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RACIOCÍNIO
  LÓGICO



AUTOR: PROF. EDGAR ABREU
   e-mail: edgarabreu@edgarabreu.com.br


www.acasadoconcurseiro.com.br
2
RACIOCÍNIO LÓGICO



                  EDITAL INSS (15/12/2011)
1. Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores
  lógicos das proposições; sentenças abertas; número de linhas
  da tabela verdade; conectivos; proposições simples;
  proposições compostas.
2. Tautologia.
3. Operação com conjuntos.
4. Cálculos com porcentagens.

Quantidade de questões esperada: 3 a 5 de um total de 60



                                          Sumário
MÓDULO 1 – INRODUÇÃO A LÓGICA MATEMÁTICA ..........................................03
MÓDULO 2 – OPERAÇÕES BÁSICAS .....................................................................10
MÓDULO 3 – ARGUMENTOS LÓGICOS ................................................................14
MÓDULO 4 – RESOLVENDO PROBLEMAS ............................................................18
MÓDULO 5 – PORCENTAGEM ..............................................................................24


QUESTÕES DE CONCURSOS .................................................................................30
3
                                                                 RACIOCÍNIO LÓGICO



            MODÚLO 1. INTRODUÇÃO A LÓGICA MATEMÁTICA

                                 1.1 SETENÇA X PROPOSIÇÃO
     Proposição: Permite ser julgado verdadeiro ou falso. Possui um único valor lógico
     Exemplos:
•    O concurso para o INSS será um sucesso
•    O edital demorou para ser publicado
•    Papai Noel trouxe o edital do INSS de presente de Natal
•    7 – 5 = 10

     Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico
     Exemplos:
1.   Será que agora vai?
2.   Maz Bah tchê!
3.   Vai estudar!
4.   “A frase dentro desta aspa é uma mentira”
5.   X + 5 = 20

     Note que as sentenças exclamativas, imperativas ou interrogativas não admitem um único
     valor lógico, V ou F. Já as sentenças “4” e “5” não é proposição pois não conseguimos atribuir
     um único valor lógico.
     No item 5 por exemplo, se X é igual a 15 o valor lógico é V se for diferente de 15 então o
     valor lógico será F.

     Conclusão: Toda proposição é uma sentença, porém nem toda sentença é uma proposição

                                     1.2 NEGAÇÃO SIMPLES
     Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição.
     No caso de uma proposição simples, não poderia ser mais fácil: basta pôr a palavra não antes
     da sentença, e já a tornamos uma negativa.

     Exemplos:
                   PROPOSIÇÃO                                    NEGAÇÃO
     Ronaldo se aposentou                          Ronaldo não se aposentou
     Hebe Camargo não possui tempo de              Hebe Camargo possui tempo de serviço
     serviço para se aposentar                     para se aposentar

     Agora tente negar a proposição abaixo:
•    Eu não vou passar no concurso do INSS
     Opção 1: Eu vou passar no concurso do INSS
     Opção 2: Não é verdade que eu não vou passar no concurso do INSS

     Isso mesmo, a negação de uma negação é uma afirmação!
4
RACIOCÍNIO LÓGICO

    O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~),
    antecedendo a frase.

    Vamos simbolizar a proposição
    p = A mulher é mais eficiente que o homem.
    ¬p= A mulher não é mais eficiente que o homem.

                                   1.3 “e” - CONJUNÇÃO

    Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções.
    Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.

    Exemplo:
    Grêmio é freguês do São Paulo e O Internacional perde para o Mazembe.

    Proposição 1: Grêmio é freguês do São Paulo
    Proposição 2: O Internacional perde para o Mazembe.
    Conetivo: e

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”

    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q

    1.3.1 AGORA É A SUA VEZ:
    Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
    H1:
•   p: Grêmio não é freguês do São Paulo
•   q: O Internacional perde para o Mazembe.

    H2:
•   p: Grêmio é freguês do São Paulo
•   q: O Internacional não perde para o Mazembe.

    H3:
•   p: Grêmio não é freguês do São Paulo
•   q: O Internacional não perde para o Mazembe.

    H4:
•   p: Grêmio é freguês do São Paulo
•   q: O Internacional perde para o Mazembe.


                               p           q          P ^ Q
                   H1          F           V            F
                   H2          V           F              F
                   H3          F           F              F
                   H4          V           V              V
5
                                                               RACIOCÍNIO LÓGICO

                                       1.4 “ou” - DISJUNÇÃO


    Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo
    conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “∨”. Portanto, se temos a
    sentença:

    Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother

    Proposição 1: Estudo para o concurso
    Proposição 2: assisto o Big Brother
    Conetivo: ou

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”

    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p v q

    1.4.1 AGORA É A SUA VEZ:
    Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
    H1:
•   p: Estudo para o concurso
•   q: assisto o Big Brother Brasil.

    H2:
•   p: Não Estudo para o concurso
•   q: assisto o Big Brother Brasil.

    H3:
•   p: Estudo para o concurso
•   q: Não assisto o Big Brother Brasil..

    H4:
•   p: Não Estudo para o concurso
•   q: Não assisto o Big Brother Brasil.


                                  p           q        P v Q
                    H1            V           V           V
                    H2            F           V           V
                    H3            V           F           V
                    H4            F           F           F

                            1.5 “SE ... ENTÃO...”: (CONDICIONAL)

    Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
    pelo conectivo Se... Então.... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “”.
    Portanto, se temos a sentença:
6
RACIOCÍNIO LÓGICO

    “Se eu tenho o diploma de nível médio, então sou mais inteligente que o Tiririca”

    Proposição 1: eu tenho o diploma de nível médio
    Proposição 2: sou mais inteligente que o Tiririca
    Conetivo: se.. então

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “”
    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p  q

    1.5.1 AGORA É A SUA VEZ:
    Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
    H1:
•   p: eu tenho o diploma de nível médio
•   q: sou mais inteligente que o Tiririca

    H2:
•   p: Não tenho o diploma de nível médio
•   q: sou mais inteligente que o Tiririca

    H3:
•   p: Não tenho o diploma de nível médio
•   q: Não sou mais inteligente que o Tiririca

    H4:
•   p: eu tenho o diploma de nível médio
•   q: Não sou mais inteligente que o Tiririca



                                 p           q          P Q
                   H1            V           V             V
                   H2            F           V             V
                   H3            F           F             V
                   H4            V           F             F



                     1.6 “... SE E SOMENTE SE ...”: (BICONDICIONAL)

    Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
    pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por
    “ ”. Portanto, se temos a sentença:

    “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”

    Proposição 1: Maria compra o sapato
    Proposição 2: O sapato combina com a bolsa
    Conetivo: se e somente se
7
                                                                  RACIOCÍNIO LÓGICO

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “   ”
    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p   q


    1.5.1 AGORA É A SUA VEZ:
    Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

    H1:
•   p: Maria compra o sapato
•   q: O sapato não combina com a bolsa

    H2:
•   p: Maria não compra o sapato
•   q: O sapato combina com a bolsa

    H3:
•   p: Maria compra o sapato
•   q: O sapato combina com a bolsa

    H4:
•   p: Maria não compra o sapato
•   q: O sapato não combina com a bolsa


                               p           q          P       Q
                   H1          V           F              F
                   H2          F           V              F
                   H3          V           V              V
                   H4          F           F              V

                                      1.7 TAUTOLOGIA

    Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
    Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
    proposições p, q, r, ... que a compõem

    Exemplos:
•   Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS
•   Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli
    parece com o Zé gotinha

    Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e
    negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo:

    Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”
8
RACIOCÍNIO LÓGICO

    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p

    1.7.1 AGORA É A SUA VEZ:
    H1:
•   p: Grêmio cai para segunda divisão
•   ~p: Grêmio não cai para segunda divisão

    H2:
•   p: Grêmio não vai sair campeão
•   ~p: Grêmio cai para segunda divisão


                          p             ~p           p v ~p
           H1             V               F             V
                                                                 Logo temos uma TAUTOLOGIA!
           H2             F              V              V



                                      1.8 CONTRADIÇÃO
    Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
    contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das
    proposições p, q, r, ... que a compõem

    Exemplos:
•   O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria
•   Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis

    Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e
    negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo:

    Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil

    Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”
    Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p

    1.7.1 AGORA É A SUA VEZ:
    H1:
•   p: Lula é o presidente do Brasil
•   ~p: ______________________________

    H2:
•   p: Lula não é o presidente do Brasil
•   ~p: _______________________________
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                                                            RACIOCÍNIO LÓGICO


                     p             ~p           p ^ ~p
       H1            V              F              F
       H2             F             V              F
Logo temos uma CONTRADIÇÃO!


                                    1.9 RESUMO

Agora iremos criar tabelas com o resumo e principais tópicos estudados neste capítulo.

                 SENTENÇA               VERDADEIRO              FALSO SE..
                  LÓGICA                   SE...
                     p                     p=V                     p=F
                     ~p                    p=F                     p=V


   SENTENÇA                   VERDADEIRO SE...                     FALSO SE..
    LÓGICA
    p∧ q                   p e q são, ambos, verdade          um dos dois for falso

    p∨ q                   um dos dois for verdade             ambos, são falsos

    p→ q                  nos demais casos que não for
                                       falso
                                                                  p=Veq=F


   p         q            p e q tiverem valores lógicos
                                      iguais
                                                              p e q tiverem valores
                                                               lógicos diferentes
10
RACIOCÍNIO LÓGICO


         MODÚLO 2. OPERAÇÕES BÁSICAS COM CONETIVOS
                         LÓGICOS
                          2.1 EQUIVALÊNCIA DE CONETIVOS

  Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente que são
  equivalentes) quando são compostas pelas mesmas proposições simples e os resultados de
  suas tabelas-verdade são idênticos


  como: p ⇔ q , ou simplesmente por p = q
  A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, pode ser representada simbolicamente


  EQUIVALÊNCIAS:

  1ª p ^ p = p

  Exemplo: Professor Ed é feliz e feliz = Professor Ed é Feliz

  Construindo a tabela:
         P          p^
                     p
         V           V

         F           F



  2ª p ou p = p

  Exemplo: Joaquina foi a praia ou a praia = Joaquina foi a praia
         p          p^
                     p
         V           V

         F           F



  3ª p       q = (p  q) ^ (q  p)


  Exemplo:

  Trabalho no TRE se e somente se estudar para o concurso = Se trabalho no TRE então
  estudo para o concurso e se estudo para o concurso então trabalha no TRE
11
                                                        RACIOCÍNIO LÓGICO


Tabela
  p        q          P        qp             (P  q) ^ (q  p)     P     q
                       q
  V        V

   F       F

   F       V

  V        F



4ª p  q = (~q  ~p)
Exemplo:
Se bebo então sou rico = Se não sou rico então não bebo


   p      q      ~q        ~p        (P  q)          (~q 
                                                       ~p)
   V      V

   F      F

   F      V

   V      F



5ª p  q = (~p ^ q)

Exemplo:
Se bebo então sou rico = não bebo ou sou rico


   p      q      ~p        (P  q)         (~p v q)

   V      V

   F      F

   F      V

   V      F
12
RACIOCÍNIO LÓGICO

    6ª Conetivos que são comutativos (podemos trocar a ordem que a solução será a mesma): V
    , ^,
    Exemplos:
•   (p      q) = (q       p)


•   (p   V q) = (q V p)

•   (p       q) = (q           p)


    7ª Conetivo que não é comutativo (não podemos trocar a ordem):                    
    Exemplos:
•   (p    q)     (q    p)

                          2.2 NEGAÇÕES DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
    Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:

    TABELA:
                               PROPOSIÇÃO                      NEGAÇÃO
                                   OU
                                CONETIVO
                                    p                              ~p
                                          ~p                       p
                                          ^                        v

    Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
    aquela utilizada em álgebra na matemática.

