1) O documento apresenta um curso de formação de obreiros com o objetivo de prepará-los para o serviço na igreja e evitar escândalos.
2) São definidos os cargos de diferentes obreiros como pastor, evangelista, missionário, presbítero, diácono e auxiliar de trabalho.
3) São dados conselhos sobre a conduta dos obreiros nas atividades da igreja, enfatizando a boa apresentação pessoal e o exemplo a ser dado.
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CURSO PARA OBREIROS
“Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.”
[1 Tm 3.1]
Objetivos
Este curso tem por objetivo:
1. preparar obreiros para o serviço do Senhor em nossas congregações;
2. dar o crescimento em qualidade ao Ministério das nossas igrejas;
3. evitar os escândalos no Corpo de Cristo; e
4. orientar a vida ministerial dos amados irmãos.
Introdução
Sempre foi necessário ao ministério das igrejas evangélicas um curso preparatório para
os obreiros, tudo em virtude do crescimento ministerial que tem ocorrido nas igrejas e da
crescente onda de mundanismo que tenta invadir as congregações em nosso país e ao
redor do mundo. Como se vê este trabalho não está voltado ao simples conhecimento
teológico acerca das doutrinas cristãs, mas o objetivo central é preparar o obreiro no
exercício das funções ministeriais. Haja vista que a estrutura social da Igreja tem tomado
muito mais forma do que a espiritual. Aqueles que têm aceitado a Cristo hoje, já não se
parecem nada com o cidadão que o aceitava há vinte anos, geralmente ele conhece as leis
civis, os códigos de conduta sociais e às vezes alguns aspectos da fé. É comum atualmente
ouvirmos termos como: ética, respeito, educação, postura, etc. Sendo exigido de nossos
obreiros, por parte dos membros da igreja. Essa é uma característica do tempo presente,
o lado social vai crescendo enquanto o espiritual vai ficando para o segundo plano, isso
deve ser combatido, e só com obreiros preparados isso será possível.
É fácil observar pessoas tristes e frustradas por não receberem uma oportunidade ou não
serem convidadas para esse ou aquele evento na igreja. A ideia com esse estudo, é mostrar
o que a Bíblia nos ensina, pois é possível ser social e altamente espiritual At 6.5.( E este
parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito
Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de
Antioquia; Atos 6:5) Hoje o Obreiro deve aprender que “estar ligado” nem sempre é estar
em espírito, às vezes é “estar prestando atenção!”
Definições
Damos aqui algumas definições para facilitar o estudo:
Obreiro
Em um sentido genérico, seria todo aquele que trabalha na Obra do senhor, mas o termo
é usado especificamente no meio evangélico para designar os que foram consagrados para
exercerem cargos ministeriais de qualquer natureza, seja pastor, presbítero, diácono ou
auxiliar de trabalho, seja homem ou mulher, todos são obreiros do Senhor, é muito comum
na Varões de Guerra o uso do termo para designar apenas o auxiliar de trabalho ou
cooperador.
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Pastor
É o anjo da Igreja, ou líder espiritual do rebanho, o que tem a função principal de
apascentar as ovelhas e recebe orientação do Senhor no desempenho dessa missão Ap
2.1. Em o Novo Testamento equivale a bispo e presbítero At 20.17,18, mas atualmente
nas Varões de Guerra se diferencia do presbítero nas funções ministeriais, e vem depois
do (bispo/ apostolo) na hierarquia funcional das denominações que possuem o sacerdócio
episcopal. Tem a função também de administrador da Igreja de Cristo 1 Pe 5.1-3. Devido
à necessidade da obra de Deus e ao chamado, o pastor também recebe designações
especiais como Evangelista e Missionário.
Evangelista
Equivalente ao cargo de pastor e muitos vezes é chamado de pastor evangelista, tem a
função de coordenar os trabalhos de evangelismo na área de influencia da igreja local,
pode também ser enviado para abrir ou dirigir algum trabalho de oração ou até mesmo
alguma congregação.
Missionário
É o obreiro comissionado para uma obra de missão, dentro ou fora do país, para
evangelização e/ou abertura de congregações, é também atribuído às irmãs consagradas
para essa obra.
Presbítero O nome vem do grego que significa “o mais idoso” era o ancião responsável
pela observância da justiça nas cidades gregas, em o Novo Testamento, equivale ao pastor
e ao bispo At 20.17,18, e por essa equivalência em muitas denominações atualmente o
presbítero se constitui em um auxiliar e substituto direto do pastor e exerce funções
administrativas e de ministro, responsável pelo ensino da Palavra, aconselhamento,
direção dos trabalhos da igreja e unção com o óleo, entre outras. No tempo apostólico o
presbítero era o dirigente das congregações Tt 1.5-7, atualmente vem depois do pastor na
hierarquia funcional, há quem critique as denominações evangélicas de tirarem o sentido
real e a importância da palavra ao criarem o cargo de pastor.
Diácono (Abaixo em um estudo separado)
O nome vem do grego e significa “servidor”, leia At 6.1-7.( Ora, naqueles dias, crescendo
o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque
as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós
deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da
palavra.
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito
de Antioquia;E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as
mãos.
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E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé. Atos 6:1-7)
Entende-se nesta passagem que o objetivo da instituição dos diáconos era basicamente
para servir as mesas, mas devido à ascensão social da Igreja as funções do diácono
tiveram seu caráter modificado, embora mantenha a mesma essência, agora o diácono é
o principal responsável pelos meios que fazem o culto funcionar, como água, som,
limpeza da igreja, organização, e anotações diversas entre outras. Diante do aqui exposto
o diácono é o cargo ministerial que melhor expressa a intenção do Senhor em Jo 13.12-
15. O ideal é que todo obreiro antes de alcançar qualquer função de maior
responsabilidade ou relevância na Obra de Deus, tenha passado pela escola do diaconato,
assim como Moisés passou quarenta anos no deserto aprendendo a servir em humildade
para só depois então, ser enviado pelo Senhor para libertar e conduzir o povo de Deus
pelo deserto até a terra prometida Ex 3.2,10.
