Princípios para uma nova abordagem do cooperativismo considerando a questão da propriedade coletiva em lugar da propriedade individual. A posse coletiva como um marco para se promover o fim da propriedade individual negativa
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
A Co-Propriedade como alternativa à propriedade individual
1. SHENG
DA PROPRIEDADE INDIVIDUAL AO
NASCIMENTO DA CO-PROPRIEDADE
Princípios da Empresa Cooperativa
Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc.Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc.
http://shengadm.blogspot.comhttp://shengadm.blogspot.com
jovino40@yahoo.com.brjovino40@yahoo.com.br
2. SHENG
A propriedade é uma instituição de
justiça; e a propriedade é um roubo.
De tudo isto resulta que um dia a
propriedade transformada será
uma idéia positiva, completa, social
e verdadeira; uma propriedade que
abolirá a antiga propriedade e a
tornará para todos efetiva e
benfazeja. E o que o prova é mais
uma vez que a propriedade é uma
contradição.
Proudhon,Proudhon, Filosofia da MisériaFilosofia da Miséria
3. SHENG
O futuro em muitos nomes.O futuro em muitos nomes.
Para os fracos é o inalcançável,Para os fracos é o inalcançável,
Para os medrosos, o desconhecido,Para os medrosos, o desconhecido,
Para os valentes, a oportunidadePara os valentes, a oportunidade
Victor HugoVictor Hugo
4. SHENG
Este trabalho compõe-se dos seguintes
tópicos
O Nascimento da Propriedade Individual
As idéias iniciais da Co-Propriedade
SINERGIA como força propulsora da Co-Propriedade
Formas de Propriedade e suas influências
socioeconômicas
Conclusão
Mutualismo e Cooperativismo Redefinidos
5. SHENG
O princípio da Propriedade Individual
nasce com o surgimento da organização
social e agrícola (entre 7.000 anos e 5.000
anos AC), e representa o começo
propriamente formal da dominação da
natureza pelo homem. De animal catador e
coletor ele passa ao nível de animal
organizador e socialmente organizado.
O Nascimento da Propriedade
Individual
6. SHENG
Naquele momento o indivíduo também se
destaca como criador, inventor, consumidor e,
portanto, como controlador/dominador do
ambiente, de outras espécies animais e outros
indivíduos, quando, então, os grupos nômades,
dispersos e vivendo de forma anômica, se
constituem em tribos ou em bandos organizados
para viver por um tempo mais longo em um
mesmo sítio ecológico. Isto representou a
passagem do paleolítico para o neolítico.
O Nascimento da Propriedade
Individual
7. SHENG
Ao cercar uma área de terra em um sítio
ecológico promissor um indivíduo humano
anuncia ao grupo ou aos grupos que
aquele espaço lhe pertence, é sua
propriedade para o convívio e
sobrevivência com sua família, grupo ou
tribo sob seu controle.
O Nascimento da Propriedade
Individual
8. SHENG
A primeira grande revolução socioeconômicaA primeira grande revolução socioeconômica
ocorreu no final do nomadismo quando oocorreu no final do nomadismo quando o
homem inventa a agricultura planejada ehomem inventa a agricultura planejada e
organizada em um sítio ecológicoorganizada em um sítio ecológico
devidamente escolhido ou selecionado.devidamente escolhido ou selecionado.
Deste processo nasce a primeira propriedadeDeste processo nasce a primeira propriedade
como nós a conhecemos: a propriedadecomo nós a conhecemos: a propriedade
territorial; e a terra passou a ser um dos maisterritorial; e a terra passou a ser um dos mais
importantes fatores de valor econômico porimportantes fatores de valor econômico por
mais de vinte mil anos.mais de vinte mil anos.
O Nascimento da Propriedade
Individual
9. SHENG
As pesquisas arqueológicas e os estudosAs pesquisas arqueológicas e os estudos
antropológicos indicam que na última etapaantropológicos indicam que na última etapa
(neolítica) da transformação humana o(neolítica) da transformação humana o
indivíduo conseguiu se organizar social eindivíduo conseguiu se organizar social e
economicamente pela aprendizagem deeconomicamente pela aprendizagem de
várias artes e duas delas foram importantesvárias artes e duas delas foram importantes
para a sobrevivência:para a sobrevivência: A arte de Perceber eA arte de Perceber e
a arte de Observara arte de Observar, as quais contribuíram, as quais contribuíram
para a formação de modelos mentais e umpara a formação de modelos mentais e um
deles foi a fixação do espaço comodeles foi a fixação do espaço como
propriedade e como base para exercer poder.propriedade e como base para exercer poder.
