2. DIFERENTES MODOS DE CONHECER
Conhecer e pensar
Conhecimento sensorial e conhecimento intelectual
Conhecimento vulgar e conhecimento cientifico
Conhecimento intuitivo e conhecimento cientifico
Conhecimento teológico e conhecimento cientifico
Conhecimento filosófico e conhecimento cientifico
3. CONHECER E PENSAR
O ser humano é dotado da
capacidade de conhecer e de
pensar.
“Crescei e multiplicai-vos,
enchei a terra e subjugai-a,
dominai sobre os peixes do
mar e sobre as aves do céu e
sobre todos os animais que se
movem sobre a terra”.
O homem é “o ser verdadeiro,
o olho que vê o mundo”.
O conhecimento supõe e
exige três elementos a saber:
o sujeito, o objeto e a
imagem.
Conhecer verdadeiramente e
conhece sem pensar.
4. CONHECIMENTO SENSORIAL E CONHECIMENTO
INTELECTUAL
Conhecimento
sensorial
É o conhecimento comum
entre seres humanos e
animais irracionais. Obtido
a partir de nossas
experiências sensitivas e
fisiológicas
(tato, visão, olfato, audiçã
o e paladar).
5. Conhecimento intelectual
Esta categoria é
exclusiva ao ser
humano; trata-se de um
raciocínio mais
elaborado do que a
mera comunicação
entre corpo e ambiente.
Aqui já pressupõe-se
um pensamento, uma
lógica.
6. CONHECIMENTO VULGAR E CONHECIMENTO
CIENTIFICO
Conhecimento vulgar;
O conhecimento vulgar, também
denominado conhecimento empírico,
é o modo comum, espontâneo, pré-
crítico de conhecer. É o conhecimento
do povo, conhecimento de oitava que
atinge os fatos sem lhes inquirir as
causas. A este conhecer as coisas
superficialmente, por informações ou
experiência casual é que se dá o
nome de conhecimento vulgar ou
empírico.
Exemplo de conhecimento vulgar
A chave está emperrando na
fechadura e, de tanto
experimentarmos abrir a porta,
acabamos descobrindo (conhecendo)
um jeitinho de girar a chave sem
emperrar.
7. Conhecimento cientifico;
Diversamente do que acontece
com o conhecimento vulgar, o
conhecimento cientifico não atinge
simplesmente os fenómenos na
sua manifestação global, mas os
atinge em suas causas, na sua
constituição
íntima, caracterizando-se, desta
forma, pela capacidade de
analisar, de explicar, de
desdobrar, de justificar, de induzir
ou aplicar leis, de predizer com
segurança eventos futuros.
Exemplo de conhecimento
cientifico
Descobrir uma vacina eficaz que
evite algum tipo de doença.
8. Características que contrapõem o conhecimento
cientifico ao conhecimento vulgar.
O conhecimento cientifico é privilégio de
especialistas das diversas áreas da
ciência, enquanto que o conhecimento vulgar é
comum e possível a todo ser humano, de qualquer
nível cultural.
O conhecimento vulgar gera certezas intuitivas e
pré-críticas, enquanto o conhecimento cientifico
justifica e demonstra os motivos e fundamentos de
sua certeza.
9. CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO
CIENTIFICO
É a capacidade que o homem
tem de atingir o objeto de forma
imediata e espontânea sem
intermediários, resulta na vida
prática e concepções pessoais de
cada um.
Cumpre observar que o
fenómeno do conhecimento
embora pareça simples, envolve
uma multiplicidade de atos. Em
primeiro lugar os dos sentidos.
Entretanto além de forma
discursiva do conhecimento
racional, incube apreciar a
questão relativa ao conhecimento
intuitivo, isto é, imediato.
Inture: significa ver, intuição
10. Intuição sensorial
A intuição existe com toda evidência, corresponde
aos dados percebidos de forma imediata pelos
sentidos.
Intuição intelectual
Além da intuição sensorial de experiência interna e
externa, existirá uma forma de conhecimento
relacional, intelectual, espiritual, também intuitivo.
É quando se fala de intuição como modo de
conhecimento, entende-se a intuição intelectual, e
não a sensorial. Conhecer pelas “razões que a
própria razão desconhece” é uma espécie de
conhecimento do “coração” e não da razão.
11. Intuição estética
A existência da intuição estética
pelo sentimento parece estar
fora de dúvida, tanto quanto a
intuição intelectual, como a
beleza da criação artística, são
apreendidas intuitivamente. E
pode-se dizer mais: a beleza da
criação artística só pode ser,
como tal, apreendida por intuição
estética; não há operação
intelectual que aprenda ou crie,
ou transmita o belo.
Belo é o que agrada a vista, o
que desperta sentimento de
prazer estético.
12. O conhecimento intuitivo distingue-se do conhecimento científico e
contrapõe-se a ele por tríplice razão:
1 Enquanto o conhecimento intuitivo se reduz a um ato, simples e
indivisível, o conhecimento científico resulta de um processo
complexo de análise e de síntese.
2 Enquanto o conhecimento intuitivo consiste em um ato de
experiência
sensível ou espiritual, o conhecimento científico toma a experiência
como
primeiro passo ou estágio inicial de um longo processo de pesquisa.
3 Enquanto o conhecimento intuitivo é de ordem subjetiva, o
conhecimento científico fundamenta-se na objetividade e na
evidência dos fatos; e porque essa objetividade e evidência são
demonstradas experimentalmente ou logicamente, o conhecimento
científico adquire o caráter objetivo de validade geral e independente
de intuições.
