulosos diversos fotógrafos de revista de moda. A
revista é dedicada à seção de Posters fica só nisso, publica também as fantásticas Marcas do Mundo e Architecture que traz trabalhos de Fred Otnes e do designer japonês edição traz ainda os portfólios dos ilustra-
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Internacionais e Marcas. Além disso
a edição também traz o trabalho do
ilustrações em litografia do francês Allain le
Foll, além do também fantástico trabalho do
vários desenhos de Arquitetura completam
a revista.
Takenobu Igarashi. Além disso a edição também dores Wieslan Rosocha, Hans Hillman e os
traz os trabalhos da designer Silvia Ribeiro e as trabalhos de escultura e de design gráfico
ABCDesign
argentino Claudio Alvarez. ilustrador Saul Steinberg. seções tipografia World e Exhibit Design. de Torreni Peret.
13. 43/44 45 46
ANO: 1995 Capa interna da edição Nº 43/44, ANO: 1995 ANO: 1995/1996 Capa interna da edição Nº 46
CAPA: desenho de Frank Lloyd Wright CAPA: Takenobu Igarashi CAPA: Miran/Foto: Cassina/Itália
Frank Lloyd Wright ARTISTAS PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES:
ARTISTAS Takenobu Igarashi (Japão) Charles Rennie Mackintosh
PARTICIPANTES: Cassina
Frank Lloyd Wright , Robert Adam, Étienne- Edição especial dedicada totalmente ao tra-
Louis Boullé, Karl Friedrich Schinkel, Violet-le Duc, balho do designer japonês Takenobu Igarashi, Edição especial com 180 páginas dedicada ao
Nurnberg School, Donato Bramante, Leonardo da sendo que são publicados inúmeros trabalhos trabalho de Charles Rennie Mackintosh. Um
Vinci, Buonarroti, Sir matthew Digby Wyatt, Alfred
de design de produto, gráfico e esculturas. artigo de 20 páginas é dedicado a “Cassina”
Waterhouse, Otto Wagner, Antonio Sant’elia e Hugh
Ferris além de outros. Arredamenti/Itália-série “Cassina I Maestri”.
Edição especial com mais de 300 páginas e baixis-
síma tiragem. Dedicada totalmente aos trabalhos
de arquitetos, sendo que 70% ao trabalho de Frank
Lloyd Wright. A novidade é que nesta edição são
utilizadas várias técnicas de impressão, xerox,
serigrafia, off-set, impressões heliográficas e
digitais.
47 48 49 50
ANO: 1996/1997 ANO: 1997/1998 ANO: 1999/2002 Capa interna da edição Nº 49 ANO: 2000
CAPA: Eduardo Benito CAPA: Edouard Cazaux/1925 CAPA: Eugène Mihaesco CAPA: André François
ARTISTAS Foto: Richard Ball /Matt Mahurim/ David Carson ARTISTAS
PARTICIPANTES: ARTISTAS PARTICIPANTES: PARTICIPANTES:
Jean Carlu ( França), Charles Loupot Gráfica-Art Decó Parte 2 Laura Smith (Estados Unidos) André François
Cassandre ( França ), H. Mercier, Paul Colin Continuação da edição 47 com trabalhos em Seymour Schwast ((Estados Unidos) Peret
( França), Mauzan, Sepo, Seneca, William de art decó em livros, bookbinding, design de Type (Japão) Ciardiello
Welsh, M. F. Agah, Binder, Gustav Jensen, objetos em geral, mini esculturas e fachadas David Brier (Estados Unidos) Fotógrafos do Brasil
Lucian Bernard, Lousie Filli, Carin Golden- de edifícios argentinos, franceses e diversos Plauto (Brasil) Desenhos a bico de pena de ar-
berg, Paula Scher. nos Estados Unidos, especialmente em Nova quitetos
York, Chicago e Miami. Após alguns números com baixa tiragem, a Selos comemorativos
Gráfica-Art Decó Parte 1 Gráfica 49 volta a ser produziha em grande
Edição com trabalhos de artes gráficas quantidade. A revista traz o trabalho de David Edição mista com portfólios de
do período das décadas de 1920 e 1930. Carson, Andre François, Eugène Mihaesco, do Ciardello, Peret e fotógrafos diversos.
