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Escola Secundária Severim de Faria



                 Gazeta
           Especial Banda Desenhada                                     Série IV
                                                                       Edição 6

  Astérix e Obélix com                Opiniões e opiniões:
                                      o Humor e a BD,                  Dezembro
  50 anos!                            pág. 4                             2009
Opinião sobre
As Aventuras
de Tintim e 1º
                                        E ainda: “ O
Aniversário de                          antes, o agora e
Astérix e                               o depois da
Obélix,                                 Biblio”, pág. 3

pág. 5
                                                             O estranho Caso de Benja-
                                                                   min Button em
                                                               5 Dedos de Conversa,
                                                                       pág. 3



                                                             Mutações genéticas
                                                             e impactos sociais
  Criadores de BD na Severim                                 com Calvin e
                                                             Hobbes, pp 8-11
Humor à solta,
pág. 7                Ficção científica:
                      Extermínio 2029
                                                                          Receita aos
                      de Luís Camacho,                                   quadradinhos,
                           pág. 12                                           pág. 6
                        Conhecer o autor,
                             pág. 11
                                                                        Cinema com
                                                 A B.D. e               cursos
                                                 o sentido              tecnológicos
                                                 da                     e profissio-
                                                 vida,                  nais,
                                                 pág.                       pág. 6
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                                                 7                     Gazeta, edição 6
Editorial


Comunicar através de imagens é uma história antiga que remonta à Pré-História. Retratar a realidade
mediante ícones, desenhos, imagens, bonecos, pinturas é, ao fim e ao cabo, uma tendência inata ao
Homem, desde sempre e, quiçá, até sempre. Neste primeiro número da Gazeta, a inaugurar este
ano lectivo, por que não remontar aos primórdios e festejar a imagem?
Gravada nas rochas, nas pedras, poder-se-ia dizer que foi essa a origem da Banda Desenhada. Só
depois o papel, o jornal, a revista, o livro; só depois a imagem animada, na televisão, no cinema, a
encantar miúdos e graúdos, a entreter, a animar, a fazer sonhar, a fazer crescer...
Apelidada de a nona arte, a BD, será talvez por isso acusada de arte menor. Esquecem-se que, no
top dos dez, a categoria continua a ser “A ARTE” e, que, para além de Arte, é talvez a primeira
manifestação de leitura tocada e apreendida no processo de leitura do ser humano. Se não a BD,
pelo menos o livro com imagens. Este surge antes de tudo, até que o peso da palavra se instale e o
relegue para segundo plano, muitas vezes desprezando a tal “arte menor” como se esta fosse um
pecado para iletrados.
Possuir o “engenho e a arte” do traço, seja a cores ou a preto e branco, não é para todos, por isso
queremos aqui dedicar a esses alguns, umas palavras e algumas páginas.
Este era o desafio inicial, se afinal não conseguimos ir mais além é porque, de facto, a palavra
continua a ter mais peso, talvez porque a imagem é inevitavelmente acompanhada da palavra, do
texto. Por outro lado, ficámos também a saber que apesar de muitos alunos fazerem poucas leituras
e de muitos afirmarem que só lêem livros aos quadradinhos, afinal estes reduzem-se a dois ou três
autores cliché. Onde estão os grandes amantes da BD que nos revelassem novos autores nacionais
e internacionais? Como encontrámos poucos, esperamos que depois deste número muitos mais se
revelem…


                                           Paula Vidigal



                                    Ficha Técnica
Arranjo, concepção gráfica e
revisão                                Colaboradores deste
Paula Vidigal                          número                          Com o apoio de:
Equipa redactorial                     12º AS
Paula Vidigal                          Bruno Alves
Inês Ferreira                          Carlota Caleiro
Carlota Caleiro                        C. Gil
Agradecimentos                         David Chorão
Direcção da ESSFaria                   Duarte Alves
Ana Paula Fadigas                      Inês Ferreira
Ana Paula Ferrão                       Leonor Saraiva
António Cravo                          Luís Camacho
Filipa Fialho                          Maria João Banha
Maria del Mar                          Mª Margarida Figueira
Maria Teresa Horta                     Paula Vidigal
                                                                                           Página 2
Gazeta, edição 6
Notícias dos 5 Dedos de Conversa

Desta vez, com alguns dias de atraso devido às obras, os 5 De-
                         dos arrancaram com um conto também
                         adaptado para cinema: O Estranho
                         Caso de Benjamim Button, de F. Scott
                         Fitzgerald. O público, esse, já conhe-
                         cedor destas andanças, continua a
                         comparecer.
                         Esta história estranha e cheia de iro-
                         nia, nasce para provar que a vida não
tem sempre de decorrer da mesma forma, ou seja, que a sua
melhor parte tem de ocorrer no início da vida e a pior no fim.
Assim, Benjamim vem ao mundo com aparência de um homem de
70 anos e vai rejuvenescendo à medida que a história e o reló-
gio cronológico avançam.
Para quem já viu o filme, não espere rever o que viu na grande
tela. Apesar de se partir da mesma ideia, o conto é bastante
diferente. Adiantamos que tem menos peripécias, mas muito
mais ironia e crítica.
Para quem ainda não percebeu (este ano a publicidade não tem
sido o nosso forte, porque tudo vai mudando na escola - ver
artigo abaixo), os 5 Dedos continuam às quartas no intervalo
grande.

            O antes, o agora e o depois da Biblio

Tudo muda, até uma biblioteca                                 Antes
Que a Escola está em obras já toda a gente sabe.
Que a Biblioteca mudou de local e ainda mudará
mais uma ou outras vezes até ao seu destino final
é que nem todos sabem, mas breve o saberão.
Como será a futura e definitiva Biblioteca só
poucos o saberão: os arquitectos e quem já viu a
planta, o mesmo será dizer, todos os professores
da escola e poucos alunos. Mesmo assim, quem sabe
só imagina porque apenas viu um desenho num papel,                    Agora
uma maqueta feita de traços e rabiscos. Onde
será? Isso sabemos, no ex-auditório agora
convertido em Secretaria, daqui a uns dias um salão
fantasma.
E os recém-chegados alunos nem a antiga
Biblioteca conheceram, isto é, a do ano passado,
porque este ano tudo é relativamente antigo e o
que é novo desconhece-se.                                Depois
Ficam as imagens para recordar, porque pelos
vistos neste ano lectivo tudo é efémero.

