apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
Portfolio joão grilo
1. Mestrado em Gestão de
Sistemas de E-Learning
João Carlos Inácio Grilo
Ano Lectivo de 2010/2011
Pedagogia, Didáctica e Taxonomia de Bloom
aplicadas ao ensino electrónico
Professora Maria do Carmo Vieira da Silva
II Semestre
2. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
ÍNDICE
Capítulo Página
Introdução 3
1. Competências adquiridas 4
2. Fontes utilizadas 7
3. Pesquisas relevantes 8
4. Trabalhos realizados 10
5. Participação nas sessões 11
6. Reflexões relevantes relativas às temáticas em análise 12
7. Apreciação final 13
Bibliografia 14
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Anexos 15
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3. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Introdução
Este portfólio foi construído no âmbito dos trabalhos da Unidade Curricular de Pedagogia,
Didáctica e Taxonomia de Bloom aplicadas ao ensino electrónico.
Este portfólio destina-se a apresentar perante a docente da disciplina as aprendizagens
desenvolvidas ao longo do percurso efectuado, e baseado nos trabalhos desenvolvidos
na disciplina supracitada.
A estrutura deste portfólio segue a proposta indicada pela docente na unidade referente à
sessão de 4 a 10 de Abril, sendo a sua estrutura baseada numa verificação das
aprendizagens obtidas a partir dos trabalhos desenvolvidos e das pesquisas efectuadas.
Assim, num primeiro momento, será feira uma reflexão sobre as competências adquiridas
no decorrer dos trabalhos da disciplina. Seguir-se-á uma indicação das fontes utilizadas
para a realização dos trabalhos e tarefas apresentados. Num terceiro momento estarão
indicadas as pesquisas relevantes, bem como o motivo da sua escolha. Seguir-se-ão os
trabalhos realizados, bem como uma reflexão acerca da participação nas sessões. Para
finalizar este trabalho, apresentarei as reflexões relevantes tendo em conta as temáticas
em análise, bem como, para concluir, a apreciação do trabalho desenvolvido nesta
unidade curricular.
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1. Competências adquiridas
A apresentação de um portfólio de trabalho desenvolvido é sempre uma reflexão sobre
dos estados do formando: uma diferenciação entre o antes e o depois dos trabalhos
realizados. As diferenças encontradas entre a situação do aprendente antes do
desenvolvimento do curso e depois do mesmo implicam o reconhecimento de alterações
que se operaram no indivíduo, e que implicam uma alteração que é, na sua essência, a
aprendizagem.
No início desta disciplina (e já vão tão longe os tempos de estágio pedagógico), estava
essencialmente em dúvida acerca de quais as diferenças que iria encontrar na vertente da
didáctica no processo de ensino-aprendizagem.
A verdade é que o interesse desta disciplina reside na consciencialização perante a
actualização dos conceitos referentes à aprendizagem, à didáctica e à pedagogia, bem
como a sua aplicação a um mundo que se encontra em constante evolução.
Desde que iniciei a minha actividade docente, no longínquo ano de 1992, os
computadores ostentavam orgulhosamente a indicação de que funcionavam a 520K, e o
próprio Bill Gates afirmava que “640K should be enough for everybody…”. Os grandes
avanços eram o “Wordstar” (ainda não havia teclados com acentos) e o Lotus 123 (uma
insípida folha de cálculo com letras brancas e fundo preto) e a partilha de ficheiros era
apenas ficção científica. Da internet nem sequer se sabia que existia e aplicação de
computadores em sala de aula era uma miragem.
Também as aprendizagem foram-se alterando, bem como os métodos educativos, pelo
que o saber cognitivo hoje em dia já não tem tanto peso na avaliação dos alunos com
tinha em 1990. O peso das aprendizagens ao nível afectivo é contabilizado, de facto, para
a atribuição de uma avaliação ao aluno, pormenor que teria deixado Bloom certamente
satisfeito
Passados quase vinte anos, esta situação reverteu-se de forma dramática. O professor
deixou de ser o detentor do saber, para partilhar conhecimentos com os seus alunos. Os
alunos apresentam não raras vezes mais competências que os seus mestres no
respeitante às tecnologias. A sala de aula deixou de ser um sítio definido no tempo e no
espaço para se alargar a uma partilha global de conhecimentos, competências e trabalho.