O Nascimento da Propriedade
Individual
10. SHENG
Nesse começo a delimitação territorial não era
vista como forma de dominação, mas como
meio para manutenção e preservação do grupo
e isto levou a considerar a propriedade
individual como algo que podia ser
compartilhada durante a realização das ações
agrícolas entre as famílias.
O desenvolvimento e o avanço da Revolução
Agrícola resultou mais tarde na formação de
latifúndios e instrumentos de poder e
dominação.
O Nascimento da Propriedade
Individual
11. SHENG
Durante as atividades de estudo e pesquisaDurante as atividades de estudo e pesquisa
junto a comunidades e famílias ruraisjunto a comunidades e famílias rurais
ouvimos homens e mulheres se referirem, oouvimos homens e mulheres se referirem, o
tempo todo, à posse ou àstempo todo, à posse ou às posses de terraposses de terra
que eles tinham, que seus familiares eque eles tinham, que seus familiares e
parentes tinham e como muitas dessasparentes tinham e como muitas dessas
posses eram compartilhadas com osposses eram compartilhadas com os
vizinhos, amigos e outros parentes que nãovizinhos, amigos e outros parentes que não
as tinham no mesmo nível e na mesmaas tinham no mesmo nível e na mesma
dimensãodimensão
O Nascimento da Propriedade
Individual
12. SHENG
Afinal, o que significavam essasAfinal, o que significavam essas possesposses
e por que não falavam, especificamente,e por que não falavam, especificamente,
emem propriedadepropriedade??
Fomos investigar melhor o queFomos investigar melhor o que
significava asignificava a posseposse que eles se referiamque eles se referiam
e disto resultou o presente ensaio.e disto resultou o presente ensaio.
O Nascimento da Propriedade
Individual
13. SHENG
A palavraA palavra posseposse é comumente usada noé comumente usada no
âmbito de algumas famílias em lugar daâmbito de algumas famílias em lugar da
palavrapalavra propriedadepropriedade e uma posse é umae uma posse é uma
representação abstrata de algo que não érepresentação abstrata de algo que não é
definitivo ou exclusivo.definitivo ou exclusivo.
Neste ensaio estamos apresentando osNeste ensaio estamos apresentando os
constructos do que pode se tornar uma teoriaconstructos do que pode se tornar uma teoria
de apoio àde apoio à filosofia cooperativistafilosofia cooperativista tendotendo
como foco de discussão a propriedade.como foco de discussão a propriedade.
O Nascimento da Propriedade
Individual
14. SHENG
Em sua evolução o animal humano seEm sua evolução o animal humano se
torna individualista, egoísta e possessivo etorna individualista, egoísta e possessivo e
o homem esperou mais de vinte mil anoso homem esperou mais de vinte mil anos
para descobrir que o viver coletivo positivopara descobrir que o viver coletivo positivo
é muito mais gratificante, produtivo eé muito mais gratificante, produtivo e
sustentável do que o viver individualsustentável do que o viver individual
orientado para a acumulação isolada deorientado para a acumulação isolada de
riquezas, de bens e produtos da natureza,riquezas, de bens e produtos da natureza,
da tecnologia, da troca de valores.da tecnologia, da troca de valores.
O Nascimento da Propriedade
Individual
15. SHENG
Nas comunidades rurais mais afastadas,Nas comunidades rurais mais afastadas,
como pudemos constatar, a palavracomo pudemos constatar, a palavra
propriedadepropriedade é pouco usada e as famíliasé pouco usada e as famílias
usam muito a palavrausam muito a palavra posseposse parapara
identificar as áreas em que realizam oidentificar as áreas em que realizam o
labor agrícola.labor agrícola.
O Nascimento da Propriedade
Individual
16. SHENG
Posse da terra em lugar dePosse da terra em lugar de
propriedade da terrapropriedade da terra. Isto soa como. Isto soa como
uma utilização temporária de um espaçouma utilização temporária de um espaço
que está sendo cultivado para aque está sendo cultivado para a
manutenção da família mesmo que passemanutenção da família mesmo que passe
de pai para filho.de pai para filho.