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                                                                              Gazeta, edição 6
Opiniões e opiniões
                                                                       Humor e B. D.
                           O humor faz parte do ser humano. É uma característica inegável, presente em cada um de
                           nós, por mais reprimido que seja. Pertence-nos como qualquer outra emoção, como a tristeza
                           e a felicidade. É algo tão natural que pode ser detectado noutros animais, como elefantes.
                           É uma sensação que pode ser encaixada em todos os contextos possíveis, se bem que nem
                           sempre com os melhores resultados. Pode ser moldada em qualquer feitio ou forma. Pode
                           aparecer sob a forma de uma anedota, um ritmo musical, uma imagem, uma citação ou situação
no teatro ou no cinema, uma paródia na televisão… A sua presença pode ser absoluta, sendo todo o conjunto uma
grande piada, ou então apenas um pequeno detalhe, quase invisível, que arruína a sisudez de qualquer situação.
A banda desenhada é uma das formas de expressar humor. Consiste geralmente numa piada curta – e muitas vezes
seca – expressa sobre a forma de desenhos básicos. Elas contam uma história, simples e cuja piada, na maioria dos
casos, supera os limites do óbvio. O estilo do autor muitas vezes contribui para a piada, especialmente quando as
personagens são caricaturas de estereótipos bem conhecidos.
Apesar de ser uma forma de arte bastante conhecida, pode-se dizer que se encontra em declínio. De tantas vezes ser
repetida, imitada, reutilizada, reciclada, perdeu a graça. As mesmas piadas e os mesmos estereótipos já foram de tal
modo usados e reutilizados, que já perderam a originalidade e frescura que possuíam no século XX. O que outrora nos
fazia rir agora faz-nos chorar. Como é que aquela piada, que nos fez rir durante um dia inteiro, pode ser assassinada
de maneira tão brutal? Quem é que é capaz de pegar nesta frase de ouro e torná-la tão ridícula, ao ponto de nos fazer
chorar?
A esperança ainda não morreu. Apesar de ter encontrado um beco sem saída nos jornais – o seu principal meio de
divulgação – a banda desenhada ainda pode ter esperança. O mesmo espírito que originou a banda desenhada voltou a
surgir. Mudam-se os estilos, os temas, as piadas, as linhas… A única coisa que nunca muda é a sua missão – trazer um
sorriso ao rosto mais fechado.
                                                                                       Leonor Saraiva, 12º CT2
                ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Banda Desenhada – Humor (feminino) sem idade
                                                                          entra”. Nos Estados Unidos dos anos 30, a banda
   Os povos felizes não têm história. Portanto não                        desenhada criada por Marge serviu de mote às
                                       têm heróis.                        lutas feministas.
                  Roger -Gérard Schwartzenberg                            Mónica, cuja criação foi baseada na filha do
                                                                          cartoonista brasileiro Maurício de Sousa, com o
Segundo a citação em epígrafe, os heróis só surgirão                      mesmo nome, era uma personagem “super forte”,
em momentos difíceis para resolver situações de                           decidida, lutadora, rebelde, mas, ao mesmo tempo,
conflito, incompreensão e revolta. Poder-se-á                               feminina e poética. Tinha um cão chamado
concluir que não somos um povo feliz devido à                               Monicão e um coelho de peluche chamado Sansão,
profusão de heróis que têm emergido ao longo das                            que a acompanhava sempre e que servia de arma
eras, reais uns, lendários outros.                                          de arremesso para bater nos rapazes.
Os heróis imaginários da Banda Desenhada, que                                    Mafalda, menina de seis anos, detestava sopa
surgiram em quase todos os países do mundo, têm                             e adorava os Beatles. Apesar de se comportar
algo em comum: tentam restabelecer a ordem                                  como criança que era, possuía um sentido muito
social a partir do caos. Existe também nos mesmos                           agudo da existência, questionando o mundo à sua
(ou nos seus autores) uma intenção crítica muito                            volta. A sua preocupação com a Humanidade e a
forte.                                                                      Paz Mundial, a sua revolta contra a guerra, a fome
Quando pensamos em heróis, pensamos apenas no                               e as injustiças sociais transformaram-na numa
masculino, no entanto têm surgido, um pouco mais                   personagem muito popular na América Latina.
tardiamente, algumas heroínas que urge destacar. As que            Apesar da distância espacial e temporal, o que será que
salientamos nasceram todas no continente americano e,              unia estas três meninas de vestidos vermelhos e cabelos
actualmente, são todas adultas: a Lulu com 74 anos, a Mónica       negros? Talvez o facto de serem contestatárias,
com 46 anos e a Mafalda com 45 anos. Os seus autores               defenderem de forma intransigente os seus ideais e
foram, respectivamente, a norte-americana Marjorie                 estarem à frente do seu tempo.
(Marge) Henderson Buell, o brasileiro Maurício de Sousa e          Se o humor é a revolta superior do espírito, nas palavras
o argentino Quino.                                                 de André Breton, os autores destas personagens,
Lulu, ou Luluzinha, era uma menina muito inteligente,              conseguiram, de forma sublime, expressar a sua visão
corajosa e criativa, que lutava contra a discriminação             crítica do mundo através da inocência, da pureza, da
feminina, procurando vencer os rapazes, nomeadamente o             perspicácia e da curiosidade infantis.
amigo Bolinha (Tub), que tinha criado o clube “Menina não                                                       C. Gil

                                                                                                                   Página 4
Gazeta, edição 6
Livros e mais livros... de Banda Desenhada, claro!

