2. Roteiro da Revisão – Pré-Modernismo
Contexto histórico mundial
Contexto histórico nacional
Contexto literário
Síntese das marcas literárias
Augusto dos Anjos, vida e obra
Graça Aranha, vida e obra
Monteiro Lobato, vida e obra
Euclides da Cunha, vida e obra
Lima Barreto, vida e obra
3. Contexto histórico mundial
No século XX, tanto com o avanço tecnológico quanto
com o científico, surgiram novas perspectivas a toda
raça humana, assim as novas invenções tiveram grande
contribuição para maior praticidade e conforto de toda a
sociedade. A partir deste ponto surgiram os telefones, as
lâmpadas elétricas, o telégrafo, automóvel, enfim, estas
novidades começaram a influenciar no estilo de vida das
pessoas. Entretanto, durante este progresso ocorre a 1°
Guerra Mundial, e no meio de tantos acontecimentos no
século XX há muito que se dizer, e por este motivo, a
literatura é tão vasta.
4. Contexto histórico nacional - I
Ascensão do regime republicano, em lugar do
monárquico;
Diversas manifestações populares que se opunham ao
sistema político, bem como combatiam as injustiças
sociais (Chibata, Canudos, etc.);
Oligarquias cafeeiras e leiteiras controlavam a máquina
eleitoral e política do café com leite;
Modificações e crescimento das cidades
industrializadas;
Resquícios de um processo de abolição tardio e mal-
executado.
5. Contexto histórico nacional - II
Bahia - Revolução de Canudos;
Nordeste - Ciclo do Cangaço;
Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de
histeria fanático-religiosa;
Amazônia - Ciclo da Borracha;
Revolta contra a vacina obrigatória (varíola) - Oswaldo
Cruz;
Imigrantes, notadamente os italianos;
Surto de urbanização de SP - greves gerais de operários
(1917);
Contrastes da realidade brasileira - Sudeste em
prosperidade e Nordeste na miséria.
6. Contexto literário
Período de transição artística que aconteceu no Brasil
nas duas primeiras décadas do século XX;
Esse movimento ganhou maturidade e encontrou seu
ápice em 1922, com a realização da Semana da Arte
Moderna;
Durante esse período houve uma junção de elementos
de escolas literárias, como o Parnasianismo, o
Simbolismo, o Realismo e o Naturalismo;
Não chega a ser considerado como uma escola
literária, mas sim uma fase de intensa produção literária
e artística
Conhecido como período sincrético. Nesse momento, os
autores começavam a expressar o inconformismo
político e social.
7. Síntese das “marcas” na literatura
Mudanças:
- Industria;
- Imigração e migração;
- Abolição;
- Favelização;
- Brasil: Mistura de raças;
- Problemas nacionais
retratados;
- Linguagem coloquial;
Mantém:
- Darwinismo;
- Positivismo;
- Características do
Realismo-Naturalismo
9. Augusto dos Anjos
Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho
Paud'Arco, Vila do Espírito Santo, Paraíba, em 20 de abril de
1884. De uma família de proprietários de
engenhos, assistiu, nos primeiros anos do século XX, à
decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas
grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de
Direito do Recife, formando-se em 1907. Retorna à capital
paraibana, onde leciona literatura brasileira; casa-se em 1910.
Nesse ano, em consequência de desentendimento com o
governador, é afastado do cargo de professor do Liceu
Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e passa a dedicar-
se ao magistério, lecionando no Colégio Pedro II. Em 191 1
morre prematuramente seu primeiro filho. No ano
seguinte, publica Eu, seu único volume de poesias. Em
1914, transfere-se para Leopoldina, Minas Gerais, para
assumir a direção de um grupo escolar. Morre, após dez dias
de fortíssima gripe, em 12 de novembro de 1914
10. Augusto dos Anjos
Livro: „Versos íntimos‟;
O pessimismo trazido pela
poesia;
Tem uma visão de mundo e a
interrogação do mistério da
existência e do estar no
mundo marcam esta nova
vertente poética, além do
drama existencial.
Caráter expressionista;
Sincrético, pois mistura vários
dos movimentos literários;
Anti-lírico:
Chocante;
Apoético.
11. Graça Aranha
José Pereira da Graça Aranha nasceu no Maranhão, em
1868. Posteriormente, foi para o Recife, onde cursou a
Faculdade de Direito na época agitada das idéias de
Tobias Barreto. Formado, trabalha como juiz de Direito
no Estado do Rio de Janeiro e no interior do Espírito
Santo, onde recolhe material para o romance
Canaã, publicado em 1902. Durante os 20 anos
seguintes, percorre vários países europeus como
diplomata, acompanhando, assim, os rumos da arte
moderna. Em 1922, participa da Semana de Arte
Moderna, proferindo seu discurso inaugural, no dia 13 de
fevereiro. Curiosa foi sua passagem pela Academia
Brasileira de Letras: em 1897, torna-se um de seus
fundadores sem ter, contudo, publicado livros. Em
1924, após a conferência "O Espírito Moderno", desliga-
se da Academia. Depois disso, não exerce mais
influência sobre o grupo dos modernistas. Falece a 26 de
janeiro de 1931.
12. Graça Aranha
Canaã, obra que engloba a
situação brasileira da
época, em que recebia
imigrantes europeus pra
“embranquecer” o Brasil, que
ainda tinha traços
significativos da migração
africana, embora a abolição
da tinha sido assinada.