Contém diversos posters e insertado um fotógrafo Carlos Teixeira e a Seção Áurea, com Além disso traz também a história
caderninho especial com capas de Benito portfolios de ilustradores argentinos. dos selos comemorativos entre 1910
para a Vogue de 1921 a 1934. e 1920 e desenhos a bico de pena
por arquitetos.
ANO: 2000/2001
CAPA: Ken Cato
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Ken Cato ( Austrália) 51
Caricaturistas e Ilustradores brasileiros
Cássio Loredano ( Brasil), Luís Trimano, Ja-
Capa interna da edição Nº 51 ,
ilustração de Ken Kato
ANO: 2001/2002
CAPA: Bill Mayer
ARTISTAS PARTICIPANTES:
Bill Mayer ( Estados Unidos)
Theo Dimson ( Canadá )
Carlos Nine ( Argentina )
52 Portfólio de Oswaldo Miranda / Miran
Miran 20 anos de design Gráfico, editado entre
os anos de 1987 e 1988 no mesmo formato da
guar, Caulos, Zélio, Luis Gê, Irmãos Caruso, David Carson ( Estados Unidos) Revista Gráfica
Ziraldo, Claudius, Laerte Phillip Starck ( França ) Tipografia
Formandos do Curso de Design da PUC/PR
Edição especial em preto e branco, sendo
que grande parte da edição é dedicada ao Esta edição marca o reinício da periodicidade da Gráfica.
trabalho do designer australiano Ken Kato e Como presente ela traz os trabalhos de Bill Mayer, Theo
sua produção de marcas, logos, ilustrações,
design editorial, calendários e design de
Dimson e Carlos Nine, além de miscelâneas de David Carson
e Phillippe Starck. As grandes novidades são o número de
13
produto. A edição traz também uma mostra páginas e o custo mais acessível, possível graças à parceria
ABCDesign
de caricaturistas e ilustradores brasilei- da Gráfica com a gigantesca Editora Escala. Além disso outra
ros. A edição finaliza com artigo do prof. novidade é a publicação de trabalhos de formando em design
Joaquim da Fonseca “ Caricaturas” . da PUC/PR.
14. Portfólio do ilustra-
dor brasileiro Jack
Ronc, publicado na
edição número 1 da
revista Gráfica
Expoentes do Canadá, Espanha, Portu-
gal, Suíça, Alemanha, Estados Unidos,
Japão, Inglaterra, França, Polônia,
Itália, Uruguai, Austrália e Argentina
Os grandes profissionais nas páginas da Gráfica esbanjaram charme e sofisticação nas
Passados 18 anos da publicação do primeiro número da Gráfica, muita coisa páginas da Gráfica. As importantes
mudou no universo do design gráfico. Revolucionárias tecnologias digitais conexões internacionais de Miran e seu
alteraram completamente os processos de criação e utilização de imagens. incomparável faro para identificar talen-
Apesar das enormes e constantes inovações, a Gráfica nunca se deixou tos pelo mundo afora foram decisivos
levar por modismos, mantendo a fidelidade e a coerência de sua proposta, para a concepção e o lançamento de
vinculada exclusivamente ao altíssimo padrão de qualidade que permeia a edições duplas especiais como “Gráfica
publicação da primeira à última página. Exatamente por isso foi – e ainda Design/Argentina”, “Gráfica Women/
é – uma das poucas publicações voltadas para o design a valorizar trabalhos Design vols.1 e 2”, “Gráfica Iustração
de ilustradores. em P&B”, “Gráfica Saul Bass”, “Gráfica
A preservação do projeto e dos ideais da Gráfica ficam ainda mais evidentes quando Design Portugal”, “Gráfica Charles
se tem a chance de folhear as primeiras edições e compará-las às mais recentes. O Rennie Mackintosh” e “Gráfica Master-
passado, o presente e as tendências de futuro do design são acompanhados de pieces of Architetural Drawing”.