    Vamos negar a sentença abaixo

1. ~(p v q) = ~(p)                        ~(v)            ~(q) =            (~p   ~q)
2. ~(~p v q) = ~(~p) ~(v)                            ~(q) =     (p      ~q)
3. ~(p      ~q) = ~(p)         ~(     )              ~(~q) =     (~p v q)
4. ~(~p       ~q) = ~(~p)                 ~(     )        ~(~q) =           (p v q)

    Agora vamos aprender a negar uma sentença com um condicional.
    Para isso devemos trabalhar com a5ª propriedade de equivalência de conetivos demonstradas
    na página 10, onde:

   p  q = (~p    q)
   Então temos:
5. ~( p  q) = ~( ~p                q) = ~(~p)                  ~(      )               ~(q) =   (p   ~q)
13
                                                            RACIOCÍNIO LÓGICO


  Agora é a sua vez:
  Sabendo que um bicondicional é igual a dois condicionais, propriedade 3 da página 9. Tente
  fazer a negação da sentença abaixo:

6. ~( p     q)




                                      2.3 RESUMO


             PROPOSIÇÃO                                    NEGAÇÃO
              COMPOSTA
                 (p v q)                               (~p ~q)
                  (p q)                                (~p v ~q)
                (p  q)                                 (p ~q)
               (p      q)                           (p ~q) v (q ~p)
14
RACIOCÍNIO LÓGICO


          MODÚLO 3. ARGUMENTOS COM: TODOS, ALGUM E
                         NENHUM
                            3.1 ARGUMENTOS - INTRODUÇÃO

   Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma
   outra proposição final, que será conseqüência das primeiras. Estudaremos aqui apenas os
   argumentos que podemos resolver por diagrama, contendo as expressões: Todo, algum,
   nenhum ou outras similares

   Exemplo:
   1: Todas pessoas aposentadas pelo INSS possui mais de 60 anos de idade.
   2: Todas as pessoas com mais de 60 anos de idade são gastam com remédio todos os meses.

   Assim, caso as proposições, argumentos, 1 e 2, estejam corretos, podemos concluir que:
   Conclusão : Todos os aposentados pelo INSS gastam com remédio todos os meses.

   Nem todos os argumentos são válidos. Estaremos, em nosso estudo dos argumentos lógicos,
   interessados em verificar se eles são válidos ou inválidos!


   SIMNOLOGIA:

                              SENTENÇA                      SIMBOLOGIA
                        PARA TODO x (elemento)
                          EXISTE x (elemento)



                                 3.2 ARGUMENTOS VÁLIDOS


Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem construído), quando a sua
conclusão é uma conseqüência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Para concluiurmos se um argumento é válido ou não, devemos olhar APENAS como ele foi
construído sem nos prendermos ao texto ou conhecimentos prévios sobre o assunto. Abaixo
segue um exemplo de um argumento válido.

1: Todos os Policiais Federais são homens violentos.
2: Nenhum homem violento é casado.
Conclusão: Portanto, nenhum Policial Federal é Casado.

Apesar de parecer um absurdo, o argumento acima está correto. Se considerarmos como
hipóteses verdadeira que os itens 1 e 2 estão corretos, a conclusão é consequencia das hipóteses,
por uma propriedade de transitiva.
15
                                                             RACIOCÍNIO LÓGICO

                                                 Para concluir se um silogismo é verdadeiro ou
                                                 não, devemos construir conjuntos com as
                                                 premissas dadas. Para isso devemos
                                                 considerar todos os casos possíveis,
                                                 limitando a escrever apenas o que a
                                                 proposição afirma.

                                                no exemplo acima temos que “Todos os
                                                Policiais Federais são homens violentos”, mas
                                                nesta proposição não deixa claro se “Todos as
                                                pessoas violentas são Policiais Federais”. Por
   este motivo temos sempre que trabalhar com todas as hipóteses, considerando também este
   caso. Vamos representar a proposição em conjunto
   Este conjunto mostra exatamente o que a proposição fala.

   TODO PF é Violento, porém não podemos concluir que TODO violento é PF, assim
   trabalhamos com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são Policiais.

   2: Nenhum homem violento é casado.

   Com a expressão “nenhum” a frase acima afirma que o conjunto dos casados e dos vilentos
   não possuem elementos comuns. Logo devemos construir conjuntos separados.




                                                            SOLTEIROS




   Logo é correto afirmar que, nenhum Policial Federal é Casado, já que estes conjuntos não
   possuem elementos em comum.



                              3.3 ARGUMENTOS INVÁLIDOS

Dizemos que um argumento é inválido – também denominado ilegítimo, mal construído, falacioso
ou sofisma – quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da
conclusão.

Vamos considerar um exemplo similar ao anterio com apenas uma pequena alteração na
proposição 2 e na conclusão.
1: Todos os Policiais Federais são homens violentos.
16
RACIOCÍNIO LÓGICO

  2: Alguns homens violentos são casados.

  Conclusão: Portanto, existem Policiais Federais que são Casados.
                                                 A uma primeira leitura pode parecer um
                                                 argumento válido (silogismo), porém ao
                                                 considerarmos todas as hipóteses possíveis
                                                 iremos descobrir que as proposições são
                                                 insuficientes para a conclusão, tratando então
                                                 de uma falácia.

                                                 Representação do argumento 1: Todos os
                                                 Policiais Federais são homens violentos.

                                                 Lembre-se que: TODO PF é Violento, porém
                                                 não podemos concluir que TODO violento é
  PF, assim trabalhamos com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são Policiais.

  Podemos representar a hipótese 2 de duas formas, uma como a “banca” quer que você
  entenda, de maneira errada, conforme abaixo:
                                                      2: Alguns homens violentos são
                                                      casados


                                                        Assim existiria um conjunto “X” de
                                                        policiais que são violentos e casados.

                                                        Portanto, poderíamos concluir existem
                                                        Policiais Federais que são Casados.
               PF        X



                                                        Mas devemos considerar todas as
  hipóteses, imagine que os conjuntos sejam divididos da forma abaixo:


                                                      Neste exemplo, todo policial federal é
                                                      violento, alguns violentos são casados,
                                                      ou seja, as hipóteses são satisfeitas.

                                                      Mas não existem policiais casados. Assim
                                                      a conclusão é precipitada!
          PF
17
                                                            RACIOCÍNIO LÓGICO

                        3.4 NEGAÇÃO DE TODO, ALGUM E NENHUM

As Proposições da forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento em comum com o conjunto B.

As Proposições da forma Todo A é B estabelecem que o conjunto A é um subconjunto de B. Note
que não podemos concluir que A = B, pois não sabemos se todo B é A.

Como negar estas Proposições:

                 PROPOSIÇÃO                       NEGAÇÃO
                    TODO                  ALGUM OU EXISTE PELO MENOS
                   ALGUM                           NENHUM


   Exemplos:

         PROPOSIÇÃO                                     NEGAÇÃO
           Todo A é B             Algum A não é B ou Existe pelo menos um A que não
                                                        seja B
          Algum A é B                               Nenhum A é B
18
RACIOCÍNIO LÓGICO


                   MODÚLO 4. RESOLVENDO PROBLEMAS
                  4.1 METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

   As questões de lógica cobradas em concursos, em geral, são textos formados por proposições
   e conetivos.
   Para resolver qualquer questão é necessário “traduzir” este texto para uma linguagem lógica,
   operar dentro desta linguagem e no final traduzir da linguagem lógica de volta para o texto,
   conforme modelo abaixo:

                             Traduz os testos para uma
                             linguagem lógica matemática
    TEXTO                                                                LÓGICA



                                                                   Aplica as propriedades de
  Traduz a resposta em                                             lógica que aprendemos
  lógica para um texto              OPERA



                         4.2 RESOLVENDO PROBLEMAS DE NEGAÇÃO

Exemplo 4.2.1:
A negação da sentença: Se Teobaldo estuda então será aprovado no concurso

Passo 1: Simbolizar as proposições acima
p: Teobaldo estuda
q: Teobaldo é aprovado no concurso
Conetivo: Se então (condicional)

Passo 2: Representar logicamente a sentença: (p  q)

Passo 3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica:
~(pq) = ~(~p      q)          Lembrar da propriedade de equivalência
~(~p   q) = (p ~q)             Negar as proposições e o conetivo

Passo 4: traduzir da lógica para o texto novamente
  • p: Teobaldo estuda
  •      =e
  • q = Teobaldo não é aprovado no concurso. (poderia usar também a expressão: não é
     verdade que Teobaldo é aprovado no concurso)
19
                                                              RACIOCÍNIO LÓGICO

Juntando tudo temos a negação da sentença que será:“Teobaldo estuda e não é aprovado no
concurso”

Exemplo 4.2.2: (CESPE – DETRAN/ES – 2010)
A negação da proposição "Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um
acidente de trânsito" é, do ponto de vista lógico, equivalente à afirmação "Dirija após ingerir
bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito".

1: Simbolizar as proposições acima
• ~p: não dirija após ingerir bebidas alcoólicas (note que a proposição p possui um não em
   seu texto, por isso estamos representando por ~p ao invés de usar somente p)
• q: Você pode causar um acidente de trânsito
• Conetivo: ou (conjunção)


2: Representar logicamente a sentença: (~p     q)

3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica:
~(~p     q) = (p ~q)           Negar as proposições e o conetivo

    4: traduzir da lógica para o texto novamente
•   p: dirija após ingerir bebidas alcoólicas
•      =e
•   q = você não causará um acidente de trânsito

Juntando tudo temos a negação da sentença que será:“Dirija após ingerir bebidas alcoólicas
e você não causará um acidente de trânsito”


Exemplo 4.2.3:
Qual a negação da sentença: “Estudo se e somente se não chover.”

Esta parece simples, mas é trabalhosa. Temos que transformar esta bi condicional em duas
condicionais e negar.

    1: Simbolizar as proposições acima
•   p: Estudo
•   ~q: não chover
•   Conetivo: bicondicional (     )

2: Representar logicamente a sentença: (p       ~q)


3: Aplicando propriedades de lógica:

               RESOLUÇÃO                                   EXPLICAÇÃO
    ~(p      ~q) =~[ (p  ~q)       (~q       Propriedade de equivalência do bi
                                              condicional
     p)]
20
   RACIOCÍNIO LÓGICO

       ~(p  ~q) ~( ) ~(~q  p)                       Negar TUDO (distributividade)
       ~(~p ~q)     ~(q p)                            Negamos a disjunção e usamos a
                                                      propriedade de equivalência do
                                                      condicional
       (p   q)     (~q   ~p)                          Negamos as duas expressões


    4: traduzir da lógica para o texto novamente
    • p: estudo
    • ~p: não chove
    • q: chove
    • ~q: não chove
    •      =e
    •      = ou

       Juntando tudo temos a negação da sentença que será:
       “estudo e chove ou não estudo e não chove”


                         4.3 RESOLVENDO PROBLEMAS DE ARGUMENTOS

   Agora iremos estudar como resolver as questões com argumentos que não utilizam as
   expressões: todos, nenhum ou algum.

   Exemplo 4.3.1
1. Se prova é fácil, então sou funcionário do INSS.
2. Não sou funcionário do INSS.

   Sabendo que as duas proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que: “A prova não
   é fácil.”


   Resolução:

       1: Simbolizar as proposições acima
   •   p: A prova é fácil
   •   q: sou funcionário do INSS
   •   ~q= não sou funcionário do INSS
   •   Conetivo: condicional ()

   2: Representar logicamente a sentença:
1. (p  q) = V
2. ~q = V

   3: Aplicando propriedades de lógica:
   Ora, se ~q = V logo q = F. Assim temos a seguinte situação:
21
                                                                  RACIOCÍNIO LÓGICO



             p                        q
             ?            V            F

Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda falsa.

Como a segunda proposição é FALSA e este condicional                         é   VERDADEIRO,
obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F

4: traduzir da lógica para o texto novamente: “a prova não é fácil”


Exemplo 4.3.2

1. Robinho come ou dorme
2. Se Robinho come então não joga bola
3. Robinho joga bola

Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade
que: “Robinho dorme.”

    Resolução:

    1: Simbolizar as proposições acima
•   p: Robinho come
•   q: dorme
•   ~r= não joga boa
•   r: joga bola
•   Conetivos: condicional () e disjunção (     )

2: Representar logicamente a sentença:
1. (p    q) = V
2. (p  ~r) = V
3. r = V

3: Aplicando propriedades de lógica:
Ora, se r = V logo ~r = F.
Vamos fixar ~r=F e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de P, sabendo que o
condicional deve ser verdadeiro.

                       hipóteses                p                     ~r
                              h1                V             F          F
                              h2                F            V           F
22
RACIOCÍNIO LÓGICO

Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda falsa.

Como a segunda proposição é FALSA e este condicional                          é   VERDADEIRO,
obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F

Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de q,
sabendo que a sentença como todo é verdadeira

                       hipóteses                p                        q
                             h1                 F            F            F
                             h2                 F            V           V

Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro já
que a disjunção para ser verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser verdadeiras.