Foi assim que conseguimos especificar umFoi assim que conseguimos especificar um
sentido para esta expressão dentro dosentido para esta expressão dentro do
discurso socioeconômico.discurso socioeconômico.
O Nascimento da Propriedade
Individual
17. SHENG
Trazendo estas observações para oTrazendo estas observações para o
ambiente cooperativo verificamos queambiente cooperativo verificamos que aa
posse pode identificar uma forma positivaposse pode identificar uma forma positiva
de propriedadede propriedade que nomeamos comoque nomeamos como Co-Co-
PropriedadePropriedade, em lugar da condição de, em lugar da condição de
propriedade individual negativa, na qual opropriedade individual negativa, na qual o
domínio do espaço não resulta emdomínio do espaço não resulta em
acumulações de riquezas que prejudicam oacumulações de riquezas que prejudicam o
desenvolvimento humano. Esta é a base dedesenvolvimento humano. Esta é a base de
construção de nossas idéias neste texto.construção de nossas idéias neste texto.
As idéias iniciais da Co-Propriedade
18. SHENG
Portanto, a ideia daPortanto, a ideia da Co-propriedade
nasceu dos estudos e observações quenasceu dos estudos e observações que
estamos realizando em comunidadesestamos realizando em comunidades
rurais e urbanas excluídas, e dos quaisrurais e urbanas excluídas, e dos quais
também resultaram as ideias quetambém resultaram as ideias que
estruturaram a nossa tese sobreestruturaram a nossa tese sobre
CoopreendedorismoCoopreendedorismo
As ideias iniciais da Co-Propriedade
19. SHENG
Procuramos discutir aqui uma abordagem queProcuramos discutir aqui uma abordagem que
muitos acadêmicos e pesquisadores nãomuitos acadêmicos e pesquisadores não
mostram interesse em promover de formamostram interesse em promover de forma
aberta, direta e clara, talvez devido a que osaberta, direta e clara, talvez devido a que os
próprios modelos mentais que fixaram normaspróprios modelos mentais que fixaram normas
de propriedade permaneçam gerando outrosde propriedade permaneçam gerando outros
modelos que impedem a abertura dialógica emmodelos que impedem a abertura dialógica em
torno de temas como este, e gera a acomodaçãotorno de temas como este, e gera a acomodação
ideológica, política, social e econômica de muitosideológica, política, social e econômica de muitos
estudiosos e intelectuais.estudiosos e intelectuais.
As ideias iniciais da Co-Propriedade
20. SHENG
Sempre há justificativas heteronômicasSempre há justificativas heteronômicas
para impedir que se discuta e se fale de umpara impedir que se discuta e se fale de um
cenário que possui grande probabilidadecenário que possui grande probabilidade
de acontecer entre as melhores utopiasde acontecer entre as melhores utopias
que o ser humano, algumas vezes, constróique o ser humano, algumas vezes, constrói
para si e para os seus descendentes.para si e para os seus descendentes.
As ideias iniciais da Co-Propriedade
21. SHENG
Uma dessas utopias é, portanto, a queUma dessas utopias é, portanto, a que
chamamos de ochamamos de o Fim da PropriedadeFim da Propriedade
Individual negativaIndividual negativa, o qual já vem sendo, o qual já vem sendo
exposto ainda que no formato ingênuo,exposto ainda que no formato ingênuo,
mas com grande potencial demas com grande potencial de
amadurecimento, no que está sendoamadurecimento, no que está sendo
discutido como a Empresa Cooperativa,discutido como a Empresa Cooperativa,
que estamos aqui nomeando comoque estamos aqui nomeando como
Princípio da Co-propriedadePrincípio da Co-propriedade (ou(ou Coo-Coo-
propriedadepropriedade).).
As ideias iniciais da Co-Propriedade
22. SHENG
Este princípio, segundo nossas observações eEste princípio, segundo nossas observações e
percepções, é superior àquele que resultou napercepções, é superior àquele que resultou na
formação de conceitos deformação de conceitos de cogestão e autogestãocogestão e autogestão..
Estes dois conceitos trazem em suas raízesEstes dois conceitos trazem em suas raízes
resquícios dos modelos mentais primitivos eresquícios dos modelos mentais primitivos e
racionais que incrustaram no comportamento dosracionais que incrustaram no comportamento dos
indivíduos a ideia de individualismo negativo, oindivíduos a ideia de individualismo negativo, o
qual é um dos sustentáculos da propriedadequal é um dos sustentáculos da propriedade
individual dos meios de produção predominanteindividual dos meios de produção predominante
no sistema neoliberal da economia e da política.no sistema neoliberal da economia e da política.
