O documento discute a concepção de infância e o desenvolvimento da criança de 6 anos de idade. Aborda as características físicas, cognitivas e sociais próprias dessa faixa etária, destacando a importância do brincar, das interações sociais e da construção ativa do conhecimento pela criança.
1. O trabalho com a criança de
seis anos no ensino
fundamental
Profa. Ms. Carla Sotero
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
2. Este material configura-se num aporte
teórico ilustrativo para palestras e cursos
de formação continuada de professores.
Representa a compilação de idéias de um
coletivo de autores que abordam a temática
da criança em suas mais variadas etapas de
desenvolvimento e aprendizagem.Os autores
estão indicados ao final do material. Para o
pleno trabalho com a criança, sugiro o
aprofundamento constante do referencial
teórico, sinalizando que o estudo sempre é
bem-vindo para uma prática pedagógica de
qualidade.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
3. “A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.Cem sempre cem
modos de escutar
as maravilhas de amar.
cem alegrias
para cantar e compreender.
cem mundos para descobrir.
cem mundos
para inventar.
cem mundos para sonhar. A criança tem
cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
a escola e a cultura
lhe separaram a cabeça do corpo.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
4. Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
5. Dizem-lhe:
de descobrir o mundo que já existe
e de cem
roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
6. Dizem-lhe:
que as cem não existem.
A criança diz:
ao contrário, as cem existem”
(Loris Malaguzzi)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
7. A criança de seis anos
(caracterização)
- A sua visão binocular torna-se
normal, quando antes não possuía
condições de focalizar a vista para
longe e perto rapidamente.
- Apresenta maior desenvolvimento
motor e acuidade auditiva.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
8. A criança de seis anos
(caracterização)
- Tem melhor coordenação dos músculos menores
(coordenação motora fina).
- Mostra uma grande habilidade para pintar,
desenhar e modelar. Seus trabalhos são realizados
com maior observação e cuidado.
- Está sempre pronta a adquirir novas
experiências, tem muita criatividade: cava, sobe,
desce, luta e constrói constantemente.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
9. A criança de seis anos
(caracterização)
- Meninas e meninos brincam juntos, mas já
começam a ter interesses diferentes: os meninos
gostam de brincadeiras incisivas (força), brincar
com água,terra, jogar futebol e lutar. Meninas
preferem brincar com bonecas, pular sapata,
brincar de roda.
- Apresenta grande energia, quase não sente
cansaço.
- Gosta de brinquedos mecânicos e de armar
(retorno do lego).
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
10. A criança de seis anos
(caracterização)
- Apresentam preocupação com cuidados
pessoais: meninos e meninas ficam muito tempo
penteando-se, gostam de perfume, gel e etc.
- Mostra muita habilidade para compreender e
utilizar a linguagem: usa palavras novas,
mesmo as que não compreende bem.
- Algumas têm padrão de freio inibitório em
início de concretização, ou seja, são capazes
de ouvir com atenção e de esperar sua vez de
falar. Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
11. A criança de seis anos
(caracterização)
- Em algumas atividades de oralidade apresenta
boa capacidade de argumentação.
- Apresenta bom relato de experiências e gosta
de contar histórias.
- Tem concentração mais longa em atividades
livres.
- Pode desenhar relacionando diversos objetos
em cena única e critica seus trabalhos, às vezes
inutilizando-os.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
12. A criança de seis anos
(caracterização)
- Já sabe diferenciar o real da fantasia.
- Fenômenos da natureza chamam a sua atenção
bem como objetos, notícias atuais (eventos da
indústria cultural).
- Começa a conhecer o valor do dinheiro.
- Mostra interesse em saber os dias da semana,
tem noção do que significa ontem, hoje e
amanhã, mas ainda se atrapalha com períodos
maiores de tempo.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
13. A criança de seis anos
(caracterização)
- Nas situações de rotinas, é capaz de transmitir
recados.
- Organiza-se em grupos, estipulando regras.
- A constituição dos grupos é cada vez maior
(aproximadamente sete colegas).
- Nesta fase, os conflitos são raros; já usa
táticas verbais como: “é a minha vez”, “eu vi
primeiro”.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
14. A criança de seis anos
(caracterização)
- Mesmo autônoma, precisa de aceitação e
da aprovação constante do grupo.
- Tem muito senso de humor, mas já
apresenta criticidade.
- Seu comportamento em relação a crianças
menores é de superioridade.
- Mostra a curiosidade sobre sexo:
casamento, gravidez e nascimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
15. A criança de seis anos
(caracterização)
- Aprende que existe hora apropriada para cada coisa (freio
inibitório em desenvolvimento).
