2. A Unificação Alemã
• No final do século XIX,
Itália e Alemanha, regiões
européias politicamente
fragmentadas em reinos e
principados, obtiveram a
centralização do poder
político com a
consequente formação
das suas monarquias
nacionais.
3. A Unificação Alemã
• A liderança no processo
unificador coube, em
ambos os casos, a
forças liberais-
capitalistas de
Piemonte-Sardenha e
Prússia,
respectivamente.
4. A Unificação Alemã
• Em meados do século
passado, a Alemanha
não passava de um
punhado de Estados
independentes (38 no
total), reunidos sob a
denominação de
Confederação
Germânica.
5. A Unificação Alemã
• O mais poderoso deles
era a Áustria
(absolutista e de
economia agrária), mas
que começava a sofrer a
concorrência da Prússia
(dinâmica economia
comercial e industrial).
6. A Unificação Alemã
• Esta desejava unificar
politicamente a
Alemanha com o
objetivo de integrar e
fortalecer o mercado
consumidor interno de
gêneros
manufaturados, o que a
beneficiaria do ponto
de vista econômico e
político.
7. A Unificação Alemã
• O Zollverein, união
aduaneira dos Estados
alemães instituída em
1834, foi o primeiro passo
no sentido da unificação,
na medida em que
propiciou considerável
desenvolvimento
econômico da Prússia,
acentuando, ainda mais, a
rivalidade da Áustria que
havia ficado de fora.
8. A Unificação Alemã
• Em 1848, animados pelos
movimentos liberais-
nacionalistas que ocorriam em
diversas partes da Europa
(sobretudo na França), os
nacionalistas alemães também
se manifestaram: insurreições
populares derrubaram o
governo do então Primeiro-
Ministro, Matternich,
conservador ligado ao
absolutismo, e incitaram lutas
nacionalistas contra o domínio
austríaco (tchecos, húngaros,
italianos, croatas).
9. A Unificação Alemã
• A reação austríaca foi,
no entanto, eficaz e
sufocou tais
movimentos.
• Na Prússia, porém, a
revolução triunfou e foi
instituída uma
monarquia parlamentar.
10. A Unificação Alemã
• A supremacia austríaca
sobre a Confederação
entrou em colapso
quando Otto von
Bismarck tornou-se
Primeiro-Ministro da
Prússia (1862).
11. A Unificação Alemã
• Membro da aristocracia
alemã e também
favorável a uma
monarquia centralizada,
Bismarck realizou uma
política de aliança dos
junkers (grandes
proprietários e
aristocratas) com a alta
burguesia,
12. A Unificação Alemã
• Chanceler de Ferro
• Apostando sempre
numa política de força
(dita de Sangue e
Ferro), moldando assim
o novo Estado alemão
dentro da blindagem do
antigo sistema
autoritário prussiano.
13. A Unificação Alemã
• "Os problemas de hoje
não se decidem com
discurso, nem tampouco
com o voto das
maiorias. Esse foi o
grande erro de 1848 e
1849. Decidem-se com
ferro e sangue".
14. A Unificação Alemã
• Presidiu o Congresso de Berlim
de 1878
• Moldou uma aliança com a
Áustria-Hungria
• instituiu um sistema de
previdência social apoio de
amplos setores operários.
• Criou um complexo sistema
de alianças, destinado a
conseguir o isolamento
internacional da França e a
realçar o papel da Alemanha.
• Morreu em Friedrichsruh,
perto de Hamburgo, em 30 de
julho de 1898.
15. A Unificação Alemã
• "Existem filósofos
alemães? Existem
escritores alemães?
Existem bons livros
alemães? Fazem-me esta
pergunta no estrangeiro.
Ruborizo-me! mas com
toda a delicadeza que sou
capaz nestas situações
delicadas, eu respondo:
- Sim! Bismarck!"
• F. Nietzsche -
Götzendämmerung, 1888
16. Otto Von Bismarck Richard Wagner e
Nietzsche: um encontro histórico?
17. A Unificação Alemã
• A ele deve-se atribuir o
sucesso da luta unificadora
alemã:
• investiu na reorganização e
modernização do exército
de seu país, constatando
que somente a vitória
militar poderia neutralizar a
resistência austríaca à
centralização política.
• Em pouco tempo, o exército
da Prússia tornou-se um
dos mais poderosos da
Europa.
18. A Unificação Alemã
• A primeira
oportunidade que
Bismarck teve para
testar seu poderio
militar ocorreu em
1864, na Guerra dos
Ducados contra a
Dinamarca.
19. A Unificação Alemã
• Esta recebera, por
decisão do Congresso de
Viena, duas regiões de
população
majoritariamente alemã -
Holstein e Schleswig - que
a Prússia decidiu
incorporar.
• Bismarck invadiu os
ducados, recebeu o apoio
da Áustria, e, em pouco
tempo, venceu a guerra.
20. A Unificação Alemã
• As divergências acerca
da partilha dos
territórios anexados
entre Prússia e Áustria
motivaram um conflito
entre ambas que
eclodiu em 1866.
21. A Unificação Alemã
• Mais uma vez, Bismarck
tinha a oportunidade de
experimentar sua força
militar.
• A guerra Austro-
Prussiana, também
conhecida como Guerra
das Sete Semanas, foi
vencida com facilidade
pelo exército prussiano,
que impôs uma derrota
humilhante aos
austríacos.
22. A Unificação Alemã
• Após esse conflito,
nasceu a Confederação
Germânica do Norte ,
conjunto de Estados
que se uniram sob a
liderança da Prússia.
• Trata-se do embrião do
futuro Estado alemão.