As ideias iniciais da Co-Propriedade
23. SHENG
A propriedade, como a conhecemos e com a qualA propriedade, como a conhecemos e com a qual
convivemos até hoje, é um fator individualistaconvivemos até hoje, é um fator individualista
negativo e exclusor e um dos mais críticosnegativo e exclusor e um dos mais críticos
modelos mentais que o homem adquiriu, pelomodelos mentais que o homem adquiriu, pelo
menos nesses últimos vinte mil anos de suamenos nesses últimos vinte mil anos de sua
evolução mental.evolução mental.
Ao longo desse tempo oAo longo desse tempo o sistema sinergéticosistema sinergético
avançou e recuou várias vezes mostrandoavançou e recuou várias vezes mostrando
momentos de grandes progressos e de grandesmomentos de grandes progressos e de grandes
prejuízos e depressão para a humanidadeprejuízos e depressão para a humanidade
As idéias iniciais da Co-Propriedade
24. SHENG
Assim, um dos fatores-chave para aAssim, um dos fatores-chave para a
sustentação (ainda) da propriedade é osustentação (ainda) da propriedade é o
posicionamento individual/individualistaposicionamento individual/individualista
negativo e exclusivo das pessoas. Outronegativo e exclusivo das pessoas. Outro
fator-chave é o coletivismo negativo comofator-chave é o coletivismo negativo como
vemos no modelo do MST no Brasil.vemos no modelo do MST no Brasil.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
25. SHENG
Ambas as formas de comportamento humanoAmbas as formas de comportamento humano
são retrógradas, reativas, conservadoras esão retrógradas, reativas, conservadoras e
tendem a manter e reforçar os modelos mentaistendem a manter e reforçar os modelos mentais
primitivos e outros paradigmas que se mostremprimitivos e outros paradigmas que se mostrem
apoiadores ou sustentadores destesapoiadores ou sustentadores destes
comportamentos.comportamentos.
Ambos os fatores, portanto, são avessos àAmbos os fatores, portanto, são avessos à
SinergiaSinergia e até mesmo combatem, muitas vezese até mesmo combatem, muitas vezes
sem pressentir o erro, as influências e as forçassem pressentir o erro, as influências e as forças
SinergéticasSinergéticas que podem contribuir para aque podem contribuir para a
CooperatividadeCooperatividade..
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
26. SHENG
Neste estudoNeste estudo SinergiaSinergia está sendo usada segundoestá sendo usada segundo
a concepção clássica grega da palavra que significaa concepção clássica grega da palavra que significa
CooperaçãoCooperação. Para o grego de Paidéia,. Para o grego de Paidéia,
sinergizar é cooperar em todas as ações esinergizar é cooperar em todas as ações e
relações humanasrelações humanas, o que está de acordo com as, o que está de acordo com as
ideias que estamos reunindo para construir osideias que estamos reunindo para construir os
princípios daprincípios da Co-propriedadeCo-propriedade..
Ainda mais: aAinda mais: a SinergiaSinergia representa a saída dorepresenta a saída do
estado de Ego para um estado Mútuo; sair doestado de Ego para um estado Mútuo; sair do
comportamento de egocidade para umcomportamento de egocidade para um
comportamento de mutualidade.comportamento de mutualidade.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
27. SHENG
Agora, a partir deste século, parece queAgora, a partir deste século, parece que
estamos entrando em um novo eestamos entrando em um novo e
promissor ciclo de Sinergia, no qual opromissor ciclo de Sinergia, no qual o
homem volta a se reencontrar, pouco ahomem volta a se reencontrar, pouco a
pouco, com suaspouco, com suas inteligênciasinteligências
espirituaisespirituais ((ININ, com, com NN dede noosnoos ==
espírito).espírito).
