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Introdução




A Cadeira de Metodologia Investigação Científica é uma das cadeiras que faz parte do
currículo de formação dos estudantes da Academia Militar. É uma cadeira transversal,
por funcionar em todos os cursos e especialidades processo de Ensino-Aprendizagem.


A Investigação Científica é um procedimento formal, com método de pensamento
reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a
realidade ou descobrir verdades parciais.


 Ela pretende apetrechar os estudantes de saberes que lhes permitam desenvolver
trabalho de investigação científica usando as metodologias próprias, isto por um lado, e
por outro, capacitá-los de modo a saberem             analisar criticamente as abordagens
metodológicas ao nível da validade e fiabilidade dos resultados obtidos da investigação
social. Ajuda a desenvolver capacidade criativa e reflexiva na construção de
conhecimentos científicos; fornecer os conhecimentos básicos acerca dos conceitos,
métodos e técnicas de investigação científica.


Em função disso, ela se orienta para múltiplos fins tais como:    desenvolver habilidades
cognitivas e psicomotoras na busca sistemática de factos para orientar a solução dos
problemas; potencializar os iniciantes com conhecimentos no domínio da investigação
pura e aplicada, desenvolver a capacidade de analisar e Interpretar os resultados da
pesquisa. Auxilia o pesquisador iniciante (caso de estudantes da AM) saber relacionar os
conhecimentos teóricos adquiridos no processo de Ensino-Aprendizagem com a
aplicação prática a nível : definição de problemas de investigação científica; formulação
de objectivos; hipóteses; revisão bibliográfica; desenho metodológico; tratamento, análise
e interpretação de dados e elaboração de relatório.


Este guia de estudo destina se a docentes e estudantes como um instrumento de consulta
permanente e como de orientação pragmática.

                                                                                         1
Não é um guia acabado, mas um início que continuamente exigirá a reelaboração e
critica permanente para corresponder o dinamismo da ciência e da sociedade. Portanto, a
reformulação, actualização e correcção contínuo por todos os leitores e por todos os
académicos será uma exigência constante.
É uma urgência académica temporal que vale pena explorar de forma dialéctica, porque
desde cedo criam-se as potencialidades para que os estudantes possam agir com uma
parcial autonomia e de forma metódica no tratamento dos trabalhos no processo de
Ensino-Aprendizagem e de graduação.
O guião é composto pelos itens relacionados com os procedimentos didácticos, o roteiro
de uma pesquisa científica, e os seus pontos pragmáticos.




1. Procedimentos Didácticos
Antes de se mergulhar directamente na metodologia de investigação científica, vale pena
iniciar por alguma síntese acerca da leitura e citações como uma introdução a alguns
postulados didácticos na ordem que se segue.


1.1 Leitura
ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos é obtida
através de leitura, que possibilita não só a ampliação, como também o aprofundamento
do saber em determinado campo sociocultural ou científico.


Ler significa igualmente eleger, escolher, ou seja, “distinguir os elementos mais
importantes daqueles que não são e, depois optar pelos mais representativo e mais
sugestivo” SALVADOR, (1980:100) Apoud, LAKATOS e MARCONI (1992;15).




                                                                                      2
Sendo os textos uma fonte inesgotável de ideias e conhecimentos, deve-se ler muito e
continuamente. Porém, não basta ler indiscriminadamente, é preciso pois saber ler. A
leitura é válida somente quando bem assimilada. Tanto o estudante quanto o intelectual
precisam ler constantemente.


1.1.1       Importância da leitura
        A leitura constitui-se como um dos factores decisivos do estudo e imprescindível
em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já
existentes, poupando de certo modo o trabalho da pesquisa de campo ou experimental.


A leitura propicia a ampliação de conhecimentos, abre horizontes na mente de quem a
exercita, aumenta o vocabulário, permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras.
Através dela pode-se obter informações básicas e/ou específicas.


Pode-se dizer que a leitura tem dois objectivos principais:
        •     Serve como meio eficaz para o aprimoramento e aprofundamento dos estudos e
              aquisições de cultura geral. Todavia, impõe-se uma selecção para a leitura, em
              razão da quantidade e qualidade dos livros e outros materiais em circulação
        •     Não se tem condições físicas e tempo para se ler tudo, logo, nem tudo que há
              merece ser lido.


Gagliano ( 1979:85) Apoud LAKATOS e MARCONI (1992;15) afirma que “ toda
leitura tem sempre um destino, não caminha a esmo. Esse destino pode ser a busca, a
assimilação, a retenção, a crítica, a comparação, a verificação e a integração de
conhecimento”.


1.1.2 Natureza da Leitura
LAKATOS e MARCONI (1992;16) destacam                      três espécies de leitura : para
entretenimento ou distracção ( visando apenas ao divertimento, passatempo, lazer, sem
maiores preocupações com o aspecto do saber); para aquisição de cultura geral-
erudição- informativa (tomar conhecimento de modo geral do que ocorre no mundo,

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mas sem grande profundidade – engloba livros, revistas e jornais, as notícias e outras
fontes) ; para ampliação de conhecimento em determinado                   campo do saber-
aproveitamento ou formativa ( finalidade é aprender algo de novo ou aprofundar
conhecimentos anteriores) Exige do leitor atenção e concentração. Essa espécie de leitura
deve ser efectuada em livros e revistas especializados.
Como se pode depreender,         as duas primeiras não exigem praticamente um grande
esforço intelectual, ao passo que a última requer atenção especial e concentração.


1.2      Identificação
Para uma busca de material para leitura, comum a todos os leitores deve-se ler:
      a) o título – porque o título estabelece o assunto e, às vezes a intenção do autor,
      b) a data da publicação – para certificar-se de sua actualização ou aceitação e/ou
         pelo número de edições,
      c) a ficha catalográfica – a fim de verificar as credenciais ou qualificações do
         autor,
      d) a “orelha”- onde geralmente se encontra uma apreciação da obra
      e) o índice ou sumário – para se ter uma ideia da divisão e tópicos abordados,
      f) a introdução ou prefácio – procurando encontrar indícios da metodologia e
         objectivos do autor
      g) a bibliografia – final e as citações de rodapé – tendo em vista as obras
         consultadas.
1.3      Procedimento para uma leitura proveitosa
Tendo sido seleccionada a obra e/ou texto, procede-se à sua leitura integral do mesmo,
para se ter uma visão do todo,


Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou expressões desconhecidas, valendo-se
de um dicionário para esclarecer seus significados,


Tiradas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão do todo. Se necessário,
consultar fontes secundárias,

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Tornar a ler, procurando a ideia principal ou palavra-chave, que tanto pode estar explícita
quanto implícita no texto, às vezes, confundida com aspectos secundários ou acessórios,


Localizar acontecimentos ou ideias, comparando-os entre si e procurando semelhanças e
diferenças existentes,


Agrupá-los pelo menos por uma semelhança importante e organizá-los em ordem
hierárquica de importância,


Interpretar as ideias e/ou fenómenos, tentando descobrir conclusões a que o autor chegou
e depreender possíveis ilações.


Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, eleger, escolher


Portanto, distinguir os elementos mais importantes daqueles que não são e, depois optar
pelos mais representativo.




2. Como encaminhar uma Pesquisa



  2.1 O que é Pesquisa Científica ?
São inúmeros os conceitos sobre pesquisa, pois os estudiosos ainda não chegaram a um
consenso sobre o assunto. Entretanto, há uma tentativa de dar o significado desta palavra
conforme alguns autores:


Gil (1946:19) entende por Pesquisa científica "o procedimento racional e sistemático
que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos ".




                                                                                          5
A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de
desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.


Ander-Egg ,(1978:28), apoud MARCONI e LAKATOS (2002:17)

       “é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite
    descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de
    conhecimento.
Portanto, a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo,
    que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a
    realidade ou descobrir verdades parciais”.


Para     ECO (2001:52), uma pesquisa é científica quando responde aos seguintes
requisitos:
    a)   A pesquisa debruça-se sobre um objecto reconhecível e definido de tal modo que
         seja igualmente reconhecível pelos outros;
    b)   A pesquisa deve dizer coisas que não tenham já sido ditas ou rever com uma
         óptica diferente coisas que já foram ditas;
    c)   A pesquisa deve ser útil aos outros;
    d)   A pesquisa deve fornecer os elementos para a confirmação e para a rejeição das
         hipóteses que apresenta




2.2 Porque se faz pesquisa ? ou melhor, para que pesquisar ?
A maioria das pesquisas podem ter seguintes objectivos:
   Razões de ordem prática (resolver problemas específicos, gerar ou avaliar teorias
existentes) e razões de ordem intelectual.


         2.2.1 Razões de ordem prática
              2.2.1.1 Pesquisa para resolver problemas.



                                                                                      6
Esse tipo de pesquisa está dirigido para identificar e resolver problemas práticos.
Portanto, baseada no desejo de conhecer para agir, por isso é chamada de pesquisa
aplicada.
Por exemplo:
Na educação
-      Detectar a eficiência de diversos métodos de ensino.
-     Identificar as causas da evasão feminina no ensino básico (caso de Moçambique)


No campo militar
-     Detectar a eficiência das diferentes estratégias e tácticas utilizadas pelas subunidadse
      e/ou unidades militares em diferentes tipos de combate.
-      Identificar as consequências do emprego de multi-armas no combate moderno




              2.2.1.2 Pesquisas para formular teorias
Os pesquisadores estudam um problema cujo supostos teóricos não estão claros ou são
difíceis encontrar.


          2.2.1.3 Pesquisas para testar teorias
Não existe grande diferença entre pesquisas para formular teorias e pesquisas para testar
teorias, estas últimas exigem formulação precisa.
2.2.2 Razões de ordem intelectual
As razões de ordem intelectual decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de
conhecer, pesquisa pura. Ela busca o progresso da ciência, procura desenvolver os
conhecimentos científicos sem a preocupação directa com suas aplicações e
consequências práticas. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizado e objectiva
à generalização, com vista na construção de teorias e leis1



1
    LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992
:pág 43


                                                                                                            7
A pesquisa de ordem intelectual “pura” assim como de ordem pratica “aplicada”
exigem o mesmo cuidado, tanto no uso das metodologias e técnicas, como no preparo da
pessoa do pesquisador.




2.3 Qualidades pessoais do Pesquisador
O êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas qualidades intelectuais e
sociais do pesquisador, de entre as quais podem ser:
a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
b)curiosidade;
c) criatividade;
d) integridade intelectual;
e) atitude autocorrectiva;
f) sensibilidade social;
g) imaginação disciplinada;
h) perseverança e paciência;
i) confiança na experiência


2.4 Os elementos de um projecto de Pesquisa
Não há, evidentemente, regras fixas acerca da elaboração de um projecto de pesquisa.
Sua estrutura determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e também pelo estilo de
seu autores. É necessário que o projecto esclareça como se processará a pesquisa, quais as
etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir
seus objectivos. É necessário também, que o projecto seja suficientemente detalhado para
proporcionar a avaliação do processo de pesquisa.
Os elementos habitualmente requeridos num projecto podem ser os seguintes:


• Formulação do Problema;
• Construção de hipóteses;
• Especificação dos objectivos;
• Identificação do tipo de pesquisa;

                                                                                         8
• Selecção da amostra;
• Elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de colecta de dados;
• Determinação do plano de análise dos dados
• Previsão da forma de apresentação dos resultados
• Cronograma da execução da pesquisa


Há muitos factores que concorrem para que o projecto de uma pesquisa seja simples e /
ou complexo. Portanto, depende de objectivos, custos, nível de participação da população
e outros.
Rigorosamente, um projecto só pode ser definitivamente elaborado quando se tem o
problema claramente formulado, os objectivos bem determinados, assim como o plano de
colecta e análise dos dados.


2.5 Roteiro de uma Pesquisa




   Formulação.
   de problema              hipóteses                 Plano da
                                                      Pesquisa           Avaliação



                                                                                     Técnicas
                                                                                     da
                                          Teoria                                     Pesquisa
 Genera
 lização                                  de Base


                                                                                     Pré-testes
                                                                                     dos
                                                                                     Instrumen
            Análise e                   Colectas de                                  tos
            Interpretação                                        Selecção das
                                        Dados
            dos Dados                                            Amostras




                                                                                       9
3. Tipos ou níveis de Pesquisa
   a) Pesquisas Exploratórias
Estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. O objectivo principal é o
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.
O levantamento bibliográfico, entrevistas a pessoas experimentadas no caso, análise de
exemplos constituem aspectos fundamentais deste tipo de pesquisa.
    b)
Pesquisa Bibliográfica
É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos


    c) Colecta Documental
    colecta de dados restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se
    denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o
    facto ou fenómeno ocorre, ou depois.
    •        Fontes de Documentos:


         - Arquivos Públicos
         (Municipais,     Provinciais,   Nacionais),   que   contêm:   documentos   oficiais,
         publicações parlamentares, documentos jurídicos,
         e outros.
         -
    a) Arquivos Particulares
    (domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou privada


    •        Fontes Estatísticos
     característica da população ( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião,
    estado civil, renda etc)



                                                                                          10
- Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos,
       mortes, doenças, suicídios,    emigração, imigração, Distribuição da população
       ( habitat rural e urbano, densidade demográfica e outros)
       - Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc




   d) Pesquisas Descritivas
     Têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada
   população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis;
   exemplo: estudar as características de um grupo ; sua distribuição por idade, sexo,
   procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental e outros aspectos.




   e) Pesquisas Explicativas
   . O fundamental deste tipo de pesquisa é identificar os factores que condicionam a
   ocorrência dos fenómenos e explicar as razões, o porquê das coisas.


4. Formulação de um problema de Pesquisa
4.1 Definição do Problema
A conceituação adequada de problema não constitui tarefa fácil, em virtude das diferentes
acepções que envolve este termo. Segundo o novo Dicionário Aurélio da língua
portuguesa o problema é:
• Questão não solvida e que é objecto de discussão, em qualquer domínio do
conhecimento;
• Questão matemática proposta para que se dê a solução;
• Proposição que vai ser tratada ou demonstrada;


Que fique claro que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa
que para se realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema
cogitado se enquadra na categoria de científico.



                                                                                       11
Segundo Kerlinger (1980:33) citado por GIL (1991:26) a maneira mais prática para
entender o que é um problema científico consiste em considerar primeiramente aquilo
que não é problema científico. Exemplos:
a) Problemas de Engenharia
-" Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”;
-" O que pode ser feito para melhorar a distribuição de renda" ;
- " Como aumentar a produtividade no trabalho?" .
Nenhum destes constitui rigorosamente um problema científico, pois, sob forma em que
são propostos, não possibilitam a investigação segundo os métodos próprios da ciência.
Referem-se como fazer algo de maneira eficiente. A ciência pode fornecer sugestões e
inferência acerca de possíveis respostas, mas não responder directamente a esses
problemas. Eles não indagam as causas e consequências, mas indagam acerca de como
fazer as coisas.
b) Problemas de Valor- “Os Comandantes das companhias devem dar palmadas nos
estudantes ?”;
- “Filhos de camponeses são melhores que os de operários”;
- “É bom adoptar jogos e simulações como técnicas didácticas?”.
 Não são científicos os problemas que indagam se uma coisa é boa, má, desejável,
indesejável, certa ou errada, melhor ou pior que outra, se deve ou deveria ser feito etc.
Embora não se possa afirmar que o cientista nada tenha a ver com estes problemas, o
certo é que a pesquisa científica não pode dar respostas a questões de engenharia e de
valor porque sua correcção ou incorrecção não é passível de verificação empírica.


4.2 Como Formular um Problema Científico?
Formular um problema científico não constitui tarefa fácil. Todavia, não há como deixar
de reconhecer que o treinamento desempenha papel fundamental nesse processo.
Formulação de problema não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e
sistemáticos. No entanto, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como:
estudo da literatura existente, discussão com pessoas que acumulam muita experiência
prática no campo de estudo e o exercício sistemático de pesquisa científica.



                                                                                            12
A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de
certas regras práticas para a formulação de problemas científicos, tais como:
a) o problema deve ser formulado como pergunta;
b) o problema deve ser claro e preciso;
c) o problema deve ser empírico
d) o problema deve ser susceptível de solução;
e)   o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.
De modo geral, o pesquisador inicia o processo da pesquisa pela escolha de um tema, que
por si não constitui um problema. Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se a sua
Problematização GIL (1991:30).