As conseqüências da Guerra Austro-prussiana: a
Prússia (azul escuro) e seus aliados (azul) contra a
Áustria (vermelho) e seus aliados (rosa); membros
neutros da Confederação Germânica estão em verde;
os ganhos territoriais prussianos após o conflito estão
em azul claro.
23. A Unificação Alemã
• Outro obstáculo à tarefa
centralizadora de Bismarck
era a resistência de
Napoleão III que temia que
a unificação alemã fizesse
com que aquele país
despontasse como potência
européia, rompendo o
equilíbrio de poder no
continente.
• Vencer militarmente a
França era condição
essencial para a unificação
alemã.
24. A Unificação Alemã
• Dessa forma, Bismarck,
forjou uma situação que
levou o imperador
francês a declarar
guerra à Prússia.
• Em 1869, o trono
espanhol ficou vago,
cabendo a coroa a um
primo do kaiser
Guilherme I, rei da
Prússia.
25. A Unificação Alemã
• Napoleão vetou a
indicação do nome de
Leopoldo Hohenzollern
para a sucessão
espanhola, acusando a
Prússia de estar
tentando cercar a
França.
26. A Unificação Alemã
• Para precipitar um
conflito entre França e
Prússia, Bismarck
alterou o texto de um
despacho de Guilherme
I ao embaixador
francês.
Emser Depesche
27. Despacho de Ems
• O despacho de Ems (em
alemão Emser Depesche) é
um documento histórico.
• Foi o telegrama que relatava
o encontro, em 13 de Julho
de 1870 entre o Rei da
Prússia Guilherme I e o
embaixador da França na
Prússia em Bad Ems no rio
Lahn, perto de Koblenz, na
altura pertencente à
Prússia.
28. Despacho de Ems
• Este telegrama foi
encurtado por Bismark, de
forma tal que o tornava
uma afronta aos franceses,
provocando a declaração de
Guerra da França à Prússia
em 19 de Julho de 1870,
como desejado por Bismark
para concluir a unificação
de seu país.
• Esse evento é denominado
de "a maior falsificação da
História“
29. A Unificação Alemã
• Tomado como insulto à
França, foi a causa
imediata da declaração
de guerra de Napoleão
III.
30. A Unificação Alemã
• A Prússia, mais uma
vez, venceu facilmente
o conflito com a França
e impôs-lhe uma
derrota humilhante:
• Batalha de Sedan
31. A Unificação Alemã
• Os franceses tiveram que
assistir à conclusão da
unificação da Alemanha,
com a coroação do kaiser
Guilherme I, em seu
próprio país.
• Guilherme foi coroado
imperador da Alemanha
na Sala dos Espelhos do
Palácio de Versalhes,
fundando assim o
Segundo Reich Alemão.
32.
33. A Unificação Alemã
• Tratado de Frankfurt
• A França teve que:
• pagar uma enorme
indenização
• entregar os ricos
territórios da Alsácia e
da Lorena aos alemães
34. A Unificação Alemã
• Dentre as
conseqüências da
unificação política
alemã, destaca-se o
rompimento do
equilíbrio europeu,
passando a Alemanha a
figurar enquanto
potência econômica e
política.
35. A Unificação Alemã
• Ao mesmo tempo, nota-
se a emergência de um
forte sentimento
revanchista entre os
franceses, devido à
humilhante derrota na
guerra Franco-Prussiana,
um dos elementos que,
em 1914, faria eclodir a
Primeira Guerra Mundial.
36. A Comuna de Paris
• A Comuna de Paris foi o
primeiro governo
operário da
história, fundado em
1871 na capital francesa
por ocasião da
resistência popular ante
a invasão alemã.
37. A Comuna de Paris
• A Comuna de Paris - veio no
bojo da insurreição popular
de 18 de março de 1871.
• Durante a guerra franco-
prussiana, as províncias
francesas elegeram para a
Assembléia Nacional uma
maioria de deputados
monarquistas francamente
favorável à capitulação ante
a Prússia.
• A população de Paris, no
entanto, opunha-se a essa
política.
38. A Comuna de Paris
• Thiers, elevado à chefia do
Gabinete conservador, tentou
esmagar os insurretos.
• Estes, porém, com o apoio da
Guarda Nacional, derrotaram
as forças legalistas, obrigando
os membros do governo a
abandonar precipitadamente a
capital francesa, onde o
comitê central da Guarda
Nacional passou a exercer sua
autoridade.
39. A Comuna de Paris
• A Comuna de Paris -
considerada a primeira
República Proletária da
história - adotou uma
política de caráter
socialista, baseada nos
princípios da Primeira
Internacional.
40. A Comuna de Paris
• O governo durou
oficialmente de 26 de
março a 28 de maio,
enfrentando não só o
invasor alemão como
também tropas francesas,
pois a Comuna era um
movimento de revolta ante
o armistício assinado pelo
governo nacional
(transferido para Versalhes)
após a derrota na Guerra
Franco-Prussiana.
41. A Comuna de Paris
• O poder comunal
manteve-se durante
cerca de quarenta dias.
Seu esmagamento
revestiu-se de extrema
crueldade.
• Mais de 20 000
communards foram
executados pelas forças
de Thiers.
42. A Comuna de Paris
• Os alemães tiveram
ainda que libertar
militares franceses
feitos prisioneiros de
guerra, para auxiliar na
tomada de Paris.
43. A Comuna de Paris
• A experiência da Comuna durou
pouco.
• As tropas que lutaram contra a
Prússia retornaram à sede do
governo e a reação foi organizada.
• Os prussianos acabaram por
colaborar com o exército francês na
repressão aos rebeldes.
• As forças do governo invadiram Paris
e encontraram desesperada
resistência popular.
• Em maio de 1871, a Comuna havia
sido vencida deixando um saldo de
20 mil rebeldes mortos durante os
combates ou executados e 70 mil
exilados e deportados.