- Quando reprovada pelo adulto fica triste, mas já pode
compreender quando seu comportamento é prejudicial ou inadequado.
- Apresenta grande noção de seus direitos; mostra ressentimento
com injustiças.
- Algumas apresentam um padrão de amadurecimento completo para
a concretização da aprendizagem da leitura e da escrita.
- Na maior parte das vezes, é capaz de seguir ordens mais
complexas, as que incluem a memorização de detalhes em seqüência.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
16. Mas por favor, vá
com calma, ela ainda
é apenas uma
CRIANÇA
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
17. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A concepção de infância,
de sua evolução e de suas
bases epistemológicas está
respaldada em diferentes
áreas do conhecimento:
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
18. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Psicologia, Antropologia,
Sociologia, Filosofia,
Pedagogia,
Estudos Culturais, etc.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
19. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Referenciais norteadores:
Correntes psicogenética,
interacionista e
sócio-histórica
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
20. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Contribuição dos teóricos:
Piaget, Vygotsky e
Wallon
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
21. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Autores contemporâneos:
Constance Kamii, Emília
Ferreiro, Coles, Miguel
Zabalza, Paulo Freire,
Edgard Morin e Maturana
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
22. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Estas concepções nos levam a
reconhecer a criança como um
sujeito, que constrói a partir
de suas interações com o meio
físico e social. Levam a criança
ao pleno desenvolvimento em
nível cognitivo e psicológico.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
23. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A criança é um ator social, que sente
sua ação e se constrói através dela.
No momento em que a criança
executa a ação manipulativa,
realizando experiências concretas
com objetos, a mesma passa a ser
internalizada e acontece um processo
de apropriação, transformando-se
assim, em ação mental.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
24. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
O desenvolvimento da autonomia,
processo em que a criança possa
tornar-se apta a tomar decisões
por si mesma, significa levar em
consideração os fatores
relevantes para decidir agir da
melhor forma para todos.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
25. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Em nível intelectual, quanto mais a
criança estiver motivada a pensar
autonomamente e sempre com
atividades de enfoque lúdico,
tornando-se ativa e auto-confiante,
mais constrói conhecimentos. Neste
sentido, a educação expande para
qualidades pessoais, quando a criança
aprende a aprender, aprende a
pensar, aprende a buscar e inventar.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
26. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
O desenvolvimento do sujeito humano se
dá a partir das interações com o meio
social em que vive, já que as formas
psicológicas mais sofisticadas emergem da
vida social. É o aprendizado que possibilita
e movimenta o processo de
desenvolvimento, pois ele pressupõe uma
natureza social específica e um processo
através do qual as crianças penetram na
vida intelectual daqueles que a cercam
(Vygotsky)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
27. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO NA INFÂNCIA
1. O sujeito precisa sentir
necessidade, “querer”
conhecer; ter estrutura de
assimilação e estabelecer
relações.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
28. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO NA INFÂNCIA
2. O conhecimento não se dá de
uma vez (não é linear), constrói-
se em rede, através das
múltiplas relações; é
estabelecido no sujeito por sua
ação sobre o objeto, a qual pode
ser motora, perceptiva ou
reflexiva.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
29. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO NA INFÂNCIA
3. O sujeito passa por três
momentos: síncrese, análise e
síntese, na construção do
conhecimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
30. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO NA INFÂNCIA
4. Diante de situações
problematizadoras, o sujeito
elabora hipóteses explicativas,
busca conhecer o significado.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
31. ELEMENTOS NORTEADORES DAS
DINÂMICAS
CONHECIMENTO DO MUNDO
“Mundo, mundo, vasto mundo, se eu
me chamasse Raimundo seria uma
rima, não seria solução. Mundo,
mundo, vasto mundo, mais vasto é
meu coração.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
32. ELEMENTOS NORTEADORES
DAS DINÂMICAS
FORMAÇÃO SOCIAL E PESSOAL
“ ...a criação de uma situação
imaginária não é algo fortuito na
vida da criança, pelo contrário, é
a primeira manifestação de
emancipação da criança em relação
às restrições situacionais.”