Assim concluímos que q=V

4: traduzir da lógica para o texto novamente: “Robinho dorme”


Exemplo 4.3.3
1. Rejão não é bruto ou habilidoso
2. Rejão não é bruto se e somente se Carruira é habilidoso
3. Carruira é habilidoso

Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade
que: “Rejão é habilidoso.”

1:   Simbolizar as proposições acima
•    ~p: Rejão não é bruto
•    q: Rejão é habilidoso
•    ~p= Rejão não é bruto
•    r: Carruira é habilidoso
•    Conetivos: condicional () e disjunção (   )

2:   Representar logicamente a sentença:
1.   (~p    q) = V
2.   (~p      r) = V
3.   r=V

3: Aplicando propriedades de lógica:
Ora, se r = V vamos fixar r=V e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de ~p,
sabendo que o bicondicional deve ser verdadeiro.
23
                                                                 RACIOCÍNIO LÓGICO



                       hipóteses              ~p                          r
                             h1                 V            F            F
                             h2                 F            V            F
Como sabemos o bicondicional será falso se as duas proposições tiverem valores lógicos
diferentes. Para que o bicondicional seja verdadeiro é necessário que ambas proposições tenham
o mesmo valor lógico.

Como a segunda proposição é FALSA e este bicondicional                        é   VERDADEIRO,
obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F

Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de q,
sabendo que a sentença como todo é verdadeira


              hipóteses               p                          q
                   h1                 F             F            F
                   h2                 F             V            V

Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro já
que para que a disjunção seja verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser
verdadeiras.
Assim concluímos que q=V

4: traduzir da lógica para o texto novamente: “Rejão é habilidoso”

                      4.4 RESOLVENDO PROBLEMAS DE FATORAÇÃO

Exemplo 4.4.1: Considere a seguinte proposição: "Se o Policial é honesto, então o Policial é
Honesto ou Médico é trabalhador”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição
caracteriza uma tautologia.

p= Policial é honesto
q = Médico é trabalhador

Resolvendo:

p  (p q)          Sentença dada
~p   ( p q)        propriedade da igualdade de um condicional
( ~p   p) q        Associação
Verdade q          Tautologia (sempre será verdadeiro)
Verdade            Verdadeiro sempre.

Logo estamos diante de uma Tautologia.
24
RACIOCÍNIO LÓGICO


                           MODÚLO 5. PORCENTAGEM

                                    5.1 TAXA UNITÁRIA


DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100,
encontramos a taxa unitária

A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.

Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma
fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.



COMO FAZER                                    5.1     AGORA É A SUA VEZ:

      10
 =
10%   = 0,10
     100                                       15%
      20                                       20%
20% = 0, 20
  =
     100                                       4,5%
     5
5% = 0, 05
=                                              254%
    100
                                                0%
      38
38% = 0,38
  =                                            63%
     100
      1,5                                     24,5%
1,5% = 0, 015
  =
      100                                       6%
       230
230% = 2,3
   =
       100


                              5.2 FATOR DE CAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual
novo valor deste produto?

Claro que se não sabemos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:

O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial.

Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto, após o acréscimo.

                           120
Fator de Capitalização =       = 1, 2
                           100
25
                                                               RACIOCÍNIO LÓGICO


O Fator de capitalização Trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.

Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de capitalização por 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00.

CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se
que 1 = 100/100 = 100%

COMO CALCULAR:
  o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
  o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2

ENTENDENDO O RESULTADO:
Aumentar o preço do meu produto em 20% deve multiplicar por 1,2

Exemplo 1.3.1: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará
a custar 1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00


COMO FAZER:
                                       130
Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% =      = 1,3
                                       100
                                       115
Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% =      = 1,15
                                       100
                                     103
Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% =     = 1, 03
                                     100
                                          300
Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% =       =3
                                         100
5.2 AGORA É A SUA VEZ:

   Acréscimo                  Calculo                  Fator
     15%
     20%
     4,5%
    254%
      0%
     63%
    24,5%
      6%
26
RACIOCÍNIO LÓGICO


                            5.3 FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual
novo valor deste produto?

Claro que se não sabemos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:

O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial.

Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto, após o acréscimo.

                               80
Fator de Descapitalização =       = 0,8
                              100

O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que desejo
utilizar.

Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00.


CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto
expresso em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%


COMO CALCULAR:
  o Desconto de 45% = 100% - 45% = 65% = 65/ 100 = 0,65
  o Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8


ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do meu produto de 20% deve multiplicar o valor deste
produto por 0,80


Exemplo 1.4.1: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a
custar 1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00



COMO FAZER:
27
                                                               RACIOCÍNIO LÓGICO

                                       70
Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% =      = 0, 7
                                     100
                                       85
Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% =      = 0,85
                                     100
                                    97
Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% =      = 0,97
                                   100
                                       50
Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% =      = 0,5
                                     100
5.3 AGORA É A SUA VEZ:

                  Desconto                   Calculo                   Fator
                    15%
                    20%
                   4,5%
                   254%
                    0%
                    63%
                  24,5%
                    6%



                         5.4 ACRÉSCIMO E DESCONTO SUCESSIVO

Um tema muito comum abordado nos concursos é os acréscimos e os descontos sucessivos. Isto
acontece pela facilidade que os candidatos tem em se confundir ao resolver uma questão deste
tipo.

O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo que
na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.

Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não temos estes conceitos bem
definidos:

Exemplo 5.4.1:
Os bancos vem aumentando significativa as suas tarifas de manutenção de contas. Estudos
mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e de 20%
no 2° semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em média suas
tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
28
RACIOCÍNIO LÓGICO

d) 56%
e) 20%

Ao ler esta questão, muitos candidatos de deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).

Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos:

Após receber um acréscimo de 30%
10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00

Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009
13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60

Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma alta
de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente.


          COMO RESOLVER A QUESTÃO ACIMA DE UMA FORMA MAIS DIRETA:

Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3
   o Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
   o Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2

1,3 x 1,2 = 1,56
Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver módulo 1.2)

Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%




                                         COMO FAZER

Exemplo 5.4.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% dobre o seu valor,
em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos
afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%

Resolução:
Aumento de 20% = 1,2
Aumento de 40% = 1,4
Desconto de 50% = 0,5
29
                                                              RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
(Alternativa E)

Exemplo 5.4.3 O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da
prova do concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou
aumentando em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado
com o excesso de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20%
do seu peso. Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:

a)   8% maior
b)   10% maior
c)   12% maior
d)   10% menor
e)   Exatamente igual

Resolução:
Perda de 20% = 0,8
Aumento de 25% = 1,25
Aumento de 25% = 1,25
Perda de 20% = 0,8

Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E)
30
RACIOCÍNIO LÓGICO




      Questões de
       Concurso
31
                                                                           RACIOCÍNIO LÓGICO

                               TIPO 1: Argumentos Válidos com conetivos


                                      o Existência de Premissas
COMO IDENTIFICAR
                                      o Conetivos lógicos (E, OU, Se...Então)

                                   Tabelas Verdades:
                                     o OU: Só é F se ambas for F
CONHECIMENTOS
                                      o E: Só é V se ambas for V
PRÉVIOS
                                      o Se...Então: Só é F se 1º V e 2º F

                                      1. Considere as premissas como verdade

COMO RESOLVER                         2. Deduzir com base nas premissas se a conclusão é Válida ou
                                         não (Falácia)



Exemplo 1.1:
(FCC) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
   I.       Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada.
  II.       Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasioso.
 III.       Os superávits serão fantasiosos.

Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a)        A crise econômica não demorará a ser superada.
b)        As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c)        As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d)        Os superávits econômicos serão fantasiosos
e)        As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser superada.


Passo 1: Do português para os símbolos lógicos

     I.     Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada.

                              ~P                                                  ~
                                                 ~ P →~ Q
  II.       Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasioso.
                             P
                                                   P →~ R                  ~R

III.        Os superávits serão fantasiosos.

                         R
Passo 2: Considere as premissas como verdade
32
RACIOCÍNIO LÓGICO

          PREMISSA 1                      PREMISSA 2                   PREMISSA 3
           VERDADE                         VERDADE                      VERDADE
         ~ P →~ Q                          P →~ R                            R
                                                                    CONCLUSÃO: R=V

Passo 3: Substitui a premissa 3 em 2 e analise.
  o Como na premissa 3 vimos que R é V logo ~R = F.
  o Como P é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V. Vamos testar


     P         →          ~R               P          →     ~R
     F                      F              F          V       F
     V                      F              V          F       F

Como a premissa 2 é verdade e caso a proposição P tenha valor V teremos uma premissa falsa,
logo chegamos a conclusão que P = F.
Passo 3: Substitui a premissa 2 em 1 e analise.
   o Como na premissa 2 vimos que P é F logo ~P = V.
   o Como Q é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V.
   o Analisando o condicional temos:


 ~P            →          ~Q
     V          V           V
     V          F           F

Logo ~Q = V, assim Q = F

Passo 4: Traduzir as conclusões para o português.
Premissa 1: P = F
   o as metas de inflação não são reais

Premissa 2: Q = F
   o crise econômica não demorará a ser superada

                                           Alternativa A

1. (ANPAD) - Laura é surfista ou Mário é paisagista. Se Nair é decoradora, Oscar não
   é bailarino. Se Oscar não é bailarino, Mário não é paisagista. Ora, Laura não é
   surfista e Suzi não é desenhista; pode-se, então, concluir corretamente que

a)   Laura não é surfista e Mário não é paisagista.
b)   Laura não é surfista e Nair é decoradora.
c)   Mário é paisagista e Oscar é bailarino.
d)   Nair não é decoradora e Oscar não é bailarino.
e)   Nair é decoradora e Suzi não é desenhista.
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                                                                    RACIOCÍNIO LÓGICO

2. (ANPAD) – Sejam as preposições:

   I. Se Carlos trair a esposa, Larissa ficará magoada.
   II. Se Larissa ficar magoada, Pedro não irá ao jogo.
   III.Se Pedro não for ao jogo, o ingresso não será vendido.
   IV. Ora, o ingresso foi vendido.
Portanto, pode-se afirmar que:
   a) Carlos traiu a esposa, e Pedro não foi ao jogo.
   b) Carlos traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo.
   c) Carlos não traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo.
   d) Pedro foi ao jogo, e Larissa ficou magoada.
   e) Pedro não foi ao jogo, e Larissa não ficou magoada.

3. (Gestor Fazendário MG/2005/Esaf) Considere a afirmação P: “A ou B”
          o Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirmações:
          o A: “Carlos é dentista”
          o B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto”.
   Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:

   a)   Carlos   não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.
   b)   Carlos   não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.
   c)   Carlos   não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto.
   d)   Carlos   é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.
   e)   Carlos   é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.

4. (ANEEL 2004 ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora,
   não velejo. Assim,
   a) estudo e fumo.
   b) não fumo e surfo.
   c) não velejo e não fumo.
   d) estudo e não fumo.
   e) fumo e surfo.

5. (MPU_Admnistrativa_2004 ESAF) Quando não vejo Carlos, não passeio ou fico
   deprimida. Quando chove, não passeio e fico deprimida. Quando não faz calor e
   passeio, não vejo Carlos. Quando não chove e estou deprimida, não passeio. Hoje,
   passeio. Portanto, hoje
   a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, e faz calor.
   b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, e faz calor.
   c) vejo Carlos, e não estou deprimida, e não chove, e faz calor.
   d) não vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e não faz calor.
   e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e faz calor.
34
RACIOCÍNIO LÓGICO

6. (ANPAD) – Se o governo aumenta a taxa de juros, então as exportações aumentam.
   Embora o que se sabe é que as exportações aumentaram, o que podemos concluir é
   que
   a) a taxa de juros aumentou.
   b) a taxa de juros diminuiu.
   c) as exportações aumentaram.
   d) as exportações diminuíram.
   e) as exportações aumentaram, e a taxa de juros também.

