Este documento discute as diferenças entre o mundo rural e o mundo urbano e como isso afeta a pastoral urbana. Apresenta características do mundo urbano como pluralismo, solidão, ênfase no consumo e descartabilidade. Argumenta que a igreja precisa responder aos desafios do mundo urbano oferecendo comunidades de fé e pequenos grupos onde as pessoas possam se conhecer.
2. PASTORAL URBANA
OLHAR SOBRE A CIDADE
• Gênesis 11,1-9 • Atos 2,1-11
Torre de Babel Pentecostes
Todos falavam uma única - Jerusalém -
língua e ninguém se Cada um falava a sua
entendiam língua e se entendiam
EGOÍSMO AMOR
NEGATIVO POSITIVO
IMAGEM RURAL IMAGEM URBANA
ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO
APOCALIPSE 21, 1-27 – NOVA CIDADE (NOVA JERUSALÉM)
4. PASTORAL URBANA
I – CONCEITO DE URBANO
• É a cultura das pessoas
• É visão – mentalidade - comportamentos
• É o jeito de ser, vestir, valores, normas
• É o modo de vida, linguagem, costumes
• Influenciados pela TV – Internet –
Migrações
• Não tem limites – se espalha em tribos
• É plural – democrático - liberdade
5. PASTORAL URBANA
• Conceito de Cidade
• É geográfico – Espaço
• É territorial
• Limite muito preciso
• Até o rio de cá e até o rio de lá
• Dividida em território – bairros - ruas
• Tem limites
6. PASTORAL URBANA
• Pastoral Urbana não é Pastoral da Cidade
• Não é conceito geográfico, ultrapassa os limites
• Responder às novas mentalidades
• Na cidade existe pessoas que pensa com
mentalidade rural – encontramos grupos,
linguagem, notícias
• Não deve ser objeto de mais uma
“pastoral”, mas é preciso fazer a animação
bíblica de toda a pastoral.
8. PASTORAL URBANA
A – URBANO MOSAÍCO
• Formado por diferentes realidades
(peças): índio, negro, branco, ricos,
pobres, linguagem, culturas, costumes,
tribos, povos, locais; caminhando juntos –
lado a lado.
• Aglomera = Segrega
• Cada um no seu “pedaço” – jeito de ser
9. PASTORAL URBANA
B – PLURALISMO CULTURAL E RELIGIOSO
• Muitas línguas dentro da mesma língua (cada
região, tribo) tem seu modo, costumes,
linguagem
• Infinidades de religiões, espíritas, maçons,
candomblés, budistas, sheisho-no-ie,
islamismo, hindus, umbanda, xintoísta
• Nascemos tropeçando em gente diferente –
ninguém liga como está vestido: mundo
urbano é plural; rural todos ficam olhando
• Espaço para todas as pessoas.
• As Leis do Mercado ($$$) encarrega de
separar/segregar/excluir: ricos e pobres
10. PASTORAL URBANA
C – POLIFÔNICO E POLICÊNTRICO
• Linguagem / palavra (gestos e palavras diversas)
com muitos significados. Ex.: FICAR
• Ao sair do seu “pedaço” tem que ter cuidado no
que fala.
• Vem de Pólys = Muitos;
Kêntros = Centros.
Corresponde ao um
centro onde tem de tudo:
shopping, feiras,
11. PASTORAL URBANA
D – MULTIDÃO SOLITÁRIA
• Se juntam, ocupam espaços, mas não se
conhece, não se falam, nem cruzam olhares
• Melhor lugar para se esconder é no meio da
multidão
• Solidão = Multidão
• Ninguém se interessa pelos
outros – fone no ouvido...
• Ninguém é conhecido pelo
nome e sim pela profissão,
pelo que faz e pelo que tem.
12. PASTORAL URBANA
E – ESPETÁCULOS
• A mídia traz uma avalanche de espetáculos
• Banaliza a violência – passa a ser normal
• Espetaculariza determinado fatos de forma
sensacionalista
• Acaba não esclarecendo – desvia do foco, da
raiz do problema
• Não forma opinião
• O espectador fica
perdido: de si, do mundo
13. PASTORAL URBANA
F – SERES ATOMIZADOS
• Cada pessoa é um átomo. Gira em torno de si
próprio que se movem para conseguirem a
realização dos seus auto-interesses
• Imersos em suas próprias angústias.