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
28. SHENG
É nesta oportunidade que iremos retomarÉ nesta oportunidade que iremos retomar
o caminho para ao caminho para a Sinergia PlenaSinergia Plena (Total,(Total,
Holística). Este caminho é desenhado pelaHolística). Este caminho é desenhado pela
posição que o indivíduo vai ocupar noposição que o indivíduo vai ocupar no
Cenário Coletivo PositivoCenário Coletivo Positivo e see se
caracteriza em relação aos demais cenárioscaracteriza em relação aos demais cenários
em sentido socioeconômico.em sentido socioeconômico.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
29. SHENG
Este Cenário reúne a totalidade de energiaEste Cenário reúne a totalidade de energia
que vai alimentar oque vai alimentar o Sistema SinergéticoSistema Sinergético
(com Entropia Negativa), enquanto o(com Entropia Negativa), enquanto o
Cenário NegativoCenário Negativo promove apromove a
desagregação ou degradação (Entropiadesagregação ou degradação (Entropia
Positiva) da energia ou sua dispersão, quePositiva) da energia ou sua dispersão, que
resulta no mau uso, com pouco ouresulta no mau uso, com pouco ou
nenhum benefício pessoal e coletivo.nenhum benefício pessoal e coletivo.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
30. SHENG
Diante disto podemos observar quatroDiante disto podemos observar quatro
tipos de entes ou sujeitos do processotipos de entes ou sujeitos do processo
sinergético, como sejam:sinergético, como sejam:
O Indi-víduoO Indi-víduo
O Mais-víduoO Mais-víduo
O Pluri-víduoO Pluri-víduo
O Multi-víduoO Multi-víduo
O que estes tipos têm de interessante paraO que estes tipos têm de interessante para
a formação de novos conceitos dea formação de novos conceitos de
cooperação ou sinergia? Vejamoscooperação ou sinergia? Vejamos
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
31. SHENG
NoNo tipo 1tipo 1 a pessoa, o ator, é tratada dea pessoa, o ator, é tratada de
forma isolada, separada do conjunto deforma isolada, separada do conjunto de
seres semelhantes ou espécie. São fixadasseres semelhantes ou espécie. São fixadas
regras e normas de convivência que isolamregras e normas de convivência que isolam
uma pessoa da outra de modo proxêmico.uma pessoa da outra de modo proxêmico.
Ele não divide, não compartilha o seu serEle não divide, não compartilha o seu ser
com e para o ser do outro.com e para o ser do outro.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
32. SHENG
Quatro formas de isolamento ou individualismoQuatro formas de isolamento ou individualismo
negativo são observados entre as populações: a)negativo são observados entre as populações: a)
AntropológicoAntropológico; b); b) SociológicoSociológico;; c)c)
PsicológicoPsicológico, os quais vão originar o mais crítico, os quais vão originar o mais crítico
isolamento que é oisolamento que é o EconômicoEconômico (quarto tipo).(quarto tipo).
Entre os ícones (e mitos) deste tipo está a idéiaEntre os ícones (e mitos) deste tipo está a idéia
de posse definitiva ou propriedade de bens,de posse definitiva ou propriedade de bens,
coisas, objetos, áreas (cultiváveis ou não) quecoisas, objetos, áreas (cultiváveis ou não) que
formam uma parte da riqueza individualformam uma parte da riqueza individual
negativa e representa códigos de poder para osnegativa e representa códigos de poder para os
proprietários.proprietários.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
33. SHENG
NoNo segundo tiposegundo tipo a pessoa já é tratadaa pessoa já é tratada
como membro ou parte do conjunto quecomo membro ou parte do conjunto que
forma uma espécie e já está apresentandoforma uma espécie e já está apresentando
significativo valor na soma com os demais.significativo valor na soma com os demais.
É o caso da sociedade negocial paraÉ o caso da sociedade negocial para
montar uma empresa; ou a formação demontar uma empresa; ou a formação de
um grupo para criar um time de esporte;um grupo para criar um time de esporte;
ou, ainda, a reunião de pessoas paraou, ainda, a reunião de pessoas para
reivindicar direitos sociais junto àsreivindicar direitos sociais junto às
políticas constituídas como é o caso dapolíticas constituídas como é o caso da
ONGONG..