                              As aventuras de Tintim

                         Esta colecção, originalmente intitulada de “Les
                         Aventures de Tintin”, foi criada pelo autor francês
                         George Prosper Remi, mais conhecido por Hergé,
                         a 10 de Janeiro de 1929. É composta pelos relatos
                         das aventuras (e desventuras)de um jovem e
                         corajoso jornalista chamado Tintim (em
                         francês,Tintin), sempre acompanhado do seu fiel
                         e inteligente amigo canino Milu (Milou) .
                         O leitor acompanha as suas aventuras, quer sejam
                         pelos vastos desertos de África ou pelos picos
                         cheios de neve da Sibéria, repletas de
                         personagens sérias ou engraçadas. A verdade é
que esta colecção, repleta de humor, acção e até romance, e as suas
personagens, Tintim e Milu, não desiludem e continuam a cativar todos as
pessoas que têm a sorte de abrir estes magníficos exemplares da boa banda
desenhada.
Recomendo vivamente os livros: “As Jóias de Castafiore”; “Os Charutos do
Faraó” e “A Estrela Misteriosa”.

                                 Inês Ferreira, 8º D
       ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

                                       1º aniversário de Astérix e Obélix – o Livro de Ouro

                              Meio século depois do nascimento dos irredutíveis heróis gauleses,
                              Astérix e Obélix vêm festejar o seu aniversário.
                              O livro, editado em Outubro deste ano, abre com prefácios do próprio
                              Astérix e de Anne Goscinny, filha do falecido argumentista, René
                              Goscinny.
                              O enredo começa logo com uma novidade fantástica: todas as
                              personagens da conhecida aldeia gaulesa envelheceram de facto! Há
                              filhos, netos, dentes postiços, crises de gota, cabelos brancos, porém,
                              a mesma energia, as mesmas lutas, o mesmo sentido de humor, até
                              que, o próprio Uderzo surge e se vê forçado a alterar o rumo à
                              história…
                              Depois disso, as atenções fixam-se nos aniversários dos inseparáveis
amigos (não se esqueçam que nasceram no mesmo dia!), com alusões pitorescas e cheias de sentido
de humor à modernidade. Só para aguçar a curiosidade: Obélix surge com um “new look” graffitando
paredes; os Beatles também aparecem, bem como reproduções de quadros famosos, como a Monalisa,
O Grito…
Comprovem vocês mesmos e, já agora, surpreendam-se com o final da história, que foge à regra do
epílogo tradicional de Uderzo e Goscinny.
                                                                 Paula Vidigal
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                                                                                                             Gazeta, edição 6
Dia da Alimentação, receita aos quadradinhos



                                                                          Dia 16 de
                                                                          Outubro,
                                                                          Dia da
                                                                          Alimenta-
                                                                          ção




                                                                           Ingredientes:

                                                                              patatas
                                                                          lata de bonito
                                                                            huevo duro
                                                                        cebolla muy picada
                                                                            lengostinos
                                                                            zanahorias
                                                                         pimiento morrón
                                                                             mahonesa




                                                                         Carlota Caleiro,
                                                                         8º ano


                           Actividades com imagens
Das actividades de 1º período realizadas no âmbito do Curso Tecnológico de Acção Social/ Animação
Sócio-Cultural, destacamos aqui as relacionadas com o Cinema e a Animação de Bibliotecas, com cartazes
feitos pelo 12º AS.




                                                                                                Página 6
Gazeta, edição 6
A Banda Desenhada e o sentido da vida
Mafalda mostra um grande interesse face à           muitos o fazem. Devemos reflectir profundamente
questão: “por que estamos aqui?”. Pelo contrário,   para tentarmos atingir o que consideramos verdade,
o Filipe revela uma total apatia face a essa        ou pelo menos aproximarmo-nos dela. De que serve
pergunta, e responde como muitas pessoas            viver num mundo que não compreendemos?
costumam fazer, dizendo que não fazem a mínima      Penso que é errado adormecermos com o hábito. Os
ideia e que um mundo melhor é um                                          filósofos não precisam de
mundo sem questões desse género.                                          grandes acontecimentos para
O que penso é que o Filipe,                                               ficarem admirados; coisas
confrontado com este tipo de                                              para nós banais, para eles são
questão, diferente de todas as                                            o início de discussão e
outras, apercebe-se de que não                                             reflexão.
consegue responder, talvez porque                                          Tentemos que o espírito da
ainda não dedicou tempo nenhum à                                           interrogação irrompa em nós
reflexão pessoal, talvez porque nem                                        mais vezes. Tentemos ser
sequer existe uma resposta                                                 mais sábios, sabendo, apesar
totalmente verdadeira.                                                     de tudo, que não o somos e
Nenhum de nós deve seguir o seu                                            que na realidade        nada
exemplo, não devemos ficar                                                 sabemos!
satisfeitos na ignorância como                                                 Bruno Alves, 10º

                                Humor à solta, por David Chorão




       Fosters Death, 2                                                Treta
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Temas da Ciência em Banda Desenhada: Mutações genéticas e impactos sociais

   E porque há sempre formas criativas de apresentar trabalhos, divulgamos aqui uma abordagem diferente
  do tema“Mutações génicas e impactos sociais”, explorado na disciplina de Biologia e Geologia, de 10º
  ano. Calvin e Hobbes são os heróis e, por detrás deles, outros heróis: Duarte Alves, Maria João Banha
  e Maria Margarida Figueira.




              Hobbes,                                   Hmm...                Tenho
         preciso de ajuda!                               então              que falar             Ah!
          Tenho que fazer                              e qual é o         sobre muta-       Não te preocu-
         um trabalho... mas                              tema?           ções e os seus      pes, Calvin. O
         não percebo nada                                                  impactos a       tema é bastan-
             do tema!                                                     nível social e      te simples!
                                                                           psicológico.