Diaconisa É o equivalente ao diácono e diz respeito às irmãs consagradas com as mesmas
funções dos diáconos, algumas denominações não adotam este cargo por não encontrarem
referência Bíblica dele, porém existem tarefas que são peculiares às irmãs, como cozinhar,
tomar conta de berçário entre outras. Várias mulheres na Palavra de Deus, foram
cooperadoras do Senhor Jesus no seu ministério terreno Mt 27.55,56.( E estavam ali,
olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para o
servir; Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe
dos filhos de Zebedeu. )
Auxiliar de Trabalho (Cooperador) O Auxiliar de Trabalho é uma função que precede
ao Diácono, o termo é relativamente novo e não se encontra na Bíblia, por conta disso,
algumas denominações mais rígidas quanto à doutrina, não o reconhecem como cargo
ministerial. Embora não haja referência bíblica sobre o cargo, ele pode ser inferido no
contexto de 1 Tm-3.10. (E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se
forem irrepreensíveis) Baseado neste conceito, o cargo de auxiliar de trabalho foi criado
com o objetivo de experimentar o obreiro para o diaconato, é como se o obreiro ficasse
em um período de observação, para ao ser aprovado como obreiro, fosse então consagrado
a Diácono. Ocorre frequentemente no meio “das Varões de Guerra”, que alguns auxiliares
de trabalho se destaquem tanto, que a própria igreja local o considerem como diácono
antes mesmo da sua consagração.
Obs.:
Convém observarmos antes de iniciarmos o estudo propriamente dito, que o corpo de
obreiros, está sob a liderança do pastor e tem como atribuição principal a de liderar e
organizar a comunidade dos remidos, sendo como auxiliares do pastor no desempenho de
sua missão, que é a de conduzir o povo de Deus ao céu, para essa atribuição seja
desempenhada com êxito, é necessário que no ministério haja organização, e por isso os
obreiros obedecem a uma hierarquia funcional eclesiástica, aonde viria na seguinte
ordem: pastor presidente, pastor (dirigente), pastor auxiliar, presbítero, evangelista ( Obs.:
na Varões de Guerra o Evangelista está acima do pastor, pois o nosso Presidente é
Evangelista) e ou missionário, diácono e auxiliar de trabalho(comumente chamado
obreiros.) Convém lembrar que a hierarquia aqui exposta é apenas funcional e não
pessoal, é apenas para fins de organização e trabalho, a hierarquia no reino de Deus
obedece ao critério da humildade Lc 22.24-27.( E houve também entre eles contenda,
sobre qual deles parecia ser o maior. E ELE lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre
eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós
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assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve pois
qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu,
porém, entre vós sou como aquele que serve.)
CONDUTA DO OBREIRO NAS ATIVIDADES DA IGREJA
É durante o culto e eventos, da igreja, que o obreiro mais tem contato com os membros
de uma forma geral, é nesse momento que ele é observado e julgado por suas atitudes
pela igreja, podemos minimizar ao máximo os danos causados pelo julgamento
precipitado, observando, além daquilo que a Bíblia coloca como requisitos para o
ministério e das tarefas específicas do obreiro, alguns procedimentos diante da igreja, que
passaremos a apresentar a seguir.
Tudo o que a Bíblia ensina como comportamento e ordenanças para o povo de Deus, deve
ser primeiramente evidenciados nos obreiros para que estes sirvam como exemplo para
todos os membros, assim o obreiro será também um agente motivador.
Obs.: Todas as recomendações apresentadas aqui devem ser seguidas por todos os
obreiros, sejam homens ou mulheres, basta que esteja a serviço do Senhor.
Aspectos Pessoais
a) Apresentação individual
Qualquer empresa ou instituição zela pela boa apresentação de seus funcionários, pois
isso por si só já se constitui em um cartão de visita, é correto afirmarmos que a roupa não
salva, mas também devemos observar na casa de Deus o que a Bíblia chama de “ordem e
decência,” até mesmo pela ênfase que Palavra de Deus dá ao assunto At 6.3.( Escolhei,
pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. ). Detalhes como roupa
limpa e passada, barba bem feita, cabelo cortado, sapato engraxado e unhas cortadas,
podem fazer muita diferença diante de Deus e dos homens. Diante de Deus, pela
importância que demonstramos a tudo aquilo que se relaciona com nosso Deus e diante
dos homens pela ação motivadora e glorificação ao nome de Deus 2 Cr 9.3,4.( Vendo,
pois, a rainha de Sabá a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara; E as iguarias da sua
mesa, o assentar dos seus servos, o estar dos seus criados, e as vestes deles; e os seus
copeiros e as vestes deles; e a sua subida pela qual ele chegava à casa do SENHOR, ela
ficou como fora de si. )
b) Gentileza
Há razões simples para sermos gentis no trato com todos, uma delas seria a própria fé que
pregamos, pois seria no mínimo incoerente falarmos que o fruto do espírito é amor,
benignidade, bondade, paz, etc., Gl 5.22(Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. ), e assumirmos uma
atitude hostil ou ranzinza para com os irmãos. Existe principalmente a questão do
exemplo, é fácil notar quando existe o clima fraternal entre os irmãos, pelo sorriso
espontâneo, pelo abraço, entre outros gestos, e isso também pode ser percebido pelos de
fora, a exemplo disso existem muitos irmãos que ao procurarem uma igreja para
congregarem, acabam preferindo aquela onde além de serem, melhor recebidos, também
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observaram as atitudes uns para com os outros. As pessoas estão procurando os lugares
onde se prega e se vive a Palavra de Deus, esperamos convencê-las que isso ocorre em
nossas igrejas, porém sabemos que o exemplo fala mais que as palavras 1 Jo
3.18(Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é
gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. ), além do mais para aquele que
é gentil o Senhor está pronto para abrir as portas 1 Sm 16.18.( Então respondeu um dos
moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é
valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença; o
SENHOR é com ele. )
c) Educação
O obreiro deve observar regras simples de boa educação como aguardar sua vez de falar,
pedir licença ao sair e ao entrar, cumprimentar a todos quanto for possível, evitar gritarias,
respeitar a hierarquia funcional usando os pronomes de tratamento corretos (Sr ou você,
pastor, presbítero etc.), nisso estaremos todos em uma só ligação, além dessas regras
existem outras, é só ter um pouco de bom senso e seguir a Palavra de Deus, Mt 7.12.(
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós, porque
esta é a lei e os profetas.)
d) Ética
Ética são códigos de conduta para o bom relacionamento entre as pessoas dentro dos
grupos, variam de grupo para grupo, existem ética empresarial, ética política, etc. É
também existe a ética cristã. São códigos que se forem quebrados podem danificar os
relacionamentos, prejudicar a imagem da instituição e até trazer escândalos ao Corpo de
Cristo, convém estar atento a alguns procedimentos:
- Celulares, os obreiros devem colocar seus aparelhos para o modo silencioso ou
desligarem durante o culto;
- Evitar conversas a parte com irmãs casadas ou entre obreiros casados e irmãs solteiras,
a não ser quando for necessário e por breve período de tempo;
- Evitar beijos no rosto e abraços com as irmãs, que se conhece há pouco tempo ou novas
convertidas;
- Evitar ficar do lado de fora da igreja durante o culto;
- Evitar andar sem necessidade no meio da igreja durante o culto; escorar nas paredes,
mãos no bolso etc.