4.2.1 Problematização


     a) clarifica o objecto de estudo
     b) Manifestação da situação / característica do fenómeno
     c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que
        aconteceu
     d) Colocação do problema real


NB: Numa investigação científica recomenda-se que haja uma relação entre tema,
problema, objectivos, hipóteses e técnicas de colecta de dados




4.2.2 Justificativa
A justificativa consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões de ordem
teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa.
No caso de pesquisas de natureza científica ou académica, a justificativa deve indicar:
a) modo como foi escolhido o fenómeno para ser pesquisado e como surgiu o problema
levantado para o estudo;
b) o estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema;

                                                                                          13
c) as contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a proporcionar respostas aos
problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito. Portanto, a
relevância social, científica e/ou académica do problema a ser investigado, a
possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema.
No caso de pesquisas de natureza prática, a justificativa deve considerar os objectivos da
instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcionar.
No entanto, não existe nenhuma regra rígida quanto a sua sequência, exclusão ou
inclusão de itens ao conteúdo da justificativa.

NB.

Em geral, a justificativa deveria ter, no máximo, duas páginas e não inclui citações.
A justificativa é pessoal ( RICHARDSON, 1999:57 ).


4.2.3.Delimitação
É imperioso estabelecer as balizas do estudo
      a) espacial ( local do tema / problema e o da pesquisa)
      b) Temporal ( tempo em que ocorre o tema / problema)
-     Deve-se explicar e / ou justificar devidamente os pontos descritos acima.


5. Formulação de Objectivos da Pesquisa
    Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o
que se pretende alcançar.
Respondem às perguntas: por quê ? Para quê ? Para quem ?
O objectivo torna explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado
assunto.




                                                                                       14
Nessa etapa, explicam-se os objectivos gerais e específicos a serem utilizados durante a
investigação. Esses deverão ser extraídos directamente dos problemas levantados na
pesquisa.
5.1 Objectivos Gerais
Definem, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa.
Exemplo 1: estudo sobre os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de
Nampula).
Objectivo geral: identificar os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de
Nampula).
Exemplo2: Desistência missiva da rapariga no EP2 no Distrito de Gorongosa.
Objectivo Geral: Analisar a concepção cultural do género pela comunidade do distrito.
RICHARDSO ( 1999: 63) diz que usualmente, em uma pesquisa exploratória o
objectivo geral começa pelos verbos: conhecer, identificar, levantar, e descobrir; em uma
pesquisa descritiva, inicia com os verbos: caracterizar, descrever e traçar; e em uma
pesquisa explicativa começa pelos verbos: analisar, avaliar, verificar, explicar etc.


5.2 Objectivos específicos
Definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral.


Exemplo 1:
- levantar informações sobre o êxodo rural (cidade de Nampula);
- Identificar factores que contribuem para o êxodo rural
(cidade de Nampula)




                                                                                        15
Exemplo 2


- Levantar informações sobre a cultura da comunidade quanto ao género;
- Explicar a concepção cultural da comunidade acerca da mulher.


Na formulação de objectivos deve-se ter em conta o seguinte:
a) O objectivo deve ser claro, preciso e conciso.
b) O objectivo deve expressar apenas uma ideia.


6. Construção de Hipóteses


     6.1 O que são hipóteses ?
- São as proposições testáveis que podem vir a ser a solução do problema;
- São respostas antecipadas a solução do problema.
-Soluções tentativas, previamente seleccionadas do problema de pesquisa.
-“ Em muitos casos, as hipóteses são palpites que o investigador possui sobre a existência
de relações entre variáveis”( VERMA e BESRD, (1981:184) Apoud BELL ( 1997:35).


      6.2 Requisitos básicos para formulação das hipóteses
As hipóteses devem ser conceitualmente claras, específicas, empíricas e compreensíveis,
isto é, não devem incluir conceitos complexos que dificultem a compreensão. Além
disso, os conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos
para evitar ambiguidades:




                                                                                        16
Exemplo de hipótese ambígua:
• O desaquecimento da economia leva as empresas a desenvolverem políticas de
contenção de pessoal.
Exemplo de hipótese clara
• A queda da produção industrial contribui para o desemprego.


       6.3 As hipótese são necessárias em todas as pesquisa ?
Rigorosamente, GIL (1991:43) todo procedimento de colecta de dados depende da
formulação prévia de uma hipótese.
Ocorre que em muitas pesquisas as hipóteses não são explícitas. Todavia, nestes casos, é
possível determinar as hipóteses subjacentes, mediante a análise dos instrumentos
adoptados para a colecta dos dados.
Por exemplo, de uma pesquisa em que tenha sido formulada a seguinte questão: “Onde
você compra suas roupas ?” Está implícita a hipótese de que a pessoa compra suas
roupas, não as confeccionando em sua própria casa.
Portanto, em algumas pesquisas as hipóteses são implícitas e em outras são formalmente
expressas.


       6.4 Tipos de Hipóteses
Existem duas classificações de hipóteses utilizadas em ciências sociais.
Elas podem ser classificadas segundo o número de variáveis e a relação entre elas e
segundo a natureza das hipóteses. Neste programa falaremos substancialmente da
primeira classificação.




                                                                                      17
6.5 hipótese com uma variável
a). Os camponeses não se interessam pela política
       Variável: interesse pela política.
       Indicadores: ( não vão ao voto, recenseamento, negam os cargo políticos etc)
b). Menos de 30% das raparigas concluem o EP2 no campo
       Variável: Conclusão de estudos.
       Indicadores ( efectivos das turmas, desistências, casamentos prematuros e outros )
c). A renda mensal dos trabalhadores domésticos em Moçambique é de três vezes inferior
que salário mínimo.
Variável: renda mensal
    Indicadores ( despesas mensais, oferta e procura)


6.6 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de associação

• As mulheres são mais conservadores que os homens
       Variáveis: sexo e conservadorismo
         Tipo de relação: superioridade
Indicadores ( fidelidade, moralidade, educação da família etc)

•   Os alunos que apresentam          bom aproveitamento em Matemática também           os
apresentam na Física.
        Variáveis: aproveitamento escolar em matemática e física
        tipo relação: igualdade
       Indicadores (boas notas, despensas aos exames, aprovações, etc)


• a participação política dos idosos é menor que a participação dos jovens
     Variáveis: idade e participação política
       Tipo de relação: inferioridade


6.7 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de dependência
a) O êxodo rural é influenciado pelas condições da urbe
      Variável dependente: O êxodo rural

                                                                                        18
Variável independente: condições da urbe


        Indicadores ( muita mão de obra activa na zona de imigração, formigueiro juvenil,
banditismo, prostituição infantil, etc.)




7. Revisão da Bibliografia2 (Revisão da Literatura)


Não existe hoje em dia pesquisa que começa da estaca zero. É recomendável                         e é
imprescindível procurar fontes documentais ou bibliográficas sob o risco de despender
esforços em ideias ou trabalhos já pesquisados.


A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a
contribuição       da    pesquisa     realizada,    demonstrar      contradições     ou    reafirmar
comportamentos e atitudes.
Portanto, familiariza o autor com o tema, evita a repetição de estudos e enquadra o estudo
num modelo ou teoria.




2
    Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992,
pág 110
                                                                                                   19
8. Procedimentos (Desenho) Metodológicos
O pesquisador deve dizer o tipo de pesquisa pretende realizar, para facilitar o
alinhamento do seu projecto. Idealiza as metodologias a utilizar para levar a cabo a sua
pesquisa.
Porque os termos:     Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa, têm criado nos
estudantes e nos novos pesquisadores alguma confusão, convêm nesse espaço tentar
minimizar essa confusão de termos.


► Método
“Sentido etimológico – do grego méthodos ( meta = além de, após de + ódos =
caminho ).
Portanto, seguindo a sua origem, método é o caminho ou a maneira para chegar
determinado fim ou objectivo” ( RICHARDSON, 1999:22)


RODRÍGUEZ (1996: 12) o método científico é a cadeia ordenada de passos (acções)
baseada em um aparelho conceptual determinado e em regras que permitem avançar no
processo de conhecimento, desde o conhecido ao desconhecido.


NÉRICI (1980:15) citado por LAKATOS e MARCONI (1991:40) “método é o conjunto
coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento
para serem alcançados conhecimentos válidos”.


Portanto, método refere-se o caminho pelo qual se chega a determinado resultado; a
forma de proceder ao longo de um caminho; um procedimento regular, explícito e
possível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceptual.
A característica distintiva do método é a de ajudar a compreender, no sentido mais amplo,
não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação.
Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e nem
somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários ou apropriados para
determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles,
usados concomitantemente.

                                                                                        20
Em ciências sociais existem métodos gerais e específicos.


Métodos Gerais das Ciências Sociais de ( Abordagem)                           Dedutivo,   Indutivo,
Hipotético-dedutivo, Dialéctico e fenomenológico 3.
Método Dedutivo - é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte
de princípios reconhecidos como verdadeiros e induscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua l’ogica.
O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições
chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada
conclusão.
Por exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior)
Almeida é homem (premissa menor)
Almeida é mortal ( conclusão)


Método Indutivo - procede inversamente. Parte do particular e coloca a generalização
como um produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares.
De acordo com o raciocínio dedutivo, a generalização não deve ser buscada
aprioristicamente,       mas constatada a partir da observação de um número de casos
concretos suficientemente confirmadores da suposta realidade..


Método hipotético-dedutivo – Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge uma inquietação – o
problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas
conjecturas ou hipóteses.
Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou
falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das hip’oteses.
Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método
hipotético-dedutivo ao contrário, procura-se evidências empíricas para confirmá-la.

3
    GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:31-33).
                                                                                                 21
Método Dialéctico -            como     lógica do pensamento, ligando todos os fenómenos
( acontecimentos anteriores, presentes, os possíveis no futuro, etc). É o método de
investigação da realidade
Os princípios da abordagem dialéctica residem no seguinte4:
              -    princípio da unidade e luta dos contrários
              -    princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas
              -    princípio da negação da negação


Método Fenomenológico - consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer este dado.
Orientado totalmente para o objecto. Interessa-se por aquilo que é, e não o que estará por
detrás disto ou daquilo. Não é dedutivo nem empírico. Não explica mediante leis nem
deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente
consciência objecto.
Métodos Específicos das Ciências Sociais (de Procedimentos)                   – experimental,
observacional, comparativo, estatístico, clínico, estudo de caso, hist’orico, funcionalista,
estruturalista e outros.


► Técnica
Técnica é um conjunto de preceito ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a
habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática.
No item relacionado com a colecta de dados será abordado com substância este aspecto.




4
    GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:34-36).


                                                                                           22
► Instrumento
Os instrumentos da pesquisa constituem os materiais ao serviço das técnicas de pesquisa.
Eles são organizados de acordo com a técnica a aplicar. Na colecta de dados serão
mencionados com mais clareza.


8.1 População / Universo
Usualmente, fala-se de população ao se referir todos os habitantes de determinado lugar.
Em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de indivíduos que trabalham e ou
habitam em um mesmo lugar, os estudantes em uma mesma universidade, toda a
população de refrigerantes de uma fábrica, todos os cabritos de determinada região do
país, os empregados de uma fábrica etc.


Cada unidade ou membro de uma população, ou universo, denomina-se elemento, e que
quando se toma certo número de elementos para averiguar algo sobre a população a que
pertence, fala-se de amostra.
8.2 Amostragem
Denomina-se amostragem o processo de selecção e escolha dos elementos de uma
população para constituir uma amostra. Por amostra entende-se um subconjunto da
população por meio do qual é possível estimar as características dessa população.




                                                                                      23
8.2.1   Vantagens da amostragem na pesquisa científica:
    8.2.1.1 Custo reduzido
Como Os dados de um levantamento por amostragem são obtidos de uma fracção da
população, os custos são bem
menores que os de um censo integral
      8.2.1.2 Rapidez
 Nas pesquisa por amostragem os dados podem ser colectados, tabulados e analisados
 com rapidez muito maior que nos censos completos. Este aspecto é fundamental,
 quando se tem urgência nas informações. Mesmo admitindo-se que os dados obtidos a
 partir da totalidade da população sejam mais precisos, é possível que percam parte de
 seu valor em função do tempo decorrido entre a colecta e a análise dos dados.
     8.2.1.3 Exactidão
Nos levantamentos por amostragem torna-se possível utilizar pessoal com melhor
qualificação e treinamento, bem como exercer maior controle na supervisão dos trabalhos
de colecta e tabulação dos dados. Em virtude da consequente redução do volume de
trabalho, a amostragem pode proporcionar resultados mais exactos que a contagem total.


8.2.2 Tipos de Amostragem
Existem diversos critérios de classificação de amostras, mas, em geral, dividem-se em
dois grandes grupos: amostras probabilísticas e não probabilísticas
Os tipos de Amostragem probabilísticas mais usuais são: aleatória simples, sistemática,
estratificada, por conglomerado e por      etapas. Dentre os tipos de amostragem não
prbabilística, os mais conhecidos São: Acidentais, Intencionais ou de Selecção Racional.


8.2.2.1 Amostragem Aleatória Simples
A amostragem aleatória simples também conhecida por amostragem casual, é o
procedimento básico da amostragem científica. Pode-se dizer mesmo que todos os outros
procedimentos adoptados para compor amostras constituem variações deste.
A amostragem aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento da população um
número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual.



                                                                                       24
Para que uma amostra seja aleatória, os elementos da população devem ter uma
probabilidade igual ou conhecida, distinta de zero, de ser seleccionados para formar parte
da amostra.
Para cumprir esse princípio, é necessário possuir uma lista completa dos elementos que
formam parte da população, de tal maneira que por meio de um método apropriado se
possa seleccionar ao acaso aqueles elementos que constituirão a amostra. Os métodos
utilizados podem ir desde o uso de simples dados para sorteio até as tabelas de números
aleatórios criados cientificamente que aparecem em alguns livros de estatística.




                                                                                        25
8.2.2.1.1 Vantagens da amostra aleatória simples:
                      -requer mínimo conhecimento da população;
                      - é simples de calcular
                      - facilita análise


         8.2.2.1.2 Desvantagens:
                        Não garante inclusão de casos minoritários em populações muito
                        grande.


           8.2.2.2 Amostra Acidental
Amostra acidental é um subconjunto da população formado pelos elementos que se pode
obter, porém, sem nenhuma segurança de que constituam uma amostra exaustiva de todos
os possíveis subconjuntos do universo.


Com base em uma amostra acidental, não é possível generalizar em termos da população,
visto que não se pode ter nenhuma certeza de que ela seja representativa do universo a
que pertence.


Uma amostra acidental pode ser de utilidade em um primeiro contacto com um problema
de investigação, quando o pesquisador ainda não tem suficiente clareza sobre as variáveis
a considerar.
As conclusões a que chegar com uma amostra acidental poderão levá-lo a estabelecer
hipóteses susceptíveis serem contrastadas em trabalhos futuros.


Na elaboração de itens de questionários, entrevistas ou testes, é conveniente utilizar,
antes de sua aplicação definitiva, amostras acidentais para comprovar a validez de
linguagem ou de problemas relacionados com os objectivos do instrumento.
Exemplos desse tipo de amostra:


-Os pacientes que têm sido atendidos em um determinado hospital;

                                                                                       26
- Opinião dos líderes sobre a sua comunidade
- As crianças disléxicas de um estabelecimento educacional


8.3 COLECTA de DADOS
Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas
seleccionadas, a fim de se efectuar a colecta dos dados previstos.
É tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do
pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registo dos
dados e de um bom preparo anterior.


“O rigoroso controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa é factor fundamental para
evitar erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou de informantes
tendenciosos”( MARCONI E LAKATOS, 2002:31/32).
São vários os procedimentos para a realização da colecta de dados, que variam de acordo
com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de
pesquisa são:


•Colecta documental
•Observação
•Entrevista
•Questionário
•Formulário
•Sociometria
•Análise de conteúdo
•História de vida e outras
•Pesquisa Bibliográfica




                                                                                       27
a) Colecta Documental - colecta de dados restrita a documentos, escritos ou não,
constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no
momento em que o facto ou fenómeno ocorre, ou depois.
Fontes de Documentos:




b) Arquivos Públicos (Municipais, Provinciais, Nacionais), que
contêm documentos oficiais, publicações parlamentares, documentos jurídicos, e outros.
c)Arquivos Particulares (domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou
privada)


d) Fontes Estatísticos

• característica da população( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião, estado
civil, renda etc.)

• Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos, mortes,
doenças, suicídios, emigração, imigração, etc)

• Distribuição da população ( habitat rural e urbano, densidade demográfica e outros)
• Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc.


e) Observação - Técnica que para a obtenção de informações utiliza os sentidos.
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos au fenómenos que
se deseja estudar.
É um elemento básico de investigação de investigação científica, utilizado na pesquisa de
campo e se constitui na técnica fundamental da antropologia




                                                                                        28
f) Entrevista - de acordo com Goode e Hatt “consiste no desenvolvimento de precisão,
focalizarão, fidedignidade e validade de um certo acto social como a conversação”. É
um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito
de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no
diagnostico ou no tratamento de um problema social.




g) Questionário - é um instrumento de colecta de dados constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio
ou por um portador; depois de preenchido, o pesquisador devolve-o do mesmo modo.
Esta técnica tem suas vantagens e desvantagens como em todas técnicas de colectas de
dados.


   h) Formulário - é um dos instrumentos essenciais para a investigação social cujo
   sistema de colecta de dados consiste em obter informações directamente do
   entrevistado. Conforme Nogueira (1968;129) citado por MARCONI e LAKATOS
   (2002: 112)
              “é uma lista formal, catálogo ou inventário destinado à colecta de
              dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo
              preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as
              observações ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua
              orientação”.


 i) Sociometria - é uma técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais
 entre indivíduos de um determinado grupo.
   2. Análise de Conteúdo - tem como finalidade descrever, sistematicamente, o
         conteúdo das comunicações




                                                                                      29
j) História de Vida - é um técnica de pesquisa social utilizada pelos antropólogos,
sociólogos, psicólogos e outros estudiosos, para obter dados
relativos à “experiência íntima ”de alguém que tenha significado importante para o
conhecimento do objecto em estudo. Por meio dessa técnica, procuram-se captar as
reacções espontâneas do entrevistado, em face de certos acontecimentos fundamentais de
sua vida.
Não existe um instrumento padrão que deve ser aplicado em cada trabalho de pesquisa, a
sua utilização depende por um lado dos objectivos que se pretende obter em cada
pesquisa e, por outro, da experiência de cada pesquisador.


l) Pesquisa Bibliográfica - A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange
toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc., até meios de comunicação orais, como: rádio, gravações em fitas
magnética e audiovisuais, filmes e televisão.


Finalidade: colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito
ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que
tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas.


8.4 Elaboração dos dados
Após a colecta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos, eles
     são elaborados e classificados de sistemática.
Antes da análise e interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos:


      8.1.Codificação
É a técnica operacional utilizada para categorizar aos dados que se relacionam a
     codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo ser tabelados e
     contados.
A codificação divide-se em duas partes ;

-Classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias;
                                                                                     30
- Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles significado. Codificar
quer dizer transformar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só a
tabulação dos dados, mas também sua comunicação.


    8.2. Tabulação
Disposição dos dados em tabelas, possibilitando assim maior facilidade na verificação
das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística, que
permite sintetizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias e
representá-los graficamente. Dessa forma, os dados poderão ser melhor compreendidos e
interpretados com maior rapidez.
Os dados são reunidos de modo que as hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas.


9. Análise e Interpretação dos Dados
Uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é análise e
interpretação destes, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa.
Para Best (1972:152) citado por MARCONI e LAKATOS (2002:34 ) “representa a
aplicação lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação”.
A importância dos dados está não neles mesmos, mas no facto de proporcionarem
respostas às investigações.
Análise e interpretação são duas actividades distintas mas estreitamente relacionadas e,
como processo, envolvem duas operações importantes que se intendem da seguinte
modo:




                                                                                         31
9.1 Análise
Na análise o pesquisador entra em mais detalhes sobre os dados decorrentes do trabalho
estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações, e procura estabelecer as
relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Estas são
comprovadas ou refutadas, mediante a análise.


9.2 Interpretação
É a actividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas,
vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a exposição do
verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objectivos propostos e ao
tema. Esclarece não só o significado do material, mas também faz ilações mais amplas
dos dados discutidos.
Na interpretação dos dados da pesquisa é importante que eles sejam colocados de forma
sintética e de maneira clara e acessível.


9.3 Conclusões
Última fase da planificação e organização do projecto de pesquisa, que explicita os
resultados finais considerados relevantes.


As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi
comprovado ou refutado.


Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado,
interpretado; é uma síntese comentada das ideias essenciais e dos principais resultados
obtidos, explicitados com precisão e clareza.


Ao se redigirem as conclusões, os problemas que ficaram sem solução serão apontados, a
fim de que no futuro possam ser estudados pelo próprio autor ou por outros.




                                                                                      32
Em geral, não se restringem a simples conceitos pessoais, mas apresentam inferência
sobre os resultados, evidenciando aspectos válidos e aplicáveis a outros fenómenos, indo
além dos objectivos imediatos.


Uma conclusão pode ser uma repetição de um trecho do relatório que conclua por alguma
coisa, pode ser esse mesmo trecho parafraseado ou pode ser a conjunção particular tirada
ao longo do texto.


Jamais, entretanto, é permitido concluir por algo que, implícita ou explicitamente, não se
encontre, por sua vez, no corpo do relatório – texto e/ou ilustrações.
Sem a conclusão, o trabalho parece não estar terminado. A introdução e a conclusão de
qualquer trabalho científico, via de regra, são as últimas partes a serem redigidas.


Para dar às conclusões o destaque que merecem, elas devem figurar, quando em final de
capítulo, em item próprio, e em capítulo especial e final quando disserem respeito a todo
o conteúdo do relatório.
Portanto, pode concluir-se com base:
-   no problema anunciado ou
-   nos objectivos da pesquisa ou
-   nos resultados do estudo
9.4 Recomendações
Em se tratando de pesquisa aplicada, devem-se fazer recomendações para que outros
     interessados possam valer-se das informações ou repetir as experiências e
     observações.
Recomenda-se em função da conclusão a que se tiver chegado , por isso:
-   diz-se o que foi constatado
-   elabora-se recomendações com base na constatação
-   explica-se a finalidade da recomendação.


É importante notar que na introdução, no resumo, na conclusão e nas recomendações
dispensa-se citações.
                                                                                       33
10. Relatório
11.1 Estrutura de um relatório de pesquisa
científica.
        •     Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002; págs. (220- 224)


        •     Redacção e estilo Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002.
              Pág. 225




Para facilitar o trabalho dos docentes e dos estudantes, o autor monta um guião prático
para os trabalhos no processo de Ensino-Aprendizagem e de graduação




Guia prática para apresentação de teses, dissertações, trabalhos de graduação5


I. Ordens dos elementos
1. Estrutura
Um trabalho de graduação é constituído pelas seguintes grandes partes:
      a) Pré-Textual
      b) Texto ou corpo do trabalho

5
    AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de graduação. UEM.
Maputo , 1994


                                                                                              34
c) Post-Textual


2. A parte Pré-Textual é composta pelos seguintes elementos
           ► capa (opcional)
           ► Folha de Rosto
           ► Índice
           ► Errata se necessário
           ► Dedicatória ( opcional)
           ► Resumo


           2.1 . Capa
A Capa vem antes de rosto e deve conter os seguintes elementos
-   O título da tese ou do trabalho
-   Nome do pesquisador
-   Data da submissão


2.2 Folha de Rosto




        Evasão da Rapariga no EPC no Posto Administrativo de Anchilo




          Frederico Passi




                                      Tese de Licenciatura .... / Mestrado em ...


                                       Submetida à Academia Militar

                                                                                    35
Tutorado por


                              Prof. Dr. André Gomes




                             Nampula, Fevereiro 2009




2.3 Índice
O índice dá uma visão de todo o conteúdo e estrutura da tese ou trabalho académico.
Uma boa tabela de conteúdos ou índice é como um sumário de todo o trabalho.
O índice é a lista de todas as componentes da tese ou trabalho académico com indicação
do número da página onde se encontram.


2.4 Errata
Lista de erros, com as devidas correcções e indicação das páginas e, quando possível das
linhas em que os mesmos aparecem. Deve ser impressa numa folha sob o cabeçalho
“Errata”.


2.5 Dedicatória
Texto geralmente curto, no qual o autor presta homenagem ou dedica o seu trabalho a
alguém.

                                                                                      36
2.6 Resumo
O resumo reflecte toda a pesquisa de forma sumária. Ele compõe-se de aspectos com a
ordem que se segue:
   a) Tema
   b) Objectivo
   c) Problema
   d) Métodos utilizados para lidar com o problema Resultados obtidos
   e) Conclusão alcançada
   f) Recomendações apresentadas
NB.O resumo pode ser apenas em uma página


3. Texto ou Corpo do Trabalho
O corpo do trabalho é composto por seguintes partes”
► Introdução
► Problematização
► Justificativa
► Delimitação
► Formulação dos Objectivos
► Formulação de Hipóteses
► Marco Teórico
► Metodologia
► Apresentação análise e Interpretação dos dados
► Conclusão
► Recomendações
Elementos Pôs-textuais
► Bibliografia
► Anexos ou apêndices


3.1 Introdução
   a) definição do assunto;

                                                                                 37
b) finalidade / objectivo do trabalho;
   c) a ordem de abordagem / principais tópicos sob os quais a exposição será feita..
3.2 Problematização
   a) clarifica o objecto de estudo
   b) Manifestação da situação / característica do fenómeno
   c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que
       aconteceu
   d) Colocação do problema rea
3.3 Justificativa
   a) Experiência vivida em relação ao fenómeno
   Ex: na minha experiência como docente na Academia Militar pude observar a
   presença maciça de rapazes em relação à rapariga apesar do esforço desmedido do
   Governo em promover rapariga no processo de Ensino-Aprendizagem
   b) Formação do problema que se pretende pesquisar
Após a colocação da experiência, o pesquisador coloca a sua inquietação formulando o
problema.
c) Contribuição do trabalho
d) Contribuição em âmbito académico, científico e social
► Delimitação
► Formulação dos Objectivos
► Formulação de Hipóteses
3.4 Marco Teórico ( Revisão Bibliográfica)
Pesquisa alguma parte hoje da estaca Zero. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação
de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em
algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo
complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes,
documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para não duplicação de esforços, a
não “descoberta” de factos ou ideia já expressas.


3.5 Metodologia
   a) tipo de pesquisa

                                                                                        38
b) universo
    c) amostra
    d) técnicas de colecta de dados
    e) método de apresentação e análise de dados
    f) dificuldades encontradas


3.6 Análise e interpretação dos dados
As hipóteses e os respectivos indicadores e variáveis devem servir de subtítulos para a
análise dos dados.


3.7 Conclusão
conclui-se com base:
-   no problema anunciado ou,
-   nos objectivos da pesquisa ou
-   nos resultados do estudo ( confirmação e/ou não confirmação das hipóteses)


3.8 Recomendações
-   diz o que foi constatado
-   na base da constatação elabora-se recomendação
-   explica-se a finalidade das recomendação


3.9 Referências Bibliográficas
Na referência bibliográfica não inclui apenas as publicações ou a literatura citada no texto
ou que conste nas notas de rodapé, mas também toda aquela que tenha servido de suporte
ao trabalho.
Existem vários sistemas de referência bibliográfica. É importante que qualquer, sistema
escolhido seja mantido em toda a referência bibliográfica
A) ESQUEMA
Conforme MARCONI e LAKATOS (2002: 239) e AMARAL, Wanda do (1994:63)
sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a livros.


                                                                                          39
Autor / Título / Subtítulo / Edição / Cidade onde foi publicada / Editora / Ano de
publicação / Número de volumes ( indicação de tese ou nota de série). Os elementos
devem ser separados apenas por um espaço.


 FRADA, João José Cúcio. Guia prático para elaboração e apresentação de
 trabalhos científicos. 2.ed. Lisboa: Edições Cosmos, 1991. 111 p.




B) LIVROS
 Autor: pelo último sobrenome, com excepção dos nomes eapanhoís, que entram pelo
penúltimo, e dois sobrenomes.


    a) ELEMENTOS ESSENCIAIS
Título: em negrito, sublinhado ou itálico
Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo.
 Ex:
 REHFELDT, Gládis Knak. Monografia e tese: guia prático. Porto Alegre: Sulina,
 1980
    b) ELEMENTOS COMPLEMENTARES


O nome do director, tradutor, ilustrador, organizador etc. deve ser acrescentado ao
título, quando necessário, e abreviado : dir., trad., ilustr., org., etc.
O número da edição: que não a primeira. Indica-se o número da edição seguido de ponto
e da abreviatura da palavra edição (ed) no idioma da publicação.
Local de publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na
publicação.
Editora: apenas o nome que identifique, eliminando-se as indicações “editor”, “livraria”,
“companhia” etc., desde que dispensável sua identificação.
Ano de publicação:




                                                                                       40
O número de páginas ou volumes: quando a publicação tem apenas um volume, indica-
se o número de páginas ( não obrigatório), seguido da abreviatura “p”. Quando tem mais
de um volume, indica-se o número deste, seguido da abreviatura “v”.


   c) citação do livro com autor espanhol
    Ex:
    ALONSO GARCIA, Manuel. Derecho del trabajo. Barcelona: Bosch, 1960


   c) citação de livro com dois autores
    Ex:
    HENRIQUES, António; MEDEIROS, João Bosco. Monografia no curso de direito.
    São Paulo: Atlas, 1999.


   d) citação de livro com três autores
           Ex:
           TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISHER, Juliane. Metodologia
    do trabalho académico. Curriba: Juruá, 1998.




   e) citação de livro com mais de três autores
    Ex:
    SELLTIZ, C. et. al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder,
    1965


   f) g) citação de livro com o mesmo autor da citação anterior
           Ex:
     NÉRICI, Imídeo G. Metodologia do ensino superior. Rio de Janeiro: Fundo de
    cultura, 1967.



                                                                                    41
________________. Educaçào e Metodologia .2.ed. Rio de Janeiro: Fundo de
       cultura, 1973




   g) quando uma entidade colectiva assume integral responsabilidade por um trabalho,
         ela é tratada como autor.
       Ex:
       INSTITUITOPANAMERICANO DE GEOGRAFIA E HIST’RIA (Venezuela)
       Fuentes Documentales para la independência de América. Caracas, 1976.3.v.


3.10 TESES, DISSERTAÇÕES
AUTOR: Título: Subtítulo. Ano de apresentação. Número de páginas ou Volumes. Nota
relativa a designação da tese, grau, nome da Instituição ou Faculdade, ano em que o
grau foi conferido.


Ex:
SENNE JUNIOR, Murilo. Instrumentação Sísmica para centrais nucleares. 1983. 116
p. Dissertação, Mestrado, Escola de Engenharia da UFMG, 1983.


FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de
Moçambique. Lisboa, 1989. 2 vols. Tese, Doutoramento, Instituto Superior de Ciências
do Trabalho e da Empresa, 1992.


KUIJER, James Cristian. A Calculational Study on neutron kinetics and
thermodynamic of a gaseous core fission reactor. 1992. 148 p. Tese, Ph. D., Delft
University of Technology, 1992.




3.11         CONFERÊNCIAS,           CONGRESSOS       E    OUTROS       ENCONTROS
CIENTÍFICOS


                                                                                   42
Nome da Conferência, n.º, ano, local de realização ( cidade).
Título... Subtítulo da publicação. Local de publicação ( cidade): Editora, data de
publicação. Número de páginas ou volumes.




    Ex:
    Congresso Internacional de Hegel, 11 1976, Lisboa. Ideia e matéria: Comunicações ao
    Congresso de Hgel. Lisboa: Livros Horizonte, 1976. 96 p.


    Congresso Internacional de Estudos Pessoanos, 1, 1978, Porto
    Actas ... Porto: Brasília Editora, 1979. 725 p.