(Vygotsky)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
33. ELEMENTOS NORTEADORES DAS
DINÂMICAS
BRINCAR
“É no brincar, e somente no
brincar, que o indivíduo, criança ou
adulto, pode ser criativo e utilizar
sua personalidade integral: e é
somente sendo criativo que o
indivíduo descobre o eu (self)
(Winnicott)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
34. “Ao propor ações, sejam elas sensório-
motoras, simbólicas ou sustentadas pela
presença de um sistema de regras, o
brinquedo estimula condutas mais ou menos
abertas, estrutura comportamentos e
aparece, portanto, como exercendo, nesse
nível, uma função de socialização que
permite a inscrição de comportamentos
socialmente significativos na própria ação
da criança. Existe, então, a possibilidade
de transmissão de esquemas sociais por
intermédio do objeto.” (Brougère)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
36. Desenvolvimento -> refere
às mudanças qualitativas,
tais como: aquisição e o
aperfeiçoamento de
capacidades e funções, que
permitem à criança realizar
coisas novas,
progressivamente mais
complexas, com uma
habilidade cada vez maior.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
37. Crescimento -> refere ao
aspecto quantitativo das
proporções do organismo,
ou seja, trata-se das
mudanças das dimensões
corpóreas como peso,
altura, perímetro
cefálico, etc.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
38. O crescimento termina em
determinada idade quando
esta alcança sua maturidade
biológica, enquanto que
desenvolvimento é um
processo que acompanha o
homem através de toda a
sua existência.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
39. •Apesar das diferenças
individuais de cada criança,
há evidências de que no
processo maturacional, a
seqüência dos estágios
evolutivos e a direção do
desenvolvimento são comuns
a todos os seres humanos
em todos os lugares e em
todos os tempos de sua
história . (Maslow,1988)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
40. Embora todas as crianças progridam com
certos padrões, na idade em que cada
uma se torna capaz de executar
atividades novas e a maneira como as
executa, varia de uma para outra. Por
exemplo: uma criança pode desenvolver-
se de uma forma lenta, rápida, regular
ou irregular em vários aspectos de sua
vida. E esta é uma das várias razões
para se afirmar que uma criança não
deve ser comparada com outra, pois cada
uma segue um estilo próprio e um ritmo
peculiar de desenvolvimento. de autores.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo
41. Durante toda a sua vida, o ser
humano tem que ajustar-se às
mudanças causadas pelas
transformações do seu próprio
corpo e pelos fatores do meio em
que vive, e isto depende de dois
aspectos básicos:
MATURAÇÃO E APRENDIZAGEM
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
42. Maturação -> é o processo através
do qual ocorre a mudança e o
crescimento progressivo, nas áreas
física e psicológica do organismo
infantil. Subjacentes a tais
mudanças, existem fatores
intrínsecos transmitidos por
hereditariedade, que constituem
parte do equipamento congênito do
récem-nascido.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
43. Aprendizagem -> é a mudança
sistemática do comportamento
ou da conduta, que se realiza
através da experiência e da
repetição e depende de fatores
internos e externos, ou seja, de
condições neuropsicológicas e
ambientais.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
44. É oportuno lembrar que:
- se a criança não está apta a executar
uma determinada atividade, não poderá
aprendê-la, pois não disporá de condições
para a sua realização;
- toda aprendizagem depende da maturação
(condições orgânicos e psicólogicas) e das
condições ambientais (cultura, classe social,
etc) (Vygotsky); e
- é através da aprendizagem que o homem
desenvolve os comportamentos que o
possibilita viver e atualmente, estudiosos
afirmam que este processo se inicia mesmo
antes do nascimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
45. O desenvolvimento abrange
processos fisiológicos,
psicológicos e ambientais
contínuos e ordenados, ou
seja, segue determinados
padrões gerais.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
46. Tanto o crescimento como
o desenvolvimento
produzem mudanças nos
componentes físico,
mental, emocional e social
do indivíduo,
independentemente de sua
vontade.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
47. As mudanças ocorrem segundo uma
ordem invariante. Por exemplo:
antes de falar a primeira palavra, a
criança balbucia. Antes de formar
uma sentença completa com sujeito,
predicado e complemento, ela usa
frases monossílabas. O mesmo
acontece com a marcha. Antes de
andar , a criança senta e engatinha.
