Artigo sobre práticas de gerenciamento de projetos
Jucelir
1. SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Prof. Silvio Fernandes Data: 11/06/2015
Aluna: Jucelir dos Santos e Marisa Carla.
Aplicativos para Projetos
Aracaju/SE
2015
2. Aplicativos para Projetos
o Definição de Projetos de desenvolvimento de software
Projeto é empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma
sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se
destina a atingir um objetivo claro o conduzido por pessoas dentro de
parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e
qualidade.
Desenvolvimento de software, como sugere Martins (2006), é
uma atividade criativa, diferente dos projetos tradicionais, baseados em
atividades produtivas e processos administrativos que possuem fluxo de
trabalho relativamente fixo. É muito difícil planejar antecipadamente o
trabalho que será feito antes de saber mais precisamente o que vai ser
produzido. A engenharia de software não alcançou o nível de outras
disciplinas e, talvez, nunca alcance, já que as teorias básicas de suporte
são fracas e pouco compreendidas. Por conseguinte, a engenharia de
software é um domínio de alto risco e requer uma abordagem
diferenciada para gerenciamento de projetos.
o Gerenciamento de Projetos
De acordo com PMBOK, o gerenciamento de projetos é a
aplicação do conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às
atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O
gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação e da
integração dos seguintes processos de gerenciamento de projetos:
iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e
encerramento.
Cada vez mais os sistemas são complexos e precisam estar
prontos em menos tempo. Um projeto de desenvolvimento de software
geralmente sofre muitas mudanças durante o seu ciclo de vida,
dificultando muito o gerenciamento se forem utilizadas as técnicas
tradicionais de gerenciamento de projetos. Os requisitos mudam por
vários motivos: usuário muda de ideia (as necessidades dos usuários
mudam com o passar do tempo), o problema muda (ao implantar o
sistema verifica que o mesmo não está resolvendo completamente o
problema), mudanças técnicas (novas tecnologias), mudanças de
mercado (concorrentes podem lançar produtos similares e melhores).
[Martins, 2006]
o Ferramenta para apoio de desenvolvimento para projetos
Para atender a esta necessidade de engenharia de software foi criado o
Rational Unified Process (RUP).
O RUP é um processo de engenharia de software cujo objetivo é garantir
a produção de software de qualidade, que atenda aos requisitos estabelecidos
3. pelo cliente (escopo), respeitando um orçamento (custo) e um cronograma
(prazo) previamente definidos. [Martins, 2006]. Como dito no PMBOK, é o que
os gerentes de projetos frequentemente falam de uma "restrição tripla" -
escopo, custo e prazo. A qualidade do projeto é afetada pelo balanceamento
desses três fatores.
No RUP o planejamento é baseado num conjunto de processos, que
buscam atingir certos objetivos no tempo. Os processos são utilizados como
base para definir as atividades das várias fases do projeto. [Martins, 2006]
O RUP adota as seguintes premissas básicas: uso de iterações para
evitar o impacto de mudanças no projeto, gerenciamento de mudanças e
abordagens dos pontos de maior risco o mais cedo possível.
A proposta do RUP é conduzir o projeto em ondas, ou seja, em
iterações. Cada iteração é abordada de forma tradicional, alguns requisitos e
riscos mais críticos são trabalhados, há um pouco de análise, implementação,
testes e implantação. Depois há outra iteração, onde novos requisitos são
trabalhados, outros riscos são mitigados, há mais análise, implementação,
testes e implantação. Isso continua até que o produto seja concluído. [Martins,
2006]
De acordo com Martins (2006), com essa abordagem, há dois grandes
benefícios:
a) permite que a equipe progressivamente identifique os componentes e
decida quais serão desenvolvidos, reutilizados e quais serão comprados;
b) a integração não é um "big bang " no final do projeto; ao invés disso,
os elementos são integrados progressivamente. O sistema é montado através
de várias integrações. Como muitos riscos do projeto geralmente estão
associados às integrações entre os componentes e subsistemas, este
mecanismo permite aumentar significativamente as chances de sucesso.
Os processos do RUP orientam o gerente de projeto na elaboração do
WBS, na identificação dos riscos, na divisão do trabalho e no sequenciamento
das atividades.
o Operação das ferramentas de apoio
O plano de projeto define os objetivos do projeto, do ponto de vista do
negócio, indicando o que vai ser produzido e não por que. Os objetivos do
projeto devem ser específicos, mensuráveis e realísticos. [Martins, 2006]
No RUP, o projeto é composto por quatro fases: Concepção,
Elaboração, Construção e Transição. Cada fase do projeto tem um conjunto
específico de objetivos:
Concepção: nesta fase, o foco é chegar a um acordo com os
stakeholders quanto à visão do sistema e aos objetivos e estimativas das
demais fases do projeto.
4. Elaboração: esta fase é um processo de engenharia, onde o foco está
em especificar uma arquitetura robusta e confiável para o sistema fazer o
planejamento para o restante do projeto. Para isso é necessário obter uma
visão abrangente do sistema, como, escopo, funcionalidades principais e
requisitos não funcionais.
Construção: a fase de construção basicamente consiste num processo
de manufatura, onde o foco está no gerenciamento de recursos e otimização
do tempo, custos e qualidade.
Transição: a finalidade desta fase é refinar requisitos, especificações e
transferir o produto para a comunidade de usuários.
Cada fase do projeto é composta por uma ou mais iterações e, em cada
iteração, uma parte do software é produzida. Cada iteração termina com um
marco do projeto (um marco menor), onde é possível avaliar o progresso do
projeto. Desta forma o produto final será produzido incrementalmente, à
medida que as iterações ocorrerem.
Cada iteração é abordada como um projeto em cascata. O foco de cada
iteração muda em função dos seus objetivos, dando-se maior e menor ênfase
em cada uma das disciplinas. Os focos das iterações em cada fase são os
seguintes:
Concepção: o foco é entender os requisitos de um modo abrangente e
definir o escopo do projeto.
Elaboração: o foco está na captura dos requisitos e na definição da
arquitetura.
Construção: o foco está na implementação, evoluindo-se o protótipo
inicial para um produto operacional.
Transição: o foco é transferir o produto para o cliente, garantir que tenha
nível de qualidade esperado e atenda aos requisitos especificados, corrigir
erros, treinar usuários, fazer ajustes no sistema e adicionar elementos que
foram esquecidos.
As iterações devem ser planejadas em detalhe, vislumbrando-se os
objetivos específicos que foram definidos do planejamento das fases e
considerando o horizonte de tempo da iteração.
o Utilização do MS Project