O documento discute a poluição da água, suas causas e impactos na saúde humana. Também aborda o tratamento da água para torná-la potável e as doenças causadas pela água poluída, como diarreia. Por fim, destaca a importância do saneamento básico para a saúde pública e a necessidade de tratar esgotos e fornecer água potável para todas as pessoas.
2. Poluição das águas A água é geralmente considerada poluída quando
está impregnada de contaminantes antropogênicos,
não podendo, assim, ser utilizada para nenhum fim de
consumo estritamente humano, como água potável
ou para banho, ou então quando sofre uma radical
perda de capacidade de sustento de comunidades
bióticas (capacidade de abrigar peixes, por exemplo).
Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas
marinhas, tempestades e terremotos são causa de
uma alteração da qualidade da água disponível e em
sua condição no ecossistema.
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e
dos oceanos são: poluição e contaminação por
poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo
este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos,
dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
3. Em função destes problemas, os governos
preocupados, tem incentivado a exploração de
aquíferos (grandes reservas de águas doces
subterrâneas). Na América do Sul, temos o
Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo e
ainda pouco utilizado. Grande parte das águas
deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro.
Dicas para ajudar a diminuir a poluição das
águas:
Não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não
descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não
utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em
áreas próximas a fontes de água. Não lançar
esgoto doméstico em córregos. Não jogar
produtos químicos, combustíveis ou detergentes
nas águas.
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5. Doenças causadas pela agua poluída: A falta de água potável e de esgoto tratado facilita a
transmissão de doenças que, calcula-se, provocam cerca de
30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas
acontece entre crianças, principalmente as de classes mais
pobres, que morrem desidratadas, vítimas de diarreia
causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente mais de 3
milhões de famílias não recebem água tratada e um número
de casas duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto.
Isso é muito grave.
Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria
em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.
Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar
os seguintes cuidados:
Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento;
Tratar à água eliminando micróbios e impurezas nocivas a
saúde humana;
Filtrar e ferver a água;
Não lavar alimentos que serão consumidos crus com água
não tratada como verduras, frutas e hortaliças.
6. As principais doenças transmitidas pela água são:
Diarreia infecciosa
Cólera
Leptospirose
Hepatite
Esquistossomose
A água com má qualidade é responsável por 80%
das doenças que atingem as pessoas em países em
desenvolvimento. Comer alimentos lavados com
água contaminada, beber água contaminada,
tomar banho em águas poluídas pode gerar riscos a
saúde. Algumas doenças causadas por parasitas:
Esquistossomose: O contágio se dá através do
contato com águas que contém larvas provenientes
do caramujo hospedeiro.
Ascaridíase: O contágio se dá através do consumo
da água que contém o parasita Ascaris
Lumbricoides.
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8. Tratamento da água O tratamento de água consiste na remoção de impurezas e
contaminantes antes de destiná-la ao consumo. Isso porque a água
sempre contém resíduos das substâncias presentes no meio ambiente
como micro-organismos e sais minerais, necessitando, pois, de
tratamento para remover as impurezas que podem ser prejudiciais ao
homem.
O tratamento da água varia conforme a sua captação. Se ela forem
águas subterrâneas de poços profundos, geralmente dispensa
tratamento, pois essas águas são naturalmente filtradas pelo solo e,
como não estão expostas, não foram contaminadas, logo também não
apresentam turbidez. Necessitando apenas de uma desinfecção com
cloro.
Já para as águas captadas na superfície é necessário um tratamento
especial que consiste em 8 fases:
A oxidação é o primeiro passo, quando os metais presentes na água,
principalmente ferro e manganês, são oxidados através da injeção de
substâncias como o cloro, tornando-os insolúveis. O que permitirá sua
remoção nas próximas etapas.
Na segunda etapa, a coagulação, é feita a remoção das partículas de
sujeira através de uma mistura rápida de sulfato de alumínio ou cloreto
férrico que irão aglomerar os resíduos formando flocos. Podemos,
também, adicionar cal para melhorar o processo e manter o pH da
água constante.
Em seguida, na etapa de floculação, a água é movimentada para que
os flocos se misturem ganhando peso e consistência.
9. Com isso, na etapa de decantação, os flocos formados irão se
separar da água, ficando armazenados no fundo dos tanques.
Então, a água passa por um processo de filtração para retirar as
impurezas restantes. Geralmente utilizam-se filtros constituídos por
camadas de areia, antracito e cascalho que irão segurar as
partículas restantes.