Essa seqüência segue um padrão de
evolução e da mesma forma acontece
em outras áreas do desenvolvimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
48. AVALIAÇÃO INFANTIL
A avaliação na etapa infantil
tem ainda a finalidade
desenvolver no aluno todos os
pré-requisitos necessários para
o início da aprendizagem
sistemática.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
49. AVALIAÇÃO INFANTIL
tem por finalidade verificar a
adequação do
desenvolvimento do aluno face
aos objetivos propostos,
levando-se em consideração as
características da faixa etária.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
50. se dá de forma contínua, sendo
considerados os principais
aspectos que envolvem o
desenvolvimento da criança:
cognitivo, afetivo e psicomotor.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
51. O currículo prioriza a linguagem em
diferentes perspectivas, o raciocínio
lógico-matemático, a sociabilidade e
o movimento, que tornam-se
referência para a avaliação
sistemática das crianças, no que
tange à construção de competências e
habilidades.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
52. AVALIAÇÃO INFANTIL
A partir de instrumentos pré-
definidos, destacando-se a
observação, é possível analisar e
acompanhar o processo de
construção do conhecimento de
cada criança e redirecionar o
trabalho desenvolvido, conforme
as necessidades e dificuldades
encontradas.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
53. É INTERESSANTE UMA
PERIODICIDADE COMO: final de cada
trimestre os responsáveis pelas crianças
recebem um relatório onde está descrito o
processo vivenciado pelas crianças e o
estágio em que se encontra em relação a
suas aprendizagens. Os professores, a
coordenação e o setor de psicologia fazem
observações dos alunos, orientando os pais
no que se faz necessário.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
54. Observação, Registro e Avaliação
Formativa
Considera-se que áreas como identidade
e autonomia não se avalia e sim,
oferece-se situações de vivências em
que a criança se depara com contextos
em que é necessário lançar mão de sua
capacidade emocional, ou então, contar
com o auxílio amoroso e consciente do
educador que está a acompanhando.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
55. Observação, Registro e Avaliação
Formativa
Antes de avaliar a criança deve-se
fazer uma reflexão criteriosa sobre
as condições que são colocadas diante
dela, e acima de tudo, da postura do
educador frente a situações de
conflito em que sua maturidade e
equilíbrio emocional devem estar
presentes.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
56. Observação, Registro e Avaliação
Formativa
A observação que o educador faz, bem
como seus registros pessoais torna-se
então, muito mais um instrumento de
resgate de algumas situações, com o
objetivo de reestruturá-las e/ou modificar
o seu próprio comportamento diante delas,
do que um instrumento de avaliação da
criança propriamente dita.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
57. Observação, Registro e Avaliação Formativa
O parâmetro para a avaliação dessa
criança deve ser ela própria, observando
seu comportamento diante do grupo, com
os materiais e objetos que utiliza, bem
como, sua atitude diante de situações de
conflito em que sua estrutura emocional
seja exigida.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
58. A escola deve propor uma
avaliação como
acompanhamento do
processo de desenvolvimento
da criança e do trabalho
escolar, fundamentada na
concepção construtivista de
educação para o
desenvolvimento infantil:
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
59. Observar a criança a
partir do conhecimento
de suas etapas
evolutivas e do respeito
a ela;
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
60. • Oportunizar às
crianças novos
desafios com base na
observação e na
reflexão teórica;
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
61. • Incentivar a autoavaliação
a partir de regras combinadas
no coletivo, favorecendo a
superação gradual do
egocentrismo infantil, a
socialização e a autonomia
progressiva;
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
62. • Manter diálogo
freqüente e sistemático
entre os adultos que lidam
com a criança e os pais ou
responsável, revendo
continuamente a
adequação da prática
pedagógica da escola.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
63. A avaliação será
completada por
relatórios da turma,
que serão enviados
aos pais ao final de
cada semestre.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
64. A avaliação deve ser
considerada como processo
sistemático de
acompanhamento da
evolução cognitiva, social e
afetiva dos alunos, servindo
como referencial para análise
e redimensionamento das
propostas e oportunidades
educacionais proporcionadas
pelo professor.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
65. A avaliação da criança e do
processo pedagógico é feita
diariamente e em ocasiões
específicas que o professor
julgar necessárias, sendo os
resultados expressos em
pareceres descritivos que
demonstrem a trajetória
percorrida.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
66. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
1 - A CRIANÇA é una em qualquer faixa etária e
tem sua própria lógica, o que representa um
desafio aos educadores. Assim, as atividades, as
atividades múltiplas e os brinquedos devem ir ao
encontro das peculiaridades do mundo infantil,
respeitar suas originais formas de expressão,
linguagens seja por brincadeiras, sonho ou fantasia
[1]. O trabalho do professor é o de perceber
essas diferenças, proporcionar segurança, lugar
para a emoção, para o gosto, para a percepção da
sensibilidade
[1] OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: o aprendizado
e o desenvolvimento um processo sócio-histórico.
São Paulo, Scipione, 1993.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
67. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
2 - AS ATIVIDADES são fundamentais,
desde cedo, para superar as fragmentações
do conhecimento, para desenvolver
ordenadamente as etapas do crescer, e
serem como articuladores ao aluno nesse
processo de atividades lúdico-instigantes e do
processo de conhecimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
69. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
3 - AS ATIVIDADES MÚLTIPLAS, no contexto da
Educação Infantil, situam a criança no seu processo
de crescimento bem como em suas diferentes fases.