- Ser breve nas oportunidades, evitando principalmente histórias particulares e
infindáveis;
- Nas oportunidades, nunca se referir ao problema particular de um irmão por mais que
seja do conhecimento de todos;
- Não chamar a atenção dos obreiros diante da igreja, deve-se falar em particular, na
presença de outro obreiro ou nas reuniões;
- Evitar o uso de apelidos;
- Respeitar a dor dos outros;
- Ao orar em grupo, deve ser feito com ordem e em comum acordo com os irmãos, para
evitar os falatórios sem objetivo;
- Evitar quaisquer atividades que tirem a ligação do culto, como trocar uma lâmpada,
arrastar uma mesa, afinar uma guitarra ou bateria, salvo o que for necessário, todo preparo
do culto deve ser feito antes;
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-Não conversar no altar, nem baixar a cabeça ou escorar a mesma com a mão isto da um
ar de abatido.
-Não menear a cabeça como sinal de reprovação (isto demostra desunião).
-Não rebater pregações ou repregar. 1co.1.10 (Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós
dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.)
-Não usar falsa humildade com: eu sou o menorzinho, simples, pecador, falho etc.
–Evite o pronome eu obs.eu faço, eu vou etc.
Além dessas normas, poderíamos citar muitas outras, mas por hora essas parecem ser as
mais comuns.
O obreiro deve aprender que a ética a ser praticada entre os irmãos do Ministério e destes
para com os membros da igreja, é aquela que leva em consideração a pessoa do próximo,
seu nível social, seus costumes, seu patamar espiritual, etc. Diante disso entendemos que
além da Ética Cristã, que é comum a todos os crentes, existem também a ética social e a
cultural que variam de indivíduo para indivíduo ou entre grupos, nem sempre o que é
certo pra mim, será para o meu irmão, um exemplo clássico disso é aquele irmão que tem
o costume de cumprimentar as irmãs com beijos no rosto ou às vezes com abraços, esse
costume geralmente vem do convívio familiar e não representa nada para aqueles que o
praticam, sendo apenas uma mera saudação, mas sabemos que nem todos veem com bons
olhos esse hábito, sendo então recomendável que não se use dessa prática no convívio
entre os irmãos em Cristo quando se tratar de novos convertidos ou irmãs, cujos maridos
não são convertidos ainda. A manutenção da ética independe do que eu penso ou
considero, e sim, leva em conta a Palavra de Deus e o meu próximo.
e) Postura
O obreiro representa a própria igreja e por isso deve sempre manter uma postura
condizente com o cargo, função ou atividade que estiver desempenhando, precisa o
obreiro estar atento a detalhes como a forma de estar sentado no Ministério ou em pé na
portaria. O obreiro deve evitar ficar encostado ou sentado de qualquer maneira, deve
manter uma postura ereta, decisiva, séria na sua função, mas sem perder a “gentil
presença”, também deve evitar conversas desnecessárias, tudo que o obreiro fizer durante
o culto deve ser em prol da realização deste, salvo em algumas ocasiões quando algum
assunto externo urgente requer a sua atenção.( lembrem-se da regra de :importante e
urgente).
f) Atenção
No transcorrer do culto o obreiro deve estar atento nas atividades do mesmo, há situações
que requerem atitudes imediatas, como falta d’água para o ministério, som do microfone
falhando, crianças fazendo bagunça na porta do banheiro, fio do microfone embolado,
bêbado falando alto desvirtuando a atenção dos membros entre outras, milhares de
situações possíveis, por isso é necessário que o obreiro tenha atenção constante.
Em contra partida é necessário que o obreiro mantenha também uma ligação espiritual,
como é praticamente impossível que haja atenção aos detalhes do culto e ao mesmo tempo
ligação espiritual, recomenda-se que a liderança da igreja mantenha uma escala de
obreiros responsáveis pela execução do culto, onde seriam escalados dois ou mais
obreiros por culto, dependendo do tamanho do templo e disponibilidade de obreiros, para
trabalharem no apoio direto à liturgia enquanto os outros ficariam livres para manterem
a disciplina espiritual, se ligando na oração, nos louvores, na palavra e no agir do Espírito
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Santo. Essa escala não livra em absoluto os outros obreiros de atuarem, podendo ser
acionados a qualquer momento para ajudarem em alguma tarefa.
Os obreiros devem, a todo custo, evitar o desligamento (desatenção), principalmente
estando assentado, pois o obreiro tem que estar atento ao apoio direto ao culto, ou vai
estar em ligação espiritual ou coordenativa. É estranho ver um obreiro no Ministério ou
na portaria com o olhar distante, distraído, disperso, talvez preocupado com alguma coisa
ou pensando em algo que para ele no momento é mais importante ou interessante do que
o culto. O ideal no culto é que todos estejam unidos em um só propósito, que é o de adorar
ao Senhor e os obreiros devem ser os primeiros a colaborar neste sentido, se isso não for
observado pelos obreiros, corre-se o risco de oferecermos um culto frio e arrastado ao
nosso Deus.
g) Iniciativa
A iniciativa é uma qualidade que faz com que o indivíduo tome atitudes preventivas ou
corretivas, sem que para isso seja preciso alguma ordem. Essa é uma das qualidades que
mais se espera de um obreiro, isso é que ele desenvolva a iniciativa, a Obra de Deus sofre
por causa de obreiros que não tem iniciativa. Todo obreiro, ao verificar algo que precise
ser feito, deve imediatamente fazer, e trabalho é o que não falta. Veja como deve se
considerar aquele que espera uma ordem de alguém para executar alguma tarefa:
Lucas 17:9-10”Porventura dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio
que não. Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos
servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.”