Começa então o processo de desinfecção, quando a água já limpa
recebe o cloro para eliminar germes que podem estar presentes e
garantir que ela continue assim nas redes de distribuição e nos
reservatórios.
Em seguida, é necessária a correção do pH da água para evitar a
corrosão da canalização das casas ou a incrustação.
Na última etapa, tem-se a fluoretação. A água recebe um composto
de flúor chamado ácido fluossilícico que reduz a incidência de cárie
dentária na população.
O tratamento da água é a principal forma de prevenir doenças
como a leptospirose, a cólera e diversas outras que ameaçam a
saúde humana. Uma prova disso é que a preocupação com a
qualidade água e sua relação com a saúde tem registros desde o
ano de 2000 a.c. quando, na Índia já era recomendado que a água
devia ser purificada pela fervura ou filtração.
Entretanto, e infelizmente, mais de 1 bilhão de pessoas não têm
acesso à água potável no mundo, seja por morarem em regiões
secas ou por causa da poluição. Ocasionando a morte de cerca de
1,8 milhões de crianças no mundo todo por causa de doenças como
a diarreia, provocadas pelo consumo de água contaminada e más
condições de saneamento.
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11. Saneamento Básico Saneamento básico é a atividade relacionada com o
abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial,
a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o
manejo de resíduos sólidos e o controle de pragas e qualquer
tipo de agente patogênico, visando à saúde das
comunidades. É o conjunto de procedimentos adotados
numa determinada região visando a proporcionar uma
situação higiênica saudável para os habitantes. Trata-se de
uma especialidade estudada nos cursos superiores de
engenharia sanitária, de engenharia ambiental, de
saúde coletiva, de saúde ambiental, de
tecnólogo em saneamento ambiental, de ciências biológicas
, de tecnólogo em gestão ambiental eciências ambientais.
Trata-se de serviços que podem ser prestados por
empresas públicas ou, em regime de concessão, por
empresas privadas, sendo esses serviços considerados
essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa destes
por parte da população, além da sua importância para a
saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.
12. Entre os procedimentos do saneamento
básico, podemos citar: tratamento de água,
canalização e tratamento de esgotos,
limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e
tratamento de resíduos orgânicos (em aterros
sanitários regularizados) e materiais (através
da reciclagem). Com estas medidas de
saneamento básico, é possível se garantir
melhores condições de saúde para as
pessoas, evitando a contaminação e
proliferação de doenças. Ao mesmo tempo,
garante-se a preservação do meio ambiente.
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14. Falta de saneamento básico A ausência de saneamento básico é detectada em vários países,
inclusive nos desenvolvidos. Conforme dados do Relatório do
Desenvolvimento Humano de 2006, realizado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), aproximadamente 2,6
bilhões de pessoas no mundo não são atendidas pelos serviços de
saneamento, sendo os africanos e os asiáticos os mais afetados: 1,635
bilhão de pessoas. Esse processo reflete nas taxas de mortalidade
infantil, pois a falta de saneamento pode provocar a transmissão de
doenças, contaminação de alimentos e de água, sendo que as
crianças são as principais vítimas. A OMS estima que 6% de todas as
doenças no mundo são causadas por consumo de água não tratada e
pela falta de coleta de esgoto. Entre elas estão: hepatite A, febre
tifoide, malária, diarreia, cólera, febre amarela, amebíase, etc.
Mais de 15 milhões de pessoas morrem em todo o mundo por doenças
infecciosas originadas pela falta de saneamento, segundo a OMS. Esse
é um tema tão importante que está relacionado entre as Metas de
Desenvolvimento do Milênio em que ficou estabelecido que se deve
reduzir à metade o número de pessoas sem acesso a saneamento
básico. São muitas as doenças vinculadas à falta de saneamento.
15. Elas interferem na qualidade de vida da população e até mesmo no
desenvolvimento do país. A maioria dessas doenças é de fácil prevenção, mas
causam muitas mortes, como o caso da diarreia entre crianças menores de 5 anos
no Brasil. Os índices de mortalidade infantil também estão associados ao acesso a
serviços de água, esgoto e destino adequado do lixo. As doenças são transmitidas
pelo contato ou ingestão de água contaminada, contato da pele com o solo e lixo
contaminados. A presença de esgoto, água parada, resíduos sólidos, rios poluídos e
outros problemas também contribuem para o aparecimento de insetos e parasitas
que podem transmitir doenças. É importante lembrar que os custos com prevenção
dessas doenças são menores do que os que se tem com a cura e a perda de vidas
por causa delas. Também se poderiam aperfeiçoar os gastos públicos com saúde se
o dinheiro investido em tratamento de doenças vinculadas à falta de saneamento
pudesse ser direcionado para outras questões.