Assim, essas atividades não podem ser todas iguais; o
mundo é cheio de contrastes e de diferenças, e é
primacial para a criança lidar com tudo isso em forma
de atividades múltiplas desde o seu nascimento. Os
espaços destinados às atividades devem contemplar a
possibilidade da realização de atividades utilizando-se
de recursos e instrumentos que respeitem o espaço
que a criança requer para o movimento do corpo,
gesticulação, etc.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
71. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
4 – LÚDICO - Parte e elemento de valor na
Proposta Pedagógica, o lúdico deve ser
altamente valorizado para que a criança,
sem medo, desenvolva sua espontaneidade,
seu gosto, o prazer de ver e sentir os
objetos e saiba que é capaz de fazer,
concretizar um ato a que se propõe ou que
lhe é apresentado. O lúdico não pressupõe
ser um ato facilitador para o fazer da
criança, mas um elo entre ela e aquilo que
deseja alcançar.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
73. O lúdico lida com o afeto, o prazer e a
interação. Deve ser proposto por atividades
que respeitem esses balizadores, para que as
crianças cheguem ao divertimento, à
brincadeira e ao respeito com seus
companheiros. A atitude séria com que a
criança se entrega aos brinquedos e com
eles se envolve com amor e dedicação leva-a
também à apreensão e construção dos
diversos tipos de conhecimento.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
74. Assim, o lúdico, por lidar com as
emoções, as experiências de
liberdade e criatividade que a
criança precisa, expressa também
o pensamento sobre o mundo, o
mundo interno da criança nesse
espaço de interação consigo, sua
turma, seu professor e sua
escola.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
76. O lúdico deve ser entendido como um
significado que implica em ações especiais
na educação infantil, que leve a criança a
manifestar-se de diferentes modos ao longo
de seu desenvolvimento. Seja pelos jogos
simbólicos, pela brincadeira de faz-de-conta,
seja por brincadeiras organizadas pelo
educador para atender algumas necessidades
mais urgentes de seu alunado. O lúdico deve
servir para que a criança expresse sua
capacidade de ver e representar o mundo.
(grifo do relator)
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
77. A capacidade de representar o mundo
começa quando a criança inicia seu
processo de imaginar, que é o seu
modo de expressar-se em diferentes
formas como a oralidade, o desenho, a
música e a representação dramática.
O lúdico, podemos afirmar com toda a
certeza, ajuda a criança a estabelecer
relações com o mundo.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
79. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
5 - INCLUSÃO - A Educação, em
todos os níveis, deve ser includente e
social. O profissional educador deve
prever mecanismos, recursos didáticos
e ferramentas que atendam todos os
alunos, e com muito mais atenção e
acuidade aqueles alunos que
apresentam desempenho diferente.
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
80. Parecer nº 397/2005 Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no
Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
7 – AVALIAÇÃO - A avaliação do aluno da educação infantil
dar-se-á mediante a expressão de pareceres descritivos do
professor nos quais conste o acompanhamento do
desenvolvimento da criança que deve estar de acordo com os
objetivos da Proposta Pedagógica e do Plano de Atividades,
sendo o professor um atento observador dos atos da criança em
seu crescimento como um contínuu[1]. Para isso concorrem as
anotações, as fichas individuais, os dados que recolhe das
atividades de seu Plano de Atividades e de seu Plano de
Trabalho os quais devem referir a interação, isto é,
estabelecer conexões entre a criança e seus pares, entre estes
e suas famílias e como professor bem como o(s) ambiente(s) em
que a criança vive. A avaliação deve ser descrita de modo que
não se perceba nenhum laivo ou possibilidade mesmo de
promoção com finalidade de acesso ao ensino fundamental.
(grifo do relator)
[1] HOUAISS, Antônio – Dicionário da Língua Portuguesa. Vocábulo latino (CONTINUO),
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
adv. = sem interrupção.
81. Felicidades, bom
trabalho a todas e um
carinhoso beijo no
coração de nossas
crianças!!!!!!!!!!!!!
Carla Sotero
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
82. Referencial Teórico
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Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.
84. Profa. Carla Sotero dos Santos
Mestre em Educação
Pesquisadora na área da Infância
Professora do Depto. de Educação da UCS
E-mail: carla@bitcom.com.br
Elaboração: Profa.Ms.Carla Sotero, estudo coletivo de autores.