3.12 PARTES DE PUBLICAÇÕES AVULSAS6


      a) CAPÍTULOS DE LIVRO
           AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo ou parte (sem grifar).                     In:
           AUTOR DO LIVRO. Título: subtítulo do livro. Menção da Edição. Local de
           publicação (cidade): Editora, data. Volume, capítulo, páginas inicial-final da
           parte.


            Ex:
            ALPERS, E. A. The Yao in Malawi: the important of local research.
            In: PACHAL, B. The early history of Malawi. London: Longman, 1972. p.
            168-178.




6
     MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do           (1994:64) sobre apresentação de
referências bibliográficas relativo a capítulos de livros
                                                                                            43
b) Quando o autor do capítulo ou parte for o mesmo da obra principal, referencia-se
      a publicação no todo, dando destaque à parte consultada no final da refer6encia


         Ex:
         PERRINS, C. M. Avian ecology. Glasgow: Blackie, 1983 221 p. cap. 2:
         Social Systems, p. 7-32


   c) Quando o autor do capítulo ou parte for não o mesmo da obra principal


           Ex:


      ABRAMO, Peseu. Pesquisa em Ciências Sociais. In: HIRANO, Sedi                (Org.).
      Pesquisa Social: projecto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979.


   d) quando a parte ou o capítulo não tem título próprio e é escrita pelo mesmo autor
      da obra principal


                   Ex:
                 ESDAILE, Arundel. A studente manual of bibliography.
                 2.ed.London: Allen & Unwin, 1932. Cap. 6A, p. 178-196.
   e) Partes Isoladas ( páginas)
   AUTOR DA PUBLICAÇÃO. Título. Edição. Local de publicação (cidade): Editora,
   data, n.º das páginas sequenciais e isoladas
                   Ex:
                 BIER,    O.   Bacteriologia      e   imunologia.   15.ed.   São   Paulo:
                 Melhoramento, 1970. p. 806-807, 816, 831.




3.13 RABALHOS APRESENTADOS EM CONFERÊNCIAS


                                                                                        44
AUTOR DO TRABALHO. Título: Subtítulo. In Nome da conferência, n.º, ano, local de
realização. Título da publicação ... Subtítulo. Local da publicação (cidade): Editora, data.
Páginas inicial-final do trabalho.


                   Ex:
             CASTRO, Yeada P. de. Níveis Sociolinguísticos da interacção de
             influências africanas no português. In Encontro Nacional de Linguística, 3,
             1978, Rio de Janeiro. Conferências ... Rio de
             Janeiro: PUC/RJ, 1978.


             LEDIC, I.L. et al. Estimativas de parâmetros genéticos. In Reunião Anual da
             Sociedade Brasileira de Zootecnia, 20, 1983, Pelotas. Anais ... Pelotas:
             Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1983. p. 225




3.14   PARTES DE PUBLICAÇOES PERIÓDICAS: FASCÍCULOS E ARTIGOS.

   A)    FASCÍCULOS
   Título do Periódico, mês, ano, volume, número.
       Ex:
                            Cadernos de Psicologia, Out. 1984, Vol. 1, n.º 1.
NB A indicação do mês deve ser feita de forma abreviada, na língua de origem do
periódico


   b) ARTIGO DE PUBLICAÇÃO PERIÓDICA
   AUTOR. Título do Artigo. Título do periódico, mês, ano, n.º
   volume , n.º fascículo, páginas inicial-final
             Ex:
PARRA, Acúrcio A. H.A.N. O campo de quinherlito de cacuílo (Angola). Garcia de
Orta, sér.de Geologia, 1993, vol. 15, n.º. 1e 2, p. 31-36
   c) ARTIGO DE JORNAL


                                                                                         45
AUTOR. Título do Artigo. Título do Jornal, dia, mês, ano, n.º ou
              título do caderno , secção ou suplemento, páginas inicial-final.


    Ex:
    MASCARENHAS, MRIA das Graças. Sua safra, seu dinheiro. O                Estado de São
    Paulo, 17 Set. 1986. Suplemento Agrícola, p. 14-16
    DIS, Adriaan Van. O negar da língua. Demos, 9 nov. 1994. Secção cultural, p. 11.


   d) EVENTO EM MEIO ELECTRÓNICO
    Ex:
    CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA da UFPE, 4.ed, 1996, Recife. Anais
    electrónicos. Recife: UFPE. 1996. Disponível em : < http::// WWW. PROPESP.
    UFPE.BR./ANAIS/ANAIS.HTM >. Acesso em: 21 há. 1997.


    Política. In: Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Priberan Informática, 1988.
    Disponível em: < site: http: //www //333. Priberan. Pt /didlpo>. Acesso me 8 mar.
    1999.
   NB. Não se recomenda referenciar material electrónico de curta duração nas redes.




4. Citações
 Conforme AMARAL (1994:45) as citações são textos transcritos ou informações
retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho. São introduzidas no
texto com o propósito de esclarecer ou complementar as ideias do autor. A fonte de onde
foi extraída deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se desta forma os direitos do
autor.
Segundo ele, as citações bibliográficas podem ser livres ou textuais.


                                                                                        46
4.1 Citação Livre
É a reprodução de ideias e informações do documento, sem, contudo, se transcrever as
própria palavras do autor. Há várias forma de se fazer este tipo de citação:


   a) quando o nome (s) do (s) autor (es) faz parte integrante do texto, menciona-se a
       (s) data (s) da (s) publicação (ões) citada (s) , entre parênteses, logo após o nome
       do autor.


              Ex:
              Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação
              está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização.


              Borko & Bernick (1962( realizaram também experiências similares mas
              alargaram o emprego do computador até formulação das categorias.


              Uma descoberta chave de Zetter et al. (1992) foi que os programas dos
              ONGs do norte criaram um outro equilíbrio na distribuição de recursos do
              programa de refugiado




   b) a indicação da fonte, entre parênteses, pode ser registada no fim da citação, para
       evitar a interrupção na sequência do texto;
Ex:
Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos em países
como Canadá, Noruega e Finlândia ( Glazer-Brook et al., 1973; Jones., 1981)


c) quando se trata de entidades colectivas conhecidas por sigla, deve citar-se o nome por
extenso acompanhado da sigla na primeira citação e, a partir daí, usar apenas a sigla;

                                                                                         47
Ex:
   A Tab. 2 confirma os dados apresentados anteriormente ( Instituto Nacional de
   Investigação Agrária – INIA, 1975
  Nas citações seguintes deve usar –se apenas a sigla: INIA ( 1975) ou (INIA, 1975


  4.2 Citação Textual
  É a transcrição literal de textos de outros autores. É reproduzida entre aspas ou destacada
  tipograficamente, exactamente como consta do original, acompanhada de informações
  sobre a fonte.


  a) as citações curtas são inseridas no texto.
 Ex:
 Onomasiologia é o “ramo da semântica que parte do sentido e procura identificar o
 nome ou nomes que lhe estão ligados” ( Ullman, 1967:130)


       c) as citações longas (mais de três linhas) devem constituir um parágrafo
          independente, recuado e com espaço de entrelinha menor do que aquele que está a
          ser utilizado no trabalho;


  Ex:             Quando falamos, estamos sujeitos a muitas limitaçòes que não existem no
caso da       escrita ; precisamos manter a atenção do interlocutor ; não podemos
sobrecarregar a sua memória; não podemos voltar a apagar o que acabamos de dizer .
( Perini, 1980)



  4.3 Citação de citação
  Deve ser feito todo o esforço para se consultar o documento original. No entanto, nem
  sempre é possível o acesso a certos textos. Nesse caso, pode reproduzir-se informação já
  citada por outros autores que tenham efectivamente consultado o documento. Para isso
  deve-se proceder da seguinte forma:



                                                                                          48
• no texto, citar o apelido do autor do documento não consultado, seguido das
              expressões: apoud “citado por”, “conforme” ou “segundo”        e o apelido do
              autor do documento efectivamente consultado.


          •     Em nota de rodapé mencionar os dados do documento original


    Ex:
    Marinho7, citado por MARCONI & LAKATOS (1982), apresenta a formulação do
    problema como uma fase de pesquisa, que, sendo bem definido, simplifica e facilita a
    maneira de conduzir a investigação.




          •     Na listagem bibliográfica deve incluir-se os dados completos do documento
                efectivamente consultado.


    Ex: MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas,
    1982.
          •     Quando não se usa nota de rodapé, devem incluir-se duas entradas na listagem
                bibliográfica:
- uma relacionando o documento não consultado, seguido da expressão “apoud” (
      citado por) e os dados do documento efectivamente consultado
-     outra entrada relacionado apenas os dados da fonte consultada.


    Ex:
    Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980 apoud
    MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982
7
    Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980




                                                                                          49
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.




5. RECOMENDAÇÕES

   a) Pode citar-se, após a data ou número da referência, a página de onde se
        transcreveu o trecho. O número de página ou é precedido pela abreviatura de
        página ou é precedido pelo sinal de dois pontos;


        Ex: ULLman (1967, p. 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto.
    Ou ULLman (1967: 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto
    O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades
    são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do
    que qualquer outro livro (Wellard, 1937, p. 98)
    Ou O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e
    capacidades são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades
    melhor do que qualquer outro livro (Wellard, 1937: 98)


b) quando houver coincidência de apelidos de autores, acrescenta-se as iniciais dos seus
nomes próprios;


  Ex:
        Azevedo, C. ( 1957)


        Azevedo, M. ( 1957)


c) quando se tratar de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em datas diferentes,
cita-se o apelido do autor, seguido das datas entre parênteses; para citação de vários
trabalhos de um mesmo autor com a mesma data, usam-se letras minúsculas
acompanhando a data



                                                                                        50
Ex:


    Lagerloff (1934, 1956 e 1937) encontrou 22.08% de machos afectados dessa
    hipoplasia.


    Campbell (1969, 1971, 1972a, 1972b) …




d) citação de livros anónimos: de colectâneas sem editor responsável, enciclopédias e
dicionários sem editor em destaque; a entrada é pelo título, não sublinhado.




e) quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre parênteses;


              Ex:
                              Machado (s.d.)




TRABALHOS ACADÉMICOS




Existem vários tipos de trabalhos académicos8. Eis alguns tratados de uma forma breve:


Tese de doutoramento – situa-se no fim dos estudos universitários. Vai demonstrar que
o estudante traz algo de novo à ciência, com um contributo válido, original, científico.




8
    AZAVEDO, Carlos ª Moreira e outros. Metodologia Científica. 3.ed.Porto: C Azavedo, 1996
                                                                                              51
Tese de licenciatura ou mestrado – Este trabalho é geralmente uma dissertação que
pode ter tido origem num seminário, só que é feito com mais meios de trabalho e de
investigação. Este tipo de trabalho científico deve mostrar maturidade científica, apuro
técnico e capacidade de utilização das fontes, denotando rigor científico.
Trabalho Curricular - para as diferentes disciplinas no decorrer duma licenciatura –
deve mostrar, para além do conhecimento da metodologia científica, a apresentação
das matérias dadas e a operatividade dos conhecimentos adquiridos.


A apresentação física dos trabalhos merece muito cuidado, já que interfere com        a
qualidade da disposição para a leitura.
Os trabalhos devem ser cuidadosamente dactilografados a dois espaços, sem erros. Vele-
se pelo aspecto estético de cada página, tornando-a apetecível para a leitura.




                                                                                      52
As margens devem ser respeitadas segundo o esquema seguinte:



                                            4




3,5                                                                          2




                                           3,5




Margens ( em centímetros) a respeitar quando um trabalho é dactilografado.
A página de rosto ou página de título deve conter os seguintes elementos:


      •   Nome da Universidade, faculdade, Instituto ou Academia

                                                                                 53
•   Nome do estudante
      •   Tipo de trabalho
      •   Nome do orientador Ano


Quando ao título, é importante ter em conta o seguinte: o título sendo claro, conciso e
breve, deve no entanto ser também atraente, suscitando interesse, e descrever o objecto de
forma precisa, localizando-o no tempo e no espaço. Se necessário, pode-se utilizar um
complemento de título.




                               Exemplo da página de rosto



             ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”




                                   Titulo do Trabalho




                                   Nome do Estudante


                                                        Trabalho para a Cadeira de
                                                        Metodologia Científica do
                                                   Docente ........


                                                                                       54
Nampula


                             2008




         NOTAS DE RODAPÉ9



9
    AMARAL, (1994:53)
                                      55
6.1 Finalidade
As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não
devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequência lógica da leitura. Devem
ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto possível do texto, não
sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da publicação.




6.2 Há dois tipos de notas de rodapé




a) Bibliográficas


São utilizadas para indicar fontes bibliográficas que permitem a comprovação ou
ampliação de conhecimentos do leitor. Indicam textos relacionados com as afirmações
contidas no trabalho, remetendo o leitor a outras partes do mesmo trabalho ou outros
trabalhos para comparação de resultados. Nas notas de rodapé podem também ser
incluídas a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicação da língua
original de citações traduzidas.


b) Explicativas


Referem-se a comentários, e/ou observações pessoais do autor. Por exemplo, concessão
de bolsas e auxílios financeiros para realização da investigação, nomes de instituições,
endereços, títulos do autor e outros. São também usadas para indicar dados relativos a
comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e originais não consultados, mas citados
pelo autor


6.3 Apresentação
As notas de rodapé localizam-se na margem inferior da mesma página onde ocorre a
chamada numérica no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4 cm e



                                                                                      56
dactilografadas em espaços simples e com caracteres menores do que os usados no texto.
Usa-se espaço duplo para separar as notas entre si.




      Ex:
               _________________________
                     ¹ MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do

  (1994:64) sobre       apresentação de referências bibliográficas relativo a capítulos de

                                           livros

                    2 AMARAL, (1994:53)




6.4 Notas bibliográficas


As notas de indicação bibliográfica devem conter o apelido do autor, título (opcional),
data da publicação e outros dados para localização da parte citada.




Ex:


       _______________________
            ¹ MACHADO, 1884. p. 81
            ² Dias, 1964. VOL. 2, P. 7
            ³ Saraiva 1985, vol3, cap. 2 p. 117-120




                                                                                         57
Conclusão


                                O fim do percurso proposto


Consciente de todas as prováveis imperfeições neste guia de estudo contudo, espero ter
conseguido atingir o que me havia proposto desde o início deste estudo e no decorrer do
processo de Ensino-Aprendizagem, proporcionar nos meus estudantes e no leitor um
compacto que sirva de um auxílio na compreensão teórico e pragmático na cadeira de
Metodologia de Investigação Científica.
O guia está elaborado de forma a facilitar o esforço na compreensão e na assimilação dos
aspectos que foram abordados no processo de Ensino-Aprendizagem.
Na formação dos futuros oficiais para a defesa da Pátria Amada todo o esforço para
garantir a qualidade é pouco.
Os estudantes e leitores têm uma ferramenta suficiente, prática e global para daí voar por
si só. Quer dizer, ensinar a pescar o peixe e não ensinar a comer o peixe pescado.


