Este documento discute vários tópicos relacionados à banda desenhada, incluindo:
1) Uma opinião sobre humor e banda desenhada, questionando se o gênero está em declínio.
2) Breves biografias de três heroínas da banda desenhada: Lulu, Mónica e Mafalda.
3) Uma recomendação de livros das Aventuras de Tintim.
4) Um anúncio do 1o aniversário de Astérix e Obélix.
Banda Desenhada e humor na Gazeta da Escola Secundária
1. Escola Secundária Severim de Faria
Gazeta
Especial Banda Desenhada Série IV
Edição 6
Astérix e Obélix com Opiniões e opiniões:
o Humor e a BD, Dezembro
50 anos! pág. 4 2009
Opinião sobre
As Aventuras
de Tintim e 1º
E ainda: “ O
Aniversário de antes, o agora e
Astérix e o depois da
Obélix, Biblio”, pág. 3
pág. 5
O estranho Caso de Benja-
min Button em
5 Dedos de Conversa,
pág. 3
Mutações genéticas
e impactos sociais
Criadores de BD na Severim com Calvin e
Hobbes, pp 8-11
Humor à solta,
pág. 7 Ficção científica:
Extermínio 2029
Receita aos
de Luís Camacho, quadradinhos,
pág. 12 pág. 6
Conhecer o autor,
pág. 11
Cinema com
A B.D. e cursos
o sentido tecnológicos
da e profissio-
vida, nais,
pág. pág. 6
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7 Gazeta, edição 6
2. Editorial
Comunicar através de imagens é uma história antiga que remonta à Pré-História. Retratar a realidade
mediante ícones, desenhos, imagens, bonecos, pinturas é, ao fim e ao cabo, uma tendência inata ao
Homem, desde sempre e, quiçá, até sempre. Neste primeiro número da Gazeta, a inaugurar este
ano lectivo, por que não remontar aos primórdios e festejar a imagem?
Gravada nas rochas, nas pedras, poder-se-ia dizer que foi essa a origem da Banda Desenhada. Só
depois o papel, o jornal, a revista, o livro; só depois a imagem animada, na televisão, no cinema, a
encantar miúdos e graúdos, a entreter, a animar, a fazer sonhar, a fazer crescer...
Apelidada de a nona arte, a BD, será talvez por isso acusada de arte menor. Esquecem-se que, no
top dos dez, a categoria continua a ser “A ARTE” e, que, para além de Arte, é talvez a primeira
manifestação de leitura tocada e apreendida no processo de leitura do ser humano. Se não a BD,
pelo menos o livro com imagens. Este surge antes de tudo, até que o peso da palavra se instale e o
relegue para segundo plano, muitas vezes desprezando a tal “arte menor” como se esta fosse um
pecado para iletrados.
Possuir o “engenho e a arte” do traço, seja a cores ou a preto e branco, não é para todos, por isso
queremos aqui dedicar a esses alguns, umas palavras e algumas páginas.
Este era o desafio inicial, se afinal não conseguimos ir mais além é porque, de facto, a palavra
continua a ter mais peso, talvez porque a imagem é inevitavelmente acompanhada da palavra, do
texto. Por outro lado, ficámos também a saber que apesar de muitos alunos fazerem poucas leituras
e de muitos afirmarem que só lêem livros aos quadradinhos, afinal estes reduzem-se a dois ou três
autores cliché. Onde estão os grandes amantes da BD que nos revelassem novos autores nacionais
e internacionais? Como encontrámos poucos, esperamos que depois deste número muitos mais se
revelem…
Paula Vidigal
Ficha Técnica
Arranjo, concepção gráfica e
revisão Colaboradores deste
Paula Vidigal número Com o apoio de:
Equipa redactorial 12º AS
Paula Vidigal Bruno Alves
Inês Ferreira Carlota Caleiro
Carlota Caleiro C. Gil
Agradecimentos David Chorão
Direcção da ESSFaria Duarte Alves
Ana Paula Fadigas Inês Ferreira
Ana Paula Ferrão Leonor Saraiva
António Cravo Luís Camacho
Filipa Fialho Maria João Banha
Maria del Mar Mª Margarida Figueira
Maria Teresa Horta Paula Vidigal
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Gazeta, edição 6
3. Notícias dos 5 Dedos de Conversa
Desta vez, com alguns dias de atraso devido às obras, os 5 De-
dos arrancaram com um conto também
adaptado para cinema: O Estranho
Caso de Benjamim Button, de F. Scott
Fitzgerald. O público, esse, já conhe-
cedor destas andanças, continua a
comparecer.