A aplicabilidade dessa palavra é impressionante para os nossos dias, pois alguns obreiros
por não conhecerem esta temática vão se tornando inúteis para o serviço da Casa do
Senhor. Tarefas simples são simples de se executar, tais como, bancos desarrumados,
banheiro sujo, secretaria desorganizada e etc. para isso é necessário que os obreiros
estejam atentos a esses detalhes, que podem passar despercebidos. O interessante dessa
Palavra é que esse ensinamento é cobrado no meio secular, fica evidente essa verdade:
Aquele que souber desenvolver a iniciativa terá grande sucesso em sua vida em todas as
áreas.
h) Envolvimento
O obreiro deve procurar se envolver nas atividades da igreja, ao ser anunciada um evento,
o obreiro deve se apresentar para o trabalho, como em um jogo de futebol quando algum
jogador está com a bola, os outros correm para se desmarcar e ficar em condições de
receber o passe, também nas atividades da igreja, o obreiro deve estar sempre em
condições de receber a bola, sempre se apresentar para os trabalhos. O obreiro deve ser
aquele membro com quem o pastor pode contar para auxiliar nos projetos e realizações
da igreja.
i) Pro atividade
Esse é um termo relativamente novo no mundo, diz respeito às atitudes preventivas em
um determinado projeto ou tarefa, é o ato de se prever possíveis necessidades ou falhas
no futuro. Diríamos que pro atividade é a soma de iniciativa e envolvimento nos diversos
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projetos e realizações da igreja. Exemplo: ao ser marcado um culto ao ar livre, o obreiro
deve, antes de tudo, pensar em coisas como som, folhetos, ponto de luz para a instalação
do som e etc. Ainda que não seja da sua alçada. O obreiro não deve se comportar como
se não fosse responsabilidade dele, a realização de algum trabalho na igreja. Se os crentes
aplicassem os conceitos de pro atividade em sua vida profissional, seriam pessoas de
sucesso em suas carreiras. Alguns obreiros proativos da Bíblia foram: Paulo, Pedro,
Estêvão, etc... Aplique isso na sua vida!
j) Equilíbrio
O obreiro deve a todo custo ter um comportamento equilibrado, ele deve saber identificar
o momento de descontração e o momento de assumir a postura séria para as atividades, e
ao descontrair deve evitar brincadeiras extravagantes, piadas fora de tempo, ou com
temas duvidosos (infames, com mentiras Pv 26.18,19,( Como o louco que solta faíscas,
flechas, e mortandades, Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por
brincadeira.) , com o Espírito Santo ou com algum personagem bíblico) O obreiro deve
se lembrar que: “Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que refreia os lábios é
prudente” Pv 10.19(Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus
lábios é sábio.)
Ao assumir uma postura séria, devem-se evitar os exageros, para não parecer um ranzinza,
lembre-se que o evangelho é alegria, dificilmente o visitante retornará ao ser tratado com
aspereza pelo obreiro.
k) Prontidão
O obreiro pode, na sua essência, ser comparado ao soldado em qualquer atividade da
igreja ele é como o soldado em combate, por isso ele precisa estar sempre em prontidão
para atuar em qualquer frente, seja para trazer a igreja uma saudação da Palavra de Deus,
fazer abertura do culto, iniciar a EBD, etc. Nenhuma atividade deve deixar de ser
realizada por falta de obreiros, é necessário o obreiro estar preparado. Recomenda-se ao
obreiro, deixar um esboço pronto na Bíblia para uma possível oportunidade de pregar,
antes de sair de casa o obreiro pode já preparar uma palavra de saudação e também deve
o obreiro, se preparar até para dirigir ou iniciar o culto. Lembre-se que Deus quer que teu
ministério cresça, então, quando vir uma oportunidade não desperdice!
Existem obreiros tristes, frustrados, que culpam o pastor, o dirigente e o ministério, mas
na verdade a culpa é do próprio obreiro, que nunca se preparou para assumir o lugar para
o qual o SENHOR o chamou.
L) Pontualidade
O quesito que rapidamente aparece no obreiro é a sua pontualidade, principalmente se ele
tiver na etiqueta secular que tolera um atraso de no máximo dez minutos, mas nas
atividades da igreja os obreiros devem sempre chegar antes que os membros, ainda que
isso não tenha sido anunciado. Alguns ministérios elaboram a escala com dois ou mais
obreiros escalados para cada evento, para chegarem mais cedo, abrirem a porta,
prepararem o som e etc. Porém o restante que não estão escalados deve, no entanto chegar
no horário marcado ou para a oração, ou para o início do culto. A pontualidade é um ponto
fraco no movimento pentecostal, a maioria das igrejas pentecostais sofre com atraso,
geralmente ao iniciarem os cultos, o total presente na igreja é sempre abaixo dos 50 % do
total dos membros, uma forma de combater isso é o ministério trabalhar a questão da
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pontualidade, iniciando os cultos no horário previsto e terminando também na hora
determinada e os obreiros dando o exemplo de pontualidade para o restante do Povo de
Deus.
m) Amor
O obreiro não deve esquecer nunca do amor, tanto para com Deus, como para com os
irmãos e entre os próprios obreiros, é lamentável quando um obreiro busca o rápido
crescimento ministerial e por conta disso toma atitudes que não estão nos padrões da
Palavra de Deus, a própria Palavra do Senhor nos assegura que toda uma vida na obra
pode ser perdida se não tiver amor 1 Co 13.1-3.( Ainda que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos
pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada
disso me aproveitaria.) é necessário que o obreiro se examine e procure dentro de si
mesmo, os reais motivos que o levam a fazer a obra do Senhor. Encontramos muitos
obreiros, com longos anos de trabalho na obra e que são homens e mulheres usados pelo
Senhor, mas que de repente se desviam, muitas vezes o que motiva essa atitude é o fato
de eles estarem muito tempo na obra do Senhor, por outras razões e não o amor às almas
e a obra de Deus, ou então no decorrer da caminhada eles se esfriaram no amor Mt 24.12.(
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. )
Se o obreiro colocar em prática o amor, as outras atitudes como ética, respeito, educação,
pontualidade, etc. Serão mais fáceis, pois tudo vem do amor. Infelizmente alguns obreiros
encaram o ministério como profissão e se tornam arrogantes e até soberbos,( Pv.16.18 A
soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. ) realmente a primeira e
mais importante característica do obreiro, é o amor.
Aspectos Funcionais
Falaremos agora dos aspectos relacionados às funções eclesiásticas, na liturgia do culto.
A liturgia nem sempre é igual para todas as igrejas, mas no básico é muito parecida.