                                       Bibliografia


AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de
graduação. UEM. Maputo , 1994


AZEVEDO, Carlos        A. Moreira e outro. Metodologia Científica. 3ed. Porto: T.
Académicos,1996


BELL, Judith. Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa:Gradiva,1997


ECO, Umberto. Como se faz uma tese em ciências humanas. 8ed.Lisboa:Presença,1997




                                                                                       58
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 3ed.SP:Atlas,1991

_ Métodos e técnicas de Pesquisa social 5ed. S.P.: ATLAS, 1999

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5.ed.
SP: Atlas, 2002

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Ciência e conhecimento
científico: métodos científicos. Teorias, hipóteses e variáveis. 2.ed. S.P.: Atlas 1991

_ Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico.
4.ed. S.P.: Atlas, 1992

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. S.P.: Atlas, 1999




                                               ÍNDICE


   Introdução -------------------------------------------------------------------------1
   1. Procedimentos Didácticos ---------------------------------------------------------------- 3

                                                                                               59
1.1 Leitura -------------------------------------------------------------------------------3
                     1.1.1   Importância da Leitura ------------------------------------------3
                     1.1.2   Natureza da Leitura ---------------------------------------------4


        1.2 Identificação ------------------------------------------------------------------------5
        1.3 Procedimento para uma leitura proveitosa -------------------------------------5


2. Como encaminhar uma pesquisa ---------------------------------------------------------7
        2.1 O que é uma pesquisa científica ------------------------------------------------ 7
        2.2 Porquê se faz pesquisa ? ---------------------------------------------------------8
                     2.2.1 Razões de ordem Prática ------------------------------------------8
                     2.2.2.Razões de ordem Intelectual -------------------------------------9
        2.3 qualidades pessoais do pesquisador -------------------------------------------10
        2.4 Os elementos de uma pesquisa -------------------------------------------------10
        2.5 Roteiro de uma pesquisa --------------------------------------------------------11
3. Tipos / Níveis de Pesquisa ---------------------------------------------------------------12
4. Formulação de um problema de pesquisa ----------------------------------------------14
        4.1 Definição do problema ----------------------------------------------------------14
        4.2 Como formular um problema ---------------------------------------------------15
                     4.2.1 Problematização --------------------------------------------------16
                     4.2.2 Justificativa --------------------------------------------------------16
                     4.2.3 Delimitação -------------------------------------------------------17


5. Formulação de Objectivos de Pesquisa ----------------------------------------------- 18
        5.1 Objectivos Gerais --------------------------------------------------------------- 19
        5.2 Objectivos Específicos --------------------------------------------------------- 19
6. Construção de Hipóteses --------------------------------------------------------------- 20
        6.1 O que são hipóteses ------------------------------------------------------------ 20
        6.2 Requisitos básicos na formulação de hipóteses ---------------------------- 20
        7.3 As hipóteses são necessárias em todas as pesquisas ? --------------------- 21
        6.4 Tipos de hipóteses -------------------------------------------------------------- 21

                                                                                                 60
7. Revisão da Bibliografia ( Marco Teórico ) ------------------------------------------ 23
    8. Procedimento ( Desenho) Metodológico --------------------------------------------- 24
             8.1 População / Universo ---------------------------------------------------------- 27
             8.2 Amostragem --------------------------------------------------------------------- 27
             8.3 Colecta de dados ---------------------------------------------------------------- 31
             8.4 Elaboração dos dados ---------------------------------------------------------- 35
    9. Análise e Interpretação dos dados ----------------------------------------------------- 36
             9.1 Análise -------------------------------------------------------------------------- 37
             9.2 Interpretação ------------------------------------------------------------------- 37
             9.3 Conclusões --------------------------------------------------------------------- 37
             9.4 Recomendações --------------------------------------------------------------- 39


Guia prático para apresentação de teses, dissertação, trabalhos de graduação ---------- 40
Referências bibliografia ------------------------------------------------------------------------- 45
Citação ---------------------------------------------------------------------------------------------53
Algumas regras ( recomendações) -------------------------------------------------------------56
Trabalhos académicos ---------------------------------------------------------------------------58
Notas de rodapé ----------------------------------------------------------------------------------62
Conclusão -----------------------------------------------------------------------------------------62
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------65




                                            GREIA, José




                                                                                                         61
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
( GUIA PARA O ESTUDO REVISTO E CORRIGIDO )