     Primeiro que tudo,
                                                                               Uma mutação tanto
        mutações são
                                                                             pode ocorrer nos genes
     alterações bruscas
                                                                              ou nos cromossomas,
         do material
                                                                          mas vamos partir do princípio.
          genético.
                                Quando falas em                            Repara naquele texto ali em
                                material genético                               baixo, a amarelo!
                                 referes-te aos
                                     genes?




         Algumas anomalias podem ser originadas após alterações do material genético de um indivíduo, ou
         seja, visto que o material genético não é estático, pode dar-se uma mudança na sequência das bases
         azotadas das moléculas de DNA, o que conduz à mudança das proteínas fabricadas.
         Todas as proteínas têm uma função específica, caso ocorra uma determinada mutação das proteí-
         nas, a versão mutada pode, por sua vez, originar uma doença. Mutações são alterações bruscas do
         material genético. Contudo, nem sempre as mutações têm efeitos drásticos, pois podem contribuir
         para a evolução do organismo que sintetiza a “nova” proteína.




                                                                                                       Página 8
Gazeta, edição 6
Mutações genéticas e impactos sociais



                                                                “Os agentes mutagénicos dividem-se em
                                                                três grupos: físicos, químicos e biológicos.
                                      Claro que não!
                                    Existem diversos            - Físicos: exposição raios-x, raios gama,
     Mas Hobbes,
                                 factores condicionantes        radiação ultravioleta, factores ambientais.
    estas mudanças
    acontecem por                  de mutações, vamos
                                     continuar a ler...         - Químicos: corantes.
        acaso?
                                                                - Biológicos: vírus, erros de cópia do
                                                                material durante a divisão celular
                                                                (replicação), erros na tradução e na trans-
                                                                crição, bactérias.




                                                                                    Ora bem...
                                                                                   As mutações
                                                                                    génicas...
            Mas atenção!
             Os factores               Acho que já estou
            ambientais só            a começar a entender
              afectam o                  melhor isto...
             fenótipo do                mas fala-me um
              indivíduo!              pouco mais sobre as
                                       mutações génicas.

                                                                                             Sim?!...




  ... “As mutações génicas são alterações moleculares nos genes. Podem ser provocadas devido a erros na
  repliação ou reparação do DNA (estas são trasnmitidas à descendência). Algumas mutações génicas
  implicam apenas simples substituições de pares de bases, que alteram o sentido de um tripleto mas não do
  sistema de leitura. Pode tratar-se da substituição de uma base púrica ou pirimídica por outra da mesma
  família.
  As mutações génicas mais comuns envolvem, no entanto, a adição ou omissão de nucleótidos, provocando
  uma alteração do sistema de leitura, que funciona com base em tripletos e um erro no padrão de leitura.
  Estas mutações resultam em alterações drásticas e, portanto, na síntese da proteína em questão”.




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Mutações genéticas e impactos sociais


                       Mas então,
                      explica-me lá
                       este caso...




                                                         * codão de finalização (stop)


                     Neste caso, como
                     podes reparar, a                                           Depende, Calvin,
                     segunda base do            As muta-                     as mutações podem ser
                                                ções são                    regressivas ou progressi-
                     tripleto CAC foi
                                                perigosas,                            vas.
                   substituída por uma
                    citosina (c), logo, a       Hobbes?
                    informação já não
                       será a mesma,                                        Tal como o nome diz,
                     originando outra                                     as regressivas são as que
                         proteína!                                       prejudicam o indivíduo, as
                                                                        progressivas ou o beneficiam
                                                                            ou são indiferentes...




                                  Pois, algumas sim, não são
  As pessoas que               bem vistas na sociedade podendo
   transportam                 ser maltratadas ou gozadas. Por
  estas doenças                vezes os problemas psicológicos
  devem sofrer                    são piores que as próprias
      tanto...                             mutações!

                                                                                     Mas os pais também
                                                                                  sofrem muito, alguns não
                                                                                   sabem como lidar com o
                                                                                  assunto, o que leva a que
                                                                                     muitos casais façam
                                                                                          abortos!

                                                                     Que crueldade!
                                                                  Pensei que os avanços
                                                                   da ciência já podiam
                                                                  resolver estes casos.




                                                                                                Página 10
Gazeta, edição 6
Mutações genéticas e impactos sociais

  Temos o exemplo da anemia falciforme onde, aquando da formação
  da hemoglobina, o ácido glutâmico aí contido é substituído pelo
  aminoácido valina.
  As hemácias, com este aminoácido, tomam então a forma de foice,
  em vez de da sua forma habitual de disco bicôncavo. Por causa da
                                                                              Repara nestes
  sua forma anormal, estas hemácias têm uma maior dificuldade em              exemplos de
  fixar o oxigénio e deslocam-se com dificuldade pelos capilares              mutações...
  sanguíneos.
  Um outro exemplo é a fibrose quística, na qual as secreções do
  indivíduo se tornam muito viscosas.
  Isto acontece devido a um defeito no transporte de iões e água
  pela membrana plasmática, o que torna as secreções muito viscosas,
  aumentando o risco de infecções e fibroses.



                           Pois... Mas
                         olha, achas
                        que já conse-      Sim,
                        gues fazer o     Hobbes,                                    Autores:
                         0otrabalho?
                                           muito
                                         obrigado!                                  Duarte Alves
                                                                                    Maria João Banha
                                                                                    Maria Margarida Figueira