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
34. SHENG
Aqui começa o ensaio daAqui começa o ensaio da dinâmicadinâmica
sinergéticasinergética mesmo sendo em formamesmo sendo em forma
tímida e provisória que se desfaz logo apóstímida e provisória que se desfaz logo após
alcançar as metas definidas durante aalcançar as metas definidas durante a
constituição associativa. Esteconstituição associativa. Este tipo 2tipo 2 estáestá
no modelo mental utilizado para constituirno modelo mental utilizado para constituir
algumas Associações.algumas Associações.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
35. SHENG
NoNo terceiro tipoterceiro tipo tem-se a figura dotem-se a figura do
Coletivismo AssociativistaColetivismo Associativista maismais
reforçado e até com posicionamento dereforçado e até com posicionamento de
longo tempo, como é o caso daslongo tempo, como é o caso das
associações de bairro, de produtoresassociações de bairro, de produtores
rurais, de desportistas, de profissionais erurais, de desportistas, de profissionais e
categorias de trabalhadores como oscategorias de trabalhadores como os
sindicatos, ONG, etc.sindicatos, ONG, etc.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
36. SHENG
UmaUma visão sinergética de mundovisão sinergética de mundo
reforça esta Proxemia e define um regimereforça esta Proxemia e define um regime
de direção mais participativo. Tem-se dede direção mais participativo. Tem-se de
modo mais forte e positivo o esforçomodo mais forte e positivo o esforço
mutualista entre os indivíduos. É o começomutualista entre os indivíduos. É o começo
do cooperativismo.do cooperativismo.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
37. SHENG
OO último tipoúltimo tipo apresenta as qualidades exigidasapresenta as qualidades exigidas
para uma formação Sinergética Plena com apara uma formação Sinergética Plena com a
criação de umcriação de um Coletivo CooperanteColetivo Cooperante, consciente, consciente
da contradição ouda contradição ou paradoxo harmônico-pluralparadoxo harmônico-plural
entre as pessoas, fortalecido pelo pensamentoentre as pessoas, fortalecido pelo pensamento
coletivo para um objetivo comum, não apenas paracoletivo para um objetivo comum, não apenas para
impulsionar o fazer coletivo, como ocorre no casoimpulsionar o fazer coletivo, como ocorre no caso
anterior, mas construir umanterior, mas construir um pensar coletivopensar coletivo;;
pensar que enaltece o poder do grupo e nãopensar que enaltece o poder do grupo e não
o poder do indivíduo no grupoo poder do indivíduo no grupo. Esta é uma. Esta é uma
forma avançada de coletivismo positivo que podeforma avançada de coletivismo positivo que pode
responder por uma nova modernidade.responder por uma nova modernidade.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
38. SHENG
Somente quando se instala de forma efetiva oSomente quando se instala de forma efetiva o
quarto tipoquarto tipo é que se pode constituir oé que se pode constituir o
CooperativismoCooperativismo e, por extensão, ae, por extensão, a Co-Co-
propriedadepropriedade dos meios de produção.dos meios de produção.
Nos demais casos estas ideias (deNos demais casos estas ideias (de
multividualidademultividualidade) não vingam, não perduram) não vingam, não perduram
e são às vezes rechaçadas como anômalas, seme são às vezes rechaçadas como anômalas, sem
nexo socioeconômico, político e legal, visto que anexo socioeconômico, político e legal, visto que a
dita legalidade heteronômica que foi gerada pelodita legalidade heteronômica que foi gerada pelo
modelo mental de propriedade dos meios demodelo mental de propriedade dos meios de
produção impede que as pessoas sejam criativas.produção impede que as pessoas sejam criativas.
SINERGIA como força
propulsora da Co-Propriedade
39. SHENG
““AA posse individualposse individual é a condição da vidaé a condição da vida
social; cinco mil anos de propriedade osocial; cinco mil anos de propriedade o
demonstram:demonstram: a propriedade é oa propriedade é o
suicídio da sociedadesuicídio da sociedade. A posse está. A posse está
dentro do direito. A propriedade opõe-se aodentro do direito. A propriedade opõe-se ao
direito. Suprimi a propriedade e conservai adireito. Suprimi a propriedade e conservai a
posse; e, só com essa alteração no princípio,posse; e, só com essa alteração no princípio,
mudareis tudo nas leis, o governo, amudareis tudo nas leis, o governo, a
economia, as instituições: expulsareis o maleconomia, as instituições: expulsareis o mal
da terra”.da terra”. (PROUDHON, 1988)(PROUDHON, 1988)
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
40. SHENG
Muitos intelectuais e estudiosos sabemMuitos intelectuais e estudiosos sabem
disto, conhecem bem estas ideias e,disto, conhecem bem estas ideias e,
algumas vezes, até discutem em circuitoalgumas vezes, até discutem em circuito
fechado, fora do conhecimento público,fechado, fora do conhecimento público,
para evitar que sejam taxados de ingênuos,para evitar que sejam taxados de ingênuos,
sonhadores ou utópicos.sonhadores ou utópicos.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
41. SHENG
Nós já não pensamos assim e discutimosNós já não pensamos assim e discutimos
abertamente porque estamos falando do futuro,abertamente porque estamos falando do futuro,
estamos orientados para o futuro comoestamos orientados para o futuro como
estudiosos de estratégia e prospectiva; e nãoestudiosos de estratégia e prospectiva; e não
conseguimos negar um cenário provável queconseguimos negar um cenário provável que
poderá ser verdadeiro amanhã, mesmo que hojepoderá ser verdadeiro amanhã, mesmo que hoje
ainda sejamos resistentes, devido aoainda sejamos resistentes, devido ao
individualismo negativo e materialista eindividualismo negativo e materialista e
consumista, a aceitar que somos umaconsumista, a aceitar que somos uma
coletividade de seres e não ilhas de seres.coletividade de seres e não ilhas de seres.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
42. SHENG
Possuir não é ter e ter não é serPossuir não é ter e ter não é ser..