7. (ANPAD) - Em uma determinada maternidade estavam num mesmo quarto cinco
   mães: Marta, Juliana, Vanessa, Giovana e Rosa, e suas filhas: Betina, Clara, Renata,
   Judite e Lúcia, não necessariamente nessa ordem. Os enfermeiros do hospital
   afirmaram o seguinte:

   I. Se Betina é filha de Marta, então Clara não é filha de Juliana.
   II. Clara é filha de Juliana, ou Renata é filha de Vanessa.
   III.Se Judite não é filha de Giovana, então Betina é filha de Marta.
   IV. Nem Renata é filha de Vanessa nem Lúcia é filha de Rosa.

Com base nessas afirmações, pode-se concluir que
  a) Renata é filha de Vanessa, ou Betina é filha de Marta.
  b) se Clara é filha de Juliana, Betina é filha de Marta.
  c) Judite é filha de Giovana, e Clara é filha de Juliana.
  d) Judite não é filha de Giovana, e Clara é filha de Juliana.
  e) Judite é filha de Giovana, e Betina é filha de Marta.
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                                                            RACIOCÍNIO LÓGICO

             TIPO 2: Argumentos Válidos com TODO, ALGUM e NENHUM



                           o Existência de Premissas
COMO IDENTIFICAR
                           o Termos: “Todo, Algum e Nenhum”

                        Diagrama:


CONHECIMENTOS
PRÉVIOS
                        TODO                                ALGUM
                        NENHUM

                           1. Considere as premissas como verdade.
COMO RESOLVER
                           2. Desenhar todas as possibilidades.


Exemplo 2.1:
(ANPAD) - Considerando como verdades que ALGUMAS PESSOAS SÃO PACÍFICAS e que NENHUM
HOMEM É PACÍFICO. Então é necessariamente verdadeiro que:
   a) Nenhum homem é pessoa
   b) Alguma pessoa é homem
   c) Algum homem é pacífico
   d) Alguma pessoa não é homem
   e) Nenhuma pessoa é homem


Passo 1: Representar a primeira premissa “ALGUMAS PESSOAS SÃO PACÍFICAS”



                                     A = Pessoas
              A
   A          B
                                     B = Pacíficas
                  B                  AB = Pessoas Pacíficas




Passo 2: Representar a segunda premissa, “NENHUM HOMEM É PACÍFICO”
36
RACIOCÍNIO LÓGICO

REPRESENTAÇÃO 1

                                                                     A = Pessoas
                                                                     B = Pacíficas
            C                    A
                                             A
                                             B
                                                                     AB = Pessoas
                                                                     Pacíficas
                                                 B                   C = Homens


REPRESENTAÇÃO 2

                                                                     A = Pessoas
                                                                     B = Pacíficas
                     C       C
                                     A
                                             A
                                             B
                                                                     AB = Pessoas
                             A                                       Pacíficas
                                                 B                   C = Homens
                                                                     CA= Pessoas
Passo 3: Conclusões.
                                                                     Homens
  1. Pode existir ou não homem pessoas
  2. Nenhum homem é pacífico
  3. Existem pacíficos que são pessoas

Passo 4: Análise as alternativas e marque.

                                     Correto alternativa D

8. (ANPAD) - Considere os argumentos abaixo.
I – Alguns animais são amarelos e algumas coisas amarelas são comestíveis. Logo, alguns animais
amarelos são comestíveis.
II – Todas as cobras têm duas asas. Todos seres de duas asas têm pernas. Logo, todas as cobras
têm pernas.
III – Todos os poetas são pobres e alguns pobres são honestos. Logo, alguns poetas são
honestos.

Indicando-se os argumentos válidos por V e as falácias por F, os argumentos I, II e III são,
respectivamente,
   a) F V F.
   b) F F V.
   c) F F F.
   d) V F V.
   e) V V V.
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                                                              RACIOCÍNIO LÓGICO

9. (ANPAD) Considere os seguintes conjuntos formados por uma premissa seguida de
   uma conclusão.

   I. Algum avô é economista.
          Logo, algum economista é avô.
   II. Nenhum arquiteto é cantor.
          Logo, nenhum cantor é arquiteto.
   III.Todo advogado é poeta.
          Logo, todo poeta é advogado.

   Qual(is) é (são) argumento(s) válido(s)?
   a) Apenas I.
   b) Apenas II.
   c) Apenas I e II.
   d) Apenas II e III.
   e) I, II e III.


10. (ANPAD) Dado que “todo americano é patriota” e que existem patriotas
   importantes”, pode-se concluir que

   a)   existem americanos importantes.
   b)   Existem patriotas que são americanos.
   c)   Não existem americanos importantes.
   d)   Todo patriota é americano e importante.
   e)   Existem patriotas que são americanos e importantes.


11.     (ANPAD) - Sejam dadas as afirmações:

   I. Todo professor é estudioso.
   II. Todo professor tem capacidade de aprender.
   III.Carol é estudiosa.
   IV. Marisa não é professora, mas é estudiosa.
Logo, pode concluir:
   a) Carol tem capacidade de aprender.
   b) Marisa tem capacidade de aprender.
   c) Se um indivíduo é estudioso, então ele é professor.
   d) Não existem indivíduos que são estudiosos e não são professores.
   e) Existem pessoas que têm capacidade de aprender e que são estudiosas.

12. (ANPAD) – Todo ladrão é desonesto. Alguns desonestos são punidos. Portanto,
   pode-se afirmar que:

   a)   alguns punidos são desonestos.
   b)   Nenhum ladrão é desonesto.
   c)   Nenhum punido é ladrão.
   d)   Todo ladrão é punido.
   e)   Todo punido é ladrão.
38
RACIOCÍNIO LÓGICO

13. (ESAF) – Das premissas:
A: “Nenhum herói é covarde”.
B: “Alguns soldados são covardes”.
Pode-se corretamente concluir que:

   a)   Alguns heróis são soldados
   b)   Alguns soldados não são heróis
   c)   Nenhum herói é soldado
   d)   Alguns soldados são heróis
   e)   Nenhum soldado é herói


14.    (AFCE TCU 99 ESAF) Se é verdade que "Alguns escritores são poetas" e que
"Nenhum músico é poeta", então, também é necessariamente verdade que
a) nenhum músico é escritor
b) algum escritor é músico
c) algum músico é escritor
d) algum escritor não é músico
e) nenhum escritor é músico
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                                                                RACIOCÍNIO LÓGICO

                                      TIPO 3: Negação


                              o Texto como:

                                     o Qual a negação de...
COMO IDENTIFICAR
                                     o Se “...” = V então o a sentença com valor F será...

                           Regras Negação:
                             o Negação do “OU” = “E”

                              o Negação do “E” = “OU”

                              o Negação do “Se...Então” = Repete o primeiro “E” Nega
CONHECIMENTOS                   segundo.
PRÉVIOS
                              o Negação de TODO: Existe alguém que não...

                              o Negação de Existe: Ninguém ou não existe

                              o Negação de Ninguém: Alguém, ou existe

                              1. Traduzir as porposições de texto para símbolos

                              2. Aplicar as propriedades de negação
COMO RESOLVER
                              3. Traduzir a resposta em símbolos para Texto.



Exemplo 3.1:

(Fiscal Trabalho/98) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu levo o
guarda-chuva" é:
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva

Passo 1: Traduzir do texto para símbolos lógicos.
  o P = Estar chovendo
  o Q = Levar Guarda Chuva
  o Conetivo: Se... Então ( → )
       P→Q
Passo 2: Aplicar as propriedades de negação. Neste caso repetir a primeira proposição E Negar a
segunda.
~ ( P → Q) =P ∧ ~ Q
40
RACIOCÍNIO LÓGICO


Passo 3: Traduzir o resultado encontrado para texto novamente.

Está Chovendo e não levo o guarda chuva.

Alternativa E


15. (ANPAD) - Dizer que a afirmação: “Todos os economistas são médicos” é falsa,
   do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte informação é verdadeira:

a)    Pelo menos um economista não é médico
b)    Nenhum economista é médico
c)    Nenhum médico é economista
d)    Pelo menos um médico não é economista
e)    Todos os não médicos são não economistas


16. (ANPAD) - Assinale a alternativa que apresenta a negação da proposição “Se a
   concentração e a dedicação forem afetivas, então o aprendizado é consequência”.

     a)   A   concentração   e   a   dedicação   são efetivas, e a aprendizagem é consequência.
     b)   A   concentração   e   a   dedicação   são efetivas, e a aprendizagem não é consequência.
     c)   A   concentração   e   a   dedicação   não são efetivas, e a aprendizagem é consequência.
     d)   A   concentração   e   a   dedicação   são efetivas, ou a aprendizagem não é consequência.
     e)   A   concentração   e   a   dedicação   não são efetivas, e a aprendizagem não é consequência.


17.       (ANPAD) – A negação da proposição “Todo homem taxista dirige bem” é

     a)   “Existem mulheres taxistas que dirigem bem.”
     b)   “Existe um homem taxista que dirige bem.
     c)   “Existe pelo menos um homem taxista que dirige bem”.
     d)   “Existe pelo menos um homem taxista que não dirige bem.”
     e)   “Todas as mulheres taxistas dirigem bem.”


18. (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa,
    do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico
b) nenhum economista é médico
c) nenhum médico é economista
d) pelo menos um médico não é economista
e) todos os não médicos são não economistas
41
                                                        RACIOCÍNIO LÓGICO

                                TIPO 4: Equivalência


19. (AFC 2002 ESAF) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é
    logicamente equivalente a dizer que é verdade que:
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.



20. (GEFAZ/MG-2005) A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em Roma,
    então Paulo está em Paris” é logicamente equivalente à afirmação:
a) É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está em Paris’.
b) Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo não está em Paris’.
c) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo não está em Paris’.
d) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris’.
e) É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está em Paris’.



21. (MPOG/2001) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é
    logicamente equivalente a dizer que:
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro



22. (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista,
    então Luísa é solteira” é:
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista;
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira;
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.

23. (Fiscal Trabalho/98) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, do
ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista
42
RACIOCÍNIO LÓGICO

24. (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista,
    então Luísa é solteira” é:
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista;
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira;
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
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                                                                    RACIOCÍNIO LÓGICO

                                   TIPO 5: Contradições e Tautologia

25.     (ANPAD) É uma tautologia:

a)    Paulo   é estudante ou não   é verdade que, Paulo é estudante e Ivo é bancário.
b)    Paulo   é estudante ou não   é verdade que, Paulo é estudante ou Ivo é bancário.
c)    Paulo   não é estudante ou   não é verdade que, Paulo é estudante ou Ivo é bancário.
d)    Paulo   não é estudante ou   não é verdade que, Paulo é estudante e Ivo é bancário.
e)    Paulo   não é estudante ou   Ivo não é bancário, e Paulo é estudante.


26.     (ANPAD) Assinale a alternativa que apresenta uma contradição.

a)   Todo espião não é vegetariano e algum vegetariano é espião.
b)   Todo espião é vegetariano e algum vegetariano não é espião.
c)   Nenhum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano.
d)   Algum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano.
e)   Todo vegetariano é espião e algum espião não é vegetariano.


27. (TRT-9R-2004-FCC) Considere a seguinte proposição: "na eleição para a
    prefeitura, o candidato A será eleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, a
    afirmação da proposição caracteriza:
(A) um silogismo.
(B) uma tautologia.
(C) uma equivalência.
(D) uma contingência.
(E) uma contradição.

28. (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Um exemplo de tautologia é:
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
44
RACIOCÍNIO LÓGICO

                           TIPO 6: Teste de Hipóteses V ou F

29. (ANPAD) - Dado que a proposição P é verdadeira , Q é falsa e R é verdadeira,
   pode-se afirmar que as proposições compostas
   têm como valores-verdade (V, se verdadeiro; F , se falso), respectivamente,

   a)   F V V.
   b)   F V F.
   c)   V V F.
   d)   V F V.
   e)   V V V.


30. (ANPAD) Sejam dadas as seguintes proposições compostas em que P e Q são
   proposições verdadeiras e R é uma proposição falsa:

   I.
   II.
   III.
   IV.
   V.
A sequencia CORRETA do respectivo valor verdade de cada uma das proposições compostas
acima é
   a) V V V F V.
   b) V F F V F.
   c) V V V V V.
   d) F V F F V.
   e) F V V F F.