• Que estão em constante competição: é preciso
tirar a melhor nota, é preciso ser melhor que
todos, é preciso comprar aquilo, é preciso ouvir
aquilo…
• Cada um quer ser o centro,
ninguém quer sair de si para
ir ao encontro do outro
14. PASTORAL URBANA
G - MCS – FALTA DE COMUNICAÇÃO
• Aumento dos meios (telefone – tv –
computadores – internet...)
• Comunica com o mundo inteiro – Mundo Virtual
• Mas não consegue dar um bom dia, olhar para o
outro – pessoa que está ao lado – vizinho
• Amizades distantes – isolados com os próximos
15. PASTORAL URBANA
H – DESCARTÁVEL
• Tudo é descartável
• Amizade efemera – laços são descartáveis
(namorado, marido, mulher, amizade) = (tênis,
celular – computador)
• Coisas e Pessoas descartáveis – tudo tem
prazo de validade
• Compra algo e chega e casa já vira lixo
(propaganda, marketing, publicidade)
• Ponha a mão nela = pendeu o encanto
• Quem diz o que é bom para você não é você, é
a mídia = INTOXICAÇÃO DE DESEJOS
• Nosso = Meu – Eu (cada um tem o seu / isola)
16. PASTORAL URBANA
I – MERCADO É REI
• É o senhor de nossa vida
• Ele que diz como viver, o que usar – toma conta
da nossa vida (campo / cidade)
• Quanto mais objetos a pessoa tem = Mais vazio
interior a pessoa fica
• Vai incorporando inconscientemente o mercado
• Não faz pensar o que é necessário = leva as
pessoas a acreditar o que é bom é o
descartável, o supérfluo
17. PASTORAL URBANA
J – CRIA GUETOS – TRIBOS URBANAS
• A sociedade vai se formando em grupos que se
reúnem
• Tribos das drogas, tráficos, assaltantes, ataca
homossexuais, ataca nordestinos, grupos
armando = ideologias para se defender
• Tribos do bem – comunidades solidárias
18. PASTORAL URBANA
• O mundo rural não volta mais – aquele que se
eu não for, não visitar o vizinho vai falar;
• O mundo urbano as pessoas só visitam por
necessidades – elas fazem escolhas (para
melhor ou pior) – te levam a becos sem saídas,
a caminhos mais largos
• Papel da igreja – ajudar a tirar dos becos sem
saídas, a saída é o Evangelho, os grupos de
solidariedade
• Ajudar a escolher caminhos – caminhos
solidários
19. PASTORAL URBANA
• No mundo urbano tem os pontos positivos e
negativos = como superar e perceber / desafios
• Como podemos semear a Palavra de Deus
• Jesus Cristo não é uma boa notícia para a
maioria que vive na cidade
• Como Jesus Cristo possa ser uma boa noticia
na favela, prédio, conjunto habitacional, no
presídio, na igreja
• No mundo urbano a boa notícia é o Mercado – o
Shopping – a Griffe – as Baladas
21. MUNDO RURAL X MUNDO URBANO
1. ESTÁTICA – 2. DINÂMICA –
FECHADA ABERTA – LIVRE
Não está aberta à Está sempre em
novidade mudança
Herda dos avós, Aquilo que é bom
parentes os costumes, É e meu...