Conheça algumas das principais doenças relacionadas à falta de saneamento:
amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, diarreia,
desinterias, elefantíase, esquistossomose, febre amarela, febre paratifóide, febre
tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos, leptospirose, malária,
poliomielite, teníase e tricuríase.
Para reduzir os casos dessas doenças é fundamental que a população tenha
acesso a água boa, tratamento correto do esgoto (seja ele doméstico, industrial,
hospitalar ou de qualquer outro tipo), destinação e tratamento do lixo, drenagem
urbana, instalações sanitárias adequadas e promoção da educação sanitária (que
inclui hábitos de higiene), entre outras ações.
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17. Água potável
Água potável corresponde a toda água disponível na
natureza destinada ao consumo e possui características e
substâncias que não oferecem riscos para os seres vivos que a
consomem, como animais e homens. A água, em condições
normais de temperatura e pressão, predomina em estado
líquido e aparentemente é incolor, inodora e insípida e
indispensável a toda e qualquer forma de vida.
Essa água está disponível para toda a população, seja rural
ou urbana, no ambiente rural não há o tratamento
antecipado desse recurso, no entanto, nos centros urbanos
quase sempre se faz necessário realizar uma verificação da
qualidade e grau de contaminação, uma vez que nas
proximidades das cidades os córregos e rios são
extremamente poluídos. A água potável, ou mesmo água
doce disponível na natureza, é bastante restrita, cerca de
97,61% da água total do planeta é proveniente das águas dos
oceanos; calotas polares e geleiras representam 2,08%, água
subterrânea 0,29%, água doce de lagos 0,009%, água salgada
de lagos 0,008%, água misturada no solo 0,005%, rios 0,00009%
e vapor d’água na atmosfera 0,0009%.
18. Diante desses percentuais, apenas 2,4% da água é doce,
porém, somente 0,02% estão disponíveis em lagos e rios
que abastecem as cidades e pode ser consumida. Desse
restrito percentual, uma grande parcela encontra-se
poluída, diminuindo ainda mais as reservas disponíveis.
Nessa perspectiva, a ONU (Organização das Nações
Unidas) divulgou uma nota com uma previsão de que até
2050, aproximadamente 45% da população não terá a
quantidade mínima de água.
No mundo subdesenvolvido, cerca de 50% da população
consome água poluída; em todo planeta pelo menos 2,2
milhões de pessoas morrem em decorrência de água
contaminada e sem tratamento. Segundo estimativas,
existem atualmente cerca de 1,1 bilhão de pessoas que
praticamente não tem acesso à água potável, bem
comum a todo ser humano.
A poluição é um dos maiores problemas da água potável,
uma vez que diariamente os mananciais do mundo
recebem dois milhões de toneladas de diversos tipos de
resíduos. Nessa questão, quem mais sofre tais reflexos são
as camadas excluídas que vivem em países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
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20. Limpeza de Caixa d' Água A caixa de água pode ser fonte de saúde ou de
doença, como pode também comprometer o fluxo
de água na rede interna. Se você passa anos sem
limpar a caixa de água, verá que fica acumulado, no
seu fundo e paredes internas, grande quantidade de
sujeira, ainda que ela tenha ficado tampada. A água
que chega à sua caixa, a despeito de receber muitos
tratamentos físicos e químicos, acaba carreando
pequenas quantidades de terra e de microrganismos.
Os microrganismos se reproduzem e podem
comprometer a saúde. A terra pode ir descendo
lentamente pela rede e se acumular em registros,
torneiras e chuveiros, e causar entupimentos. Estes
problemas podem ser evitados com limpeza da caixa
de água com regularidade – é recomendável que
essa limpeza seja feita de 6 em 6 meses.
21. Procedimentos para limpar a caixa d’agua:
1 – Fechar o registro de entrada da água
2 – Anular a boia automática
3 – Esvaziar a caixa d’agua
4 – Esfregar com esponja ou com escova as
paredes da caixa d’água
5 – Retirar a água suja da limpeza com balde
e/ou panos
6 – Adicionar agua sanitária ou cloro para
desinfecção da água
7 – Ultimo enxague a caixa d’água (opcional)
8 – Caixa limpa – deixe encher normalmente a
caixa d’água