Possuir um bem é ser capaz de reparti-loPossuir um bem é ser capaz de reparti-lo
com o outro quando aquele estivercom o outro quando aquele estiver
necessitado. Ter um bem é apropriar-se denecessitado. Ter um bem é apropriar-se de
forma dominadora excluindo qualquer umforma dominadora excluindo qualquer um
que queira ou necessite compartilha-lo.que queira ou necessite compartilha-lo.
Esta é a base da propriedade e aí reside aEsta é a base da propriedade e aí reside a
razão de ela ser um roubo porque exclui orazão de ela ser um roubo porque exclui o
outro ser. E o ter é dominador, egoísta,outro ser. E o ter é dominador, egoísta,
enquanto o ser é distribuidor, é coletivistaenquanto o ser é distribuidor, é coletivista
e, mais, é altruísta.e, mais, é altruísta.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
43. SHENG
É bem verdade que as implicaçõesÉ bem verdade que as implicações
materialistas ainda dominam nossasmaterialistas ainda dominam nossas
habilidades e nossos hábitos; são as baseshabilidades e nossos hábitos; são as bases
dede modelos mentaismodelos mentais que se acumularamque se acumularam
em nossos comportamentos e em nossasem nossos comportamentos e em nossas
emoções há milhões de anos.emoções há milhões de anos.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
44. SHENG
Mas, da mesma forma como evoluímos deMas, da mesma forma como evoluímos de
Homo SapiensHomo Sapiens parapara Homo IntelectusHomo Intelectus
também estamos, pouco a pouco,também estamos, pouco a pouco,
evoluindo de modelos mentaisevoluindo de modelos mentais
heteronômicos para modelos mentaisheteronômicos para modelos mentais
autonômicos. Afinal ainda somos seresautonômicos. Afinal ainda somos seres
inconclusos em busca de modelos maisinconclusos em busca de modelos mais
completos de existência.completos de existência.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
45. SHENG
Tudo isto vem mostrar que precisamos,Tudo isto vem mostrar que precisamos,
rápido,rápido, redefinir cooperativismo eredefinir cooperativismo e
mutualismomutualismo, eliminando os conceitos, eliminando os conceitos
que foram concebidos com base nosque foram concebidos com base nos
modelos mentais retrógrados e reativos.modelos mentais retrógrados e reativos.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
46. SHENG
A resistência das pessoas em relação àA resistência das pessoas em relação à
instituição plena do cooperativismo e doinstituição plena do cooperativismo e do
mutualismo deve-se, sobretudo, àmutualismo deve-se, sobretudo, à
dificuldade que muitas têm para sair dodificuldade que muitas têm para sair do
caminho dos ganhos especulativoscaminho dos ganhos especulativos
produzidos através de empresas e negóciosproduzidos através de empresas e negócios
individuais e pouco ou em nada lícitos.individuais e pouco ou em nada lícitos.
Isto é comum em todo mundo.Isto é comum em todo mundo.