mentalidades, medos
22. PASTORAL URBANA
2. TEMPO É O DA 2. TEMPO É O DA
NATUREZA MÁQUINA - RELÓGIO
Plantar, Colher Carro,Ônibus, Metrô,
Sol, Lua, São José Avião, Trem
Conversa – Sentar – Fábrica – Empresa
Esperar - Tranqüilo Semáforo
Vão, mas não quer saber
quem está a seu lado
Tempo é dinheiro
Lanche rápido – fast-food
(comer em pé)
23. PASTORAL URBANA
3. PREVALECE OS 3. PREVALECE OS
LAÇOS PRIMÁRIOS LAÇOS
Pai – Mãe – Irmão SECUNDÁRIOS – ATÉ
Família VIRTUAIS
Visitar nos finais de Une pessoas que não
semana os parentes são de sangue
Associações, time,
profissionais, namoros,
grupos de jovens
24. PASTORAL URBANA
4. NASCEM 4. NASCEM NUAS
REVESTIDAS Não te proteção. Abre o
Protegidas – Coronel, seu caminho na selva de
Padrinho que vai ajudar pedra. São expostas,
se precisar nuas, promiscuidade
Se proteje em certas (positiva ou negativa)
certezas. Escolhe o padre Menos dependentes
que é amigo da família. Cria jovens que nunca
São mais ingênuas, foram adolescentes
facilmente é derrubada Ser mais rica, mais forte
numa intempérie
25. PASTORAL URBANA
5. IMPORTÂNCIA DO 5. IMPORTÂNCIA DA
NOME PROFISSÃO – FUNÇÃO,
Família com certas CARGO, CATEGORIA
posições sociais, Ninguém conhece
políticas ninguém pelo nome
Você é da familia O valor é dado pelo que
Teixeira, Gomes, etc. tem, pelo que faz, pelo
Conhece o avó, bisavó que consomem, pelo que
Referência Ser Pessoa veste = TER + PODER
26. PASTORAL URBANA
6. BERÇO 6. $ - DINHEIRO
Nasce com sangue azul Posses que a pessoa
É pelo berço tem, pelo que produz,
pelo que consome.
Honra – honestidade –
pela palavra
A igreja precisa retomar a história das pessoas.
Importância de Pequenos Grupos de Fé,
Pequenas Comunidades, Círculos Bíblicos
Igreja Pessoa – onde todos conhecem pelo
nome
27. PASTORAL URBANA
7. MATERIALIDADE 7. O VÉU DA
DA VIDA ENCOBERTO MATERIALIDADE SE
COM VÉU SAGRADO RASGA
Os filhos são criaturas Tudo é comprado
de Deus (alimentos, vestuários,
A natureza, frutas, etc)
cereais, verduras, Visitar parente tem preço
animais são criados por Deus não dá nada – tem
Deus que ter emprego para ter
dinheiro
28. PASTORAL URBANA
8. DEUS 8. DEUS SILENCIOSO
PROVIDENCIA Deus recolhem silencia,
Deus vai dar... não provê nada
Graças a Deus... Não cura o filho...
Vamos pedir a Deus... Não dá emprego...
Vamos pedir a Nossa Não dá salário...
Senhora ou ao Santo.... Tudo custa dinheiro..
Tem que buscar,
trabalhar...
29. PASTORAL URBANA
9. LIBERDADE E 9. LIBERDADE
VIGIADA AMBÍGUA
Pressão social sobre Deixa de ser vigiada
você / sujeito Se vou na igreja é
Medo do que o vizinho porque eu quero, gosto
vai falar, que a familia, a Não se consegue
comunidade vai dizer. dominar
Se reúne, participa de Liberdade que pode
tal evento só para as levar a becos sem
pessoas não falar mal saídas
31. PASTORAL URBANA
1. A IGREJA 1. SE ABRE
CATÓLICA ERA INÚMEROS
SUPERMERCADO “BUTECOS” QUE
Lazer – Religião – VENDEM AS
Cultural – Educação MESMAS
MERCADORIAS
Igreja é o Centro
Abre várias alternativas
2. RELIGIÃO É 2. RELIGIÃO É
TRADIÇÃO, HERANÇA ESCOLHA - OPÇÃO
32. PASTORAL URBANA
3. RELIGIÃO É COISA 3. É COISA
DE FAMÍLIA INDIVIDUAL
FAMÍLIA COM VÁRIAS
OPÇÕES
4. FIÉIS – LIGADO A 4. CONSUMIDORES
UMA CAPELA, GRUPO – PAGA / ESCOLHE
- FIDELIDIDADE VAI NA IGREJA
PORQUE O PADRE É
BOM, A MISSA É
MAIS BONITA, ETC
33. PASTORAL URBANA
5. VÍNCULO FORTE 5. VÍNCULO POR
DA INSTITUIÇÃO – É INTERESSES
PARA VIDA TODA IMEDIATOS
(PESSOAL, FÍSICO,
EMOCIONAL)
BOM – BONITO –
ANIMADA –
A fé sem
religião – eu me
entendo com Deus
Pega seu carro e vai onde quer - necessidades
34. PASTORAL URBANA
6. UNIFORMIDADE 6. PLURALIDADE DE
DE DOUTRINA EVENTOS
Todos anos são as Cheios de
mesas coisas, os oportunidades. Um
mesmo eventos. Não dia tem 3 eventos ao
há surpresa – mesmo tempo.