31. (ANPAD) - Dado que as proposições “O dia está ensolarado” e ”Estou na praia”,
   respectivamente simbolizadas por P e Q, são verdadeiras, NÃO se pode concluir
   como verdadeira a proposição;

   a)
   b)
   c)
   d)
   e)
45
                                                                 RACIOCÍNIO LÓGICO

                          TIPO 7: Teste de Hipóteses - Problemas

32. (ANPAD) - Uma empresa produz três produtos, P1, P2 e P3, cujas demandas são
   diferentes. Sabe-se que:

I – P1 tem alta demanda,
II – P2 não tem alta demanda e
III – P3 não tem baixa demanda.
Considerando-se que apenas uma das assertivas acima é verdadeira, pode-se afirmar que as
demandas de P1, P2 e P3 são respectivamente,
    a) Alta, média e baixa.
    b) Baixa, alta e média.
    c) Baixa, média e alta.
    d) Média, alta e baixa.
    e) Média, baixa e alta.


33. (ANPAD) Três homens são levados à presença de um jovem lógico. Sabe-se que
   um deles é um honesto marceneiro, que sempre diz a verdade. Sabe-se, também,
   que um outro é um pedreiro, igualmente honesto e trabalhador, mas que tem o
   estranho costume de sempre mentir, de jamais dizer a verdade. Sabe-se, ainda, que
   o restante é um vulgar ladrão que ora mente, ora diz a verdade. O problema é que
   não se sabe quem, entre eles, é quem. À frente do jovem lógico, esses três homens
   fazem, ordenadamente, as seguintes declarações:

  I.   O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.”
 II.   O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou de falar, é o ladrão.”
III.   O terceiro diz: “Eu sou o ladrão.”

Com base nestas informações, o jovem lógico pode, então, concluir corretamente que:

a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro.
b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo.
c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.
e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.


34. (AFC 2002 ESAF) Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é loura,
   outra é morena e a outra é ruiva. O agente sabe que uma delas se chama Bete,
   outra se chama Elza e a outra se chama Sara. Sabe, ainda, que cada uma delas fará
   uma viagem a um país diferente da Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá à
   França e a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que queria identificar o nome
   e o destino de cada uma, elas deram as seguintes informações:

  I.   A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
 II.   A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
46
RACIOCÍNIO LÓGICO

III.   A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.

O agente de viagens concluiu, então, acertadamente, que:
a) A loura é Sara e vai à Espanha.
b) A ruiva é Sara e vai à França.
c) A ruiva é Bete e vai à Espanha.
d) A morena é Bete e vai à Espanha.
e) A loura é Elza e vai à Alemanha


35. (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Três amigas encontram-se em uma festa. O
    vestido de uma delas é azul, o de outra é preto, e o da outra é branco. Elas calçam
    pares de sapatos destas mesmas três cores, mas somente Ana está com vestido e
    sapatos de mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos. Marisa
    está com sapatos azuis. Desse modo,
a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.
b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos.
c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos.
d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de Marisa é branco.
e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis.


                                          GABARITO
        1     C               2       C               3    B            4      E
        5     C               6       C               7    C            8      A
        9     C              10       B              11    E           12      A
       13     B              14       D              15    A           16      D
       17     D              18       A              19    A           20      D
       21     D              22       E              23    A           24      E
       25     A              26       A              27    B           28      A
       29     A              30       A              31    C           32      B
       33     B              34       E              35    C

