2. A desigualdade econômica e a crise açucareira:
motivos fundamentais da Guerra dos Mascates.
A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco
e, aparentemente, foi um conflito entre senhores
de engenho de Olinda e comerciantes do Recife.
Estes últimos, denominados "mascates", eram,
em sua maioria, portugueses.
Antes da ocupação holandesa, Recife era um
povoado sem maior expressão. O principal núcleo
urbano era Olinda, ao qual Recife encontrava-se
subordinado.
Porém, depois da expulsão dos holandeses Recife
tornou-se um centro comercial, graças ao seu
porto excelente, e recebeu um grande afluxo de
comerciantes portugueses.
3. Olinda era uma cidade tradicionalmente
dominada pelos senhores de engenho. O
desenvolvimento de Recife, cidade controlada
pelos comerciantes, testemunhava o crescimento
do comércio, cuja importância a atividade
produtiva agroindustrial açucareira, à qual se
dedicavam os senhores de engenho olindenses.
O orgulho desses senhores havia colocado em
crise a produção açucareira do nordeste. Mas
ainda eram poderosos, visto que, controlavam a
Câmara Municipal de Olinda.
4. À medida que Recife cresceu em importância, os
mercadores começaram a reivindicar a sua
autonomia político-administrativa, procurando
libertar-se de Olinda e da autoridade de sua
Câmara Municipal. A reivindicação dos
recifenses foi principalmente atendida em 1703,
com a conquista do direito de representação na
Câmara de Olinda. Entretanto, o forte controle
exercido pelos senhores sobre a Câmara tornou
esse direito, na prática, letra morta.
5. A grande vitória dos recifenses ocorreu com a
criação de sua Câmara Municipal em 1709, que
libertava, definitivamente, os comerciantes da
autoridade política olindense. Inconformados, os
senhores de engenho de Olinda, utilizando vários
pretextos, como a demarcação dos limites entre
os dois municípios, por exemplo, resolveram fazer
uso da força para sabotar as pretensões dos
recifenses. Depois de muita luta, que contou com
a intervenção das autoridades coloniais,
finalmente em 1711 a nomeação de um novo
governante que teve como principal missão
estabelecer um ponto final ao conflito.
6. O escolhido para essa tarefa foi Félix José de
Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e
estipulou a prisão de todos os latifundiários
olindenses envolvidos com a guerra. Além disso,
visando evitar futuros conflitos, o novo governador de
Pernambuco decidiu transferir semestralmente a
administração para cada uma das cidades. Dessa
maneira, não haveria razões para que uma cidade
fosse politicamente favorecida por Félix José, desta
forma, Recife foi equiparada a Olinda e assim
terminou a Guerra dos Mascates.
Em 1714, o rei D. João V, resolveu anistiar todos os
envolvidos nessa disputa, manteve as prerrogativas
político- administrativas de Recife e promoveu a
cidade ao posto de capital do Pernambuco.
7. O escolhido para essa tarefa foi Félix José de
Mendonça, que apoiou os mascates portugueses e
estipulou a prisão de todos os latifundiários
olindenses envolvidos com a guerra. Além disso,
visando evitar futuros conflitos, o novo governador de
Pernambuco decidiu transferir semestralmente a
administração para cada uma das cidades. Dessa
maneira, não haveria razões para que uma cidade
fosse politicamente favorecida por Félix José, desta
forma, Recife foi equiparada a Olinda e assim
terminou a Guerra dos Mascates.
Em 1714, o rei D. João V, resolveu anistiar todos os
envolvidos nessa disputa, manteve as prerrogativas
político- administrativas de Recife e promoveu a
cidade ao posto de capital do Pernambuco.