  E que tal conhecer autores de BD “aqui ao lado”?
                              Desde sempre teve a paixão do        Como autores preferidos, Luís Camacho destaca
                              lápis e do papel, tendo criado a     aquele que mais o influenciou no desenho e no traço –
                              sua primeira BD aos seis anos de     o japonês Leiji Matsumoto, autor de “Capitão
                              idade, a qual ainda guarda com       Harlock” e “Interstella 5555” – passando por Akira
                              carinho, mais que não seja para      Toriyama (“Dragon Ball”), Hayao Miyazaki(“A viagem
                              lhe lembrar que é preciso            de Chihiro”), até ao americano Star Lee ( “Homem
                              aperfeiçoar para se ir mais longe.   Aranha”, “X-Men”), e aos franceses Goscinny e
Hoje, com 19 anos, enquanto estudante de História e                Uderzo (“Astérix).
Arqueologia na Universidade, crê na possibilidade de editar as     Nesta aventura da imagem, este jovem criador não
suas bandas desenhadas e tenta tornar o seu sonho realidade.       se tem ficado apenas pela BD. Há pouco tempo
Foi aqui, na Severim, onde estudou durante seis anos, que Luís     experimentou ainda outras linguagens, com uma
Camacho ganhou a auto-estima que o motivou a continuar. Tudo       pequena estreia na animação, inserida no filme “O
aconteceu no 8º ano, em Educação Visual, quando as suas quatro     Bom, o Mau e a Vizinha.”
páginas de “Seres Artificiais”, contribuíram para o fim do         Como projecto futuro, está já na calha um remake
anonimato deste jovem criador.                                     de “Seres Artificiais”, o seu talismã da sorte.
Depois disso, tem sido colaborador da Gazeta com os seus “Três     Esperamos que seja para breve e que constitua a
Mosqueteiros” e já ganhou um honroso 2º lugar no passatempo        entrada com o pé direito no mundo dos “livros aos
Watchmen – os Guardiões, do programa “Curto-Circuito”, da          quadradinhos”.
Sic Radical.                                                                                              Paula Vidigal

  Página 11
                                                                                                    Gazeta, edição 6
Extermínio 2029, por Luís Camacho




                                                       Página 12
Gazeta, edição 6

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Banda Desenhada e humor na Gazeta da Escola Secundária