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  • 1. RACIOCÍNIO LÓGICO AUTOR: PROF. EDGAR ABREU e-mail: edgarabreu@edgarabreu.com.br www.acasadoconcurseiro.com.br
  • 2. 2 RACIOCÍNIO LÓGICO EDITAL INSS (15/12/2011) 1. Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de linhas da tabela verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. 2. Tautologia. 3. Operação com conjuntos. 4. Cálculos com porcentagens. Quantidade de questões esperada: 3 a 5 de um total de 60 Sumário MÓDULO 1 – INRODUÇÃO A LÓGICA MATEMÁTICA ..........................................03 MÓDULO 2 – OPERAÇÕES BÁSICAS .....................................................................10 MÓDULO 3 – ARGUMENTOS LÓGICOS ................................................................14 MÓDULO 4 – RESOLVENDO PROBLEMAS ............................................................18 MÓDULO 5 – PORCENTAGEM ..............................................................................24 QUESTÕES DE CONCURSOS .................................................................................30
  • 3. 3 RACIOCÍNIO LÓGICO MODÚLO 1. INTRODUÇÃO A LÓGICA MATEMÁTICA 1.1 SETENÇA X PROPOSIÇÃO Proposição: Permite ser julgado verdadeiro ou falso. Possui um único valor lógico Exemplos: • O concurso para o INSS será um sucesso • O edital demorou para ser publicado • Papai Noel trouxe o edital do INSS de presente de Natal • 7 – 5 = 10 Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico Exemplos: 1. Será que agora vai? 2. Maz Bah tchê! 3. Vai estudar! 4. “A frase dentro desta aspa é uma mentira” 5. X + 5 = 20 Note que as sentenças exclamativas, imperativas ou interrogativas não admitem um único valor lógico, V ou F. Já as sentenças “4” e “5” não é proposição pois não conseguimos atribuir um único valor lógico. No item 5 por exemplo, se X é igual a 15 o valor lógico é V se for diferente de 15 então o valor lógico será F. Conclusão: Toda proposição é uma sentença, porém nem toda sentença é uma proposição 1.2 NEGAÇÃO SIMPLES Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição. No caso de uma proposição simples, não poderia ser mais fácil: basta pôr a palavra não antes da sentença, e já a tornamos uma negativa. Exemplos: PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO Ronaldo se aposentou Ronaldo não se aposentou Hebe Camargo não possui tempo de Hebe Camargo possui tempo de serviço serviço para se aposentar para se aposentar Agora tente negar a proposição abaixo: • Eu não vou passar no concurso do INSS Opção 1: Eu vou passar no concurso do INSS Opção 2: Não é verdade que eu não vou passar no concurso do INSS Isso mesmo, a negação de uma negação é uma afirmação!
  • 4. 4 RACIOCÍNIO LÓGICO O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til (~), antecedendo a frase. Vamos simbolizar a proposição p = A mulher é mais eficiente que o homem. ¬p= A mulher não é mais eficiente que o homem. 1.3 “e” - CONJUNÇÃO Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções. Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”. Exemplo: Grêmio é freguês do São Paulo e O Internacional perde para o Mazembe. Proposição 1: Grêmio é freguês do São Paulo Proposição 2: O Internacional perde para o Mazembe. Conetivo: e Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^” Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q 1.3.1 AGORA É A SUA VEZ: Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses: H1: • p: Grêmio não é freguês do São Paulo • q: O Internacional perde para o Mazembe. H2: • p: Grêmio é freguês do São Paulo • q: O Internacional não perde para o Mazembe. H3: • p: Grêmio não é freguês do São Paulo • q: O Internacional não perde para o Mazembe. H4: • p: Grêmio é freguês do São Paulo • q: O Internacional perde para o Mazembe. p q P ^ Q H1 F V F H2 V F F H3 F F F H4 V V V
  • 5. 5 RACIOCÍNIO LÓGICO 1.4 “ou” - DISJUNÇÃO Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “∨”. Portanto, se temos a sentença: Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother Proposição 1: Estudo para o concurso Proposição 2: assisto o Big Brother Conetivo: ou Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v” Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p v q 1.4.1 AGORA É A SUA VEZ: Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses: H1: • p: Estudo para o concurso • q: assisto o Big Brother Brasil. H2: • p: Não Estudo para o concurso • q: assisto o Big Brother Brasil. H3: • p: Estudo para o concurso • q: Não assisto o Big Brother Brasil.. H4: • p: Não Estudo para o concurso • q: Não assisto o Big Brother Brasil. p q P v Q H1 V V V H2 F V V H3 V F V H4 F F F 1.5 “SE ... ENTÃO...”: (CONDICIONAL) Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo conectivo Se... Então.... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “”. Portanto, se temos a sentença:
  • 6. 6 RACIOCÍNIO LÓGICO “Se eu tenho o diploma de nível médio, então sou mais inteligente que o Tiririca” Proposição 1: eu tenho o diploma de nível médio Proposição 2: sou mais inteligente que o Tiririca Conetivo: se.. então Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “” Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p  q 1.5.1 AGORA É A SUA VEZ: Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses: H1: • p: eu tenho o diploma de nível médio • q: sou mais inteligente que o Tiririca H2: • p: Não tenho o diploma de nível médio • q: sou mais inteligente que o Tiririca H3: • p: Não tenho o diploma de nível médio • q: Não sou mais inteligente que o Tiririca H4: • p: eu tenho o diploma de nível médio • q: Não sou mais inteligente que o Tiririca p q P Q H1 V V V H2 F V V H3 F F V H4 V F F 1.6 “... SE E SOMENTE SE ...”: (BICONDICIONAL) Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ”. Portanto, se temos a sentença: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa” Proposição 1: Maria compra o sapato Proposição 2: O sapato combina com a bolsa Conetivo: se e somente se
  • 7. 7 RACIOCÍNIO LÓGICO Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ” Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p q 1.5.1 AGORA É A SUA VEZ: Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses: H1: • p: Maria compra o sapato • q: O sapato não combina com a bolsa H2: • p: Maria não compra o sapato • q: O sapato combina com a bolsa H3: • p: Maria compra o sapato • q: O sapato combina com a bolsa H4: • p: Maria não compra o sapato • q: O sapato não combina com a bolsa p q P Q H1 V F F H2 F V F H3 V V V H4 F F V 1.7 TAUTOLOGIA Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem Exemplos: • Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS • Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé gotinha Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo: Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”
  • 8. 8 RACIOCÍNIO LÓGICO Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p 1.7.1 AGORA É A SUA VEZ: H1: • p: Grêmio cai para segunda divisão • ~p: Grêmio não cai para segunda divisão H2: • p: Grêmio não vai sair campeão • ~p: Grêmio cai para segunda divisão p ~p p v ~p H1 V F V Logo temos uma TAUTOLOGIA! H2 F V V 1.8 CONTRADIÇÃO Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem Exemplos: • O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria • Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^” Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p 1.7.1 AGORA É A SUA VEZ: H1: • p: Lula é o presidente do Brasil • ~p: ______________________________ H2: • p: Lula não é o presidente do Brasil • ~p: _______________________________
  • 9. 9 RACIOCÍNIO LÓGICO p ~p p ^ ~p H1 V F F H2 F V F Logo temos uma CONTRADIÇÃO! 1.9 RESUMO Agora iremos criar tabelas com o resumo e principais tópicos estudados neste capítulo. SENTENÇA VERDADEIRO FALSO SE.. LÓGICA SE... p p=V p=F ~p p=F p=V SENTENÇA VERDADEIRO SE... FALSO SE.. LÓGICA p∧ q p e q são, ambos, verdade um dos dois for falso p∨ q um dos dois for verdade ambos, são falsos p→ q nos demais casos que não for falso p=Veq=F p q p e q tiverem valores lógicos iguais p e q tiverem valores lógicos diferentes
  • 10. 10 RACIOCÍNIO LÓGICO MODÚLO 2. OPERAÇÕES BÁSICAS COM CONETIVOS LÓGICOS 2.1 EQUIVALÊNCIA DE CONETIVOS Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou simplesmente que são equivalentes) quando são compostas pelas mesmas proposições simples e os resultados de suas tabelas-verdade são idênticos como: p ⇔ q , ou simplesmente por p = q A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, pode ser representada simbolicamente EQUIVALÊNCIAS: 1ª p ^ p = p Exemplo: Professor Ed é feliz e feliz = Professor Ed é Feliz Construindo a tabela: P p^ p V V F F 2ª p ou p = p Exemplo: Joaquina foi a praia ou a praia = Joaquina foi a praia p p^ p V V F F 3ª p q = (p  q) ^ (q  p) Exemplo: Trabalho no TRE se e somente se estudar para o concurso = Se trabalho no TRE então estudo para o concurso e se estudo para o concurso então trabalha no TRE
  • 11. 11 RACIOCÍNIO LÓGICO Tabela p q P qp (P  q) ^ (q  p) P q q V V F F F V V F 4ª p  q = (~q  ~p) Exemplo: Se bebo então sou rico = Se não sou rico então não bebo p q ~q ~p (P  q) (~q  ~p) V V F F F V V F 5ª p  q = (~p ^ q) Exemplo: Se bebo então sou rico = não bebo ou sou rico p q ~p (P  q) (~p v q) V V F F F V V F
  • 12. 12 RACIOCÍNIO LÓGICO 6ª Conetivos que são comutativos (podemos trocar a ordem que a solução será a mesma): V , ^, Exemplos: • (p q) = (q p) • (p V q) = (q V p) • (p q) = (q p) 7ª Conetivo que não é comutativo (não podemos trocar a ordem):  Exemplos: • (p  q) (q  p) 2.2 NEGAÇÕES DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que: TABELA: PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO OU CONETIVO p ~p ~p p ^ v Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar aquela utilizada em álgebra na matemática. Vamos negar a sentença abaixo 1. ~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ~q) 2. ~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ~q) 3. ~(p ~q) = ~(p) ~( ) ~(~q) = (~p v q) 4. ~(~p ~q) = ~(~p) ~( ) ~(~q) = (p v q) Agora vamos aprender a negar uma sentença com um condicional. Para isso devemos trabalhar com a5ª propriedade de equivalência de conetivos demonstradas na página 10, onde: p  q = (~p q) Então temos: 5. ~( p  q) = ~( ~p q) = ~(~p) ~( ) ~(q) = (p ~q)
  • 13. 13 RACIOCÍNIO LÓGICO Agora é a sua vez: Sabendo que um bicondicional é igual a dois condicionais, propriedade 3 da página 9. Tente fazer a negação da sentença abaixo: 6. ~( p q) 2.3 RESUMO PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO COMPOSTA (p v q) (~p ~q) (p q) (~p v ~q) (p  q) (p ~q) (p q) (p ~q) v (q ~p)
  • 14. 14 RACIOCÍNIO LÓGICO MODÚLO 3. ARGUMENTOS COM: TODOS, ALGUM E NENHUM 3.1 ARGUMENTOS - INTRODUÇÃO Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma outra proposição final, que será conseqüência das primeiras. Estudaremos aqui apenas os argumentos que podemos resolver por diagrama, contendo as expressões: Todo, algum, nenhum ou outras similares Exemplo: 1: Todas pessoas aposentadas pelo INSS possui mais de 60 anos de idade. 2: Todas as pessoas com mais de 60 anos de idade são gastam com remédio todos os meses. Assim, caso as proposições, argumentos, 1 e 2, estejam corretos, podemos concluir que: Conclusão : Todos os aposentados pelo INSS gastam com remédio todos os meses. Nem todos os argumentos são válidos. Estaremos, em nosso estudo dos argumentos lógicos, interessados em verificar se eles são válidos ou inválidos! SIMNOLOGIA: SENTENÇA SIMBOLOGIA PARA TODO x (elemento) EXISTE x (elemento) 3.2 ARGUMENTOS VÁLIDOS Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem construído), quando a sua conclusão é uma conseqüência obrigatória do seu conjunto de premissas. Para concluiurmos se um argumento é válido ou não, devemos olhar APENAS como ele foi construído sem nos prendermos ao texto ou conhecimentos prévios sobre o assunto. Abaixo segue um exemplo de um argumento válido. 1: Todos os Policiais Federais são homens violentos. 2: Nenhum homem violento é casado. Conclusão: Portanto, nenhum Policial Federal é Casado. Apesar de parecer um absurdo, o argumento acima está correto. Se considerarmos como hipóteses verdadeira que os itens 1 e 2 estão corretos, a conclusão é consequencia das hipóteses, por uma propriedade de transitiva.
  • 15. 15 RACIOCÍNIO LÓGICO Para concluir se um silogismo é verdadeiro ou não, devemos construir conjuntos com as premissas dadas. Para isso devemos considerar todos os casos possíveis, limitando a escrever apenas o que a proposição afirma. no exemplo acima temos que “Todos os Policiais Federais são homens violentos”, mas nesta proposição não deixa claro se “Todos as pessoas violentas são Policiais Federais”. Por este motivo temos sempre que trabalhar com todas as hipóteses, considerando também este caso. Vamos representar a proposição em conjunto Este conjunto mostra exatamente o que a proposição fala. TODO PF é Violento, porém não podemos concluir que TODO violento é PF, assim trabalhamos com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são Policiais. 2: Nenhum homem violento é casado. Com a expressão “nenhum” a frase acima afirma que o conjunto dos casados e dos vilentos não possuem elementos comuns. Logo devemos construir conjuntos separados. SOLTEIROS Logo é correto afirmar que, nenhum Policial Federal é Casado, já que estes conjuntos não possuem elementos em comum. 3.3 ARGUMENTOS INVÁLIDOS Dizemos que um argumento é inválido – também denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão. Vamos considerar um exemplo similar ao anterio com apenas uma pequena alteração na proposição 2 e na conclusão. 1: Todos os Policiais Federais são homens violentos.
  • 16. 16 RACIOCÍNIO LÓGICO 2: Alguns homens violentos são casados. Conclusão: Portanto, existem Policiais Federais que são Casados. A uma primeira leitura pode parecer um argumento válido (silogismo), porém ao considerarmos todas as hipóteses possíveis iremos descobrir que as proposições são insuficientes para a conclusão, tratando então de uma falácia. Representação do argumento 1: Todos os Policiais Federais são homens violentos. Lembre-se que: TODO PF é Violento, porém não podemos concluir que TODO violento é PF, assim trabalhamos com a hipótese de existirem pessoas violentas que não são Policiais. Podemos representar a hipótese 2 de duas formas, uma como a “banca” quer que você entenda, de maneira errada, conforme abaixo: 2: Alguns homens violentos são casados Assim existiria um conjunto “X” de policiais que são violentos e casados. Portanto, poderíamos concluir existem Policiais Federais que são Casados. PF X Mas devemos considerar todas as hipóteses, imagine que os conjuntos sejam divididos da forma abaixo: Neste exemplo, todo policial federal é violento, alguns violentos são casados, ou seja, as hipóteses são satisfeitas. Mas não existem policiais casados. Assim a conclusão é precipitada! PF
  • 17. 17 RACIOCÍNIO LÓGICO 3.4 NEGAÇÃO DE TODO, ALGUM E NENHUM As Proposições da forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto B. As Proposições da forma Todo A é B estabelecem que o conjunto A é um subconjunto de B. Note que não podemos concluir que A = B, pois não sabemos se todo B é A. Como negar estas Proposições: PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO TODO ALGUM OU EXISTE PELO MENOS ALGUM NENHUM Exemplos: PROPOSIÇÃO NEGAÇÃO Todo A é B Algum A não é B ou Existe pelo menos um A que não seja B Algum A é B Nenhum A é B
  • 18. 18 RACIOCÍNIO LÓGICO MODÚLO 4. RESOLVENDO PROBLEMAS 4.1 METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS As questões de lógica cobradas em concursos, em geral, são textos formados por proposições e conetivos. Para resolver qualquer questão é necessário “traduzir” este texto para uma linguagem lógica, operar dentro desta linguagem e no final traduzir da linguagem lógica de volta para o texto, conforme modelo abaixo: Traduz os testos para uma linguagem lógica matemática TEXTO LÓGICA Aplica as propriedades de Traduz a resposta em lógica que aprendemos lógica para um texto OPERA 4.2 RESOLVENDO PROBLEMAS DE NEGAÇÃO Exemplo 4.2.1: A negação da sentença: Se Teobaldo estuda então será aprovado no concurso Passo 1: Simbolizar as proposições acima p: Teobaldo estuda q: Teobaldo é aprovado no concurso Conetivo: Se então (condicional) Passo 2: Representar logicamente a sentença: (p  q) Passo 3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica: ~(pq) = ~(~p q) Lembrar da propriedade de equivalência ~(~p q) = (p ~q) Negar as proposições e o conetivo Passo 4: traduzir da lógica para o texto novamente • p: Teobaldo estuda • =e • q = Teobaldo não é aprovado no concurso. (poderia usar também a expressão: não é verdade que Teobaldo é aprovado no concurso)