perto, revelando uma capacidade rara de evoluir sem perder a identidade, inovar O papel fundamental desempenhado
sem abrir mão dos princípios fundamentais. Tudo isso, envolto num trabalho que pela revista curitibana no cenário nacio-
transborda talento e elegância, foi fundamental para conseguir atrair e reunir nal e mundial do design também fica
designers, ilustradores, diretores de arte e fotógrafos de diversos países. claro em função do espaço conquistado
por ela em importantes publicações
internacionais como “World Graphic
Design Now/ Editorial, Vol.5”, editado
no Japão, “Magazines Inside & Out”
de Steven Heller e Tereza Fernandes
( PBC Publisher/USA) e “Typographic
Communication Today” de Edward M.
Gottschall (MIT Press/USA ).
No Brasil, a importância da Gráfica está
registrada na recente publicação da
Editora Abril, “A Revista no Brasil”, na
Trabalho de Design de
mobiliário desenvolvido qual é reconhecida como uma das mais
pelo arquiteto suiço
marcantes publicações no mercado
Mario Botta, publica na
edição 34 da Gráfica editorial brasileiro, apesar de seu caráter
independente. No livro “Gráfica – Arte
e Indústria no Brasil”, que documentou
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ABCDesign
15. Alguns dos artistas brasileiros que desfilaram pela Gráfica
José Zaragoza, Francesco Petit, Felipe Taborda, Rico Lins, Ricardo Van Steen, Ucho Carvalho, Cláudio Morato,
Sérgio Liuzzi, Rogério Martins, Ubirajara Menezes, Adeir Rampazzo, Chico e Paulo Caruso, Jaguar, Caulos, Kélio
Rodrigues, Rubens Grilo, Helga Miethke, Mariza Dias, Eliane Stephan, Silvia Ribeiro, Cristina Burger, OZ (Ronald
Kapaz/ André Poppovic/Giovanni Vannuchhi), DPZ, McCann Erickson, Interface Design, Rodolfo Vanni, Mauro
Peres, Renato Renner, Thales Pereira, Jaca, Qu4tro Arquitetos (Estúdio), Arthur Casas, Lula & P. Cavalcante,
Solda, Caulos, Carlos Clémen, Gonzalo Cárcamo, Trimano, Cláudio Ferlauto, Pojucan, J.R. Duran, Bob Wolfenson,
Klaus Mitteldorf, Arnaldo Pappalardo dentre outros que não foram citados.
Alguns dos artistas internacionais que desfilaram pela Gráfica
Milton Glaser, Seymour Chwast, Saul Bass, Marshall Arisman, Michael Schwab ,Daniel Pelavin, Brad
Holland, Fred Otnes, Louise Fili, Ralph Steadman, Saul Steinberg, Helmut Brade, André François, The Duffy
Design Group, John Howard, Takenobu Igarashi, Robert M. Cunningham, Makoto Saito, Bruno Monguzzi,
Mario Botta, Michael Doret, Vivienne Flesher, Robert Giusti, Rosocha Wieslaw, Hans Hillman, Ignáccio de
Iturria, Montxo Algora, Jerry Dadds, David Quay, Brian Grimwood, Escena Diseño, Tommy Steele, John Ca-
sado, Mark Summers, Alan E. Cober, Hermenegildo Sábat, Crist, Alain Le Fool, Peret, Christopher Zacharow,
Sandra Filippucci, Jay Vigon, Eugéne Mihaesco, Laura Smith, Melanie M. Parks, Eric Dinyer, Jeffrey Jones,
Ferénc Pinter, Takao Matsuba, Kent Williams, Luís Scafati, Neville Brody e David Carson, Michael David
Brown, Fernando Medina, Michael Manvaring, Tom Foty, Daniel Zakroczemski, Joe Ciardiello, Rob Day, David
Shannon, Tom Curry, Tom Girvin, Mark Penberthy, Gary Kelley, Greg Spalenka e Carter Goodrich, Marzena
Kawalerowicz, Nigel Buchanan, David Brier, Paul Rogers, Bill Mayer, Joe Ciardiello, Al Hirschfeld dentre
outros que não foram citados.