programações sem Escolhe o que quer e
muitas mudanças onde quer ir
35. PASTORAL URBANA
7. NASCI E VOU 7. TRANSITO
MORRE CATÓLICA RELIGIOSO –
CATÓLICO DIVERSAS
OPORTUNIDADE
RELIGIÃO DE
BRINCOLACAGEM
Vai passando por
todas e vai pegando
alguma coisa.
Self-service (faz o
prato conforme o
gosto)
36. PASTORAL URBANA
8. ESTRUTURA 8. DESCONHECE OS
ECLESIAL LIMITADA LIMITES – NÃO SABE
GEOGRÁFICA ONDE COMEÇA E
CANONICAMENTE ONDE ACABA
DOUTRINAMENTE MORA NUM LUGAR
TRABALHA NOUTRO
ÉPOCA MEDIEVAL VISITAS/LAZER EM
OUTRO
ONDE BUSCAR O
SACRAMENTOS?
37. PASTORAL URBANA
• GRANDES DESAFIOS – PAULO
• GRANDES AEROPAGOS
• ATOS 17 – VÁRIOS ALTARES – CADA
UM COM SEUS DEUSES – UM ALTAR
VAZIO (DEUS DESCONHECIDO)
• DEUS CONTINUA HOJE
DESCONHECIDO – SOCIEDADE COM
SEDE DE DEUS (ONDE MOSTRAR A
FONTE) – CAMINHA CONOSCO
• O MUNDO PÓS MODERNO VENDE
ILUSÕES - PASSAGEIRA
39. PASTORAL URBANA
LER
• DEUTERONÔMIO 26,5-10 (CREDO)
• ÊXODO 3,7-10
VI (AFLIÇÃO/MISÉRIA)
OUVI (CLAMOR)
CONHEÇO (SOFRIMENTO)
DESCI (LIBERTAR)
DEUS AMA A TODOS – ELE TEM UM CARINHO
ESPECIAL COM AQUELES QUE SÃO VÍTIMAS
(ORFÃO/VIPUVAS/POBRES/ESTRANGEIROS)
QUAIS SÃO OS MAIS DEBILITADOS HOJE?
40. PASTORAL URBANA
QUAIS SÃO OS ROSTOS QUE ESTÃO
MACHUCADOS – ONDE DEVO GASTAR
NOSSAS ENERGIAS
COM QUEM DEVO PERDER MEU TEMPO
• LEIGOS NÃO SÃO RECONHECIDOS
• ASSOCIAÇÕES E ÓRGÃOS QUE
QUEREM FAZER PARCERIAS COM
IGREJA
• DROGAS, ALCOOLISMO
• SOLIDÃO DE JOVENS ....
41. PASTORAL URBANA
PRECISA TIRAR UM RETRATO DOS ROSTOS
QUE PRECISA DE ATENÇÃO
VÊ – OUVIR – CONHECER – LIBERTAR
MAIS DIFÍCIL É DESCER (LIBERTAR)
COMO DESCER NOS CORAÇÕES DESTAS
PESSOAS?