CONFRONTO ENTRE CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO
CIENTIFICO.
13. CONHECIMENTO TEOLÓGICO E CONHECIMENTO
CIENTIFICO
Conhecimento adquirido a partir da fé
teológica, é fruto da revelação da
divindade. A finalidade do teólogo é
provar a existência de Deus e que os
textos bíblicos foram escritos mediante
inspiração Divina, devendo por isso ser
realmente aceitos como verdades
absolutas e incontestáveis. A fé pode
basear-se em experiências espirituais,
históricas, arqueológicas e coletivas
que lhe dão sustentação.
14. Possível identidade do objeto
material;
Diversidade de princípios;
Diversidade de princípios ou
fundamentos objetivos;
Passos do conhecimento teológico;
Fé religioso e tendência volitiva;
15. CONHECIMENTO FILOSÓFICO E CONHECIMENTO
CIENTIFICO
Mais ligado à construção de
ideias e conceitos. Busca as
verdades do mundo por meio
da indagação e do debate; do
filosofar. Portanto, de certo
modo assemelha-se ao
conhecimento científico - por
valer-se de uma metodologia
experimental -, mas dele
distancia-se por tratar de
questões imensuráveis,
metafísicas. A partir da razão
do homem, o conhecimento
filosófico prioriza seu olhar
16. Origem da atitude filosófica
No período da pré-filosofia, isto é, no período mistico-teologico da
humanidade, que vai de épocas imemoriais do século VII a. C. todos os
livros são sagrados; seus autores se atribuem especial ou inspiração divida
ao escrevê-los; quando não os lideres políticos religiosos ou o próprio povo
lha atribui.
O sentido da filosofia como sabedoria humana
Os homens que buscavam soluções racionais para todos os problemas
eram chamados (sophoi), isto é, sábios, na Grécia do século VI a. C.
Ora, sábio é um adjetivo de sentido vinculado ao verbo latino sapere que
significa “ter sabor de” como nesta frase: A carne de patos bravos sabe
peixe”,
Origem pitagórica da palavra filosofia
A palavra filosofia surgiu através de Pitágoras, e significa amor ou amizade
pela sabedoria ou capacidade de perceber o certo e o errado nas coisas da
razão.
A filosofia universidade de conhecimentos
O sentido etimológico e o contexto histórico, que cercou a origem da palavra
filosofia, caracterizam-se como esforço da razão pura para questionar
problemas humanos e discernir entre o certo e o errado, sem fazer apelo a
iluminações divinas, e recorrendo unicamente às luzes da própria razão
humana.
17. Distinção entre filosofia e ciência positiva
Seria um erro atribuir a Aristóteles a definição de Filosofia como
simples somatória dos conhecimentos humanos. Se, por um
lado, para Aristóteles Filosofia é a ciência de todas as
coisas, cumpre notar que as ciências não se distingue pelos objetos
materiais, mas pelos respectivos objetos formais, conforme ensina o
próprio Aristóteles. Assim, por exemplo, o “Homem” pode ser objeto
de material da História, da Psicologia, da Sociologia, da Medicina...
Mas é evidente que cada uma dessas ciências atingirá o mesmo
objeto material “Homem” sob ângulos, aspectos ou razões formais
distintas.
Menente para revisão
1. O sábio que utilizou a palavra Filosofia foi Pitágoras, no século VI
a. C. Filosofia significa devotamento a sabedoria em sentido
etimológico.
2. Alguns atribuem a Aristóteles o equivoco de ter dado à Filosofia o
sentido de somatória dos conhecimentos humanos; estão
enganados, pois o mesmo não mistura, não confunde a Filosofia
com as ciências particulares, ao dizer que a Filosofia é a ciência de
todas as coisas pelas últimas causas.
3. Filosofia não se confunde com os devaneios sobre fantasias;
questiona problemas reais, usa princípios racionais, procede de
acordo com as leis formais do pensamento, tem método
18. Diferenças entre o conhecimento e o conhecimento filosófico
Objeto diferente: o conhecimento cientifico atinge fatos concretos,
positivos, fenómenos perceptíveis pelos sentidos, mediante
instrumentos, técnicas e recursos de observação. Já o objeto da
Filosofia são ideias, relações conceituais, exigências lógicas não
redutíveis a realidades materiais.
Método diferente: o método do conhecimento científico é experimental;
a ciência caminha apoiada nos fatos reais e concretos e só afirma
aquilo que a experimentação autoriza, enquanto a filosofia usa o
método racional no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a
experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente
coerência lógica.
Análise e síntese: o conhecimento cientifico delimita, fragmenta,
analisa o objeto da pesquisa, enquanto a filosofia está sempre à
procura do mais geral.
Objetivo diferente: o objetivo da ciência consiste na descoberta das
relações positivas de causa e efeito. O objetivo da filosofia é questionar
as conclusões da própria ciência a procura de sentido ou de
interpretação mais ampla que responda às grandes indagações do
espírito humano.
19. O conhecimento é dividido em uma série de
categorias: conhecimento sensorial, que é o
conhecimento comum entre seres humanos
e animais, conhecimento intelectual que é o
raciocínio; pensamento do ser humano,
conhecimento vulgar, que é a forma de
conhecimento de uma determinada cultura,
conhecimento científico que são análises
baseadas em provas, conhecimento
filosófico que está ligada à construção de
ideias e conceitos, e o conhecimento
teológico que é o conhecimento adquirido a
partir da fé.