Dirigente do culto
Essa função normalmente é desempenhada pelo pastor da igreja ou por algum presbítero,
mas isso não quer dizer que nenhum Missionário (a) /diácono (iza) /obreiro (a) possa
receber essa incumbência, contudo aquele que estiver na responsabilidade de dirigir o
culto, seja por escala prévia ou por determinação pastoral imediata, deve observar os
seguintes requisitos:
a) estar preparado para essa importante tarefa, mesmo que tenha sido pego de surpresa,
não deve o obreiro estar despreparado. O obreiro ao sair de casa já deve imaginar que
pode ser pego de surpresa para dirigir o culto.
b) observar a liturgia do culto, que normalmente segue esta sequência simples: oração
pelo início do culto, palavra devocional ou introdutória, louvor de adoração, corinhos de
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avivamento, oração para o preletor, Ministração da palavra, apelo, recolhimento dos
dízimos e ofertas, anúncios e benção apostólica. Com certeza esta sequência litúrgica, não
será a mesma em todas as denominações, damos aqui somente uma base para a
compreensão;
Obs.: O nervosismo é algo normal nas primeiras vezes em que o obreiro for dirigir o culto,
o obreiro não deve se desanimar nem se entristecer quando algo não sair de acordo com
o planejado, saiba que é aí que o Senhor vai fazer você crescer espiritualmente.
c) Para a palavra devocional, que é a palavra introdutória é interessante, que o irmão ou
irmã que fizer menção da Palavra introdutória seja o de maior ascendência no ministério,
(Que estão se destacando em evangelismo, visitas, serviços dentro do templo etc.) e não
deve ser o mesmo que ministrará a Palavra na hora da pregação. O obreiro deve evitar
passar a oportunidade de trazer a Palavra devocional para algum outro obreiro.
d) o dirigente pode a qualquer momento, durante o culto, convocar a igreja para fazer
uma oração específica, mas é imprescindível que se faça oração nas seguintes ocasiões:
no início, antes e depois da palavra, no recolhimento de dízimos e ofertas, término.
e) O dirigente do culto deve evitar que o culto esfrie, ou seja, o ambiente do culto deve
estar sempre numa atmosfera de adoração, para isso é interessante que o dirigente saiba
com antecedência qual irmão ou grupo receberá a próxima oportunidade, evitando
aqueles momentos vagos enquanto está sendo preparado ( Playback, peça teatral, danças
etc.) e a igreja fica num silêncio fúnebre; e
Obs.: Apontamos aqui alguns procedimentos genéricos para a boa direção de culto,
algumas denominações têm em seus regimentos litúrgicos internos, outros procedimentos
e outras têm seus próprios costumes.
Palavra Devocional.
A liturgia do culto, nas Varões de Guerra e em algumas outras denominações, prevê a
Palavra de abertura, também chamada de Palavra Introdutória ou Palavra Devocional,
todo obreiro neste caso deve estar pronto para fazer menção da Palavra de abertura, neste
caso o obreiro deve observar alguns detalhes fundamentais como:
a) O texto a ser escolhido deve ter um contexto, não se deve escolher versículos isolados.
Dê preferência aos textos que não narrem fatos completos. Ex.: uma parábola, um salmo,
Tema da campanha ou um acontecimento,
b) Não se deve escolher textos muito longos;
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c) É interessante seguir o contexto do culto, por exemplo, em um culto de missões pode
ser lido sobre as viagens missionárias de Paulo, em um culto de ações de Graça pode-se
ler sobre o cântico de agradecimento de Ana, campanha algo relacionado com o tema.
d) O obreiro deve dar preferência aos textos que sejam de fácil compreensão para os
irmãos, evite passagens muito complexas.
e) Fazer o curso de Homilética (A Arte de Pregar)
PORTARIA
De não menos importância para o igreja é a portaria, pois equivale ao cartão de visitas da
casa, o obreiro que estivar no cargo portaria deve procurar seguir tudo que foi ensinado
sobre apresentação individual e, além disso, alguns detalhes a seguir:
a) Deve o obreiro ser simpático, estar sempre com um sorriso para receber os
convidados e visitantes;
b) Se não houver outro obreiro para conduzir os visitantes aos lugares vagos, o obreiro
da portaria deverá conduzi-los aos lugares destinados ou que estão desocupados, para
evitar que estes fiquem em pé sem saber onde sentar;
c) O obreiro na portaria deve manter sempre pronto uma prancheta e caneta para as
anotações de dados dos visitantes, tais como: igreja, pastor, nome de grupo, etc.
d) Quando houver ministros visitando a igreja o obreiro da portaria deve pedir a
credencial, conferir a validade e passar para o ministério ou para o dirigente fazer a devida
apresentação;
e) O obreiro da portaria deve estar também atento às crianças que eventualmente
tentam sair da igreja sem que suas mães percebam;
f) O obreiro na portaria deve comportar-se como uma sentinela, nunca deverá estar
de olhos fechados ou distraído com alguma coisa;
j) Durante a leitura da Palavra Introdutória, o obreiro que estiver na portaria deve
solicitar aos irmão que não circulem pela porta, mas que aguardem o término da leitura.
h) Para as igrejas pequenas que não possuem estacionamento, o obreiro da portaria
deve solicitar que os irmãos não parem seus carros na entrada da igreja, evitando bloquear
a entrada e de vez em quando o obreiro da portaria pode dar uma olhada nos carros dos
irmãos, que estão parados na proximidade do templo, e em frente de garagens.
Obs.: Obviamente cada ministério tem ordens específicas para os obreiros escalados na
portaria, deixo aqui esses itens como base para um bom desempenho dessa importante
função.
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O Ministério dos Diáconos
Os diáconos são muito importantes. Uma igreja não funciona sem eles. Aliás, o normal
de cada igreja é que seja composta de “bispos e diáconos” (Fp 1:1). Como é instrutivo ver
estes irmãos servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja está reunida ou no dia a
dia; seja em serviços matérias ou em serviços espirituais; eles servem entre os crentes e
entre os descrentes. Os diáconos ajudam no serviço cotidiano de auxílio aos irmãos, e não
deixam de ministrar a Palavra de Deus. Eles ajudam nas orações pelos perdidos e
aproveitam oportunidades para pregar-lhes o Evangelho. Como são importantes,
necessários e indispensáveis! Devemos ser gratos a Deus por Ele ter colocado os diáconos
em cada igreja.
Os diáconos, porém, nem sempre servem como deveriam. Infelizmente, por falta de
entendimento sobre o seu ministério alguns deixam de servir, achando que os serviços
devem ser feitos somente por pessoas formalmente ordenadas para isso. Há irmãos que
sentem ardente desejo de servir mais intensamente ao Senhor, mas não se julgam
qualificados por nunca ter sido formalmente constituídos para este ou aquele serviço.