              NAMPULA, 2008




                                             62

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  • 1. Introdução A Cadeira de Metodologia Investigação Científica é uma das cadeiras que faz parte do currículo de formação dos estudantes da Academia Militar. É uma cadeira transversal, por funcionar em todos os cursos e especialidades processo de Ensino-Aprendizagem. A Investigação Científica é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a realidade ou descobrir verdades parciais. Ela pretende apetrechar os estudantes de saberes que lhes permitam desenvolver trabalho de investigação científica usando as metodologias próprias, isto por um lado, e por outro, capacitá-los de modo a saberem analisar criticamente as abordagens metodológicas ao nível da validade e fiabilidade dos resultados obtidos da investigação social. Ajuda a desenvolver capacidade criativa e reflexiva na construção de conhecimentos científicos; fornecer os conhecimentos básicos acerca dos conceitos, métodos e técnicas de investigação científica. Em função disso, ela se orienta para múltiplos fins tais como: desenvolver habilidades cognitivas e psicomotoras na busca sistemática de factos para orientar a solução dos problemas; potencializar os iniciantes com conhecimentos no domínio da investigação pura e aplicada, desenvolver a capacidade de analisar e Interpretar os resultados da pesquisa. Auxilia o pesquisador iniciante (caso de estudantes da AM) saber relacionar os conhecimentos teóricos adquiridos no processo de Ensino-Aprendizagem com a aplicação prática a nível : definição de problemas de investigação científica; formulação de objectivos; hipóteses; revisão bibliográfica; desenho metodológico; tratamento, análise e interpretação de dados e elaboração de relatório. Este guia de estudo destina se a docentes e estudantes como um instrumento de consulta permanente e como de orientação pragmática. 1
  • 2. Não é um guia acabado, mas um início que continuamente exigirá a reelaboração e critica permanente para corresponder o dinamismo da ciência e da sociedade. Portanto, a reformulação, actualização e correcção contínuo por todos os leitores e por todos os académicos será uma exigência constante. É uma urgência académica temporal que vale pena explorar de forma dialéctica, porque desde cedo criam-se as potencialidades para que os estudantes possam agir com uma parcial autonomia e de forma metódica no tratamento dos trabalhos no processo de Ensino-Aprendizagem e de graduação. O guião é composto pelos itens relacionados com os procedimentos didácticos, o roteiro de uma pesquisa científica, e os seus pontos pragmáticos. 1. Procedimentos Didácticos Antes de se mergulhar directamente na metodologia de investigação científica, vale pena iniciar por alguma síntese acerca da leitura e citações como uma introdução a alguns postulados didácticos na ordem que se segue. 1.1 Leitura ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos é obtida através de leitura, que possibilita não só a ampliação, como também o aprofundamento do saber em determinado campo sociocultural ou científico. Ler significa igualmente eleger, escolher, ou seja, “distinguir os elementos mais importantes daqueles que não são e, depois optar pelos mais representativo e mais sugestivo” SALVADOR, (1980:100) Apoud, LAKATOS e MARCONI (1992;15). 2
  • 3. Sendo os textos uma fonte inesgotável de ideias e conhecimentos, deve-se ler muito e continuamente. Porém, não basta ler indiscriminadamente, é preciso pois saber ler. A leitura é válida somente quando bem assimilada. Tanto o estudante quanto o intelectual precisam ler constantemente. 1.1.1 Importância da leitura A leitura constitui-se como um dos factores decisivos do estudo e imprescindível em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já existentes, poupando de certo modo o trabalho da pesquisa de campo ou experimental. A leitura propicia a ampliação de conhecimentos, abre horizontes na mente de quem a exercita, aumenta o vocabulário, permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras. Através dela pode-se obter informações básicas e/ou específicas. Pode-se dizer que a leitura tem dois objectivos principais: • Serve como meio eficaz para o aprimoramento e aprofundamento dos estudos e aquisições de cultura geral. Todavia, impõe-se uma selecção para a leitura, em razão da quantidade e qualidade dos livros e outros materiais em circulação • Não se tem condições físicas e tempo para se ler tudo, logo, nem tudo que há merece ser lido. Gagliano ( 1979:85) Apoud LAKATOS e MARCONI (1992;15) afirma que “ toda leitura tem sempre um destino, não caminha a esmo. Esse destino pode ser a busca, a assimilação, a retenção, a crítica, a comparação, a verificação e a integração de conhecimento”. 1.1.2 Natureza da Leitura LAKATOS e MARCONI (1992;16) destacam três espécies de leitura : para entretenimento ou distracção ( visando apenas ao divertimento, passatempo, lazer, sem maiores preocupações com o aspecto do saber); para aquisição de cultura geral- erudição- informativa (tomar conhecimento de modo geral do que ocorre no mundo, 3
  • 4. mas sem grande profundidade – engloba livros, revistas e jornais, as notícias e outras fontes) ; para ampliação de conhecimento em determinado campo do saber- aproveitamento ou formativa ( finalidade é aprender algo de novo ou aprofundar conhecimentos anteriores) Exige do leitor atenção e concentração. Essa espécie de leitura deve ser efectuada em livros e revistas especializados. Como se pode depreender, as duas primeiras não exigem praticamente um grande esforço intelectual, ao passo que a última requer atenção especial e concentração. 1.2 Identificação Para uma busca de material para leitura, comum a todos os leitores deve-se ler: a) o título – porque o título estabelece o assunto e, às vezes a intenção do autor, b) a data da publicação – para certificar-se de sua actualização ou aceitação e/ou pelo número de edições, c) a ficha catalográfica – a fim de verificar as credenciais ou qualificações do autor, d) a “orelha”- onde geralmente se encontra uma apreciação da obra e) o índice ou sumário – para se ter uma ideia da divisão e tópicos abordados, f) a introdução ou prefácio – procurando encontrar indícios da metodologia e objectivos do autor g) a bibliografia – final e as citações de rodapé – tendo em vista as obras consultadas. 1.3 Procedimento para uma leitura proveitosa Tendo sido seleccionada a obra e/ou texto, procede-se à sua leitura integral do mesmo, para se ter uma visão do todo, Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou expressões desconhecidas, valendo-se de um dicionário para esclarecer seus significados, Tiradas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão do todo. Se necessário, consultar fontes secundárias, 4
  • 5. Tornar a ler, procurando a ideia principal ou palavra-chave, que tanto pode estar explícita quanto implícita no texto, às vezes, confundida com aspectos secundários ou acessórios, Localizar acontecimentos ou ideias, comparando-os entre si e procurando semelhanças e diferenças existentes, Agrupá-los pelo menos por uma semelhança importante e organizá-los em ordem hierárquica de importância, Interpretar as ideias e/ou fenómenos, tentando descobrir conclusões a que o autor chegou e depreender possíveis ilações. Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, eleger, escolher Portanto, distinguir os elementos mais importantes daqueles que não são e, depois optar pelos mais representativo. 2. Como encaminhar uma Pesquisa 2.1 O que é Pesquisa Científica ? São inúmeros os conceitos sobre pesquisa, pois os estudiosos ainda não chegaram a um consenso sobre o assunto. Entretanto, há uma tentativa de dar o significado desta palavra conforme alguns autores: Gil (1946:19) entende por Pesquisa científica "o procedimento racional e sistemático que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos ". 5
  • 6. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. Ander-Egg ,(1978:28), apoud MARCONI e LAKATOS (2002:17) “é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento. Portanto, a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a realidade ou descobrir verdades parciais”. Para ECO (2001:52), uma pesquisa é científica quando responde aos seguintes requisitos: a) A pesquisa debruça-se sobre um objecto reconhecível e definido de tal modo que seja igualmente reconhecível pelos outros; b) A pesquisa deve dizer coisas que não tenham já sido ditas ou rever com uma óptica diferente coisas que já foram ditas; c) A pesquisa deve ser útil aos outros; d) A pesquisa deve fornecer os elementos para a confirmação e para a rejeição das hipóteses que apresenta 2.2 Porque se faz pesquisa ? ou melhor, para que pesquisar ? A maioria das pesquisas podem ter seguintes objectivos: Razões de ordem prática (resolver problemas específicos, gerar ou avaliar teorias existentes) e razões de ordem intelectual. 2.2.1 Razões de ordem prática 2.2.1.1 Pesquisa para resolver problemas. 6
  • 7. Esse tipo de pesquisa está dirigido para identificar e resolver problemas práticos. Portanto, baseada no desejo de conhecer para agir, por isso é chamada de pesquisa aplicada. Por exemplo: Na educação - Detectar a eficiência de diversos métodos de ensino. - Identificar as causas da evasão feminina no ensino básico (caso de Moçambique) No campo militar - Detectar a eficiência das diferentes estratégias e tácticas utilizadas pelas subunidadse e/ou unidades militares em diferentes tipos de combate. - Identificar as consequências do emprego de multi-armas no combate moderno 2.2.1.2 Pesquisas para formular teorias Os pesquisadores estudam um problema cujo supostos teóricos não estão claros ou são difíceis encontrar. 2.2.1.3 Pesquisas para testar teorias Não existe grande diferença entre pesquisas para formular teorias e pesquisas para testar teorias, estas últimas exigem formulação precisa. 2.2.2 Razões de ordem intelectual As razões de ordem intelectual decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer, pesquisa pura. Ela busca o progresso da ciência, procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação directa com suas aplicações e consequências práticas. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizado e objectiva à generalização, com vista na construção de teorias e leis1 1 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992 :pág 43 7
  • 8. A pesquisa de ordem intelectual “pura” assim como de ordem pratica “aplicada” exigem o mesmo cuidado, tanto no uso das metodologias e técnicas, como no preparo da pessoa do pesquisador. 2.3 Qualidades pessoais do Pesquisador O êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador, de entre as quais podem ser: a) conhecimento do assunto a ser pesquisado; b)curiosidade; c) criatividade; d) integridade intelectual; e) atitude autocorrectiva; f) sensibilidade social; g) imaginação disciplinada; h) perseverança e paciência; i) confiança na experiência 2.4 Os elementos de um projecto de Pesquisa Não há, evidentemente, regras fixas acerca da elaboração de um projecto de pesquisa. Sua estrutura determinada pelo tipo de problema a ser pesquisado e também pelo estilo de seu autores. É necessário que o projecto esclareça como se processará a pesquisa, quais as etapas que serão desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir seus objectivos. É necessário também, que o projecto seja suficientemente detalhado para proporcionar a avaliação do processo de pesquisa. Os elementos habitualmente requeridos num projecto podem ser os seguintes: • Formulação do Problema; • Construção de hipóteses; • Especificação dos objectivos; • Identificação do tipo de pesquisa; 8
  • 9. • Selecção da amostra; • Elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de colecta de dados; • Determinação do plano de análise dos dados • Previsão da forma de apresentação dos resultados • Cronograma da execução da pesquisa Há muitos factores que concorrem para que o projecto de uma pesquisa seja simples e / ou complexo. Portanto, depende de objectivos, custos, nível de participação da população e outros. Rigorosamente, um projecto só pode ser definitivamente elaborado quando se tem o problema claramente formulado, os objectivos bem determinados, assim como o plano de colecta e análise dos dados. 2.5 Roteiro de uma Pesquisa Formulação. de problema hipóteses Plano da Pesquisa Avaliação Técnicas da Teoria Pesquisa Genera lização de Base Pré-testes dos Instrumen Análise e Colectas de tos Interpretação Selecção das Dados dos Dados Amostras 9
  • 10. 3. Tipos ou níveis de Pesquisa a) Pesquisas Exploratórias Estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. O objectivo principal é o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. O levantamento bibliográfico, entrevistas a pessoas experimentadas no caso, análise de exemplos constituem aspectos fundamentais deste tipo de pesquisa. b) Pesquisa Bibliográfica É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos c) Colecta Documental colecta de dados restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o facto ou fenómeno ocorre, ou depois. • Fontes de Documentos: - Arquivos Públicos (Municipais, Provinciais, Nacionais), que contêm: documentos oficiais, publicações parlamentares, documentos jurídicos, e outros. - a) Arquivos Particulares (domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou privada • Fontes Estatísticos característica da população ( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião, estado civil, renda etc) 10
  • 11. - Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos, mortes, doenças, suicídios, emigração, imigração, Distribuição da população ( habitat rural e urbano, densidade demográfica e outros) - Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc d) Pesquisas Descritivas Têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis; exemplo: estudar as características de um grupo ; sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental e outros aspectos. e) Pesquisas Explicativas . O fundamental deste tipo de pesquisa é identificar os factores que condicionam a ocorrência dos fenómenos e explicar as razões, o porquê das coisas. 4. Formulação de um problema de Pesquisa 4.1 Definição do Problema A conceituação adequada de problema não constitui tarefa fácil, em virtude das diferentes acepções que envolve este termo. Segundo o novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa o problema é: • Questão não solvida e que é objecto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento; • Questão matemática proposta para que se dê a solução; • Proposição que vai ser tratada ou demonstrada; Que fique claro que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que para se realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico. 11
  • 12. Segundo Kerlinger (1980:33) citado por GIL (1991:26) a maneira mais prática para entender o que é um problema científico consiste em considerar primeiramente aquilo que não é problema científico. Exemplos: a) Problemas de Engenharia -" Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”; -" O que pode ser feito para melhorar a distribuição de renda" ; - " Como aumentar a produtividade no trabalho?" . Nenhum destes constitui rigorosamente um problema científico, pois, sob forma em que são propostos, não possibilitam a investigação segundo os métodos próprios da ciência. Referem-se como fazer algo de maneira eficiente. A ciência pode fornecer sugestões e inferência acerca de possíveis respostas, mas não responder directamente a esses problemas. Eles não indagam as causas e consequências, mas indagam acerca de como fazer as coisas. b) Problemas de Valor- “Os Comandantes das companhias devem dar palmadas nos estudantes ?”; - “Filhos de camponeses são melhores que os de operários”; - “É bom adoptar jogos e simulações como técnicas didácticas?”. Não são científicos os problemas que indagam se uma coisa é boa, má, desejável, indesejável, certa ou errada, melhor ou pior que outra, se deve ou deveria ser feito etc. Embora não se possa afirmar que o cientista nada tenha a ver com estes problemas, o certo é que a pesquisa científica não pode dar respostas a questões de engenharia e de valor porque sua correcção ou incorrecção não é passível de verificação empírica. 4.2 Como Formular um Problema Científico? Formular um problema científico não constitui tarefa fácil. Todavia, não há como deixar de reconhecer que o treinamento desempenha papel fundamental nesse processo. Formulação de problema não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. No entanto, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como: estudo da literatura existente, discussão com pessoas que acumulam muita experiência prática no campo de estudo e o exercício sistemático de pesquisa científica. 12
  • 13. A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos, tais como: a) o problema deve ser formulado como pergunta; b) o problema deve ser claro e preciso; c) o problema deve ser empírico d) o problema deve ser susceptível de solução; e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável. De modo geral, o pesquisador inicia o processo da pesquisa pela escolha de um tema, que por si não constitui um problema. Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se a sua Problematização GIL (1991:30). 4.2.1 Problematização a) clarifica o objecto de estudo b) Manifestação da situação / característica do fenómeno c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que aconteceu d) Colocação do problema real NB: Numa investigação científica recomenda-se que haja uma relação entre tema, problema, objectivos, hipóteses e técnicas de colecta de dados 4.2.2 Justificativa A justificativa consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões de ordem teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa. No caso de pesquisas de natureza científica ou académica, a justificativa deve indicar: a) modo como foi escolhido o fenómeno para ser pesquisado e como surgiu o problema levantado para o estudo; b) o estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema; 13
  • 14. c) as contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a proporcionar respostas aos problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito. Portanto, a relevância social, científica e/ou académica do problema a ser investigado, a possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema. No caso de pesquisas de natureza prática, a justificativa deve considerar os objectivos da instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcionar. No entanto, não existe nenhuma regra rígida quanto a sua sequência, exclusão ou inclusão de itens ao conteúdo da justificativa. NB. Em geral, a justificativa deveria ter, no máximo, duas páginas e não inclui citações. A justificativa é pessoal ( RICHARDSON, 1999:57 ). 4.2.3.Delimitação É imperioso estabelecer as balizas do estudo a) espacial ( local do tema / problema e o da pesquisa) b) Temporal ( tempo em que ocorre o tema / problema) - Deve-se explicar e / ou justificar devidamente os pontos descritos acima. 5. Formulação de Objectivos da Pesquisa Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. Respondem às perguntas: por quê ? Para quê ? Para quem ? O objectivo torna explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado assunto. 14
  • 15. Nessa etapa, explicam-se os objectivos gerais e específicos a serem utilizados durante a investigação. Esses deverão ser extraídos directamente dos problemas levantados na pesquisa. 5.1 Objectivos Gerais Definem, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa. Exemplo 1: estudo sobre os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de Nampula). Objectivo geral: identificar os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de Nampula). Exemplo2: Desistência missiva da rapariga no EP2 no Distrito de Gorongosa. Objectivo Geral: Analisar a concepção cultural do género pela comunidade do distrito. RICHARDSO ( 1999: 63) diz que usualmente, em uma pesquisa exploratória o objectivo geral começa pelos verbos: conhecer, identificar, levantar, e descobrir; em uma pesquisa descritiva, inicia com os verbos: caracterizar, descrever e traçar; e em uma pesquisa explicativa começa pelos verbos: analisar, avaliar, verificar, explicar etc. 5.2 Objectivos específicos Definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral. Exemplo 1: - levantar informações sobre o êxodo rural (cidade de Nampula); - Identificar factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de Nampula) 15
  • 16. Exemplo 2 - Levantar informações sobre a cultura da comunidade quanto ao género; - Explicar a concepção cultural da comunidade acerca da mulher. Na formulação de objectivos deve-se ter em conta o seguinte: a) O objectivo deve ser claro, preciso e conciso. b) O objectivo deve expressar apenas uma ideia. 6. Construção de Hipóteses 6.1 O que são hipóteses ? - São as proposições testáveis que podem vir a ser a solução do problema; - São respostas antecipadas a solução do problema. -Soluções tentativas, previamente seleccionadas do problema de pesquisa. -“ Em muitos casos, as hipóteses são palpites que o investigador possui sobre a existência de relações entre variáveis”( VERMA e BESRD, (1981:184) Apoud BELL ( 1997:35). 6.2 Requisitos básicos para formulação das hipóteses As hipóteses devem ser conceitualmente claras, específicas, empíricas e compreensíveis, isto é, não devem incluir conceitos complexos que dificultem a compreensão. Além disso, os conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos para evitar ambiguidades: 16
  • 17. Exemplo de hipótese ambígua: • O desaquecimento da economia leva as empresas a desenvolverem políticas de contenção de pessoal. Exemplo de hipótese clara • A queda da produção industrial contribui para o desemprego. 6.3 As hipótese são necessárias em todas as pesquisa ? Rigorosamente, GIL (1991:43) todo procedimento de colecta de dados depende da formulação prévia de uma hipótese. Ocorre que em muitas pesquisas as hipóteses não são explícitas. Todavia, nestes casos, é possível determinar as hipóteses subjacentes, mediante a análise dos instrumentos adoptados para a colecta dos dados. Por exemplo, de uma pesquisa em que tenha sido formulada a seguinte questão: “Onde você compra suas roupas ?” Está implícita a hipótese de que a pessoa compra suas roupas, não as confeccionando em sua própria casa. Portanto, em algumas pesquisas as hipóteses são implícitas e em outras são formalmente expressas. 6.4 Tipos de Hipóteses Existem duas classificações de hipóteses utilizadas em ciências sociais. Elas podem ser classificadas segundo o número de variáveis e a relação entre elas e segundo a natureza das hipóteses. Neste programa falaremos substancialmente da primeira classificação. 17
