O documento descreve o primeiro jogo da série Street Fighter lançado em 1987, incluindo sua equipe de produção, criadores, jogabilidade inicial com dois personagens selecionáveis, Ryu e Ken, e motivos iniciais de fracasso devido à complexidade dos comandos.
5. INTRODUÇÃO:
O primeiro game da série,
que é referência em jogos de
luta, foi lançado em 30 de agosto
de 1987, lançado pela Capcom
nos arcades japoneses. O jogo,
porém, começou de maneira um
tanto restrita: o jogador não
podia escolher um personagem,
e contava apenas com Ryu,
representando o Japão. Se um
segundo lutador entrasse na
partida, ele automaticamente
assumiria o comando de Ken,
representando os Estados Unidos.
6. O JOGO:
Foi o primeiro jogo de luta produzido
pela Capcom e apresentou aspectos que
se tornariam padrão para jogos de luta que
surgiram mais tarde (botões de ataque e
ataques especiais executados a partir de
uma sequência). O primeiro Street Fighter
era bem mais simples do que nós estamos
acostumados hoje em dia, mas seu
conceito era o mesmo: um torneio de artes
marciais envolvendo lutadores de
diferentes países. O visual do Ken era
basicamente o mesmo, já o Ryu tinha um
look um pouco diferente: com cabelos
ruivos e usando um questionável par de
sapatilhas vermelhas.
7. Embora o jogador não tivesse muita opção de escolha, o
computador controlava vários outros lutadores. Sagat era o boss
desse jogo.
8. O torneio do primeiro Street Fighter era composto por 10
lutas, divididas em 8 lutadores representando Japão, Estados
Unidos, China, Inglaterra e a Tailândia. Entre as lutas, o
tradicional aviãozinho sobrevoando o mapa aparecia para
levar o jogador ao seu próximo destino.
9. MECÂNICA DE JOGO:
Uma das características
interessantes do primeiro Street
Fighter é que seu gabinete teve
duas diferentes versões: a primeira
delas apresentava apenas dois
botões – um para soco, outro
para chute – e os golpes fracos,
médios ou fortes eram desferidos
de acordo com a força com que
o jogador os pressionava. Como
estes botões eram sensíveis à
pressão, acabavam estragando.
Posteriormente, as máquinas
foram substituídas pelas versões
com seis botões normais que
perduram até hoje.
10. MOTIVO DO FRACASSO:
A indústria era bem diferente em 1987. Nesta época já havia games de luta, mas
a maioria era de progressão lateral cooperativa, como no clássico Double Dragon.
Competir no fliperama era basicamente sinônimo de escolher um game e batalhar
pela pontuação mais alta, com os jogadores se alternando no controle. A disputa
mano a mano entre dois jogadores, grande inovação do jogo, colocava o
segundo player no comando do americano Ken, idêntico a Ryu, mas com outra
paleta de cores. A novidade causou curiosidade, mas esbarrou em um defeito
terrível para qualquer jogo de luta: a jogabilidade. Os comandos eram bastante
complexos se comparados aos títulos de luta da época. Para piorar, os personagens
andavam saltitando e os controles respondiam mal, o que comprometeu o sistema
de execução de golpes baseado na combinação de movimentos com o joystick +
algum botão de ataque: executar um simples hadouken era mais uma questão de
persistência do que habilidade.
11. CURIOSIDADES:
Fechando o pacote deste clássico, temos alguns
bônus interessante:
Nesse jogo, existe uma fase bônus que consiste em
quebrar uma pilha de pedras com um golpe.
Desconfiam que foi daí que a série Mortal Kombat
tirou seus desafios do tipo “Test Your Might”.
O primeiro jogo foi esquecido por conta do sucesso
de Street Fighter II (para alguns, considerado o
primeiro jogo da franquia).
Foi o primeiro projeto em que Keiji Inafune (co-
criador de Megaman) trabalhou.
O diretor e produtor do Street Fighter original, Takashi
Nishiyama, juntamente com o planejador, Hiroshi
Matsumoto, deixaram a Capcom após eles criaram
SF1 e se juntou SNK onde eles projetaram Fatal Fury e
Art of Fighting.