Esta história estranha e cheia de iro-
nia, nasce para provar que a vida não
tem sempre de decorrer da mesma forma, ou seja, que a sua
melhor parte tem de ocorrer no início da vida e a pior no fim.
Assim, Benjamim vem ao mundo com aparência de um homem de
70 anos e vai rejuvenescendo à medida que a história e o reló-
gio cronológico avançam.
Para quem já viu o filme, não espere rever o que viu na grande
tela. Apesar de se partir da mesma ideia, o conto é bastante
diferente. Adiantamos que tem menos peripécias, mas muito
mais ironia e crítica.
Para quem ainda não percebeu (este ano a publicidade não tem
sido o nosso forte, porque tudo vai mudando na escola - ver
artigo abaixo), os 5 Dedos continuam às quartas no intervalo
grande.
O antes, o agora e o depois da Biblio
Tudo muda, até uma biblioteca Antes
Que a Escola está em obras já toda a gente sabe.
Que a Biblioteca mudou de local e ainda mudará
mais uma ou outras vezes até ao seu destino final
é que nem todos sabem, mas breve o saberão.
Como será a futura e definitiva Biblioteca só
poucos o saberão: os arquitectos e quem já viu a
planta, o mesmo será dizer, todos os professores
da escola e poucos alunos. Mesmo assim, quem sabe
só imagina porque apenas viu um desenho num papel, Agora
uma maqueta feita de traços e rabiscos. Onde
será? Isso sabemos, no ex-auditório agora
convertido em Secretaria, daqui a uns dias um salão
fantasma.
E os recém-chegados alunos nem a antiga
Biblioteca conheceram, isto é, a do ano passado,
porque este ano tudo é relativamente antigo e o
que é novo desconhece-se. Depois
Ficam as imagens para recordar, porque pelos
vistos neste ano lectivo tudo é efémero.
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4. Opiniões e opiniões
Humor e B. D.
O humor faz parte do ser humano. É uma característica inegável, presente em cada um de
nós, por mais reprimido que seja. Pertence-nos como qualquer outra emoção, como a tristeza
e a felicidade. É algo tão natural que pode ser detectado noutros animais, como elefantes.
É uma sensação que pode ser encaixada em todos os contextos possíveis, se bem que nem
sempre com os melhores resultados. Pode ser moldada em qualquer feitio ou forma. Pode
aparecer sob a forma de uma anedota, um ritmo musical, uma imagem, uma citação ou situação
no teatro ou no cinema, uma paródia na televisão… A sua presença pode ser absoluta, sendo todo o conjunto uma
grande piada, ou então apenas um pequeno detalhe, quase invisível, que arruína a sisudez de qualquer situação.
A banda desenhada é uma das formas de expressar humor. Consiste geralmente numa piada curta – e muitas vezes
seca – expressa sobre a forma de desenhos básicos. Elas contam uma história, simples e cuja piada, na maioria dos
casos, supera os limites do óbvio. O estilo do autor muitas vezes contribui para a piada, especialmente quando as
personagens são caricaturas de estereótipos bem conhecidos.