Apesar deste passado, não considero que tenha estado à margem do processo evolutivo
a nível das tecnologias da informação e comunicação (ou, como mais recentemente lhes
chamam, os Sistemas de Informação e comunicação). Desde 1998 que sou formador de
docentes no domínio C15 (computadores no ensino), desenvolvi a plataforma Moodle na
escola onde lecciono, dei aulas de língua estrangeira na Escola Móvel (o único projecto
português de ensino básico em b-learning até ao momento), e faço formação on-line para
docentes em moodle, learning objects em língua inglesa e quadros interactivos.
Assim, a minha inscrição neste mestrado foi a consequência de todas estas actividades
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anteriores. A frequente utilização de recursos online acaba por suscitar uma maior dúvida:
O que haverá mais e o que virá a seguir? Claramente as acções de formação não estão
desenvolvidas para uma aprendizagem consistente que possa dar frutos aos seus
frequentadores, tanto a nível de conhecimentos, como competências ou mesmo uma
evolução ao nível das habilitações para ensino ou mesmo em relação ao universo do
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ensino. Para tal inscrevi-me neste mestrado para desenvolver as minhas competências no
sítio que considero mais habilitado para a formação de docentes, a universidade.
No mestrado foram desenvolvidas competências ao nível técnico (organização de redes e
criação de ficheiros e páginas Web), bem como sociais (aprendi a trabalhar em grupo na
Web, coisa em que, apesar de orientar trabalhos de grupo, nunca havia sido sujeito a
essa tarefa), a organizar a gestão financeira de projectos. Nesta disciplina, desenvolvi
uma actividade completamente diferente: fiz uma reciclagem dos meus conhecimentos,
adaptando-os à realidade do ensino on-line.
Num contexto mais vasto, os meus conhecimentos adaptaram-se ao processo de ensino-
aprendizagem on-line. A verdade é que nem sempre é simples aplicar a um tipo de
aprendizagem inovador os conceitos que já havíamos aplicado anteriormente na nossa
prática pedagógica diária. Na verdade trata-se de uma capacidade de adaptação e uma
própria reorganização mental de um mundo que já conhecemos, pois na nossa prática
lectiva, é comum desenvolvermos planificações a longo, médio e curto prazo,
privilegiando os conhecimentos que os alunos irão obter, e baseando-nos numa
pedagogia que cria um percurso de aprendizagem em que os alunos atingem
determinadas competências que correspondem a um número pré-definido de objectivos.
Deste modo, as planificações que já são há muito aplicadas nas escolas compreendem
geralmente uma grelha, onde estão descritos:
Objectivos;
Actividades,
Material;
Estratégias;
Avaliação;
Calendarização;
O ensino online aproveita este conhecimento anterior, mas adapta-o à realidade de um
mundo em que a escola deixa de ser um espaço concreto e definido, para passar a ser
uma comunidade global de aprendentes. O esforço que exige ao planeador das
actividades, tanto na tarefa de planificar o curso nos seus diferentes momentos de
execução, bem como na criação dos objectos de aprendizagem que deverão ser capazes
de tanto partilhar o conhecimento com os formandos, como de poder vir a ser o
receptáculo do seu conhecimento.
A ideia subjacente às teorias de Bloom, que vão beber muito às teorias
comportamentalistas, é de que os aprendentes irão conseguir obter resultados, atingindo
os objectivos propostos, desde que lhes sejam facultados os instrumentos e o tempo
necessário para conseguir desenvolver os seus conhecimentos. Assim permite-se um tipo
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de aprendizagem personalizado que será avaliado para se que apurem resultados, não só
sobre a aprendizagem dos alunos, como na forma como está a ser conduzido o curso, ou
seja, “a avaliação possui a tarefa de se centrar na forma de como o aluno aprende, sem
descuidar da qualidade do que aprende” (Menéz, 2002).