  • 1. Escola Secundária Severim de Faria Gazeta Especial Banda Desenhada Série IV Edição 6 Astérix e Obélix com Opiniões e opiniões: o Humor e a BD, Dezembro 50 anos! pág. 4 2009 Opinião sobre As Aventuras de Tintim e 1º E ainda: “ O Aniversário de antes, o agora e Astérix e o depois da Obélix, Biblio”, pág. 3 pág. 5 O estranho Caso de Benja- min Button em 5 Dedos de Conversa, pág. 3 Mutações genéticas e impactos sociais Criadores de BD na Severim com Calvin e Hobbes, pp 8-11 Humor à solta, pág. 7 Ficção científica: Extermínio 2029 Receita aos de Luís Camacho, quadradinhos, pág. 12 pág. 6 Conhecer o autor, pág. 11 Cinema com A B.D. e cursos o sentido tecnológicos da e profissio- vida, nais, pág. pág. 6 Página 1 7 Gazeta, edição 6
  • 2. Editorial Comunicar através de imagens é uma história antiga que remonta à Pré-História. Retratar a realidade mediante ícones, desenhos, imagens, bonecos, pinturas é, ao fim e ao cabo, uma tendência inata ao Homem, desde sempre e, quiçá, até sempre. Neste primeiro número da Gazeta, a inaugurar este ano lectivo, por que não remontar aos primórdios e festejar a imagem? Gravada nas rochas, nas pedras, poder-se-ia dizer que foi essa a origem da Banda Desenhada. Só depois o papel, o jornal, a revista, o livro; só depois a imagem animada, na televisão, no cinema, a encantar miúdos e graúdos, a entreter, a animar, a fazer sonhar, a fazer crescer... Apelidada de a nona arte, a BD, será talvez por isso acusada de arte menor. Esquecem-se que, no top dos dez, a categoria continua a ser “A ARTE” e, que, para além de Arte, é talvez a primeira manifestação de leitura tocada e apreendida no processo de leitura do ser humano. Se não a BD, pelo menos o livro com imagens. Este surge antes de tudo, até que o peso da palavra se instale e o relegue para segundo plano, muitas vezes desprezando a tal “arte menor” como se esta fosse um pecado para iletrados. Possuir o “engenho e a arte” do traço, seja a cores ou a preto e branco, não é para todos, por isso queremos aqui dedicar a esses alguns, umas palavras e algumas páginas. Este era o desafio inicial, se afinal não conseguimos ir mais além é porque, de facto, a palavra continua a ter mais peso, talvez porque a imagem é inevitavelmente acompanhada da palavra, do texto. Por outro lado, ficámos também a saber que apesar de muitos alunos fazerem poucas leituras e de muitos afirmarem que só lêem livros aos quadradinhos, afinal estes reduzem-se a dois ou três autores cliché. Onde estão os grandes amantes da BD que nos revelassem novos autores nacionais e internacionais? Como encontrámos poucos, esperamos que depois deste número muitos mais se revelem… Paula Vidigal Ficha Técnica Arranjo, concepção gráfica e revisão Colaboradores deste Paula Vidigal número Com o apoio de: Equipa redactorial 12º AS Paula Vidigal Bruno Alves Inês Ferreira Carlota Caleiro Carlota Caleiro C. Gil Agradecimentos David Chorão Direcção da ESSFaria Duarte Alves Ana Paula Fadigas Inês Ferreira Ana Paula Ferrão Leonor Saraiva António Cravo Luís Camacho Filipa Fialho Maria João Banha Maria del Mar Mª Margarida Figueira Maria Teresa Horta Paula Vidigal Página 2 Gazeta, edição 6
  • 3. Notícias dos 5 Dedos de Conversa Desta vez, com alguns dias de atraso devido às obras, os 5 De- dos arrancaram com um conto também adaptado para cinema: O Estranho Caso de Benjamim Button, de F. Scott Fitzgerald. O público, esse, já conhe- cedor destas andanças, continua a comparecer. Esta história estranha e cheia de iro- nia, nasce para provar que a vida não tem sempre de decorrer da mesma forma, ou seja, que a sua melhor parte tem de ocorrer no início da vida e a pior no fim. Assim, Benjamim vem ao mundo com aparência de um homem de 70 anos e vai rejuvenescendo à medida que a história e o reló- gio cronológico avançam. Para quem já viu o filme, não espere rever o que viu na grande tela. Apesar de se partir da mesma ideia, o conto é bastante diferente. Adiantamos que tem menos peripécias, mas muito mais ironia e crítica. Para quem ainda não percebeu (este ano a publicidade não tem sido o nosso forte, porque tudo vai mudando na escola - ver artigo abaixo), os 5 Dedos continuam às quartas no intervalo grande. O antes, o agora e o depois da Biblio Tudo muda, até uma biblioteca Antes Que a Escola está em obras já toda a gente sabe. Que a Biblioteca mudou de local e ainda mudará mais uma ou outras vezes até ao seu destino final é que nem todos sabem, mas breve o saberão. Como será a futura e definitiva Biblioteca só poucos o saberão: os arquitectos e quem já viu a planta, o mesmo será dizer, todos os professores da escola e poucos alunos. Mesmo assim, quem sabe só imagina porque apenas viu um desenho num papel, Agora uma maqueta feita de traços e rabiscos. Onde será? Isso sabemos, no ex-auditório agora convertido em Secretaria, daqui a uns dias um salão fantasma. E os recém-chegados alunos nem a antiga Biblioteca conheceram, isto é, a do ano passado, porque este ano tudo é relativamente antigo e o que é novo desconhece-se. Depois Ficam as imagens para recordar, porque pelos vistos neste ano lectivo tudo é efémero. Página 3 Gazeta, edição 6
  • 4. Opiniões e opiniões Humor e B. D. O humor faz parte do ser humano. É uma característica inegável, presente em cada um de nós, por mais reprimido que seja. Pertence-nos como qualquer outra emoção, como a tristeza e a felicidade. É algo tão natural que pode ser detectado noutros animais, como elefantes. É uma sensação que pode ser encaixada em todos os contextos possíveis, se bem que nem sempre com os melhores resultados. Pode ser moldada em qualquer feitio ou forma. Pode aparecer sob a forma de uma anedota, um ritmo musical, uma imagem, uma citação ou situação no teatro ou no cinema, uma paródia na televisão… A sua presença pode ser absoluta, sendo todo o conjunto uma grande piada, ou então apenas um pequeno detalhe, quase invisível, que arruína a sisudez de qualquer situação. A banda desenhada é uma das formas de expressar humor. Consiste geralmente numa piada curta – e muitas vezes seca – expressa sobre a forma de desenhos básicos. Elas contam uma história, simples e cuja piada, na maioria dos casos, supera os limites do óbvio. O estilo do autor muitas vezes contribui para a piada, especialmente quando as personagens são caricaturas de estereótipos bem conhecidos. Apesar de ser uma forma de arte bastante conhecida, pode-se dizer que se encontra em declínio. De tantas vezes ser repetida, imitada, reutilizada, reciclada, perdeu a graça. As mesmas piadas e os mesmos estereótipos já foram de tal modo usados e reutilizados, que já perderam a originalidade e frescura que possuíam no século XX. O que outrora nos fazia rir agora faz-nos chorar. Como é que aquela piada, que nos fez rir durante um dia inteiro, pode ser assassinada de maneira tão brutal? Quem é que é capaz de pegar nesta frase de ouro e torná-la tão ridícula, ao ponto de nos fazer chorar? A esperança ainda não morreu. Apesar de ter