Mutualismo e Cooperativismo
Redefinidos
47. SHENG
As pessoas vivem em um mundo irrealAs pessoas vivem em um mundo irreal
manuseando valores reais que não lhesmanuseando valores reais que não lhes
pertencem, que são usurpados dospertencem, que são usurpados dos
indivíduos que contribuem, às vezesindivíduos que contribuem, às vezes
também com a ilusão de se tornarem tãotambém com a ilusão de se tornarem tão
prósperos ou ricos quanto aqueles que sãoprósperos ou ricos quanto aqueles que são
usurpadores e que criam umusurpadores e que criam um
conglomerado de propriedades paraconglomerado de propriedades para
assumir posição de poderosos.assumir posição de poderosos.
Formas de Propriedade e suas
influências socioeconômicas
48. SHENG
Quando alguns desses indivíduos começam a seQuando alguns desses indivíduos começam a se
tornar muitotornar muito espertosespertos e ladinos por percebereme ladinos por perceberem
o jogo dos poderosos financeiros e negociais,o jogo dos poderosos financeiros e negociais,
esses poderosos procuram coopta-los para tirá-esses poderosos procuram coopta-los para tirá-
los do seio da massa ignara, a fim de não ampliarlos do seio da massa ignara, a fim de não ampliar
a conscientização dos demais em relação ao jogoa conscientização dos demais em relação ao jogo
do poder econômico e financeiro. A cooptação sedo poder econômico e financeiro. A cooptação se
dá através da deformação dos modelos mentaisdá através da deformação dos modelos mentais
daqueles indivíduos que aguçaram demais suasdaqueles indivíduos que aguçaram demais suas
consciências e começaram a perceber melhor oconsciências e começaram a perceber melhor o
jogo dos poderosos.jogo dos poderosos.
Formas de Propriedade e suas
influências socioeconômicas
49. SHENG
Um segundo motivo deve-se a que aqueles
princípios que fundaram o Primeiro
Iluminismo promoveram a fragmentação
do conhecimento deixando de reconhecer,
entre outros, os conteúdos dos princípios
filosóficos e espiritualistas que têm uma
poderosa ação sobre o comportamento, a
criatividade, a socialidade, e maturidade
comportamental das pessoas, além, claro,
de ampliar o próprio indivíduo colocando-o
na posição de multivíduo.
Conclusão
50. SHENG
Com os caminhos do Século XXI conduzindo a
um Segundo Iluminismo não pragmático (o
qual tem como marco-limite para o seu começo,
ainda que em forma embrionária, o Zaratustra e
outros trabalhos de Nietzsche. Pelo menos o
trabalho de Nietzsche, pela nossa visão, termina
ou finaliza o Primeiro Iluminismo), mais
Holístico e primando pelo desenvolvimento do
Homem Integral, está na hora de começarmos
a preparar a saída de nossa borboleta de seu
casulo para planar sobre as pessoas e promover o
esclarecimento (no sentido mesmo de des-
alienação) integral.
Conclusão
51. SHENG
Com isto serão disseminados os princípios
filosóficos e científicos que irão congregar as
partículas dispersas do saber e do pensar para
construir ou reconstruir a integralidade do
conhecimento e acabar com o poder e a
influência da racionalidade limitada e limitante
que predominou até agora na sociedade
humana; que foi a geradora de todos os modelos
e ícones que influíram na formação e na
manutenção de modelos mentais e
comportamentais que consolidou o
individualismo negativo nesses mais de trezentos
anos de sociedade.
Conclusão
52. SHENG
Estas posições são importantes porque a consolidação do
capitalismo industrial e do capitalismo de capital ou
financeiro, que tem seu início na I Revolução Industrial,
só vai ocorrer com as abordagens de Taylor sobre as
condições de trabalho e a medição do esforço no trabalho
que criam a técnica management e resulta, depois, nos
estudos de produtividade.
Este capitalismo vem reforçar e também assentar os
princípios do Poder do Dinheiro com base na
apropriação cada vez mais intensa de bens materiais,
recursos e espaço territorial. Isto nada mais é do que a
forma mais severa e cruel de propriedade que chamamos
de Propriedade Individual Exclusiva, a qual já
vinha sendo contestada por Proudhon.
Conclusão
53. SHENGGRACIAS POR SU ATENCIÓN
NUESTROS CONTACTOS:
Adm. Jovino Moreira da Silva, M. Sc.
Consultor SHENG – Sistemas Humanos,
Estratégias Negociais e Gerenciais – CRA-
2165-BA
http://shengadm.blogspot.com
E-mail: jovino40@yahoo.com.br
Celular: 55(77)9148-6860