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A grande alteração que encontro em mim, depois do desenvolvimento desta disciplina é
um pensamento mais abrangente no respeitante à aplicação da planificação a curto e
longo prazo no domínio da aprendizagem à distância através da internet. A consciência
de que os grupos de trabalho favorecem em muito a consolidação das aprendizagens e
de que a partilha de conhecimentos é a grande vantagem do novo ensino online, permite-
me criar com os meus alunos trabalhos que estes irão partilhar com os colegas de outras
escolas e promover os seus conhecimentos juntos dos pais, como por exemplo, na
aplicação prática deste trabalho que é um reconto do conto “ a menina dos fósforos”, que
foi inteiramente efectuado on-line, e que serviu para candidatar a turma ao concurso
Bibliolivros:
http://www.youtube.com/watch?v=ZDfOYveyNEc
O trabalho solicitado pela professora obrigou-me a um grande esforço de conciliação da
tarefa docente e de formador com a de trabalhador-estudante. Afastado das lides
académicas já há vários anos, a preocupação em conciliar o trabalho com os trabalhos
solicitados pelas disciplinas foi árduo e muitas vezes impossível de concretizar de forma
satisfatória. Apesar deste pormenor, o esforço de pesquisa e de realização de trabalhos
nos quais pudesse aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo destes anos e nos quais
espero ter conseguido aplicar as aprendizagens realizadas.
A pesquisa revelou-se frutífera, pois os textos recolhidos, desde os referentes à
taxonomia de Bloom e da aprendizagem por objectivos, até às actuais dissertações de
mestrado e artigo pertinentes sobre a planificação e avaliação do ensino on-line, encontra
muito material de trabalho para o trabalho final deste mestrado, que me interessaria que
focasse o tema da criação de objectos de aprendizagem para o ensino da língua
estrangeira por ensino electrónico.
Quanto às pesquisas efectuadas, assumo que cada ver é mais fácil encontrar material
acerca do tema, pois este está na vanguarda do ensino actual. A verdade é que também
é mais difícil encontrar os textos verdadeiramente pertinentes, uma vez que a quantidade
de material disponível é tão vasto que não seria possível encontrar o material mais
apropriado sem recurso às orientações bibliográficas e material fornecido pela docente.
Mais uma vez se confirma a percepção de que a orientação do professor, num contexto
virtual é cada vez mais necessária. O desenvolvimento de competências para analisar os
textos no sentido de os sintetizar para a conclusão das tarefas também foi bastante
desenvolvido.
O trabalho em grupo foi mais uma vez simplificado pela excelente relação criada entre os
colegas de grupo que haviam trabalhado junto desde o semestre passado, pelo que as
actividades em equipa surgem sempre mais facilmente do que individualmente, pois
estamos sujeitos a timings muito apertados, onde o tempo tem necessariamente que se
tornar útil.
Os temas como a colaboração e a cooperação foram abordados tanto nas leituras como
de forma activa, nos trabalhos de grupo como nos fóruns e actividades solicitadas,
embora reconheça que a minha participação tenha ficado aquém do esperado e do
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inicialmente autoproposto.
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7. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
2. Fontes utilizadas
No respeitante às fontes consultadas para os trabalhos propostos, bem como para as
pesquisas relacionadas com esta disciplina, em primeiro lugar estão as propostas pela
docente desta unidade, tanto no respeitante aos artigos, como no respeitante aos vídeos
e bibliografia. Na verdade, a época actual que vivemos leva a que não tenha consultado
livros em suporte físico, à excepção de uma enciclopédia “Random House Editors” (para
verificação de termos técnicos) e a colectânea de textos: "E-Conteúdos para E-
Formadores" (Coordenação de Ana Silva Dias e Maria João Gomes, TecMinho,
Guimarães, 2008)
Toda a restante pesquisa foi efectuada dos seguintes repositórios.
Repositório da Universidade de Lisboa - http://repositorio.ul.pt/
Repositório da Universidade do Minho - https://e-repository.tecminho.uminho.pt/
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal- http://www.rcaap.pt/
Repositório Aberto da Universidade do Porto - http://repositorio-aberto.up.pt/
Repositório Aberto da Universidade Aberta - http://repositorioaberto.univ-ab.pt/
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3. Pesquisas relevantes
Esta unidade curricular levou-me a ter que voltar à pesquisa, uma vez que apercebi-me
que os conhecimentos que tinha realizado no passado estavam a tornar-se
desactualizados, se não face à actualidade do ensino, pelo menos à realidade do ensino
num ambiente de aprendizagem online.