NINIVE – SODOMA – GOMORRA
DES FAZ OPÇÃO CLARA POR QUE SÃO
VÍTIMAS. SALVAÇÃO DE TODOS
42. PASTORAL URBANA
• CUIDADO COM O FÃ CLUBE –
ATRAPALHAM OS QUE QUEREM
FAZER ALGO CONCRETO
• PRÁTICA DE JESUS
• LUCAS 11,1-4 (MONTANHA) – ORAÇÃO
• MATEUS 9,35-38 (POVOADOS /
SINAGOGAS/CIDADES) EM BUSCA DAS
OVELHAS ABATIDAS/CANSADAS –
LEVANDO A BOA NOTÍCIA
43. PASTORAL URBANA
• HOJE QUEM SÃO ESTA MULTIDÃO
CANSADA E ABATIDA?
• CANSADAS DE TANTAS PROMESSAS,
IMPOSTOS, CARGA DE TRABALHO
• COMPAIXÃO – SITUAÇÕES DE DESESPERO
• ATÉ AQUI EU VIM – DAQUI PARA FRENTE É
CONTIGO (DEUS)
• NÃO É DAR COISA = DAR-SE
• NÃO TENHO NADA PARA TE DAR, MAS
ESTOU A TEU LADO – ASSUMIR A CAUSA
DO OUTRO
44. PASTORAL URBANA
• JOÃO 13—17
• EVANGELHO DENTRO DO
EVANGELHO – TESTAMENTO
ESPIRITUAL DE JESUS
• CORAÇÃO MATERNO DE JESUS
• CASA (TODOS CONHECE) / MESA (SE
COME-SABOROSA)
• CULTURA MODERNA – LANCHE
RÁPIDO – FAST-FOOD; COMER EM PÉ
• SE FOR ÍNTIMA LEVAMOS PARA
COZINHA E NÃO FOR FICA NA SALA
45. PASTORAL URBANA
• CASA / MESA = ALTAR/EUCARISTIA
• TOMAR E COMER = CORPO
• TOMAR E BEBER = SANGUE
• MONTANHA – ORAÇÃO / ESPIRITUAL
• CASA/MESA – EUCARISTIA /
COMUNITÁRIA
• SOLIDARIEDADE – AÇÃO / SOCIAL
NÃO SÃO TRÊS PRÁTICAS
MAIS UMA PRÁTICA COM 3 DIMENSÕES
46. PASTORAL URBANA
HOJE SE TEM PRÁTICAS SEPARADAS
• TEM GRUPOS QUE SÓ VIVE NA
MONTANHA – SÓ REZA (TURMA DO
LOUVOR)
• OUTROS SÓ NA SALÃO/IGREJA (FÃ
CLUBE DO PADRE) – VIVE BRIGANDO
DENTRO DA IGREJA (DONOS DA
IGREJA)
• E TEM AQUELES QUE VIVEM NAS
RUAS – NAS LUTAS SOCIAIS
47. PASTORAL URBANA
• PAULO
• TRANSIÇÃO DO CAMPO = CIDADE
• INSTRUIR O EVANGELHO NAS
CIDADES
• OS PRIMEIROS CRISTÃOS URBANOS
• PEQUENAS COMUNIDADE (GRUPOS)
NAS CASAS DE CRISTÃOS
• CRIAR GRUPOS QUE SE ENCONTRAM
ENTRE SI – PARTILHAR O PÃO
48. V
DOCUMENTO DE
APARECIDA E PASTORAL
URBANA
n.º 517-518
49. 517. Reconhecendo e agradecendo o trabalho
renovador que já se realiza em muitos centros
urbanos, a V Conferência propõe e recomenda
uma nova pastoral urbana que:
a) Responda aos grandes desafios da crescente
urbanização.
b) Seja capaz de atender às variadas e complexas
categorias sociais, econômicas, políticas e
culturais: pobres, classe média e elites.
c) Desenvolva uma espiritualidade da gratidão, da
misericórdia, da solidariedade fraterna, atitudes
próprias de quem ama desinteressadamente e
sem pedir recompensa.