Apesar de ser uma forma de arte bastante conhecida, pode-se dizer que se encontra em declínio. De tantas vezes ser
repetida, imitada, reutilizada, reciclada, perdeu a graça. As mesmas piadas e os mesmos estereótipos já foram de tal
modo usados e reutilizados, que já perderam a originalidade e frescura que possuíam no século XX. O que outrora nos
fazia rir agora faz-nos chorar. Como é que aquela piada, que nos fez rir durante um dia inteiro, pode ser assassinada
de maneira tão brutal? Quem é que é capaz de pegar nesta frase de ouro e torná-la tão ridícula, ao ponto de nos fazer
chorar?
A esperança ainda não morreu. Apesar de ter encontrado um beco sem saída nos jornais – o seu principal meio de
divulgação – a banda desenhada ainda pode ter esperança. O mesmo espírito que originou a banda desenhada voltou a
surgir. Mudam-se os estilos, os temas, as piadas, as linhas… A única coisa que nunca muda é a sua missão – trazer um
sorriso ao rosto mais fechado.
Leonor Saraiva, 12º CT2
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Banda Desenhada – Humor (feminino) sem idade
entra”. Nos Estados Unidos dos anos 30, a banda
Os povos felizes não têm história. Portanto não desenhada criada por Marge serviu de mote às
têm heróis. lutas feministas.
Roger -Gérard Schwartzenberg Mónica, cuja criação foi baseada na filha do
cartoonista brasileiro Maurício de Sousa, com o
Segundo a citação em epígrafe, os heróis só surgirão mesmo nome, era uma personagem “super forte”,
em momentos difíceis para resolver situações de decidida, lutadora, rebelde, mas, ao mesmo tempo,
conflito, incompreensão e revolta. Poder-se-á feminina e poética. Tinha um cão chamado
concluir que não somos um povo feliz devido à Monicão e um coelho de peluche chamado Sansão,
profusão de heróis que têm emergido ao longo das que a acompanhava sempre e que servia de arma
eras, reais uns, lendários outros. de arremesso para bater nos rapazes.
Os heróis imaginários da Banda Desenhada, que Mafalda, menina de seis anos, detestava sopa
surgiram em quase todos os países do mundo, têm e adorava os Beatles. Apesar de se comportar
algo em comum: tentam restabelecer a ordem como criança que era, possuía um sentido muito
social a partir do caos. Existe também nos mesmos agudo da existência, questionando o mundo à sua
(ou nos seus autores) uma intenção crítica muito volta. A sua preocupação com a Humanidade e a
forte. Paz Mundial, a sua revolta contra a guerra, a fome
Quando pensamos em heróis, pensamos apenas no e as injustiças sociais transformaram-na numa
masculino, no entanto têm surgido, um pouco mais personagem muito popular na América Latina.
tardiamente, algumas heroínas que urge destacar. As que Apesar da distância espacial e temporal, o que será que
salientamos nasceram todas no continente americano e, unia estas três meninas de vestidos vermelhos e cabelos
actualmente, são todas adultas: a Lulu com 74 anos, a Mónica negros? Talvez o facto de serem contestatárias,
com 46 anos e a Mafalda com 45 anos. Os seus autores defenderem de forma intransigente os seus ideais e
foram, respectivamente, a norte-americana Marjorie estarem à frente do seu tempo.
(Marge) Henderson Buell, o brasileiro Maurício de Sousa e Se o humor é a revolta superior do espírito, nas palavras
o argentino Quino. de André Breton, os autores destas personagens,
Lulu, ou Luluzinha, era uma menina muito inteligente, conseguiram, de forma sublime, expressar a sua visão
corajosa e criativa, que lutava contra a discriminação crítica do mundo através da inocência, da pureza, da
feminina, procurando vencer os rapazes, nomeadamente o perspicácia e da curiosidade infantis.
amigo Bolinha (Tub), que tinha criado o clube “Menina não C. Gil
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Gazeta, edição 6
5. Livros e mais livros... de Banda Desenhada, claro!
As aventuras de Tintim
Esta colecção, originalmente intitulada de “Les
Aventures de Tintin”, foi criada pelo autor francês
George Prosper Remi, mais conhecido por Hergé,
a 10 de Janeiro de 1929. É composta pelos relatos
das aventuras (e desventuras)de um jovem e
corajoso jornalista chamado Tintim (em
francês,Tintin), sempre acompanhado do seu fiel
e inteligente amigo canino Milu (Milou) .