As pesquisas e as leituras efectuadas levaram a que me apercebesse de dois pontos
fulcrais no dia-a-dia de um docente:
O primeiro é a rapidez com que as nossas convicções são abaladas pelo confronto com a
realidade. A partir de uma prática diária e do convívio diários com os alunos, criam-se
vícios de modo que condicionam a nossa prática lectiva e levam-nos a cristalizar no
tempo, optando por repetir um número concreto de actividades que achamos serem as
mãos adequadas, mas que são apenas aquelas a que nos habituamos a desenvolver. O
trabalho colaborativo, que muitas vezes optamos por não realizar devido às dificuldades
disciplinares que podem surgir, acaba por ser afastado do nosso dia-a-dia. Através das
leituras efectuadas, especialmente pela leitura de Michael Moore1, verificamos que a o
ensino através da criação de comunidades educativas on-line é muito mais profícuo e
compensador.
A segunda percepção é a velocidade com que as teorias relacionadas com a pedagogia e
a didáctica se desenvolvem fora dos locais destinados ao ensino (as escolas) a
percepção que tenho é que os professores estão afastados das novas teorias
pedagógicas como pró exemplo de Gilbert, Charlot ou Palácios, estão completamente
arredadas do dia-a-dia da maior parte dos docentes portugueses. A universidade tem o
dever de se voltar a aproximar daqueles que formou, chamando de novo a si a
responsabilidade da formação contínua de docentes, ou arrisca-se a que o fosso que
separa os mestres dos aprendentes seja sempre aumentado sempre que termina um ciclo
de estudos académicos. Ser mestre é sinal de continuidade de ligação ao ensino
superior? Cada vez menos. O problema deve, pois ser solucionado.
Começo por referir a pesquisa levada a cabo para a realização do primeiro trabalho
formativo sobre Pedagogia e Didáctica. Esta pesquisa foi útil para mim, uma vez que sou
professora e deveria estar à vontade com estes temas. No entanto, não estava. A
diferença entre elas não me era transparente. Este trabalho permitiu-me compreender
melhor os conceitos e sintetizar as ideias principais.
De entre as pesquisas efectuadas, destaco, pela clareza de conteúdos, estas três:
“Comunidades de aprendizagem: um modelo para a gestão da aprendizagem”,
de Ana Paula Afonso
http://teresianasstj.net/files/met/AnaAfonso_ModeloGestoAprendizagem.pdf
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1
Moore, Michael (1997). Theory of transactional distance. In Desmond Keegan (Ed.), Theoretical Principles of Distance
Education, 22-38. New York: Routledge. Disponível em
http://www.aged.tamu.edu/research/readings/Distance/1997MooreTransDistan...
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9. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
“Os modelos pedagógicos em contexto de educação à distância: Como definir
os objectivos de aprendizagem?”, de Anícia Trindade
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/823/1/20942_ulfp034395_tm.pdf
“As teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na
educação”, de josé Carlos Libâneo.
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10. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
4. Trabalhos realizados.
Foram realizados os trabalhos solicitados pela docente, com recurso à pesquisa e
aos trabalho em grupo, nos quais me empenhei activamento. Nem, sempre me foi
possível o envio dos trabalhos atempadamente, mas isso deve-se a determinados
factores de vida pessoal que não considero relevantes para este portfólio nem
poderão servir como desculpa para o trabalho não efectuado.
Servirá este portfolio como arquivo desses trabalhos, que seguem em anexo, para
que a docente verifique que na realidade estes foram efectuados, com recurso a
pesquisa e trabalho por parte do aprendente, bem como no intuito de
operacionalizar as aprendizagens efectuadas, e mais importante, registar as
reflexões por eles geradas.
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5. Participação nas sessões
Participei nos fóruns nos quais foram desenvolvidas questões pertinentes para o
desenvolvimento desta disciplina. Nestas participações preocupei-me em partilhar
com os colegas os conhecimentos adquiridos tanto na leitura da bibliografia
proposta e nos vídeos sugeridos, como os operacionalizados através da pesquisa
efectuada.