13. Monteiro Lobato
José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, Estado de São
Paulo, em 18 de abril de 1882. Após os primeiros estudos em sua
cidade natal, matricula-se, em 1900, na Faculdade de Direito do
Largo São Francisco, tornando-se um dos integrantes do grupo
literário do Minarete. Nessa época, inicia suas atividades junto à
imprensa. Formado, exerce a promotoria pública em Areias, na
região do Vale do Paraíba. Em 1911, herda de seu avô uma
fazenda, passando a dedicar-se à agricultura. Três anos depois, um
acontecimento definiria a carreira literária de Lobato: durante o
inverno seco daquele ano, cansado de enfrentar as constantes
queimadas praticadas pelos caboclos, o fazendeiro escreve uma
"indignação" intitulada "Velha praga" e a envia para a seção Queixas
e Reclamações do jornal O Estado de S. Paulo. O
jornal, percebendo o valor daquela carta, publica-a fora da seção
destinada aos leitores, no que acerta, pois a carta provoca
polêmica, estimulando Lobato a escrever outros artigos, como por
exemplo "Urupês", e a criar seu famoso personagem Jeca Tatu.A
partir daí, os fatos se sucedem: Lobato vende a fazenda, publica
Urupês, seu primeiro livro, funda a Editora Monteiro Lobato & Cia., a
primeira editora nacional, e, mais tarde, a Companhia Editora
Nacional e a Editora Brasiliense, esta em 1944.
14. Monteiro Lobato
- Anti modernista;
- Órfão;
- Influência de Schopenhawer e
Nietzche ;
- Formação clássica:
harmonia, clareza e
unidimensional;
- Crítica a Malfatti - Critica a
pintura expressionista dela, não
assimila;
- Inicialmente tinha a idéia do
caipira como "O Bom
selvagem", mas depois de voltar
da roça Lobato cria o Jeca Tatu
como crítica ao Caipira;
15. Euclides da Cunha
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo, município do
Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866. Órfão, foi criado por tias na
Bahia, onde fez os primeiros estudos. Mais tarde, matricula-se na Escola
Politécnica do Rio, transferindo-se depois para a Escola Militar. Positivista e
republicano, desacata o então Ministro da Guerra, sendo expulso do
estabelecimento em 1888. No ano seguinte, após a proclamação da
República, reingressa na Escola Superior de Guerra, formando-se em
Engenharia Militar e Ciências Naturais. Em 1896, discordando dos rumos
tomados pela República, desliga-se definitivamente do exército. Em
1897, abandona o Rio de Janeiro, fixando-se em São Paulo. Como
correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, é enviado a Canudos, na
Bahia, para cobrir a revolta que lá explodira; de volta a São Paulo, desliga-
se do jornal. Em seguida, é chamado para planejar a construção de uma
nova ponte em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Nessa
época, redige Os sertões, publicado em 1902.Em 1903 é eleito membro do
Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Brasileira de Letras. Entre
1905 e 1906, designado para tratar de problemas de fronteira no norte do
país, estuda profundamente Amazônia. Retornando ao Rio de Janeiro, é
nomeado professor de Lógica no Colégio Pedro II. É assassinado no Rio de
Janeiro, no dia 15 de agosto de 1909.
16. Euclides da Cunha
“ Os sertões”, cuja escrita teoriza a
guerra de Canudos. Parece mais com
sociologia do que com literatura;
Dividido em três partes :
A terra, características da região, a
geologia , o clima;
o homem, descreve costumes
sertanejos,
e a tão polêmica luta, onde ele
descreve o que realmente viu (o
massacre).
- Descrição da guerra de Canudos;
- Antônio Conselheiro: muito
carismático;
- O Homem: Forte;
- A Luta: Massacre;
17. Lima Barreto
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881 na cidade do Rio de
Janeiro. Enfrentou o preconceito por ser mestiço durante a vida. Ficou órfão
aos sete anos de idade de mãe e, algum tempo depois, seu pai foi trabalhar
como almoxarife em um asilo de loucos chamado Colônia de Alienados da
Ilha do Governador. Concluiu o curso secundário na Escola
Politécnica, contudo, teve que abandonar a faculdade de Engenharia, pois
seu pai havia sido internado, vítima de loucura, e o autor foi obrigado a
arcar com as despesas de casa. Como leu bastante após a conclusão do
segundo grau, sua produção textual era de excelente qualidade, foi então
que iniciou sua atividade como jornalista, sendo colaborador da imprensa.
Contribuiu para as principais revistas de sua época: Brás Cubas, Fon-
Fon, Careta, etc. No entanto, o que o sustentava era o emprego como
escrevente na Secretaria de Guerra, onde aposentaria em 1918. Não foi
reconhecido na literatura de sua época, apenas após sua morte. Viveu uma
vida boêmia, solitária e entregue à bebida. Quando tornou-se alcoólatra, foi
internado duas vezes na Colônia de Alienados na Praia Vermelha, em razão
das alucinações que sofria durante seus estados de embriaguez.. Lima
Barreto faleceu no primeiro dia do mês de novembro de 1922, vítima de
ataque cardíaco, em razão do alcoolismo.
18. Lima Barreto
Sua luta vinha de encontro aos
preconceitos da época, e das
desigualdades sócias
excludentes da época. Sua
principal obra foi O Triste Fim
de Policarpo Quaresma, cuja
característica é marcada por um
nacionalismo utópico vivido
pelo protagonista Policarpo
Quaresma, que tinha como
primordial aspiração patriota
retomar a língua Tupi-guarani
como idioma oficial do
Brasil, porém , não obteve êxito.