encontrado um beco sem saída nos jornais – o seu principal meio de divulgação – a banda desenhada ainda pode ter esperança. O mesmo espírito que originou a banda desenhada voltou a surgir. Mudam-se os estilos, os temas, as piadas, as linhas… A única coisa que nunca muda é a sua missão – trazer um sorriso ao rosto mais fechado. Leonor Saraiva, 12º CT2 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Banda Desenhada – Humor (feminino) sem idade entra”. Nos Estados Unidos dos anos 30, a banda Os povos felizes não têm história. Portanto não desenhada criada por Marge serviu de mote às têm heróis. lutas feministas. Roger -Gérard Schwartzenberg Mónica, cuja criação foi baseada na filha do cartoonista brasileiro Maurício de Sousa, com o Segundo a citação em epígrafe, os heróis só surgirão mesmo nome, era uma personagem “super forte”, em momentos difíceis para resolver situações de decidida, lutadora, rebelde, mas, ao mesmo tempo, conflito, incompreensão e revolta. Poder-se-á feminina e poética. Tinha um cão chamado concluir que não somos um povo feliz devido à Monicão e um coelho de peluche chamado Sansão, profusão de heróis que têm emergido ao longo das que a acompanhava sempre e que servia de arma eras, reais uns, lendários outros. de arremesso para bater nos rapazes. Os heróis imaginários da Banda Desenhada, que Mafalda, menina de seis anos, detestava sopa surgiram em quase todos os países do mundo, têm e adorava os Beatles. Apesar de se comportar algo em comum: tentam restabelecer a ordem como criança que era, possuía um sentido muito social a partir do caos. Existe também nos mesmos agudo da existência, questionando o mundo à sua (ou nos seus autores) uma intenção crítica muito volta. A sua preocupação com a Humanidade e a forte. Paz Mundial, a sua revolta contra a guerra, a fome Quando pensamos em heróis, pensamos apenas no e as injustiças sociais transformaram-na numa masculino, no entanto têm surgido, um pouco mais personagem muito popular na América Latina. tardiamente, algumas heroínas que urge destacar. As que Apesar da distância espacial e temporal, o que será que salientamos nasceram todas no continente americano e, unia estas três meninas de vestidos vermelhos e cabelos actualmente, são todas adultas: a Lulu com 74 anos, a Mónica negros? Talvez o facto de serem contestatárias, com 46 anos e a Mafalda com 45 anos. Os seus autores defenderem de forma intransigente os seus ideais e foram, respectivamente, a norte-americana Marjorie estarem à frente do seu tempo. (Marge) Henderson Buell, o brasileiro Maurício de Sousa e Se o humor é a revolta superior do espírito, nas palavras o argentino Quino. de André Breton, os autores destas personagens, Lulu, ou Luluzinha, era uma menina muito inteligente, conseguiram, de forma sublime, expressar a sua visão corajosa e criativa, que lutava contra a discriminação crítica do mundo através da inocência, da pureza, da feminina, procurando vencer os rapazes, nomeadamente o perspicácia e da curiosidade infantis. amigo Bolinha (Tub), que tinha criado o clube “Menina não C. Gil Página 4 Gazeta, edição 6
  • 5. Livros e mais livros... de Banda Desenhada, claro! As aventuras de Tintim Esta colecção, originalmente intitulada de “Les Aventures de Tintin”, foi criada pelo autor francês George Prosper Remi, mais conhecido por Hergé, a 10 de Janeiro de 1929. É composta pelos relatos das aventuras (e desventuras)de um jovem e corajoso jornalista chamado Tintim (em francês,Tintin), sempre acompanhado do seu fiel e inteligente amigo canino Milu (Milou) . O leitor acompanha as suas aventuras, quer sejam pelos vastos desertos de África ou pelos picos cheios de neve da Sibéria, repletas de personagens sérias ou engraçadas. A verdade é que esta colecção, repleta de humor, acção e até romance, e as suas personagens, Tintim e Milu, não desiludem e continuam a cativar todos as pessoas que têm a sorte de abrir estes magníficos exemplares da boa banda desenhada. Recomendo vivamente os livros: “As Jóias de Castafiore”; “Os Charutos do Faraó” e “A Estrela Misteriosa”. Inês Ferreira, 8º D ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 1º aniversário de Astérix e Obélix – o Livro de Ouro Meio século depois do nascimento dos irredutíveis heróis gauleses, Astérix e Obélix vêm festejar o seu aniversário. O livro, editado em Outubro deste ano, abre com prefácios do próprio Astérix e de Anne Goscinny, filha do falecido argumentista, René Goscinny. O enredo começa logo com uma novidade fantástica: todas as personagens da conhecida aldeia gaulesa envelheceram de facto! Há filhos, netos, dentes postiços, crises de gota, cabelos brancos, porém, a mesma energia, as mesmas lutas, o mesmo sentido de humor, até que, o próprio Uderzo surge e se vê forçado a alterar o rumo à história… Depois disso, as atenções fixam-se nos aniversários dos inseparáveis amigos (não se esqueçam que nasceram no mesmo dia!), com alusões pitorescas e cheias de sentido de humor à modernidade. Só para aguçar a curiosidade: Obélix surge com um “new look” graffitando paredes; os Beatles também aparecem, bem como reproduções de quadros famosos, como a Monalisa, O Grito… Comprovem vocês mesmos e, já agora, surpreendam-se com o final da história, que foge à regra do epílogo tradicional de Uderzo e Goscinny. Paula Vidigal Página 5 Gazeta, edição 6
  • 6. Dia da Alimentação, receita aos quadradinhos Dia 16 de Outubro, Dia da Alimenta- ção Ingredientes: patatas lata de bonito huevo duro cebolla muy picada lengostinos zanahorias pimiento morrón mahonesa Carlota Caleiro, 8º ano Actividades com imagens Das actividades de 1º período realizadas no âmbito do Curso Tecnológico de Acção Social/ Animação Sócio-Cultural, destacamos aqui as relacionadas com o Cinema e a Animação de Bibliotecas, com cartazes feitos pelo 12º AS. Página 6 Gazeta, edição 6
  • 7. A Banda Desenhada e o sentido da vida Mafalda mostra um grande interesse face à muitos o fazem. Devemos reflectir profundamente questão: “por que estamos aqui?”. Pelo contrário, para tentarmos atingir o que consideramos verdade, o Filipe revela uma total apatia face a essa ou pelo menos aproximarmo-nos dela. De que serve pergunta, e responde como muitas pessoas viver num mundo que não compreendemos? costumam fazer, dizendo que não fazem a mínima Penso que é errado adormecermos com o hábito. Os ideia e que um mundo melhor é um filósofos não precisam de mundo sem questões desse género. grandes acontecimentos para O que penso é que o Filipe, ficarem admirados; coisas confrontado com este tipo de para nós banais, para eles são questão, diferente de todas as o início de discussão e outras, apercebe-se de que não reflexão. consegue responder, talvez porque Tentemos que o espírito da ainda não dedicou tempo nenhum à interrogação irrompa em nós reflexão pessoal, talvez porque nem mais vezes. Tentemos ser sequer existe uma resposta mais sábios, sabendo, apesar totalmente verdadeira. de tudo, que não o somos e Nenhum de nós deve seguir o seu que na realidade nada exemplo, não devemos ficar sabemos! satisfeitos na ignorância como Bruno Alves, 10º Humor à solta, por David Chorão Fosters Death, 2 Treta Página 7 Gazeta, edição 6