As participações nos fóruns têm mais importância quanto mais pessoais forem as
participações dos seus intervenientes. No caso das minhas participações, tanto no
respeitante à planificação, como à importância minha prática diária, tanto no
respeitante à aplicação dos conhecimentos em e-learning, tentei conjugar as
leituras com a experiência pedagógica por mim vivida, tanto como docente, como
enquanto formador ou gestor da plataforma on-line da escola.
As participações serão tão pertinentes quanto as considerarem os meus colegas,
mas a verdade é que admito que estas pecam por tardias.
Quanto à participação no trabalho de grupo, considero que foi profícua, a verificar
pelo trabalho realizado em grupo, e que segue em anexo a este portfólio.
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12. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
6. Reflexões relevantes relativas às temáticas em análise
Como actividade de reflexão deixo algumas ponderações que, sendo relevantes, estão
intrinsecamente relacionadas com as temáticas abordadas, e resultam tanto da pesquisa,
como de uma meditação que tem como base o choque entre o saber e a experiência:
- A taxonomia de Bloom (A Pedagogia Por Objectivos) aplicada ao ensino online implica a
observação de uma série de objectivos que o aluno deverá atingir. O professor poderá
construir um roteiro de aprendizagem onde a hierarquia seja respeitada e o aluno
certamente conseguirá atingir esses objectivos. No entanto, há espaço para um
desenvolvimento pessoal dos alunos que queiram extravasar essa serie de objectivos,
optando por construir um conhecimento próprio, ignorando uns ensinamentos e
adaptando outros.
- Nas teorias de Piaget e Vygotsky, o grupo de alunos vai desenvolvendo um interesse
cooperativo que resulta num trabalho de equipa onde o resultado final é uma série de
referenciais de aquisição de conhecimentos. Sabendo que esse referencial de
conhecimentos pode provir de qualquer um dos alunos, como saberemos (especialmente
num universo aplicado ao ensino on-line) quais os alunos que efectivamente
desenvolveram quais competências sem ter que recorrer a uma prova individual?
- A Construção de objectos de aprendizagem permite uma definição bem clara que quais
as competências desenvolvidas por determinados aluno. Na realidade, acredito que o
ensino on-line é a libertação do professor da famigerada influência do “manual” que tanto
é utilizado nas escolas, e mesmo sendo os alunos obrigados a comprá-lo, mesmo antes
de saber se os professores realmente deles necessitam. As editoras já estão a investir
fortemente em sites on-line que servem de apoio aos manuais adoptados pelas escolas.
Está a aprendizagem on-line a caminhar para “gaiolas doiradas”?
- Estão os professores conscientes do tempo necessário para desenvolver um bom
objecto de aprendizagem multimédia e da necessidade da sua criação. Mais uma vez
volto a insistir neste ponto: a aprendizagem online precisa que os docentes implicados
neste ensino partilhem as suas experiências e os seus objectos de aprendizagem, para
que o tempo dispendido seja aproveitado por todos, construindo uma verdadeira
comunidade virtual. E a universidade tem que se aproximar destes docentes. Para
finalizar, gostaria de partilhar com todos o meu contributo para a construção desta
comunidade: o centro de partilha on-line da comunidade e-create:
http://ecreate.co/
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7. Apreciação final
Considero que o trabalho desenvolvido foi importante para a prática lectiva
presente e futura dos membros desta comunidade de aprendentes. Considero que
os temas desenvolvidos respeitavas o proposto inicialmente, e que o trabalho de
pesquisa revelou-se numa mais-valia para o desenvolvimento dos conhecimentos
nesta disciplina.