Neste estudo, vamos considerar juntos alguns aspectos importantes sobre os diáconos,
tendo em vista incentivar o maior envolvimento de irmãos neste ministério precioso – que
é servir.
a. Definição de diácono
Servir deve ser o desejo de todo cristão. Fomos salvos pela graça de Deus, sem nada pagar
por isso. Mas não significa que agora, uma vez salvos, não iremos fazer nada. Cada cristão
deve procurar, com insistência, entender quais os dons espirituais que Deus lhe deu e em
que esfera de serviço Deus quer que ele trabalhe. Cada cristão foi salvo para ser um
diácono de Deus.
Mas, o que é um diácono?
a. 1. O que é um diácono
Diácono é alguém que usa seus dons espirituais para fazer os serviços que Deus designou
para que ele faça, na vida diária da igreja ou nas reuniões; no ministério da Palavra ou na
pregação do Evangelho; em serviços materiais ou em serviços espirituais.
A palavra “diácono” foi transliterada da palavra grega diakonos, que ocorre 31 vezes no
NT. Na maioria das ocorrências é traduzida por servo (veja Mt 22:13, 23:11; Jo 12:26,
etc.) e ministro (Rm 13:4, 15:8; I Co 3:5, etc). Apenas três vezes foi traduzida diácono
(veja Fp 1:1; I Tm 3:8, 12). Em I Tm 3:13 a palavra traduzida “diácono”, em algumas
versões, não é a mesma palavra diakonos, e sim, diakoneo.
Diakonos é uma palavra usada no NT para diferentes grupos de pessoas relacionadas ao
seu serviço. Esta palavra tem o sentido de um criado, alguém que presta serviços.
Veja alguns exemplos:
a) Servo. Entre os seus irmãos, o maior é, na verdade, um diakonos (servo) dos demais
(Mt 23:11). Um seguidor do Senhor é chamado de Seu diakonos (servo) que estará onde
estiver o seu Mestre (Jo 12:26).
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b) Ministro. O governo civil é chamado de diakonos (ministro) de Deus (Rm 13:4). Cristo
é chamado de diakonos(ministro) em relação ao Seu povo (Rm 15:8; Gl 2:17).
Mas nem todas as palavras traduzidas “servo” no NT vêm da palavra diakonos, e a
distinção é importante. W. E. Vine faz um comentário interessante sobre a diferença de
duas das palavras traduzidas “servo” no NT: “O termo diakonos deve, falando de modo
geral, ser distinguido do termo doulos, ‘servo, escravo’; o termo diakonos encara o servo
em relação ao seu trabalho; o termo doulos o vê em relação ao seu mestre. Veja, por
exemplo, Mt 22:2-14; aqueles que chamam os convidados e os trazem (Mt 22:3, 4, 8, 10)
são os douloi; aqueles que executam a sentença do rei (Mt 22:13) são osdiakonos”
(Dicionário Vine, pág. 568). Portanto, um diácono é visto no seu serviço, é aquele que
está trabalhando, exercendo alguma atividade. Quem serve ou ministra é um diácono.
Diácono é, por definição, um servo, um ministro que serve.
a. 2. O que não é um diácono
Vimos o que um diácono é – um servo, um ministro, em relação ao seu serviço – agora
precisamos ver o que ele não é.
a) Posição eclesiástica.
A palavra “diácono” tornou-se um termo técnico para designar posição eclesiástica. Ou
seja, um diácono, neste caso, é alguém que foi formalmente ordenado a uma posição para
realizar alguns serviços. Sem esta ordenação ele não pode ser reconhecido. O texto de
Atos capítulo 6 é um dos mais usados neste sentido. Porém, analisando este capítulo com
cuidado, percebemos que não há apoio aqui para tais ordenações eclesiásticas.
Às vezes ouvimos ensinos, sobre Atos 6, de que sete irmãos foram eleitos para serem
“diáconos” na igreja em Jerusalém. Entretanto, das ocorrências de diákonos no NT, não
é usada nenhuma vez em Atos capítulo 6. Estes irmãos não foram chamados, aqui, de
diáconos. Neste capítulo, o serviço que eles fariam (de sustento às viúvas – vs. 1-3) e o
que os apóstolos continuariam fazendo (de orar e ministrar a Palavra – v. 4) é que são
considerados. Aqui não é o servo que está em vista; é o seu serviço.
É conveniente lembrar que os títulos colocados em cima de capítulos nas Bíblias não
foram inspirados. Às vezes estes títulos ajudam a definir o assunto que aquele capítulo
está tratando, mas podem atrapalhar também. Este é o caso aqui em Atos capítulo 6.
Algumas versões colocam como título deste capítulo “Instituição dos diáconos”, o que
por si só confunde o leitor. Os sete irmãos separados aqui para ocuparem-se no socorro
material às viúvas não foram ordenados, num sentido formal, a diáconos. Eles foram
apenas separados para prestar mais um serviço à igreja.
Diaconato não é uma posição eclesiástica. Estas ordenações não têm apoio bíblico, e seu
uso pelas igrejas apenas inibem aqueles que querem e devem servir. A maneira de se
conhecer um diácono não é por ordenação eclesiástica. Conhece-se um diácono pelo que
ele já está fazendo. Um servo não é reconhecido para fazer um serviço; um servo é
reconhecido por já estar fazendo um serviço. Não é pelo que ele irá fazer, é pelo que ele
já vem fazendo.
b) Serviços materiais.
Outra ideia que se têm dos diáconos é que eles servem apenas em serviços materiais, tais
como administrar a parte financeira da igreja, cuidar das construções, etc. É possível que,
mais uma vez, esta ideia esteja baseada numa interpretação de Atos capítulo 6. Porém,
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este mesmo capítulo, por si só, refuta esta ideia. Três comentaristas da série de
Comentários Ritchie nos ajudam com suas explicações. Veja o que eles dizem:
James Anderson: “Não há base para pensar que o serviço do diácono seja sempre de
natureza administrativa, como indicada neste capítulo. Uma pesquisa mais exata do uso
da palavra no NT todo indica que ela abrange muitas formas de serviços, tanto material
quanto espiritual …” (Comentário Ritchie, vol. 5, pág. 108).
Sydney Maxwell: Ele diz que a palavra diácono “é traduzida 'servo' e 'ministro', e indica,
simplesmente, uma pessoa que presta serviços entre os santos, quer seja em coisas
seculares, ou espirituais. O aspecto secular pode ser visto em At 6:1, 2, 3; Rm 16:1; II Co
8:4; 9:1. O serviço espiritual é indicado em At 6:4; II Co 5:18; Ef 4:12; II Tm 4:5. Não se
deve pensar que o serviço do diácono, ou servo, é somente na esfera secular, e que é
inferior ao serviço do bispo, como na cristandade” (Comentário Ritchie, vol. 9, págs. 239,
240).