os 180 anos de história deste setor ter sua revista viva e pujante de idéias. A Gráfica número 52 traz o trabalho do im-
da indústria (um projeto editorial de Dentro deste panorama, a Gráfica foi portante caricaturista e ilustrador argentino
Margarida Cintra Godinho e Sylvia e continua sendo o principal meio de Nine (que trabalha também para os mercados
Monteiro para a Bandeirantes S/A divulgação do design nacional. E, por norte-americano e europeu), o designer cana-
Gráfica e Editora), a revista Gráfica saber disso, Miran conseguiu fazê-la so- dense Theo Dimson e o norte-americano Bill
é registrada como uma publicação breviver aliando um talento primoroso a Mayer (que apresenta um artigo sobre tipo-
grafia) , além de artigos de designers brasi-
revolucionária e criativa em seu um espírito de luta raramente visto no
leiros e do exterior sobre embalagem, marcas
segmento. mercado editorial brasileiro.
e fotografia editorial. Mais do que um gesto
de esperança e uma prova inegável de garra e
Perseverar é preciso O número 52 e o futuro profissionalismo, a edição de número 52 rea-
O terceiro milênio trouxe boas cons- A partir da edição 52, a Gráfica passa
firma a posição desta revista como um marco
tatações para as artes gráficas no a contar com o patrocínio da Editora das artes gráficas, resumindo sua história em
Brasil. Hoje já se pode afirmar, sem Escala, que investiu em estrutura física tempos modernos. Sem medo de errar – ou
medo, que o design brasileiro atin- e equipamentos de última geração, exagerar – pode-se dizer que a Gráfica guarda
giu sua maturidade profissional. É possibilitando não apenas qualidade, em si mesma a essência do próprio design,
claro – todos sabemos e o mercado mas também agilidade e periodicidade que é um misto de talento, arte, elegância e
reconhece – que ainda há muita coisa garantidas. Outra boa notícia, para ousadia.
a melhorar. E, mesmo num contexto aqueles que sempre acompanharam
negativo de desigualdades sociais e a revista Gráfica, é que, em breve,
Para adquirir sua Gráfica 52
A partir de dezembro de 2001, poderá
econômicas, que tanto perturbam e algumas edições anteriormente publi-
ser contata a Editora Escala ( São Paulo )
atrasam todos os segmentos culturais cadas com tiragens reduzidas serão
pelo Fone: 11 3966-3166, a Opera Gra-
e profissionais do país, o design con- relançadas pela editora Opera Gra-
phica e Comix Bookshop ( São Paulo )
seguiu alcançar seu espaço porque phica e Comix Bookshop, de Carlos
pelo Fone: 11 883-2142
contou com a dedicação e o talento Mann, parceiro da Gráfica nesta
de inúmeros profissionais e de asso- nova empreitada. Inicialmente estão
Ericson Straub
ciações de classe. programados os relançamentos da
Designer, Especialista em
A síntese deste verdadeiro movimen- Série Marcas Fortes 1 e 2, e as edi-
História da Arte, Mestrando
to de resistência é representada pelo ções 43/44, 45, 46, 47,48 e 50 em
trabalho de Miran que - apesar das forma de revista objeto para uso, em Engenharia da produção/UFSC,
dores e pesares infligidos pelo mer- como agenda/notebook. Nas próxi- Professor do Curso de Design da
cado editorial, associadas à sempre mas edições da Gráfica, as datas de Universidade Tuiuti do Paraná.
trepidante e movediça condição da relançamento destes produtos serão
15
economia brasileira - conseguiu man- divulgadas previamente.