A taxonomia de
Bloom, na qual há
uma série de
passos que levam à
apropriação do
conhecimento,
passando o aluno
pelas fases pela
recordação, da
compreensão, da
aplicação, da
análise, da
avaliação e
finalmente da
criação, adequam-
se perfeitamente ao
desenvolvimento de
uma educação baseada no ensino à distância pela via digital. A adequação desta
teoria, que data de 1950, a um ensino virado para o futuro na actualidade prova a
sua consistência e justificam perfeitamente a sua aplicação ao ensino à distância
através de objectivos. No mundo virtual estão justificados e assentes os critérios de
aplicação de tanto o domínio afectivo como o cognitivo. Num futuro, o domínio
psico-motor terá também que ser trabalhado, mas isso implicará novos
desenvolvimentos ao nível dos equipamentos informáticos.
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Bibliografia
Garcia, Leticia Silva ,Costa, Antonio Carlos da Rocha ,Franco, Sérgio Roberto Kieling ; Comunidades
virtuais de aprendizagem baseadas na Teoria de Interação Social de Piaget e suportadas por redes
peer-to-peer; http://hdl.handle.net/10183/12987
Souto, Maria Aparecida Martins ; Diagnóstico on-line do estilo cognitivo de aprendizagem do aluno
em um ambiente adaptativo de ensino e aprendizagem na web: uma abordagem empírica baseada
na sua trajetória de aprendizagem; http://hdl.handle.net/10183/4837
Miranda, Guilhermina Lobato Jorge, Idalina; Aprendizagem distribuída: contributos da psicologia e
das ciências da educação;
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/2808/1/Aprendizagem%20distribuida.2005.pdf
Menezes, Rachel Reis; Novo paradigma educativo e práticas pedagógicas das EFAS: análise de
planos de estudos inovadores em relação aos sete saberes da educação do futuro do Morin;
http://hdl.handle.net/10362/395
Martinho, Diogo de Sousa; E-Learning e auto-eficácia no ensino profissional;
http://hdl.handle.net/10362/4152
Bandura, A. (2001). Guide for constructing self-efficacy scales.
http://www.emory.edu/EDUCATION/mfp/effpage.htm
Wikipedia: taxonomia dos objectivos educacionais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_dos_objetivos_educacionais acedido em
4/4/2011
Macondes, Eduardo; Osmo, André; A propósito de educação (art);
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/57.pdf
Krathwohl, David R.; A revision of bloom’s Taxonomy: An overview;
http://www.jstor.org/pss/1477405 (acedido em 6/7/2011)
Forehand, Mary; Bloom's Taxonomy From Emerging Perspectives on Learning, Teaching
and Technology
http://www.roe11.k12.il.us/GES%20Stuff/Day%204/Process/Blooms/Mary%20Forehand%
20discussion-Bloom%27s%20Taxonomy.pdf
Bates, A. W. Technology, E-learning and Distance education;
http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=yOpH1aOuopcC&oi=fnd&pg=PR6&dq=e-
learning&ots=jvA7TYe0Mn&sig=LgXh9R8dPPh3U7PmXUFJ8T2A2h8#v=onepage&q&f=false
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Anexos
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16. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA- FCSH
Pedagogia, Didáctica e Taxonomia de Bloom aplicadas ao Ensino Electrónico
Texto síntese.
Uma reflexão sobre as leituras
Da dualidade entre Pedagogia e Didáctica.
De todos os conceitos que abordamos, sobressaem-me as seguintes inquietações: “Será a
pedagogia uma arte ou uma ciência?”; “Qual é a fronteira que separa a pedagogia da
didáctica?”
No início do módulo, defini a pedagogia como sendo a “ciência que estuda as formas de
transmissão de conhecimento e desenvolvimento de educação do ser humano de forma a
teorizar e aperfeiçoar as técnicas de ensino”. No entanto, encontro alguma hesitação em
incluir a parte referente às técnicas de ensino na definição de pedagogia, uma vez que
considero a teorização uma componente típica das ciências, enquanto a técnica, será mais
considerada como uma parte da arte (no sentido prático do termo).
A verdade é que a pedagogia vive da teorização, numa perspectiva de pesquisa, criação e
análise, enquanto a didáctica vive da apropriação dessa teorização para fins específicos,
numa relação que comparo à que relaciona, por exemplo, a arquitectura da engenharia
civil. Que separa então um pedagogo de um didacta?