  • 19. 19 RACIOCÍNIO LÓGICO Juntando tudo temos a negação da sentença que será:“Teobaldo estuda e não é aprovado no concurso” Exemplo 4.2.2: (CESPE – DETRAN/ES – 2010) A negação da proposição "Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente de trânsito" é, do ponto de vista lógico, equivalente à afirmação "Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito". 1: Simbolizar as proposições acima • ~p: não dirija após ingerir bebidas alcoólicas (note que a proposição p possui um não em seu texto, por isso estamos representando por ~p ao invés de usar somente p) • q: Você pode causar um acidente de trânsito • Conetivo: ou (conjunção) 2: Representar logicamente a sentença: (~p q) 3: Negar a sentença aplicando propriedades de lógica: ~(~p q) = (p ~q) Negar as proposições e o conetivo 4: traduzir da lógica para o texto novamente • p: dirija após ingerir bebidas alcoólicas • =e • q = você não causará um acidente de trânsito Juntando tudo temos a negação da sentença que será:“Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito” Exemplo 4.2.3: Qual a negação da sentença: “Estudo se e somente se não chover.” Esta parece simples, mas é trabalhosa. Temos que transformar esta bi condicional em duas condicionais e negar. 1: Simbolizar as proposições acima • p: Estudo • ~q: não chover • Conetivo: bicondicional ( ) 2: Representar logicamente a sentença: (p ~q) 3: Aplicando propriedades de lógica: RESOLUÇÃO EXPLICAÇÃO ~(p ~q) =~[ (p  ~q) (~q Propriedade de equivalência do bi condicional  p)]
  • 20. 20 RACIOCÍNIO LÓGICO ~(p  ~q) ~( ) ~(~q  p) Negar TUDO (distributividade) ~(~p ~q) ~(q p) Negamos a disjunção e usamos a propriedade de equivalência do condicional (p q) (~q ~p) Negamos as duas expressões 4: traduzir da lógica para o texto novamente • p: estudo • ~p: não chove • q: chove • ~q: não chove • =e • = ou Juntando tudo temos a negação da sentença que será: “estudo e chove ou não estudo e não chove” 4.3 RESOLVENDO PROBLEMAS DE ARGUMENTOS Agora iremos estudar como resolver as questões com argumentos que não utilizam as expressões: todos, nenhum ou algum. Exemplo 4.3.1 1. Se prova é fácil, então sou funcionário do INSS. 2. Não sou funcionário do INSS. Sabendo que as duas proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que: “A prova não é fácil.” Resolução: 1: Simbolizar as proposições acima • p: A prova é fácil • q: sou funcionário do INSS • ~q= não sou funcionário do INSS • Conetivo: condicional () 2: Representar logicamente a sentença: 1. (p  q) = V 2. ~q = V 3: Aplicando propriedades de lógica: Ora, se ~q = V logo q = F. Assim temos a seguinte situação:
  • 21. 21 RACIOCÍNIO LÓGICO p  q ? V F Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda falsa. Como a segunda proposição é FALSA e este condicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F 4: traduzir da lógica para o texto novamente: “a prova não é fácil” Exemplo 4.3.2 1. Robinho come ou dorme 2. Se Robinho come então não joga bola 3. Robinho joga bola Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade que: “Robinho dorme.” Resolução: 1: Simbolizar as proposições acima • p: Robinho come • q: dorme • ~r= não joga boa • r: joga bola • Conetivos: condicional () e disjunção ( ) 2: Representar logicamente a sentença: 1. (p q) = V 2. (p  ~r) = V 3. r = V 3: Aplicando propriedades de lógica: Ora, se r = V logo ~r = F. Vamos fixar ~r=F e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de P, sabendo que o condicional deve ser verdadeiro. hipóteses p  ~r h1 V F F h2 F V F
  • 22. 22 RACIOCÍNIO LÓGICO Como sabemos o condicional será falso se a primeira proposição for verdadeira e a segunda falsa. Como a segunda proposição é FALSA e este condicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de q, sabendo que a sentença como todo é verdadeira hipóteses p q h1 F F F h2 F V V Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro já que a disjunção para ser verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser verdadeiras. Assim concluímos que q=V 4: traduzir da lógica para o texto novamente: “Robinho dorme” Exemplo 4.3.3 1. Rejão não é bruto ou habilidoso 2. Rejão não é bruto se e somente se Carruira é habilidoso 3. Carruira é habilidoso Sabendo que as três proposições acima são verdadeiras, podemos concluir que é verdade que: “Rejão é habilidoso.” 1: Simbolizar as proposições acima • ~p: Rejão não é bruto • q: Rejão é habilidoso • ~p= Rejão não é bruto • r: Carruira é habilidoso • Conetivos: condicional () e disjunção ( ) 2: Representar logicamente a sentença: 1. (~p q) = V 2. (~p r) = V 3. r=V 3: Aplicando propriedades de lógica: Ora, se r = V vamos fixar r=V e testar a proposição 2 a fim de descobrir o valor lógico de ~p, sabendo que o bicondicional deve ser verdadeiro.
  • 23. 23 RACIOCÍNIO LÓGICO hipóteses ~p r h1 V F F h2 F V F Como sabemos o bicondicional será falso se as duas proposições tiverem valores lógicos diferentes. Para que o bicondicional seja verdadeiro é necessário que ambas proposições tenham o mesmo valor lógico. Como a segunda proposição é FALSA e este bicondicional é VERDADEIRO, obrigatoriamente a primeira proposição deve ser FALSA, logo, p=F Agora vamos fixar a informação p=F e testar na sentença 1 e tentar descobrir o valor lógico de q, sabendo que a sentença como todo é verdadeira hipóteses p q h1 F F F h2 F V V Como p é falso e a sentença é verdadeira obrigatoriamente o valor de q deve ser verdadeiro já que para que a disjunção seja verdadeira pelo menos uma das proposições devem ser verdadeiras. Assim concluímos que q=V 4: traduzir da lógica para o texto novamente: “Rejão é habilidoso” 4.4 RESOLVENDO PROBLEMAS DE FATORAÇÃO Exemplo 4.4.1: Considere a seguinte proposição: "Se o Policial é honesto, então o Policial é Honesto ou Médico é trabalhador”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição caracteriza uma tautologia. p= Policial é honesto q = Médico é trabalhador Resolvendo: p  (p q) Sentença dada ~p ( p q) propriedade da igualdade de um condicional ( ~p p) q Associação Verdade q Tautologia (sempre será verdadeiro) Verdade Verdadeiro sempre. Logo estamos diante de uma Tautologia.
  • 24. 24 RACIOCÍNIO LÓGICO MODÚLO 5. PORCENTAGEM 5.1 TAXA UNITÁRIA DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos a taxa unitária A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática financeira. Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100. COMO FAZER 5.1 AGORA É A SUA VEZ: 10 = 10% = 0,10 100 15% 20 20% 20% = 0, 20 = 100 4,5% 5 5% = 0, 05 = 254% 100 0% 38 38% = 0,38 = 63% 100 1,5 24,5% 1,5% = 0, 015 = 100 6% 230 230% = 2,3 = 100 5.2 FATOR DE CAPITALIZAÇÃO Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual novo valor deste produto? Claro que se não sabemos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos, mas podemos fazer a afirmação abaixo: O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial. Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos utilizar para calcular o novo preço deste produto, após o acréscimo. 120 Fator de Capitalização = = 1, 2 100
  • 25. 25 RACIOCÍNIO LÓGICO O Fator de capitalização Trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo utilizar. Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu fator de capitalização por 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00. CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se que 1 = 100/100 = 100% COMO CALCULAR: o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45 o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2 ENTENDENDO O RESULTADO: Aumentar o preço do meu produto em 20% deve multiplicar por 1,2 Exemplo 1.3.1: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar 1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00 COMO FAZER: 130 Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% = = 1,3 100 115 Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% = = 1,15 100 103 Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% = = 1, 03 100 300 Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% = =3 100 5.2 AGORA É A SUA VEZ: Acréscimo Calculo Fator 15% 20% 4,5% 254% 0% 63% 24,5% 6%
  • 26. 26 RACIOCÍNIO LÓGICO 5.3 FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual novo valor deste produto? Claro que se não sabemos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos, mas podemos fazer a afirmação abaixo: O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial. Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos utilizar para calcular o novo preço deste produto, após o acréscimo. 80 Fator de Descapitalização = = 0,8 100 O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que desejo utilizar. Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00. CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100% COMO CALCULAR: o Desconto de 45% = 100% - 45% = 65% = 65/ 100 = 0,65 o Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8 ENTENDENDO O RESULTADO: Para calcularmos um desconto no preço do meu produto de 20% deve multiplicar o valor deste produto por 0,80 Exemplo 1.4.1: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar 1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00 COMO FAZER:
  • 27. 27 RACIOCÍNIO LÓGICO 70 Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% = = 0, 7 100 85 Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% = = 0,85 100 97 Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% = = 0,97 100 50 Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% = = 0,5 100 5.3 AGORA É A SUA VEZ: Desconto Calculo Fator 15% 20% 4,5% 254% 0% 63% 24,5% 6% 5.4 ACRÉSCIMO E DESCONTO SUCESSIVO Um tema muito comum abordado nos concursos é os acréscimos e os descontos sucessivos. Isto acontece pela facilidade que os candidatos tem em se confundir ao resolver uma questão deste tipo. O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo que na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização. Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não temos estes conceitos bem definidos: Exemplo 5.4.1: Os bancos vem aumentando significativa as suas tarifas de manutenção de contas. Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e de 20% no 2° semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em média suas tarifas aumentadas em: a) 50% b) 30% c) 150%
  • 28. 28 RACIOCÍNIO LÓGICO d) 56% e) 20% Ao ler esta questão, muitos candidatos de deslumbram com a facilidade e quase por impulso marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”). Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos: Após receber um acréscimo de 30% 10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00 Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009 13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60 Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano. Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma alta de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente. COMO RESOLVER A QUESTÃO ACIMA DE UMA FORMA MAIS DIRETA: Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3 o Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3 o Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2 1,3 x 1,2 = 1,56 Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver módulo 1.2) Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56% COMO FAZER Exemplo 5.4.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% dobre o seu valor, em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é: a) 10% maior b) 10 % menor c) Acréscimo superior a 5% d) Desconto de 84% e) Desconto de 16% Resolução: Aumento de 20% = 1,2 Aumento de 40% = 1,4 Desconto de 50% = 0,5
  • 29. 29 RACIOCÍNIO LÓGICO Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto) Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos: 1 – 0,84 = 0,16 Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial. (Alternativa E) Exemplo 5.4.3 O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20% do seu peso. Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é: a) 8% maior b) 10% maior c) 12% maior d) 10% menor e) Exatamente igual Resolução: Perda de 20% = 0,8 Aumento de 25% = 1,25 Aumento de 25% = 1,25 Perda de 20% = 0,8 Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1 Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E)
  • 30. 30 RACIOCÍNIO LÓGICO Questões de Concurso
  • 31. 31 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 1: Argumentos Válidos com conetivos o Existência de Premissas COMO IDENTIFICAR o Conetivos lógicos (E, OU, Se...Então) Tabelas Verdades: o OU: Só é F se ambas for F CONHECIMENTOS o E: Só é V se ambas for V PRÉVIOS o Se...Então: Só é F se 1º V e 2º F 1. Considere as premissas como verdade COMO RESOLVER 2. Deduzir com base nas premissas se a conclusão é Válida ou não (Falácia) Exemplo 1.1: (FCC) Um argumento é composto pelas seguintes premissas: I. Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada. II. Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasioso. III. Os superávits serão fantasiosos. Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser: a) A crise econômica não demorará a ser superada. b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos. c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos. d) Os superávits econômicos serão fantasiosos e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser superada. Passo 1: Do português para os símbolos lógicos I. Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada. ~P ~ ~ P →~ Q II. Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasioso. P P →~ R ~R III. Os superávits serão fantasiosos. R Passo 2: Considere as premissas como verdade
  • 32. 32 RACIOCÍNIO LÓGICO PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3 VERDADE VERDADE VERDADE ~ P →~ Q P →~ R R CONCLUSÃO: R=V Passo 3: Substitui a premissa 3 em 2 e analise. o Como na premissa 3 vimos que R é V logo ~R = F. o Como P é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V. Vamos testar P → ~R P → ~R F F F V F V F V F F Como a premissa 2 é verdade e caso a proposição P tenha valor V teremos uma premissa falsa, logo chegamos a conclusão que P = F. Passo 3: Substitui a premissa 2 em 1 e analise. o Como na premissa 2 vimos que P é F logo ~P = V. o Como Q é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V. o Analisando o condicional temos: ~P → ~Q V V V V F F Logo ~Q = V, assim Q = F Passo 4: Traduzir as conclusões para o português. Premissa 1: P = F o as metas de inflação não são reais Premissa 2: Q = F o crise econômica não demorará a ser superada Alternativa A 1. (ANPAD) - Laura é surfista ou Mário é paisagista. Se Nair é decoradora, Oscar não é bailarino. Se Oscar não é bailarino, Mário não é paisagista. Ora, Laura não é surfista e Suzi não é desenhista; pode-se, então, concluir corretamente que a) Laura não é surfista e Mário não é paisagista. b) Laura não é surfista e Nair é decoradora. c) Mário é paisagista e Oscar é bailarino. d) Nair não é decoradora e Oscar não é bailarino. e) Nair é decoradora e Suzi não é desenhista.