James Allen: “Os dois aspectos do trabalho do diácono que se tornam claros no NT, com
relação ao serviço da igreja, podem ser encontrados em Atos cap. 6, onde, mesmo que a
palavra não seja usada, as palavras cognatas são instrutivas. Em atos 6:1, temos o
substantivo: ‘suas viúvas eram desprezadas no ministério (diaconia) cotidiano’. No v. 2,
temos o verbo: ‘não é razoável que deixemos a palavra de Deus e sirvamos (diakoneim)
às mesas.’ Estes dois versículos ligam o diaconato com o serviço material; mas, no v. 4,
temos a afirmação apostólica: ‘mas nós perseveraremos na oração e no ministério
(diakonia) da palavra’. Isto indica que diaconato tem outro aspecto, um lado espiritual,
ilustrado no trabalho apostólico” (Comentário Ritchie, vol. 12, págs. 96, 97).
Um diácono no NT não é alguém que foi formalmente ordenado à uma posição de
destaque na igreja. Também não é alguém que está ocupado somente com serviços
materiais. No NT um diácono é um servo, em relação ao seu serviço, e seu ministério
abrange dois aspectos: material e espiritual. A mesma palavra é usada para designar
ambas as esferas. Quando Paulo e Barnabé estiveram envolvidos num serviço material (o
de levar uma oferta para os crentes da Judéia), o serviço deles é chamado de diakonia
(traduzido “serviço” em At 12:25). Quando Paulo falou da carreira que havia recebido do
Senhor “para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”, ele a descreve como
diakonia (traduzido “ministério” em At 20:24). Há outros exemplos semelhantes no NT,
mas estes são suficientes para mostrar que um diácono é um servo e seu serviço está
relacionado a coisas materiais e espirituais.
c. Sobre mulheres diaconisas
Além das situações mencionadas acima, outra que ganhou grande campo de um tempo
para cá é a questão de mulheres diaconisas. Por causa da ordenação eclesiástica, muitas
igrejas adotaram o sistema de ordenação de diaconisas. Em momento algum duvido da
sinceridade destas igrejas e da competência das irmãs de realizar serviços para Deus.
Muito pelo contrário, as igrejas precisam, e muito, das atividades das irmãs para funcionar
adequadamente. Isto, porém, não significa fazer as mesmas coisas que os homens.
Significa servir dentro da esfera de trabalho que Deus as colocou.
Uma análise de todas as ocorrências da palavra diakonos no NT, mostra uma verdade
impressionante sobre a questão de mulheres serem ou não diaconisas. Das 31 ocorrências
desta palavra, apenas uma vez é usada em relação a mulheres; na verdade, mais
especificamente de uma mulher. Em Rm 16:1 Febe é chamada de “nossa irmã, a qual
serve na igreja que está em Cencréia”. A palavra traduzida “serve” é diakonos. Esta é a
única vez que essa palavra é usada neste sentido. Baseados nisto podemos dizer que uma
irmã é uma “diaconisa”; ela é uma serva de Deus.
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c. 1. O que é uma diaconisa
Tendo dito isto preciso, agora, explicar a esfera de serviço das irmãs. Se Febe é a única
mulher chamada assim no NT, então fica claro que devemos considerar o seu serviço,
para saber o que compete a uma diaconisa.
a) Uma serva. Como vimos acima, a palavra diakonos quer dizer apenas isto, um servo,
um ministro, alguém que está servindo. Rm 16:1, 2 diz apenas isto sobre Febe. Ela é uma
irmã que “está servindo à igreja” (ARA). Usar este texto para afirmar que se deve ordenar
formalmente uma irmã como diaconisa é ir além do que está escrito. Nem a palavra
diakonos, nem o que é dito sobre Febe permitem se dizer que ela era uma
“diaconisa formalmente ordenada”, como na cristandade.
b) Seu serviço. Além de Rm 16:1, 2 não há mais nenhum registro sobre Febe. O serviço
que ela prestava se resume em poucas, porém honrosas palavras: “serve na igreja que está
em Cencréia … tem sido protetora de muitos, inclusive de mim” (ARA).
Parece que Febe tinha alguma influência na sociedade e, aproveitando-se disso, usava os
seus recursos para proteger (quem sabe hospedando) os irmãos. É possível que na vida
diária da igreja esta irmã aproveitava-se do seu tempo e de seus recursos no suprimento
das necessidades dos santos. Febe era alguém altruísta, cujo objetivo único girava em
torno de trazer benefícios aos seus irmãos. Este é, sem dúvidas, um verdadeiro exemplo
de diaconisa. Ela era uma diaconisa (serva) na prática, não em posição eclesiástica.
Este exemplo de Febe também nos mostra que a esfera de serviço das irmãs não é
necessariamente nas reuniões da igreja. Uma diaconisa não é alguém que, na reunião, se
levanta tomando parte no ministério da Palavra, por exemplo. Nas reuniões, as irmãs
devem permanecer em silêncio e usando o véu (I Co 11:3-16; 14:34, 35; I Tm 2:11-15).
Por outro lado, nos mostra que no dia a dia da igreja uma irmã tem muito serviço em que
se envolver. Talvez há algum irmão ou irmã que carece de hospedagem, e ninguém
melhor para preparar o ambiente do que uma irmã ordeira (At 16:15). Talvez há um outro
que carece de vestuário e não tem condições de comprar, e uma irmã pode servir nisto,
até mesmo costurando algumas peças para o carente (At 9:36, 39). Talvez há na igreja
alguma jovem irmã que casou-se recentemente e precisa de orientação sobre os cuidados
consigo mesma, com o esposo, com os filhos e com o lar, e uma irmã experiente pode
visitá-la na sua casa e dar conselhos nestas áreas (Tt 2:3-5). Há ainda outros exemplos,
mas estes mostram o quanto há para ser feito pelas irmãs no dia a dia da igreja.
O que seria da igreja, no seu dia a dia, sem a ajuda tão preciosa das queridas irmã? Elas
são indispensáveis! Há muita coisa que os irmãos, homens, até gostariam de fazer, mas
as irmãs trabalham com mais eficiência. Quantos famintos foram saciados, nus foram
vestidos, desabrigados foram acolhidos, inexperientes foram orientados por irmãs que,
como Febe, estão servindo à igreja!