Nos textos lido, especialmente nos trabalhos de Martinand e de Develay, há sempre uma
dúvida quanto à apropriação dos conhecimentos das disciplinas para a prática do ensino. A
verdade é que é muito interessante, na perspectiva de docente, a diferença entre o
conhecimento puro e o conhecimento adaptado ao ensino. E quiçá esteja aí a diferença que
podemos encontrar entre um pedagogo e um didacta.
Não me considero um pedagogo, pois não tem feito parte da minha prática pessoal a
teorização do acto de ensinar. Considero o meu trabalho como apropriação de um objecto de
ensino, e a sua apropriação ao acto de educar um aluno. A verdade é que a teorização do tema
é importante, e esse é o trabalho do pedagogo, mas é a consciência que um professor terá do
seu trabalho é ser capaz de aliar um sólido conhecimento acerca da área que lecciona com a
visão analítica que lhe permite adaptar esse objecto de ensino ao aprendente.
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17. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Ensino, educação, conhecimento
Pedagogia é a ciência que estuda as formas de transmissão de conhecimento e
desenvolvimento de educação do ser humano de forma a teorizar e aperfeiçoar as
técnicas de ensino.
A sua definição vem do grego paidós (criança) e agogé (condução), no entanto o significado
da palavra vai sendo alterado, sendo actualmente mais utilizado como adjectivo (método
pedagógico) do que como nome de uma área científica. É mais tarde associada também ao
conceito de didáctica, que surge como um subgénero da pedagogia e que trata de precisar as
formas de ensinar uma determinada área ou disciplina.
Desta forma necessita obter-se uma clarificação, tornando-se mais lata a definição de
pedagogia, universalizando-a assim como a ciência que engloba todas as técnicas, teorias e
instrumentos referentes à educação humana, deixando para a didáctica o precisar da forma
como a pedagogia se particulariza a uma disciplina/nível ou técnica educativa.
Pedagogia e didática: duas ciências independentes
http://br.monografias.com/trabalhos3/pedagogia-e-didatica/pedagogia-e-didatica.shtml
Breve dicionário de Pedagogia
http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/dicionario%20pedagogia.pdf
Artigos sobre pedagogia
http://www.dmoz.org/Reference/Education/Methods_and_Theories/
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Planificar em E-Learning.
Há um ditado popular que fala em “saber de experiência feito”. Falemos então em nome da
experiência e partilhemos os nossos conhecimentos com os nossos colegas, para que, através da
experiência de um, os erros não se voltem a encontrar em outros.
Vários pontos de reflexão se apresentam pois, neste parâmetro:
1- O ensino on-line tem algumas particularidades que obrigam à criação de uma planificação
prévia, com indicações seguras sobre a qualidade e objectivos dos Objectos de
aprendizagem que são entregues aos formandos. A verdade é que numa aula online, um
professor que entre nesta, a partir de um fórum ou de um chat com os objectivos
parcamente delineados assegura logo o seu suicídio social enquanto docente. O
desenvolvimento de actividades online implica um grande número de preparação de
material e opções que em nada se assemelha à entrada de um professor na sala de aula
com um livro na mão.
2- A adequação dos objectos de aprendizagem aos formandos assegura uma boa qualidade do
curso, mas o desenvolvimento de formas de socialização ulteriores a essa tarefa asseguram
muita da qualidade e assiduidade dos formandos. A atribuição de tarefas em grupo obriga a
uma assiduidade e entreajuda que assegura o sucesso do curso, ao invés do
desenvolvimento individual de tarefas.
3- A qualidade e racionalidade do curso, bem como a sua estrutura de desenvolvimento é
fulcral para a boa inclusão dos alunos no objecto da aprendizagem, como também ajuda à
operacionalização de conceitos e à aplicação desses mesmos em tarefas concretas. A
inclusão de aulas em PDF’s ou Documentos Word, sem qualquer tipo de operacionalização
desses mesmos conceitos afasta os formandos da disciplina e leva ao alheamento dos
formandos e ao seu afastamento.
4- A capacidade dos professores em criar objectos de aprendizagem que sejam instrutivos e
ao mesmo tempo agradáveis de manusear e com interfaces convidativos leva à apropriação
de conceitos de forma mais fácil, bem como à identificação do formando com as ideias do
formador. A dificuldade em criar objectos de aprendizagem graficamente atraentes, num
tempo em que toda a internet prima por ser intuitiva e apelativa leva a que os formandos,
especialmente os mais novos se alheiem do trabalho a desenvolver.