O leitor acompanha as suas aventuras, quer sejam
pelos vastos desertos de África ou pelos picos
cheios de neve da Sibéria, repletas de
personagens sérias ou engraçadas. A verdade é
que esta colecção, repleta de humor, acção e até romance, e as suas
personagens, Tintim e Milu, não desiludem e continuam a cativar todos as
pessoas que têm a sorte de abrir estes magníficos exemplares da boa banda
desenhada.
Recomendo vivamente os livros: “As Jóias de Castafiore”; “Os Charutos do
Faraó” e “A Estrela Misteriosa”.
Inês Ferreira, 8º D
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1º aniversário de Astérix e Obélix – o Livro de Ouro
Meio século depois do nascimento dos irredutíveis heróis gauleses,
Astérix e Obélix vêm festejar o seu aniversário.
O livro, editado em Outubro deste ano, abre com prefácios do próprio
Astérix e de Anne Goscinny, filha do falecido argumentista, René
Goscinny.
O enredo começa logo com uma novidade fantástica: todas as
personagens da conhecida aldeia gaulesa envelheceram de facto! Há
filhos, netos, dentes postiços, crises de gota, cabelos brancos, porém,
a mesma energia, as mesmas lutas, o mesmo sentido de humor, até
que, o próprio Uderzo surge e se vê forçado a alterar o rumo à
história…
Depois disso, as atenções fixam-se nos aniversários dos inseparáveis
amigos (não se esqueçam que nasceram no mesmo dia!), com alusões pitorescas e cheias de sentido
de humor à modernidade. Só para aguçar a curiosidade: Obélix surge com um “new look” graffitando
paredes; os Beatles também aparecem, bem como reproduções de quadros famosos, como a Monalisa,
O Grito…
Comprovem vocês mesmos e, já agora, surpreendam-se com o final da história, que foge à regra do
epílogo tradicional de Uderzo e Goscinny.
Paula Vidigal
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Gazeta, edição 6
6. Dia da Alimentação, receita aos quadradinhos
Dia 16 de
Outubro,
Dia da
Alimenta-
ção
Ingredientes:
patatas
lata de bonito
huevo duro
cebolla muy picada
lengostinos
zanahorias
pimiento morrón
mahonesa
Carlota Caleiro,
8º ano
Actividades com imagens
Das actividades de 1º período realizadas no âmbito do Curso Tecnológico de Acção Social/ Animação
Sócio-Cultural, destacamos aqui as relacionadas com o Cinema e a Animação de Bibliotecas, com cartazes
feitos pelo 12º AS.
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Gazeta, edição 6
7. A Banda Desenhada e o sentido da vida
Mafalda mostra um grande interesse face à muitos o fazem. Devemos reflectir profundamente
questão: “por que estamos aqui?”. Pelo contrário, para tentarmos atingir o que consideramos verdade,
o Filipe revela uma total apatia face a essa ou pelo menos aproximarmo-nos dela. De que serve
pergunta, e responde como muitas pessoas viver num mundo que não compreendemos?
costumam fazer, dizendo que não fazem a mínima Penso que é errado adormecermos com o hábito. Os
ideia e que um mundo melhor é um filósofos não precisam de
mundo sem questões desse género. grandes acontecimentos para
O que penso é que o Filipe, ficarem admirados; coisas
confrontado com este tipo de para nós banais, para eles são
questão, diferente de todas as o início de discussão e
outras, apercebe-se de que não reflexão.
