O documento discute a anatomia e fisiologia da micção, descrevendo a estrutura e função da bexiga, assoalho pélvico, inervação e controle da micção. Aborda também traumatismos raquimedulares, causas de disfunção vesical e tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos para incontinência urinária.
1. DISCIPLINA DE UROLOGIA
ANATOMA E FISIOLOGIA DA
MICÇÃO
Prof. Dr. Cristiano Silveira Paiva
Urologista da Fundação CECON
Chefe do Serviço de Urologia – UFAM/HUGV
Fellowship em Uro-oncologia – UNIFESP/EPM
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Fellowship em Laparoscopia Urológica – UNIFESP/EPM
11. Inervação
• Funcionamento coordenado por diferentes níveis do SNC
• Perifericamente:
Parassimpáticas Simpáticas Somáticas.
• S2 a S4 • T10 a L2 • Inervação da
• fibras pré- • Plexo hipogástrico musculatura estriada
ganglionares pelo superior (pré-aórtico) do esfíncter uretral
nervo pélvico até os • Nervo hipogástrico • S2-S4
gânglios no plexo • núcleo de ONUF
pélvico. • Nervos pudendos
Nervos aferentes: musculatura detrusora e na lâmina própria.
19. Fisiologia
Bexiga Lugar e
atinge momento
Micção
capacidade socialmente
fisiológica adequados
Perfeita
Integridade
função e
das
coordenação Continência
estruturas e
da bexiga e
vias nervosas
uretra
24. INTRODUÇÃO
• Causas mais freqüentes:
– ferimentos por armas de fogo
– acidentes automobilísticos
– quedas e mergulhos em águas rasas
• Brasil: média de 4500/ano, pacientes do sexo masculino
e <30 anos
• As conseqüências dependem da localização e da
extensão da lesão medular
25. INTRODUÇÃO
• Complicações urológicas:
– infecção urinária de repetição
– refluxo vesico-ureteral
– Litíase
– uretero-hidronefrose
– insuficiência renal
• Objetivo principal do tratamento: preservação da
função renal.
26. DIAGNÓSTICO
• Anamnese
• Exame físico neurológico
• Exames de imagem: raios X, TC e RNM
• Sondagem vesical:presença de hematúria
28. FASE AGUDA – CHOQUE MEDULAR
Atendimento inicial
• Arreflexia por 6-8 semanas
• Comportamento clínico: retenção urinária
• Período independe do nível da lesão
• Cateter de Foley: primeiros dias – hidratação venosa e
controle rigoroso do débito urinário
• Cateterismo intermitente: A cada 4-6hrs-cateter uretral n10
ou 12 Fr - 3/3h
• Internação: cateterismo estéril - germes hospitalares.
29. FASE AGUDA – CHOQUE MEDULAR
Alta Hospitalar
• autocateterismo limpo
• Primeiros três meses: profilaxia antibiótica- metade da dose
terapêutica
• Bacteriúria tratada se sintomática
• Processos infecciosos por sonda de Foley: uretrite, prostatite,
cistite de repetição, além de fístulas, cálculos e estenose da
uretra;
• Cistostomia se necessário
• Retorno dos reflexos - controle esfíncterianoe contratilidade
vesical
30. FASE CRÔNICA
• Identificação de problemas
urológicos pregressos e estado
atual para tratamento
• Rx, US, urografia excretora,
uretrocistografia;
• Estudo urodinâmico: definir o
comportamento vesical
1- Normal
2- Hipocontratilidadevesical
3- Hipercontratilidade sem
dissinergiaesfincteriana
4- Hipercontratilidade com
dissinergiaesfincteriana
31. HIPERRREFLEXIA DETRUSORA
• Contrações involuntárias de causas conhecidas
• Incontinência urinária - coletores externos (condons)
• Pacientes sem sensibilidade na região genital: dispositivos
podem provocar escaras ou dermatite amoniacal
• Coletores auto-adesivos
• Medicações anti-colinérgicas: oxibutinina, tolterodine e
brometo de propantelina;
• Associação com cateterismo intermitente.
32. HIPERRREFLEXIA COM DISSINERGIA
• Lesões cervicais e torácicas
• Incontinência urinária com elevada pressão intravesical e
esvaziamento incompleto da bexiga – LESÃO DO TRATO
SUPERIOR
• TTO inicial: drogas anticolinérgicas + CIL
• Evolução para : infecção urinária, divertículos vesicais e
refluxo vesicoureteral
CD - Drenagem contínua com sonda de Foley
• Disreflexia autonômica( lesão acima de T6) - hipertensão
arterial, bradicardia, sudorese e palidez cutânea.
CD - Esvaziamento vesical
35. ARREFLEXIA DETRUSORA
• Lesões sacrais
• Retenção urinária ou incontinência urinária por
transbordamento
• A manutenção da atividade esfincteriana basal: fator
obstrutivo crônico
• TTO: CIL
36. TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Esfincterotomia via transuretral
• Injeção intravesical de toxina
botulínica
• Ampliação vesical com íleo +
conduto cateterisável
• Técnicas de denervação (rizotomia)
37. DISFUNÇÃO SEXUAL
• Ereção pode ser ausente ou ter duração curta e reflexa
• Dissociada do desejo sexual
• Incapacidade de ejaculação
• Tratamento inicial: sildenafilVO
• Injeções intracavernosas de prostaglandinas associadas à
papaverina e fentolamina
• Bombas à vácuo
• Próteses peninanas
• Vibroejaculação ou eletrocoagulação com fertilização
assistida: procriação
38. OUTRAS CAUSAS DE BEXIGA
HIPERATIVA
• Doença de Parkinson
• Esclerose múltipla
• Diabetes Melito
• AVC
• Paralisia cerebral
• Mielomeningocele
43. Incontinênciaparar de crescer...
Se vc não quiser Urinária
...Tome Decisões.
Sun Tsú (A Arte da Guerra).
• Mulher – instabilidade perineal (parto normal, histerectomia)
•Homen – HPB, PO prostatectomia radical
Fonte: Urol Fundamental, 2010