Que Deus nos dê mais servas assim!
c. 2. O que não é uma diaconisa
Precisamos ainda definir o que uma diaconisa não é. Já vimos que ela é simplesmente
uma serva que presta serviços à igreja. Mas é importante que fique claro o que ela não é.
a) Uma posição eclesiástica. Já falamos sobre isso quando consideramos os diáconos em
geral, mas é necessário dizer novamente. Uma diaconisa não é uma irmã que foi ordenada
a uma posição eclesiástica. O comentário Ritchie diz o seguinte sobre Febe e seu serviço:
“Esta irmã é descrita como uma serva (diakonos) da igreja. Este é o único lugar no NT
onde esta palavra é usada de uma mulher. Não há nada específico na palavra para apoiar
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a prática, em círculos eclesiásticos, de criar o ofício de diaconisa” (Comentário Ritchie,
vol. 6, pág. 427).
c. O padrão exigido dos diáconos
Uma igreja que funciona normalmente é composta de bispos e diáconos (Fp 1:1). Dos
bispos (presbíteros) requer-se uma vida irrepreensível e exemplar, para que tenham
autoridade no que fazem (veja I Tm 3:1-7; Tt 1:5-9). O padrão é alto, porém necessário!
Os diáconos, por sua vez, são irmãos que servem. Não são todos os homens numa igreja
que são presbíteros, mas todos os membros de uma igreja devem servir como diáconos.
Entretanto, o fato de os servos (diáconos) não serem presbíteros não lhes isenta de um
alto padrão exigido por Deus. À semelhança dos presbíteros, é necessário que a vida dos
que servem na igreja (em qualquer serviço) seja caracterizada por um padrão alto.
Em I Tm 3:8, quando começa a seção que apresenta o padrão de comportamento dos que
servem na igreja (a seção vai do v. 8 ao 13), lemos o seguinte: “da mesma sorte os
diáconos sejam …”. Esta expressão indica um paralelo, um mesmo padrão exigido. Assim
como se espera dos presbíteros (vs. 1-7) que mostrem um alto padrão de comportamento,
“da mesma sorte os diáconos”. A seguir, são apresentadas as qualificações dos que
servem. Servir a igreja com seus dons espirituais é um privilégio, mas não deixa de ser
uma responsabilidade. Não são somente os presbíteros que precisam ser vigilantes quanto
a sua própria vida; os que servem a igreja, em qualquer serviço, têm este mesmo dever.
Nas palavras de James Anderson, “a igreja deve requerer um padrão muito alto daqueles
que vão servir, mesmo para serviço que não seja de natureza espiritual … Talvez algum
irmão tenha experiência de coisas bancárias, mas este fato em si não justifica a sua escolha
como tesoureiro! Talvez outro irmão seja professor de escola secular, mas este fato não o
constitui ensinador na igreja local! Talvez outro irmão seja competente administrador
secular, porém este fato não o faz um ancião na igreja!” (Comentário Ritchie, vol. 5, pág.
108). As qualificações para ser um servo não são qualidades naturais ou profissionais. Se
um irmão é bem sucedido e respeitado na sua profissão, mas vive uma vida que traz
vergonha ao Evangelho, ele não deve servir. Mais uma vez afirmo que o padrão é alto,
porém necessário!
Entretanto, o alto padrão exigido não deve ser motivo de desanimo. Não devemos pensar
que nunca chegaremos a cumprir as exigências para servir e, portanto, não podemos ser
diáconos. Muito pelo contrário, devemos lembrar que Deus sempre pede o que temos
condições de fazer. Mesmo que seja difícil, árduo e custe um preço, temos condições de
obedecer. Além disso, devemos lembrar que os demais estão nos observando.
Principalmente os descrentes têm um interesse vivo no comportamento dos crentes. O
padrão exigido por Deus para os servos é um meio de adquirir a confiança dos fiéis e
serve como um argumento silencioso contra as palavras maliciosas dos infiéis (I Tm 3:13;
Tt 1:9).
Este padrão dará condições ao servo para ser o exemplo dos fiéis “na palavra, no trato,
no amor, no espírito, na fé, na pureza” (I Tm 4:12).
d. Conclusão
Mais uma vez afirmo que devemos dar graças a Deus pelos diáconos! O que vimos sobre
eles, apesar de resumido, nos dá uma ideia da sua importância nos serviços da igreja.
Um diácono é um servo. Ele não tem uma posição eclesiástica, nem mesmo serve apenas
em coisas materiais. Não, um diácono é alguém que Deus mesmo capacitou com dons
espirituais para que sirva a igreja dentro da sua esfera de trabalho. Às vezes ele se ocupa
no dia a dia da igreja, servindo aos irmãos, visitando-os e auxiliando-os nas suas
necessidades. Às vezes ele se ocupa nas reuniões da igreja, no ministério da Palavra e na
pregação do Evangelho. Como são úteis e indispensáveis!
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Cada cristão deve ser um diácono. Cada diácono deve servir. Todo cristão recebeu dons
espirituais e deve usá-los no serviço do Senhor. Se você foi salvo, não espere ser
convidado a servir, comece agora mesmo. A igreja precisa do seu serviço para que
continue crescendo e agradando ao Senhor em tudo. Há serviços que Deus quer que você
faça. Você tem um serviço a prestar, “cumpre o teu ministério” – diakonia (II Tm 4:5).
Que Deus nos dê mais diakonos dispostos a servir, pois cada igreja precisa deles para
funcionar.
“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha
carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da
graça de Deus” (At 20:24).
SEJAMOS OBREIROS PREPARADOS
1. Renascidos João 3:3; II Coríntios 5:17
2. Consagrados Romanos 12:1,2; Isaias 6:5-8
3. Com segurança e certeza II Timóteo 1:12
4. Com muita fé Hebreus 11:6; Marcos 9:23
5. Com o fruto do Espírito Gálatas 5:22,23; Colossenses 3:1-17
6. Com estudo da Bíblia II Timóteo 2:15; Salmos 119:97
7. Com muita oração Mateus 7:7; Tessalonicenses 5:17; Tiago 5:16
8. Com o poder e direção do Espírito Santo João 16:13; Romanos 8:26
9. Com amor e humildade I Pedro 3:15
10.Com valor Romanos 1:16
11. Com ânimo sempre, nunca desanimados Isaias 55:10,11; I Coríntios 15:58
19. C F O - Curso de Formação de Obreiros
Ministério Apostólico Jesus é a Chama da Vitória
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Pastora Carla Cristina Souza Ameno
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