50. d) Abra-se a novas experiências, estilos e
linguagens que possam encarnar o Evangelho
na cidade.
e) Transforme as paróquias cada vez mais em
comunidades de comunidades.
f) Aposte mais intensamente na experiência de
comunidades ambientais, integradas em nível
supra-paroquial e diocesano.
g) Integre os elementos próprios da vida cristã: a
Palavra, a Liturgia, a comunhão fraterna e o
serviço, especialmente aos que sofrem pobreza
econômica e novas formas de pobreza.
51. h) Difunda a Palavra de Deus, anuncie-a com
alegria e ousadia e realize a formação dos leigos
de tal modo que possam responder as grandes
perguntas e aspirações de hoje e se inseriram nos
diferentes ambientes, estruturas e centros de
decisão da vida urbana.
i) Fomente a pastoral da acolhida aos que chegam
à cidade e aos que já vivem nela, passando de um
passivo esperar a um ativo buscar e chegar aos
que estão longe com novas estratégias tais como
visitas às casas, o uso dos novos meios de
comunicação social e a constante proximidade ao
que constitui para cada pessoa a sua
cotidianidade.
52. j) Ofereça atenção especial ao mundo do
sofrimento urbano, isto é, que cuide dos caídos
ao longo do caminho e aos que se encontram
nos hospitais, encarcerados, excluídos,
dependentes das drogas, habitantes das novas
periferias, nas novas urbanizações e das
famílias que, desintegradas, convivem de fato.
k) Procure a presença da Igreja, por meio de
novas paróquias e capelas, comunidades cristãs
e centros de pastoral, nas novas concentrações
humanas que crescem aceleradamente nas
periferias urbanas das grandes cidades devido
às migrações internas e situações de exclusão;
53. 518. Para que os habitantes dos centros urbanos e
de suas periferias, cristãos ou não cristãos possam
encontrar em Cristo a plenitude de vida, sentimos a
urgência de que os agentes de pastoral, enquanto
discípulos e missionários, esforcem-se em
desenvolver:
a) Um estilo pastoral adequado à realidade urbana
com atenção especial a linguagem, às estruturas e
práticas pastorais assim como aos horários;
b) Um plano de pastoral orgânico e articulado que se
integre a um projeto comum às paróquias,
comunidades de vida consagrada, pequenas
comunidades, movimentos e instituições que
incidem na cidade, e que seu objetivo seja chegar
ao conjunto da cidade. Nos casos de grandes
cidades nas quais existem várias Dioceses, faz-se
necessário um plano inter-diocesano;
54. c) Uma setorização das paróquias em unidade
menores que permitam a proximidade e um
serviço mais eficaz;
d) Um processo de iniciação cristã e de formação
permanente que retroalimente a fé dos discípulos
do Senhor integrando o conhecimento, o
sentimento e o comportamento;
e) Serviços de atenção, acolhida pessoal, direção
espiritual e do sacramento da reconciliação,
respondendo á sociedade, ás grandes feridas
psicológicas que sofrem muitos nas cidades,
levando em consideração as relações inter-
pessoais;
f) Uma atenção especializada aos leigos em suas
diferentes categorias: profissionais, empresariais
e trabalhadores;
55. g) Processos graduais de formação cristã com a realização de
grandes eventos de multidões, que mobilizem a cidade, que
façam sentir que a cidade é um conjunto, que é um todo, que
saibam responder á afetividade de seus cidadãos e, em uma
linguagem simbólica, saibam transmitir o Evangelho a todas as
pessoas que vivem na cidade;
h) Estratégias para chegar aos lugares fechados das cidades
como grandes aglomerados de casas, condomínios, prédios
residenciais ou nas favelas;
i) Uma presença profética que saiba levantar a voz em relação
a questões de valores e princípios do Reino de Deus, ainda
que contradiga todas as opiniões, provoque ataques e se fique
só no anúncio. Isto é, que seja farol, cidades colocada no alto
para iluminar;
j) Uma maior presença nos centros de decisão da cidade,
tanto nas estruturas administrativas como nas organizações
comunitárias, profissionais e de todo tipo de associação para
velar pelo bem comum e promover os valores do Reino;
56. k) A formação e acompanhamento de leigos e
leigas que, influindo nos centros de opinião,
organizem-se entre si e possam ser assessores
para toda a ação social;
l) Uma pastoral que leve em consideração a beleza
no anúncio da Palavra e nas diversas iniciativas,
ajudando a descobrir a plena beleza que é Deus;
m) Serviços especiais que respondam às diferentes
atividades da cidade: trabalho, descanso,
esportes, turismo, arte, etc.