  • 18. 6.5 hipótese com uma variável a). Os camponeses não se interessam pela política Variável: interesse pela política. Indicadores: ( não vão ao voto, recenseamento, negam os cargo políticos etc) b). Menos de 30% das raparigas concluem o EP2 no campo Variável: Conclusão de estudos. Indicadores ( efectivos das turmas, desistências, casamentos prematuros e outros ) c). A renda mensal dos trabalhadores domésticos em Moçambique é de três vezes inferior que salário mínimo. Variável: renda mensal Indicadores ( despesas mensais, oferta e procura) 6.6 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de associação • As mulheres são mais conservadores que os homens Variáveis: sexo e conservadorismo Tipo de relação: superioridade Indicadores ( fidelidade, moralidade, educação da família etc) • Os alunos que apresentam bom aproveitamento em Matemática também os apresentam na Física. Variáveis: aproveitamento escolar em matemática e física tipo relação: igualdade Indicadores (boas notas, despensas aos exames, aprovações, etc) • a participação política dos idosos é menor que a participação dos jovens Variáveis: idade e participação política Tipo de relação: inferioridade 6.7 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de dependência a) O êxodo rural é influenciado pelas condições da urbe Variável dependente: O êxodo rural 18
  • 19. Variável independente: condições da urbe Indicadores ( muita mão de obra activa na zona de imigração, formigueiro juvenil, banditismo, prostituição infantil, etc.) 7. Revisão da Bibliografia2 (Revisão da Literatura) Não existe hoje em dia pesquisa que começa da estaca zero. É recomendável e é imprescindível procurar fontes documentais ou bibliográficas sob o risco de despender esforços em ideias ou trabalhos já pesquisados. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes. Portanto, familiariza o autor com o tema, evita a repetição de estudos e enquadra o estudo num modelo ou teoria. 2 Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992, pág 110 19
  • 20. 8. Procedimentos (Desenho) Metodológicos O pesquisador deve dizer o tipo de pesquisa pretende realizar, para facilitar o alinhamento do seu projecto. Idealiza as metodologias a utilizar para levar a cabo a sua pesquisa. Porque os termos: Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa, têm criado nos estudantes e nos novos pesquisadores alguma confusão, convêm nesse espaço tentar minimizar essa confusão de termos. ► Método “Sentido etimológico – do grego méthodos ( meta = além de, após de + ódos = caminho ). Portanto, seguindo a sua origem, método é o caminho ou a maneira para chegar determinado fim ou objectivo” ( RICHARDSON, 1999:22) RODRÍGUEZ (1996: 12) o método científico é a cadeia ordenada de passos (acções) baseada em um aparelho conceptual determinado e em regras que permitem avançar no processo de conhecimento, desde o conhecido ao desconhecido. NÉRICI (1980:15) citado por LAKATOS e MARCONI (1991:40) “método é o conjunto coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento para serem alcançados conhecimentos válidos”. Portanto, método refere-se o caminho pelo qual se chega a determinado resultado; a forma de proceder ao longo de um caminho; um procedimento regular, explícito e possível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceptual. A característica distintiva do método é a de ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação. Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles, usados concomitantemente. 20
  • 21. Em ciências sociais existem métodos gerais e específicos. Métodos Gerais das Ciências Sociais de ( Abordagem) Dedutivo, Indutivo, Hipotético-dedutivo, Dialéctico e fenomenológico 3. Método Dedutivo - é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e induscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua l’ogica. O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada conclusão. Por exemplo: Todo homem é mortal (premissa maior) Almeida é homem (premissa menor) Almeida é mortal ( conclusão) Método Indutivo - procede inversamente. Parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares. De acordo com o raciocínio dedutivo, a generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de um número de casos concretos suficientemente confirmadores da suposta realidade.. Método hipotético-dedutivo – Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge uma inquietação – o problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das hip’oteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo ao contrário, procura-se evidências empíricas para confirmá-la. 3 GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:31-33). 21
  • 22. Método Dialéctico - como lógica do pensamento, ligando todos os fenómenos ( acontecimentos anteriores, presentes, os possíveis no futuro, etc). É o método de investigação da realidade Os princípios da abordagem dialéctica residem no seguinte4: - princípio da unidade e luta dos contrários - princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas - princípio da negação da negação Método Fenomenológico - consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer este dado. Orientado totalmente para o objecto. Interessa-se por aquilo que é, e não o que estará por detrás disto ou daquilo. Não é dedutivo nem empírico. Não explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente consciência objecto. Métodos Específicos das Ciências Sociais (de Procedimentos) – experimental, observacional, comparativo, estatístico, clínico, estudo de caso, hist’orico, funcionalista, estruturalista e outros. ► Técnica Técnica é um conjunto de preceito ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática. No item relacionado com a colecta de dados será abordado com substância este aspecto. 4 GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:34-36). 22
  • 23. ► Instrumento Os instrumentos da pesquisa constituem os materiais ao serviço das técnicas de pesquisa. Eles são organizados de acordo com a técnica a aplicar. Na colecta de dados serão mencionados com mais clareza. 8.1 População / Universo Usualmente, fala-se de população ao se referir todos os habitantes de determinado lugar. Em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de indivíduos que trabalham e ou habitam em um mesmo lugar, os estudantes em uma mesma universidade, toda a população de refrigerantes de uma fábrica, todos os cabritos de determinada região do país, os empregados de uma fábrica etc. Cada unidade ou membro de uma população, ou universo, denomina-se elemento, e que quando se toma certo número de elementos para averiguar algo sobre a população a que pertence, fala-se de amostra. 8.2 Amostragem Denomina-se amostragem o processo de selecção e escolha dos elementos de uma população para constituir uma amostra. Por amostra entende-se um subconjunto da população por meio do qual é possível estimar as características dessa população. 23
  • 24. 8.2.1 Vantagens da amostragem na pesquisa científica: 8.2.1.1 Custo reduzido Como Os dados de um levantamento por amostragem são obtidos de uma fracção da população, os custos são bem menores que os de um censo integral 8.2.1.2 Rapidez Nas pesquisa por amostragem os dados podem ser colectados, tabulados e analisados com rapidez muito maior que nos censos completos. Este aspecto é fundamental, quando se tem urgência nas informações. Mesmo admitindo-se que os dados obtidos a partir da totalidade da população sejam mais precisos, é possível que percam parte de seu valor em função do tempo decorrido entre a colecta e a análise dos dados. 8.2.1.3 Exactidão Nos levantamentos por amostragem torna-se possível utilizar pessoal com melhor qualificação e treinamento, bem como exercer maior controle na supervisão dos trabalhos de colecta e tabulação dos dados. Em virtude da consequente redução do volume de trabalho, a amostragem pode proporcionar resultados mais exactos que a contagem total. 8.2.2 Tipos de Amostragem Existem diversos critérios de classificação de amostras, mas, em geral, dividem-se em dois grandes grupos: amostras probabilísticas e não probabilísticas Os tipos de Amostragem probabilísticas mais usuais são: aleatória simples, sistemática, estratificada, por conglomerado e por etapas. Dentre os tipos de amostragem não prbabilística, os mais conhecidos São: Acidentais, Intencionais ou de Selecção Racional. 8.2.2.1 Amostragem Aleatória Simples A amostragem aleatória simples também conhecida por amostragem casual, é o procedimento básico da amostragem científica. Pode-se dizer mesmo que todos os outros procedimentos adoptados para compor amostras constituem variações deste. A amostragem aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento da população um número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual. 24
  • 25. Para que uma amostra seja aleatória, os elementos da população devem ter uma probabilidade igual ou conhecida, distinta de zero, de ser seleccionados para formar parte da amostra. Para cumprir esse princípio, é necessário possuir uma lista completa dos elementos que formam parte da população, de tal maneira que por meio de um método apropriado se possa seleccionar ao acaso aqueles elementos que constituirão a amostra. Os métodos utilizados podem ir desde o uso de simples dados para sorteio até as tabelas de números aleatórios criados cientificamente que aparecem em alguns livros de estatística. 25
  • 26. 8.2.2.1.1 Vantagens da amostra aleatória simples: -requer mínimo conhecimento da população; - é simples de calcular - facilita análise 8.2.2.1.2 Desvantagens: Não garante inclusão de casos minoritários em populações muito grande. 8.2.2.2 Amostra Acidental Amostra acidental é um subconjunto da população formado pelos elementos que se pode obter, porém, sem nenhuma segurança de que constituam uma amostra exaustiva de todos os possíveis subconjuntos do universo. Com base em uma amostra acidental, não é possível generalizar em termos da população, visto que não se pode ter nenhuma certeza de que ela seja representativa do universo a que pertence. Uma amostra acidental pode ser de utilidade em um primeiro contacto com um problema de investigação, quando o pesquisador ainda não tem suficiente clareza sobre as variáveis a considerar. As conclusões a que chegar com uma amostra acidental poderão levá-lo a estabelecer hipóteses susceptíveis serem contrastadas em trabalhos futuros. Na elaboração de itens de questionários, entrevistas ou testes, é conveniente utilizar, antes de sua aplicação definitiva, amostras acidentais para comprovar a validez de linguagem ou de problemas relacionados com os objectivos do instrumento. Exemplos desse tipo de amostra: -Os pacientes que têm sido atendidos em um determinado hospital; 26
  • 27. - Opinião dos líderes sobre a sua comunidade - As crianças disléxicas de um estabelecimento educacional 8.3 COLECTA de DADOS Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas seleccionadas, a fim de se efectuar a colecta dos dados previstos. É tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registo dos dados e de um bom preparo anterior. “O rigoroso controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa é factor fundamental para evitar erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou de informantes tendenciosos”( MARCONI E LAKATOS, 2002:31/32). São vários os procedimentos para a realização da colecta de dados, que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de pesquisa são: •Colecta documental •Observação •Entrevista •Questionário •Formulário •Sociometria •Análise de conteúdo •História de vida e outras •Pesquisa Bibliográfica 27
  • 28. a) Colecta Documental - colecta de dados restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o facto ou fenómeno ocorre, ou depois. Fontes de Documentos: b) Arquivos Públicos (Municipais, Provinciais, Nacionais), que contêm documentos oficiais, publicações parlamentares, documentos jurídicos, e outros. c)Arquivos Particulares (domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou privada) d) Fontes Estatísticos • característica da população( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião, estado civil, renda etc.) • Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos, mortes, doenças, suicídios, emigração, imigração, etc) • Distribuição da população ( habitat rural e urbano, densidade demográfica e outros) • Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc. e) Observação - Técnica que para a obtenção de informações utiliza os sentidos. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos au fenómenos que se deseja estudar. É um elemento básico de investigação de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo e se constitui na técnica fundamental da antropologia 28
  • 29. f) Entrevista - de acordo com Goode e Hatt “consiste no desenvolvimento de precisão, focalizarão, fidedignidade e validade de um certo acto social como a conversação”. É um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um problema social. g) Questionário - é um instrumento de colecta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador; depois de preenchido, o pesquisador devolve-o do mesmo modo. Esta técnica tem suas vantagens e desvantagens como em todas técnicas de colectas de dados. h) Formulário - é um dos instrumentos essenciais para a investigação social cujo sistema de colecta de dados consiste em obter informações directamente do entrevistado. Conforme Nogueira (1968;129) citado por MARCONI e LAKATOS (2002: 112) “é uma lista formal, catálogo ou inventário destinado à colecta de dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as observações ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua orientação”. i) Sociometria - é uma técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais entre indivíduos de um determinado grupo. 2. Análise de Conteúdo - tem como finalidade descrever, sistematicamente, o conteúdo das comunicações 29
  • 30. j) História de Vida - é um técnica de pesquisa social utilizada pelos antropólogos, sociólogos, psicólogos e outros estudiosos, para obter dados relativos à “experiência íntima ”de alguém que tenha significado importante para o conhecimento do objecto em estudo. Por meio dessa técnica, procuram-se captar as reacções espontâneas do entrevistado, em face de certos acontecimentos fundamentais de sua vida. Não existe um instrumento padrão que deve ser aplicado em cada trabalho de pesquisa, a sua utilização depende por um lado dos objectivos que se pretende obter em cada pesquisa e, por outro, da experiência de cada pesquisador. l) Pesquisa Bibliográfica - A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais, como: rádio, gravações em fitas magnética e audiovisuais, filmes e televisão. Finalidade: colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas. 8.4 Elaboração dos dados Após a colecta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos, eles são elaborados e classificados de sistemática. Antes da análise e interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos: 8.1.Codificação É a técnica operacional utilizada para categorizar aos dados que se relacionam a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo ser tabelados e contados. A codificação divide-se em duas partes ; -Classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias; 30
  • 31. - Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles significado. Codificar quer dizer transformar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só a tabulação dos dados, mas também sua comunicação. 8.2. Tabulação Disposição dos dados em tabelas, possibilitando assim maior facilidade na verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los graficamente. Dessa forma, os dados poderão ser melhor compreendidos e interpretados com maior rapidez. Os dados são reunidos de modo que as hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas. 9. Análise e Interpretação dos Dados Uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é análise e interpretação destes, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa. Para Best (1972:152) citado por MARCONI e LAKATOS (2002:34 ) “representa a aplicação lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação”. A importância dos dados está não neles mesmos, mas no facto de proporcionarem respostas às investigações. Análise e interpretação são duas actividades distintas mas estreitamente relacionadas e, como processo, envolvem duas operações importantes que se intendem da seguinte modo: 31
  • 32. 9.1 Análise Na análise o pesquisador entra em mais detalhes sobre os dados decorrentes do trabalho estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações, e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Estas são comprovadas ou refutadas, mediante a análise. 9.2 Interpretação É a actividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objectivos propostos e ao tema. Esclarece não só o significado do material, mas também faz ilações mais amplas dos dados discutidos. Na interpretação dos dados da pesquisa é importante que eles sejam colocados de forma sintética e de maneira clara e acessível. 9.3 Conclusões Última fase da planificação e organização do projecto de pesquisa, que explicita os resultados finais considerados relevantes. As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado. Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado, interpretado; é uma síntese comentada das ideias essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza. Ao se redigirem as conclusões, os problemas que ficaram sem solução serão apontados, a fim de que no futuro possam ser estudados pelo próprio autor ou por outros. 32
  • 33. Em geral, não se restringem a simples conceitos pessoais, mas apresentam inferência sobre os resultados, evidenciando aspectos válidos e aplicáveis a outros fenómenos, indo além dos objectivos imediatos. Uma conclusão pode ser uma repetição de um trecho do relatório que conclua por alguma coisa, pode ser esse mesmo trecho parafraseado ou pode ser a conjunção particular tirada ao longo do texto. Jamais, entretanto, é permitido concluir por algo que, implícita ou explicitamente, não se encontre, por sua vez, no corpo do relatório – texto e/ou ilustrações. Sem a conclusão, o trabalho parece não estar terminado. A introdução e a conclusão de qualquer trabalho científico, via de regra, são as últimas partes a serem redigidas. Para dar às conclusões o destaque que merecem, elas devem figurar, quando em final de capítulo, em item próprio, e em capítulo especial e final quando disserem respeito a todo o conteúdo do relatório. Portanto, pode concluir-se com base: - no problema anunciado ou - nos objectivos da pesquisa ou - nos resultados do estudo 9.4 Recomendações Em se tratando de pesquisa aplicada, devem-se fazer recomendações para que outros interessados possam valer-se das informações ou repetir as experiências e observações. Recomenda-se em função da conclusão a que se tiver chegado , por isso: - diz-se o que foi constatado - elabora-se recomendações com base na constatação - explica-se a finalidade da recomendação. É importante notar que na introdução, no resumo, na conclusão e nas recomendações dispensa-se citações. 33
  • 34. 10. Relatório 11.1 Estrutura de um relatório de pesquisa científica. • Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002; págs. (220- 224) • Redacção e estilo Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002. Pág. 225 Para facilitar o trabalho dos docentes e dos estudantes, o autor monta um guião prático para os trabalhos no processo de Ensino-Aprendizagem e de graduação Guia prática para apresentação de teses, dissertações, trabalhos de graduação5 I. Ordens dos elementos 1. Estrutura Um trabalho de graduação é constituído pelas seguintes grandes partes: a) Pré-Textual b) Texto ou corpo do trabalho 5 AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de graduação. UEM. Maputo , 1994 34
  • 35. c) Post-Textual 2. A parte Pré-Textual é composta pelos seguintes elementos ► capa (opcional) ► Folha de Rosto ► Índice ► Errata se necessário ► Dedicatória ( opcional) ► Resumo 2.1 . Capa A Capa vem antes de rosto e deve conter os seguintes elementos - O título da tese ou do trabalho - Nome do pesquisador - Data da submissão 2.2 Folha de Rosto Evasão da Rapariga no EPC no Posto Administrativo de Anchilo Frederico Passi Tese de Licenciatura .... / Mestrado em ... Submetida à Academia Militar 35
  • 36. Tutorado por Prof. Dr. André Gomes Nampula, Fevereiro 2009 2.3 Índice O índice dá uma visão de todo o conteúdo e estrutura da tese ou trabalho académico. Uma boa tabela de conteúdos ou índice é como um sumário de todo o trabalho. O índice é a lista de todas as componentes da tese ou trabalho académico com indicação do número da página onde se encontram. 2.4 Errata Lista de erros, com as devidas correcções e indicação das páginas e, quando possível das linhas em que os mesmos aparecem. Deve ser impressa numa folha sob o cabeçalho “Errata”. 2.5 Dedicatória Texto geralmente curto, no qual o autor presta homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém. 36
  • 37. 2.6 Resumo O resumo reflecte toda a pesquisa de forma sumária. Ele compõe-se de aspectos com a ordem que se segue: a) Tema b) Objectivo c) Problema d) Métodos utilizados para lidar com o problema Resultados obtidos e) Conclusão alcançada f) Recomendações apresentadas NB.O resumo pode ser apenas em uma página 3. Texto ou Corpo do Trabalho O corpo do trabalho é composto por seguintes partes” ► Introdução ► Problematização ► Justificativa ► Delimitação ► Formulação dos Objectivos ► Formulação de Hipóteses ► Marco Teórico ► Metodologia ► Apresentação análise e Interpretação dos dados ► Conclusão ► Recomendações Elementos Pôs-textuais ► Bibliografia ► Anexos ou apêndices 3.1 Introdução a) definição do assunto; 37
  • 38. b) finalidade / objectivo do trabalho; c) a ordem de abordagem / principais tópicos sob os quais a exposição será feita.. 3.2 Problematização a) clarifica o objecto de estudo b) Manifestação da situação / característica do fenómeno c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que aconteceu d) Colocação do problema rea 3.3 Justificativa a) Experiência vivida em relação ao fenómeno Ex: na minha experiência como docente na Academia Militar pude observar a presença maciça de rapazes em relação à rapariga apesar do esforço desmedido do Governo em promover rapariga no processo de Ensino-Aprendizagem b) Formação do problema que se pretende pesquisar Após a colocação da experiência, o pesquisador coloca a sua inquietação formulando o problema. c) Contribuição do trabalho d) Contribuição em âmbito académico, científico e social ► Delimitação ► Formulação dos Objectivos ► Formulação de Hipóteses 3.4 Marco Teórico ( Revisão Bibliográfica) Pesquisa alguma parte hoje da estaca Zero. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para não duplicação de esforços, a não “descoberta” de factos ou ideia já expressas. 3.5 Metodologia a) tipo de pesquisa 38
  • 39. b) universo c) amostra d) técnicas de colecta de dados e) método de apresentação e análise de dados f) dificuldades encontradas 3.6 Análise e interpretação dos dados As hipóteses e os respectivos indicadores e variáveis devem servir de subtítulos para a análise dos dados. 3.7 Conclusão conclui-se com base: - no problema anunciado ou, - nos objectivos da pesquisa ou - nos resultados do estudo ( confirmação e/ou não confirmação das hipóteses) 3.8 Recomendações - diz o que foi constatado - na base da constatação elabora-se recomendação - explica-se a finalidade das recomendação 3.9 Referências Bibliográficas Na referência bibliográfica não inclui apenas as publicações ou a literatura citada no texto ou que conste nas notas de rodapé, mas também toda aquela que tenha servido de suporte ao trabalho. Existem vários sistemas de referência bibliográfica. É importante que qualquer, sistema escolhido seja mantido em toda a referência bibliográfica A) ESQUEMA Conforme MARCONI e LAKATOS (2002: 239) e AMARAL, Wanda do (1994:63) sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a livros. 39