consegue responder, talvez porque Tentemos que o espírito da
ainda não dedicou tempo nenhum à interrogação irrompa em nós
reflexão pessoal, talvez porque nem mais vezes. Tentemos ser
sequer existe uma resposta mais sábios, sabendo, apesar
totalmente verdadeira. de tudo, que não o somos e
Nenhum de nós deve seguir o seu que na realidade nada
exemplo, não devemos ficar sabemos!
satisfeitos na ignorância como Bruno Alves, 10º
Humor à solta, por David Chorão
Fosters Death, 2 Treta
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8. Temas da Ciência em Banda Desenhada: Mutações genéticas e impactos sociais
E porque há sempre formas criativas de apresentar trabalhos, divulgamos aqui uma abordagem diferente
do tema“Mutações génicas e impactos sociais”, explorado na disciplina de Biologia e Geologia, de 10º
ano. Calvin e Hobbes são os heróis e, por detrás deles, outros heróis: Duarte Alves, Maria João Banha
e Maria Margarida Figueira.
Hobbes, Hmm... Tenho
preciso de ajuda! então que falar Ah!
Tenho que fazer e qual é o sobre muta- Não te preocu-
um trabalho... mas tema? ções e os seus pes, Calvin. O
não percebo nada impactos a tema é bastan-
do tema! nível social e te simples!
psicológico.
Primeiro que tudo,
Uma mutação tanto
mutações são
pode ocorrer nos genes
alterações bruscas
ou nos cromossomas,
do material
mas vamos partir do princípio.
genético.
Quando falas em Repara naquele texto ali em
material genético baixo, a amarelo!
referes-te aos
genes?
Algumas anomalias podem ser originadas após alterações do material genético de um indivíduo, ou
seja, visto que o material genético não é estático, pode dar-se uma mudança na sequência das bases
azotadas das moléculas de DNA, o que conduz à mudança das proteínas fabricadas.
Todas as proteínas têm uma função específica, caso ocorra uma determinada mutação das proteí-
nas, a versão mutada pode, por sua vez, originar uma doença. Mutações são alterações bruscas do
material genético. Contudo, nem sempre as mutações têm efeitos drásticos, pois podem contribuir
para a evolução do organismo que sintetiza a “nova” proteína.
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9. Mutações genéticas e impactos sociais
“Os agentes mutagénicos dividem-se em
três grupos: físicos, químicos e biológicos.
Claro que não!
Existem diversos - Físicos: exposição raios-x, raios gama,
Mas Hobbes,
factores condicionantes radiação ultravioleta, factores ambientais.
estas mudanças
acontecem por de mutações, vamos
continuar a ler... - Químicos: corantes.
acaso?
- Biológicos: vírus, erros de cópia do
material durante a divisão celular
(replicação), erros na tradução e na trans-
crição, bactérias.
Ora bem...
As mutações
génicas...
Mas atenção!
Os factores Acho que já estou
ambientais só a começar a entender
afectam o melhor isto...
fenótipo do mas fala-me um
indivíduo! pouco mais sobre as
mutações génicas.
Sim?!...
... “As mutações génicas são alterações moleculares nos genes. Podem ser provocadas devido a erros na
repliação ou reparação do DNA (estas são trasnmitidas à descendência). Algumas mutações génicas
implicam apenas simples substituições de pares de bases, que alteram o sentido de um tripleto mas não do
sistema de leitura. Pode tratar-se da substituição de uma base púrica ou pirimídica por outra da mesma
família.
As mutações génicas mais comuns envolvem, no entanto, a adição ou omissão de nucleótidos, provocando
uma alteração do sistema de leitura, que funciona com base em tripletos e um erro no padrão de leitura.
Estas mutações resultam em alterações drásticas e, portanto, na síntese da proteína em questão”.
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10. Mutações genéticas e impactos sociais
Mas então,
explica-me lá
este caso...