n) Uma descentralização dos serviços eclesiais de
modo que sejam muito mais os agentes de
pastoral que se integrem a esta missão, levando
em consideração as categorias profissionais;
o) Uma formação pastoral dos futuros presbíteros e
agentes de pastoral capaz de responder aos
novos desafios da cultura urbana.
57. PASTORAL URBANA
1. PEQUENAS COMUNIDADES –
COMUNIDADE DE COMUNIDADES
PEQUENOS NÚCLEOS
POR LOCALIDADE, CATEGORIAS,
PROFISSÃO
CRIAR MOMENTOS DE CASA/MESA
NAS CASAS – RUAS – LAZER –
ESPORTES – TRABALHO - CIRCULOS
BÍBLICOS
58. PASTORAL URBANA
A) PASTORAL DO PROCESSO
• Cria laços, raízes, cria redes, vínculos
• Amadurece aos poucos, dia-a-dia
B) PASTORAL DE EVENTO
• Não cria laços, não cria raiz, pastoral do
canudo e do diploma (só vai em encontros,
escolas, seminários)
• O nome já diz Evento = É Vento (momento
– vira cinzas) show pirotecnia - Espetáculo
59. PASTORAL URBANA
2. DESCENTRALIZAÇÃO: FORMAÇÃO
DE LEIGOS
• ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE
PASTORAL QUE FUNCIONE
INDEPENDENTE DE PADRE
• FORMAÇÃO DE LEIGOS CAPACITADOS
QUE LEVE O PROJETO ADIANTE
• É A GARANTIA DO PROJETO
PASTORAL – CONSELHO CCP/CPP
60. PASTORAL URBANA
3. VISITAÇÃO E ACOLHIDA
• VISITAS PERIÓDICAS: ENFERMAS,
ENLUTADAS, DROGAS, ANIVERSÁRIO,
ETC.
• TEMPO É UM PROBLEMA
• A) LATIFÚNDIO – PESSOA QUE NÃO
PRODUZ NADA – VAI APODRECER
CERCADAS DE COMPROMISSOS,
AGENDA CHEIA, NUNCA TEM TEMPO
61. PASTORAL URBANA
• B) INVESTIMENTO: SÓ INVESTE EM
LUGAR, COMPROMISSO, EM PESSOAS
QUE DÁ LUCRO – RETORNO (PESSOAL
– PASTORAL – FINANCEIRO) – VISITA
SÓ AQUELES QUE TEM FORTE
LUGAÇÃO COM A IGREJA
62. PASTORAL URBANA
• C) GRATUITO: TEMPO DE JESUS = VAI
ANDANDO E VAI PASSANDO PELAS CASAS
DAS PESSOAS
• TEMPO QUE LIBERTA (TROCA A REUNIÃO
POR UMA VISITA, PORQUE CONFIA NO
GRUPO)
• PARÓQUIA / COMUNIDADE QUE NÃO
CONHECE SEUS DOENTES NÃO CONHECE
JESUS = O POVO NÃO ESQUECE A VISITA –
• 99% ACOLHIDA NA COMUNIDADE E 1%
IGREJA
FÉ NÃO SE EMPURRA PARA NINGUÉM
63. PASTORAL URBANA
4. ROMPER BARREIRAS E CHEGAR AOS
AMBIENTES FECHADOS
• CONDOMINIOS – KITINETES –
CONJUNTOS HABITACIONAIS –
FAVELAS – CORTIÇOS
• COMEÇAR COM UMA FAMÍLIA – DUAS
(AOS POUCOS A SEMENTE VAI
GERMINANDO)
• GERALMENTE SÃO MUITO
INDIVIDUALISTA
64. PASTORAL URBANA
5. ESPIRITUALIDADE SOLIDÁRIA
• OLHOS FILHOS EM JESUS E PÉS NO
CHÃO
• NAVEGAR NA CONTRAMÃO DA
VIOLÊNCIA, CONTRA O MERCADO
• ESPIRITUALIDADE SOLIDÁRIA
SUSTENTÁVEL COM O PLANETA – CF
• ECONOMIA SOLIDÁRIA (HORTA /
