O documento descreve a história da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) desde sua fundação em 1980. Destaca marcos importantes como o reconhecimento da medicina intensiva como especialidade pelo Conselho Federal de Medicina em 1992 e a publicação das primeiras Normas Mínimas para o Funcionamento de UTIs em 1994.
2. E essa grande história começou em
meados dos anos 70. O país passava por
mudanças político-sócio-econômicas
importantes. Várias entidades médicas
começavam a se formar e as que já
existiam a se fortalecer. Em 1977, surgiu a
SOPATI – Sociedade Paulista de Terapia
Intensiva, liderada pelos médicos João
Augustos Mattar Filho, Mariza D´Agostino
Dias, José Thales de Castro Lima e Max
Grimberg
3. As sociedades regionais vinham sendo
inauguradas e já era preciso uma
entidade que reunisse todas elas e
elaborasse, com a ajuda de
profissionais de todo o país, padrões a
serem estabelecidos nos cuidados aos
pacientes críticos. Em 1979 foi criada a
SBTI – Sociedade Brasileira de Terapia
Intensiva, no Rio de Janeiro, que
permaneceu inativa desde seu início.
4. em 11 de dezembro de 1980, foi divulgada no
Diário Oficial a formação da Associação
Brasileira de Medicina Intensiva, que contou
com a presença e adesão de médicos do
Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina,
Bahia e São Paulo.
E de lá pra cá, a trajetória da AMIB tem sido
marcada por muitas conquistas e,
principalmente, por muitas melhorias que
foram implantadas na terapia intensiva
brasileira. Resultado do trabalho daqueles que
abraçaram e acreditaram na especialidade.
6. 1980
Fundação da AMIB
“Era preciso reunir todos os intensivistas
em uma única sociedade para que
pudéssemos iniciar o desenvolvimento de
documentos que padronizassem o
atendimento ao paciente crítico, além de
fortalecer terapia intensiva como uma
especialidade”. Dra. Mariza D´Agostino
Dias, uma das fundadoras da AMIB e
primeira presidente da associação.
7. 1982
Incorporação da SBTI – Sociedade Brasileira
de Terapia Intensiva
I Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva
(SP)
Realização do 1º Concurso do Título de
Especialista, com 507 candidatos aprovados
Publicação da 1ª Edição do Boletim
Informativo AMIB
“A AMIB tem valorizado o título de especialista
com a realização de uma prova séria e de alto
nível, ao logo desses anos”.
8. 1987
Presidente: Idunaldo Diniz Filho (DF)
SOTIERJ publica a 1ª Edição da
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
(RBTI).
9. 1988
Primeiro Curso de Pós-Graduação de
Medicina Intensiva na Escola de Pós-
Graduação do Rio de Janeiro
IV Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva (DF)
I Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva Pediátrica e Neonatal (DF)
I Encontro de Enfermagem, Nutrição e
Fisioterapia em CTI (DF)
10. 1992
CFM reconhece a medicina intensiva como
especialidade
Criado o Departamento de Enfermagem da
AMIB
“O trabalho da AMIB tem contribuído para o
reconhecimento do que é um médico
intensivista do. Antes do seu surgimento, a
função poderia ser exercida por clínicos,
cardiologistas, anestesistas, que ficavam o
tempo todo em ambiente fechado, mas não
tinham a visão global da situação”.
11. 1993
VI Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva (RS)
I Congresso Brasileiro de Enfermagem
em Terapia Intensiva (RS)
I Congresso Brasileiro de Fisioterapia
em Medicina Intensiva (RS)
12. 1994
É publicada a primeira edição das
Normas Mínimas para o Funcionamento
de UTIs
AMIB compra sua primeira sede
própria
14. 1997
É criado o Projeto AMIB do Tamanho do
Brasil
Realizado o 1º Censo AMIB das UTIs
brasileiras
VIII Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva (BA)
I Fórum Latino-Americano de
Ressuscitação (BA)
15. 2009
“O mapeamento das UTIs brasileiras,
por meio do Censo Quantitativo, é um
importante documento para nortear o
desenvolvimento de novas estratégias
que visem o melhoramento do
atendimento ao paciente crítico”. Dr.
Álvaro Réa-Neto (PR)
16. 2010/2013
Criação da RDC nº 07:
que dispõe sobre os requisitos mínimos
para funcionamento das Unidades de
Terapia Intensiva (UTI). A norma traz
parâmetros tanto para a estrutura,
organização e processos de trabalho quanto
para a obtenção e monitoramento de
indicadores de saúde que retratem o perfil
assistencial da unidade
17. Confira os principais pontos
da resolução
- A preservação da identidade e da
privacidade do paciente deve ser
assegurada por todos os profissionais que
atuam na UTI. O paciente que estiver
consciente e o seu responsável legal
devem ser informados quanto aos
procedimentos que serão adotados.
18. - As equipes de UTI e a Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
são co-responsáveis pelas ações de
prevenção e controle de infecções
relacionadas à assistência à saúde.
19. - O hospital deve realizar gerenciamento
dos riscos inerentes às atividades
realizadas na unidade, bem como aos
produtos submetidos ao controle e
fiscalização sanitária.
20. - As preparações alcoólicas para
higienização das mãos devem estar na
entrada da unidade, entre os leitos e em
outros locais estratégicos definidos pela
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH).
21. - A CCIH deve divulgar os resultados das
vigilâncias e o perfil de sensibilidade dos
microrganismos à equipe multiprofissional
da UTI, visando a avaliação periódica das
medidas de prevenção e controle. A equipe
da UTI deve proceder ao uso racional de
antimicrobianos, estabelecendo normas e
rotinas de forma interdisciplinar e em
conjunto com CCIH, Farmácia Hospitalar e
Laboratório de Microbiologia.