  • 40. Autor / Título / Subtítulo / Edição / Cidade onde foi publicada / Editora / Ano de publicação / Número de volumes ( indicação de tese ou nota de série). Os elementos devem ser separados apenas por um espaço. FRADA, João José Cúcio. Guia prático para elaboração e apresentação de trabalhos científicos. 2.ed. Lisboa: Edições Cosmos, 1991. 111 p. B) LIVROS Autor: pelo último sobrenome, com excepção dos nomes eapanhoís, que entram pelo penúltimo, e dois sobrenomes. a) ELEMENTOS ESSENCIAIS Título: em negrito, sublinhado ou itálico Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo. Ex: REHFELDT, Gládis Knak. Monografia e tese: guia prático. Porto Alegre: Sulina, 1980 b) ELEMENTOS COMPLEMENTARES O nome do director, tradutor, ilustrador, organizador etc. deve ser acrescentado ao título, quando necessário, e abreviado : dir., trad., ilustr., org., etc. O número da edição: que não a primeira. Indica-se o número da edição seguido de ponto e da abreviatura da palavra edição (ed) no idioma da publicação. Local de publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na publicação. Editora: apenas o nome que identifique, eliminando-se as indicações “editor”, “livraria”, “companhia” etc., desde que dispensável sua identificação. Ano de publicação: 40
  • 41. O número de páginas ou volumes: quando a publicação tem apenas um volume, indica- se o número de páginas ( não obrigatório), seguido da abreviatura “p”. Quando tem mais de um volume, indica-se o número deste, seguido da abreviatura “v”. c) citação do livro com autor espanhol Ex: ALONSO GARCIA, Manuel. Derecho del trabajo. Barcelona: Bosch, 1960 c) citação de livro com dois autores Ex: HENRIQUES, António; MEDEIROS, João Bosco. Monografia no curso de direito. São Paulo: Atlas, 1999. d) citação de livro com três autores Ex: TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISHER, Juliane. Metodologia do trabalho académico. Curriba: Juruá, 1998. e) citação de livro com mais de três autores Ex: SELLTIZ, C. et. al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1965 f) g) citação de livro com o mesmo autor da citação anterior Ex: NÉRICI, Imídeo G. Metodologia do ensino superior. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1967. 41
  • 42. ________________. Educaçào e Metodologia .2.ed. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1973 g) quando uma entidade colectiva assume integral responsabilidade por um trabalho, ela é tratada como autor. Ex: INSTITUITOPANAMERICANO DE GEOGRAFIA E HIST’RIA (Venezuela) Fuentes Documentales para la independência de América. Caracas, 1976.3.v. 3.10 TESES, DISSERTAÇÕES AUTOR: Título: Subtítulo. Ano de apresentação. Número de páginas ou Volumes. Nota relativa a designação da tese, grau, nome da Instituição ou Faculdade, ano em que o grau foi conferido. Ex: SENNE JUNIOR, Murilo. Instrumentação Sísmica para centrais nucleares. 1983. 116 p. Dissertação, Mestrado, Escola de Engenharia da UFMG, 1983. FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique. Lisboa, 1989. 2 vols. Tese, Doutoramento, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, 1992. KUIJER, James Cristian. A Calculational Study on neutron kinetics and thermodynamic of a gaseous core fission reactor. 1992. 148 p. Tese, Ph. D., Delft University of Technology, 1992. 3.11 CONFERÊNCIAS, CONGRESSOS E OUTROS ENCONTROS CIENTÍFICOS 42
  • 43. Nome da Conferência, n.º, ano, local de realização ( cidade). Título... Subtítulo da publicação. Local de publicação ( cidade): Editora, data de publicação. Número de páginas ou volumes. Ex: Congresso Internacional de Hegel, 11 1976, Lisboa. Ideia e matéria: Comunicações ao Congresso de Hgel. Lisboa: Livros Horizonte, 1976. 96 p. Congresso Internacional de Estudos Pessoanos, 1, 1978, Porto Actas ... Porto: Brasília Editora, 1979. 725 p. 3.12 PARTES DE PUBLICAÇÕES AVULSAS6 a) CAPÍTULOS DE LIVRO AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo ou parte (sem grifar). In: AUTOR DO LIVRO. Título: subtítulo do livro. Menção da Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data. Volume, capítulo, páginas inicial-final da parte. Ex: ALPERS, E. A. The Yao in Malawi: the important of local research. In: PACHAL, B. The early history of Malawi. London: Longman, 1972. p. 168-178. 6 MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do (1994:64) sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a capítulos de livros 43
  • 44. b) Quando o autor do capítulo ou parte for o mesmo da obra principal, referencia-se a publicação no todo, dando destaque à parte consultada no final da refer6encia Ex: PERRINS, C. M. Avian ecology. Glasgow: Blackie, 1983 221 p. cap. 2: Social Systems, p. 7-32 c) Quando o autor do capítulo ou parte for não o mesmo da obra principal Ex: ABRAMO, Peseu. Pesquisa em Ciências Sociais. In: HIRANO, Sedi (Org.). Pesquisa Social: projecto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. d) quando a parte ou o capítulo não tem título próprio e é escrita pelo mesmo autor da obra principal Ex: ESDAILE, Arundel. A studente manual of bibliography. 2.ed.London: Allen & Unwin, 1932. Cap. 6A, p. 178-196. e) Partes Isoladas ( páginas) AUTOR DA PUBLICAÇÃO. Título. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data, n.º das páginas sequenciais e isoladas Ex: BIER, O. Bacteriologia e imunologia. 15.ed. São Paulo: Melhoramento, 1970. p. 806-807, 816, 831. 3.13 RABALHOS APRESENTADOS EM CONFERÊNCIAS 44
  • 45. AUTOR DO TRABALHO. Título: Subtítulo. In Nome da conferência, n.º, ano, local de realização. Título da publicação ... Subtítulo. Local da publicação (cidade): Editora, data. Páginas inicial-final do trabalho. Ex: CASTRO, Yeada P. de. Níveis Sociolinguísticos da interacção de influências africanas no português. In Encontro Nacional de Linguística, 3, 1978, Rio de Janeiro. Conferências ... Rio de Janeiro: PUC/RJ, 1978. LEDIC, I.L. et al. Estimativas de parâmetros genéticos. In Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 20, 1983, Pelotas. Anais ... Pelotas: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1983. p. 225 3.14 PARTES DE PUBLICAÇOES PERIÓDICAS: FASCÍCULOS E ARTIGOS. A) FASCÍCULOS Título do Periódico, mês, ano, volume, número. Ex: Cadernos de Psicologia, Out. 1984, Vol. 1, n.º 1. NB A indicação do mês deve ser feita de forma abreviada, na língua de origem do periódico b) ARTIGO DE PUBLICAÇÃO PERIÓDICA AUTOR. Título do Artigo. Título do periódico, mês, ano, n.º volume , n.º fascículo, páginas inicial-final Ex: PARRA, Acúrcio A. H.A.N. O campo de quinherlito de cacuílo (Angola). Garcia de Orta, sér.de Geologia, 1993, vol. 15, n.º. 1e 2, p. 31-36 c) ARTIGO DE JORNAL 45
  • 46. AUTOR. Título do Artigo. Título do Jornal, dia, mês, ano, n.º ou título do caderno , secção ou suplemento, páginas inicial-final. Ex: MASCARENHAS, MRIA das Graças. Sua safra, seu dinheiro. O Estado de São Paulo, 17 Set. 1986. Suplemento Agrícola, p. 14-16 DIS, Adriaan Van. O negar da língua. Demos, 9 nov. 1994. Secção cultural, p. 11. d) EVENTO EM MEIO ELECTRÓNICO Ex: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA da UFPE, 4.ed, 1996, Recife. Anais electrónicos. Recife: UFPE. 1996. Disponível em : < http::// WWW. PROPESP. UFPE.BR./ANAIS/ANAIS.HTM >. Acesso em: 21 há. 1997. Política. In: Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Priberan Informática, 1988. Disponível em: < site: http: //www //333. Priberan. Pt /didlpo>. Acesso me 8 mar. 1999. NB. Não se recomenda referenciar material electrónico de curta duração nas redes. 4. Citações Conforme AMARAL (1994:45) as citações são textos transcritos ou informações retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho. São introduzidas no texto com o propósito de esclarecer ou complementar as ideias do autor. A fonte de onde foi extraída deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se desta forma os direitos do autor. Segundo ele, as citações bibliográficas podem ser livres ou textuais. 46
  • 47. 4.1 Citação Livre É a reprodução de ideias e informações do documento, sem, contudo, se transcrever as própria palavras do autor. Há várias forma de se fazer este tipo de citação: a) quando o nome (s) do (s) autor (es) faz parte integrante do texto, menciona-se a (s) data (s) da (s) publicação (ões) citada (s) , entre parênteses, logo após o nome do autor. Ex: Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização. Borko & Bernick (1962( realizaram também experiências similares mas alargaram o emprego do computador até formulação das categorias. Uma descoberta chave de Zetter et al. (1992) foi que os programas dos ONGs do norte criaram um outro equilíbrio na distribuição de recursos do programa de refugiado b) a indicação da fonte, entre parênteses, pode ser registada no fim da citação, para evitar a interrupção na sequência do texto; Ex: Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos em países como Canadá, Noruega e Finlândia ( Glazer-Brook et al., 1973; Jones., 1981) c) quando se trata de entidades colectivas conhecidas por sigla, deve citar-se o nome por extenso acompanhado da sigla na primeira citação e, a partir daí, usar apenas a sigla; 47
  • 48. Ex: A Tab. 2 confirma os dados apresentados anteriormente ( Instituto Nacional de Investigação Agrária – INIA, 1975 Nas citações seguintes deve usar –se apenas a sigla: INIA ( 1975) ou (INIA, 1975 4.2 Citação Textual É a transcrição literal de textos de outros autores. É reproduzida entre aspas ou destacada tipograficamente, exactamente como consta do original, acompanhada de informações sobre a fonte. a) as citações curtas são inseridas no texto. Ex: Onomasiologia é o “ramo da semântica que parte do sentido e procura identificar o nome ou nomes que lhe estão ligados” ( Ullman, 1967:130) c) as citações longas (mais de três linhas) devem constituir um parágrafo independente, recuado e com espaço de entrelinha menor do que aquele que está a ser utilizado no trabalho; Ex: Quando falamos, estamos sujeitos a muitas limitaçòes que não existem no caso da escrita ; precisamos manter a atenção do interlocutor ; não podemos sobrecarregar a sua memória; não podemos voltar a apagar o que acabamos de dizer . ( Perini, 1980) 4.3 Citação de citação Deve ser feito todo o esforço para se consultar o documento original. No entanto, nem sempre é possível o acesso a certos textos. Nesse caso, pode reproduzir-se informação já citada por outros autores que tenham efectivamente consultado o documento. Para isso deve-se proceder da seguinte forma: 48
  • 49. • no texto, citar o apelido do autor do documento não consultado, seguido das expressões: apoud “citado por”, “conforme” ou “segundo” e o apelido do autor do documento efectivamente consultado. • Em nota de rodapé mencionar os dados do documento original Ex: Marinho7, citado por MARCONI & LAKATOS (1982), apresenta a formulação do problema como uma fase de pesquisa, que, sendo bem definido, simplifica e facilita a maneira de conduzir a investigação. • Na listagem bibliográfica deve incluir-se os dados completos do documento efectivamente consultado. Ex: MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982. • Quando não se usa nota de rodapé, devem incluir-se duas entradas na listagem bibliográfica: - uma relacionando o documento não consultado, seguido da expressão “apoud” ( citado por) e os dados do documento efectivamente consultado - outra entrada relacionado apenas os dados da fonte consultada. Ex: Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980 apoud MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982 7 Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980 49
  • 50. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982. 5. RECOMENDAÇÕES a) Pode citar-se, após a data ou número da referência, a página de onde se transcreveu o trecho. O número de página ou é precedido pela abreviatura de página ou é precedido pelo sinal de dois pontos; Ex: ULLman (1967, p. 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto. Ou ULLman (1967: 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do que qualquer outro livro (Wellard, 1937, p. 98) Ou O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do que qualquer outro livro (Wellard, 1937: 98) b) quando houver coincidência de apelidos de autores, acrescenta-se as iniciais dos seus nomes próprios; Ex: Azevedo, C. ( 1957) Azevedo, M. ( 1957) c) quando se tratar de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em datas diferentes, cita-se o apelido do autor, seguido das datas entre parênteses; para citação de vários trabalhos de um mesmo autor com a mesma data, usam-se letras minúsculas acompanhando a data 50
  • 51. Ex: Lagerloff (1934, 1956 e 1937) encontrou 22.08% de machos afectados dessa hipoplasia. Campbell (1969, 1971, 1972a, 1972b) … d) citação de livros anónimos: de colectâneas sem editor responsável, enciclopédias e dicionários sem editor em destaque; a entrada é pelo título, não sublinhado. e) quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre parênteses; Ex: Machado (s.d.) TRABALHOS ACADÉMICOS Existem vários tipos de trabalhos académicos8. Eis alguns tratados de uma forma breve: Tese de doutoramento – situa-se no fim dos estudos universitários. Vai demonstrar que o estudante traz algo de novo à ciência, com um contributo válido, original, científico. 8 AZAVEDO, Carlos ª Moreira e outros. Metodologia Científica. 3.ed.Porto: C Azavedo, 1996 51
  • 52. Tese de licenciatura ou mestrado – Este trabalho é geralmente uma dissertação que pode ter tido origem num seminário, só que é feito com mais meios de trabalho e de investigação. Este tipo de trabalho científico deve mostrar maturidade científica, apuro técnico e capacidade de utilização das fontes, denotando rigor científico. Trabalho Curricular - para as diferentes disciplinas no decorrer duma licenciatura – deve mostrar, para além do conhecimento da metodologia científica, a apresentação das matérias dadas e a operatividade dos conhecimentos adquiridos. A apresentação física dos trabalhos merece muito cuidado, já que interfere com a qualidade da disposição para a leitura. Os trabalhos devem ser cuidadosamente dactilografados a dois espaços, sem erros. Vele- se pelo aspecto estético de cada página, tornando-a apetecível para a leitura. 52
  • 53. As margens devem ser respeitadas segundo o esquema seguinte: 4 3,5 2 3,5 Margens ( em centímetros) a respeitar quando um trabalho é dactilografado. A página de rosto ou página de título deve conter os seguintes elementos: • Nome da Universidade, faculdade, Instituto ou Academia 53
  • 54. Nome do estudante • Tipo de trabalho • Nome do orientador Ano Quando ao título, é importante ter em conta o seguinte: o título sendo claro, conciso e breve, deve no entanto ser também atraente, suscitando interesse, e descrever o objecto de forma precisa, localizando-o no tempo e no espaço. Se necessário, pode-se utilizar um complemento de título. Exemplo da página de rosto ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL” Titulo do Trabalho Nome do Estudante Trabalho para a Cadeira de Metodologia Científica do Docente ........ 54
  • 55. Nampula 2008 NOTAS DE RODAPÉ9 9 AMARAL, (1994:53) 55
  • 56. 6.1 Finalidade As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequência lógica da leitura. Devem ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto possível do texto, não sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da publicação. 6.2 Há dois tipos de notas de rodapé a) Bibliográficas São utilizadas para indicar fontes bibliográficas que permitem a comprovação ou ampliação de conhecimentos do leitor. Indicam textos relacionados com as afirmações contidas no trabalho, remetendo o leitor a outras partes do mesmo trabalho ou outros trabalhos para comparação de resultados. Nas notas de rodapé podem também ser incluídas a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicação da língua original de citações traduzidas. b) Explicativas Referem-se a comentários, e/ou observações pessoais do autor. Por exemplo, concessão de bolsas e auxílios financeiros para realização da investigação, nomes de instituições, endereços, títulos do autor e outros. São também usadas para indicar dados relativos a comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e originais não consultados, mas citados pelo autor 6.3 Apresentação As notas de rodapé localizam-se na margem inferior da mesma página onde ocorre a chamada numérica no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4 cm e 56
  • 57. dactilografadas em espaços simples e com caracteres menores do que os usados no texto. Usa-se espaço duplo para separar as notas entre si. Ex: _________________________ ¹ MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do (1994:64) sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a capítulos de livros 2 AMARAL, (1994:53) 6.4 Notas bibliográficas As notas de indicação bibliográfica devem conter o apelido do autor, título (opcional), data da publicação e outros dados para localização da parte citada. Ex: _______________________ ¹ MACHADO, 1884. p. 81 ² Dias, 1964. VOL. 2, P. 7 ³ Saraiva 1985, vol3, cap. 2 p. 117-120 57
  • 58. Conclusão O fim do percurso proposto Consciente de todas as prováveis imperfeições neste guia de estudo contudo, espero ter conseguido atingir o que me havia proposto desde o início deste estudo e no decorrer do processo de Ensino-Aprendizagem, proporcionar nos meus estudantes e no leitor um compacto que sirva de um auxílio na compreensão teórico e pragmático na cadeira de Metodologia de Investigação Científica. O guia está elaborado de forma a facilitar o esforço na compreensão e na assimilação dos aspectos que foram abordados no processo de Ensino-Aprendizagem. Na formação dos futuros oficiais para a defesa da Pátria Amada todo o esforço para garantir a qualidade é pouco. Os estudantes e leitores têm uma ferramenta suficiente, prática e global para daí voar por si só. Quer dizer, ensinar a pescar o peixe e não ensinar a comer o peixe pescado. Bibliografia AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de graduação. UEM. Maputo , 1994 AZEVEDO, Carlos A. Moreira e outro. Metodologia Científica. 3ed. Porto: T. Académicos,1996 BELL, Judith. Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa:Gradiva,1997 ECO, Umberto. Como se faz uma tese em ciências humanas. 8ed.Lisboa:Presença,1997 58
  • 59. GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 3ed.SP:Atlas,1991 _ Métodos e técnicas de Pesquisa social 5ed. S.P.: ATLAS, 1999 MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5.ed. SP: Atlas, 2002 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Ciência e conhecimento científico: métodos científicos. Teorias, hipóteses e variáveis. 2.ed. S.P.: Atlas 1991 _ Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.: Atlas, 1992 RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. S.P.: Atlas, 1999 ÍNDICE Introdução -------------------------------------------------------------------------1 1. Procedimentos Didácticos ---------------------------------------------------------------- 3 59
  • 60. 1.1 Leitura -------------------------------------------------------------------------------3 1.1.1 Importância da Leitura ------------------------------------------3 1.1.2 Natureza da Leitura ---------------------------------------------4 1.2 Identificação ------------------------------------------------------------------------5 1.3 Procedimento para uma leitura proveitosa -------------------------------------5 2. Como encaminhar uma pesquisa ---------------------------------------------------------7 2.1 O que é uma pesquisa científica ------------------------------------------------ 7 2.2 Porquê se faz pesquisa ? ---------------------------------------------------------8 2.2.1 Razões de ordem Prática ------------------------------------------8 2.2.2.Razões de ordem Intelectual -------------------------------------9 2.3 qualidades pessoais do pesquisador -------------------------------------------10 2.4 Os elementos de uma pesquisa -------------------------------------------------10 2.5 Roteiro de uma pesquisa --------------------------------------------------------11 3. Tipos / Níveis de Pesquisa ---------------------------------------------------------------12 4. Formulação de um problema de pesquisa ----------------------------------------------14 4.1 Definição do problema ----------------------------------------------------------14 4.2 Como formular um problema ---------------------------------------------------15 4.2.1 Problematização --------------------------------------------------16 4.2.2 Justificativa --------------------------------------------------------16 4.2.3 Delimitação -------------------------------------------------------17 5. Formulação de Objectivos de Pesquisa ----------------------------------------------- 18 5.1 Objectivos Gerais --------------------------------------------------------------- 19 5.2 Objectivos Específicos --------------------------------------------------------- 19 6. Construção de Hipóteses --------------------------------------------------------------- 20 6.1 O que são hipóteses ------------------------------------------------------------ 20 6.2 Requisitos básicos na formulação de hipóteses ---------------------------- 20 7.3 As hipóteses são necessárias em todas as pesquisas ? --------------------- 21 6.4 Tipos de hipóteses -------------------------------------------------------------- 21 60
  • 61. 7. Revisão da Bibliografia ( Marco Teórico ) ------------------------------------------ 23 8. Procedimento ( Desenho) Metodológico --------------------------------------------- 24 8.1 População / Universo ---------------------------------------------------------- 27 8.2 Amostragem --------------------------------------------------------------------- 27 8.3 Colecta de dados ---------------------------------------------------------------- 31 8.4 Elaboração dos dados ---------------------------------------------------------- 35 9. Análise e Interpretação dos dados ----------------------------------------------------- 36 9.1 Análise -------------------------------------------------------------------------- 37 9.2 Interpretação ------------------------------------------------------------------- 37 9.3 Conclusões --------------------------------------------------------------------- 37 9.4 Recomendações --------------------------------------------------------------- 39 Guia prático para apresentação de teses, dissertação, trabalhos de graduação ---------- 40 Referências bibliografia ------------------------------------------------------------------------- 45 Citação ---------------------------------------------------------------------------------------------53 Algumas regras ( recomendações) -------------------------------------------------------------56 Trabalhos académicos ---------------------------------------------------------------------------58 Notas de rodapé ----------------------------------------------------------------------------------62 Conclusão -----------------------------------------------------------------------------------------62 Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------65 GREIA, José 61
  • 62. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ( GUIA PARA O ESTUDO REVISTO E CORRIGIDO ) NAMPULA, 2008 62