PADARIA / LOJA / ARTESANATOS)
65. PASTORAL URBANA
6. FORMAÇÃO DOS PRESBÍTEROS /
AGENTES DE PASTORAL
• CRIAR PLANOS DE PASTORAL
ORGÂNICO E DE CONJUNTO
• FAZEMOS UM CONJUNTO DE
TRABALHOS, DE ATIVIDADES, MAS
NÃO FAZEMOS UM TRABALHO EM
CONJUNTO (PANELINHAS/GUETOS)
66. PASTORAL URBANA
7. MAIOR INCIDÊNCIA SOCIAL / POLÍTICA
• ENTRAR E APOIAR PESSOAS NESTE
MUNDO, POIS SÃO CAMPO DE
DECISÕES QUE AFETA A VIDA DE
TODOS
8. ANÚNCIO PROFÉTICO
• NO MUNDO URBANO, O EVANGELHO, A
IGREJA NÃO É UMA BOA NOTÍCIA
• CONJUNTO DE REGRAS / LEIS QUE
AFASTAM OS POBRES
67. PASTORAL URBANA
9. OUVIR
• NORMALMENTE PADRES / IRMÃS /
LEIGOS PRESTAM MAIS SERVIÇOS
COM OS OUVIDOS DO QUE COM A
BOCA
• MUITOS QUEREM FALAR (OUVIR OS
GRITOS/CLAMORES) MAS NINGUÉM
PARA ESCUTAR (MUITOS RUÍDOS)
68. PASTORAL URBANA
10. DESCOBRIR OS ROSTOS
MARCADOS - MACHUCADOS
• QUAIS OS ROSTOS QUE PRECISAM DE
AJUDA
• TIRAR FOTOGRAFIAS DO BAIRRO, DA
COMUNIDADE
69.
70. PASTORAL URBANA
PEDAGOGIA DE JESUS
LUCAS 24,13-35
DISCÍPULOS DE EMAÚS
1. CAMINHO (ENTRAR NA VIDA DO OUTRO)
2. DIÁLOGO/ENCONTRO (A PARTIR VIDA)
3. CONVITE (IGREJA NÃO É CONVITE)
4. CASA/MESA (PÃO E SALVAÇÃO)
5. MISSÃO – PROCLAMAR O QUE VIRAM
DOIS DISCÍPULOS MEDROSOS
DOIS DISCÍPULOS CORAJOSOS
71. OBJETIVO GERAL DA
CNBB 2011-2014
“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e
na força do Espírito Santo, como Igreja
discípula, missionária e profética,
alimentada pela Palavra de Deus e pela
Eucaristia, à luz da evangélica opção
preferencial pelos pobres, para que
todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao
Reino definitivo”.
72. • OBJETIVO GERAL
INTRODUÇÃO
I – PARTIR DE JESUS CRISTO
II – MARCAS DE NOSSO TEMPO
III – URGÊNCIAS NA AÇÃO EVANGELIZADORA
3.1. Igreja em estado permanente de missão
3.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
3.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
3.4. Igreja: comunidade de comunidades
3.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
IV – PERSPECTIVAS DE AÇÃO
4.1. Igreja em permanente estado de missão
4.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
4.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
4.4. Igreja: comunidade de comunidades
4.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
V – INDICAÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO
5.1. O plano como fruto de um processo de planejamento
5.2. Passos metodológicos
CONCLUSÃO: COMPROMISSO DE UNIDADE NA MISSÃO
SIGLAS
• CNBB