  • 8. Temas da Ciência em Banda Desenhada: Mutações genéticas e impactos sociais E porque há sempre formas criativas de apresentar trabalhos, divulgamos aqui uma abordagem diferente do tema“Mutações génicas e impactos sociais”, explorado na disciplina de Biologia e Geologia, de 10º ano. Calvin e Hobbes são os heróis e, por detrás deles, outros heróis: Duarte Alves, Maria João Banha e Maria Margarida Figueira. Hobbes, Hmm... Tenho preciso de ajuda! então que falar Ah! Tenho que fazer e qual é o sobre muta- Não te preocu- um trabalho... mas tema? ções e os seus pes, Calvin. O não percebo nada impactos a tema é bastan- do tema! nível social e te simples! psicológico. Primeiro que tudo, Uma mutação tanto mutações são pode ocorrer nos genes alterações bruscas ou nos cromossomas, do material mas vamos partir do princípio. genético. Quando falas em Repara naquele texto ali em material genético baixo, a amarelo! referes-te aos genes? Algumas anomalias podem ser originadas após alterações do material genético de um indivíduo, ou seja, visto que o material genético não é estático, pode dar-se uma mudança na sequência das bases azotadas das moléculas de DNA, o que conduz à mudança das proteínas fabricadas. Todas as proteínas têm uma função específica, caso ocorra uma determinada mutação das proteí- nas, a versão mutada pode, por sua vez, originar uma doença. Mutações são alterações bruscas do material genético. Contudo, nem sempre as mutações têm efeitos drásticos, pois podem contribuir para a evolução do organismo que sintetiza a “nova” proteína. Página 8 Gazeta, edição 6
  • 9. Mutações genéticas e impactos sociais “Os agentes mutagénicos dividem-se em três grupos: físicos, químicos e biológicos. Claro que não! Existem diversos - Físicos: exposição raios-x, raios gama, Mas Hobbes, factores condicionantes radiação ultravioleta, factores ambientais. estas mudanças acontecem por de mutações, vamos continuar a ler... - Químicos: corantes. acaso? - Biológicos: vírus, erros de cópia do material durante a divisão celular (replicação), erros na tradução e na trans- crição, bactérias. Ora bem... As mutações génicas... Mas atenção! Os factores Acho que já estou ambientais só a começar a entender afectam o melhor isto... fenótipo do mas fala-me um indivíduo! pouco mais sobre as mutações génicas. Sim?!... ... “As mutações génicas são alterações moleculares nos genes. Podem ser provocadas devido a erros na repliação ou reparação do DNA (estas são trasnmitidas à descendência). Algumas mutações génicas implicam apenas simples substituições de pares de bases, que alteram o sentido de um tripleto mas não do sistema de leitura. Pode tratar-se da substituição de uma base púrica ou pirimídica por outra da mesma família. As mutações génicas mais comuns envolvem, no entanto, a adição ou omissão de nucleótidos, provocando uma alteração do sistema de leitura, que funciona com base em tripletos e um erro no padrão de leitura. Estas mutações resultam em alterações drásticas e, portanto, na síntese da proteína em questão”. Página 9 Gazeta, edição 6
  • 10. Mutações genéticas e impactos sociais Mas então, explica-me lá este caso... * codão de finalização (stop) Neste caso, como podes reparar, a Depende, Calvin, segunda base do As muta- as mutações podem ser ções são regressivas ou progressi- tripleto CAC foi perigosas, vas. substituída por uma citosina (c), logo, a Hobbes? informação já não será a mesma, Tal como o nome diz, originando outra as regressivas são as que proteína! prejudicam o indivíduo, as progressivas ou o beneficiam ou são indiferentes... Pois, algumas sim, não são As pessoas que bem vistas na sociedade podendo transportam ser maltratadas ou gozadas. Por estas doenças vezes os problemas psicológicos devem sofrer são piores que as próprias tanto... mutações! Mas os pais também sofrem muito, alguns não sabem como lidar com o assunto, o que leva a que muitos casais façam abortos! Que crueldade! Pensei que os avanços da ciência já podiam resolver estes casos. Página 10 Gazeta, edição 6
  • 11. Mutações genéticas e impactos sociais Temos o exemplo da anemia falciforme onde, aquando da formação da hemoglobina, o ácido glutâmico aí contido é substituído pelo aminoácido valina. As hemácias, com este aminoácido, tomam então a forma de foice, em vez de da sua forma habitual de disco bicôncavo. Por causa da Repara nestes sua forma anormal, estas hemácias têm uma maior dificuldade em exemplos de fixar o oxigénio e deslocam-se com dificuldade pelos capilares mutações... sanguíneos. Um outro exemplo é a fibrose quística, na qual as secreções do indivíduo se tornam muito viscosas. Isto acontece devido a um defeito no transporte de iões e água pela membrana plasmática, o que torna as secreções muito viscosas, aumentando o risco de infecções e fibroses. Pois... Mas olha, achas que já conse- Sim, gues fazer o Hobbes, Autores: 0otrabalho? muito obrigado! Duarte Alves Maria João Banha Maria Margarida Figueira E que tal conhecer autores de BD “aqui ao lado”? Desde sempre teve a paixão do Como autores preferidos, Luís Camacho destaca lápis e do papel, tendo criado a aquele que mais o influenciou no desenho e no traço – sua primeira BD aos seis anos de o japonês Leiji Matsumoto, autor de “Capitão idade, a qual ainda guarda com Harlock” e “Interstella 5555” – passando por Akira carinho, mais que não seja para Toriyama (“Dragon Ball”), Hayao Miyazaki(“A viagem lhe lembrar que é preciso de Chihiro”), até ao americano Star Lee ( “Homem aperfeiçoar para se ir mais longe. Aranha”, “X-Men”), e aos franceses Goscinny e Hoje, com 19 anos, enquanto estudante de História e Uderzo (“Astérix). Arqueologia na Universidade, crê na possibilidade de editar as Nesta aventura da imagem, este jovem criador não suas bandas desenhadas e tenta tornar o seu sonho realidade. se tem ficado apenas pela BD. Há pouco tempo Foi aqui, na Severim, onde estudou durante seis anos, que Luís experimentou ainda outras linguagens, com uma Camacho ganhou a auto-estima que o motivou a continuar. Tudo pequena estreia na animação, inserida no filme “O aconteceu no 8º ano, em Educação Visual, quando as suas quatro Bom, o Mau e a Vizinha.” páginas de “Seres Artificiais”, contribuíram para o fim do Como projecto futuro, está já na calha um remake anonimato deste jovem criador. de “Seres Artificiais”, o seu talismã da sorte. Depois disso, tem sido colaborador da Gazeta com os seus “Três Esperamos que seja para breve e que constitua a Mosqueteiros” e já ganhou um honroso 2º lugar no passatempo entrada com o pé direito no mundo dos “livros aos Watchmen – os Guardiões, do programa “Curto-Circuito”, da quadradinhos”. Sic Radical. Paula Vidigal Página 11 Gazeta, edição 6
  • 12. Extermínio 2029, por Luís Camacho Página 12 Gazeta, edição 6