ABCDesign
16. ideologia e tecnologia
Robson Oliveira
O primeiro ícone rabiscado em uma pré-histórica ca-
pré-história
verna criou a possibilidade da comunicação visual, ou
melhor, criou a própria comunicação visual. Aquele sim-
ples rabisco modificou para sempre a sorte dos nossos
ancestrais, tornando-se um elemento vital para algumas
decisões. O animal rabiscado significava a comida. Es-
tava criado, então, o primeiro menu ilustrado de que se
tem notícia. A todo momento que alguém apontava o
bicho, ou era hora do almoço ou era hora da caça.
O ato do nosso pré-histórico designer, o famoso “Peter
Kantropo”, dá a todos nós, que temos o ofício de criar
formas bi ou tridimensionais a partir de nossa imagi-
nação, algumas importantes lições. Primeiro pelo cará-
ter ideológico de sua ação. Ao desenhar para outros,
“Peter” estava socializando uma informação que, até
aquele momento, era só dele. Daquela forma, ele havia
criado a possibilidade de que seus pares pudessem par-
ticipar de seu conhecimento e, mais do que isso, pudes-
sem usá-lo para tornar mais fácil a vida de todos.
16
16
A B C D e s isgi n n
ABCDe g
17. socialização da informação
Em segundo lugar, é preciso levar em conta a multidisciplinaridade
do ato de “Peter”, pois para chegar ao produto final, ele teve de
analisar a forma observada, dimensioná-la em uma escala possível
de realização, criar ferramentas para a execução do trabalho,
estudar o público alvo e executar o seu traba-
lho em um lugar que pudesse ser visto
e conservado. Esta é, a meu ver, a
essência do design e a forma
como devemos entendê-lo:
um misto de ideologia,
multidisciplinaridade
e talento.
ideologia
Tanto na pré-história quanto hoje, o design é uma
ferramenta para buscar comida. É um ganha pão para
alguns e, para outros, uma arma de caça aos consumi-
i d e o l o g ia é força que move, anima, diferencia
dores. Tanto no tempo das cavernas quanto na era dos talento,
computadores, o designer, para se comunicar, precisa mas falta
de talento. Mas o que quero observar, mesmo, não são alma, ousa-
as semelhanças existentes entre as duas épocas mas, dia. Falta vontade de
sim, as diferenças. A primeira diferença diz respeito ao revolucionar e de se criar o Novo sobre os
caráter ideológico de nosso trabalho. Nos últimos 10 escombros da nossa decadente e desorien-
anos, o design e os designers perderam muito da força tada civilização. Isto me faz lembrar de uma
e da qualidade ideológica presentes nos trabalhos do frase do anarquista catalão, Durruti, em
começo do século e, principalmente, nas décadas de 50 1937, logo depois de saber do bombardeio
e 60. Talvez a queda do muro de Berlim, em 90, tenha aéreo da cidade de Guernica - o primeiro
derrubado consigo muito do inconformismo e ousadia bombardeio do gênero que se tem notícia
latentes em muitas penas e pincéis. e que, inclusive, gerou o célebre mural de
Independente dos motivos, percebo que nos trabalhos que Picasso. “Não importa que a burguesia
andei pesquisando antes de redigir este texto, tanto nas ar- com suas bombas destrua o mundo inteiro.
tes gráficas quanto no design de produto, existe hoje uma Sobre os escombros, construiremos um
enorme preocupação em agradar o mercado, ou agradar mundo novo, pois trazemos o novo em
o cliente. Tenho visto muita coisa boa feita por gente de nossos corações”’, disse Durruti. 17
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A B C D e s isgi n n
ABCDe g