* codão de finalização (stop)
Neste caso, como
podes reparar, a Depende, Calvin,
segunda base do As muta- as mutações podem ser
ções são regressivas ou progressi-
tripleto CAC foi
perigosas, vas.
substituída por uma
citosina (c), logo, a Hobbes?
informação já não
será a mesma, Tal como o nome diz,
originando outra as regressivas são as que
proteína! prejudicam o indivíduo, as
progressivas ou o beneficiam
ou são indiferentes...
Pois, algumas sim, não são
As pessoas que bem vistas na sociedade podendo
transportam ser maltratadas ou gozadas. Por
estas doenças vezes os problemas psicológicos
devem sofrer são piores que as próprias
tanto... mutações!
Mas os pais também
sofrem muito, alguns não
sabem como lidar com o
assunto, o que leva a que
muitos casais façam
abortos!
Que crueldade!
Pensei que os avanços
da ciência já podiam
resolver estes casos.
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11. Mutações genéticas e impactos sociais
Temos o exemplo da anemia falciforme onde, aquando da formação
da hemoglobina, o ácido glutâmico aí contido é substituído pelo
aminoácido valina.
As hemácias, com este aminoácido, tomam então a forma de foice,
em vez de da sua forma habitual de disco bicôncavo. Por causa da
Repara nestes
sua forma anormal, estas hemácias têm uma maior dificuldade em exemplos de
fixar o oxigénio e deslocam-se com dificuldade pelos capilares mutações...
sanguíneos.
Um outro exemplo é a fibrose quística, na qual as secreções do
indivíduo se tornam muito viscosas.
Isto acontece devido a um defeito no transporte de iões e água
pela membrana plasmática, o que torna as secreções muito viscosas,
aumentando o risco de infecções e fibroses.
Pois... Mas
olha, achas
que já conse- Sim,
gues fazer o Hobbes, Autores:
0otrabalho?
muito
obrigado! Duarte Alves
Maria João Banha
Maria Margarida Figueira
E que tal conhecer autores de BD “aqui ao lado”?
Desde sempre teve a paixão do Como autores preferidos, Luís Camacho destaca
lápis e do papel, tendo criado a aquele que mais o influenciou no desenho e no traço –
sua primeira BD aos seis anos de o japonês Leiji Matsumoto, autor de “Capitão
idade, a qual ainda guarda com Harlock” e “Interstella 5555” – passando por Akira
carinho, mais que não seja para Toriyama (“Dragon Ball”), Hayao Miyazaki(“A viagem
lhe lembrar que é preciso de Chihiro”), até ao americano Star Lee ( “Homem
aperfeiçoar para se ir mais longe. Aranha”, “X-Men”), e aos franceses Goscinny e
Hoje, com 19 anos, enquanto estudante de História e Uderzo (“Astérix).
Arqueologia na Universidade, crê na possibilidade de editar as Nesta aventura da imagem, este jovem criador não
suas bandas desenhadas e tenta tornar o seu sonho realidade. se tem ficado apenas pela BD. Há pouco tempo
Foi aqui, na Severim, onde estudou durante seis anos, que Luís experimentou ainda outras linguagens, com uma
Camacho ganhou a auto-estima que o motivou a continuar. Tudo pequena estreia na animação, inserida no filme “O
aconteceu no 8º ano, em Educação Visual, quando as suas quatro Bom, o Mau e a Vizinha.”
páginas de “Seres Artificiais”, contribuíram para o fim do Como projecto futuro, está já na calha um remake
anonimato deste jovem criador. de “Seres Artificiais”, o seu talismã da sorte.
Depois disso, tem sido colaborador da Gazeta com os seus “Três Esperamos que seja para breve e que constitua a
Mosqueteiros” e já ganhou um honroso 2º lugar no passatempo entrada com o pé direito no mundo dos “livros aos
Watchmen – os Guardiões, do programa “Curto-Circuito”, da quadradinhos”.
Sic Radical. Paula Vidigal
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