  • 33. 33 RACIOCÍNIO LÓGICO 2. (ANPAD) – Sejam as preposições: I. Se Carlos trair a esposa, Larissa ficará magoada. II. Se Larissa ficar magoada, Pedro não irá ao jogo. III.Se Pedro não for ao jogo, o ingresso não será vendido. IV. Ora, o ingresso foi vendido. Portanto, pode-se afirmar que: a) Carlos traiu a esposa, e Pedro não foi ao jogo. b) Carlos traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo. c) Carlos não traiu a esposa, e Pedro foi ao jogo. d) Pedro foi ao jogo, e Larissa ficou magoada. e) Pedro não foi ao jogo, e Larissa não ficou magoada. 3. (Gestor Fazendário MG/2005/Esaf) Considere a afirmação P: “A ou B” o Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirmações: o A: “Carlos é dentista” o B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto”. Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo: a) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto. b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto. c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto. d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto. e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto. 4. (ANEEL 2004 ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim, a) estudo e fumo. b) não fumo e surfo. c) não velejo e não fumo. d) estudo e não fumo. e) fumo e surfo. 5. (MPU_Admnistrativa_2004 ESAF) Quando não vejo Carlos, não passeio ou fico deprimida. Quando chove, não passeio e fico deprimida. Quando não faz calor e passeio, não vejo Carlos. Quando não chove e estou deprimida, não passeio. Hoje, passeio. Portanto, hoje a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, e faz calor. b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, e faz calor. c) vejo Carlos, e não estou deprimida, e não chove, e faz calor. d) não vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e não faz calor. e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e faz calor.
  • 34. 34 RACIOCÍNIO LÓGICO 6. (ANPAD) – Se o governo aumenta a taxa de juros, então as exportações aumentam. Embora o que se sabe é que as exportações aumentaram, o que podemos concluir é que a) a taxa de juros aumentou. b) a taxa de juros diminuiu. c) as exportações aumentaram. d) as exportações diminuíram. e) as exportações aumentaram, e a taxa de juros também. 7. (ANPAD) - Em uma determinada maternidade estavam num mesmo quarto cinco mães: Marta, Juliana, Vanessa, Giovana e Rosa, e suas filhas: Betina, Clara, Renata, Judite e Lúcia, não necessariamente nessa ordem. Os enfermeiros do hospital afirmaram o seguinte: I. Se Betina é filha de Marta, então Clara não é filha de Juliana. II. Clara é filha de Juliana, ou Renata é filha de Vanessa. III.Se Judite não é filha de Giovana, então Betina é filha de Marta. IV. Nem Renata é filha de Vanessa nem Lúcia é filha de Rosa. Com base nessas afirmações, pode-se concluir que a) Renata é filha de Vanessa, ou Betina é filha de Marta. b) se Clara é filha de Juliana, Betina é filha de Marta. c) Judite é filha de Giovana, e Clara é filha de Juliana. d) Judite não é filha de Giovana, e Clara é filha de Juliana. e) Judite é filha de Giovana, e Betina é filha de Marta.
  • 35. 35 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 2: Argumentos Válidos com TODO, ALGUM e NENHUM o Existência de Premissas COMO IDENTIFICAR o Termos: “Todo, Algum e Nenhum” Diagrama: CONHECIMENTOS PRÉVIOS TODO ALGUM NENHUM 1. Considere as premissas como verdade. COMO RESOLVER 2. Desenhar todas as possibilidades. Exemplo 2.1: (ANPAD) - Considerando como verdades que ALGUMAS PESSOAS SÃO PACÍFICAS e que NENHUM HOMEM É PACÍFICO. Então é necessariamente verdadeiro que: a) Nenhum homem é pessoa b) Alguma pessoa é homem c) Algum homem é pacífico d) Alguma pessoa não é homem e) Nenhuma pessoa é homem Passo 1: Representar a primeira premissa “ALGUMAS PESSOAS SÃO PACÍFICAS” A = Pessoas A A B B = Pacíficas B AB = Pessoas Pacíficas Passo 2: Representar a segunda premissa, “NENHUM HOMEM É PACÍFICO”
  • 36. 36 RACIOCÍNIO LÓGICO REPRESENTAÇÃO 1 A = Pessoas B = Pacíficas C A A B AB = Pessoas Pacíficas B C = Homens REPRESENTAÇÃO 2 A = Pessoas B = Pacíficas C C A A B AB = Pessoas A Pacíficas B C = Homens CA= Pessoas Passo 3: Conclusões. Homens 1. Pode existir ou não homem pessoas 2. Nenhum homem é pacífico 3. Existem pacíficos que são pessoas Passo 4: Análise as alternativas e marque. Correto alternativa D 8. (ANPAD) - Considere os argumentos abaixo. I – Alguns animais são amarelos e algumas coisas amarelas são comestíveis. Logo, alguns animais amarelos são comestíveis. II – Todas as cobras têm duas asas. Todos seres de duas asas têm pernas. Logo, todas as cobras têm pernas. III – Todos os poetas são pobres e alguns pobres são honestos. Logo, alguns poetas são honestos. Indicando-se os argumentos válidos por V e as falácias por F, os argumentos I, II e III são, respectivamente, a) F V F. b) F F V. c) F F F. d) V F V. e) V V V.
  • 37. 37 RACIOCÍNIO LÓGICO 9. (ANPAD) Considere os seguintes conjuntos formados por uma premissa seguida de uma conclusão. I. Algum avô é economista. Logo, algum economista é avô. II. Nenhum arquiteto é cantor. Logo, nenhum cantor é arquiteto. III.Todo advogado é poeta. Logo, todo poeta é advogado. Qual(is) é (são) argumento(s) válido(s)? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 10. (ANPAD) Dado que “todo americano é patriota” e que existem patriotas importantes”, pode-se concluir que a) existem americanos importantes. b) Existem patriotas que são americanos. c) Não existem americanos importantes. d) Todo patriota é americano e importante. e) Existem patriotas que são americanos e importantes. 11. (ANPAD) - Sejam dadas as afirmações: I. Todo professor é estudioso. II. Todo professor tem capacidade de aprender. III.Carol é estudiosa. IV. Marisa não é professora, mas é estudiosa. Logo, pode concluir: a) Carol tem capacidade de aprender. b) Marisa tem capacidade de aprender. c) Se um indivíduo é estudioso, então ele é professor. d) Não existem indivíduos que são estudiosos e não são professores. e) Existem pessoas que têm capacidade de aprender e que são estudiosas. 12. (ANPAD) – Todo ladrão é desonesto. Alguns desonestos são punidos. Portanto, pode-se afirmar que: a) alguns punidos são desonestos. b) Nenhum ladrão é desonesto. c) Nenhum punido é ladrão. d) Todo ladrão é punido. e) Todo punido é ladrão.
  • 38. 38 RACIOCÍNIO LÓGICO 13. (ESAF) – Das premissas: A: “Nenhum herói é covarde”. B: “Alguns soldados são covardes”. Pode-se corretamente concluir que: a) Alguns heróis são soldados b) Alguns soldados não são heróis c) Nenhum herói é soldado d) Alguns soldados são heróis e) Nenhum soldado é herói 14. (AFCE TCU 99 ESAF) Se é verdade que "Alguns escritores são poetas" e que "Nenhum músico é poeta", então, também é necessariamente verdade que a) nenhum músico é escritor b) algum escritor é músico c) algum músico é escritor d) algum escritor não é músico e) nenhum escritor é músico
  • 39. 39 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 3: Negação o Texto como: o Qual a negação de... COMO IDENTIFICAR o Se “...” = V então o a sentença com valor F será... Regras Negação: o Negação do “OU” = “E” o Negação do “E” = “OU” o Negação do “Se...Então” = Repete o primeiro “E” Nega CONHECIMENTOS segundo. PRÉVIOS o Negação de TODO: Existe alguém que não... o Negação de Existe: Ninguém ou não existe o Negação de Ninguém: Alguém, ou existe 1. Traduzir as porposições de texto para símbolos 2. Aplicar as propriedades de negação COMO RESOLVER 3. Traduzir a resposta em símbolos para Texto. Exemplo 3.1: (Fiscal Trabalho/98) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva" é: a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva Passo 1: Traduzir do texto para símbolos lógicos. o P = Estar chovendo o Q = Levar Guarda Chuva o Conetivo: Se... Então ( → ) P→Q Passo 2: Aplicar as propriedades de negação. Neste caso repetir a primeira proposição E Negar a segunda. ~ ( P → Q) =P ∧ ~ Q
  • 40. 40 RACIOCÍNIO LÓGICO Passo 3: Traduzir o resultado encontrado para texto novamente. Está Chovendo e não levo o guarda chuva. Alternativa E 15. (ANPAD) - Dizer que a afirmação: “Todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte informação é verdadeira: a) Pelo menos um economista não é médico b) Nenhum economista é médico c) Nenhum médico é economista d) Pelo menos um médico não é economista e) Todos os não médicos são não economistas 16. (ANPAD) - Assinale a alternativa que apresenta a negação da proposição “Se a concentração e a dedicação forem afetivas, então o aprendizado é consequência”. a) A concentração e a dedicação são efetivas, e a aprendizagem é consequência. b) A concentração e a dedicação são efetivas, e a aprendizagem não é consequência. c) A concentração e a dedicação não são efetivas, e a aprendizagem é consequência. d) A concentração e a dedicação são efetivas, ou a aprendizagem não é consequência. e) A concentração e a dedicação não são efetivas, e a aprendizagem não é consequência. 17. (ANPAD) – A negação da proposição “Todo homem taxista dirige bem” é a) “Existem mulheres taxistas que dirigem bem.” b) “Existe um homem taxista que dirige bem. c) “Existe pelo menos um homem taxista que dirige bem”. d) “Existe pelo menos um homem taxista que não dirige bem.” e) “Todas as mulheres taxistas dirigem bem.” 18. (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira: a) pelo menos um economista não é médico b) nenhum economista é médico c) nenhum médico é economista d) pelo menos um médico não é economista e) todos os não médicos são não economistas
  • 41. 41 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 4: Equivalência 19. (AFC 2002 ESAF) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que: a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto. b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto. c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto. d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto. e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto. 20. (GEFAZ/MG-2005) A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em Roma, então Paulo está em Paris” é logicamente equivalente à afirmação: a) É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está em Paris’. b) Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo não está em Paris’. c) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo não está em Paris’. d) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris’. e) É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está em Paris’. 21. (MPOG/2001) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que: a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro. b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro. c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. e) André não é artista e Bernardo é engenheiro 22. (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista, então Luísa é solteira” é: a) Pedro é economista ou Luísa é solteira. b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira. c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista; d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira; e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista. 23. (Fiscal Trabalho/98) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista
  • 42. 42 RACIOCÍNIO LÓGICO 24. (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é economista, então Luísa é solteira” é: a) Pedro é economista ou Luísa é solteira. b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira. c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista; d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira; e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
  • 43. 43 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 5: Contradições e Tautologia 25. (ANPAD) É uma tautologia: a) Paulo é estudante ou não é verdade que, Paulo é estudante e Ivo é bancário. b) Paulo é estudante ou não é verdade que, Paulo é estudante ou Ivo é bancário. c) Paulo não é estudante ou não é verdade que, Paulo é estudante ou Ivo é bancário. d) Paulo não é estudante ou não é verdade que, Paulo é estudante e Ivo é bancário. e) Paulo não é estudante ou Ivo não é bancário, e Paulo é estudante. 26. (ANPAD) Assinale a alternativa que apresenta uma contradição. a) Todo espião não é vegetariano e algum vegetariano é espião. b) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano não é espião. c) Nenhum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano. d) Algum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano. e) Todo vegetariano é espião e algum espião não é vegetariano. 27. (TRT-9R-2004-FCC) Considere a seguinte proposição: "na eleição para a prefeitura, o candidato A será eleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da proposição caracteriza: (A) um silogismo. (B) uma tautologia. (C) uma equivalência. (D) uma contingência. (E) uma contradição. 28. (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Um exemplo de tautologia é: a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
  • 44. 44 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 6: Teste de Hipóteses V ou F 29. (ANPAD) - Dado que a proposição P é verdadeira , Q é falsa e R é verdadeira, pode-se afirmar que as proposições compostas têm como valores-verdade (V, se verdadeiro; F , se falso), respectivamente, a) F V V. b) F V F. c) V V F. d) V F V. e) V V V. 30. (ANPAD) Sejam dadas as seguintes proposições compostas em que P e Q são proposições verdadeiras e R é uma proposição falsa: I. II. III. IV. V. A sequencia CORRETA do respectivo valor verdade de cada uma das proposições compostas acima é a) V V V F V. b) V F F V F. c) V V V V V. d) F V F F V. e) F V V F F. 31. (ANPAD) - Dado que as proposições “O dia está ensolarado” e ”Estou na praia”, respectivamente simbolizadas por P e Q, são verdadeiras, NÃO se pode concluir como verdadeira a proposição; a) b) c) d) e)
  • 45. 45 RACIOCÍNIO LÓGICO TIPO 7: Teste de Hipóteses - Problemas 32. (ANPAD) - Uma empresa produz três produtos, P1, P2 e P3, cujas demandas são diferentes. Sabe-se que: I – P1 tem alta demanda, II – P2 não tem alta demanda e III – P3 não tem baixa demanda. Considerando-se que apenas uma das assertivas acima é verdadeira, pode-se afirmar que as demandas de P1, P2 e P3 são respectivamente, a) Alta, média e baixa. b) Baixa, alta e média. c) Baixa, média e alta. d) Média, alta e baixa. e) Média, baixa e alta. 33. (ANPAD) Três homens são levados à presença de um jovem lógico. Sabe-se que um deles é um honesto marceneiro, que sempre diz a verdade. Sabe-se, também, que um outro é um pedreiro, igualmente honesto e trabalhador, mas que tem o estranho costume de sempre mentir, de jamais dizer a verdade. Sabe-se, ainda, que o restante é um vulgar ladrão que ora mente, ora diz a verdade. O problema é que não se sabe quem, entre eles, é quem. À frente do jovem lógico, esses três homens fazem, ordenadamente, as seguintes declarações: I. O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.” II. O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou de falar, é o ladrão.” III. O terceiro diz: “Eu sou o ladrão.” Com base nestas informações, o jovem lógico pode, então, concluir corretamente que: a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro. b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo. c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo. d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro. e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo. 34. (AFC 2002 ESAF) Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é loura, outra é morena e a outra é ruiva. O agente sabe que uma delas se chama Bete, outra se chama Elza e a outra se chama Sara. Sabe, ainda, que cada uma delas fará uma viagem a um país diferente da Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá à França e a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que queria identificar o nome e o destino de cada uma, elas deram as seguintes informações: I. A loura: “Não vou à França nem à Espanha”. II. A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.
  • 46. 46 RACIOCÍNIO LÓGICO III. A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”. O agente de viagens concluiu, então, acertadamente, que: a) A loura é Sara e vai à Espanha. b) A ruiva é Sara e vai à França. c) A ruiva é Bete e vai à Espanha. d) A morena é Bete e vai à Espanha. e) A loura é Elza e vai à Alemanha 35. (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido de uma delas é azul, o de outra é preto, e o da outra é branco. Elas calçam pares de sapatos destas mesmas três cores, mas somente Ana está com vestido e sapatos de mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos. Marisa está com sapatos azuis. Desse modo, a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto. b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos. c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos. d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de Marisa é branco. e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis. GABARITO 1 C 2 C 3 B 4 E 5 C 6 C 7 C 8 A 9 C 10 B 11 E 12 A 13 B 14 D 15 A 16 D 17 D 18 A 19 A 20 D 21 D 22 E 23 A 24 E 25 A 26 A 27 B 28 A 29 A 30 A 31 C 32 B 33 B 34 E 35 C