5- A durabilidade do curso, bem como espaço temporal adequado entre as diferentes sessões
do curso on-line leva à adequada acessibilidade dos formandos à frequência do curso. Aulas
pouco espaçadas não permitem a construção correcta de aprendizagens, tempo de
pesquisa ou preparação trabalhos adequados. Aulas muito espaçadas levam a que os
formandos se alheiem do curso, esquecendo-se frequentemente do objecto da sessão
2010/2011
anterior.
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João Carlos Inácio Grilo
19. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Mestrado em Gestão de Sistemas de e-Learning
Pedagogia, Didáctica e Taxonomia de Bloom aplicadas ao Ensino Electrónico
Maria do Carmo Pereira de Campos Vieira da Silva
2010/2011
Ana Borges, Ana Ferreira, Joana Vaz, João Grilo
Exercício de planificação
O presente modelo destina-se à aplicação em contexto
de ensino/aprendizagem online dos conhecimentos
desenvolvidos no decurso da nossa aprendizagem nesta
disciplina.
Tendo em conta a actividade prevista na unidade
curricular, o grupo decidiu trabalhar a primeira proposta,
relativa à planificação de uma unidade de aprendizagem
online tendo como ponto de partida um vídeo simples e
curto. O vídeo seleccionado encontra-se disponível no
seguinte endereço:
2010/2011
http://www.youtube.com/watch?v=o8cDsCe7oZA
19
João Carlos Inácio Grilo
20. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
O contexto escolhido refere-se ao ensino da Língua
Inglesa como segunda língua e objectiva o
ensino/aprendizagem de conteúdos relativos à descrição
das diversas actividades da rotina diária por e-learning. O
nosso público-alvo será constituído por aprendentes com
um domínio elementar de língua, e a nossa unidade de
aprendizagem foi pensada para uma duração aproximada
de 180 minutos (4 tempos de 45 minutos).
A nossa planificação baseou-se na Taxonomia de
Bloom, procurando respeitar a sua hierarquia. Para a
realização desta planificação apenas tivemos em
consideração o domínio cognitivo, tendo resultado na
seguinte forma:
A rotina diária (em Língua Inglesa) utilizando a
taxonomia de Bloom
Recordar
Observa o vídeo e recorda quais os verbos que tens vindo
a aprender desde o início do ano e as particularidades na
sua conjugação (a flexão na terceira pessoa do plural).
Define quais os objectos que são utilizados de forma usual
no dia-a-dia de um estudante, e associa-os aos verbos de
forma a criar frases simples mas com sentido.
2010/2011
Aplica essas frases para criar e legendar uma série de
Flashcards onde estão descritos momentos comuns no dia-
a-dia de uma pessoa.
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João Carlos Inácio Grilo
21. PDTB Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Compreender
De forma sucinta, indica quais os verbos que podem ser
aplicados à descrição da rotina diária de um estudante.
Aplicar
Constrói e ordena uma rotina diária a partir de várias
fotografias do seu dia-a-dia, de forma a representar a rotina
de um aluno comum.
Analisar
A rotina diária de muitas pessoas é semelhante. Utiliza os
mesmos verbos, ordenando-os cronologicamente e
aplicados a situações diferentes. Explicar como tal se
aplica ao seu dia-a-dia.
Avaliar
Muitas pessoas têm uma rotina diária própria. Explica como
é a tua rotina diária, partindo de uma situação de
observação ou através da recordação de eventos
passados, e cria um texto onde a descrevas.
Criar
Utilizar os conhecimentos adquiridos de forma a criar um
filme que possa descrever o seu dia-a-dia, utilizando de
forma correcta os tempos verbais no simple present.
Based on: Forte, Imogene and S. Schurr. (1997). The All-New Science Mind Stretchers:
Interdisciplinary Units to Teach Science Concepts and Strengthen Thinking Skills. Cheltenham,
Vic.: Hawker Brownlow.
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João Carlos Inácio Grilo